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LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL – TEORIA E EXERCÍCIOS PARA ICMS/DFPROFESSOR: ROGÉRIO RIBEIRO
Prof. Rogério Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA DEMONSTRATIVA
HISTÓRIA E ORIGEM DA LODF, ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DF E
VALORES FUNDAMENTAIS.
Olá amigos!
É com grande entusiasmo que os convido a participar desse curso de Lei
Orgânica do Distrito Federal – LODF, voltado para o concurso de Auditor
Tributário da SEF/GDF. Com o nosso edital na praça, estamos lançando o cursonovamente.
Quanto à metodologia do nosso curso, a elaboração das aulas, bem como a
utilização do fórum, buscam sempre a aproximação com o aluno, para que
você se sinta a vontade, confortável, para tirar suas dúvidas e me tenha como
orientador, ao seu lado.
Sei que o seu maior problema é tempo, e por isso as aulas serão compostas
pela teoria, apresentando o conteúdo, por exercícios (sempre comentados),
para treinamento e consolidação, e ainda por um resumo ao final, permitindo
uma rápida revisão do assunto. Como as bancas examinadoras gostam de
cobrar a literalidade da LODF, a didática fica um pouco prejudicada, pois não
posso deixar de transcrever o texto original. Ainda assim, a aula não seguirá a
seqüência redacional da lei, mas sim uma seqüência lógica, mais adequadapara fins didáticos e de leitura mais agradável. Busco, dessa forma, facilitar
sua compreensão e fixação da matéria.
O estudo da Lei Orgânica do Distrito Federal tem grande correlação com
diversos tópicos do Direito Constitucional. Assim, sempre que oportuno,
relembrarei os pontos e teorias dessa e de outras disciplinas, de forma que
você se mantenha confortável no estudo das nossas aulas e não precise demateriais de apoio.
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O Fórum de dúvidas é uma ferramenta extremamente útil e importante, pois
permite o compartilhamento de informações, propiciando estreito contato entre
nós, e o conhecimento das dúvidas de todos os colegas.
O uso dos exercícios comentados é importante, pois a melhor forma de
aprender a fazer prova e perceber os pontos que os examinadores gostam de
cobrar é com questões de concursos.
Como a LODF não é um assunto facilmente esgotável com questões, já que é
cobrada apenas nos concursos do Distrito Federal, os exercícios apresentados
não serão exclusivamente do CESPE.
Os resumos ao final das aulas são importantes por permitirem uma rápida
leitura nos dias anteriores às provas, tornando a matéria fresca na memória e
permitindo um melhor resultado.
E para me apresentar, me chamo Rogério Ribeiro e sou engenheiro. Hoje
ocupo o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento na SOF/MP, tendosido Auditor de Controle Interno do GDF, na especialidade Planejamento e
Orçamento. Além destes cargos também fui aprovado para Auditor no GDF na
especialidade Administração Financeira e Contábil, para Analista Administrativo
da ANAC, Analista de Controle Interno no TJDFT, Analista de Orçamento do
MPU, Analista do Banco Central e outros.
Atuei na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento, e convivendodiariamente com a elaboração dos projetos de LOA/LDO/PPA e créditos
adicionais do GDF, aproveito minha experiência para lecionar sobre a nossa Lei
Orgânica, pela lida direta com a Organização e Estrutura, Processo Legislativo
e Planejamento do DF.
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• Aula Demonstrativa – HISTÓRIA E ORIGEM DA LODF, ORGANIZAÇÃO
DOS PODERES E DO DF E VALORES FUNDAMENTAIS.
• Aula 1 – OBJETIVOS PRIORITÁRIOS E DISPOSIÇÕES GERAIS DA
ORGANIZAÇÃO DO DF.
• Aula 2 – PRINCÍPIOS E OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO
DISTRITO FEDERAL, SERVIÇOS PÚBLICOS E SERVIDORES PÚBLICOS.
• Aula 3 – PODER EXECUTIVO: GOVERNADOR, VICE-GOVERNADOR,
SECRETÁRIOS DE ESTADO E CONSELHO DE GOVERNO E ELEIÇÕES.
FINANÇAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DO DISTRITO
FEDERAL.
• Aula 4 – PODER LEGISLATIVO: CÂMARA LEGISLATIVA, DEPUTADOS
DISTRITAIS E PROCESSO LEGISLATIVO NO DISTRITO FEDERAL E
FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA: TRIBUNAL DE CONTAS DO DF.
• Aula 5 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E SISTEMA TRIBUTÁRIO DO
DISTRITO FEDERAL.
Portanto, nesta aula estudaremos um pouco da origem da Lei Orgânica do
Distrito Federal e introduziremos o assunto com a organização do Distrito
Federal e seus valores fundamentais.
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NASCE UMA CIDADE
“Deste planalto central, desta solidão que em breve se
transformará em cérebro das altas decisões nacionais,
lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu paíse antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma
confiança sem limites no seu grande destino.” Juscelino
Kubitschek, Brasília, 2 de outubro de 1956.
Histórico e Origem da Lei Orgânica do Distrito Federal
Mãos a obra pessoal! De início, vamos compreender a origem desta Lei
Orgânica que estudaremos. Vira e mexe as bancas colocam algumas questões
cobrando esse tipo de detalhe. Apesar da inauguração de Brasília em 21 de
abril de 1960, durante 26 anos os habitantes do DF não puderam eleger seus
representantes locais. Os primeiros deputados federais e senadores
representantes do Distrito Federal foram eleitos em 1986 para, assim,
participar da formação da vontade legislativa da União. Em 1990 o primeirogovernador e os primeiros deputados distritais foram eleitos, e a autonomia
política tornou-se realidade em 1991, com a instalação da Câmara Legislativa.
Dessa primeira legislatura nasce nosso objeto de estudo. Em 8 de junho de
1993 é promulgada a Lei Orgânica do Distrito Federal, “v o ta d a e m d o i s
tu rnos com in te r s t íc io mín im o de dez d ias, e ap rovada po r do is te rços
da Câm ara Leg is lat iva ”, como requer a CF/88 em seu art. 32.
Ocorre que o Distrito Federal tem natureza híbrida. O DF não se confunde
quer com um Estado-membro , quer com um Município, acolhendo
características de cada qual. Rege-se por uma lei orgânica, mas é colocado
ao lado dos Estados-membros quanto a várias competências tipicamente
estaduais.
E aqui já nasce a primeira controvérsia!
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O DF é dotado de poder constituinte derivado decorrente?
Este é o poder conferido pela Constituição Federal (e daí seu nome, pois deriva do Constituinte Originário, aquele que elaborou nossa CF) aos Estados-
membros para que estes se auto-organizem por meio de suas respectivas
Constituições estaduais. Tal regra decorre do disposto na CF, art. 11 do ADCT:
“Cada Assembléia Legislativa, com pode res cons t i tu in tes , elaborará a
Const i tu ição do Es tado , no prazo de um ano, contado da promulgação da
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta”.
Resumindo: O poder constituinte derivado decorrente é conferido aos Estados,
e não aos Municípios. E como fica o DF, que não é nem um nem outro?
Para responder a nossa pergunta, a doutrina se divide em dois critérios
adotados: formal e material.
Formalmente, a CF diz que o DF é regido por uma Lei Orgânica, não umaConstituição Estadual. E há uma regra “clássica” no Direito que diz que: se tem
nomes diferentes, são coisas diferentes!! Lembram quando eu disse que o
poder constituinte derivado decorrente vinha do que está no art. 11/ADCT da
CF? Lá fala em Constituição do Estado. Então, do ponto de vista formal, só
exerce o poder constituinte derivado decorrente quem elabora Constituição
Estadual, e não é o caso do DF.
Materialmente (ou funcionalmente), tanto a doutrina quanto o STF já
disseram que a LODF tem natureza de verdadeira Constituição local. Isso
porque a CF confere ao DF autonomia política, administrativa e financeira típica
dos Estados-membros (cumulativamente às dos municípios). Em outras
palavras, a LODF trata da mesma matéria que uma Constituição Estadual, e
por isso se equivalem. A Lei Orgânica tem a mesma função de uma
Constituição. Além de tratar das competências típicas estaduais, a LODF se
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diferencia das demais leis orgânicas (municipais) por sua derivação direta
em relação à Constituição Federal. Já as municipais possuem duplo grau de
derivação (Constituição Federal e Estadual). Por isso, autores como Pedro
Lenza, Bernardo Gonçalves Fernandes e Dirley da Cunha Júnior afirmamcategoricamente que existe no Distrito Federal um poder constituinte
derivado decorrente, sendo a LODF uma verdadeira Constituição no
âmbito do DF.
Há inclusive um voto interessante do Ministro Ayres Britto na ADI 3.756, onde
afirma que o Distrito Federal está bem mais próximo da estruturação dos
Estados-membros que dos Municípios.
CritérioO DF é dotado de poder constituinte derivado
decorrente?
