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  • Direito Tributrio para a RFB

    Resoluo de Questes da ESAF

    Prof. George Firmino Aula 10

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    AULA 10 SIMULADO FINAL

    Sumrio Pgina

    Apresentao das questes 03-18

    Gabarito 19

    Comentrios 20-67

    Ol, amigo concurseiro!

    Chegamos nossa ltima aula.

    Agora a hora de avaliar os conhecimentos de toda a matria.

    Ao longo do curso, abordamos a matria atravs de questes

    separadas por assunto, de forma que o contedo seguisse uma

    sequncia didtica mais produtiva. Busquei fazer uma reviso de cada

    tema nas questes iniciais, a fim de permitir uma abordagem mais

    clara aos que esto aprendendo a matria por meio de questes.

    No entanto, este simulado ser diferente do que foi o curso at

    aqui. Primeiro porque todas as questes so inditas, criadas por

    mim, sem, contudo, desviar do estilo ESAF de cobrar. Elaborei as

    questes, retirando-as das mesmas fontes que a ESAF costuma

    utilizar nas suas questes.

    Em segundo lugar, neste simulado no apresentarei meus

    comentrios s questes. Isso porque as questes versaro apenas

    sobre aspectos doutrinrios e jurisprudenciais que julgo importantes e

    como possveis objetos de questes da ESAF. Dessa forma, no lugar

    dos meus comentrios, apresentarei o entendimento cobrado na

    questo, seja ele doutrinrio ou jurisprudencial, na ntegra, sem

    qualquer alterao.

    De antemo, informo aqui que o entendimento cobrado na

    questo no revela o meu posicionamento quanto ao tema, e pode,

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    at mesmo, ir de encontro ao entendimento doutrinrio dominante,

    que voc aprendeu nos livros tericos da matria. Por isso, sendo o

    objetivo deste simulado apresentar itens que podero ser cobrados

    em prova, no devemos questionar se o entendimento est certo ou

    errado, apenas guard-lo para a prova, pois, como afirmei acima,

    estou buscando as questes nas mesmas fontes utilizadas pela ESAF.

    Muitas vezes a banca adota uma questo controversa e temos que

    estar preparados para isso.

    Ento, repito: mesmo que voc no concorde com o

    entendimento cobrado em alguma questo, guarde-o. Se o

    entendimento for doutrinrio, a ESAF est apresentando uma

    tendncia de cobrar em suas questes aqueles que, em algum ponto,

    destoam da doutrina majoritria, por isso, importante conhecer as

    duas correntes. Se o entendimento cobrado for jurisprudncia dos

    tribunais superiores, devemos, por obrigao, conhec-lo, mesmo que

    polmica a deciso, no cabe a mim nem a voc, nobre aluno,

    question-la, seno conhecer o entendimento e marc-lo na hora da

    prova.

    Ao final das questes, no deixe de ler as consideraes finais.

    Tudo pronto?

    Ento, vamos nossa ltima bateria de questes!

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    LISTA DE QUESTES

    Aula 10: SIMULADO FINAL

    Questo 01

    O art. 3 do CTN institui que o tributo prestao compulsria e instituda em lei. Com base no referido artigo, podemos afirmar que: a) Apenas as obrigaes tributrias so regidas pelo princpio da legalidade. b) A compulsoriedade requisito de validade do tributo. c) O art. 3 do CTN, ao se referir instituio por lei, refere-se a um requisito de validade e no de existncia do tributo. d) O princpio da legalidade, uma vez previsto no CTN, norma infraconstitucional, no representa limitao constitucional instituio de tributos. e) Uma exigncia pecuniria, compulsria, que no seja sano de ilcito, cobrada pela Administrao com base em uma Portaria ter atendido os requisitos de validade. Questo 02

    Avalie as formulaes seguintes e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. I. No obstante a vinculabilidade da cobrana do tributo, prevista no art. 3 do CTN, o exerccio da atuosidade administrativa se opera tambm por meio de atos discricionrios. II. Na atividade de cobrana e fiscalizao dos tributos inexistem juzos de oportunidade e convenincia. III. No estabelecimento de prioridades de fiscalizao e na anlise custo-benefcio, desde que disciplinados normativamente, resta configurada certa margem de discricionariedade. a) Apenas as formulaes I e II so corretas. b) Apenas as formulaes I e III so corretas. c) Apenas as formulaes II e III so corretas. d) Apenas a formulao II correta. e) Todas as formulaes so corretas. Questo 03

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A Constituio de 1988, consagrando o critrio adotado desde a EC 18/65, divide o poder

    fiscal, no que diz respeito aos impostos, com ateno s suas bases econmicas, utilizando-se, pois, de critrio pr-jurdico?

    Ao definir os impostos de competncia de cada ente federado, a Constituio Federal adota como critrio diferenciador desta espcie tributria a denominao que lhe dada?

    A outorga de competncia, pelo critrio da base econmica, implica, por si s, uma limitao da respectiva competncia?

    a) Sim, no, sim. b) Sim, sim, no. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 04

    Reza o art. 145, 1, da Constituio Federal que, sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. Trata-se do conhecido princpio da capacidade contributiva. Sobre ele podemos afirmar: a) aplicvel, em sua inteireza, a todos os tributos. b) Aplica-se integralmente s taxas. c) No tem aplicao s contribuies sociais. d) Por determinao constitucional, aplica-se to somente aos impostos. e) Consubstancia uma limitao ao poder de imposio fiscal que informa todo o sistema tributrio.

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    Questo 05 Em nosso ordenamento constitucional, h vedao expressa de que as taxas tenham base de clculo prpria de impostos. Sobre esta vedao, incorreto afirmar: a) Diz respeito natureza da base de clculo. b) Base de clculo prpria de imposto aquela que se refere a uma grandeza relacionada ao contribuinte e no atividade estatal que fundamenta a cobrana da taxa.. c) No se trata de simples vedao do bis in idem. d) Restringe-se impossibilidade de aplicar s taxas base de clculo dos impostos j existes. e) A limitao decorre da prpria essncia da taxa. Questo 06 Muito j se discutiu a respeito das espcies que compem o gnero tributo. Entretanto, divergncias doutrinrias e jurisprudenciais acabaram pacificadas aps decises reiteradas do STF sobre o tema. Em importante julgado, no ano de 2009, a Corte Suprema cristalizou seu entendimento. Acerca desse tema, julgue as assertivas a seguir, de acordo com o posicionamento do STF. I) Os tributos so os impostos, taxas e contribuies de melhoria, com fundamento no art. 5 do CTN. II) O art. 145 da CF/88 arrola taxativamente as espcies de tributos. III) A par das trs modalidades de tributos a que se refere o art. 145 da CF/88 para declarar que so competentes para institu-los a Unio, os Estados, o DF e os Municpios, a prpria CF alude a duas outras modalidades para cuja instituio s a Unio competente. a) V, V, V b) V, F V c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V Questo 07 O art. 4 do CTN estabelece que a natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevante para qualific-la a destinao legal do produto arrecadado. Acerca da natureza jurdica do tributo, julgue as assertivas a seguir. ( ) Em nosso ordenamento prevalece a aplicao do art. 4 do CTN, independente da espcie tributria. ( ) A destinao legal ou finalidade, atualmente, no constitui critrio para identificar determinadas espcies tributrias. ( ) A Constituio Federal emprestou indiscutvel carter tributrio s contribuies especiais e aos emprstimos compulsrios, colocando como traos distintivos dessas espcies tributrias relativamente s demais a sua finalidade, de modo que a destinao legal do produto da arrecadao passou a ser aspecto relevante para determinao da natureza especfica do tributo. a) V, F, V. b) F, V, F. c) F, F, V. d) V, V, V. e) F, V, F.

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    Questo 08 Aps a CF/88, com o reconhecimento de que temos cinco espcies tributrias, com critrios de validao constitucional distintos, art. 4 do CTN revelou-se absolutamente insuficiente para distingui-las. Continua servindo como suporte na

    distino entre ____________, mas no se presta identificao ____________,

    pois este(a)s so identificados ____________. Complete as lacunas e marque a alternativa que as preencha corretamente.

    a) fato gerador e hiptese de incidncia das espcies tributrias pelo fato gerador da obrigao.

    b) impostos, taxas e contribuies de melhoria das contribuies especiais e dos

    emprstimos compulsrios a partir da sua finalidade.

    c) todas as espcies tributrias das obrigaes entre particulares pela sua voluntariedade.

    d) as diversas modalidades de taxas das demais espcies tributrias a partir da sua base de clculo.

    e) emprstimos compulsrios e impostos taxas e contribuies de melhoria a partir da previso oramentria. Questo 09 Tem a doutrina como incontroverso que a Constituio Federal no cria tributos, limitando-se to-s outorga de competncia, atravs da qual o ente poltico se investe das condies para institu-lo. Sobre o tema competncia tributria, assinale a alternativa incorreta. a) Apesar de no criar tributos, no plano normativo o processo de instituio de tributo tem incio na prpria Constituio. b) A Constituio Federal descreve genericamente as hipteses de incidncia do tributo, s quais estar limitada a pessoa poltica competente. c) A rigidez do sistema tributrio exige o estabelecimento de limitaes aos entes tributantes, a fim de evitar a invaso de competncia. d) Compartimentos estanques esto estruturados no Estatuto Supremo, sem que se conceda ao legislador complementar ou ordinrio possibilidade de dispor alm daquelas fronteiras. e) A estruturao parcial de tributo na prpria Constituio pode ser vista apenas em se tratando de impostos. Questo 10 Sobre o tema competncia tributria, avalie as assertivas a seguir, assinalando a alternativa INCORRETA. a) A competncia tributria, em sntese, uma das parcelas entre as prerrogativas legiferantes de que so portadoras as pessoas polticas, consubstanciada na faculdade de legislar para a produo de normas jurdicas sobre tributos. b) O estudo da competncia tributaria um momento posterior existncia mesma do

    tributo, situando-se no plano constitucional. c) A capacidade tributria ativa, que tem como contranota a capacidade tributria passiva, tema a ser considerado no ensejo do desempenho das competncias. d) perfeitamente possvel que a pessoa habilitada para legislar sobre tributos edite a lei, nomeando outra entidade para compor o liame, na condio de sujeito titular de direito subjetivo. e) A competncia tributria se revela desenhando o perfil jurdico de um gravame ou regulando os expedientes necessrios sua funcionalidade; j a capacidade tributria ativa significa reunir credenciais para integrar a relao jurdica no tpico de sujeito ativo.

