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 LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL – TEORIA E EXERCÍCIOS PARA ICMS/DF PROFESSOR: ROGÉRIO RIBEIRO Prof. Rogério Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br   1 AULA DEMONSTRATIVA HISTÓRIA E ORIGEM DA LODF, ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DF E VALORES FUNDAMENTAIS. Olá amigos! É com grande entusiasmo que os convido a participar desse curso de Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF, voltado para o concurso de Auditor Tributário da SEF/GDF. Com o nosso edital na praça, estamos lançando o curso novamente. Quanto à metodologia do nosso curso, a elaboração das aulas, bem como a utilização do fórum, buscam sempre a aproximação com o aluno, para que você se sinta a vontade, confortável, para tirar suas dúvidas e me tenha como orientador, ao seu lado. Sei que o seu maior problema é tempo, e por isso as aulas serão compostas pela teoria, apresentando o conteúdo, por exercícios (sempre comentados), para treinamento e consolidação, e ainda por um resumo ao final, permitindo uma rápida revisão do assunto. Como as bancas examinadoras gostam de cobrar a literalidade da LODF, a didática fica um pouco prejudicada, pois não posso deixar de transcrever o texto original. Ainda assim, a aula não seguirá a seqüência redacional da lei, mas sim uma seqüência lógica, mais adequada para fins didáticos e de leitura mais agradável. Busco, dessa forma, facilitar sua compreensão e fixação da matéria. O estudo da Lei Orgânica do Distrito Federal tem grande correlação com diversos tópicos do Direito Constitucional. Assim, sempre que oportuno, relembrarei os pontos e teorias dessa e de outras disciplinas, de forma que você se mantenha confortável no estudo das nossas aulas e não precise de materiais de apoio.

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LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL – TEORIA E EXERCÍCIOS PARA ICMS/DFPROFESSOR: ROGÉRIO RIBEIRO 

Prof. Rogério Ribeiro  www.pontodosconcursos.com.br  1

AULA DEMONSTRATIVA

HISTÓRIA E ORIGEM DA LODF, ORGANIZAÇÃO DOS PODERES E DO DF E

VALORES FUNDAMENTAIS.

Olá amigos!

É com grande entusiasmo que os convido a participar desse curso de Lei

Orgânica do Distrito Federal – LODF, voltado para o concurso de Auditor

Tributário da SEF/GDF. Com o nosso edital na praça, estamos lançando o cursonovamente.

Quanto à metodologia do nosso curso, a elaboração das aulas, bem como a

utilização do fórum, buscam sempre a aproximação com o aluno, para que

você se sinta a vontade, confortável, para tirar suas dúvidas e me tenha como

orientador, ao seu lado.

Sei que o seu maior problema é tempo, e por isso as aulas serão compostas

pela teoria, apresentando o conteúdo, por exercícios (sempre comentados),

para treinamento e consolidação, e ainda por um resumo ao final, permitindo

uma rápida revisão do assunto. Como as bancas examinadoras gostam de

cobrar a literalidade da LODF, a didática fica um pouco prejudicada, pois não

posso deixar de transcrever o texto original. Ainda assim, a aula não seguirá a

seqüência redacional da lei, mas sim uma seqüência lógica, mais adequadapara fins didáticos e de leitura mais agradável. Busco, dessa forma, facilitar

sua compreensão e fixação da matéria.

O estudo da Lei Orgânica do Distrito Federal tem grande correlação com

diversos tópicos do Direito Constitucional. Assim, sempre que oportuno,

relembrarei os pontos e teorias dessa e de outras disciplinas, de forma que

você se mantenha confortável no estudo das nossas aulas e não precise demateriais de apoio.

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O Fórum de dúvidas é uma ferramenta extremamente útil e importante, pois

permite o compartilhamento de informações, propiciando estreito contato entre

nós, e o conhecimento das dúvidas de todos os colegas.

O uso dos exercícios comentados é importante, pois a melhor forma de

aprender a fazer prova e perceber os pontos que os examinadores gostam de

cobrar é com questões de concursos.

Como a LODF não é um assunto facilmente esgotável com questões, já que é

cobrada apenas nos concursos do Distrito Federal, os exercícios apresentados

não serão exclusivamente do CESPE.

Os resumos ao final das aulas são importantes por permitirem uma rápida

leitura nos dias anteriores às provas, tornando a matéria fresca na memória e

permitindo um melhor resultado.

E para me apresentar, me chamo Rogério Ribeiro e sou engenheiro. Hoje

ocupo o cargo de Analista de Planejamento e Orçamento na SOF/MP, tendosido Auditor de Controle Interno do GDF, na especialidade Planejamento e

Orçamento. Além destes cargos também fui aprovado para Auditor no GDF na

especialidade Administração Financeira e Contábil, para Analista Administrativo

da ANAC, Analista de Controle Interno no TJDFT, Analista de Orçamento do

MPU, Analista do Banco Central e outros.

Atuei na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento, e convivendodiariamente com a elaboração dos projetos de LOA/LDO/PPA e créditos

adicionais do GDF, aproveito minha experiência para lecionar sobre a nossa Lei

Orgânica, pela lida direta com a Organização e Estrutura, Processo Legislativo

e Planejamento do DF.

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•  Aula Demonstrativa – HISTÓRIA E ORIGEM DA LODF, ORGANIZAÇÃO

DOS PODERES E DO DF E VALORES FUNDAMENTAIS.

•  Aula 1 – OBJETIVOS PRIORITÁRIOS E DISPOSIÇÕES GERAIS DA

ORGANIZAÇÃO DO DF.

•  Aula 2 – PRINCÍPIOS E OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO

DISTRITO FEDERAL, SERVIÇOS PÚBLICOS E SERVIDORES PÚBLICOS.

•  Aula 3 – PODER EXECUTIVO: GOVERNADOR, VICE-GOVERNADOR,

SECRETÁRIOS DE ESTADO E CONSELHO DE GOVERNO E ELEIÇÕES.

FINANÇAS PÚBLICAS, PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DO DISTRITO

FEDERAL.

•  Aula 4 – PODER LEGISLATIVO: CÂMARA LEGISLATIVA, DEPUTADOS

DISTRITAIS E PROCESSO LEGISLATIVO NO DISTRITO FEDERAL E

FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL E FINANCEIRA: TRIBUNAL DE CONTAS DO DF.

•  Aula 5 – ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA E SISTEMA TRIBUTÁRIO DO

DISTRITO FEDERAL.

Portanto, nesta aula estudaremos um pouco da origem da Lei Orgânica do

Distrito Federal e introduziremos o assunto com a organização do Distrito

Federal e seus valores fundamentais.

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NASCE UMA CIDADE

 “Deste planalto central, desta solidão que em breve se

transformará em cérebro das altas decisões nacionais,

lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu paíse antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma

confiança sem limites no seu grande destino.” Juscelino

Kubitschek, Brasília, 2 de outubro de 1956.

Histórico e Origem da Lei Orgânica do Distrito Federal

Mãos a obra pessoal! De início, vamos compreender a origem desta Lei

Orgânica que estudaremos. Vira e mexe as bancas colocam algumas questões

cobrando esse tipo de detalhe. Apesar da inauguração de Brasília em 21 de

abril de 1960, durante 26 anos os habitantes do DF não puderam eleger seus

representantes locais. Os primeiros deputados federais e senadores

representantes do Distrito Federal foram eleitos em 1986 para, assim,

participar da formação da vontade legislativa da União. Em 1990 o primeirogovernador e os primeiros deputados distritais foram eleitos, e a autonomia

política tornou-se realidade em 1991, com a instalação da Câmara Legislativa.

Dessa primeira legislatura nasce nosso objeto de estudo. Em 8 de junho de

1993 é promulgada a Lei Orgânica do Distrito Federal,  “v o ta d a e m d o i s  

tu rnos com in te r s t íc io mín im o de dez d ias, e ap rovada po r do is te rços  

da Câm ara Leg is lat iva  ”, como requer a CF/88 em seu art. 32.

Ocorre que o Distrito Federal tem natureza híbrida. O DF não se confunde 

quer com um Estado-membro , quer com um Município, acolhendo

características de cada qual. Rege-se por uma lei orgânica, mas é colocado

ao lado dos Estados-membros quanto a várias competências tipicamente

estaduais.

E aqui já nasce a primeira controvérsia!

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O DF é dotado de poder constituinte derivado decorrente?

Este é o poder conferido pela Constituição Federal (e daí seu nome, pois deriva do Constituinte Originário, aquele que elaborou nossa CF) aos Estados-

membros para que estes se auto-organizem por meio de suas respectivas

Constituições estaduais. Tal regra decorre do disposto na CF, art. 11 do ADCT:

 “Cada Assembléia Legislativa, com pode res cons t i tu in tes  , elaborará a

Const i tu ição do Es tado  , no prazo de um ano, contado da promulgação da

Constituição Federal, obedecidos os princípios desta”.

Resumindo: O poder constituinte derivado decorrente é conferido aos Estados,

e não aos Municípios. E como fica o DF, que não é nem um nem outro?

Para responder a nossa pergunta, a doutrina se divide em dois critérios

adotados: formal e material.