Formal Não
Material Sim
Adentrando um pouco mais no âmbito da Lei Orgânica do Distrito Federal
propriamente dita, atente ao que diz o preâmbulo:
“Sob a proteção de Deus, nós, Deputados Distritais, legítimos representantes
do povo do Distrito Federal, i nves t idos de Poder Cons t i tu in te , respeitando
os preceitos da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgamos a
presente Lei Orgânica, que constitui a Lei Fundamental do Distrito Federal,com o objetivo de organizar o exercício do poder, fortalecer as instituições
democráticas e os direitos da pessoa humana.”
Ainda, apesar de um texto sem valor normativo, o sitio eletrônico da Câmara
Legislativa do Distrito Federal informa que “O Distrito Federal ganhou sua
primeira cons t i tu i ção em 8 de junho de 1993. É a Lei Orgânica do Distrito
Federal, elaborada pelos 24 deputados distritais eleitos na primeiralegislatura.”
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Pessoal, parece complicado, mas não é! A questão da prova vai te dar uma
dica de qual critério a banca adota. Elas vão começar com textos do tipo “Do
ponto de vista material”, “Segundo a LODF”, “Está expresso na CF”, etc.
E se a questão não falar nada? Se não falar, como nossa matéria é LODF,
vá pelo que está no texto dela, no preâmbulo.
Atenção! Conforme o preâmbulo da LODF, o DF é dotado de
poder constituinte derivado decorrente!
Dito isso, vamos ao que mais nos interessa, que é como as bancas
examinadoras cobram o assunto, portanto, vamos resolver algumas questões:
1. (CESPE – TRF 1.a Região 2009 - Juiz Federal Substituto ) Pelo
critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado
decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a
elaboração de suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aosmunicípios, que se organizam mediante lei orgânica.
Percebeu a dica?? De cara a questão já fala qual critério utiliza. Pelo critério
jurídico-formal, leva-se em conta o instrumento, a forma, e não seu conteúdo.
Pedro Lenza utilizava (não usa mais) esse critério em edições passadas de seu
livro, e tudo indica que foi de lá que saiu essa questão. Vejam o que ele
defendia: “Dis t r i to Federa l e Municípios regem-se por lei orgânica, que nadatem de parecido (do ponto de vista f o r m a l ) com a Constituição de um Estado
(...) como nos valemos do c r i t é r i o f o rm a l , só podemos admitir que a
manifestação do poder constituinte derivado decorrente é para a elaboração
das Constituições dos Estados-membro” .
Gabarito: CERTO
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2. (CESPE – MPE-SE 2010 – Promotor de Justiça) É expressamente
previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF e dos municípios
devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante manifestação do
poder constituinte derivado decorrente.
Outra vez! A dica da resposta está na própria questão! Antes de qualquer
coisa, a questão já estaria errada porque não podemos dizer que os municípios
são dotados de poder constituinte derivado decorrente. Mas pensando no DF,
que é o que nos interessa aqui, expressamente, a CF coloca para o DF uma Lei
Orgânica, de forma semelhante aos Municípios. Compare os artigos a seguir:
“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Const i tu ições e leis que
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
Art. 29. O Munic íp io reger-se-á por l e i o rgân ica , votada em d o i s t u rn o s ,
com o interstício mín imo de dez d ias , e aprovada por do is te rços dos
membros da Câmara Municipal...
Art. 32. O Dis t r i to Federa l , vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por
l e i o rgân ica , votada em d o i s t u r n o s com interstício m ín im o de dez d ias , e
aprovada por do is te rços da Câmara Legislativa...”
Veja como o texto da CF, nesse aspecto, aproxima o DF dos Municípios. Traz
o critério formal, enquanto é a doutrina e o STF que definem a equivalência
material da LODF com uma Constituição Estadual.
Gabarito: ERRADO
3. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF
rege-se por Lei Orgânica aprovada pelo Congresso Nacional.
Essa é bem tranqüila. Conforme vimos acima, a Lei Orgânica do Distrito
Federal foi promulgada no dia 8 de junho de 1993, “votada em dois turnos
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com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Leg is la t iva ” .
Gabarito: ERRADO
4. (ESAF – TRF 2006 – TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA - adaptada) A Lei
Orgânica do Distrito Federal, embora tenha, segundo a doutrina, status de
Constituição Estadual, disporá sobre competências legislativas reservadas aos
municípios.
Pessoal, vejam como agora a banca utilizou o critério material, que, embora oDF tenha uma Lei Orgânica, ela tem status de Constituição Estadual, pois
materialmente se equivalem. Só não podemos nos esquecer da natureza
híbrida do DF.
Na ADI 3.756, o Ministro Ayres Britto explica que o Distrito Federal é uma
unidade federativa de compostura singular, dado que desfruta de
competências que são próprias dos Estados e dos Municípios,cumulativamente. Portanto, a LODF disporá sobre as competências
legislativas reservadas aos Estados e também aos Municípios. A questão fala
das competências reservadas aos Municípios, e em momento algum nega a
existência das reservadas aos Estados. Cuidado com esse tipo de questão
para não fazer uma leitura muito rápida. É comum responderem o item
pensando que ela afirma que a LODF disporá apenas sobre as competências
reservadas aos municípios, mas não é isso que a questão diz.
Na verdade, o examinador cobrou “parte” do que consta na LODF: “Art. 14. Ao
Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos
Estados e Munic íp ios , cabendo-lhe exercer, em seu território, todas as
com pet ênc ias que não lh e se jam vedadas pe la Cons t i tu ição Federa l .”
Gabarito: CERTO
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5. (CESPE – CEAJUR/ SGA 2006 – P rocurador de Assistência
Judiciária) O DF acumula competências legislativas atribuídas
constitucionalmente aos estados e municípios.
Exatamente o que acabamos de esclarecer. A questão cobra o art. 14 da LODF
que estudamos na resolução da questão anterior.
Gabarito: CERTO
6. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O DF tem competências
legislativas reservadasA) aos estados, somente.
B) aos municípios, somente.
C) à União.
D) a Brasília.
E) aos estados e municípios.
Questão semelhante à anterior, e já esclarecemos que o DF acumula ascompetências estaduais e municipais.
Gabarito: E
7. (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) Ao Distrito Federal são atribuídas as
competências legislativas reservadas somente aos Estados, cabendo-lhe
exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam vedadaspela Constituição Federal.
Novamente o mesmo tipo de cobrança. Ao DF são atribuídas as competências
legislativas reservadas aos Estados e Municípios.
Gabarito: ERRADO
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8. (ESAF – PGDF 2007.2 – Procurador do Distrito Federal –
adaptado) O Distrito Federal acumula as competências dos estados-membros
e dos municípios. Por outro lado, a Constituição atribui competência aos
primeiros para organizar seu próprio Poder Judiciário, na Constituição Estadual.Esta, no caso do DF, corresponde à Lei Orgânica. Com base nessas premissas,
seria juridicamente válido que a LODF instituísse foro por prerrogativa de
função, no TJDFT, para os delegados de polícia civil.
Vamos aproveitar pra aprender!! Uma técnica importante para resolução de
questões em concursos públicos é entender aquilo que a banca examinadora te
ensina e aquilo que ela te pergunta. Repare que nos três primeiros períodos docomando da questão o examinador não está questionando nada, e sim
afirmando sua posição. Tanto é que, ao finalmente chegar à pergunta, ele
confirma: “Com base nessas premissas ...” Assim, o que fica claro é que o
examinador considera a Lei Orgânica do DF como uma Constituição Estadual.
E para aproveitar a questão, vamos adiantar um pouco o assunto, e o que a
questão quer saber é se pode a LODF instituir foro por prerrogativa de funçãopara os delegados da polícia civil. Ainda que o cargo de delegado da polícia
civil do Distrito Federal fosse de sua competência, e não é (não se preocupe
que daqui a pouco detalharemos esse assunto), o Supremo Tribunal Federal já
decidiu a respeito.
A resposta é encontrada no julgamento da ADI 2587/GO, onde o Ministro
Carlos Britto explicou que a CF confere prerrogativa de foro especial às
carreiras equiparadas à judicatura: Ministério Público, Advocacia Pública e
Defensoria Pública, excluindo as demais. Mais ainda, Policia civil, Corpo de
Bombeiro e Policia Militar são instituições subordinadas hierarquicamente
por definição na própria CF. Então pessoal, conforme esse entendimento do
STF, nenhuma Constituição estadual (inclusive a LODF) pode instituir foro
privilegiado para quem ocupe o cargo de delegado da polícia civil.
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Gabarito: ERRADO
Ainda aproveitando o gancho da questão, vamos fechar o assunto! Não há
novidades na LODF quanto aos foros por prerrogativa de função. Os casosprevistos são apenas uma confirmação do que já era previsto na Constituição
Federal ou na Lei de Organização Judiciária do DF – Lei 11.697/2008, como
esquematizado no quadro comparativo abaixo. Atenção aos pontos
polêmicos!!
CF/88:
Art. 105. Compete ao SuperiorTribunal de Justiça:I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, osGovernadores dos Estados e doDistrito Federal.