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    Questo 11 Julgue as assertivas abaixo, assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a resposta correspondente. ( ) O fato de uma contribuio ter fato gerador ou base de clculo idnticos aos dos impostos revela, por si s, vcio de inconstitucionalidade. ( ) No impedimento que haja bis in idem ou mesmo bitributao por contribuio de seguridade social relativamente a impostos j institudos ou que venham a ser institudos. ( ) A vedao constitucional da britributao, resultante dos arts. 154, I e 194, 4, da CF, impede a criao de imposto ou contribuio social novos com fato gerador ou base de clculo prprios de imposto ou contribuio social j existentes, no sendo vedada, porm, a criao de uma contribuio social prevista no texto constitucional com fato gerador ou base de clculo idnticos aos de imposto j existente. a) V, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) F, V, V e) F, F, F Questo 12

    O CTN dispe em seu art. 7, 3 que no constitui delegao de competncia o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. Com base nessa previso, julgue as assertivas a seguir e assinale a INCORRETA. a) O referido dispositivo alude capacidade tributria ativa. b) O arrecadador no tem nenhuma ingerncia na relao jurdico-tributria. c) Qualquer pessoa jurdica pode desempenhar tal atividade, mesmo que se trate de pessoa jurdica de direito privado com finalidade de lucro. d) O arrecadador simplesmente presta um servio ao sujeito ativo da relao tributria. e) Esta atividade, diferentemente da competncia tributria, delegvel. Questo 13 (ESAF) AFTN/98 Com o advento da Emenda Constitucional n 39/2002, a Constituio federal passou a permitir aos Municpios e DF a instituio de Contribuio para o Custeio da Iluminao Pblica, denominada pela doutrina de COSIP. Sobre esta contribuio, julgue os itens a seguir: ( ) Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia eltrica do municpio no ofende o princpio da isonomia. ( ) A progressividade da alquota, que resulta do rateio do custo da iluminao pblica entre os consumidores de energia eltrica, no afronta o princpio da capacidade contributiva. ( ) A COSIP representa um tributo atpico, apresentando muitas vezes semelhanas com os impostos, outras com as taxas. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, F e) F, F, V

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    Questo 14 Avalie o acerto das afirmaes abaixo e assinale a alternativa correta. ( ) Para que a multa moratria cumpra sua funo de desencorajar a eliso fiscal no pode ter um importe que lhe confira caracterstica confiscatria, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. ( ) A caracterizao do efeito confiscatrio pressupe a anlise de dados concretos e de peculiaridades de cada operao ou situao, tomando-se em conta custos, carga tributria global. ( ) O isolado aumento da alquota do tributo insuficiente para comprovar a absoro total ou demasiada do produto econmico da atividade privada, de modo a torn-la invivel ou excessivamente onerosa. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, F e) F, F, V Questo 15 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A criao de imunidade tributria matria tpica do texto constitucional enquanto a de

    iseno versada na lei ordinria? H invaso da rea reservada emenda constitucional quando a lei ordinria cria

    iseno? O Poder Pblico tem legitimidade para isentar contribuies por ele institudas, nos limites

    das suas atribuies? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 16 A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, a, da Constituio ____________ s operaes de importao de bens realizadas por Municpios, quando o ente pblico for o importador do bem identidade entre ____________, e ____________. Compete ao ente tributante provar que as operaes de importao desoneradas esto influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituio. Complete as lacunas e marque a alternativa que as preencha corretamente, com base no entendimento do STF.

    a) remete o legislador competncia tributria capacidade tributria ativa.

    b) faz aluso imunidade recproca imunidade subjetiva.

    c) no se aplica norma impositiva dispensa legal.

    d) aplica-se contribuinte de direito contribuinte de fato.

    e) no diz respeito fato gerador hiptese de incidncia.

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    Questo 17 Analise as alternativas e assinale a incorreta. a) A imunidade tributria recproca alcana apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. b) O reconhecimento da imunidade tributria s operaes financeiras no impede a autoridade fiscal de examinar a correo do procedimento adotado pela entidade imune. c) Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crdito tributrio e de tomar as demais medidas legais cabveis. d) O lanamento tributrio apresenta natureza plenamente vinculada, que no admite excesso de carga. e) A imunidade tributria gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil no da espcie recproca (art. 150, VI, a, da Constituio), visto que a OAB no desempenha atividade prpria de Estado. Questo 18 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Entidade educacional que no contribuinte de direito do ICMS relativo a servio de

    energia eltrica tem benefcio da imunidade? O ensino de lnguas estrangeiras caracteriza-se como atividade educacional para

    aplicao da imunidade tributria? Terrenos baldios sem vinculao s finalidades essenciais da entidade afastam a

    imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF.? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 19 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A alienao de salvados configura atividade integrante das operaes de seguros e no

    tem natureza de circulao de mercadoria para fins de incidncia do ICMS? O ICMS pode ser cobrado sobre operaes que tm por objeto bens, mesmo que no

    caracterizada atividade mercantil-comercial? O perfil constitucional do ICMS exige a ocorrncia de operao de circulao de

    mercadorias (ou servios) para que ocorra a incidncia? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 20 A respeito do princpio da seletividade, incorreto afirmar: a) O princpio da seletividade impe que o Poder Pblico gradue a carga tributria conforme a essencialidade da operao ou do produto. b) A aplicao do princpio da seletividade no significa imunidade, ainda que as operaes ou os bens sejam essenciais ao ser humano. c) A essncia do carter seletivo repousa na possibilidade de haver alquotas diferentes considerados no s os diversos insumos como tambm a variedade de produtos. d) A seletividade caracterstica marcante do carter extrafiscal dos tributos. e) Uma alquota de 18% para um bem considerado essencial representa afronta o princpio da seletividade.

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    Questo 21

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. compatvel com a Carta Magna a norma infraconstitucional que atribui a rgo

    integrante do Poder Executivo da Unio a faculdade de estabelecer as alquotas do Imposto de Exportao?

    A competncia para estabelecer as alquotas do Imposto de Exportao privativa do Presidente da Repblica?

    Ocorre ofensa aos arts. 84, caput, IV, e pargrafo nico, e 153, 1, da CF ou ao princpio de reserva legal a atribuio da faculdade de estabelecer alquotas do Imposto de Exportao Cmara de Comrcio Exterior CAMEX?

    a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 22

    Avalie as afirmaes abaixo e, em seguida, marque a opo correta. I. inconstitucional a incidncia do Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza ISS sobre operaes de locao de bens mveis. II. Sempre que houver a prestao de servios concomitante locao de bens mveis, a empresa estar exonerada do pagamento do ISS. III. Se houver ao mesmo tempo locao de bem mvel e prestao de servios, o ISS incide sobre o segundo fato, sem atingir o primeiro. a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim. Questo 23

    O art. 43 do CTN, sobretudo o seu 2, determina que o imposto de renda incidir sobre a disponibilidade econmica ou jurdica da renda e que a lei fixar o momento em que se torna disponvel no Brasil a renda oriunda de investimento estrangeiro. Julgue os itens a seguir de acordo com a interpretao do STJ. ( ) No se deve confundir disponibilidade econmica com disponibilidade financeira da renda ou dos proventos de qualquer natureza. ( ) Disponibilidade econmica se refere imediata "utilidade" da renda, j disponibilidade financeira est atrelada ao simples acrscimo patrimonial. ( ) No necessrio que a renda se torne efetivamente disponvel para que se considere ocorrido o fato gerador do imposto de renda. a) V, V, V b) V, F, V c) F, V, F d) F, F, F e) F, F, V Questo 24

    O art. 75 do Regulamento Aduaneiro, Decreto n 6.759, de 5 de fevereiro de 2009,

    estabelece que a base de clculo do imposto de importao o valor aduaneiro

    apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e

    Comrcio - GATT 1994, quando a alquota for ad valorem. Nesse sentido, no

    compe a base de clculo do imposto de importao:

    a) Os juros devidos em razo de contrato de financiamento. b) O custo de transporte. c) Os gastos relativos carga e descarga. d) Os gastos relativos ao manuseio associado ao transporte da mercadoria importada. e) O custo do seguro da mercadoria.

