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  • 8/16/2019 aula1_edificacoes

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    CURSO ON-LINE – PROFESSOR: MARCELO RIBEIRO

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    AULA 1

    1. Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento (NBR 12721).2. Quantificação de materiais e serviços. 3. Engenharia de avaliação de

    custos.

    Olá pessoal!

    Hoje vamos continuar nosso curso. A receptividade da aula 0 foi muito boa e a partir de agora será intenso o nosso contato também mediante o Fórum deDúvidas.

    Como previsto no cronograma do curso, as composições de custos unitários serãoum dos assuntos da próxima aula. Contudo, elas estão intimamente ligadas àquantificação de materiais e serviços, que será tratada na aula de hoje. Dessaforma, as composições de custos unitários serão apresentadas nesta aula e vistasem maiores detalhes na próxima aula.

    Nesta aula abordaremos a NBR 12.721/2006. A ESAF e o CESPE cobram comfrequência o conhecimento dos conceitos trazidos nesta NBR, por vezesabordando realmente em detalhes. Dessa forma, é inevitável que nesta aula sejam

    apresentados os conceitos mais importantes, da forma como constam na NBR12.721, o que acaba tornando a aula cansativa. Contudo, após apresentados osconceitos, ficará claro como as questões de prova serão facilmentecompreendidas e respondidas.

    Gostaria de lembrar que no fim das aulas os exercícios nelas comentados serãoapresentados numa lista, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de ver ogabarito e ler os comentários correspondentes.

    Então, vamos à aula!

    Marcelo Ribeiro.

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    1. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) De acordo com a NBR12.721, o valor estimado do custo global da construção inclui diversos itens.Assinale a opção contendo item(ns) que não faz(em) parte do custo global deconstrução.

    a) Terreno, projetos, impostos, taxas e emolumentos cartorários.

    Pessoal, primeiramente falemos um pouco sobre as NBR´s e, em especial, sobrea NBR 12.721, porque são muito importantes para o nosso estudo.

    No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgãoresponsável pela normalização técnica, fornecendo a base necessária aodesenvolvimento tecnológico brasileiro.

    É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do CONMETRO, de24.08.1992 e responsável por representar o Brasil perante os organismosinternacionais de normalização.

    Conforme a ABNT, a normatização se resume em “uma atividade que estabelece,em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas àutilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem emum dado contexto”.

    Como Foro Nacional de Normalização, a ABNT é responsável pela gestão do processo de elaboração de Normas Brasileiras. Sendo, portanto, um organismoque desenvolve normas técnicas voluntárias no Brasil, que adicionam valor emtodos os tipos de operações e negócios.

    As normas desempenham um papel importante para o desenvolvimento dossetores aos quais se referem, pois estabelecem regras para disciplinar desde a produção de um produto na indústria, sua relação de troca, até o seu desempenhodurante o uso, visando garantir o conforto, segurança e solidez ao usuário final.

    (THOMAS, E. 2001)A ABNT mantém também mais de 55 comitês técnicos, denominados ComitêsBrasileiros (CBs), que coordenam a elaboração das normas técnicas no âmbito desuas competências. (Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2010).

    Segue como exemplos os seguintes comitês técnicos:

    • quanto à construção civil e ao seu interesse direto:

    ABNT/CB-02 - Construção Civil – COBRACON. Tem o papel de elaborar,divulgar e buscar a melhoria da qualidade dos produtos e serviços do setor.

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    Atua no âmbito da normalização no campo da Construção Civil,compreendendo componentes, elementos, produtos, serviços, planejamento, projeto, execução, armazenamento, operação, uso e manutenção [...] (ABNT,2010)

    • relacionado à qualidade:

    ABNT/CB-25 - COMITÊ BRASILEIRO DA QUALIDADE. Elaboranormalização no campo de gestão da qualidade, compreendendo sistemas daqualidade, garantia da qualidade e tecnologias de suporte; diretrizes paraseleção e aplicação das normas da qualidade; e no campo da avaliação daconformidade compreendendo estudo de meios para a avaliação daconformidade de produtos, processos, serviços e sistemas de gestão [...](ABNT, 2010)

    A norma referente ao orçamento atualmente é a NBR 12.721/2006 publicada em28 de agosto/2006, pela ABNT e que substitui a NBR 12.721/1999. A novanorma é resultado de estudos técnicos e debates no âmbito da Câmara Brasileirada Indústria da Construção (CBIC) e suas entidades associadas, através de umamplo processo de revisão da NBR 12.721/1999, que buscou atualizar esteimportante indicador de custos básicos do setor.

    Distinção entre Norma e Regulamento

    Norma: documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismoreconhecido, que fornece, para um uso comum e repetitivo, regras, diretrizesou características para atividades ou seus resultados, visando à obtenção deum grau ótimo de ordenação em um dado contexto. As normas são deaplicação voluntária.

    Nota: Convém que as normas sejam baseadas em resultados consolidados daciência, tecnologia e da experiência acumulada, visando à obtenção de benefícios para a comunidade.

    Regulamento: documento que contém regras de caráter obrigatório e que éadotado por uma autoridade.

    Regulamento Técnico: regulamento que estabelece requisitos técnicos, sejadiretamente, seja pela referência ou incorporação do conteúdo de uma norma,de uma especificação técnica ou de um código de prática.

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    Acerca da voluntariedade das normas da ABNT, mesmo diante do que dispõe oartigo 39 inciso VIII do Código de Defesa do Consumidor, pedimos licença paratranscrever trecho da r. Sentença proferida pela Juíza Federal Pepita TramontiniMazini, nos autos da Ação Civil Pública nº 2005.70.00.022807-2, da Vara

    Federal Ambiental, Agrária e Residual de Curitiba: “... Sem embargo, adisposição não transmuda a natureza das Normas Brasileiras Regulamentares,que permanecem como normas voluntárias. Apenas exige o CDC que osfornecedores, na busca pela melhoria dos seus produtos e NBR´s acasoinexistentes aquelas, interpretando-se o dispositivo como alusivo àquelas NBR´stidas por obrigatórias, por referidas em atos normativos do poder público.Destarte, caso uma NBR não tenha sido adotada em regulamento técnico oureferida em ato normativo do poder público, não poderá aquele que não observeser penalizado. Apenas será possível eventualmente obrigá-lo a cumprir a NBRquando, por exemplo, demonstrar-se o perigo de hipótese em referência não odescumprimento da NBR, mas sim ao meio ambiente provado pela práticacombatida...”

    Atenção!Em regra, as NBR´s são normas técnicas voluntárias. Uma NBRapenas será de aplicação obrigatória caso tenha sido adotada em umregulamento técnico ou caso haja previsão normativa/legal que expressamenteassim determine.

    NBR 12.721 - Avaliação de Custos Unitários de Construção para IncorporaçãoImobiliária e Outras Disposições para Condomínios Edifícios.

    Esta norma foi criada a partir das exigências estabelecidas na Lei Federal4.591/64, para regulamentar as disposições nela fixadas para avaliação de custosunitários, cálculo do rateio de construção e outras disposições correlatas.

    Ela aplica-se aos edifícios com unidades autônomas dispostas em pavimentos,

    conjuntos de residências unifamiliares isoladas ou geminadas, conjunto degalpões de uso industrial ou comercial que sejam objeto de incorporaçãoimobiliária, bem como às edificações que mesmo não tendo sido incorporadas naforma da Lei 4.591/64 Título II, submetam-se posteriormente à formacondominial disposta no Título I da referida disposição legal mediante asexigências cabíveis, para perfeita uniformização dos procedimentos que regem asdisposições do condomínio especial (partes autônomas e partes de uso comum).

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    Atenção! Esta norma não se aplica aos loteamentos e parcelamentos do solourbano cobertos pelo decreto-lei 58, de 10/12/1937, Lei n.º 6.766, de19/12/1979, e legislações posteriores.

    Segundo a NBR 12.721, o custo global da edificação e das unidades autônomasdeve ser calculado de forma a nele estarem incluídas todas as despesas relativasàs obras complementares e às necessárias à colocação do empreendimento emcondições de habitabilidade.

    O custo global de construção é a soma das seguintes parcelas:

    • Produto da área equivalente em área de custo padrão global pelo custo

    unitário básico, correspondente ao projeto-padrão que mais se assemelheao da edificação objeto de incorporação;

    • Parcelas adicionais, relativas a todos os elementos ou condições nãoincluídas nas relações quantitativamente discriminadas de materiais emão-de-obra correspondentes ao projeto-padrão, tais como: fundaçõesespeciais, elevadores, equipamentos e instalações, playground, obras eserviços complementares e outros;

    • Outras despesas indiretas;

    • Impostos e taxas;

    • Projetos;

    • Remuneração do construtor;

    • Remuneração do incorporador.

    Assim, a questão está errada porque o terreno não compõe o custo global da

    construção, sendo esta a letra que responde o enunciado da questão.Gabarito: Item ERRADO.

    b) Fundações, elevadores, equipamentos e instalações.