Formalmente, a CF diz que o DF é regido por uma Lei Orgânica, não umaConstituição Estadual. E há uma regra “clássica” no Direito que diz que: se tem

nomes diferentes, são coisas diferentes!! Lembram quando eu disse que o

poder constituinte derivado decorrente vinha do que está no art. 11/ADCT da

CF? Lá fala em Constituição do Estado. Então, do ponto de vista formal, só

exerce o poder constituinte derivado decorrente quem elabora Constituição

Estadual, e não é o caso do DF.

Materialmente (ou funcionalmente), tanto a doutrina quanto o STF já

disseram que a LODF tem natureza de verdadeira Constituição local. Isso

porque a CF confere ao DF autonomia política, administrativa e financeira típica

dos Estados-membros (cumulativamente às dos municípios). Em outras

palavras, a LODF trata da mesma matéria que uma Constituição Estadual, e

por isso se equivalem. A Lei Orgânica tem a mesma função de uma

Constituição. Além de tratar das competências típicas estaduais, a LODF se

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diferencia das demais leis orgânicas (municipais) por sua derivação direta 

em relação à Constituição Federal. Já as municipais possuem duplo grau de

derivação (Constituição Federal e Estadual). Por isso, autores como Pedro

Lenza, Bernardo Gonçalves Fernandes e Dirley da Cunha Júnior afirmamcategoricamente que existe no Distrito Federal um poder constituinte

derivado decorrente, sendo a LODF uma verdadeira Constituição no

âmbito do DF.

Há inclusive um voto interessante do Ministro Ayres Britto na ADI 3.756, onde

afirma que o Distrito Federal está bem mais próximo da estruturação dos

Estados-membros que dos Municípios.

CritérioO DF é dotado de poder constituinte derivado

decorrente? 

Formal Não

Material Sim

Adentrando um pouco mais no âmbito da Lei Orgânica do Distrito Federal

propriamente dita, atente ao que diz o preâmbulo:

 “Sob a proteção de Deus, nós, Deputados Distritais, legítimos representantes

do povo do Distrito Federal, i nves t idos de Poder Cons t i tu in te  , respeitando

os preceitos da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgamos a

presente Lei Orgânica, que constitui a Lei Fundamental do Distrito Federal,com o objetivo de organizar o exercício do poder, fortalecer as instituições

democráticas e os direitos da pessoa humana.”  

Ainda, apesar de um texto sem valor normativo, o sitio eletrônico da Câmara

Legislativa do Distrito Federal informa que “O Distrito Federal ganhou sua

primeira cons t i tu i ção   em 8 de junho de 1993. É a Lei Orgânica do Distrito

Federal, elaborada pelos 24 deputados distritais eleitos na primeiralegislatura.” 

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Pessoal, parece complicado, mas não é! A questão da prova vai te dar uma

dica de qual critério a banca adota. Elas vão começar com textos do tipo “Do

ponto de vista material”, “Segundo a LODF”, “Está expresso na CF”, etc.

E se a questão não falar nada? Se não falar, como nossa matéria é LODF,

vá pelo que está no texto dela, no preâmbulo.

Atenção! Conforme o preâmbulo da LODF, o DF é dotado de

poder constituinte derivado decorrente!

Dito isso, vamos ao que mais nos interessa, que é como as bancas

examinadoras cobram o assunto, portanto, vamos resolver algumas questões:

1.  (CESPE – TRF 1.a Região 2009 - Juiz Federal Substituto ) Pelo

critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado

decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a

elaboração de suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aosmunicípios, que se organizam mediante lei orgânica.

Percebeu a dica?? De cara a questão já fala qual critério utiliza. Pelo critério

 jurídico-formal, leva-se em conta o instrumento, a forma, e não seu conteúdo.

Pedro Lenza utilizava (não usa mais) esse critério em edições passadas de seu

livro, e tudo indica que foi de lá que saiu essa questão. Vejam o que ele

defendia: “Dis t r i to Federa l  e Municípios regem-se por lei orgânica, que nadatem de parecido (do ponto de vista f o r m a l  ) com a Constituição de um Estado

(...) como nos valemos do c r i t é r i o f o rm a l  , só podemos admitir que a

manifestação do poder constituinte derivado decorrente é para a elaboração

das Constituições dos Estados-membro” .

Gabarito: CERTO 

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2.  (CESPE – MPE-SE 2010 – Promotor de Justiça) É expressamente

previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF e dos municípios

devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante manifestação do

poder constituinte derivado decorrente.

Outra vez! A dica da resposta está na própria questão! Antes de qualquer

coisa, a questão já estaria errada porque não podemos dizer que os municípios

são dotados de poder constituinte derivado decorrente. Mas pensando no DF,

que é o que nos interessa aqui, expressamente, a CF coloca para o DF uma Lei

Orgânica, de forma semelhante aos Municípios. Compare os artigos a seguir:

 “Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Const i tu ições  e leis que

adotarem, observados os princípios desta Constituição.

Art. 29. O Munic íp io   reger-se-á por l e i o rgân ica  , votada em d o i s t u rn o s  ,

com o interstício mín imo de dez d ias  , e aprovada por do is te rços   dos

membros da Câmara Municipal...

Art. 32. O Dis t r i to Federa l  , vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por

l e i o rgân ica  , votada em d o i s t u r n o s  com interstício m ín im o de dez d ias  , e

aprovada por do is te rços  da Câmara Legislativa...” 

Veja como o texto da CF, nesse aspecto, aproxima o DF dos Municípios. Traz

o critério formal, enquanto é a doutrina e o STF que definem a equivalência

material da LODF com uma Constituição Estadual.

Gabarito: ERRADO 

3.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF

rege-se por Lei Orgânica aprovada pelo Congresso Nacional.

Essa é bem tranqüila. Conforme vimos acima, a Lei Orgânica do Distrito

Federal foi promulgada no dia 8 de junho de 1993,   “votada em dois turnos

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com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara  

Leg is la t iva  ” .

Gabarito: ERRADO

4.  (ESAF – TRF 2006 – TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA - adaptada) A Lei

Orgânica do Distrito Federal, embora tenha, segundo a doutrina, status de

Constituição Estadual, disporá sobre competências legislativas reservadas aos

municípios.

Pessoal, vejam como agora a banca utilizou o critério material, que, embora oDF tenha uma Lei Orgânica, ela tem status de Constituição Estadual, pois

materialmente se equivalem. Só não podemos nos esquecer da natureza

híbrida do DF.

Na ADI 3.756, o Ministro Ayres Britto explica que o  Distrito Federal é uma

unidade federativa de compostura singular, dado que desfruta de

competências que são próprias dos Estados e dos Municípios,cumulativamente. Portanto, a LODF disporá sobre as competências

legislativas reservadas aos Estados e também aos Municípios. A questão fala

das competências reservadas aos Municípios, e em momento algum nega a

existência das reservadas aos Estados. Cuidado com esse tipo de questão

para não fazer uma leitura muito rápida. É comum responderem o item

pensando que ela afirma que a LODF disporá apenas sobre as competências

reservadas aos municípios, mas não é isso que a questão diz.

Na verdade, o examinador cobrou “parte” do que consta na LODF: “Art. 14. Ao

Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos

Estados  e Munic íp ios  , cabendo-lhe exercer, em seu território, todas as  

com pet ênc ias que não lh e se jam vedadas pe la Cons t i tu ição Federa l  .” 

Gabarito: CERTO

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5.  (CESPE – CEAJUR/ SGA 2006 – P rocurador de Assistência

Judiciária) O DF acumula competências legislativas atribuídas

constitucionalmente aos estados e municípios.

Exatamente o que acabamos de esclarecer. A questão cobra o art. 14 da LODF

que estudamos na resolução da questão anterior.

Gabarito: CERTO

6.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O DF tem competências

legislativas reservadasA) aos estados, somente.

B) aos municípios, somente.

C) à União.

D) a Brasília.

E) aos estados e municípios.

Questão semelhante à anterior, e já esclarecemos que o DF acumula ascompetências estaduais e municipais.

Gabarito: E 

7.  (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) Ao Distrito Federal são atribuídas as

competências legislativas reservadas somente aos Estados, cabendo-lhe

exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam vedadaspela Constituição Federal.

Novamente o mesmo tipo de cobrança. Ao DF são atribuídas as competências

legislativas reservadas aos Estados e Municípios.

Gabarito: ERRADO 

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8.  (ESAF – PGDF 2007.2 – Procurador do Distrito Federal –

adaptado) O Distrito Federal acumula as competências dos estados-membros

e dos municípios. Por outro lado, a Constituição atribui competência aos

primeiros para organizar seu próprio Poder Judiciário, na Constituição Estadual.Esta, no caso do DF, corresponde à Lei Orgânica. Com base nessas premissas,

seria juridicamente válido que a LODF instituísse foro por prerrogativa de

função, no TJDFT, para os delegados de polícia civil.

Vamos aproveitar pra aprender!! Uma técnica importante para resolução de

questões em concursos públicos é entender aquilo que a banca examinadora te

ensina e aquilo que ela te pergunta. Repare que nos três primeiros períodos docomando da questão o examinador não está questionando nada, e sim

afirmando sua posição. Tanto é que, ao finalmente chegar à pergunta, ele

confirma: “Com base nessas premissas ...” Assim, o que fica claro é que o

examinador considera a Lei Orgânica do DF como uma Constituição Estadual.