LODF:
Art. 103. Admitida acusação contra oGovernador, por dois terços daCâmara Legislativa, será elesubmetido a julgamento perante oSuperior Tribunal de Justiça, nasinfrações penais comuns, ouperante a própria CâmaraLegislativa(*), nos crimes deresponsabilidade.
Lei 11.697/2008:
Art. 8º. Compete ao Tribunal deJustiça:I – processar e julgar originariamente:
a) nos crimes comuns e deresponsabilidade, os Governadoresdos Territórios, o Vice-Governadordo Distrito Federal e os Secretáriosdos Governos do Distrito Federa l edos Territórios, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
b) nos crimes comuns, osDeputados Distritais, e nestes e nosde responsabilidade, os Juízes deDireito do Distrito Federal e dosTerritórios, os Juízes de DireitoSubstitutos do Distrito Federal e dosTerritórios, ressalvada a competênciada Justiça Eleitoral;
LODF:
Art. 107. Os Secretários deEstado(**) serão, nos crimescomuns e nos deresponsabilidade, processados e
julgados pelo Tribunal de Justiçado Distrito Federal e Territórios,
ressalvada a competência dosórgãos judiciários federais.
Art. 61. Os Deputados Distritais são invioláveis, civil e penalmente,por quaisquer de suas opiniões,palavras e votos.§ 1º Os Deputados Distritais,desde a expedição do diploma, serãosubmetidos a julgamento perante o
Tribunal de Justiça do DistritoFederal e Territórios.
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ATENÇÃO!
PONTOS POLÊMICOS
(*) Tramita no STF a ADI 3.466/DF, na qual se questiona a
constitucionalidade do julgamento do Governador pela CLDF nos crimes de
responsabilidade. O argumento se baseia na ADI 1.628/SC, quando o
Supremo decidiu que “a definição de crimes de responsabilidade e a
regulamentação do processo e do julgamento são de compe tênc ia da
Un ião ”, e que a regra a ser obedecida é aquela contida na Lei 1079/50. Esta
determina que o Governador seja julgado por um “tribunal composto de
c inco membros do Leg is la t i vo e de c inco desembargado res sob apresidência do Presidente do Tribunal de Justiça local”. Esse tribunal é
conhecido como Tribunal Misto Especializado.
Até que o STF julgue a ação específica do DF, o dispositivo continua
valendo para a prova. Mas fique esperto porque a banca pode cobrar
conhecimento da questão, uma vez que há entendimento firmado na ADI
1.628/SC pela inconstitucionalidade.
(**) Os Secretários de Estado também foram citados no Art. 101-A da LODF,
e nesse caso o dispositivo afirma que o julgamento, no crime de
responsabilidade, se dará perante a própria Câmara Legislativa.
“Art. 101-A. São cr imes de responsab i l idade os atos dos Secre tá r io s de
Estado , dos dirigentes e servidores da administração pública direta e
indireta, do Procurador-Geral, dos comandantes da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar e do Diretor-Geral da Polícia Civil que atentarem contra
a Constituição Federal, esta Lei Orgânica e, especialmente, contra:
I – a existência da União e do Distrito Federal;
II – o livre exercício dos Poderes Executivo e Legislativo e das outras
autoridades constituídas;
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV – a segurança interna do País e do Distrito Federal;V – a probidade na administração;
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VI – a lei orçamentária;
VII – o cumprimento das leis e decisões judiciais.
§ 1º A recusa em atender a convocação da Câmara Legislativa ou de
qualquer das suas Comissões constitui igualmente crime de responsabilidade.§ 2º A Mesa Diretora, as Comissões Permanentes e os Deputados Distritais
poderão apresentar ao plenário denúncia solicitando a instauração de
processo por crime de responsabilidade contra qualquer das autoridades
elencadas no caput.
§ 3º Admitida a acusação constante da denúncia, por maioria absoluta dos
deputados distritais, será a autoridade j u lgada pe ran te a p róp r ia Câm ara
Leg is la t iva .
§ 4º Após admitida a denúncia pela Câmara Legislativa a autoridade será
afastada imediatamente de seu cargo.
§ 5º Aos ex-governadores e aos ex-ocupantes dos cargos referidos no caput,
aplica-se o disposto no § 1º quando a convocação referir-se a atos praticados
no período de mandato ou gestão dos respectivos cargos.”
A compatibilização dos dispositivos pode ser feita com a simetria do art. 52,
I, CF/88. Ali, o Senado Federal julga os Ministros de Estado apenas nos
crimes de responsabilidade conexos com o do Presidente ou Vice.
Portanto, nos crimes de responsabilidade, os Secretários de Estado serão
julgados, em regra, pelo TJDFT. E nos casos conexos com o Governador,pela CLDF, sem esquecer a questionável constitucionalidade que acabamos
de estudar.
9. (CESPE – DFTRANS/ DF – 2008) Compete ao Superior Tribunal de
Justiça processar e julgar o governador do DF nos crimes de responsabilidade.
Nos crimes de responsabilidade,
Secretário de Estado é julgado no TJDFT ou na CLDF???
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Conforme a redação do Art. 103 da LODF, no caso de crime de
responsabilidade do Governador do DF, admitida a acusação por dois
terços da CLDF, será ele julgado perante a própria Câmara. Segundo o STF
seria o Tribunal Misto Especializado. Em todo caso, STJ só nos crimescomuns!!
Gabarito: ERRADO
10. (CESPE – SEDF – 2009) De acordo com a LODF, após a admissão da
acusação por dois terços da Câmara Legislativa, o governador do DF será
submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), nasinfrações penais comuns, ou perante a própria Câmara Legislativa, nos crimes
de responsabilidade.
Vimos que, embora a constitucionalidade do dispositivo quanto aos crimes de
responsabilidade seja questionável, a questão pede o que está de acordo com
a LODF. E segundo a Lei Orgânica, a regra é STJ para crimes comuns do
Governador e CLDF para os de responsabilidade.
Gabarito: CERTO
11. (CESPE – TJDFT - 2008) Juliano, nomeado para o cargo de secretário
do governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte
ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é do
Conselho Especial do TJDFT.
De acordo com a redação do Art. 107 da LODF, os Secretários de Estado serão
julgados pelo TJDFT. Quanto à competência específica do Conselho Especial, é
matéria constante do Regimento Interno do TJDFT e não é nosso objeto de
estudo, mas está correto.
Gabarito: CERTO
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12. (CESPE – PMDF – 2007) Marcos, deputado distrital, foi acusado da
prática de crime de sonegação fiscal pelo Ministério Público perante o Supremo
Tribunal Federal (STF). Nessa situação, é correto afirmar que Marcos tem foro
privilegiado e será submetido a julgamento perante o STF.
Conforme o Art. 61 da LODF, colocado no quadro esquemático, os Deputados
Distritais, desde a expedição do diploma, serão julgados pelo TJDFT.
Gabarito: ERRADO
13. (CESPE – AGU 2006 – Advogado da União) O poder constituinte
derivado decorrente abrange os estados, para elaborarem suas constituições, e
os municípios, para elaborarem suas leis orgânicas.
Apenas para consolidar, a questão deixou o Distrito Federal de lado, e assim
evita controvérsias. Nunca é demais lembrar que os municípios não são
dotados de poder constituinte derivado decorrente.
Gabarito: ERRADO
Organização do Distrito Federal
Estudar LODF não é muito diferente de estudar nossa Constituição Federal.
Muitos artigos são “importados” do texto constitucional, apenas adaptados à
realidade local. Portanto uma boa técnica para um estudo mais esquematizado
da Lei Orgânica é sua comparação com a CF. Já que Direito Constitucional
estará presente, e com peso grande, nos concursos visados, se aprendermos o
que há de diferente na LODF, estaremos aptos a realizar uma boa prova.
Atenção! O momento é a diplomação perante a
justiça eleitoral, o que ocorre antes da posse!
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Enquanto a soberania é uma característica da República Federativa do
Brasil, o Distrito Federal, enquanto parte da federação, é autônomo
(autonomia PAF – Política, Administrativa e Financeira). Isso significa uma
tríplice capacidade:
Auto-organização – É representada pela capacidade de reger-se por
meio de lei orgânica própria, votada em dois turnos com interstício
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara
Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na
CF.
Autogoverno – Atenção! Nesse ponto existem vários detalhes que
diferenciam o DF dos outros entes!! Capacidade de autogoverno
pressupõe o exercício de todas as funções, necessárias ao exercício de
seu poder, sem interferência externa. E aqui a autonomia é limitada. O
Distrito Federal possui Poder Executivo (elege Governador e Vice-
Governador), e Poder Legislativo, representado por sua Câmara
Legislativa (elege seus Deputados Distritais). Mas, embora seu PoderJudiciário exista, o Distrito Federal não dispõe de “governo” sobre ele,
pois é organizado e mantido pela União, assim como o Ministério
Público e a Defensoria Pública. Também no âmbito do Poder
Executivo, a segurança pública (polícia civil, militar e corpo de
bombeiros), embora esteja subordinada ao Governador do DF, é
organizada e mantida pela União, que prestará assistência financeira
por meio de fundo próprio. Fundo este instituído pela Lei nº
10.633/2002, denominado Fundo Constitucional do Distrito Federal
– FCDF, de natureza contábil, com a finalidade de prover os recursos
necessários à organização e manutenção da polícia civil, da polícia
militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como
assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e
educação.