    Vejamos ainda algumas definições que são importantes para compreender a NBR12.721:

    Projetos-padrão: projetos selecionados para representar os diferentes tipos deedificações, que são usualmente objeto de incorporação para construção em

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    condomínio e conjunto de edificações, definidos por suas características principais:

    a) número de pavimentos;

    b) número de dependências por unidade;c) áreas equivalentes à área de custo padrão privativas das unidades autônomas;

    d) padrão de acabamento da construção;

    e) número total de unidades.

    Nota: Estas características servem de base aos Sindicatos da Indústria daConstrução Civil para o cálculo dos custos unitários básicos.

    Custo unitário básico (CUB): custo por metro quadrado de construção do projeto- padrão considerado, calculado de acordo com a NBR 12.721, pelos Sindicatos daIndústria da Construção Civil, para divulgação até o dia 5 de cada mês, e queserve de base para a avaliação dos custos de construção das edificações, quedevem ser arquivados no Ofício de Registro de Imóveis.

    Área equivalente: área virtual cujo custo de construção é equivalente ao custo darespectiva área real, utilizada quando este custo é diferente do custo unitário básico da construção adotado como referência. Pode ser, conforme o caso, maiorou menor que a área real correspondente.

    Para o cálculo das áreas equivalentes às áreas de custo padrão podem serutilizados os seguintes coeficientes médios que foram utilizados no cálculo deequivalência de áreas dos projetos - padrão, a saber:

    a) Garagem (subsolo): 0,50

    b) Área privativa (unidade autônoma padrão): 1,00

    c) Área privativa salas com acabamento: 1,00d) Área privativa salas sem acabamento: 0,75 a 0,90

    e) Área de loja sem acabamento: 0,40 a 0,60

    f) Varandas: 0,75 a 1,00

    g) Terraços: 0,30 a 0,60

    h) Estacionamento sobre terreno: 0,05 a 0,10

    i) Área de projeção do terreno: 0,00

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    j) Área de serviço – residência unifamiliar padrão baixo (aberta): 0,50

    k) Barrilete: 0,50 a 0,75

    l) Caixa d’água: 0,75

    m) Casa de máquinas: 0,50 a 0,75

    Exemplo de cálculo de uma área equivalente

    A título de exemplo de cálculo, considere-se:

    Se para uma determinada área real coberta, de 60 m2, estima-se que, emvirtude de sensível melhora no padrão de acabamento, o custo unitário efetivo écerca de 50% maior que o custo unitário básico adotado para as áreas cobertas-

    padrão do edifício considerado, a área equivalente (Se) correspondente é:Se = 60 x 1,50 = 90 m2

    Unidade autônoma: parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno ecoisas comuns, sujeita às limitações da lei, constituída de dependências einstalações de uso privativo e de parcela das dependências e instalações de usocomum da edificação, destinada a fins residenciais ou não, assinalada por

    designação especial numérica ou alfabética, para efeitos de identificação ediscriminação.

    Área equivalente em área de custo padrão total: entende-se por áreas equivalentesà área de custo padrão total:

    a) As áreas cobertas-padrão, com suas medidas reais;

    b) As áreas equivalentes;

    c) As somas das áreas cobertas-padrão e equivalentes relativas a umadeterminada unidade autônoma, a um pavimento, e determinadas dependênciasde uso comum ou privado ou de toda a edificação.

    Importante!Pessoal, a descrição das definições pode ser inicialmente um tantodifícil de entender, mas é necessário que saibamos as definições em seus termostécnicos porque é dessa forma que a banca cobra em prova.

    O que devemos ter em mente com relação às Áreas Equivalentes é que elas são asolução para podermos aplicar o CUB para toda a construção. Como uma obra

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    possui áreas com custos diferentes (por exemplo, o m2 de um banheiro custamais do que o m2 de um estacionamento), devemos utilizar os coeficientes paraobtermos uma área virtual que represente a construção (com seus diversosambientes, em diversos padrões de construção).

    O custo unitário básico, acrescido das parcelas referidas no Quadro III queformam o custo unitário da edificação, só poderá ser aplicado à área daedificação para fins de obtenção de custos parciais (das unidades autônomas) ouglobais (da edificação) quando esta for convertida em área equivalente à área decusto padrão.

    Atenção! Como dito acima, o CUB deve ser acrescido das parcelas do QuadroIII da NBR 12.721, o que significa que o CUB não considera alguns custos daobra. Isso é muito explorado em concursos. As bancas cobram a informação deque o CUB não contempla alguns serviços e eventualmente cobram oconhecimento de alguns desses serviços. Dessa forma, abaixo eu coloco umaextração do Quadro III para a visualização dos serviços que o CUB nãocontempla. Eles devem ser adicionados ao valor obtido pela multiplicação doCUB pela Área Equivalente para obtermos o valor da obra.

    Extração do Quadro III da NBR 12.721:

    Respondendo ao item, como visto, fundações, elevadores, equipamentos e

    instalações fazem parte do custo global de construção. Dessa forma, o item estácorreto.

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    Gabarito: Item CERTO.

    c) Playground, obras e serviços complementares e outros serviços.

    Como vimos na letra “a”, playground, obras e serviços complementares e outrosserviços fazem parte do custo global de construção. Dessa forma, o item estácorreto.

    Gabarito: Item CERTO.

    d) Remuneração do construtor.

    Como vimos na letra “a”, a remuneração do construtor faz parte do custo globalde construção. Dessa forma, o item está correto.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) Remuneração do incorporador.

    Como vimos na letra “a”, a remuneração do incorporador faz parte do custoglobal de construção. Dessa forma, o item está correto.

    Gabarito: Item CERTO.

    2. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006) Para a realização de análisesquantitativas de projetos de arquitetura, instalações e estruturas para

    incorporação de edifício em condomínio, têm-se vários tipos de áreas aserem consideradas: área privativa, área de uso comum, área real e áreaequivalente. Assinale a opção incorreta.

    Nota: Esta questão teve o gabarito preliminar indicando a resposta como sendoa letra “c” e no gabarito definitivo ela foi anulada. Independentemente disso,analisaremos os itens da questão individualmente, atribuindo a cada um o seugabarito correto.

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    a) Área privativa é a soma das áreas delimitadas pelas paredes externas doapartamento, cobertas e descobertas, abertas ou fechadas.

    Para efeitos da NBR 12.721 as áreas são definidas a partir da seguinteclassificação geral:

    a) áreas reais de projeto;

    b) áreas em relação ao uso;

    c) áreas equivalentes em relação às áreas padronizadas;

    d) áreas em relação à forma de divisão (distribuição).

    Definições

    Áreas Reais de projeto: medidas de superfície tomadas a partir do projeto daedificação.

    Áreas Reais: medida da superfície de quaisquer dependências, ou conjunto dedependências, cobertas ou descobertas, nela incluídas as superfícies das projeções de paredes, de pilares e demais elementos construtivos.

    Área Real Total do Pavimento: soma das áreas cobertas e descobertas reais deum determinado pavimento medidas a partir do projeto arquitetônico.

    Área Real Total da Unidade Autônoma: soma das áreas cobertas e descobertasreais e condominiais que definem a área total da unidade autônoma considerada,calculadas a partir do projeto arquitetônico.

    Área Real Global da Edificação: soma das áreas cobertas e descobertas reais,situadas nos diversos pavimentos da edificação, calculadas a partir do projetoarquitetônico.

    Áreas em relação ao uso: classificação das áreas do projeto arquitetônico de

    acordo com os usos a que serão destinadas. São considerados os seguintes tiposde áreas em relação ao uso:

    a) uso privativo;

    b) uso comum.

    Área de uso privativo: áreas cobertas ou descobertas que definem o conjunto dedependências e instalações de uma unidade autônoma cuja utilização é privativados respectivos titulares de direito. Corresponde ao somatório das áreas: privativa

    principal, depósitos e outras áreas acessórias.

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    Outras Áreas privativas, depósitos e acessórios: áreas de uso exclusivo daunidade autônoma, situadas fora dos limites físicos da área privativa principal, porém de uso privativo da unidade autônoma considerada, destinada a usosacessórios.

    Áreas de uso comum: áreas cobertas e descobertas situadas nos diversos pavimentos da edificação e fora dos limites de uso exclusivo de cada unidadeautônoma, que podem ser utilizadas em comum por todos ou por parte dostitulares de direito das unidades autônomas.

    Áreas de uso comum de divisão não proporcional: áreas cobertas e descobertassituadas nos diversos pavimentos da edificação e fora dos limites de uso privativo de cada unidade autônoma, que por sua finalidade tenha sua construção,localização e uso atribuídos à responsabilidade dos titulares de direito de uma oumais unidades autônomas consideradas.

    Áreas em relação às áreas padronizadas: áreas classificadas em comparação comas áreas utilizadas nos projetos padrão que serviram à definição do lote básico para cálculo do Custo Unitário Básico. São considerados os seguintes tipos deáreas:

    a) áreas cobertas padrão;

    b) áreas cobertas de padrão diferente;

    c) áreas descobertas.

    Áreas cobertas padrão: medida da superfície de quaisquer dependências cobertas,nela incluídas as superfícies das projeções de paredes, de pilares e demaiselementos construtivos, que possuem áreas correspondentes nos projetos padronizados nesta norma.