E para aproveitar a questão, vamos adiantar um pouco o assunto, e o que a

questão quer saber é se pode a LODF instituir foro por prerrogativa de funçãopara os delegados da polícia civil. Ainda que o cargo de delegado da polícia

civil do Distrito Federal fosse de sua competência, e não é (não se preocupe

que daqui a pouco detalharemos esse assunto), o Supremo Tribunal Federal já

decidiu a respeito.

A resposta é encontrada no julgamento da ADI 2587/GO, onde o Ministro

Carlos Britto explicou que a CF confere prerrogativa de foro especial às

carreiras equiparadas à judicatura: Ministério Público, Advocacia Pública e

Defensoria Pública, excluindo as demais. Mais ainda, Policia civil, Corpo de

Bombeiro e Policia Militar são instituições subordinadas hierarquicamente

por definição na própria CF. Então pessoal, conforme esse entendimento do

STF, nenhuma Constituição estadual (inclusive a LODF) pode instituir foro

privilegiado para quem ocupe o cargo de delegado da polícia civil.

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Gabarito: ERRADO 

Ainda aproveitando o gancho da questão, vamos fechar o assunto! Não há

novidades na LODF quanto aos foros por prerrogativa de função. Os casosprevistos são apenas uma confirmação do que já era previsto na Constituição

Federal ou na Lei de Organização Judiciária do DF – Lei 11.697/2008, como

esquematizado no quadro comparativo abaixo. Atenção aos pontos

polêmicos!!

CF/88:

Art. 105. Compete ao SuperiorTribunal de Justiça:I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes comuns, osGovernadores dos Estados e doDistrito Federal.

LODF:

Art. 103. Admitida acusação contra oGovernador, por dois terços daCâmara Legislativa, será elesubmetido a julgamento perante oSuperior Tribunal de Justiça, nasinfrações penais comuns, ouperante a própria CâmaraLegislativa(*), nos crimes deresponsabilidade. 

Lei 11.697/2008:

Art. 8º. Compete ao Tribunal deJustiça:I – processar e julgar originariamente:

a) nos crimes comuns e deresponsabilidade, os Governadoresdos Territórios, o Vice-Governadordo Distrito Federal e os Secretáriosdos Governos do Distrito Federa l edos Territórios, ressalvada a

competência da Justiça Eleitoral;

b) nos crimes comuns, osDeputados Distritais, e nestes e nosde responsabilidade, os Juízes deDireito do Distrito Federal e dosTerritórios, os Juízes de DireitoSubstitutos do Distrito Federal e dosTerritórios, ressalvada a competênciada Justiça Eleitoral;

LODF:

Art. 107. Os Secretários deEstado(**) serão, nos crimescomuns e nos deresponsabilidade, processados e

  julgados pelo Tribunal de Justiçado Distrito Federal e Territórios,

ressalvada a competência dosórgãos judiciários federais.

Art. 61. Os Deputados Distritais são invioláveis, civil e penalmente,por quaisquer de suas opiniões,palavras e votos.§ 1º Os Deputados Distritais,desde a expedição do diploma, serãosubmetidos a julgamento perante o

Tribunal de Justiça  do DistritoFederal e Territórios.

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ATENÇÃO!

PONTOS POLÊMICOS

(*) Tramita no STF a ADI 3.466/DF, na qual se questiona a

constitucionalidade do julgamento do Governador pela CLDF nos crimes de

responsabilidade. O argumento se baseia na ADI 1.628/SC, quando o

Supremo decidiu que “a definição de crimes de responsabilidade e a

regulamentação do processo e do julgamento são de compe tênc ia da  

Un ião  ”, e que a regra a ser obedecida é aquela contida na Lei 1079/50. Esta

determina que o Governador seja julgado por um “tribunal composto de

c inco membros do Leg is la t i vo   e de c inco desembargado res   sob apresidência do Presidente do Tribunal de Justiça local”. Esse tribunal é

conhecido como Tribunal Misto Especializado.

Até que o STF julgue a ação específica do DF, o dispositivo continua

valendo para a prova. Mas fique esperto porque a banca pode cobrar

conhecimento da questão, uma vez que há entendimento firmado na ADI

1.628/SC pela inconstitucionalidade.

(**) Os Secretários de Estado também foram citados no Art. 101-A da LODF,

e nesse caso o dispositivo afirma que o julgamento, no crime de

responsabilidade, se dará perante a própria Câmara Legislativa.

 “Art. 101-A. São cr imes de responsab i l idade  os atos dos Secre tá r io s de  

Estado , dos dirigentes e servidores da administração pública direta e

indireta, do Procurador-Geral, dos comandantes da Polícia Militar e do Corpo

de Bombeiros Militar e do Diretor-Geral da Polícia Civil que atentarem contra

a Constituição Federal, esta Lei Orgânica e, especialmente, contra:

I – a existência da União e do Distrito Federal;

II – o livre exercício dos Poderes Executivo e Legislativo e das outras

autoridades constituídas;

III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV – a segurança interna do País e do Distrito Federal;V – a probidade na administração;

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VI – a lei orçamentária;

VII – o cumprimento das leis e decisões judiciais.

§ 1º A recusa em atender a convocação da Câmara Legislativa ou de

qualquer das suas Comissões constitui igualmente crime de responsabilidade.§ 2º A Mesa Diretora, as Comissões Permanentes e os Deputados Distritais

poderão apresentar ao plenário denúncia solicitando a instauração de

processo por crime de responsabilidade contra qualquer das autoridades

elencadas no caput.

§ 3º Admitida a acusação constante da denúncia, por maioria absoluta dos

deputados distritais, será a autoridade  j u lgada pe ran te a p róp r ia Câm ara  

Leg is la t iva  .

§ 4º Após admitida a denúncia pela Câmara Legislativa a autoridade será

afastada imediatamente de seu cargo.

§ 5º Aos ex-governadores e aos ex-ocupantes dos cargos referidos no caput,

aplica-se o disposto no § 1º quando a convocação referir-se a atos praticados

no período de mandato ou gestão dos respectivos cargos.” 

A compatibilização dos dispositivos pode ser feita com a simetria do art. 52,

I, CF/88. Ali, o Senado Federal julga os Ministros de Estado apenas nos

crimes de responsabilidade conexos com o do Presidente ou Vice.

Portanto, nos crimes de responsabilidade, os Secretários de Estado serão

 julgados, em regra, pelo TJDFT. E nos casos conexos com o Governador,pela CLDF, sem esquecer a questionável constitucionalidade que acabamos

de estudar.

9.  (CESPE – DFTRANS/ DF – 2008) Compete ao Superior Tribunal de

Justiça processar e julgar o governador do DF nos crimes de responsabilidade.

Nos crimes de responsabilidade,

Secretário de Estado é julgado no TJDFT ou na CLDF??? 

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Conforme a redação do Art. 103 da LODF, no caso de crime de

responsabilidade do Governador do DF, admitida a acusação por dois

terços da CLDF, será ele julgado perante a própria Câmara. Segundo o STF

seria o Tribunal Misto Especializado. Em todo caso, STJ só nos crimescomuns!!

Gabarito: ERRADO

10.  (CESPE – SEDF – 2009) De acordo com a LODF, após a admissão da

acusação por dois terços da Câmara Legislativa, o governador do DF será

submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), nasinfrações penais comuns, ou perante a própria Câmara Legislativa, nos crimes

de responsabilidade.

Vimos que, embora a constitucionalidade do dispositivo quanto aos crimes de

responsabilidade seja questionável, a questão pede o que está de acordo com

a LODF. E segundo a Lei Orgânica, a regra é STJ para crimes comuns do

Governador e CLDF para os de responsabilidade.

Gabarito: CERTO

11.  (CESPE – TJDFT - 2008) Juliano, nomeado para o cargo de secretário

do governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte

ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é do

Conselho Especial do TJDFT.

De acordo com a redação do Art. 107 da LODF, os Secretários de Estado serão

 julgados pelo TJDFT. Quanto à competência específica do Conselho Especial, é

matéria constante do Regimento Interno do TJDFT e não é nosso objeto de

estudo, mas está correto.

Gabarito: CERTO

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12.  (CESPE – PMDF – 2007) Marcos, deputado distrital, foi acusado da

prática de crime de sonegação fiscal pelo Ministério Público perante o Supremo

Tribunal Federal (STF). Nessa situação, é correto afirmar que Marcos tem foro

privilegiado e será submetido a julgamento perante o STF.

Conforme o Art. 61 da LODF, colocado no quadro esquemático, os Deputados

Distritais, desde a expedição do diploma, serão julgados pelo TJDFT.

Gabarito: ERRADO 

13.  (CESPE – AGU 2006 – Advogado da União) O poder constituinte

derivado decorrente abrange os estados, para elaborarem suas constituições, e

os municípios, para elaborarem suas leis orgânicas.

Apenas para consolidar, a questão deixou o Distrito Federal de lado, e assim

evita controvérsias. Nunca é demais lembrar que os municípios não são

dotados de poder constituinte derivado decorrente.

Gabarito: ERRADO 

Organização do Distrito Federal

Estudar LODF não é muito diferente de estudar nossa Constituição Federal.