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    Questo 25

    A Constituio Federal disciplina em seu art. 195: Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salrios e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio, mesmo sem vnculo empregatcio; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; II - do trabalhador e dos demais segurados da previdncia social, no incidindo contribuio sobre aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognsticos. IV - do importador de bens ou servios do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. Com base neste artigo, julgue as assertivas a seguir e marque a opo correspondente: ( ) O enunciado do art. 195, caput, da CF/88 revela a inteno do legislador constituinte de no excluir de ningum a responsabilidade de custe-la. ( ) Enquadrado o tributo no inciso I do art. 195, da Constituio Federal, imprescindvel a disciplina mediante lei complementar. ( ) Para as instituies financeiras, a receita financeira constitui receita inerente sua atividade ocasionando que sua receita bruta operacional equivalha basicamente ao faturamento. a) V, V, V b) V, F, V c) F, V, F d) F, F, F e) F, F, V Questo 26

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Segundo o STF, inexiste hierarquia constitucional entre lei complementar e lei ordinria,

    espcies normativas formalmente distintas exclusivamente tendo em vista a matria eventualmente reservada primeira pela prpria Constituio?

    Ainda segundo a Corte Suprema, exigvel lei complementar para disciplina dos elementos prprios hiptese de incidncia das contribuies desde logo previstas no texto constitucional?

    O STF declarou ilegtima a revogao da iseno do recolhimento da COFINS sobre as sociedades civis de prestao de servios de profisso legalmente regulamentada, j que lei ordinria no pode revogar lei complementar?

    a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, no. Questo 27

    Avalie as afirmaes abaixo e, em seguida, marque a opo correta. I. Instrues Normativas constituem espcies jurdicas de carter primrio, cuja validade e eficcia resultam, imediatamente, de sua estrita observncia dos limites impostos pelas leis. II. As Instrues Normativas podem modificar lei desde que com o objetivo de regular determinado tema nela previsto. III. A expresso legislao tributria encarta as normas complementares no sentido de que outras normas jurdicas tambm podem versar sobre tributos e relaes jurdicas a esses pertinentes. a) Todos os itens esto corretos. b) H apenas um item correto. c) H dois itens corretos. d) H trs itens corretos. e) Todos os itens esto errados.

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    Questo 28

    Avalie o acerto das afirmaes abaixo e assinale a alternativa correta. ( ) A analogia se confunde, em certos casos, com interpretao analgica ou extensiva. ( ) A analogia tcnica de integrao, ou seja, recurso de que se vale o operador do Direito diante de uma lacuna no ordenamento jurdico. ( ) A interpretao, seja ela extensiva ou analgica, objetiva desvendar o sentido e o alcance da norma, para ento definir-lhe, com certeza, a sua extenso. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, V, V e) F, F, V

    Questo 29

    Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a opo correspondente. ( ) valida a previso em norma complementar estabelecendo limitaes para concesso de iseno no previstas em lei. ( ) O STJ j restou consolidada posio no sentido de que cabe raciocinar-se analogicamente para o efeito de estender benefcio de iseno. ( ) Sendo imperativo o comando que determina a interpretao literal da outorga de iseno, revela-se desnecessria a edio de legislao especfica que discipline o comando isencional s atividades desenvolvidas pelas organizaes sociais sem fins lucrativos, que atendam ao interesse e utilidades pblicas. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, V, V e) F, F, F

    Questo 30

    Em relao interpretao literal das normas tributrias, prevista no art. 111 do Cdigo tributrio Nacional, incorreto afirmar que: a) Ao determinar a interpretao de normas relativas suspenso ou excluso do crdito tributrio, outorga de iseno e dispensa do cumprimento de obrigaes acessrias seja literal, o legislador quis significar no extensiva. b) O padro em nosso sistema a generalidade da tributao, por isso, a previso para interpretao literal da norma tributria veda o alargamento de seus comandos. c) certo que a interpretao literal preconizada pela lei tributria objetiva evitar interpretaes ampliativas ou analgicas. d) Do art. 111 do CTN resulta no somente uma proibio analogia, mas a impossibilidade de interpretao mais ampla. e) Interpretar literalmente significa que no se pode levar a interpretaes que restrinjam mais do que a lei quis.

    Questo 31

    O art. 106 do CTN estabelece que a lei aplica-se a ato ou fato pretrito, em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa. Sobre a retroatividade da lei interpretativa, assinale a alternativa incorreta. a) Em nosso ordenamento admitida a retroatividade da lei interpretativa mesmo quando contrariar a interpretao jurisprudencial sobre a matria. b) Lei interpretativa retroativa somente ser legtima quando se limitar a simplesmente reproduzir o contedo normativo interpretado, sem modificar ou limitar o seu sentido ou o seu alcance. c) Assumir a possibilidade de que uma dada lei seja meramente interpretativa pressupe conceber que a entrada desse veculo normativo no sistema jurdico no altera as relaes jurdicas advindas da lei interpretada. d) Quando se adotar interpretao que implique criao ou majorao de tributo, dever ser obedecido o princpio da anterioridade. e) A lei meramente interpretativa no modifica o status das relaes jurdicas em andamento, dado que se assim no fosse a lei teria natureza modificativa, e no interpretativa.

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    Questo 32

    Considere a seguinte definio: ...criao de expediente tcnico-jurdico, congrega em um s objeto, em uma s relao jurdica, mediante a operao de soma ou unio de relaes, os objetos das relaes jurdicas patrimoniais.... O instituto conceituado na expresso refere-se a(o): a) Crdito tributrio. b) Obrigao tributria acessria. c) Obrigao tributria principal. d) Lanamento tributrio. e) Sujeito ativo da relao tributria.

    Questo 33 O Cdigo Tributrio Nacional, em seu art. 113, 2, dispe que a obrigao acessria decorrente da legislao tributria e tem por objeto as prestaes, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. Sobre este tema incorreto afirmar que: a) O CTN coloca as obrigaes acessrias ao lado da obrigao de dar. b) A doutrina dominante no considera tais obrigaes como deveres de natureza administrativa; prefere defini-las como acessrias da obrigao de dar. c) A obrigao acessria d um suporte grande ao Direito Tributrio na medida em que fiscaliza e controla os recursos. d) A obrigao de dar no pode ser classificada como obrigao acessria. e) Nem todos os comportamentos que o Cdigo Tributrio Nacional considera como obrigaes devem ser efetivamente tidos como tais. H que se discriminar entre obrigaes principais e os deveres.

    Questo 34 Marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando em seguida a opo correspondente. ( ) Hiptese de incidncia a descrio legislativa de um fato a cuja ocorrncia in concreto a lei atribui a fora jurdica de determinar o nascimento da obrigao tributria. ( ) Os aspectos da norma tributria impositiva vm necessariamente arrolados de forma explcita e integrada na lei. ( ) So aspectos da norma tributria: pessoal, material, seletivo, espacial e quantitativo. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, V, V e) F, F, F Questo 35 Quanto ao princpio do non olet, previsto no Cdigo Tributrio Nacional, incorreto afirmar que: a) Um ato ilcito poder ser descrito na norma como hiptese de incidncia da obrigao tributria. b) Se algum fato ilcito implicar situao que, por si s, no seja ilcita e que esteja prevista como hiptese para imposio tributria, a ilicitude circunstancial no ter qualquer relevncia. c) Para fins tributrios, a incidncia fiscal toma em considerao apenas o aspecto econmico do fato jurdico d) Longe de implicar condescendncia ou incentivo ilegalidade, representa a concretizao de superiores postulados principiolgicos da tributao. e) O fato ilcito, caso no configure, tambm, ilcito tributrio, no viciar a relao jurdica tributria.

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    Questo 36 Sobre a sujeio passiva em matria tributria, avalie as afirmaes abaixo e, em seguida, marque a opo correta. I. Somente se justifica a condio de responsvel, adquirindo uma posio jurdica equivalente de devedor principal, na hiptese da pessoa ter relaes com o prprio devedor ou com o fato gerador da obrigao tributria. II. Na obrigao principal, o sujeito passivo direto ou contribuinte o protagonista do fato ensejador do nascimento do vnculo. III. O chamado sujeito passivo indireto ou responsvel, terceiro em relao ao fato jurdico tributrio, o protagonista de relao jurdica distinta, uma vez que alcanado pela lei para satisfazer a prestao objeto da obrigao principal contrada por outrem em virtude da prtica de ato ilcito (descumprimento de dever prprio), ou em funo de disciplina assecuratria da satisfao do crdito tributrio. a) Todos os itens esto corretos. b) H apenas um item correto. c) H dois itens corretos. d) H trs itens corretos. e) Todos os itens esto errados. Questo 37

    Muito se tm discutido a respeito da constituio do crdito tributrio. Aps reiteradas decises do STJ, a doutrina vem se posicionando no mesmo sentido. Sobre esse tema, julgue as assertivas a seguir e assinale a alternativa que no condiz com esse entendimento. a) O lanamento ato privativo da autoridade administrativa. b) O lanamento a nica forma de constituio do crdito tributrio. c) Quando o contribuinte apresenta dbitos em declarao, prevista em lei e que represente constituio de dvida, restar constitudo o crdito tributrio. d) Declarado o dbito pelo contribuinte, no h que se falar mais em decadncia relativamente ao valor declarado. e) Formalizada pelo prprio contribuinte a existncia da sua obrigao e do correspondente crdito do Fisco, resta suprida a necessidade de a autoridade proceder ao lanamento de ofcio. Questo 38

    Avalie as indagaes abaixo de acordo com o entendimento firmado pelos tribunais superiores e em seguida assinale a resposta correta. A apresentao de Guia de Informao e Apurao do ICMS GIA, de Declarao de

    Dbitos e Crditos Tributrios Federais DCTF, ou de outra declarao dessa natureza, prevista em lei, modo de constituio do crdito tributrio, dispensando, para isso, qualquer outra providncia por parte do Fisco?