    Áreas cobertas de padrão diferente: áreas cobertas de padrão de acabamento

    substancialmente inferior ou superior ao tipo escolhido entre os padronizadosnesta Norma.

    Áreas descobertas: medida da superfície de quaisquer dependências não cobertasque integram a edificação.

    Exemplos: área de serviço e estacionamento descobertos, terraço privativo, etc.

    Áreas em relação à divisão

    Área de divisão proporcional: área de uso comum cuja construção é daresponsabilidade dos titulares de direito das diferentes unidades autônomas que

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    compõem a edificação na proporção das respectivas áreas equivalentes de divisãonão-proporcional. Por exemplo: apartamento de porteiro.

    Área de divisão não proporcional: área privativa ou área de uso comum que porsua finalidade tenha sua construção atribuída à responsabilidade dos titulares dedireito de uma ou mais unidades autônomas, independente de qualquer relação de proporcionalidade com as respectivas áreas privativas da construção.

    Como vimos, a área privativa (área de uso privativo) corresponde ao somatóriodas áreas: privativa principal, depósitos e outras áreas acessórias. Dessa forma, éincorreto dizer que a área privativa é a soma das áreas delimitadas pelas paredesexternas do apartamento, cobertas e descobertas, abertas ou fechadas porque essaé a definição de área privativa principal e, além dela, devemos levar emconsideração os depósitos e outras áreas acessórias. Logo, a questão está errada.

    Gabarito: Item ERRADO.

    b) Área de uso comum ou total – é a soma das áreas delimitadas pela linhaque contorna a dependência de uso comum.

    Colegas, vimos que as áreas de uso comum são as áreas cobertas e descobertassituadas nos diversos pavimentos da edificação e fora dos limites de usoexclusivo de cada unidade autônoma, que podem ser utilizadas em comum portodos ou por parte dos titulares de direito das unidades autônomas.

    Apesar da redação pouco acurada do item, não há erro na afirmação.

    Gabarito: Item CERTO.

    c) São considerados como área comum de um apartamento os poços de

    ventilação, os poços de iluminação e os shafts visitáveis privativos.Pessoal, este item é oportuno para esclarecermos uma dúvida muito frequente: adiferença entre área de carpete, área útil e área privativa.

    Área de carpete: como o próprio nome sugere, é a área onde é possível acolocação de carpete. Por isso essa área não inclui as áreas de banheiros, copa edepósitos (também chamadas de áreas molhadas). Não são contabilizadas, ainda,a área ocupada pela espessura das paredes e colunas, ou áreas ocupadas porshafts de tubulações. Áreas de circulação exclusiva, como hall de elevadores eescadarias privativas não são contabilizadas.

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    Área útil: a área útil é uma área mais ampla e a resultante da soma da área decarpete, áreas molhadas (áreas de banheiros, copas e depósitos) e as áreas deacesso exclusivo da unidade autônoma que pode compreender o hall deelevadores e recepção predial, se estes forem de uso exclusivo do usuário. As

    escadarias, shafts de tubulações elétricas, de telefonia e hidráulicas, mesmo quede uso exclusivo, não são computadas nesta área. É por isso que é sobre essa áreaque se faz o projeto de interior. A área ocupada por colunas ou tubulações não pode ser ocupada.

    Área privativa: o cálculo desse tipo de área é um pouco mais complexo e técnico.Basicamente é uma área de acesso e uso exclusivo da unidade autônoma queinclui as áreas de shafts de tubulações para cabos elétricos, voz e dados e redehidráulica, sala de fancoil ou máquina do sistema de ar condicionado, além da

    área ocupada por colunas e espessura de paredes, esta última seguindo o seguintecritério: quanto às paredes que separam as unidades independentes, ou conjuntos,é considerada apenas a metade da área de espessura dessas paredes, mas aespessura das paredes externas do conjunto entra integralmente.

    Em virtude do exposto, a questão está errada porque os poços de ventilação, os poços de iluminação e os shafts visitáveis privativos são considerados como área privativa de um apartamento.

    Gabarito: Item ERRADO.

    d) Área real total é a soma da área privativa total somada à área de usocomum total.

    Como vimos, as áreas do projeto arquitetônico são classificadas de acordo comos usos a que serão destinadas em áreas de uso privativo ou uso comum. Logo, asoma da área privativa com a área comum indica a área real total doempreendimento.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) Para a definição e cálculo da área equivalente, é necessário o cálculo daárea padrão e da área de padrão diferente.

    Atenção! Pessoal, esse item possui uma redação que pode prejudicar o candidato.

    Como vimos, para a definição e cálculo da área equivalente, as áreas sãoclassificadas em relação às áreas padronizadas em:

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    a) áreas cobertas padrão;

    b) áreas cobertas de padrão diferente;

    c) áreas descobertas.

    O item da questão não faz distinção entre áreas cobertas e descobertas, o que pode confundir o candidato que esteja dando importância exagerada às palavrasem detrimento do conceito em si. Da forma como está redigido, o item estácorreto porque para a definição e cálculo da área equivalente, é necessário ocálculo da área padrão e da área de padrão diferente (cobertas e descobertas).

    Gabarito: Item CERTO.

    3. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: EngenhariaCivil/2004) A NBR 12721 – Avaliação de custos unitários e preparo deorçamento de construção para incorporação de edifício em condomínio –dita os critérios para cálculo do CUB (custo unitário básico). Com relação aesta norma, é incorreto afirmar que:

    Nota: Esta questão teve o gabarito preliminar indicando a resposta como sendoa letra “b” e no gabarito definitivo ela foi anulada. Independentemente disso,

    analisaremos os itens da questão individualmente, atribuindo a cada um o seugabarito correto.

    a) a área real privativa de unidade autônoma é igual à soma das áreascobertas e descobertas reais, contidas nos limites de uso exclusivo destaunidade.

    Pessoal, vamos lembrar o conceito de área de uso privativo: áreas cobertas ou

    descobertas que definem o conjunto de dependências e instalações de umaunidade autônoma cuja utilização é privativa dos respectivos titulares de direito.Corresponde ao somatório das áreas: privativa principal, depósitos e outras áreasacessórias.

    Como já vimos nesta aula, as áreas podem ser reais ou equivalentes. Na questãofoi abordada a área privativa real. Contudo, o mesmo raciocínio vale para a área privativa equivalente.

    Gabarito: Item CERTO.

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    b) a área equivalente de construção corresponde à soma das áreas cobertas edescobertas reais da edificação.

    Agora que já vimos os conceitos, fica fácil responder a questão, não é mesmo?

    Como já vimos, a área equivalente é a área virtual cujo custo de construção éequivalente ao custo da respectiva área real, utilizada quando este custo édiferente do custo unitário básico da construção adotado como referência. Podeser, conforme o caso, maior ou menor que a área real correspondente.

    Dessa forma, a questão está errada porque o que corresponde à soma das áreascobertas e descobertas reais da edificação é a área real total de construção.

    Gabarito: Item ERRADO.

    c) o cálculo do custo unitário básico é de responsabilidade do Sindicato daConstrução Civil de cada estado e do Distrito Federal.

    Esta questão trata de um tema da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964:

    Art. 54 Os sindicatos estaduais da indústria da construção civil ficam obrigados adivulgar mensalmente, até o dia 5 de cada mês, os custos unitários de construçãoa serem adotados nas respectivas regiões jurisdicionais.

    A questão está correta porque cada SINDUSCON estadual e do DF calculam oCUB para a sua respectiva unidade da federação.

    Gabarito: Item CERTO.

    d) o custo unitário básico é estabelecido a partir de lotes básicos de insumosrelacionados a diferentes projetos-padrão.

    Pessoal, vejamos o que dispõe a NBR 12.721 com relação ao cálculo do CUB:

    Coleta de preços

    O custo de construção calculado de acordo com esta norma deve representar ocusto efetivo da construção praticado pelas construtoras. Para tanto a coleta de preços deverá:

    a) ser mensal e efetuada entre o primeiro e o vigésimo-quinto dia do mês de

    referência do custo;

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    b) ser realizada preferencialmente junto às construtoras. Para os materiais deconstrução, a coleta poderá eventualmente ser realizada com informaçõeslevantadas junto a fornecedores da indústria, do comércio atacadista ou varejista.Os preços dos materiais, posto obra, devem incluir as despesas com tributos e

    fretes. Os valores informados para os salários não devem incluir as despesas comencargos sociais;

    c) ser realizada por meio de questionário, o qual deverá definir as especificaçõese a unidade do insumo informado.

    Método de cálculo

    Na determinação dos custos unitários básicos, os Sindicatos da Indústria daConstrução Civil deverão adotar os seguintes procedimentos:

    a) Os preços coletados deverão ser submetidos a uma análise estatística deconsistência;

    b) Após análise de consistência, procede-se o cálculo do promédio (médiaaritmética, geométrica ou mediana) de cada insumo;

    c) O valor do promédio de cada insumo aplica-se ao coeficiente físicocorrespondente ao respectivo insumo no lote básico de cada projeto-padrão;

    d) Para o cálculo dos custos de mão-de-obra, aplica-se o percentual relativo aosencargos sociais e benefícios. Este percentual deverá incluir todos os encargostrabalhistas e previdenciários, direitos sociais e obrigações decorrentes deconvenções coletivas de trabalho de cada Sindicato. O método de cálculo e o percentual de encargos sociais e benefícios deverão ser explicitados pelosrespectivos Sindicatos da Indústria da Construção Civil;

    e) É recomendável que a amostra por insumo seja composta de um mínimo de 20informações.