Muitos artigos são “importados” do texto constitucional, apenas adaptados à

realidade local. Portanto uma boa técnica para um estudo mais esquematizado

da Lei Orgânica é sua comparação com a CF. Já que Direito Constitucional

estará presente, e com peso grande, nos concursos visados, se aprendermos o

que há de diferente na LODF, estaremos aptos a realizar uma boa prova.

Atenção! O momento é a diplomação perante a

 justiça eleitoral, o que ocorre antes da posse!

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Enquanto a soberania é uma característica da República Federativa do

Brasil, o Distrito Federal, enquanto parte da federação, é autônomo 

(autonomia PAF – Política, Administrativa e Financeira). Isso significa uma

tríplice capacidade:

Auto-organização – É representada pela capacidade de reger-se por

meio de lei orgânica própria, votada em dois turnos com interstício

mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara

Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na

CF.

Autogoverno – Atenção! Nesse ponto existem vários detalhes que

diferenciam o DF dos outros entes!! Capacidade de autogoverno

pressupõe o exercício de todas as funções, necessárias ao exercício de

seu poder, sem interferência externa. E aqui a autonomia é limitada. O

Distrito Federal possui Poder Executivo (elege Governador e Vice-

Governador), e Poder Legislativo, representado por sua Câmara

Legislativa (elege seus Deputados Distritais). Mas, embora seu PoderJudiciário exista, o Distrito Federal não dispõe de “governo” sobre ele,

pois é organizado e mantido pela União, assim como o Ministério

Público e a Defensoria Pública. Também no âmbito do Poder

Executivo, a segurança pública (polícia civil, militar e corpo de

bombeiros), embora esteja subordinada ao Governador do DF, é

organizada e mantida pela União, que prestará assistência financeira

por meio de fundo próprio. Fundo este instituído pela Lei nº

10.633/2002, denominado Fundo Constitucional do Distrito Federal

– FCDF, de natureza contábil, com a finalidade de prover os recursos

necessários à organização e manutenção da polícia civil, da polícia

militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como

assistência financeira para execução de serviços públicos de saúde e

educação.

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Dessa forma, servidores do TJDFT, MPDFT são servidores federais, e

da Polícia Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal são

servidores distritais, mantidos pela União. Observe que não incluí aqui

os Defensores Públicos junto aos servidores do TJDFT e MPDFT por umarazão bem peculiar. Apesar da existência da Lei Complementar nº

80/2004, que organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito

Federal e dos Territórios, nunca foi implementada (não saiu do papel) a

Defensoria Pública do DF, apenas a da União. Sua função é exercida

hoje pelo Centro de Assistência Judiciária do Distrito Federal –

CEAJUR/DF. Embora se denomine de Defensoria Pública

(http://www.defensoria.df.gov.br/), bem como denomine seus

servidores de Defensores Públicos, são servidores distritais, mantidos

pelo GDF. E essa Defensoria não é, técnica e formalmente, aquela

prevista na nossa Constituição Federal, que deve ser mantida e

organizada pela União.

CUIDADO! No caso da Defensoria Pública do DF,

a prática é diferente da teoria!

Vale para a prova: teoria! 

Aproveito para abrir um parêntese e falar um pouco mais sofre a

Defensoria Pública do DF. A louvável atitude do GDF cumpre um de

seus objetivos prioritários, que é “ga ran t i r   a prestação de

ass is tênc ia j u r íd i ca in teg ra l e g ra tu i ta   aos que comprovaremi nsu f i c iênc ia de recursos  ”.

Ainda, no ADCT da LODF, o art. 10 regulamenta a prestação de

assistência judiciária de forma temporária, enquanto a União não

implementar a Defensoria Pública do Distrito Federal e Territórios. Seus

parágrafos aproveitam para regulamentar, de forma breve, direitos,

deveres, garantias e vencimentos dos “Defensores Públicos” (emverdade o cargo é denominado de Procurador de Assistência

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Judiciária), que se equiparam aos dos Procuradores do Distrito

Federal.

Recentemente foi editada no DF a Lei Complementar nº 828, de 26 de  julho de 2010, que regula a prestação de assistência jurídica pelo

Distrito Federal e dispõe sobre a organização de seu Centro de

Assistência Judiciária – CEAJUR. Com essa lei a Defensoria Pública do

Distrito Federal recebeu autonomia funcional, administrativa e

orçamentária.

 “ADCT Art. 10. Compete ao Distrito Federal pres ta r ass is tênc ia  

 j ud ic iá r ia aos necess i tados  , por intermédio do Centro de Assistência

Judiciária, enquan to não ed i tada a le i comp lemen ta r fede ra l   que

disponha sobre a Defensor ia Púb l ica do D ist r i t o Federa l  ...”  

Repare que o texto do caput define a competência enquanto não fosse

editada a Lei Complementar Federal. Acontece que embora ela já tenha

sido editada (LC nº 80/2004), não saiu do papel no caso específico daDefensoria Pública do DF e dos Territórios.

Para resumir um pouco melhor o que acontece, tramita no Congresso

Nacional a PEC nº 07/2008, que busca transferir da União para o

Distrito Federal as atribuições de organizar e manter a Defensoria

Pública do Distrito Federal e em sua justificação descreve:

 “A Constituição da República de 1988 outorgou à União a competência

para organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal.

Contudo, materialmente, a União nunca exerceu essa competência.

Por outro lado, desde 1987 o Distrito Federal possui o Centro de

Assistência Judiciária – CEAJUR/DF, órgão distrital, que, desde então,

vem exercendo as funções da Defensoria Pública do Distrito Federal, e éassim conhecido pela sociedade.

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A presente proposta visa apenas adequar o Texto Constitucional à

realidade, transferindo da União para o Distrito Federal as atribuições

de organizar e manter a sua Defensoria Pública, à semelhança do que

ocorre em todos os Estados da Federação.” 

14.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) Segundo a LODF, o Distrito

Federal tem autonomia

A) política, financeira e administrativa.

B) administrativa, somente.

C) Política e financeira.

D) Financeira, somente.E) política, somente.

Pra ajudar a memorizar basta lembrar da sigla “PAF”: Política,

Administrativa e Financeira.

Gabarito: A 

15.  (CESPE – PGR/ DF – 2004) Um dos órgãos da PGR-DF é a

Defensoria Pública do DF cuja competência é oferecer serviços de

advocacia aos necessitados.

Além do fato de serem os princípios institucionais da Defensoria Pública

sua unidade, indivisibilidade e a independência funcional, a

Procuradoria Geral do DF é um órgão do GDF, enquanto a DefensoriaPública do DF é (ou, em tese, deveria ser) um órgão federal, mantido

e organizado pela União.

Gabarito: ERRADO 

Retomando, isso tudo não quer dizer que o Distrito Federal não tenha

autogoverno, ou mesmo autonomia. Apenas significa que ela não éplena, e sim limitada.

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A autonomia do DF é parcialmente tutelada pela União!

Autoadministração – Reproduz o exercício das competências do entefederado, sejam elas administrativas, legislativas ou tributárias. Nas

palavras de José Afonso da Silva, as competências são diversas

modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades

estatais para realizar suas funções.

16.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes:

1)  O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF são organizados e

mantidos pelo GDF.

Conforme acabamos de ver, é de competência da União organizar e

manter o Poder Judiciário e o Ministério Público do DF e Territórios (TJDFT

e MPDFT). Observe que a Lei Orgânica é silente quanto ao assunto, pois a

matéria é tratada na Constituição Federal, e mesmo assim a banca cobrouo entendimento “À luz da LODF”.

Gabarito: ERRADO 

2)  O DF é uma unidade sem autonomia, pois não possui capacidade de

auto-organização, autogoverno e autoadministração.

Acabamos de estudar e detalhar exatamente essas três capacidades, que

representam a autonomia do Distrito Federal. Lembrem-se: Podemos

afirmar que a autonomia do DF é limitada, ou parcialmente tutelada

pela União, mas jamais afirmar que não possui autonomia. Até porque

estaríamos contrariando o expresso na CF/88: “Art. 18. A organização

político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a

União, os Estados, o Dis t r i to Federa l  e os Municípios, t o d o s au tô n o m o s  ,

nos termos desta Constituição.” 

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Gabarito: ERRADO 

17.  (TJDFT 2008 – Juiz de Direito Substituto) Assinale a alternativa

incorreta:Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, são Poderes do Distrito Federal,

independentes e harmônicos entre si:

(A) o Executivo e o Legislativo, sendo vedada a delegação de atribuições entre

os Poderes;

(B) o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, sendo vedada a delegação de

atribuições entre os Poderes;

(C) o cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer ade outro, salvo as exceções previstas na Lei Orgânica;

(D) cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito Federal,

ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em seus

serviços e sob sua guarda.

Conforme estudamos acima, o Distrito Federal possui Poder Executivo e Poder

Legislativo. O Judiciário que atua no Distrito Federal é da União. Apenas comessa informação seria possível resolver a questão, já que ela pede a alternativa

incorreta, e a letra “(B)” afirmaria que o Judiciário é um Poder do Distrito

Federal.

Aqui é possível perceber o que comentei na introdução desta aula: Questões

que apenas copiam o texto de artigos da LODF. Esta questão é facilmente

resolvida com a leitura do artigo 53:

  “Art. 53. São Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre

si, o Execut ivo  e o Leg is la t ivo  .

§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os Poderes.

§ 2º O cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercera

de outro, salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica.” 