    Nas hipteses em que os dbitos tributrios decorrem de valores opostos em declarao de rendimentos, o crdito tributrio prescinde de qualquer procedimento administrativo ou de notificao ao contribuinte para que se considere constitudo?

    O dbito confessado pelo sujeito passivo equivale ao lanamento, tornando o crdito tributrio formalizado e imediatamente exigvel?

    a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, no.

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    Questo 39

    Estabelece o art. 148 do CTN que quando o clculo do tributo tenha por base, ou tem em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no meream f as declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial. Em relao ao tema, avalie as afirmaes abaixo e, em seguida, marque a opo correta. I. A pauta fiscal valor fixado prvia e aleatoriamente para a apurao da base de clculo do tributo. II. Segundo o STJ, pauta fiscal e arbitramento se confundem. III. Ao final do procedimento previsto no art. 148 do CTN, nada impede que a administrao fazendria conclua pela veracidade dos documentos fiscais do contribuinte e adote os valores ali consignados como base de clculo para a incidncia do tributo. a) V, V, V b) V, F, V c) V, V, F d) F, F, F e) F, F, V

    Questo 40

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Tendo o lanamento originrio se baseado em declaraes inexatas prestadas pelo

    contribuinte, lcito autoridade administrativa rev-lo? Nos tributos sujeitos a lanamento por homologao, quando ocorre o recolhimento em

    desconformidade com a legislao aplicvel, deve a autoridade fiscal proceder ao lanamento de ofcio?

    Somente podem ser revistos lanamentos cujo direito de constituio do crdito tributrio no esteja decado?

    a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, no.

    Questo 41

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. As causas de suspenso do crdito tributrio podem ocorrer mesmo antes do

    lanamento? A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial impede o Fisco de

    proceder regular constituio do crdito tributrio? A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio na via judicial impede o Fisco de

    praticar qualquer ato contra o contribuinte visando cobrana de seu crdito? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, no.

    Questo 42

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Segundo o entendimento do STJ, parcelamento e moratria se confundem? A jurisprudncia do STJ entende que no matria de reserva legal a fixao do prazo de

    pagamento de tributos, podendo ser feita por decreto regulamentador, no constituindo, portanto afronta ao princpio da legalidade?

    O parcelamento do dbito tributrio admitido como uma dilatao do prazo de pagamento de dvida no vencida?

    a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, no. e) No, no, no.

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    Questo 43 O STF, em importante julgado, decidiu acerca da exigncia de depsito prvio como condio para interposio de recurso administrativo. Com base na deciso da Corte Suprema, complete as lacunas e marque a alternativa que as preencha corretamente. A exigncia de depsito ou arrolamento prvio de bens e direitos como condio de admissibilidade de recurso administrativo constitui ____________ ao exerccio do(a) ____________, alm de caracterizar ____________. a) instrumento hbil direito de petio a opo de escolha do contribuinte.

    b) mrito administrativo poder de tributar o exerccio da competncia tributria.

    c) garantia direito do contribuinte mais um meio de recurso posto disposio.

    d) obstculo direito de petio ofensa ao princpio do contraditrio.

    e) garantia poder de tributar vedao ao no-confisco.

    Questo 44

    admissvel a interdio de estabelecimento como meio coercitivo para cobrana de tributo?

    admissvel a apreenso de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos?

    lcito autoridade proibir que o contribuinte em dbito adquira estampilhas ou despache mercadorias nas alfndegas?

    a) No, sim, no. b) No, no, sim. c) No, no, no. d) Sim, sim, no. e) Sim, no, sim. Questo 45 No caso dos tributos sujeitos a lanamento por homologao, podem ocorrer duas hipteses quanto contagem do prazo decadencial do Fisco para a constituio de crdito tributrio. Quanto a essas hipteses, relacione as opes dos quadros abaixo e assinale a alternativa correta quanto s combinaes possveis. Quadro 1 - Situao

    A Quando o contribuinte efetua pagamento antecipado

    B Quando o contribuinte no efetua qualquer pagamento antecipado Quando 2 Incio da contagem do prazo decadencial

    1 Primeiro dia do exerccio seguinte ao da ocorrncia do fato gerador

    2 Data do fato gerador

    3 Data do pagamento antecipado a) A1, B2 b) A3, B1 c) A2, B2 d) A1, B1 e) A2, B1

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    Questo 46 A respeito do termo inicial da contagem do prazo prescricional, parcela da doutrina e o STF tem se posicionado mediante interpretao bastante interessante a respeito do que o CTN considera como constituio definitiva do crdito tributrio. De acordo com esse posicionamento, podemos afirmar que os nmeros abaixo representam: a) 1- Incio de novo prazo decadencial; 2- Fluncia do prazo decadencial; 3- Incio do prazo prescricional. b) 1- No pode mais ocorrer a decadncia; 2- Fluncia do prazo prescricional; 3- Interrupo da prescrio por 180 dias. c) 1- Fim do prazo decadencial; 2- Fluncia do prazo prescricional; 3- Fim do prazo prescricional. d) 1- Incio do prazo prescricional; 2- Interrupo da prescrio; 3- Fim do prazo prescricional. e) 1- No pode mais ocorrer a decadncia; 2- Nem decadncia nem prescrio; 3- Incio do prazo prescricional. Questo 47

    Normalmente, a regra geral que ocorra o fato gerador, surja a exao tributria e

    isso gere para o contribuinte a obrigao de pagar. Contudo, h situaes em que

    esta regra geral no chega sua etapa final, qual seja, o pagamento do tributo.

    Entre elas temos a NO-INCIDNCIA e a ISENO.

    Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alneas do primeiro quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a opo correta. A. Decorre, sempre, de lei que regule exclusivamente a matria ou o correspondente tributo. B. Decorre da ausncia de subsuno do fato em anlise norma tributria impositiva. C. Equivale a todas as situaes de fato no contempladas pela regra jurdica da tributao e decorre da abrangncia ditada pela prpria norma. D. a dispensa do pagamento de um tributo devido em face da ocorrncia de seu fato gerador. 1. ISENO 2. NO-INCIDNCIA a) A1 B2 C2 D1 b) A2 B1 C2 D2 c) A1 B1 C1 D2 d) A1 B2 C1 D1 e) A2 B2 C1 D1

    LANAMENTO ESGOTAMENTO DA

    VIA ADMINISTRATIVA

    1 3

    2

    FATO GERADOR

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    Questo 48

    Avalie o acerto das afirmaes adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A iseno, como causa de excluso do crdito tributrio (CTN, art.175, I), , por sua prpria natureza, fator de desigualao e discriminao entre pessoas, coisas e situaes. ( ) Ainda que concedida por prazo certo, a iseno pode ser modificada ou revogada a qualquer tempo. ( ) Haver inconstitucionalidade se, em determinada situao, ficar demonstrado que na concesso de iseno a desigualdade criada no teve em mira o interesse ou a convenincia pblica na aplicao da regra da capacidade contributiva ou no incentivo de determinada atividade de interesse do Estado. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, V. d) F, F, V. e) F, V, F.

    Questo 49

    Responda aos questionamentos abaixo, segundo o entendimento do STJ. Em seguida marque a alternativa correspondente.

    A jurisprudncia do STJ pacificou-se no sentido de s ser possvel presumir-se em fraude execuo a alienao de bem de devedor j citado em execuo fiscal?

    Ficou superado o entendimento de que a alienao ou onerao patrimonial do devedor da Fazenda Pblica aps a distribuio da execuo fiscal era o bastante para caracterizar fraude?

    Afastada a presuno, cabe ao devedor comprovar que no houve conluio entre alienante e adquirente para fraudar a ao de cobrana?

    a) No, sim, no. b) No, no, sim. c) No, no, no. d) Sim, sim, no. e) Sim, no, sim. Questo 50

    Segundo o STJ: Os direitos relativos ao FGTS preferem aos crditos tributrios? Importa a data da constituio do crdito tributrio, pois a preferncia estabelecida

    pelo art. 186 do CTN tem limite cronolgico? Os crditos de natureza trabalhista preferem a todos os demais, inclusive os

    tributrios? a) No, sim, no. b) No, no, sim. c) No, no, no. d) Sim, sim, no. e) Sim, no, sim.

    Questo 51

    O art. 203 do CTN dispe que a omisso dos requisitos fundamentais da Certido da Dvida (CDA) ou erros a eles relativos so causas de nulidade. Sobre este aspecto devemos incorreto afirmar que: a) A declarao da nulidade da CDA, forte no art. 203 do CTN, depende da demonstrao de que o vcio compromete a presuno de certeza e liquidez e implica prejuzo defesa. b) A inscrio da dvida ativa somente gera presuno de liquidez e certeza na medida que contenha todas as exigncias legais, inclusive, a indicao da natureza do dbito e sua fundamentao legal, bem como forma de clculo de juros e de correo monetria. c) A finalidade desta regra atribuir CDA a certeza e liquidez inerentes aos ttulos de crdito. d) Havendo qualquer vcio na inscrio, a nulidade da CDA dever ser declarada. e) A regra do art. 203 do CTN diz respeito aos aspectos formais do ttulo executivo.