    Atualização e Divulgação

    Os valores dos custos unitários básicos devem ser atualizados mensalmente.Conforme a Lei 4.591/64, a divulgação deverá ser realizada amplamente até o dia5 do mês subseqüente e apresentar os valores do CUB de cada projeto-padrão.

    A título de exemplo, vejamos o procedimento adotado pelo SINDUSCON deSanta Catarina:

    “Para a definição dos materiais componentes da “cesta básica” e da suarespectiva participação em cada um dos 8 (oito) tipos de edificações

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    consideradas, foram utilizados projetos completos, apropriados os quantitativos,concluídos os orçamentos, traçadas as curvas ABC e então definidos os 25 (vintee cinco) materiais, as 02 (duas) categorias profissionais, 01 (um) equipamento ecusto administrativo (engenheiro) que tem seus preços pesquisados para a

    apuração do CUB Residencial. Os demais CUBs calculados seguem a mesmadefinição.”

    Em face do exposto, temos que o custo unitário básico é estabelecido a partir delotes básicos de insumos relacionados a diferentes projetos-padrão.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) o custo unitário da construção corresponde ao quociente da divisão docusto global da identificação pela soma das áreas de construção de todas asunidades autônomas da edificação.

    Segundo a NBR 12.721 temos a definição abaixo.

    Custo unitário da construção: quociente da divisão do custo global da construção pela área equivalente em área de custo padrão total.

    Este item possui um erro de redação, utilizando indevidamente o termo

    “identificação”, o que pode prejudicar o entendimento do candidato.Ainda que no lugar de “identificação” estivesse escrito “construção”, o itemestaria errado porque não há a especificação de que as áreas de construção detodas as unidades autônomas somadas são as áreas reais ou equivalentes.

    Gabarito: Item ERRADO.

    4. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Uma área fechada no subsolode uma edificação, desvinculada, identificada no projeto arquitetônico, comacesso independente da ocupação das vagas de garagem no pavimento, comatribuição de fração ideal própria no terreno e partes comuns do edifício é:

    a) área privativa acessória.

    A área privativa acessória é de uso exclusivo da unidade autônoma, situada forados limites físicos da área privativa principal, porém de uso privativo da unidadeautônoma considerada, destinada a usos acessórios. Logo, a questão está errada

    porque a área privativa acessória não é desvinculada, mas sim vinculada a umaunidade autônoma.

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    Gabarito: Item ERRADO.

    b) área de uso comum.

    A questão está errada porque as áreas de uso comum não possuem atribuição de partes comuns do edifício.

    Gabarito: Item ERRADO.

    c) área de divisão proporcional.

    As áreas de divisão proporcional são as áreas cobertas e descobertas situadas nosdiversos pavimentos da edificação e fora dos limites de uso privativo de cadaunidade autônoma, que por sua finalidade tenha sua construção, localização e usoatribuídos à responsabilidade dos titulares de direito de todas as unidadesautônomas da construção.

    Gabarito: Item ERRADO.

    d) unidade autônoma.

    Nos termos da NBR 12.721, a unidade autônoma é uma parte da edificaçãovinculada a uma fração ideal de terreno e coisas comuns, sujeita às limitações dalei, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de parcela dasdependências e instalações de uso comum da edificação, destinada a finsresidenciais ou não, assinalada por designação especial numérica ou alfabética, para efeitos de identificação e discriminação.

    Gabarito: Item CERTO.

    e) vaga de garagem.

    Atenção! Vamos aproveitar para ver alguns conceitos relacionados às vagas degaragem.

    Área de vaga de garagem: área destinada ao estacionamento de veículoautomotor.

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    Área de vaga de garagem vinculada à unidade autônoma: área de estacionamentode veículo automotor demarcada em projeto e vinculada à unidade autônoma deuso residencial ou comercial por direito de propriedade, sem fração ideal própriano terreno e nas coisas de uso comum.

    Área de vaga de garagem como unidade autônoma: área de estacionamento privativo de veículos identificada em projeto, com acesso que independe daocupação das demais vagas consideradas como unidades autônomas ou a outrasvagas de propriedade comum e uso indeterminado e que, por opção doincorporador, será considerada como unidade autônoma, com atribuição de umafração ideal no terreno e nas coisas de uso comum.

    Área de vaga de garagem de propriedade comum e uso indeterminado: áreademarcada em projeto destinada a estacionamento de veículos de propriedadecomum e uso indeterminado, conforme previsto na instituição, especificação econvenção de condomínio. O conjunto destas áreas deverá ser tratado nas planilhas como área comum de divisão proporcional, quando todas as unidadestiverem o citado direito de uso. Quando esse direito de uso indeterminadocorresponder a parte das unidades, o conjunto das respectivas áreasindeterminadas de vaga de garagem, inclusive as áreas comuns de acesso, serátratado como unidade autônoma dentro do condomínio regulamentado pela Lei4.591/64, constituindo um condomínio “pro indiviso”, no qual cada unidade

    autônoma terá uma fração proporcional ao seu respectivo direito de uso.Dessa forma, a questão está errada porque o enunciado informa que a área emcomento é fechada e não há a informação de que é destinada ao estacionamentode veículos.

    Gabarito: Item ERRADO.

    5. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008) Do ponto de vista docontratante, a qualidade do orçamento do potencial contratado influencia opreço, o prazo, a qualidade e a administração do contrato. Assinale aafirmação incorreta.

    a) O levantamento preciso dos serviços a realizar em uma obra depende dadisponibilidade dos projetos executivos detalhados dos vários elementos aserem construídos.

    Para o concurso da CGU, é fundamental que o candidato tenha o pleno

    conhecimento dos conceitos contidos na Lei 8.666/93, Lei de Licitações eContratos - LLC, em especial os relativos aos Projetos Básico e Executivo.

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    Nos termos da LLC, temos o conceito a seguir.

    Art. 6º Para os fins desta Lei considera-se:

    IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nívelde precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obrasou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudostécnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequadotratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite aavaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,devendo conter os seguintes elementos:

    a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global daobra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

    b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma aminimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases deelaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

    c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos aincorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhoresresultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a suaexecução;

    d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar ocaráter competitivo para a sua execução;

    e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra,compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas defiscalização e outros dados necessários em cada caso;

    f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos

    de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes àexecução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas - ABNT;

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    Atenção! No inciso IX, letra “f”, temos a informação de que o projeto básicocontém o orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado emquantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

    Não há dúvida de que para realizar um orçamento detalhado é necessário fazerum levantamento preciso dos serviços a realizar.

    Assim, o levantamento necessário à execução do orçamento pode ser realizadoantes da elaboração dos projetos executivos, com base no projeto básico, o quetorna errada a questão. Este é o entendimento reiterado pela CGU e pelo TCU.Contudo, o gabarito definitivo da questão foi dado como CERTO. Eu acreditoque um recurso bem fundamentado teria uma boa chance de modificar ogabarito. Assim, fiquem atentos à cobrança desse assunto pela ESAF.

    Reforça este entendimento o disposto no art. 7º § 1º da LLC: A execução de cadaetapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridadecompetente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projetoexecutivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execuçãodas obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração.

    Ora, se o projeto executivo pode ser desenvolvido concomitantemente com a

    execução das obras e serviços, é porque a obra foi licitada e contratada antes darealização destes projetos. Por certo, para licitar e contratar foi necessário realizaro orçamento preciso da obra.

    Gabarito: Item CERTO (Ver comentário).

    b) Condições contratuais claras, incluindo critérios de medição, definição deresponsabilidades, condições de pagamento e o estabelecimento das

    obrigações das partes influencia decisivamente na formação de preço deuma empreitada.

    A questão está correta porque quanto mais detalhado, claro e preciso é umcontrato, menor é o risco inerente à execução de seu objeto. Logo, com adiminuição da taxa de risco do empreendimento (que é considerada no BDI),diminui-se seu preço.

    Gabarito: Item CERTO.

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    Gabarito: Item ERRADO.

    Na confecção do orçamento de obras, os custos associados à execução dosserviços são agrupados em diversas categorias conforme as suasespecificidades. A respeito dos diversos tipos de custos que compõem umorçamento, julgue os próximos itens.

    6. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) Quando se adota um sistema dedepreciação com base em quotas decrescentes, essa depreciação deve serconsiderada como custo fixo.

    Essa questão envolve um conceito contábil que tem aplicação na engenharia

    civil: a depreciação. A depreciação está relacionada à vida útil dos ativos(máquinas, equipamentos, etc). É preciso determinar o prazo em que deve serfeita a depreciação. De forma resumida, podemos definir vida útil como o período de tempo no qual o objeto depreciável é utilizado pela empresa.Geralmente a vida útil é limitada em função do uso, dos efeitos da natureza, deavarias extraordinárias, etc.

    Entre os principais métodos de depreciação, destacam-se os métodos das quotasconstantes e o método das cotas decrescentes.