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Atenção! São Poderes do DF o Executivo e o Legislativo.

Poder Judiciário é da União.

A letra “(D)” é a literalidade do artigo 52, que entra no capítulo dos Bens do

Distrito Federal, que não é objeto do nosso edital, mas fica aqui transcrito para

conferência:

 “Art. 52. Cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito

Federal, ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em

seus serviços e sob sua guarda.” 

GABARITO: B

18.  (FUNIVERSA – SES/ DF – 2009) O art. 53 da Lei Orgânica do Distrito

Federal refere-se à harmonia entre os Poderes; sendo assim, é correto afirmar

que são Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si,

(A) o Executivo e o Judiciário(B) o Legislativo e o Judiciário

(C) o Executivo e o Conselho Nacional de Justiça

(D) o Judiciário e a União

(E) o Executivo e o Legislativo

Nenhuma novidade mais que o Distrito Federal possui poderes Executivo eLegislativo.

Gabarito: E

19.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O Distrito Federal tem o(s)

Poder(es)

A) Executivo e Judiciário, somente.B) Executivo e Legislativo, somente.

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C) Executivo, Legislativo e Judiciário.

D) Executivo, somente.

E) Legislativo, somente.

Mais uma vez, o DF tem autonomia parcialmente tutelada pela União, porque

esta organiza e mantém o Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria

Pública do DF e Territórios. Por isso, o DF possui apenas os poderes Executivo

e Legislativo (o Judiciário existe, mas é federal).

Gabarito: B 

20.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF já

figurou como capital da União em constituições anteriores, porém, na

atualidade, a capital federal é Brasília.

Essa questão cobra, na verdade, um pouco de história do Distrito Federal, e

não conteúdo da atual Lei Orgânica do DF. O Distrito Federal surge com a

Constituição de 1891, que trouxe em seu corpo o seguinte texto: “Art. 2º -Cada uma das antigas Províncias formará um Estado e o antigo Município

Neutro constituirá o Dis t r i to Federa l  , continuando a ser a Capi ta l da União ,

enquanto não se der execução ao disposto no artigo seguinte.” Assim se

manteve até a Constituição de 1967, que dispunha: “Art. 2º - Dis t r i t o  

Federa l  é a Capi t a l da União ”.

O artigo seguinte a que se refere o artigo 2º da Constituição de 1891 éexatamente a previsão da mudança da capital para o interior do país: “Art. 3º

- Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de

14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela

estabelecer-se a futura Capital federal.” 

Gabarito: CERTO

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Conforme a LODF, “Art. 6º - Brasí l ia  , Capital da República Federativa do

Brasil, é a sede do govern o do D is t r i t o Federa l  ”. Portanto, além de Capital

do país também é sede do GDF. Não só isso, Brasília é sede da Câmara

Legislativa do DF e do Tribunal de Contas do DF, conforme os artigos abaixo:

 “Art. 55. A Câm ara Leg isla t iv a do D is t r i to Federa l  tem sede em Bras íl ia  ,

Capital da República Federativa do Brasil.

Parágrafo único. Poderá a Câmara Legislativa reunir-se t e m p o r a r i a m e n t e  ,

em qua lquer loca l do D is t r i to Federa l  , por deliberação da maioria absoluta

de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de conveniênciapública ou em virtude de acontecimento que impossibilite seu funcionamento

na sede.

Art. 82. O Tr ibuna l de Contas do D is t r i to Federa l  , integrado por sete

Conselheiros, tem sede na c idade de Br asíl ia  ...”  

Amigos, vamos analisar um pouco esses artigos! O recém citado parágrafoúnico do art. 55 autoriza a CLDF a reunir-se, em caráter temporário, em

qualquer local do DF (e isso seria fora da sua sede, que é Brasília). Ora,

claramente a LODF distingue o Distrito Federal de Brasília. Enquanto o Distrito

Federal é bem definido e delimitado, há muitas dúvidas em relação ao que

seria exatamente Brasília. O que não resta dúvidas é que Brasília é “algo” 

menos abrangente que o Distrito Federal. Se fosse diferente esse artigo da

LODF não faria qualquer sentido.

Atenção! Não confunda Brasília com o Distrito Federal! 

Ainda a esse respeito, a LODF traz uma definição “genérica”, que não esclarece

muito a questão: “Art. 8º O território do Distrito Federal compreende o espaço

físico-geográfico que se encontra sob seu domínio e jurisdição.” 

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21.  (CESPE – IBRAM – 2009) Considerando o que dispõe a Lei Orgânica do

Distrito Federal (LODF), julgue os itens a seguir. A LODF prevê expressamente

que o Distrito Federal (DF) é a capital da República Federativa do Brasil.

Apesar de não ser a LODF quem define a capital do país, ela traz

expressamente em seu texto que Brasília, além de capital da República, é a

sede do GDF. Não é o DF!

Gabarito: ERRADO

22. 

(CESPE – CMBDF – 2007) O DF, sede do governo federal, tem anatureza de autarquia territorial devido a sua autonomia parcialmente tutelada

pela União, materializada, principalmente, na competência da União de

organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria

Pública.

O examinador buscou confundir a figura do Distrito Federal com a dos

Territórios, que possuem natureza autárquica. No mais, o DF tem sim suaautonomia parcialmente tutelada pela União, materializada, principalmente, na

competência da União de organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério

Público e Defensoria Pública.

Gabarito: ERRADO

23. 

(FUNIVERSA – SES/DF – 2009) É sabido que a Câmara Legislativatem Sede em Brasília (DF), conforme prescrito no art. 55 da Lei Orgânica do

Distrito Federal; logo, é em Brasília que acontecem as deliberações.

Entretanto, em meados de 2007, a Câmara Legislativa reuniu-se fora de sua

sede. Por força da lei, é permitido que isso ocorra

(A) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da

maioria absoluta dos membros.

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(B) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da

maioria simples dos membros.

(C) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria

absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de

conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu

funcionamento na sede.

(D) temporariamente, em qualquer estado da Federação, por deliberação da

maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de

conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu

funcionamento na sede.(E) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria

simples de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de

conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite seu

funcionamento na sede.

Como vimos, a resposta da questão se encontra no parágrafo único do próprio

Art. 55 que o enunciado da questão trata. A letra “C” traz a literalidade danorma: “Poderá a Câmara Legislativa reunir-se t e m p o r a r i a m e n t e  , em

qua lqu er loca l do D ist r i t o Federa l  , por deliberação da m aio r ia abso lu ta  de

seus membros, sempre que houver m o t i v o r e l e v a n te   e de conven iênc ia  

púb l ica   ou em virtude de acon tec imen to que imposs ib i l i t e seu  

func ionam en to na sede  .” 

Gabarito: C 

 “O Dis t r i t o Fede ra l não tem cap i ta l  , mas localiza-se em seu território a

c idade de Brasí l ia  , que é a Capital Federal da República Federativa do Brasil.

Brasília também é a sede do Governo do Distrito Federal e a sede da Região

Administrativa de Brasília - RA I.” 

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A descrição acima pode ser encontrada no sitio eletrônico da RA I, e se para

você ainda não faz muito sentido falar em Regiões Administrativas, fique

tranqüilo.

Como o território do Distrito Federal não pode ser dividido em entes

autônomos da Federação (municípios), é dividido em Regiões

Administrativas, que já foram denominadas “cidades satélites” (Lei nº

3.751/1960). Para cada Região Administrativa há uma Administração Regional

correspondente, que são órgãos administrativos, responsáveis pela execução

regionalizada das atividades da Administração Direta do GDF. A cidade de

Brasília não é um município, e sim uma Região Administrativa.

No Capítulo do Orçamento, que será tratado em maiores detalhes nas

próximas aulas, a LODF deixa ainda mais clara a individualização de cada

Administração Regional como órgão e como Unidade Orçamentária: “Art.

148. Na elaboração de seu o rç a m e n to  , o Distrito Federal destinará

anualmente às Admin is t rações Reg iona is   recursos orçamentários em nível

compatível, com critério a ser definido em lei, prioritariamente para o

atendimento de despesas de custeio e de investimento, indispensáveis a sua

gestão.

Parágrafo único. Para os fins preconizados no caput, as Regiões 

A d m in i s t r a t i v a s  constituem-se i n d i v i d u a lm e n te  em ó rgãos  .” 

Naturalmente, cada Administração Regional possui um Administrador, e a esserespeito: “Art. 10. (...) § 1º A l e i  disporá sobre a par t ic ipação popu la r   no

processo de escolha do Adm in is t rado r Reg iona l  . § 2º A remuneração  dos

Administradores Regionais não poderá ser super io r   à fixada para os

Secre tá r i os de Es tado do D is t r i t o Federa l  .”  

Em recente julgamento (ADI 2558/DF), o STF entendeu constitucional o

disposto no §1º, Art. 10 da LODF, que fala sobre a participação popular noprocesso de escolha do Administrador Regional. Foi questionado se uma

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eleição para Administrador Regional constituiria uma equivalência à eleição de

prefeitos, um verdadeiro autogoverno, ou, em outras palavras, haveria uma

 “municipalização” do Distrito Federal pela via indireta; e se não estaria

sendo usurpada a competência do Governador de escolher livremente seusservidores. A decisão pela constitucionalidade baseou-se no fato de que o

dispositivo ainda não está regulamentado. Atualmente quem escolhe o

Administrador Regional é o Governador. A previsão da LODF é genérica, não

dispõe se a participação popular deve ter força obrigatória ou caráter

consultivo. Não se sabe como será regulamentada, ou mesmo se será

regulamentada.