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Dessa forma, servidores do TJDFT, MPDFT são servidores federais, e
da Polícia Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal são
servidores distritais, mantidos pela União. Observe que não incluí aqui
os Defensores Públicos junto aos servidores do TJDFT e MPDFT por umarazão bem peculiar. Apesar da existência da Lei Complementar nº
80/2004, que organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito
Federal e dos Territórios, nunca foi implementada (não saiu do papel) a
Defensoria Pública do DF, apenas a da União. Sua função é exercida
hoje pelo Centro de Assistência Judiciária do Distrito Federal –
CEAJUR/DF. Embora se denomine de Defensoria Pública
(http://www.defensoria.df.gov.br/), bem como denomine seus
servidores de Defensores Públicos, são servidores distritais, mantidos
pelo GDF. E essa Defensoria não é, técnica e formalmente, aquela
prevista na nossa Constituição Federal, que deve ser mantida e
organizada pela União.
CUIDADO! No caso da Defensoria Pública do DF,
a prática é diferente da teoria!
Vale para a prova: teoria!
Aproveito para abrir um parêntese e falar um pouco mais sofre a
Defensoria Pública do DF. A louvável atitude do GDF cumpre um de
seus objetivos prioritários, que é “ga ran t i r a prestação de
ass is tênc ia j u r íd i ca in teg ra l e g ra tu i ta aos que comprovaremi nsu f i c iênc ia de recursos ”.
Ainda, no ADCT da LODF, o art. 10 regulamenta a prestação de
assistência judiciária de forma temporária, enquanto a União não
implementar a Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios. Seus
parágrafos aproveitam para regulamentar, de forma breve, direitos,
deveres, garantias e vencimentos dos “Defensores Públicos” (emverdade o cargo é denominado de Procurador de Assistência
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Judiciária), que se equiparam aos dos Procuradores do Distrito
Federal.
Recentemente foi editada no DF a Lei Complementar nº 828, de 26 de julho de 2010, que regula a prestação de assistência jurídica pelo
Distrito Federal e dispõe sobre a organização de seu Centro de
Assistência Judiciária – CEAJUR. Com essa lei a Defensoria Pública do
Distrito Federal recebeu autonomia funcional, administrativa e
orçamentária.
“ADCT Art. 10. Compete ao Distrito Federal pres ta r ass is tênc ia
j ud ic iá r ia aos necess i tados , por intermédio do Centro de Assistência
Judiciária, enquan to não ed i tada a le i comp lemen ta r fede ra l que
disponha sobre a Defensor ia Púb l ica do D ist r i t o Federa l ...”
Repare que o texto do caput define a competência enquanto não fosse
editada a Lei Complementar Federal. Acontece que embora ela já tenha
sido editada (LC nº 80/2004), não saiu do papel no caso específico daDefensoria Pública do DF e dos Territórios.
Para resumir um pouco melhor o que acontece, tramita no Congresso
Nacional a PEC nº 07/2008, que busca transferir da União para o
Distrito Federal as atribuições de organizar e manter a Defensoria
Pública do Distrito Federal e em sua justificação descreve:
“A Constituição da República de 1988 outorgou à União a competência
para organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal.
Contudo, materialmente, a União nunca exerceu essa competência.
Por outro lado, desde 1987 o Distrito Federal possui o Centro de
Assistência Judiciária – CEAJUR/DF, órgão distrital, que, desde então,
vem exercendo as funções da Defensoria Pública do Distrito Federal, e éassim conhecido pela sociedade.
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A presente proposta visa apenas adequar o Texto Constitucional à
realidade, transferindo da União para o Distrito Federal as atribuições
de organizar e manter a sua Defensoria Pública, à semelhança do que
ocorre em todos os Estados da Federação.”
14. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) Segundo a LODF, o Distrito
Federal tem autonomia
A) política, financeira e administrativa.
B) administrativa, somente.
C) Política e financeira.
D) Financeira, somente.E) política, somente.
Pra ajudar a memorizar basta lembrar da sigla “PAF”: Política,
Administrativa e Financeira.
Gabarito: A
15. (CESPE – PGR/ DF – 2004) Um dos órgãos da PGR-DF é a
Defensoria Pública do DF cuja competência é oferecer serviços de
advocacia aos necessitados.
Além do fato de serem os princípios institucionais da Defensoria Pública
sua unidade, indivisibilidade e a independência funcional, a
Procuradoria Geral do DF é um órgão do GDF, enquanto a DefensoriaPública do DF é (ou, em tese, deveria ser) um órgão federal, mantido
e organizado pela União.
Gabarito: ERRADO
Retomando, isso tudo não quer dizer que o Distrito Federal não tenha
autogoverno, ou mesmo autonomia. Apenas significa que ela não éplena, e sim limitada.
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A autonomia do DF é parcialmente tutelada pela União!
Autoadministração – Reproduz o exercício das competências do entefederado, sejam elas administrativas, legislativas ou tributárias. Nas
palavras de José Afonso da Silva, as competências são diversas
modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades
estatais para realizar suas funções.
16. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes:
1) O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF são organizados e
mantidos pelo GDF.
Conforme acabamos de ver, é de competência da União organizar e
manter o Poder Judiciário e o Ministério Público do DF e Territórios (TJDFT
e MPDFT). Observe que a Lei Orgânica é silente quanto ao assunto, pois a
matéria é tratada na Constituição Federal, e mesmo assim a banca cobrouo entendimento “À luz da LODF”.
Gabarito: ERRADO
2) O DF é uma unidade sem autonomia, pois não possui capacidade de
auto-organização, autogoverno e autoadministração.
Acabamos de estudar e detalhar exatamente essas três capacidades, que
representam a autonomia do Distrito Federal. Lembrem-se: Podemos
afirmar que a autonomia do DF é limitada, ou parcialmente tutelada
pela União, mas jamais afirmar que não possui autonomia. Até porque
estaríamos contrariando o expresso na CF/88: “Art. 18. A organização
político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a
União, os Estados, o Dis t r i to Federa l e os Municípios, t o d o s au tô n o m o s ,
nos termos desta Constituição.”
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Gabarito: ERRADO
17. (TJDFT 2008 – Juiz de Direito Substituto) Assinale a alternativa
incorreta:Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, são Poderes do Distrito Federal,
independentes e harmônicos entre si:
(A) o Executivo e o Legislativo, sendo vedada a delegação de atribuições entre
os Poderes;
(B) o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, sendo vedada a delegação de
atribuições entre os Poderes;
(C) o cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer ade outro, salvo as exceções previstas na Lei Orgânica;
(D) cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito Federal,
ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em seus
serviços e sob sua guarda.
Conforme estudamos acima, o Distrito Federal possui Poder Executivo e Poder
Legislativo. O Judiciário que atua no Distrito Federal é da União. Apenas comessa informação seria possível resolver a questão, já que ela pede a alternativa
incorreta, e a letra “(B)” afirmaria que o Judiciário é um Poder do Distrito
Federal.
Aqui é possível perceber o que comentei na introdução desta aula: Questões
que apenas copiam o texto de artigos da LODF. Esta questão é facilmente
resolvida com a leitura do artigo 53:
“Art. 53. São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre
si, o Execut ivo e o Leg is la t ivo .
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Poderes.
§ 2º O cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercera
de outro, salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica.”
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Atenção! São Poderes do DF o Executivo e o Legislativo.
Poder Judiciário é da União.
A letra “(D)” é a literalidade do artigo 52, que entra no capítulo dos Bens do
Distrito Federal, que não é objeto do nosso edital, mas fica aqui transcrito para
conferência:
“Art. 52. Cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito
Federal, ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em
seus serviços e sob sua guarda.”
GABARITO: B
18. (FUNIVERSA – SES/ DF – 2009) O art. 53 da Lei Orgânica do Distrito
Federal refere-se à harmonia entre os Poderes; sendo assim, é correto afirmar
que são Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si,
(A) o Executivo e o Judiciário(B) o Legislativo e o Judiciário
(C) o Executivo e o Conselho Nacional de Justiça
(D) o Judiciário e a União
(E) o Executivo e o Legislativo
Nenhuma novidade mais que o Distrito Federal possui poderes Executivo eLegislativo.
Gabarito: E
19. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O Distrito Federal tem o(s)
Poder(es)
A) Executivo e Judiciário, somente.B) Executivo e Legislativo, somente.
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C) Executivo, Legislativo e Judiciário.
D) Executivo, somente.
E) Legislativo, somente.
Mais uma vez, o DF tem autonomia parcialmente tutelada pela União, porque
esta organiza e mantém o Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
Pública do DF e Territórios. Por isso, o DF possui apenas os poderes Executivo
e Legislativo (o Judiciário existe, mas é federal).
Gabarito: B
20. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF já
figurou como capital da União em constituições anteriores, porém, na
atualidade, a capital federal é Brasília.