    Método de Quotas Constantes: também conhecido como Método de Linha Reta,é o método utilizado pela legislação do imposto de renda para fins dededutibilidade da despesa com depreciação. Neste caso considera-se que adepreciação é função exclusiva do tempo e que as causas determinantes desse processo se desenvolvem contínua e uniformemente no tempo e não em funçãodo uso. Basta dividirmos o valor do bem pela sua vida útil para termos o valordepreciado a cada período.

    Método de Quotas Decrescentes (método exponencial ou de Matheson; Método

    da Soma dos Dígitos): neste método os efeitos quase sempre imprevisíveis daobsolescência e da inadequação se atenuam na medida em que a depreciação émaior no início da vida útil. Assim, este método acompanha de forma maisrealista a redução do valor de mercado da maioria dos bens. Contudo, não é ummétodo aceito pela legislação fiscal brasileira.

    Por este método teremos uma fração cujo denominador é formado pela soma donúmero de anos de vida útil do bem e o numerador é composto dos anossucessivos.

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    Exemplo utilizando o Método de Quotas Decrescentes: Um bem tem prazo devida útil de 5 anos e custo de R$ 3.000,00. Calcular o valor da depreciação anual.

    Resolução:

    Inicialmente somamos os algarismos que compõem o número de anos:1+2+3+4+5=15.

    Assim, a depreciação é calculada como se segue:

    Ano 1: 5/15 X 3.000 = 1.000

    Ano 2: 4/15 X 3.000 = 800

    Ano 3: 3/15 X 3.000 = 600

    Ano 4: 2/15 X 3.000 = 400

    Ano 5: 1/15 X 3.000 = 200

    A depreciação de equipamentos, seja qual for o método utilizado para seuaferimento, é considerada como custo fixo da obra e não como custo variável(falaremos sobre esses conceitos na próxima questão). Dessa forma, o enunciadotrazido pela questão está correto.

    Gabarito: Item CERTO.

    7. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) O custo com serviços de telefonia podeter seu valor diferente em cada mês, motivo pelo qual deve ser consideradocomo custo variável.

    O conceito de custo fixo ou variável no nosso estudo deve ser estabelecido tendoem mente a produção de uma obra. Nossa realidade é o canteiro de obras,entendido como uma indústria, com utilização de equipamentos, materiais, mão-de-obra e gerando um produto: a obra.

    Custos fixos e variáveis são classificações que não levam em consideração o produto, e sim o relacionamento entre o valor total do custo num período e ovolume de produção. Fixos, como o próprio nome diz, são custos que mantémum montante fixado independentemente das oscilações na atividade. Por outrolado, os custos variáveis são os que têm seu valor determinado em função dessaoscilação.

    Custo Fixo: Sabidamente, não existe custo ou despesa eternamente fixos: sãoisso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se

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    referem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir em “degraus”. Assim, o custo com engenheiros deuma obra pode manter-se constante até que se atinja, por exemplo, 3% deexecução por mês; a partir daí, pode-se precisar de um acréscimo (outro

    engenheiro, um estagiário, etc) para haver a devida atuação de engenheiros naobra.

    Alguns tipos de custos podem mesmo só se alterar se houver uma modificação nacapacidade produtiva como um todo, sendo os mesmos de 0 a 100% dacapacidade, mas são exceções (como a depreciação, por exemplo).

    Podemos começar por verificar que um canteiro de obra parado, sem atividadealguma, já é responsável pela existência de alguns tipos de custo e despesas fixos(vigia, lubrificação dos equipamentos, depreciação, etc...).

    Exemplos: Mão-de-obra indireta, contas do telefone da obra, depreciação dosequipamentos da produção, aluguel do prédio utilizado como escritório, etc...

    Custo variável: são os custos que variam proporcionalmente (ou quase) com aoscilação da atividade (quantidade de obra realizada). Em inúmeras empresas, osúnicos custos realmente variáveis no verdadeiro sentido da palavra são asmatérias-primas. Mesmo assim pode acontecer de o grau de consumo delas, emalgum tipo de empresa, não ser exatamente proporcional ao grau de produção.

    Por exemplo, certas indústrias têm perdas no processamento da matéria-primaque, quando o volume produzindo é baixo, são altas, tendendo a diminuir percentualmente quando a produção cresce.

    Pode a mão-de-obra direta, noutro exemplo, crescer à medida que se produzmais, mas não de forma exatamente proporcional, devido à produtividade quetenderia a aumentar até certo ponto, para depois começar a cair.

    Exemplos: Matéria prima, mão-de-obra direta, energia elétrica (consumida nafabricação direta do produto) etc...

    Assim, o custo dos serviços de telefonia não varia proporcionalmente (ou quase)com a “quantidade” de obra que se realiza, sendo considerado um custo fixo.

    Gabarito: Item ERRADO.

    8. (CESPE/ANAC/Especialista/2009) Os custos com aluguel deequipamentos e imóveis, quando reajustados mensal ou anualmente, sãoconsiderados como custos fixos.

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    Pessoal, temos mais uma questão sobre a classificação de custos.

    Como vimos na questão anterior, os custos fixos não são eternamente fixos: sãoisso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que sereferem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir em “degraus”.

    Assim, fica claro que apesar do reajuste mensal ou anual dos alugueis (degraus),estes custos não variam proporcionalmente em função da produção realizada nocanteiro de obras, sendo considerados custos fixos.

    Gabarito: Item CERTO.

    9. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) Em uma obra dealvenaria de vedação, o custo relativo ao pedreiro é calculado em função donúmero de horas que ele levará para realizar o serviço.

    Essa questão é um pouco polêmica porque muita gente entendeu que o enunciadoafirmava que a medição do serviço seria realizada pelo tempo trabalho e não pelaquantidade de alvenaria executada. Claro que não é isso. A medição da alvenariaé feita pela área de alvenaria executada. Assim, houve muita marcação deERRADO para esta questão.

    Ainda que confusa, a questão se refere à composição unitária do serviçoalvenaria de vedação. Neste caso, os profissionais envolvidos no serviço têm suaremuneração estabelecida em função do tempo que eles gastam para realizar umaunidade de serviço (1,0 m2 de alvenaria).

    Atenção! Na próxima aula nós estudaremos as exigências da LDO quanto àutilização de parâmetros de referências de custo. Contudo, para introduzir oassunto, reproduzo abaixo o texto da LDO 2010 sobre esta matéria:

    Lei nº 12.017 (LDO 2010), de 12 de agosto de 2009, Art. 112. O custo globalde obras e serviços contratados e executados com recursos dos orçamentos daUnião será obtido a partir de custos unitários de insumos ou serviços menoresou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisade Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, nainternet, pela Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviçosrodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias – SICRO.

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    Em função da previsão legal da utilização do SINAPI como referência de custo para obras contratadas pela União, na aula utilizaremos composições unitáriasretiradas diretamente do SINAPI para ilustrar as questões.

    Composição unitária do SINAPI:

    Na figura acima, percebemos que o pedreiro (insumo 4750) possui a unidade H(hora) na composição unitária do serviço ALVENARIA ½ VEZ DE TIJOLOCERÂMICO FURADO 10X20X20CM (composição 6028). Dessa forma, aquestão está correta.

    Gabarito: Item CERTO.

    10. (CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) No cálculo do custopara a execução de um piso de concreto armado com tela de aço, com 12 cmde espessura e fck = 15 MPa, na parcela referente à mão-de-obra inclui-sesomente o custo do pedreiro.

    Nesta questão cobra-se o entendimento do serviço propriamente dito e umanoção de composição unitária de serviços. O candidato deveria saber que esteserviço envolve outros profissionais, além do pedreiro, sendo necessário pelomenos ajudantes para colocação da tela e concretagem.

    Gabarito: Item ERRADO.

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    11. CESPE/TRT-17ª Região/Analista Judiciário/2009) No cálculo do custounitário de uma argamassa de cimento e areia, o custo relativo ao cimento écalculado em função da massa de cimento a ser utilizada.

    De fato, na composição unitária padrão de uma argamassa de cimento e areia, oaglomerante (cimento) é calculado em função de sua massa e o agregado (areia) éconsiderado em função de seu volume.

    É importante termos a distinção dos conceitos de traço e composição unitária.Chama-se traço a proporção em volume entre os componentes das argamassas(usualmente cimento, cal hidratada e areia).

    A composição unitária tem por objetivo expressar analiticamente, em números evalores relativos, as produtividades, quantidades de insumos e preços unitários

    que compõem cada serviço. Para sua elaboração é necessário o conhecimento preciso dos coeficientes de produtividade para realização de cada serviço e seusrespectivos materiais, equipamentos, mão-de-obra e outros insumos. Para tanto,calcula-se a quantidade de cimento por massa, que é a forma pela qual ele écomercializado (saco, 50kgs ou a granel).

    Ainda, uma particularidade sobre as argamassas é que este material contempladuas alternativas: argamassas prontas são adquiridas exclusivamente em funçãode sua massa, já argamassas rodadas na obra possuem exatamente a composição

    comentada acima, sendo o cimento considerado em massa e os agregados emvolume. A título de exemplo, abaixo segue uma composição de argamassa doSINAPI:

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    Gabarito: Item CERTO.