Atenção! 

A organização dos Estados é diferente do DF!

Municípios

Prefeitos

Eleição

Regiões Administrativas

Administradores Regionais

Escolha pelo Governador

com participação popular

Uma eventual regulamentação que institucionalize eleição direta, de forma

semelhante a pequenas prefeituras, ou municípios, provavelmente será

novamente questionada no STF. Mas qualquer questionamento em prova de

concurso deve se basear na decisão do STF. O dispositivo é constitucional.

24.  (CESPE – SE/ GDF – 2009) A remuneração de um administrador

regional do DF não pode ser igual à de um secretário de estado.

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A LODF define que a remuneração dos Administradores Regionais não poderá

ser superior à dos Secretários de Estado, mas não há impedimento legal para

que sejam iguais.

Gabarito: ERRADO 

25.  (CETRO – DER/DF – 2009) Sobre a Organização Administrativa do

Distrito Federal, contida na Lei Orgânica Distrital, é incorreto afirma que

(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à

descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o

desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.

(B) As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do

Distrito Federal.

(C) A remuneração dos Administradores Regionais deverá superior à fixada

para os Secretários de Estado do Distrito Federal.

(D) Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de

Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na

forma da lei.

(E) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei

aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.

Da mesma forma que na questão anterior, o erro está na letra “C” que trata da

remuneração dos Administradores Regionais. Deve ser igual ou inferior à dos

Secretários de Estado. Os outros itens estão corretos e servem para chamar a

atenção a alguns tópicos estudados nessa aula.

Gabarito: C

26.  (CESPE – CLDF 2006 – Consultor Legislativo - adaptada) O DF pode

dividir-se em Municípios, do mesmo modo que acontece com os Estados e

Territórios.

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Já vimos! É uma vedação constitucional: “O Distrito Federal, vedada sua  

d iv isão em Mun ic íp ios  , reger-se-á por lei orgânica”.

Gabarito: ERRADO

27.  (CESPE – PGR/ DF – 2004) Para que o Distrito Federal seja dividido em

municípios, é preciso uma lei complementar distrital que institua essa divisão e

que seja aprovada, mediante referendo, pela maioria da população do DF.

Mais uma vez, fiquem espertos! O DF não pode ser dividido em municípios, em

qualquer hipótese. A vedação é constitucional.

Gabarito: ERRADO 

Retomando a discussão sobre a diferenciação de Brasília e do Distrito Federal,

a definição mais comum é que o Distrito Federal é o todo, enquanto Brasília

restringe-se à Região Administrativa I. No sitio eletrônico da RA I, pode-se

encontrar a definição (em termos territoriais) de Brasília:

 “Brasília é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de

Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo

Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila

Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte e

sedia os três poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário.” 

28.  (CESPE – SGA/ DF – 2005) A limitação geográfica do Distrito Federal

identifica suas regiões administrativas. As RA’s podem ser criadas por lei. No

início da construção da Capital, a cidade incorporou Brazlândia e Planaltina,

então municípios goianos. Em 1964 existiam apenas oito regiões

administrativas. Até 1969 o DF era administrado por uma prefeitura e somente

em 1990 ocorreu a primeira eleição para governador. Hoje já existem 29

cidades.

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Sobre a situação apresentada e a Lei Orgânica do Distrito Federal julgue os

itens a seguir:

Atenção! “Cidade” tudo bem, “Município” NÃO!

OBS:  A questão está um pouco defasada, pois atualmente são 30 Regiões

Administrativas. Atenção ao fato de que utilizar o termo “cidade” é bastante

comum, pois a própria legislação as denominava de “cidades–satélites”, termo

ainda muito utilizado localmente, apesar de seu uso estar diminuindo.

1. A Constituição Federal e a Lei Orgânica do DF mostram que existe diferença

entre o Distrito Federal e Brasília.

Essa não dá mais pra errar. Pode até não estar muito claro o que é Brasília,

mas você já tem a certeza de que Brasília está contida no DF, e é qualquer

coisa diferente!

Gabarito: CERTO 

2. Para compor as regiões administrativas de pessoal, a norma aplicada ao

Distrito Federal dispõe que os cargos comissionados de Administrador Regional

e os demais cargos de cada regional devem ser preenchidos de acordo com a

conveniência política.

Exceto os cargos comissionados, que são de livre provimento, o Governador

não pode, por conveniência polícia, preencher os demais cargos de cada RA.

São órgãos administrativos, e seu corpo técnico deve ser preenchido por

servidores de carreira, que prestaram concurso público.

Gabarito: ERRADO 

3. A investidura em cargo público nas administrações regionais depende de

prévia aprovação em concurso público, no entanto, excepcionadas as

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nomeações para os cargos em comissão, considerados de livre nomeação e

exoneração pela autoridade pública, estabelecendo-se que pelo menos 50%

destes deverão ser exercidos por servidores de carreira.

Este item adianta um ponto a ser tratado nas próximas aulas. De qualquer

forma, a questão está correta, pois é exatamente o que prevê o art. 19, V, da

LODF. Funções de confiança são exclusivas de servidor efetivo. E no caso dos

cargos em comissão, no mínimo 50% deles devem ser preenchidos por

servidores efetivos da carreira: “Art. 19. V – as funções de confiança,

exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e pelo

menos cinqüenta por cento dos cargos em comissão, a serem preenchidos porservidores de carreira nos casos e condições previstos em lei, destinam-se

apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;” 

Gabarito: CERTO 

4. Poderá o governador do Distrito Federal avaliar a conveniência e a

oportunidade nas designações para os cargos de administrador regional,critérios que não se submetem ao controle do Judiciário em nenhuma hipótese.

Os Administradores Regionais são cargos em comissão, conhecidos pela livre

nomeação e exoneração. Do Direito Administrativo importamos o conceito de

mérito do ato administrativo, onde reina a conveniência e oportunidade do

administrador. Esses dois critérios não são sujeitos a análise do poder

Judiciário, enquanto estiverem dentro do limite da discricionariedadedado pela lei.

Gabarito: CERTO 

29.  (ESAF – CGU 2008 – Analista de Fiscalização e Controle –

adaptada) Relativo à organização político-administrativa da República

Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, o DistritoFederal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

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Pessoal, essa questão foi pra lá de polêmica! Embora pareça contrariar tudo

que aprendemos até aqui, o gabarito foi dado como correto, mesmo após a

chuva de recursos. A explicação que alguns procuram dar é que

  “popularmente”, o Distrito Federal é chamado de Brasília, pois há realmenteuma confusão ao diferenciar os dois. E Brasília de fato é a Capital Federal. Essa

é difícil engolir, já que em provas de concursos público pressupomos a

cobrança de conhecimento técnico, e não popular. Deixando isso de lado, o

importante mesmo é passar, e pra isso precisamos aprender com as bancas, e

apenas por essa razão resolvi registrar aqui essa questão.

Gabarito: CERTO 

Valores Fundamentais

Os primeiros artigos da Constituição Federal trazem os fundamentos, objetivos

e princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do

Brasil. Vocês já devem imaginar, por razões lógicas, que não há princípios derelações internacionais no Distrito Federal, mas, de forma simétrica, a LODF

apresenta os valores fundamentais e objetivos prioritários.

Vamos começar pelos valores fundamentais. São basicamente os mesmos

enunciados na CF/88. A única diferença é que, enquanto a República detém

soberania, os entes federados detêm autonomia. O quadro comparativo a

seguir ajuda a memorizar, principalmente se você é daqueles que já tem o “SoCiDiVaPlu” (mnemônico que ajuda a memorizar os fundamentos da

República) na cabeça.

CF/88:

Art. 1º A República Federativa doBrasil, formada pela união indissolúvel

dos Estados e Municípios e do DistritoFederal, constitui-se em Estado

LODF:

Art. 2º O Distrito Federal integra aunião indissolúvel da República

Federativa do Brasil e tem comovalores fundamentais:

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Democrático de Direito e tem comofundamentos:

I - a soberania;

II - a cidadania;

III - a dignidade da pessoahumana;

IV - os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emanado povo, que o exerce por meio derepresentantes eleitos ou diretamente,nos termos desta Constituição.

I – a preservação de sua autonomia como unidade federativa;

II – a plena cidadania;

III – a dignidade da pessoahumana;

IV – os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa;

V – o pluralismo político.

Parágrafo único. Ninguém serádiscriminado ou prejudicado emrazão de nascimento, idade, etnia,raça, cor, sexo, estado civil, trabalhorural ou urbano, religião, convicçõespolíticas ou filosóficas, orientaçãosexual, deficiência física, imunológica,sensorial ou mental, por ter cumpridopena, nem por qualquerparticularidade ou condição,observada a Constituição Federal.

Uma vez que já detalhamos anteriormente o que seria exatamente a

autonomia do Distrito Federal enquanto unidade federativa, é importante

tecer breves comentários a respeito dos demais valores fundamentais, de

forma a não permitir que o examinador nos pegue desprevenidos.