Essa questão cobra, na verdade, um pouco de história do Distrito Federal, e
não conteúdo da atual Lei Orgânica do DF. O Distrito Federal surge com a
Constituição de 1891, que trouxe em seu corpo o seguinte texto: “Art. 2º -Cada uma das antigas Províncias formará um Estado e o antigo Município
Neutro constituirá o Dis t r i to Federa l , continuando a ser a Capi ta l da União ,
enquanto não se der execução ao disposto no artigo seguinte.” Assim se
manteve até a Constituição de 1967, que dispunha: “Art. 2º - Dis t r i t o
Federa l é a Capi t a l da União ”.
O artigo seguinte a que se refere o artigo 2º da Constituição de 1891 éexatamente a previsão da mudança da capital para o interior do país: “Art. 3º
- Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de
14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela
estabelecer-se a futura Capital federal.”
Gabarito: CERTO
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Conforme a LODF, “Art. 6º - Brasí l ia , Capital da República Federativa do
Brasil, é a sede do govern o do D is t r i t o Federa l ”. Portanto, além de Capital
do país também é sede do GDF. Não só isso, Brasília é sede da Câmara
Legislativa do DF e do Tribunal de Contas do DF, conforme os artigos abaixo:
“Art. 55. A Câm ara Leg isla t iv a do D is t r i to Federa l tem sede em Bras íl ia ,
Capital da República Federativa do Brasil.
Parágrafo único. Poderá a Câmara Legislativa reunir-se t e m p o r a r i a m e n t e ,
em qua lquer loca l do D is t r i to Federa l , por deliberação da maioria absoluta
de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de conveniênciapública ou em virtude de acontecimento que impossibilite seu funcionamento
na sede.
Art. 82. O Tr ibuna l de Contas do D is t r i to Federa l , integrado por sete
Conselheiros, tem sede na c idade de Br asíl ia ...”
Amigos, vamos analisar um pouco esses artigos! O recém citado parágrafoúnico do art. 55 autoriza a CLDF a reunir-se, em caráter temporário, em
qualquer local do DF (e isso seria fora da sua sede, que é Brasília). Ora,
claramente a LODF distingue o Distrito Federal de Brasília. Enquanto o Distrito
Federal é bem definido e delimitado, há muitas dúvidas em relação ao que
seria exatamente Brasília. O que não resta dúvidas é que Brasília é “algo”
menos abrangente que o Distrito Federal. Se fosse diferente esse artigo da
LODF não faria qualquer sentido.
Atenção! Não confunda Brasília com o Distrito Federal!
Ainda a esse respeito, a LODF traz uma definição “genérica”, que não esclarece
muito a questão: “Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço
físico-geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição.”
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21. (CESPE – IBRAM – 2009) Considerando o que dispõe a Lei Orgânica do
Distrito Federal (LODF), julgue os itens a seguir. A LODF prevê expressamente
que o Distrito Federal (DF) é a capital da República Federativa do Brasil.
Apesar de não ser a LODF quem define a capital do país, ela traz
expressamente em seu texto que Brasília, além de capital da República, é a
sede do GDF. Não é o DF!
Gabarito: ERRADO
22.
(CESPE – CMBDF – 2007) O DF, sede do governo federal, tem anatureza de autarquia territorial devido a sua autonomia parcialmente tutelada
pela União, materializada, principalmente, na competência da União de
organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria
Pública.
O examinador buscou confundir a figura do Distrito Federal com a dos
Territórios, que possuem natureza autárquica. No mais, o DF tem sim suaautonomia parcialmente tutelada pela União, materializada, principalmente, na
competência da União de organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério
Público e Defensoria Pública.
Gabarito: ERRADO
23.
(FUNIVERSA – SES/DF – 2009) É sabido que a Câmara Legislativatem Sede em Brasília (DF), conforme prescrito no art. 55 da Lei Orgânica do
Distrito Federal; logo, é em Brasília que acontecem as deliberações.
Entretanto, em meados de 2007, a Câmara Legislativa reuniu-se fora de sua
sede. Por força da lei, é permitido que isso ocorra
(A) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da
maioria absoluta dos membros.
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(B) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da
maioria simples dos membros.
(C) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria
absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de
conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu
funcionamento na sede.
(D) temporariamente, em qualquer estado da Federação, por deliberação da
maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de
conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu
funcionamento na sede.(E) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria
simples de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de
conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu
funcionamento na sede.
Como vimos, a resposta da questão se encontra no parágrafo único do próprio
Art. 55 que o enunciado da questão trata. A letra “C” traz a literalidade danorma: “Poderá a Câmara Legislativa reunir-se t e m p o r a r i a m e n t e , em
qua lqu er loca l do D ist r i t o Federa l , por deliberação da m aio r ia abso lu ta de
seus membros, sempre que houver m o t i v o r e l e v a n te e de conven iênc ia
púb l ica ou em virtude de acon tec imen to que imposs ib i l i t e seu
func ionam en to na sede .”
Gabarito: C
“O Dis t r i t o Fede ra l não tem cap i ta l , mas localiza-se em seu território a
c idade de Brasí l ia , que é a Capital Federal da República Federativa do Brasil.
Brasília também é a sede do Governo do Distrito Federal e a sede da Região
Administrativa de Brasília - RA I.”
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A descrição acima pode ser encontrada no sitio eletrônico da RA I, e se para
você ainda não faz muito sentido falar em Regiões Administrativas, fique
tranqüilo.
Como o território do Distrito Federal não pode ser dividido em entes
autônomos da Federação (municípios), é dividido em Regiões
Administrativas, que já foram denominadas “cidades satélites” (Lei nº
3.751/1960). Para cada Região Administrativa há uma Administração Regional
correspondente, que são órgãos administrativos, responsáveis pela execução
regionalizada das atividades da Administração Direta do GDF. A cidade de
Brasília não é um município, e sim uma Região Administrativa.
No Capítulo do Orçamento, que será tratado em maiores detalhes nas
próximas aulas, a LODF deixa ainda mais clara a individualização de cada
Administração Regional como órgão e como Unidade Orçamentária: “Art.
148. Na elaboração de seu o rç a m e n to , o Distrito Federal destinará
anualmente às Admin is t rações Reg iona is recursos orçamentários em nível
compatível, com critério a ser definido em lei, prioritariamente para o
atendimento de despesas de custeio e de investimento, indispensáveis a sua
gestão.
Parágrafo único. Para os fins preconizados no caput, as Regiões
A d m in i s t r a t i v a s constituem-se i n d i v i d u a lm e n te em ó rgãos .”
Naturalmente, cada Administração Regional possui um Administrador, e a esserespeito: “Art. 10. (...) § 1º A l e i disporá sobre a par t ic ipação popu la r no
processo de escolha do Adm in is t rado r Reg iona l . § 2º A remuneração dos
Administradores Regionais não poderá ser super io r à fixada para os
Secre tá r i os de Es tado do D is t r i t o Federa l .”
Em recente julgamento (ADI 2558/DF), o STF entendeu constitucional o
disposto no §1º, Art. 10 da LODF, que fala sobre a participação popular noprocesso de escolha do Administrador Regional. Foi questionado se uma
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eleição para Administrador Regional constituiria uma equivalência à eleição de
prefeitos, um verdadeiro autogoverno, ou, em outras palavras, haveria uma
“municipalização” do Distrito Federal pela via indireta; e se não estaria
sendo usurpada a competência do Governador de escolher livremente seusservidores. A decisão pela constitucionalidade baseou-se no fato de que o
dispositivo ainda não está regulamentado. Atualmente quem escolhe o
Administrador Regional é o Governador. A previsão da LODF é genérica, não
dispõe se a participação popular deve ter força obrigatória ou caráter
consultivo. Não se sabe como será regulamentada, ou mesmo se será
regulamentada.
Atenção!
A organização dos Estados é diferente do DF!
Municípios
Prefeitos
Eleição
Regiões Administrativas
Administradores Regionais
Escolha pelo Governador
com participação popular
Uma eventual regulamentação que institucionalize eleição direta, de forma
semelhante a pequenas prefeituras, ou municípios, provavelmente será
novamente questionada no STF. Mas qualquer questionamento em prova de
concurso deve se basear na decisão do STF. O dispositivo é constitucional.
24. (CESPE – SE/ GDF – 2009) A remuneração de um administrador
regional do DF não pode ser igual à de um secretário de estado.
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A LODF define que a remuneração dos Administradores Regionais não poderá
ser superior à dos Secretários de Estado, mas não há impedimento legal para
que sejam iguais.
Gabarito: ERRADO
25. (CETRO – DER/DF – 2009) Sobre a Organização Administrativa do
Distrito Federal, contida na Lei Orgânica Distrital, é incorreto afirma que
(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à
descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.
(B) As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do
Distrito Federal.
(C) A remuneração dos Administradores Regionais deverá superior à fixada
para os Secretários de Estado do Distrito Federal.
(D) Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de
Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na
forma da lei.
(E) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.