    Na elaboração de um orçamento, um aspecto relevante é o que diz respeito àdeterminação da quantidade de materiais e de serviços necessários àrealização da obra. Acerca desse assunto, julgue os itens a seguir.

    12. (CESPE/ANA/Analista/Engenharia Civil/2006) Em uma obra deregularização de terreno, o volume de aterro (ou desaterro) é calculado peladiferença de cotas entre o perfil inicial e o perfil final multiplicada pela áreaem planta da zona aterrada (ou desaterrada) e pelo fator de empolamento.

    Pessoal, nessa questão temos um probleminha com a redação do enunciado. Nocaso, foi utilizado de forma incorreta o termo “fator de empolamento”. Comovou comentar a seguir, o fator de empolamento é sempre menor que 1, dessaforma o volume transportado não é calculado multiplicando-se o volumeescavado pelo fator de empolamento (φ ), mas sim pelo empolamento (ep).

    Empolamento ou expansão volumétrica é um fenômeno característico dos solos,importante na terraplenagem, principalmente quanto ao transporte de material.

    Quando se escava um terreno natural, o solo que se encontrava num certo estado

    de compactação, proveniente do seu próprio processo de formação, experimentauma expansão volumétrica que chega a ser considerável em certos casos.

    Após o desmonte o solo assume, portanto, volume solto (Vs) maior do queaquele em que se encontrava em seu estado natural (Vn) e, consequentemente,com a massa específica solta (γ s) correspondente ao material solto, obviamentemenor do que a massa específica natural (γ n).

    O fenômeno do empolamento pode ser expresso por três relações:

    1. A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relaçãoentre o volume solto e o volume natural;

    2. A segunda das relações, denominada porcentagem (ou taxa) deempolamento [p(%)], nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, dovolume solto em relação ao volume natural;

    3. A terceira delas, denominada fator de empolamento (φ ), traduz a relaçãode redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material,com valor sempre menor do que 1.

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    Abaixo eu coloco uma tabela exemplificativa dessas três relações para diferentestipos de solos:

    Para o cálculo do volume de aterro e desaterro (corte) não se considera o fator deempolamento. No aterro, mede-se o volume de aterro executado de acordo com a

    seção transversal do projeto. No corte, mede-se o volume extraído no corte.O fator de empolamento é levado em consideração para o transporte do materialescavado, quer seja para bota-fora ou para um local de aterro. A título decuriosidade, o SICRO2 – Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT, considera ofenômeno do empolamento já na composição do transporte, sendo que oorçamentista não precisa saber o fator ou a taxa de empolamento porque isto jáestá dentro da composição.

    Vejamos o que diz o DNIT em sua Especificação de Serviço DNIT 108/2009-ES – Terraplenagem - Aterros:

    Item 8.1 – Processo de medição.

    Tendo em vista que as medições correspondentes à escavação, carga e transportedos materiais já foram devidamente focalizadas quando da abordagem daexecução dos Cortes e dos Empréstimos, a medição dos aterros comporta,estritamente, a quantificação da compactação, a qual envolve várias operações, asaber: a descarga e o espalhamento do material em camadas, o ajuste e

    homogeneização da umidade do solo, a compactação propriamente dita e orespectivo acabamento do aterro.

    8.1.1 Tendo em consideração as características e particularidades inerentes a cadauma das camadas executadas, os serviços serão medidos em m³, segundo a Notade Serviço expedida e a seção transversal projetada, separadamente, segundo asalíneas a seguir:

    a) Compactação das camadas do corpo de aterro;

    b) Compactação das camadas finais de aterro.

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    compensar as perdas que ocorrem durante o transporte dos solos e possíveisexcessos na sua compactação.

    Gabarito: Item ERRADO.

    13. (CESPE/ANA/Analista/Engenharia Civil/2006) A estimativa daquantidade de materiais a serem utilizados nas instalações hidráulicas emuma obra pode ser obtida com base no projeto em perspectiva isométrica.

    Pessoal, é exatamente isso. As perspectivas isométricas permitem a visualizaçãodo arranjo da instalação de uma forma mais clara do que uma planta comum(perspectiva ortogonal). A questão está correta porque o levantamento de

    quantitativos de materiais de instalações hidráulicas pode ser obtido com base no projeto em perspectiva isométrica.

    Segue um exemplo de perspectiva isométrica de uma instalação hidráulica bemsimples:

    Gabarito: Item CERTO.

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    14. (CESPE/ANA/Analista/Engenharia Civil/2006) No cálculo dasquantidades de emboço e de reboco, a área dos vãos de portas e janelas deveser descontada da área total da parede.

    Essa questão possui um enunciado que não ajuda o candidato! Na realidade, oenunciado traz o assunto em sua regra geral, contudo há uma regra específicasobre o desconto de vãos na medição desses serviços. A regra geral é que não sedeve descontar os vãos, de forma que a questão está correta, contudo a partir dedeterminado limite, deve-se fazer o desconto.

    Até determinada área de vão, o serviço de requadramento das faces do vãocompensa sua área. Assim, paga-se o emboço e o reboco como se não houvesse

    nem vão, nem requadramento.Existem dois métodos práticos para o desconto dos vãos:

    1) A partir de vãos de 2,0 m2 deve-se descontar o vão e pagar a requadração à parte.

    2) A partir de vãos de 2,0 m2 deve-se descontar do vão somente o que excederessa quantidade, sendo os 2,0 m2 contabilizados como compensação pelarequadração.

    Em regra, as bancas não entram muito no detalhe deste assunto, perguntandogenericamente se SEMPRE ou NUNCA há desconto dos vãos para pagamento derevestimentos, e aí fica fácil responder.

    Gabarito: Item ERRADO.

    Considerando que os orçamentos de construções civis devem ser elaborados

    com o máximo cuidado e rigor, de forma a refletirem fielmente os custosassociados a obras e serviços, julgue o item a seguir.

    15. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) Os projetosexecutivos e os memoriais descritivos das obras são necessários para aelaboração do orçamento de uma construção.

    No comentário da questão 5, vimos que o Projeto Básico deve conter aidentificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos aincorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores

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    Ainda, há a classificação dos custos em relação ao relacionamento entre o custo eo produto feito, podendo ser diretos ou indiretos.

    Os primeiros são fáceis, objetivos e diretamente apropriáveis ao produto feito. Osindiretos precisam de esquemas especiais para a alocação, tais como bases derateio, estimativas, etc.

    A questão trata de um tipo de classificação menos usual, que aborda o custo de produção.

    O custo de produção do período (CPP) é a totalidade de custos incorridos na produção durante determinado período de tempo. É composto por três elementos:materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação (produção).

    Materiais Diretos (MD): Referem-se a todo material que se integra ao produtoacabado e que possa ser incluído diretamente no cálculo do custo do produto.Ex.: matéria-prima, insumos secundários.

    Mão-de-Obra Direta (MOD): É o custo de qualquer trabalho executado no produto alterando a forma e natureza do material de que se compõe. Ex: gastototal com salários e encargos com a mão-de-obra apropriável diretamente ao produto.

    Custo Indiretos de Fabricação (produção) (CIF): São os demais custosnecessários para a execução da obra, porém genéricos demais para seremapropriados diretatamentos ao produto. Ex: materiais indiretos, mão-de-obraindireta, energia elétrica, seguro e aluguel do escritório.

    Essa classificação causa um pouco de dúvidas porque, como exposto, temos:

    1) Custos diretos e indiretos (da obra);

    2) Custos diretos e indiretos de produção.

    Pessoal, é tênue a diferença. Vamos exemplificar para ficar mais claro.Há custos que podem ser diretos da obra e serem custos indiretos de produção.Um exemplo é o custo de uma betoneira. A betoneira possui um custo mensal e basta sabermos o tempo de duração da obra para obtermos seu custo total. Para aobra é um custo direto, sendo considerado como equipamento da administraçãolocal. Contudo, não se incorpora ao produto acabado. Logo, é um custo indiretode produção.

    Na hora da prova, devemos sempre estar atentos à presença da expressão “de produção”. Na sua ausência, a questão está tratando de custos diretos e indiretos

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    da obra, que é o caso mais comum de ser cobrado em provas. Se houver aexpressão “de produção”, devemos estar atentos ao enfoque específico destecaso.

    Com relação ao enunciado da questão, as despesas com material de proteçãocontra acidentes no trabalho são separados em Equipamentos de ProteçãoIndividual – EPI e Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC.

    Exemplos de EPI são capacete, protetor auricular, luva, uniforme, bota, cinto desegurança, óculos de proteção, etc. Os EPI, assim como as ferramentas manuais,nos termos do regulamento aprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessãonº 1.363, de 30/08/2004, que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamentode Edificações (composição do custo direto e do BDI/LDI), integram os encargossociais sobre a mão de obra, sendo o item E6 dos encargos complementares ecustos diretos da obra.

    Os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, como bandejas de proteção, telasde segurança, guarda-corpo, coberturas de passagens, são custos diretos da obra econstam da planilha orçamentária (não no BDI).