Quem descreve, a meu ver, de forma bastante esclarecedora esses valores

fundamentais é Bernardo Gonçalves Fernandes, e eu não poderia fazer melhor.

Por isso vou me limitar a transcrever, de forma sintética, suas colocações.

 “Cidadania  refere-se à participação política das pessoas na condução dos

negócios e interesses estatais. (...) Antes, ser cidadão era ter capacidade para

votar e ser votado (o que, diga-se, ainda é válido para a dogmática do direitoconstitucional). Porém, hoje, compreende-se que a cidadania se expressa por

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outras vias, além da política, se desenvolvendo também por meio dos direitos

e garantias fundamentais, ou da tutela dos direitos e interesses difusos.” 

A dignidade da pessoa humana “... busca conciliar os princípios daigualdade e da liberdade, afirmando duas dimensões da dignidade: 1ª) através

do reconhecimento da importância de cada projeto de vida individual; e 2ª)

através da proteção da autonomia individual na persecução desse projeto de

vida.” O autor cita ainda a afirmação de Luís Roberto Barroso: “O princípio da

dignidade da pessoa humana identifica um espaço de integridade moral a ser

assegurado a todas as pessoas por sua só existência no mundo. Relaciona-se

tanto com a liberdade e valores do espírito quanto com as condições materiaisde subsistência.” 

 “O va lo r socia l do t raba lho   impõe a abstenção do Estado no que concerne à

concessão de privilégios econômicos a uma pessoa ou grupo. Cada indivíduo

deve poder compreender que, com seu trabalho, ele está contribuindo para o

progresso da sociedade, recebendo a justa remuneração e condições razoáveis

de trabalho.” 

 “A noção de l i v re i n i c ia t i va  , por sua vez, está coligada à liberdade de

empresa e de contrato, como condição mestra do liberalismo econômico e do

capitalismo. (...) Todavia, o uso dessa liberdade não é absoluto”. Nas palavras

da Min. Ellen Gracie, “O princípio da livre iniciativa não pode ser invocado para

afastar regras de regulamentação do mercado e de defesa do consumidor.” 

Quanto ao pluralismo político, considero mais objetiva a definição de

Inocêncio Mártires Coelho:  “... falar em pluralismo político significa dizer que,

respeitadas as poucas restrições estabelecidas na própria Lei Fundamental

(...), o indivíduo é livre para se autodeterminar e levar a sua vida como bem

lhe aprouver, imune a intromissões de terceiros, sejam elas provenientes do

Estado, por tendencialmente invasor, ou mesmo de particulares.” 

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O parágrafo único do artigo 2º, transcrito no quadro anterior, representa o

princípio constitucional da não-discriminação . É um dos objetivos

fundamentais da República: “promover o bem de todos, sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor, idade e qua isque r ou t ras fo rmas de  

d i sc r im inação  ”. A diferença é que a LODF detalha diversos tipos de

discriminação, enquanto a CF é mais genérica ao incluir “quaisquer outras

formas”.

Destaquei a parte final, onde afirma que deve ser observada a Constituição

Federal, pois é ela (e só ela) quem pode discriminar. Essas discriminações são

  “positivas”, e, no mais das vezes, possuem o objetivo de corrigir algumadistorção social. Exemplo disso é a exigência, para aposentadoria, de 35 anos

de contribuição para homens e 30 para mulheres, ainda que vedada a

discriminação por sexo. Ou ainda a autorização constitucional para que lei

reserve percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras

de necessidades especiais.

30.  (CESPE – CLDF 2006) A vedação de tratamento discriminatório emrazão de idade, etnia, cor, sexo, estado civil, religião, convicções políticas,

orientação sexual, deficiência física, entre outros, não está expressa da LODF

porque já se encontra explícita na Constituição Federal.

Como acabamos de estudar, apesar de ter tratamento na Constituição Federal,

a LODF também positivou o princípio da não-discriminação no parágrafo único

do art. 2º, inclusive detalhando diversas formas de discriminação vedadas.

Gabarito: ERRADO

31.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: Os

valores fundamentais que regem a organização do DF guardam paralelo com

os fundamentos do Estado Democrático de direito instituído pela Constituição

Federal brasileira.

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Exatamente como acabamos de estudar. Guardam paralelo tão marcante que

foi inclusive minha dica como forma de estudo, pois a única diferença fica por

um deter soberania e outro autonomia. A questão ainda preserva a

terminologia utilizada por cada normativo: “valores fundamentais” na LODFe “fundamentos” na CF/88.

Gabarito: CERTO

32.  (FUNIVERSA – CAJE/ DF – 2008) A respeito do tema “fundamentos da

organização dos Poderes e do Distrito Federal”, assinale a alternativa

incorreta.

O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do Brasil

e tem como um de seus valores fundamentais:

(A) promover o bem de todos;

(B) o pluralismo político;

(C) a dignidade da pessoa humana;

(D) a plena cidadania;

(E) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.

O único dos itens que não consta como valor fundamental do Distrito Federal

é a letra “(A) promover o bem de todos;”. Trata-se na verdade de um dos

objetivos prioritários, que serão estudados na próxima aula. Nela, inclusive,

ficará claro como as bancas examinadoras gostam de misturar esses doisconceitos nas provas de LODF.

Gabarito: A

33.  (FUNIVERSA – SEJUS/ GDF – 2010) O Distrito Federal integra a união

indissolúvel da República Federativa do Brasil e, assim como esta, possui

fundamentos. Os valores fundamentais do DF não incluem(A) a plena cidadania.

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(B) os valores sociais do trabalho.

(C) o pluralismo político.

(D) os valores sociais da livre iniciativa.

(E) a preservação de sua soberania como ente federativo.

Não se esqueçam do paralelo com os fundamentos da República

(SoCiDiVaPlu) com a autonomia no lugar da soberania. A letra “E” fala da

soberania, que é fundamento da República, enquanto o DF detém autonomia!

República Federativa do Brasil – Soberania 

Distrito Federal – Autonomia 

Gabarito: E 

34.  (FUNIVERSA – SES/DF – 2006) O Distrito Federal integra a união

indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores

fundamentais: a preservação de sua autonomia como unidade federativa; a

plena cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalhoe da livre iniciativa; o pluralismo político. Ninguém será discriminado ou

prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, cor, sexo, estado civil,

trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou filosóficas, orientação

sexual, deficiência física, imunológica, sensorial ou mental, por ter cumprido

pena, nem por qualquer particularidade ou condição, observada a Constituição

Federal.

É a redação literal da LODF, Art. 2º, inclusive seu parágrafo único. Espero que

você já tenha os cinco valores fundamentais do DF bem consolidados na

cabeça, pois é um assunto que aparece bastante nos concursos.

Gabarito: CERTO

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Nossa aula demonstrativa fica por aqui. Seguindo o prometido, as próximas

páginas contêm o resumo esquematizado e a lista das questões comentadas

nessa aula. Espero que tenham gostado e sejam muito bem vindos ao nosso

curso de LODF!

Aguardo vocês na nossa próxima aula!

Abraço e bons estudos!

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RESUMO

LODFO Distrito Federal, rege-se por sua Lei Orgânica, promulgada em 8 de junho

de 1993.

•  votada em dois turnos 

•  interstício mínimo de dez dias 

•  aprovada por dois terços da Câmara Legislativa 

Poder Constituinte Derivado Decorrente

Critério O DF é dotado? 

Formal Não

Material Sim

Para a prova de LODF o DF é dotado de Poder Constituinte, atenção

para o fato de que em provas de Direito Constitucional o entendimento

dependerá do critério adotado no comando da questão.

Distrito Federal VS Brasília

Distrito Federal não tem capital, e Brasília é:

•  Capital Federal

•  Sede do Governo do DF

•  Sede da CLDF

•  Sede do TCDF

•  Sede da Região Administrativa I

Distrito Federal possui autonomia (auto-organização + autogoverno +

autoadministração) política, administrativa e f inanceira (PAF). Autonomia

parcialmente tutelada pela União. 

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Organização do Distrito Federal

Possui os Poderes Legislativo (Câmara Legislativa do DF, auxiliada pelo

Tribunal de Contas do DF) e Executivo.

O Poder Judiciário é organizado e mantido pela União. Assim como o

Ministério Público e a Defensoria Pública. (Lembrando que a Defensoria

Pública do DF e Territórios nunca foi implementada e o que existe hoje é o

CEAJUR, mantido e organizado pelo GDF).

Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar são organizados e

mantidos pela União, mas subordinam-se ao Governador do DF. Sãocusteados por recursos transferidos por meio do Fundo Constitucional do DF. 

Valores Fundamentais

Guardam forte correlação com os fundamentos da República Federativa do

Brasil, onde a diferença fica apenas na soberania VS autonomia.

•  autonomia

•  cidadania

•  dignidade da pessoa humana

•  valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

•  pluralismo político 

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Prerrogativa de foro

Governador

•  crime comum: STJ•  crime responsabilidade: CLDF (inconstitucional????)

Vice-Governador

•  crime comum: TJDFT

•  crime responsabilidade: TJDFT

Secretário de Estado

•  crime comum: TJDFT

•  crime responsabilidade: TJDFT (CLDF, caso conexo com Governador)

Deputados Distritais

•  crime comum: TJDFT (desde a expedição do diploma)

•  quebra de decoro parlamentar: CLDF (parlamentar não comete crime de

responsabilidade)

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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA

1.  (CESPE – TRF 1.a Região 2009 - Ju iz Federal Substituto) Pelo critério

  jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado decorrente

mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a elaboração de

suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos municípios,

que se organizam mediante lei orgânica.