Da mesma forma que na questão anterior, o erro está na letra “C” que trata da
remuneração dos Administradores Regionais. Deve ser igual ou inferior à dos
Secretários de Estado. Os outros itens estão corretos e servem para chamar a
atenção a alguns tópicos estudados nessa aula.
Gabarito: C
26. (CESPE – CLDF 2006 – Consultor Legislativo - adaptada) O DF pode
dividir-se em Municípios, do mesmo modo que acontece com os Estados e
Territórios.
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Já vimos! É uma vedação constitucional: “O Distrito Federal, vedada sua
d iv isão em Mun ic íp ios , reger-se-á por lei orgânica”.
Gabarito: ERRADO
27. (CESPE – PGR/ DF – 2004) Para que o Distrito Federal seja dividido em
municípios, é preciso uma lei complementar distrital que institua essa divisão e
que seja aprovada, mediante referendo, pela maioria da população do DF.
Mais uma vez, fiquem espertos! O DF não pode ser dividido em municípios, em
qualquer hipótese. A vedação é constitucional.
Gabarito: ERRADO
Retomando a discussão sobre a diferenciação de Brasília e do Distrito Federal,
a definição mais comum é que o Distrito Federal é o todo, enquanto Brasília
restringe-se à Região Administrativa I. No sitio eletrônico da RA I, pode-se
encontrar a definição (em termos territoriais) de Brasília:
“Brasília é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de
Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo
Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila
Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte e
sedia os três poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.”
28. (CESPE – SGA/ DF – 2005) A limitação geográfica do Distrito Federal
identifica suas regiões administrativas. As RA’s podem ser criadas por lei. No
início da construção da Capital, a cidade incorporou Brazlândia e Planaltina,
então municípios goianos. Em 1964 existiam apenas oito regiões
administrativas. Até 1969 o DF era administrado por uma prefeitura e somente
em 1990 ocorreu a primeira eleição para governador. Hoje já existem 29
cidades.
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Sobre a situação apresentada e a Lei Orgânica do Distrito Federal julgue os
itens a seguir:
Atenção! “Cidade” tudo bem, “Município” NÃO!
OBS: A questão está um pouco defasada, pois atualmente são 30 Regiões
Administrativas. Atenção ao fato de que utilizar o termo “cidade” é bastante
comum, pois a própria legislação as denominava de “cidades–satélites”, termo
ainda muito utilizado localmente, apesar de seu uso estar diminuindo.
1. A Constituição Federal e a Lei Orgânica do DF mostram que existe diferença
entre o Distrito Federal e Brasília.
Essa não dá mais pra errar. Pode até não estar muito claro o que é Brasília,
mas você já tem a certeza de que Brasília está contida no DF, e é qualquer
coisa diferente!
Gabarito: CERTO
2. Para compor as regiões administrativas de pessoal, a norma aplicada ao
Distrito Federal dispõe que os cargos comissionados de Administrador Regional
e os demais cargos de cada regional devem ser preenchidos de acordo com a
conveniência política.
Exceto os cargos comissionados, que são de livre provimento, o Governador
não pode, por conveniência polícia, preencher os demais cargos de cada RA.
São órgãos administrativos, e seu corpo técnico deve ser preenchido por
servidores de carreira, que prestaram concurso público.
Gabarito: ERRADO
3. A investidura em cargo público nas administrações regionais depende de
prévia aprovação em concurso público, no entanto, excepcionadas as
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nomeações para os cargos em comissão, considerados de livre nomeação e
exoneração pela autoridade pública, estabelecendo-se que pelo menos 50%
destes deverão ser exercidos por servidores de carreira.
Este item adianta um ponto a ser tratado nas próximas aulas. De qualquer
forma, a questão está correta, pois é exatamente o que prevê o art. 19, V, da
LODF. Funções de confiança são exclusivas de servidor efetivo. E no caso dos
cargos em comissão, no mínimo 50% deles devem ser preenchidos por
servidores efetivos da carreira: “Art. 19. V – as funções de confiança,
exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo
menos cinqüenta por cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos porservidores de carreira nos casos e condições previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;”
Gabarito: CERTO
4. Poderá o governador do Distrito Federal avaliar a conveniência e a
oportunidade nas designações para os cargos de administrador regional,critérios que não se submetem ao controle do Judiciário em nenhuma hipótese.
Os Administradores Regionais são cargos em comissão, conhecidos pela livre
nomeação e exoneração. Do Direito Administrativo importamos o conceito de
mérito do ato administrativo, onde reina a conveniência e oportunidade do
administrador. Esses dois critérios não são sujeitos a análise do poder
Judiciário, enquanto estiverem dentro do limite da discricionariedadedado pela lei.
Gabarito: CERTO
29. (ESAF – CGU 2008 – Analista de Fiscalização e Controle –
adaptada) Relativo à organização político-administrativa da República
Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, o DistritoFederal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.
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Pessoal, essa questão foi pra lá de polêmica! Embora pareça contrariar tudo
que aprendemos até aqui, o gabarito foi dado como correto, mesmo após a
chuva de recursos. A explicação que alguns procuram dar é que
“popularmente”, o Distrito Federal é chamado de Brasília, pois há realmenteuma confusão ao diferenciar os dois. E Brasília de fato é a Capital Federal. Essa
é difícil engolir, já que em provas de concursos público pressupomos a
cobrança de conhecimento técnico, e não popular. Deixando isso de lado, o
importante mesmo é passar, e pra isso precisamos aprender com as bancas, e
apenas por essa razão resolvi registrar aqui essa questão.
Gabarito: CERTO
Valores Fundamentais
Os primeiros artigos da Constituição Federal trazem os fundamentos, objetivos
e princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do
Brasil. Vocês já devem imaginar, por razões lógicas, que não há princípios derelações internacionais no Distrito Federal, mas, de forma simétrica, a LODF
apresenta os valores fundamentais e objetivos prioritários.
Vamos começar pelos valores fundamentais. São basicamente os mesmos
enunciados na CF/88. A única diferença é que, enquanto a República detém
soberania, os entes federados detêm autonomia. O quadro comparativo a
seguir ajuda a memorizar, principalmente se você é daqueles que já tem o “SoCiDiVaPlu” (mnemônico que ajuda a memorizar os fundamentos da
República) na cabeça.
CF/88:
Art. 1º A República Federativa doBrasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do DistritoFederal, constitui-se em Estado
LODF:
Art. 2º O Distrito Federal integra aunião indissolúvel da República
Federativa do Brasil e tem comovalores fundamentais:
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Democrático de Direito e tem comofundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoahumana;
IV - os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emanado povo, que o exerce por meio derepresentantes eleitos ou diretamente,nos termos desta Constituição.
I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;
II – a plena cidadania;
III – a dignidade da pessoahumana;
IV – os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa;
V – o pluralismo político.
Parágrafo único. Ninguém serádiscriminado ou prejudicado emrazão de nascimento, idade, etnia,raça, cor, sexo, estado civil, trabalhorural ou urbano, religião, convicçõespolíticas ou filosóficas, orientaçãosexual, deficiência física, imunológica,sensorial ou mental, por ter cumpridopena, nem por qualquerparticularidade ou condição,observada a Constituição Federal.
Uma vez que já detalhamos anteriormente o que seria exatamente a
autonomia do Distrito Federal enquanto unidade federativa, é importante
tecer breves comentários a respeito dos demais valores fundamentais, de
forma a não permitir que o examinador nos pegue desprevenidos.
Quem descreve, a meu ver, de forma bastante esclarecedora esses valores
fundamentais é Bernardo Gonçalves Fernandes, e eu não poderia fazer melhor.
Por isso vou me limitar a transcrever, de forma sintética, suas colocações.
“Cidadania refere-se à participação política das pessoas na condução dos
negócios e interesses estatais. (...) Antes, ser cidadão era ter capacidade para
votar e ser votado (o que, diga-se, ainda é válido para a dogmática do direitoconstitucional). Porém, hoje, compreende-se que a cidadania se expressa por
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outras vias, além da política, se desenvolvendo também por meio dos direitos
e garantias fundamentais, ou da tutela dos direitos e interesses difusos.”
A dignidade da pessoa humana “... busca conciliar os princípios daigualdade e da liberdade, afirmando duas dimensões da dignidade: 1ª) através
do reconhecimento da importância de cada projeto de vida individual; e 2ª)
através da proteção da autonomia individual na persecução desse projeto de
vida.” O autor cita ainda a afirmação de Luís Roberto Barroso: “O princípio da
dignidade da pessoa humana identifica um espaço de integridade moral a ser
assegurado a todas as pessoas por sua só existência no mundo. Relaciona-se
tanto com a liberdade e valores do espírito quanto com as condições materiaisde subsistência.”
“O va lo r socia l do t raba lho impõe a abstenção do Estado no que concerne à
concessão de privilégios econômicos a uma pessoa ou grupo. Cada indivíduo
deve poder compreender que, com seu trabalho, ele está contribuindo para o
progresso da sociedade, recebendo a justa remuneração e condições razoáveis
de trabalho.”