    Os EPI são considerados no custo da mão-de-obra como encargos sociais. Dessaforma, podem ser custos diretos ou indiretos de produção na medida em que háEPI da mão-de-obra direta (profissional que executa o serviço) e da mão-de-obra

    indireta (engenheiro).Os EPC não são apropriados diretamente a nenhum serviço, sendo custosindiretos de produção.

    As formas reaproveitáveis são apropriadas ao custo de produção por rateio.Dessa forma são custos indiretos de produção, embora sejam custos diretos daobra.

    Dessa forma, a questão está errada porque as despesas com material de proteção

    contra acidentes no trabalho e formas reaproveitáveis para concreto sãoclassificadas como custos indiretos de produção.

    Gabarito: Item ERRADO.

    18. (CESPE/TRE-MA/Analista Judiciário/ Engenharia Civil/2009) Noplanejamento e controle de obra, é essencial a avaliação da produtividade damão de obra. Para tanto, é comum dividir as atividades por categorias, taiscomo produtivas, auxiliares e improdutivas. Acerca desse assunto, assinale aopção correta.

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    distribuições de tempo diferentes para os pedreiros e os serventes, por exemplo.As distribuições de tempo de atividades distintas podem ser diferentes.

    A figura abaixo contém um comparativo entre os resultados de mediçõesrealizadas pelos seguintes autores: Maués (1996), na unidade de armação de umacentral de montagem de componentes; Costella et alli (2002), nas centrais dearmação e de carpintaria de uma usina hidrelétrica de Goiás; Librelotto et alli(2000), que mediram as atividades estruturas e revestimentos de 12 empresasconstrutoras de Florianópolis.

    Assim, a questão está errada porque a capacitação de empregados é umaatividade auxiliar.

    Gabarito: Item ERRADO.

    b) As atividades auxiliares são as atividades necessárias para que o processode produção se desenvolva normalmente, como, por exemplo, transporte dematéria-prima.

    Conforme comentado na letra “a” da questão, as atividades auxiliarescorrespondem às atividades necessárias para que o processo de produção sedesenvolva normalmente, como, por exemplo, transporte de materiais.

    Gabarito: Item CERTO.

    c) As atividades improdutivas são aquelas que representam as perdas noprocesso, por exemplo, férias, refeições, entre outras.

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    A questão está errada porque os exemplos citados são atividades auxiliares.

    Gabarito: Item ERRADO.

    d) Na programação de obras cuja duração seja inferior a 1 mês, para ocálculo da produtividade, desconsideram-se as atividades improdutivas.

    Em obras cuja duração seja inferior a 1 mês, não haverá determinadas atividadesimprodutivas, como férias. Contudo, há outras atividades improdutivas queindependem da duração da obra, como o retrabalho (correção de serviço malexecutado). Assim, a questão está errada.

    Gabarito: Item ERRADO.

    e) A estimativa da produtividade da mão de obra é feita durante o processode treinamento dos operários da obra.

    A questão está errada porque a estimativa da produtividade da mão de obra éfeita durante a execução das atividades produtivas.

    Gabarito: Item ERRADO.

    19. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O preço total de umserviço de reconhecimento do subsolo para a execução de uma obra com ouso de sondagens a percussão é calculado em função do volume de soloretirado no processo de sondagem.

    Após a definição da técnica a ser utilizada no reconhecimento do subsolo, o preço final do serviço de sondagem é função da quantidade de metros perfurados,

    em nada importando o volume de solo retirado no processo.Para ilustrar melhor o assunto, creio ser válida a referência ao Manual deExecução de Sondagens, elaborado pela Gerência de Projetos da CompanhiaCatarinense de Águas e Saneamento, aprovado mediante a Resolução nº 194, de13 de março de 1997.

    O citado Manual de Execução de Sondagens foi baseado nas “Normas paraExecução de Sondagens em Obras da SABESP”, e nas normas NBR 6484 –Execução de Sondagens de Simples Reconhecimento do Solo, NBR 7250 -Identificação e Descrição de Amostras de Solos Obtidas em Sondagens de

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    Simples Reconhecimento dos Solos, e NBR 9603 - Sondagens a Trado, daABNT.

    A seguir, uma ilustração retirada do Manual acerca do caso mais comum deserviços de sondagem:

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    Importante! Com relação à quantidade de furos de uma sondagem, asquantidades fornecidas pela NBR 8036/83 são diferentes dos valores da tabelaacima.

    Devemos ter em mente a distinção de aplicação da NBR 8036 e 6484. A primeira é específica para reconhecimento de solo para construção de edifíciose a segunda é para reconhecimento do solo com SPT. Contudo, pelo critério deambas as normas, até uma área de 1200 m2 temos 1 furo para cada 200 m2.De 1200 m2 a 2400 m2, embora cada uma utilize um método, chegamos aomesmo número de furos, sendo 9 para a área de 2400 m2. Acima de 2400 m2,a NBR 8036 prevê que o número de sondagens deve ser fixado de acordo como plano particular de construção, e a NBR 6484 prevê que seja feito 1 furo paracada 300 m2. Assim, eu levaria para a prova o conceito da 6484 pela

    completude do assunto e por ser ela de fevereiro de 2001 e a 8036 ser de junhode 1983.

    Gabarito: Item ERRADO.

    20. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) O preço total para a

    execução de revestimento por chapisco é calculado com base no peso total deargamassa utilizada.

    Pessoal, essa questão é simples, mas trata de um assunto importante. Trata-se docritério de medição do serviço chapisco. Assim como os serviços tradicionaisrelacionados a panos de alvenaria, como emboço, reboco, reboco paulista etc, ochapisco é medido pela área executada, por m2, e tem seu preço calculado com base no volume de argamassa utilizada. Assim, a questão está errada.

    Composição unitária do serviço chapisco extraída do SINAPI:

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    Gabarito: Item ERRADO.

    21. (CESPE/TCE-PE/Inspetor de Obras Públicas/2004) No cálculo do custode execução de 1 m2 de revestimento com azulejo assentado com colaespecial à base de PVA, o tempo típico gasto pelo azulejista é estimado em

    1,5 horas.Essa questão cobra a vivência e o bom senso do candidato. N ão há comoresponder a questão se não souber se é razoável, ou não, um pedreiro gastar 90minutos para assentar 1 m2 de azulejo, ou não consultar a composição unitária doserviço.

    Anexei abaixo a composição do serviço "piso cerâmica esmaltada 20x30cm" doSINAPI para exemplificar. Perceba que o azulejista gasta 0,30h para fazer 1 m2

    de piso (18 minutos), dessa forma a questão está muito fora da realidade. Claroque a produtividade varia em função do tipo e tamanho do material, local deexecução, etc. Contudo, a regra é algo dessa ordem de grandeza e não os 90minutos informados na questão.

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    Gabarito: Item ERRADO.

    (CESPE/ME/Engenheiro/2008) - Julgue os próximos itens, relacionados àcomposição de custos para construção de uma obra civil.

    22. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Os custos relativos à execução de formaspara concreto armado são quantificados em função do preço unitário daforma por unidade de peso.

    Mais uma questão do CESPE que cobra a experiência do profissional ou, naausência de experiência, um pouco de lógica e bom senso. Formas são medidas

    em função da área concretada. Não se mede, para fins de pagamento de serviçoexecutado, o quantitativo total de forma utilizada, mas sim a área da forma queesteve em contato com o concreto, sendo assim muito prático levantar a área da peça concretada e pagar esse valor no serviço de forma.

    Algumas pessoas confundem a medição do serviço de forma com o levantamentodo quantitativo de material para forma. O levantamento é feito para comprarmoso material para confeccionar as formas. Assim, deve-se considerar as perdas queinevitavelmente ocorrerão no processo de desengrosso e corte das peças de

    madeira. Na extração do SINAPI abaixo, percebemos que a forma é medida por m2:

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    Gabarito: Item ERRADO.

    23. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Os custos relativos à areia utilizada paraprodução de concreto são quantificados em função do preço unitário daareia por unidade de volume.

    Mais uma questão que não carece de maiores comentários. A areia é quantificadae comprada em função de seu volume, usualmente m³. Vale a lembrança docomentário feito na questão 11 acerca da diferença entre traço e composiçãounitária.

    Composição unitária do serviço concreto:

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    Gabarito: Item CERTO.

    24. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Os custos relativos ao serviço deserventes são quantificados em função do preço unitário por horatrabalhada.

    De fato toda mão-de-obra é quantificada nas composições unitárias em função do preço unitário por hora trabalhada. Essa questão é bem ilustrativa da forma comoa mesma banca examinadora varia a dificuldade e a extensão de suas questões deuma prova para outra ou mesmo dentro de uma única prova.

    Isso nos leva a pensar a estratégia de resolução da prova, priorizando a resoluçãodas questões mais simples, diretas, que nos garantem a mesma pontuação dasquestões com textos extensos ou complexos.

    Gabarito: Item CERTO.

    25. (CESPE/ME/Engenheiro/2008) Os custos relativos aos blocos pré-moldados de concreto para construção de uma parede são quantificados emfunção do preço do bloco por unidade de peso.