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    Questo 52

    A Lei Complementar n 123/2006 instituiu o Simples Nacional. Esta LC sofreu diversas alteraes em seu contedo, sendo a ltima em 2011, pela LC 139. De acordo com a LC 123/2006, atualmente para se tornar optante do regime Simplificado, a empresa no pode ultrapassar, no ano-calendrio, a receita bruta de: a) R$ 240.000,00 b) R$ 360.000,00 c) R$ 2.400.000,00 d) R$ 3.600.000,00 e) R$ 4.000.000,00 Questo 53

    A opo pelo Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento nico de arrecadao, dos seguintes impostos e contribuies, exceto: a) Contribuio para o PIS/PASEP b) Imposto sobre Produtos Industrializados c) Imposto de Renda da Pessoa Fsica. d) COFINS e) Contribuio Patronal Previdenciria Questo 54

    Direito subjetivo de que portador o sujeito ativo de uma obrigao tributria e que lhe permite exigir o objeto prestacional, representado por uma importncia em dinheiro. Vnculo jurdico, de natureza obrigacional, por fora do qual o Estado (sujeito ativo) pode exigir do particular, o contribuinte ou responsvel (sujeito passivo), o pagamento do tributo ou da penalidade pecuniria. As definies doutrinrias acima correspondem a: a) Obrigao tributria principal b) Competncia tributria c) Crdito tributrio d) Responsabilidade tributria e) Lanamento tributrio

    Questo 55

    O art. 150, 7, da CF/88 estabelece que a lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fato gerador presumido. Grande controvrsia surgir acerca do procedimento a ser adotado caso o fato gerador presumido ocorra em propores menores. De acordo com o STF, nessas situaes: a) Deve ocorrer a devoluo da diferena recolhida a maior, sendo desnecessria qualquer comprovao. b) No h que se falar em restituio nessas situaes. c) Haver restituio apenas ao contribuinte de fato. d) A restituio do valor recolhida a maior apenas ocorrer aps a efetiva comprovao do nus financeiro pelo contribuinte de direito. e) Caber restituio para o contribuinte de direito, desde que expressamente autorizado pelo contribuinte de fato.

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    GABARITO

    01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15

    C B A E D E C B E B D A C A B

    16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

    D E D B E A B B A B E B D E D

    31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45

    A C B B A A B C B C B D D C E

    46 47 48 49 50 51 52 53 54 55

    E A C D E D D C C B

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    COMENTRIOS

    Aula 10: SIMULADO FINAL

    Questo 01

    O art. 3 do CTN institui que o tributo prestao compulsria e instituda em lei. Com base no referido artigo, podemos afirmar que: a) Apenas as obrigaes tributrias so regidas pelo princpio da legalidade. b) A compulsoriedade requisito de validade do tributo. c) O art. 3 do CTN, ao se referir instituio por lei, refere-se a um requisito de validade e no de existncia do tributo. d) O princpio da legalidade, uma vez previsto no CTN, norma infraconstitucional, no representa limitao constitucional instituio de tributos. e) Uma exigncia pecuniria, compulsria, que no seja sano de ilcito, cobrada pela Administrao com base em uma Portaria ter atendido os requisitos de validade.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO O art. 3 do CTN, ao se referir instituio por lei, refere-se a um requisito de

    validade e no de existncia do tributo. Requisito de existncia do tributo a

    compulsoriedade. Efetivamente, a exigncia de lei pelo art. 150, I, da CF, como j

    ocorria nas constituies anteriores, constitui limitao constitucional instituio

    de tributos. Institudo tributo sem lei, ser inconstitucional a norma infralegal

    instituidora e, portanto, invlida, restando sem sustentao a sua cobrana. Uma

    exigncia pecuniria, compulsria, que no seja sano de ilcito, cobrada pela

    Administrao com base em uma Portaria, ser, sim, tributo (os requisitos de

    existncia esto satisfeitos), ainda que invlido (no satisfeita a exigncia da

    observncia da legalidade estrita). Impende ter bem presente, ainda, que h

    prestaes pecunirias previstas em lei que no constituem tributo por ausncia do

    carter compulsrio no que diz respeito constituio do vnculo, o que se explica

    pelo fato de as relaes da Administrao serem regidas pelo princpio da

    legalidade, mesmo as no tributrias. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da jurisprudncia. 12 ed. Livraria do

    Advogado, 2010, p. 619)

    Questo 02

    Avalie as formulaes seguintes e, ao final, assinale a opo que corresponde resposta correta. I. No obstante a vinculabilidade da cobrana do tributo, prevista no art. 3 do CTN, o exerccio da atuosidade administrativa se opera tambm por meio de atos discricionrios. II. Na atividade de cobrana e fiscalizao dos tributos inexistem juzos de oportunidade e convenincia. III. No estabelecimento de prioridades de fiscalizao e na anlise custo-benefcio, desde que disciplinados normativamente, resta configurada certa margem de discricionariedade. a) Apenas as formulaes I e II so corretas. b) Apenas as formulaes I e III so corretas. c) Apenas as formulaes II e III so corretas. d) Apenas a formulao II correta. e) Todas as formulaes so corretas.

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    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Ocorrido o fato gerador da obrigao tributria, a autoridade administrativa tem o

    dever de apur-lo, de constituir o crdito tributrio, atravs do lanamento, e de

    exigir o cumprimento da obrigao pelo contribuinte. No h que se dizer, por certo,

    que inexistam juzos de oportunidade e de convenincia, o que se impe em face de

    limitaes quanto capacidade de trabalho, a exigir que se estabeleam

    prioridades, e anlise custo-benefcio, tudo a ser disciplinado normativamente,

    como o caso das leis que dispensam a inscrio e o ajuizamento de dbitos de

    pequeno valor. Alm disso, a plena vinculao significa que a autoridade est

    adstrita ao cumprimento irrestrito da legislao tributria, incluindo todos os atos

    regulamentares, como instrues normativas e portarias. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da jurisprudncia. 12 ed.

    Livraria do Advogado, 2010, p. 621)

    O magistrio dominante inclina-se por entender que, nos confins da estncia

    tributria, ho de existir somente atos vinculados, fundamento sobre o qual exaltam

    o chamado princpio da vinculabilidade da tributao. Entretanto, as coisas no se

    passam bem assim. O exerccio da atuosidade administrativa, nesse setor, se opera

    tambm por meio de atos discricionrios, que so, alis, mais freqentes e

    numerosos. O que acontece que os expedientes de maior importncia, aqueles

    que dizem mais de perto aos fins ltimos da pretenso tributria, so pautados por

    uma estrita vinculabilidade, carter que, certamente, influenciou a doutrina no

    sentido de chegar radical generalizao. Podemos isolar um catalogo extenso de

    atos administrativos, no terreno da fiscalizao dos tributos, que respondem,

    diretamente, categoria dos discricionrios, em que o agente atua sob critrios de

    convenincia e oportunidade, para realizar os objetivos da poltica administrativa

    planejada e executada pelo Estado. Compreendido com essa ressalva, nada haver

    de extravagante em proclamarmos o vigor do princpio da vinculabilidade da

    tributao. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito tributrio. 21 edio. Saraiva, 2009, p. 183).

    Questo 03

    Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A Constituio de 1988, consagrando o critrio adotado desde a EC 18/65, divide o poder

    fiscal, no que diz respeito aos impostos, com ateno s suas bases econmicas, utilizando-se, pois, de critrio pr-jurdico?

    Ao definir os impostos de competncia de cada ente federado, a Constituio Federal adota como critrio diferenciador desta espcie tributria a denominao que lhe dada?

    A outorga de competncia, pelo critrio da base econmica, implica, por si s, uma limitao da respectiva competncia?

    a) Sim, no, sim. b) Sim, sim, no.

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    c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A Constituio de 1988, consagrando o critrio adotado desde a EC 18/65, divide o

    poder fiscal, no que diz respeito aos impostos, com ateno s suas bases

    econmicas, utilizando-se, pois, de critrio pr-jurdico. Ou seja, no se refere aos

    impostos pela sua denominao ou pelo seu objeto jurdico, mas pelo fato

    econmico sobre o qual devem recair.

    Com isso, tem-se maior segurana no sentido de que no haja invases de

    competncia.

    (...)

    A outorga de competncia, pelo critrio da base econmica, implica, por si s, uma

    limitao da respectiva competncia.

    (...)

    A base econmica dada tributao condiciona os diversos aspectos da norma

    tributria impositiva, que no pode extrapol-la, seja ao definir a hiptese de

    incidncia do tributo, seja ao definir a base de clculo ou, ainda, o contribuinte. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da

    jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 20/21)

    Questo 04 Reza o art. 145, 1, da Constituio Federal que, sempre que possvel, os impostos tero carter pessoal e sero graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte, facultado administrao tributria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimnio, os rendimentos e as atividades econmicas do contribuinte. Trata-se do conhecido princpio da capacidade contributiva. Sobre ele podemos afirmar: a) aplicvel, em sua inteireza, a todos os tributos. b) Aplica-se integralmente s taxas. c) No tem aplicao s contribuies sociais. d) Por determinao constitucional, aplica-se to somente aos impostos. e) Consubstancia uma limitao ao poder de imposio fiscal que informa todo o sistema tributrio.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A despeito do art. 145, 1 da CF, que alude capacidade contributiva, fazer

    referncia apenas aos impostos, no h negar que ele consubstancia uma limitao

    ao poder de imposio fiscal que informa todo o sistema tributrio. certo, contudo,

    que o princpio da capacidade contributiva no aplicvel, em sua inteireza, a todos

    os tributos. (...) Como se sabe, existe certa dificuldade em aplic-lo, por exemplo,

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    s taxas, que pressupem uma contraprestao direta em relao ao sujeito passivo

    da obrigao. Na hiptese das contribuies, todavia, o princpio em tela, como

    regra, encontra guarida, como ocorre no caso das contribuies sociais previstas no

    art. 195, I, b e c, devidas pelo empregador. (Excerto do voto condutor do Min.