“A noção de l i v re i n i c ia t i va , por sua vez, está coligada à liberdade de
empresa e de contrato, como condição mestra do liberalismo econômico e do
capitalismo. (...) Todavia, o uso dessa liberdade não é absoluto”. Nas palavras
da Min. Ellen Gracie, “O princípio da livre iniciativa não pode ser invocado para
afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor.”
Quanto ao pluralismo político, considero mais objetiva a definição de
Inocêncio Mártires Coelho: “... falar em pluralismo político significa dizer que,
respeitadas as poucas restrições estabelecidas na própria Lei Fundamental
(...), o indivíduo é livre para se autodeterminar e levar a sua vida como bem
lhe aprouver, imune a intromissões de terceiros, sejam elas provenientes do
Estado, por tendencialmente invasor, ou mesmo de particulares.”
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O parágrafo único do artigo 2º, transcrito no quadro anterior, representa o
princípio constitucional da não-discriminação . É um dos objetivos
fundamentais da República: “promover o bem de todos, sem preconceitos de
origem, raça, sexo, cor, idade e qua isque r ou t ras fo rmas de
d i sc r im inação ”. A diferença é que a LODF detalha diversos tipos de
discriminação, enquanto a CF é mais genérica ao incluir “quaisquer outras
formas”.
Destaquei a parte final, onde afirma que deve ser observada a Constituição
Federal, pois é ela (e só ela) quem pode discriminar. Essas discriminações são
“positivas”, e, no mais das vezes, possuem o objetivo de corrigir algumadistorção social. Exemplo disso é a exigência, para aposentadoria, de 35 anos
de contribuição para homens e 30 para mulheres, ainda que vedada a
discriminação por sexo. Ou ainda a autorização constitucional para que lei
reserve percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de necessidades especiais.
30. (CESPE – CLDF 2006) A vedação de tratamento discriminatório emrazão de idade, etnia, cor, sexo, estado civil, religião, convicções políticas,
orientação sexual, deficiência física, entre outros, não está expressa da LODF
porque já se encontra explícita na Constituição Federal.
Como acabamos de estudar, apesar de ter tratamento na Constituição Federal,
a LODF também positivou o princípio da não-discriminação no parágrafo único
do art. 2º, inclusive detalhando diversas formas de discriminação vedadas.
Gabarito: ERRADO
31. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: Os
valores fundamentais que regem a organização do DF guardam paralelo com
os fundamentos do Estado Democrático de direito instituído pela Constituição
Federal brasileira.
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Exatamente como acabamos de estudar. Guardam paralelo tão marcante que
foi inclusive minha dica como forma de estudo, pois a única diferença fica por
um deter soberania e outro autonomia. A questão ainda preserva a
terminologia utilizada por cada normativo: “valores fundamentais” na LODFe “fundamentos” na CF/88.
Gabarito: CERTO
32. (FUNIVERSA – CAJE/ DF – 2008) A respeito do tema “fundamentos da
organização dos Poderes e do Distrito Federal”, assinale a alternativa
incorreta.
O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil
e tem como um de seus valores fundamentais:
(A) promover o bem de todos;
(B) o pluralismo político;
(C) a dignidade da pessoa humana;
(D) a plena cidadania;
(E) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.
O único dos itens que não consta como valor fundamental do Distrito Federal
é a letra “(A) promover o bem de todos;”. Trata-se na verdade de um dos
objetivos prioritários, que serão estudados na próxima aula. Nela, inclusive,
ficará claro como as bancas examinadoras gostam de misturar esses doisconceitos nas provas de LODF.
Gabarito: A
33. (FUNIVERSA – SEJUS/ GDF – 2010) O Distrito Federal integra a união
indissolúvel da República Federativa do Brasil e, assim como esta, possui
fundamentos. Os valores fundamentais do DF não incluem(A) a plena cidadania.
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(B) os valores sociais do trabalho.
(C) o pluralismo político.
(D) os valores sociais da livre iniciativa.
(E) a preservação de sua soberania como ente federativo.
Não se esqueçam do paralelo com os fundamentos da República
(SoCiDiVaPlu) com a autonomia no lugar da soberania. A letra “E” fala da
soberania, que é fundamento da República, enquanto o DF detém autonomia!
República Federativa do Brasil – Soberania
Distrito Federal – Autonomia
Gabarito: E
34. (FUNIVERSA – SES/DF – 2006) O Distrito Federal integra a união
indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores
fundamentais: a preservação de sua autonomia como unidade federativa; a
plena cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa; o pluralismo político. Ninguém será discriminado ou
prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, cor, sexo, estado civil,
trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação
sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido
pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição
Federal.
É a redação literal da LODF, Art. 2º, inclusive seu parágrafo único. Espero que
você já tenha os cinco valores fundamentais do DF bem consolidados na
cabeça, pois é um assunto que aparece bastante nos concursos.
Gabarito: CERTO
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Nossa aula demonstrativa fica por aqui. Seguindo o prometido, as próximas
páginas contêm o resumo esquematizado e a lista das questões comentadas
nessa aula. Espero que tenham gostado e sejam muito bem vindos ao nosso
curso de LODF!
Aguardo vocês na nossa próxima aula!
Abraço e bons estudos!
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RESUMO
LODFO Distrito Federal, rege-se por sua Lei Orgânica, promulgada em 8 de junho
de 1993.
• votada em dois turnos
• interstício mínimo de dez dias
• aprovada por dois terços da Câmara Legislativa
Poder Constituinte Derivado Decorrente
Critério O DF é dotado?
Formal Não
Material Sim
Para a prova de LODF o DF é dotado de Poder Constituinte, atenção
para o fato de que em provas de Direito Constitucional o entendimento
dependerá do critério adotado no comando da questão.
Distrito Federal VS Brasília
Distrito Federal não tem capital, e Brasília é:
• Capital Federal
• Sede do Governo do DF
• Sede da CLDF
• Sede do TCDF
• Sede da Região Administrativa I
Distrito Federal possui autonomia (auto-organização + autogoverno +
autoadministração) política, administrativa e f inanceira (PAF). Autonomia
parcialmente tutelada pela União.
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Organização do Distrito Federal
Possui os Poderes Legislativo (Câmara Legislativa do DF, auxiliada pelo
Tribunal de Contas do DF) e Executivo.
O Poder Judiciário é organizado e mantido pela União. Assim como o
Ministério Público e a Defensoria Pública. (Lembrando que a Defensoria
Pública do DF e Territórios nunca foi implementada e o que existe hoje é o
CEAJUR, mantido e organizado pelo GDF).
Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar são organizados e
mantidos pela União, mas subordinam-se ao Governador do DF. Sãocusteados por recursos transferidos por meio do Fundo Constitucional do DF.
Valores Fundamentais
Guardam forte correlação com os fundamentos da República Federativa do
Brasil, onde a diferença fica apenas na soberania VS autonomia.
• autonomia
• cidadania
• dignidade da pessoa humana
• valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
• pluralismo político
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Prerrogativa de foro
Governador
• crime comum: STJ• crime responsabilidade: CLDF (inconstitucional????)
Vice-Governador
• crime comum: TJDFT
• crime responsabilidade: TJDFT
Secretário de Estado
• crime comum: TJDFT
• crime responsabilidade: TJDFT (CLDF, caso conexo com Governador)
Deputados Distritais
• crime comum: TJDFT (desde a expedição do diploma)
• quebra de decoro parlamentar: CLDF (parlamentar não comete crime de
responsabilidade)
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
1. (CESPE – TRF 1.a Região 2009 - Ju iz Federal Substituto) Pelo critério
jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente
mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a elaboração de
suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios,
que se organizam mediante lei orgânica.
2. (CESPE – MPE-SE 2010 – Promotor de Justiça) É expressamente
previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF e dos
municípios devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante
manifestação do poder constituinte derivado decorrente.
3. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF
rege-se por Lei Orgânica aprovada pelo Congresso Nacional.
4. (ESAF – TRF 2006 – TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA - adaptada) A Lei
Orgânica do Distrito Federal, embora tenha, segundo a doutrina, status de
Constituição Estadual, disporá sobre competências legislativas reservadas
aos municípios.
5.
(CESPE – CEAJUR/ SGA 2006 – Procurador de Assistência Judiciária)O DF acumula competências legislativas atribuídas constitucionalmente aos
estados e municípios.
6. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O DF tem competências legislativas
reservadas
A) aos estados, somente.
B) aos municípios, somente.
C) à União.D) a Brasília.
E) aos estados e municípios.
7. (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) Ao Distrito Federal são atribuídas as
competências legislativas reservadas somente aos Estados, cabendo-lhe
exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam
vedadas pela Constituição Federal.
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8. (ESAF – PGDF 2007.2 – Procurador do Distrito Federal – adaptado)
O Distrito Federal acumula as competências dos estados-membros e dos
municípios. Por outro lado, a Constituição atribui competência aos
primeiros para organizar seu próprio Poder Judiciário, na ConstituiçãoEstadual. Esta, no caso do DF, corresponde à Lei Orgânica. Com base
nessas premissas, seria juridicamente válido que a LODF instituísse foro
por prerrogativa de função, no TJDFT, para os delegados de polícia civil.