    O item está errado porque os custos relativos aos blocos pré-moldados deconcreto para construção de uma parede são quantificados por unidade e não pelo peso do bloco. Por exemplo, para fazer 1,0 m2 de parede de 15cm de espessura,

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    utilizando-se blocos de concreto 140x190x390mm, gastam-se 12 blocos inteirose 1 meio-bloco.

    Composição unitária do SINAPI:

    Gabarito: Item ERRADO.

    A composição de custos é elemento importante para a estimativa final decusto de uma obra, sendo fundamental para a análise de viabilidade de umempreendimento comercial. A respeito desse assunto, julgue os itens que seseguem.

    26. (CESPE/MPE-TO/Analista/Engenharia Civil/2006) Em uma composiçãode serviços, mão-de-obra é um insumo cuja utilização é estimada emunidade de tempo.É isso mesmo pessoal. A mão-de-obra, como já comentamos na questão 24, équantificada nas composições unitárias em função do preço unitário por horatrabalhada. Eu coloquei esta questão na aula, apesar de ser praticamente idênticaà questão 24, de forma proposital. A intenção é mostrar como as bancasexaminadoras voltam a cobrar temas já cobrados e, às vezes, praticamenterepetindo questões. Essa questão caiu na prova de analista com especialidade emengenharia civil do Ministério Público Estadual do Estado do Tocantins em

    2006. Em 2007, caiu na prova de técnico científico na área de engenharia civil do

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    Banco da Amazônia. Por fim, caiu na prova de engenheiro civil do Ministériodos Esportes em 2008.

    Gabarito: Item CERTO.

    27. (CESPE/MPE-TO/Analista/Engenharia Civil/2006) Em uma composiçãode serviços em que o insumo é um determinado equipamento, o consumodesse insumo é avaliado em unidade de tempo.

    Assim como a mão-de-obra, em regra, os equipamentos constantes dascomposições unitárias são precificados tendo-se por base sua utilização horária.

    Atenção! Veja na composição unitária do serviço concreto, mostrada naquestão 23, o insumo betoneira.

    Como exemplos de equipamentos comuns em obras temos: vibrador, sarilho, betoneira, bombas, gruas, elevadores, pranchas, tratores, máquinas especiais, etc.

    Lembrando que os equipamentos de uso pessoal (colher de pedreiro,desempenadeira, escantilhão, nível, prumo, chave turquesa, martelo, serrote, etc),também chamados de ferramentas manuais, estão contemplados nos encargossociais e não integram as composições unitárias de serviços, assim como osEquipamentos de Proteção Individual - EPI.

    Por ferramentas manuais entende-se as de uso exclusivo de um profissional e deuso proporcional à atividade executada por ele. Estas, nos termos do regulamentoaprovado pelo Instituto de Engenharia em sua sessão nº 1.363, de 30.08.2004,que estabelece a Metodologia de Cálculo do Orçamento de Edificações(composição do custo direto e do BDI/LDI), integram os encargos sociais sobre amão-de-obra, sendo o item E6 dos encargos complementares.

    No próprio governo não há consenso sobre essa questão. O DNIT, no SICRO2(que ainda está valendo) considera as ferramentas manuais dentro dascomposições, utilizando a rubrica "Adicional à mão-de-obra". Já no SICRO3(que está em fase de consulta pública) isso mudará, com as ferramentas manuaissaindo das composições e passando para o grupo "Serviços gerais do orçamentoda obra".

    Assim, resumindo, a regra é que para obras de EDIFICAÇÕES as ferramentas

    manuais integram os encargos sociais e as demais ferramentas/equipamentosintegram a administração local. É assim que o TCU considera.

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    Gabarito: Item CERTO.

    (CESPE/INSS/Analista/Engenheiro Civil/2008) - Um dos métodos utilizadospara realizar o orçamento dos custos envolvidos na construção civil é o daquantificação empregando composição de custo unitário. Nesse método, oproduto a ser executado é decomposto em vários componentes, comquantificação da sua participação no produto final. Um exemplo dessacomposição é mostrado na tabela seguinte.

    Considerando essas informações, julgue os itens seguintes.

    28. (CESPE/INSS/Analista/Engenheiro Civil/2008) O pagamento das horasde utilização de betoneira para execução de uma laje é computado comodespesa indireta.

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    Pessoal, atenção para o fato de que não há na questão o uso da expressão “de produção”. Logo, trata-se de custo da obra.

    O custo da betoneira é rateado na execução da laje, de tal sorte que é um custoindireto de produção da laje.

    Contudo, sua apropriação é direta no custo da obra e não indireta, como seria porexemplo o custo da administração central.

    Gabarito: Item ERRADO.

    29. (CESPE/INSS/Analista/Engenheiro Civil/2008) Para o emprego databela em apreço, considera-se que há proporcionalidade entre o custo totalda produção da laje e a quantidade de laje produzida.

    A resposta desta questão é de pronta percepção, não é pessoal?! Como o próprionome diz, a composição é de custo UNITÁRIO. Assim, ela nos informa o custode fabricação de uma unidade (m2) de laje.

    Logicamente, o custo total da laje é a multiplicação da quantidade executada pelocusto unitário. Existindo, pois, proporcionalidade entre os institutos.

    Gabarito: Item CERTO.

    30. (CESPE/INSS/Analista/Engenheiro Civil/2008) De acordo com asinformações apresentadas, a espessura do elemento de enchimento é inferiorà espessura da laje porque há previsão de revestimento superior comconcreto.

    É isso mesmo. A composição unitária fornecida pela questão refere-se à uma lajenervurada com utilização de vigotas treliçadas pré-fabricadas. Normalmenteutilizam-se como material de enchimento nestas lajes o EPS (isopor) ou as lajotas

    cerâmicas. Nas espessuras da questão – 20 e 25cm – é mais comum o uso delajotas cerâmicas, sendo o EPS mais utilizado a partir de 25cm de espessura, deforma a diminuir o peso próprio da laje e pelo fato do EPS ser mais caro que alajota cerâmica.

    Observa-se na composição que são retratadas duas lajes, com 20 e 25cm deespessura. Os elementos de enchimento não foram especificados quanto ao seumaterial, mas foram quanto à sua dimensão, sendo 16 e 20cm respectivamente.Dessa forma, temos a informação de que a laje de 20cm possui uma capa de

    concreto de 4cm de espessura e a laje de 25cm possui uma capa de 5cm.

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    Algumas fotos para ilustrar a montagem desse tipo de laje:

    Gabarito: Item CERTO.

    31. (CESPE/INSS/Analista/Engenheiro Civil/2008) Quanto maior for aespessura da laje, maior será o seu custo de mão-de-obra.

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    empolamento. O volume transportado, multiplicado pelo empolamento, é maiordo que o volume escavado.

    Gabarito: Item ERRADO.

    Colegas, chegamos ao final de nossa aula 1.

    Aguardo vocês para nosso próximo encontro. Bons estudos!

    Marcelo Ribeiro

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    LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

    1. (ESAF/CGU/AFC/Auditoria de Obras/2008 – Item 4) De acordo com a NBR12.721, o valor estimado do custo global da construção inclui diversos itens.Assinale a opção contendo item(ns) que não faz(em) parte do custo global deconstrução.

    a) Terreno, projetos, impostos, taxas e emolumentos cartorários.

    b) Fundações, elevadores, equipamentos e instalações.

    c) Playground, obras e serviços complementares e outros serviços.

    d) Remuneração do construtor.

    e) Remuneração do incorporador.

    2. (ESAF/MPOG/Engenheiro/2006 – Item 32) Para a realização de análisesquantitativas de projetos de arquitetura, instalações e estruturas paraincorporação de edifício em condomínio, têm-se vários tipos de áreas a seremconsideradas: área privativa, área de uso comum, área real e área equivalente.Assinale a opção incorreta.

    a) Área privativa é a soma das áreas delimitadas pelas paredes externas doapartamento, cobertas e descobertas, abertas ou fechadas.

    b) Área de uso comum ou total – é a soma das áreas delimitadas pela linha quecontorna a dependência de uso comum.

    c) São considerados como área comum de um apartamento os poços deventilação, os poços de iluminação e os shafts visitáveis privativos.

    d) Área real total é a soma da área privativa total somada à área de uso comum

    total.e) Para a definição e cálculo da área equivalente, é necessário o cálculo da área padrão e da área de padrão diferente.

    3. (ESAF/MPU/Analista – Área: Pericial – Especialidade: Engenharia Civil/2004 – Item 42) A NBR 12721 – Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentode construção para incorporação de edifício em condomínio – dita os critérios

    para cálculo do CUB (custo unitário básico). Com relação a esta norma, éincorreto afirmar que

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    a) a área real privativa de unidade autônoma é igual à soma das áreas cobertas edescobertas reais, contidas nos limites de uso exclusivo desta unidade.

    b) a área equivalente de construção corresponde à soma das áreas cobertas edescobertas reais da edificação.

    c) o cálculo do custo unitário básico é de responsabilidade do Sindicato daConstrução Civil de cada estado e do Distrito Federal.

    d) o custo unitário básico é estabelecido a partir de lotes básicos de insumosrelacionados a diferentes projetos-padrão.

    e) o custo unitário da construção corresponde ao quociente da divisão do custoglobal da identificação pela soma das áreas de construção de todas as unidades

    autônoma