    RICARDO LEWANDOWSKI, quando do julgamento, pelo STF, do RE 573.678, mar/09)

    Questo 05 Em nosso ordenamento constitucional, h vedao expressa de que as taxas tenham base de clculo prpria de impostos. Sobre esta vedao, incorreto afirmar: a) Diz respeito natureza da base de clculo. b) Base de clculo prpria de imposto aquela que se refere a uma grandeza relacionada ao contribuinte e no atividade estatal que fundamenta a cobrana da taxa.. c) No se trata de simples vedao do bis in idem. d) Restringe-se impossibilidade de aplicar s taxas base de clculo dos impostos j existes. e) A limitao decorre da prpria essncia da taxa.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A vedao diz respeito natureza da base de clculo. Assim base de clculo

    prpria de imposto aquela que se refere a uma grandeza relacionada ao

    contribuinte e no atividade estatal que fundamenta a cobrana da taxa. No se

    restringe a vedao em questo a proibir a utilizao de base de clculo idntica

    de imposto j institudo. Realmente no se trata de simples vedao do bis in idem,

    como ocorre no art. 154, II, ou mesmo no art. 195, 4 da CF, mas de limitao

    imposta pela prpria essncia da taxa. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio:

    Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da jurisprudncia. 12 ed. Livraria do

    Advogado, 2010, p. 58)

    Questo 06 Muito j se discutiu a respeito das espcies que compem o gnero tributo. Entretanto, divergncias doutrinrias e jurisprudenciais acabaram pacificadas aps decises reiteradas do STF sobre o tema. Em importante julgado, no ano de 2009, a Corte Suprema cristalizou seu entendimento. Acerca desse tema, julgue as assertivas a seguir, de acordo com o posicionamento do STF. I) Os tributos so os impostos, taxas e contribuies de melhoria, com fundamento no art. 5 do CTN. II) O art. 145 da CF/88 arrola taxativamente as espcies de tributos. III) A par das trs modalidades de tributos a que se refere o art. 145 da CF/88 para declarar que so competentes para institu-los a Unio, os Estados, o DF e os Municpios, a prpria CF alude a duas outras modalidades para cuja instituio s a Unio competente. a) V, V, V b) V, F V c) V, F, F d) F, F, F e) F, F, V

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    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO O art. 145 da CF que diz da competncia da Unio, Estados, DF e Municpios para

    a instituio de impostos, taxas e contribuies de melhoria - no arrola

    taxativamente todas as espcies de tributos, que abrangem, ainda, o emprstimo

    compulsrio e as contribuies especiais, conforme os arts. 148 e 149.

    Note-se que descaberia referncia ao emprstimo compulsrio e s contribuies

    sociais no art. 145 da CF porque so de competncia exclusiva da Unio, estando

    margem da competncia tributria dos Estados, DF e Municpios, salvo as excees

    dos arts. 149, 1 e 149-A.

    preciso, pois, forte no texto constitucional, ter reservas ao art. 5 do CTN, que

    dispe: Art. 5. Os tributos so impostos, taxas e contribuies de melhoria. A

    classificao realizada pelo CTN data de 1966, quando o entendimento acerca da

    natureza das diversas exaes no havia amadurecido suficientemente. (PAULSEN,

    Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da

    jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 19/20)

    De efeito, a par das trs modalidades de tributos (os impostos, as taxas e as

    contribuies de melhoria) a que se refere o art. 145 para declarar que so

    competentes para institu-los a Unio, os Estados, o DF e os Municpios, os arts.

    148 e 149 aludem a duas outras modalidades para cuja instituio s a Unio

    competente: o emprstimo compulsrio e as contribuies sociais, inclusive as de

    interveno no domnio econmico e de interesse das categorias profissionais e

    econmicas. (voto condutor do Min. Moreira Alves no REx 146.733-9/SP). Questo 07 O art. 4 do CTN estabelece que a natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevante para qualific-la a destinao legal do produto arrecadado. Acerca da natureza jurdica do tributo, julgue as assertivas a seguir. ( ) Em nosso ordenamento prevalece a aplicao do art. 4 do CTN, independente da espcie tributria. ( ) A destinao legal ou finalidade, atualmente, no constitui critrio para identificar determinadas espcies tributrias. ( ) A Constituio Federal emprestou indiscutvel carter tributrio s contribuies especiais e aos emprstimos compulsrios, colocando como traos distintivos dessas espcies tributrias relativamente s demais a sua finalidade, de modo que a destinao legal do produto da arrecadao passou a ser aspecto relevante para determinao da natureza especfica do tributo. a) V, F, V. b) F, V, F. c) F, F, V. d) V, V, V. e) F, V, F.

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    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO J houve tempo em que os prprios impostos eram identificados pela destinao do

    seu produto, o que se v do Decreto-Lei n 1804/39. O CTN procurou limpar a

    matria do que se consideravam, na poca, questes de Direito Financeiro. Assim,

    destacou que a espcie tributria seria definida pela anlise do fato gerador (se no

    vinculada atividade estatal, imposto; se vinculado a servio ou exerccio do poder

    de polcia, taxa; se vinculado obra pblica, contribuio de melhoria), vedando a

    considerao da destinao legal. Tal se fazia satisfatrio diante da circunscrio

    dos tributos s trs espcies enunciadas no art. 5 do Cdigo. Entretanto, a partir

    do momento em que a Constituio Federal de 88 emprestou indiscutvel carter

    tributrio s contribuies especiais e aos emprstimos compulsrios, colocando

    como traos distintivos dessas espcies tributrias relativamente s demais a sua

    finalidade (que autoriza a instituio de tais tributos e vincula a aplicao do seu

    produto), a destinao legal do produto da arrecadao passou a ser aspecto

    relevante para determinao da natureza especfica do tributo.

    A destinao legal ou finalidade , atualmente, critrio importantssimo para

    identificar determinadas espcies tributrias como as contribuies especiais e

    emprstimos compulsrios, pois constitui seu critrio de validao constitucional. A

    competncia atribuda em funo das finalidades a serem perseguidas. (PAULSEN,

    Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da

    jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 624)

    Questo 08 Aps a CF/88, com o reconhecimento de que temos cinco espcies tributrias, com critrios de validao constitucional distintos, art. 4 do CTN revelou-se absolutamente insuficiente para distingui-las. Continua servindo como suporte na

    distino entre ____________, mas no se presta identificao ____________,

    pois este(a)s so identificados ____________. Complete as lacunas e marque a alternativa que as preencha corretamente.

    a) fato gerador e hiptese de incidncia das espcies tributrias pelo fato gerador da obrigao.

    b) impostos, taxas e contribuies de melhoria das contribuies especiais e dos

    emprstimos compulsrios a partir da sua finalidade.

    c) todas as espcies tributrias das obrigaes entre particulares pela sua voluntariedade.

    d) as diversas modalidades de taxas das demais espcies tributrias a partir da sua base de clculo.

    e) emprstimos compulsrios e impostos taxas e contribuies de melhoria a partir da previso oramentria.

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    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Aps a CF/88, com o reconhecimento de que temos cinco espcies tributrias, com

    critrios de validao constitucional distintos, art. 4 do CTN revelou-se

    absolutamente insuficiente para distingui-las. Continua servindo como suporte na

    distino entre impostos, taxas e contribuies de melhoria, mas no se presta

    identificao das contribuies especiais e dos emprstimos compulsrios, pois estes

    so identificados a partir da sua finalidade e da existncia, ou no, de promessa de

    devoluo. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da

    doutrina e da jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 622)

    Questo 09 Tem a doutrina como incontroverso que a Constituio Federal no cria tributos, limitando-se to-s outorga de competncia, atravs da qual o ente poltico se investe das condies para institu-lo. Sobre o tema competncia tributria, assinale a alternativa incorreta. a) Apesar de no criar tributos, no plano normativo o processo de instituio de tributo tem incio na prpria Constituio. b) A Constituio Federal descreve genericamente as hipteses de incidncia do tributo, s quais estar limitada a pessoa poltica competente. c) A rigidez do sistema tributrio exige o estabelecimento de limitaes aos entes tributantes, a fim de evitar a invaso de competncia. d) Compartimentos estanques esto estruturados no Estatuto Supremo, sem que se conceda ao legislador complementar ou ordinrio possibilidade de dispor alm daquelas fronteiras. e) A estruturao parcial de tributo na prpria Constituio pode ser vista apenas em se tratando de impostos.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Tem a doutrina como incontroverso que a Constituio Federal no cria tributos,

    limitando-se to-s outorga de competncia, atravs da qual o ente poltico se

    investe das condies para institu-lo. No plano normativo, porm, o processo de

    instituio de tributo tem incio na Constituio mesma. A rigidez do sistema assim

    o exige. Compartimentos estanques esto estruturados no Estatuto Supremo, sem

    que se conceda ao legislador complementar ou ordinrio possibilidade de dispor

    alm daquelas fronteiras. (...) A estruturao parcial de tributo na prpria

    Constituio pode ser vista quer em se tratando de impostos, quer diante de taxas,

    quer em face de contribuies. Em anlise destas, tivemos o ensejo de asseverar

    que a Constituio no apenas permite (outorga de competncia), mas, em certos

    casos, estabelece a que ttulo permite e, em outro, vai mais longe: dispe de quem

    pode ser exigida. Em outras palavras, descreve genericamente as hipteses de

    incidncia do tributo, s quais estar limitada a pessoa poltica competente ou, indo

    adiante, circunscreve a eleio do sujeito passivo a certas categorias adrede

    definidas. (Aires F. Barreto, em Comentrios ao Cdigo Tributrio Nacional, vol. I, coord.