9. (CESPE – DFTRANS/ DF – 2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça
processar e julgar o governador do DF nos crimes de responsabilidade.
10. (CESPE – SEDF – 2009) De acordo com a LODF, após a admissão da
acusação por dois terços da Câmara Legislativa, o governador do DF será
submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), nas
infrações penais comuns, ou perante a própria Câmara Legislativa, nos
crimes de responsabilidade.
11. (CESPE – TJDFT - 2008) Juliano, nomeado para o cargo de secretário do
governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte
ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é
do Conselho Especial do TJDFT.
12. (CESPE – PMDF – 2007) Marcos, deputado distrital, foi acusado da
prática de crime de sonegação fiscal pelo Ministério Público perante o
Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa situação, é correto afirmar que
Marcos tem foro privilegiado e será submetido a julgamento perante o STF.
13. (CESPE – AGU 2006 – Advogado da União) O poder constituinte
derivado decorrente abrange os estados, para elaborarem suasconstituições, e os municípios, para elaborarem suas leis orgânicas.
14. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) Segundo a LODF, o Distrito Federal
tem autonomia
A) política, financeira e administrativa.
B) administrativa, somente.
C) Política e financeira.
D) Financeira, somente.E) política, somente.
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15. (CESPE – PGR/DF – 2004) Um dos órgãos da PRG-DF é a Defensoria
Pública do DF cuja competência é oferecer serviços de advocacia aos
necessitados.
16. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes:1. O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF são organizados e
mantidos pelo GDF.
2. O DF é uma unidade sem autonomia, pois não possui capacidade de
auto-organização, autogoverno e autoadministração.
17. (TJDFT 2008 – Juiz de Direito Substituto) Assinale a alternativa
incorreta: Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, são Poderes do
Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si:
(A) o Executivo e o Legislativo, sendo vedada a delegação de atribuições
entre os Poderes;
(B) o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, sendo vedada a delegação de
atribuições entre os Poderes;
(C) o cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer
a de outro, salvo as exceções previstas na Lei Orgânica;
(D) cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito Federal,
ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em seus
serviços e sob sua guarda.
18. (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) O art. 53 da Lei Orgânica do Distrito
Federal refere-se à harmonia entre os Poderes; sendo assim, é correto
afirmar que são Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos
entre si,
(A) o Executivo e o Judiciário
(B) o Legislativo e o Judiciário
(C) o Executivo e o Conselho Nacional de Justiça
(D) o Judiciário e a União
(E) o Executivo e o Legislativo
19. (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O Distrito Federal tem o(s) Poder(es)
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A) Executivo e Judiciário, somente.
B) Executivo e Legislativo, somente.
C) Executivo, Legislativo e Judiciário.
D) Executivo, somente.E) Legislativo, somente.
20. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF já
figurou como capital da União em constituições anteriores, porém, na
atualidade, a capital federal é Brasília.
21. (CESPE – IBRAM – 2009) Considerando o que dispõe a Lei Orgânica do
Distrito Federal (LODF), julgue os itens a seguir. A LODF prevêexpressamente que o Distrito Federal (DF) é a capital da República
Federativa do Brasil.
22. (CESPE – CMBDF – 2007) O DF, sede do governo federal, tem a
natureza de autarquia territorial devido a sua autonomia parcialmente
tutelada pela União, materializada, principalmente, na competência da
União de organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público e
Defensoria Pública.
23. (FUNIVERSA – SES/ DF – 2009) É sabido que a Câmara Legislativa tem
Sede em Brasília (DF), conforme prescrito no art. 55 da Lei Orgânica do
Distrito Federal; logo, é em Brasília que acontecem as deliberações.
Entretanto, em meados de 2007, a Câmara Legislativa reuniu-se fora de
sua sede. Por força da lei, é permitido que isso ocorra
(A) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da
maioria absoluta dos membros.
(B) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da
maioria simples dos membros.
(C) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria
absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de
conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite
seu funcionamento na sede.
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(D) temporariamente, em qualquer estado da Federação, por deliberação
da maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo
relevante e de conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que
impossibilite seu funcionamento na sede.(E) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria
simples de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de
conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite
seu funcionamento na sede.
24. (CESPE – SE/ GDF – 2009) A remuneração de um administrador regional
do DF não pode ser igual à de um secretário de estado.25. (CETRO – DER/DF – 2009) Sobre a Organização Administrativa do
Distrito Federal, contida na Lei Orgânica Distrital, é incorreto afirma que
(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à
descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o
desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.
(B) As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do
Distrito Federal.
(C) A remuneração dos Administradores Regionais deverá superior à fixada
para os Secretários de Estado do Distrito Federal.
(D) Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de
Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na
forma da lei.
(E) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei
aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.
26. (CESPE – CLDF 2006 – Consultor Legislativo - adaptada) O DF pode
dividir-se em Municípios, do mesmo modo que acontece com os Estados e
Territórios.
27. (CESPE – PGR/ DF – 2004) Para que o Distrito Federal seja dividido em
municípios, é preciso uma lei complementar distrital que institua essa
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divisão e que seja aprovada, mediante referendo, pela maioria da
população do DF.
28. (CESPE – SGA/ DF – 2005) A limitação geográfica do Distrito Federal
identifica suas regiões administrativas. As RA’s podem ser criadas por lei.No início da construção da Capital, a cidade incorporou Brazlândia e
Planaltina, então municípios goianos. Em 1964 existiam apenas oito regiões
administrativas. Até 1969 o DF era administrado por uma prefeitura e
somente em 1990 ocorreu a primeira eleição para governador. Hoje já
existem 29 cidades.
Sobre a situação apresentada e a Lei Orgânica do Distrito Federal julgue os
itens a seguir:
1. A Constituição Federal e a Lei Orgânica do DF mostram que existe
diferença entre o Distrito Federal e Brasília.
2. Para compor as regiões administrativas de pessoal, a norma
aplicada ao Distrito Federal dispõe que os cargos comissionados de
Administrador Regional e os demais cargos de cada regional devem
ser preenchidos de acordo com a conveniência política.
3. A investidura em cargo público nas administrações regionais
depende de prévia aprovação em concurso público, no entanto,
excepcionadas as nomeações para os cargos em comissão,
considerados de livre nomeação e exoneração pela autoridade
pública, estabelecendo-se que pelo menos 50% destes deverão ser
exercidos por servidores de carreira.
4. Poderá o governador do Distrito Federal avaliar a conveniência e a
oportunidade nas designações para os cargos de administrador
regional, critérios que não se submetem ao controle do Judiciário
em nenhuma hipótese.
29. (ESAF – CGU 2008 – Analista de Fiscalização e Controle – adaptada)
Relativo à organização político-administrativa da República Federativa do
Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, o Distrito Federal échamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.
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30. (CESPE – CLDF 2006) A vedação de tratamento discriminatório em razão
de idade, etnia, cor, sexo, estado civil, religião, convicções políticas,
orientação sexual, deficiência física, entre outros, não está expressa da
LODF porque já se encontra explícita na Constituição Federal.31. (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: Os
valores fundamentais que regem a organização do DF guardam paralelo
com os fundamentos do Estado Democrático de direito instituído pela
Constituição Federal brasileira.
32. (FUNIVERSA – CAJE/ DF – 2008) A respeito do tema “fundamentos da
organização dos Poderes e do Distrito Federal”, assinale a alternativa
incorreta.
O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do
Brasil e tem como um de seus valores fundamentais:
(A) promover o bem de todos;
(B) o pluralismo político;
(C) a dignidade da pessoa humana;
(D) a plena cidadania;(E) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.
33. (FUNIVERSA – SEJUS/ GDF – 2010) O Distrito Federal integra a união
indissolúvel da República Federativa do Brasil e, assim como esta, possui
fundamentos. Os valores fundamentais do DF não incluem
(A) a plena cidadania.
(B) os valores sociais do trabalho.
(C) o pluralismo político.
(D) os valores sociais da livre iniciativa.
(E) a preservação de sua soberania como ente federativo.
34. (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) O Distrito Federal integra a união
indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores
fundamentais: a preservação de sua autonomia como unidade federativa; a
plena cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do
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trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. Ninguém será
discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, cor,
sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou
filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial oumental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou
condição, observada a Constituição Federal.
GABARITO
1. CERTO2. ERRADO3. ERRADO4. CERTO5. CERTO6. E7. ERRADO8. ERRADO9. ERRADO
10. CERTO11. CERTO12. ERRADO13. ERRADO14. A15. ERRADO16. (CESPE – CLDF 2006)
1. ERRADO2. ERRADO
17. B 18. E 19. B20. CERTO 21. ERRADO22. ERRADO 23. C 24. ERRADO25. C26. ERRADO 27. ERRADO
28. (CESPE – SGA/ DF – 2005)1. CERTO 2. ERRADO 3. CERTO 4. CERTO
29. CERTO 30. ERRADO 31. CERTO 32. A
33. E 34. CERTO