    Ives Gandra da Silva Martins, ed. Saraiva, 1998, p. 537/538)

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    Questo 10 Sobre o tema competncia tributria, avalie as assertivas a seguir, assinalando a alternativa INCORRETA. a) A competncia tributria, em sntese, uma das parcelas entre as prerrogativas legiferantes de que so portadoras as pessoas polticas, consubstanciada na faculdade de legislar para a produo de normas jurdicas sobre tributos. b) O estudo da competncia tributaria um momento posterior existncia mesma do

    tributo, situando-se no plano constitucional. c) A capacidade tributria ativa, que tem como contranota a capacidade tributria passiva, tema a ser considerado no ensejo do desempenho das competncias. d) perfeitamente possvel que a pessoa habilitada para legislar sobre tributos edite a lei, nomeando outra entidade para compor o liame, na condio de sujeito titular de direito subjetivo. e) A competncia tributria se revela desenhando o perfil jurdico de um gravame ou regulando os expedientes necessrios sua funcionalidade; j a capacidade tributria ativa significa reunir credenciais para integrar a relao jurdica no tpico de sujeito ativo.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A competncia tributria, em sntese, uma das parcelas entre as prerrogativas

    legiferantes de que so portadoras as pessoas polticas, consubstanciada na

    faculdade de legislar para a produo de normas jurdicas sobre tributos. [...] No

    se confunde com a capacidade tributria ativa. Uma coisa poder legislar,

    desenhando o perfil jurdico de um gravame ou regulando os expedientes

    necessrios sua funcionalidade; outra reunir credenciais para integrar a relao

    jurdica no tpico de sujeito ativo. O estudo da competncia tributaria um

    momento anterior existncia mesma do tributo, situando-se no plano

    constitucional. J a capacidade tributria ativa, que tem como contranota a

    capacidade tributria passiva, tema a ser considerado no ensejo do desempenho

    das competncias, quando o legislador elege as pessoas competentes do vnculo

    abstrato, que se instala no instante em que acontece, no mundo fsico, o fato

    previsto na hiptese normativa. (...) perfeitamente possvel que a pessoa

    habilitada para legislar sobre tributos edite a lei, nomeando outra entidade para

    compor o liame, na condio de sujeito titular de direito subjetivo, o que nos

    propicia reconhecer que a capacidade tributria ativa transfervel. (CARVALHO,

    Paulo de Barros. Curso de Direito Tributrio, 21 edio. Saraiva, 2009, p. 235/237)

    Questo 11 Julgue as assertivas abaixo, assinalando V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a resposta correspondente. ( ) O fato de uma contribuio ter fato gerador ou base de clculo idnticos aos dos impostos revela, por si s, vcio de inconstitucionalidade. ( ) No impedimento que haja bis in idem ou mesmo bitributao por contribuio de seguridade social relativamente a impostos j institudos ou que venham a ser institudos. ( ) A vedao constitucional da britributao, resultante dos arts. 154, I e 194, 4, da CF, impede a criao de imposto ou contribuio social novos com fato gerador ou base de clculo prprios de imposto ou contribuio social j existentes, no sendo vedada, porm, a

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    criao de uma contribuio social prevista no texto constitucional com fato gerador ou base de clculo idnticos aos de imposto j existente. a) V, V, V b) V, V, F c) F, F, V d) F, V, V e) F, F, F

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Inexiste vedao a que se tenha identidade de fato gerador e base de clculo entre

    impostos e contribuies de seguridade social. Assim, o fato de uma contribuio ter

    fato gerador ou base de clculo idnticos aos dos impostos no revela, por si s,

    vcio de inconstitucionalidade. No h vedao expressa nem impedimento

    decorrente das caractersticas de tais espcies tributrias, eis que ambas podem ter

    fatos gerador no vinculado. No impedimento, pois, a que haja bis in idem ou

    mesmo bitributao por contribuio de seguridade social relativamente a impostos

    j institudos ou que venham a ser institudos. Tampouco h impedimento ao bis in

    idem entre contribuio da seguridade social relativamente a outras contribuies

    sociais gerais, de interveno no domnio econmico ou do interesse das categorias

    profissionais ou econmicas.

    Em outubro de 1998 apreciando a LC n 84/96, o STF, por maioria, consagrando

    posio que j adotara anteriormente, entendeu que a CF/88 no probe a

    coincidncia da base de clculo da contribuio com a base de clculo de imposto j

    existente. RE 228.321/RS, Min. Carlos Velloso, 1.10.98. (Inf. 125 do STF)

    (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e Cdigo Tributrio luz da doutrina e da

    jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010, p. 537)

    ... o que veda o art. 195, 4, que quaisquer outras contribuies, para fim de

    seguridade social, venham a ser institudas sobre os fenmenos econmicos

    descritos nos incs. I, II e III do caput... (excerto do voto do Min. Ilmar Galvo no REx

    146.733/SP)

    [...] 2. A vedao constitucional da britributao, resultante dos arts. 154, I e 194,

    4, da CF, impede a criao de imposto ou contribuio social novos com fato

    gerador ou base de clculo prprios de imposto ou contribuio social j existentes,

    no sendo vedada, porm, a criao de uma contribuio social prevista no texto

    constitucional com fato gerador ou base de clculo idnticos aos de imposto j

    existente. (TRF1, 3 T., MAS 1997.01.00.043974-1/GO, Juiz Federal Antonio Ezequiel,

    maio/99, DJU 10/09/1999)

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    Questo 12

    O CTN dispe em seu art. 7, 3 que no constitui delegao de competncia o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da funo de arrecadar tributos. Com base nessa previso, julgue as assertivas a seguir e assinale a INCORRETA. a) O referido dispositivo alude capacidade tributria ativa. b) O arrecadador no tem nenhuma ingerncia na relao jurdico-tributria. c) Qualquer pessoa jurdica pode desempenhar tal atividade, mesmo que se trate de pessoa jurdica de direito privado com finalidade de lucro. d) O arrecadador simplesmente presta um servio ao sujeito ativo da relao tributria. e) Esta atividade, diferentemente da competncia tributria, delegvel.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A posio de arrecadador assim considerada a pessoa encarregada do

    recebimento dos pagamentos efetuados pelos contribuintes para o repasse ao

    sujeito ativo, pode ser ocupada por qualquer pessoa jurdica. o caso dos bancos,

    que, por fora dos contratos com os sujeitos ativos das obrigaes tributrias, esto

    autorizados a receber pagamentos de tributos. O arrecadador recebe os

    pagamentos e os repassa ao sujeito ativo, sendo remunerado pelo servio que

    presta. Poder-se-ia imaginar, alm dos bancos, arrecadao por casas lotricas ou

    qualquer outra pessoa jurdica cuja participao pudesse dar comodidade aos

    contribuintes e Administrao Tributria. O arrecadador no tem nenhuma

    ingerncia na relao jurdico-tributria; dela no participa nem destinatrio dos

    recursos, no fiscaliza a regularidade dos pagamentos, no cobra, no normatiza,

    apenas recebe e repassa os pagamentos. Simplesmente presta um servio ao

    sujeito ativo da relao tributria. Qualquer pessoa jurdica pode, pois,

    desempenhar tal atividade, mesmo que se trate de pessoa jurdica de direito

    privado com finalidade de lucro. (PAULSEN, Leandro. Direito Tributrio: Constituio e

    Cdigo Tributrio luz da doutrina e da jurisprudncia. 12 ed. Livraria do Advogado, 2010,

    p. 625)

    Questo 13 (ESAF) AFTN/98 Com o advento da Emenda Constitucional n 39/2002, a Constituio federal passou a permitir aos Municpios e DF a instituio de Contribuio para o Custeio da Iluminao Pblica, denominada pela doutrina de COSIP. Sobre esta contribuio, julgue os itens a seguir: ( ) Lei que restringe os contribuintes da COSIP aos consumidores de energia eltrica do municpio no ofende o princpio da isonomia. ( ) A progressividade da alquota, que resulta do rateio do custo da iluminao pblica entre os consumidores de energia eltrica, no afronta o princpio da capacidade contributiva. ( ) A COSIP representa um tributo atpico, apresentando muitas vezes semelhanas com os impostos, outras com as taxas. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, F e) F, F, V

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    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Lei que restringe os contribuintes da Cosip aos consumidores de energia eltrica do

    municpio no ofende o princpio da isonomia, ante a impossibilidade de se

    identificar e tributar todos os beneficirios do servio de iluminao pblica. A

    progressividade da alquota, que resulta do rateio do custo da iluminao pblica

    entre os consumidores de energia eltrica, no afronta o princpio da capacidade

    contributiva. Tributo de carter sui generis, que no se confunde com um imposto,

    porque sua receita se destina a finalidade especfica, nem com uma taxa, por no

    exigir a contraprestao individualizada de um servio ao contribuinte. Exao que,

    ademais, se amolda aos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade." (RE 573.675, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009, Plenrio, DJE de 22-

    5-2009, com repercusso geral.)

    Questo 14 Avalie o acerto das afirmaes abaixo e assinale a alternativa correta. ( ) Para que a multa moratria cumpra sua funo de desencorajar a eliso fiscal no pode ter um importe que lhe confira caracterstica confiscatria, inviabilizando inclusive o recolhimento de futuros tributos. ( ) A caracterizao do efeito confiscatrio pressupe a anlise de dados concretos e de peculiaridades de cada operao ou situao, tomando-se em conta custos, carga tributria global. ( ) O isolado aumento da alquota do tributo insuficiente para comprovar a absoro total ou demasiada do produto econmico da atividade privada, de modo a torn-la invivel ou excessivamente onerosa. a) V, V, V b) V, F, F c) V, V, F d) F, F, F e) F, F, V

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A aplicao da multa moratria tem o objetivo de sancionar o contribuinte que no

    cumpre suas obrigaes tributrias, prestigiando a conduta daqueles que pagam em

    dia seus tributos aos cofres pblicos. Assim, para que a multa moratria cumpra sua

    funo de desencorajar a eliso fiscal, de um lado no pode ser pfia, mas, de outro,

    no pode ter um importe que lhe confira caracterstica confiscatria, inviabilizando

    inclusive o recolhimento de futuros tributos. (RE 582.461, Rel. Min. Gilmar Mendes,

    julgamento em 18-5-2011, Plenrio, DJE de 18-8-2011, com repercusso geral.)

    Imposto de Importao II. Aumento de alquota de 4% para 14%. Deficincia do

    quadro probatrio. (...) A caracterizao do efeito confiscatrio pressupe a anlise

    de dados concretos e de peculiaridades de cada operao ou situao, tomando-se

    em conta custos, carga tributria global, margens de lucro e condies pontuais do

    mercado e de conjuntura social e econmica (...). O isolado aumento da alquota do

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    tributo insuficiente para comprovar a absoro total ou demasiada do produto

    econmico da atividade privada, de modo a torn-la invivel ou excessivamente

    onerosa. (RE 448.432-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010, Segunda Turma, DJE de 28-5-2010.)

    Questo 15 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A criao de imunidade tributria matria tpica do texto constitucional enquanto a de

    iseno versada na lei ordinria? H invaso da rea reservada emenda constitucional quando a lei ordinria cria

    iseno? O Poder Pblico tem legitimidade para isentar contribuies por ele institudas, nos limites

    das suas atribuies? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO "A criao de imunidade tributria matria tpica do texto constitucional enquanto

    a de iseno versada na lei ordinria; no h, pois, invaso da rea reservada

    emenda constitucional quando a lei ordinria cria iseno. O Poder Pblico tem

    legitimidade para isentar contribuies por ele institudas, nos limites das suas

    atribuies (art. 149 da Constituio)." (ADI 2.006-MC, Rel. Min. Maurcio Corra, julgamento em 1-7-1999, Plenrio, DJ de 24-9-1999.)

    Questo 16 A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, a, da Constituio ____________ s operaes de importao de bens realizadas por Municpios, quando o ente pblico for o importador do bem identidade entre ____________, e ____________. Compete ao ente tributante provar que as operaes de importao desoneradas esto influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituio. Complete as lacunas e marque a alternativa que as preencha corretamente, com base no entendimento do STF.

    a) remete o legislador competncia tributria capacidade tributria ativa.

    b) faz aluso imunidade recproca imunidade subjetiva.

    c) no se aplica norma impositiva dispensa legal.

    d) aplica-se contribuinte de direito contribuinte de fato.

    e) no diz respeito fato gerador hiptese de incidncia.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A imunidade tributria prevista no art. 150, VI, a da Constituio aplica-se s

    operaes de importao de bens realizadas por Municpios, quando o ente pblico

    for o importador do bem (identidade entre o contribuinte de direito e o

    contribuinte de fato). Compete ao ente tributante provar que as operaes de

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    importao desoneradas esto influindo negativamente no mercado, a ponto de

    violar o art. 170 da Constituio. Impossibilidade de presumir risco livre-iniciativa

    e concorrncia. (AI 518.405-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)

    Questo 17 Analise as alternativas e assinale a incorreta. a) A imunidade tributria recproca alcana apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. b) O reconhecimento da imunidade tributria s operaes financeiras no impede a autoridade fiscal de examinar a correo do procedimento adotado pela entidade imune. c) Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crdito tributrio e de tomar as demais medidas legais cabveis. d) O lanamento tributrio apresenta natureza plenamente vinculada, que no admite excesso de carga. e) A imunidade tributria gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil no da espcie recproca (art. 150, VI, a, da Constituio), visto que a OAB no desempenha atividade prpria de Estado.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A imunidade tributria gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil da espcie

    recproca (art. 150, VI, a, da Constituio), na medida em que a OAB desempenha

    atividade prpria de Estado (defesa da Constituio, da ordem jurdica do Estado

    democrtico de direito, dos direitos humanos, da justia social, bem como a seleo

    e controle disciplinar dos advogados). A imunidade tributria recproca alcana

    apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da

    imunidade tributria s operaes financeiras no impede a autoridade fiscal de

    examinar a correo do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado

    desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crdito

    tributrio e de tomar as demais medidas legais cabveis. Natureza plenamente

    vinculada do lanamento tributrio, que no admite excesso de carga. (RE 259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma,

    DJE de 30-4-2010.) Vide: RE 233.843, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 1-12-

    2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.

    Questo 18 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Entidade educacional que no contribuinte de direito do ICMS relativo a servio de

    energia eltrica tem benefcio da imunidade? O ensino de lnguas estrangeiras caracteriza-se como atividade educacional para

    aplicao da imunidade tributria? Terrenos baldios sem vinculao s finalidades essenciais da entidade afastam a

    imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF.? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim.

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    d) No, sim, sim. e) No, no, sim.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO Entidade sem fins lucrativos. Imunidade recproca. (...) Entidade educacional que

    no contribuinte de direito do ICMS relativo a servio de energia eltrica no tem

    benefcio da imunidade em questo, uma vez que esta no alcana o contribuinte de

    fato. (AI 731.786-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 19-10-2010, Primeira Turma, DJE de 16-11-2010.) No mesmo sentido: AI 717.793-AgR, Rel. Min

    Crmen Lcia, julgamento em 15-2-2011, Primeira Turma, DJE de 17-3-2011.

    O ensino de lnguas estrangeiras caracteriza-se como atividade educacional para

    aplicao da imunidade tributria (art. 150, VI, c, da Constituio). A distino

    relevante para fins de aplicao da imunidade tributria o conceito de atividade

    assistencial, isto , a intensidade e a abrangncia da prestao gratuita ou

    altamente subsidiada do ensino da lngua inglesa a quem necessitar. (RMS 24.283-AgR-segundo, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 21-9-2010, Segunda Turma, DJE

    de 8-10-2010.)

    Terrenos baldios sem vinculao s finalidades essenciais da entidade afastam a

    imunidade prevista no art. 150, VI, c, da CF. (RE 375.715-ED, Rel. Min. Ellen Gracie,

    julgamento em 31-8-2010, Segunda Turma, DJE de 24-9-2010.)

    Questo 19 Avalie as indagaes abaixo e em seguida assinale a resposta correta. A alienao de salvados configura atividade integrante das operaes de seguros e no

    tem natureza de circulao de mercadoria para fins de incidncia do ICMS? O ICMS pode ser cobrado sobre operaes que tm por objeto bens, mesmo que no

    caracterizada atividade mercantil-comercial? O perfil constitucional do ICMS exige a ocorrncia de operao de circulao de

    mercadorias (ou servios) para que ocorra a incidncia? a) Sim, no, no. b) Sim, no, sim. c) Sim, sim, sim. d) No, sim, sim. e) No, no, sim.

    ENTENDIMENTO QUE DEVE SER GUARDADO A alienao de salvados configura atividade integrante das operaes de seguros e

    no tem natureza de circulao de mercadoria para fins de incidncia do ICMS.

    Inconstitucionalidade da expresso e as seguradoras, do inciso IV do art. 15 da Lei

    6.763, com redao dada pelo art. 1 da Lei 9.758/1989 do Estado de Minas Gerais.

    Violao dos arts. 22, VII, e 153, V, da CF. (ADI 1.648, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 16-2-2011, Plenrio, DJE de 9-12-2011.)

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    O perfil constitucional do ICMS exige a ocorrncia de operao de circulao de

    mercadorias (ou servios) para que ocorra a incidncia e, portanto, o tributo no

    pode ser cobrado sobre operaes apenas porque elas tm por objeto bens, ou nas

    quais fique descaracterizada atividade mercantil-comercial. (ADI 4.565-MC, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 7-4-2011, Plenrio, DJE de 27-6-2011.)