2.  (CESPE – MPE-SE 2010 – Promotor de Justiça) É expressamente

previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF e dos

municípios devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante

manifestação do poder constituinte derivado decorrente.

3.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF

rege-se por Lei Orgânica aprovada pelo Congresso Nacional.

4.  (ESAF – TRF 2006 – TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA - adaptada) A Lei

Orgânica do Distrito Federal, embora tenha, segundo a doutrina, status de

Constituição Estadual, disporá sobre competências legislativas reservadas

aos municípios.

5. 

(CESPE – CEAJUR/ SGA 2006 – Procurador de Assistência Judiciária)O DF acumula competências legislativas atribuídas constitucionalmente aos

estados e municípios.

6.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O DF tem competências legislativas

reservadas

A) aos estados, somente.

B) aos municípios, somente.

C) à União.D) a Brasília.

E) aos estados e municípios.

7.  (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) Ao Distrito Federal são atribuídas as

competências legislativas reservadas somente aos Estados, cabendo-lhe

exercer, em seu território, todas as competências que não lhe sejam

vedadas pela Constituição Federal.

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8.  (ESAF – PGDF 2007.2 – Procurador do Distrito Federal – adaptado)

O Distrito Federal acumula as competências dos estados-membros e dos

municípios. Por outro lado, a Constituição atribui competência aos

primeiros para organizar seu próprio Poder Judiciário, na ConstituiçãoEstadual. Esta, no caso do DF, corresponde à Lei Orgânica. Com base

nessas premissas, seria juridicamente válido que a LODF instituísse foro

por prerrogativa de função, no TJDFT, para os delegados de polícia civil.

9.  (CESPE – DFTRANS/ DF – 2008) Compete ao Superior Tribunal de Justiça

processar e julgar o governador do DF nos crimes de responsabilidade.

10.  (CESPE – SEDF – 2009) De acordo com a LODF, após a admissão da

acusação por dois terços da Câmara Legislativa, o governador do DF será

submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), nas

infrações penais comuns, ou perante a própria Câmara Legislativa, nos

crimes de responsabilidade.

11.  (CESPE – TJDFT - 2008) Juliano, nomeado para o cargo de secretário do

governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte

ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é

do Conselho Especial do TJDFT.

12.  (CESPE – PMDF – 2007) Marcos, deputado distrital, foi acusado da

prática de crime de sonegação fiscal pelo Ministério Público perante o

Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa situação, é correto afirmar que

Marcos tem foro privilegiado e será submetido a julgamento perante o STF.

13.  (CESPE – AGU 2006 – Advogado da União) O poder constituinte

derivado decorrente abrange os estados, para elaborarem suasconstituições, e os municípios, para elaborarem suas leis orgânicas.

14.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) Segundo a LODF, o Distrito Federal

tem autonomia

A) política, financeira e administrativa.

B) administrativa, somente.

C) Política e financeira.

D) Financeira, somente.E) política, somente.

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15.  (CESPE – PGR/DF – 2004) Um dos órgãos da PRG-DF é a Defensoria

Pública do DF cuja competência é oferecer serviços de advocacia aos

necessitados.

16.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes:1. O Poder Judiciário e o Ministério Público do DF são organizados e

mantidos pelo GDF.

2. O DF é uma unidade sem autonomia, pois não possui capacidade de

auto-organização, autogoverno e autoadministração.

17.  (TJDFT 2008 – Juiz de Direito Substituto) Assinale a alternativa

incorreta: Segundo a Lei Orgânica do Distrito Federal, são Poderes do

Distrito Federal, independentes e harmônicos entre si:

(A) o Executivo e o Legislativo, sendo vedada a delegação de atribuições

entre os Poderes;

(B) o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, sendo vedada a delegação de

atribuições entre os Poderes;

(C) o cidadão, investido na função de um dos Poderes, não poderá exercer

a de outro, salvo as exceções previstas na Lei Orgânica;

(D) cabe ao Poder Executivo a administração dos bens do Distrito Federal,

ressalvado à Câmara Legislativa administrar aqueles utilizados em seus

serviços e sob sua guarda.

18.  (FUNIVERSA – SES/DF – 2009) O art. 53 da Lei Orgânica do Distrito

Federal refere-se à harmonia entre os Poderes; sendo assim, é correto

afirmar que são Poderes do Distrito Federal, independentes e harmônicos

entre si,

(A) o Executivo e o Judiciário

(B) o Legislativo e o Judiciário

(C) o Executivo e o Conselho Nacional de Justiça

(D) o Judiciário e a União

(E) o Executivo e o Legislativo

19.  (FUNIVERSA – TERRACAP – 2010) O Distrito Federal tem o(s) Poder(es)

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A) Executivo e Judiciário, somente.

B) Executivo e Legislativo, somente.

C) Executivo, Legislativo e Judiciário.

D) Executivo, somente.E) Legislativo, somente.

20.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: O DF já

figurou como capital da União em constituições anteriores, porém, na

atualidade, a capital federal é Brasília.

21.  (CESPE – IBRAM – 2009) Considerando o que dispõe a Lei Orgânica do

Distrito Federal (LODF), julgue os itens a seguir. A LODF prevêexpressamente que o Distrito Federal (DF) é a capital da República

Federativa do Brasil.

22.  (CESPE – CMBDF – 2007) O DF, sede do governo federal, tem a

natureza de autarquia territorial devido a sua autonomia parcialmente

tutelada pela União, materializada, principalmente, na competência da

União de organizar e manter seu Poder Judiciário, Ministério Público e

Defensoria Pública.

23.  (FUNIVERSA – SES/ DF – 2009) É sabido que a Câmara Legislativa tem

Sede em Brasília (DF), conforme prescrito no art. 55 da Lei Orgânica do

Distrito Federal; logo, é em Brasília que acontecem as deliberações.

Entretanto, em meados de 2007, a Câmara Legislativa reuniu-se fora de

sua sede. Por força da lei, é permitido que isso ocorra

(A) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da

maioria absoluta dos membros.

(B) sempre em ocasiões especiais de datas comemorativas pelo voto da

maioria simples dos membros.

(C) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria

absoluta de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de

conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite

seu funcionamento na sede.

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(D) temporariamente, em qualquer estado da Federação, por deliberação

da maioria absoluta de seus membros, sempre que houver motivo

relevante e de conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que

impossibilite seu funcionamento na sede.(E) temporariamente, em qualquer local do DF, por deliberação da maioria

simples de seus membros, sempre que houver motivo relevante e de

conveniência pública ou em virtude de acontecimentos que impossibilite

seu funcionamento na sede.

24.  (CESPE – SE/ GDF – 2009) A remuneração de um administrador regional

do DF não pode ser igual à de um secretário de estado.25.  (CETRO – DER/DF – 2009) Sobre a Organização Administrativa do

Distrito Federal, contida na Lei Orgânica Distrital, é incorreto afirma que

(A) O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à

descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o

desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida.

(B) As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do

Distrito Federal.

(C) A remuneração dos Administradores Regionais deverá superior à fixada

para os Secretários de Estado do Distrito Federal.

(D) Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de

Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na

forma da lei.

(E) A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei

aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais.

26.  (CESPE – CLDF 2006 – Consultor Legislativo - adaptada) O DF pode

dividir-se em Municípios, do mesmo modo que acontece com os Estados e

Territórios.

27.  (CESPE – PGR/ DF – 2004) Para que o Distrito Federal seja dividido em

municípios, é preciso uma lei complementar distrital que institua essa

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divisão e que seja aprovada, mediante referendo, pela maioria da

população do DF.

28.  (CESPE – SGA/ DF – 2005) A limitação geográfica do Distrito Federal

identifica suas regiões administrativas. As RA’s podem ser criadas por lei.No início da construção da Capital, a cidade incorporou Brazlândia e

Planaltina, então municípios goianos. Em 1964 existiam apenas oito regiões

administrativas. Até 1969 o DF era administrado por uma prefeitura e

somente em 1990 ocorreu a primeira eleição para governador. Hoje já

existem 29 cidades.

Sobre a situação apresentada e a Lei Orgânica do Distrito Federal julgue os

itens a seguir:

1.  A Constituição Federal e a Lei Orgânica do DF mostram que existe

diferença entre o Distrito Federal e Brasília.

2.  Para compor as regiões administrativas de pessoal, a norma

aplicada ao Distrito Federal dispõe que os cargos comissionados de

Administrador Regional e os demais cargos de cada regional devem

ser preenchidos de acordo com a conveniência política.

3.  A investidura em cargo público nas administrações regionais

depende de prévia aprovação em concurso público, no entanto,

excepcionadas as nomeações para os cargos em comissão,

considerados de livre nomeação e exoneração pela autoridade

pública, estabelecendo-se que pelo menos 50% destes deverão ser

exercidos por servidores de carreira.

4.  Poderá o governador do Distrito Federal avaliar a conveniência e a

oportunidade nas designações para os cargos de administrador

regional, critérios que não se submetem ao controle do Judiciário

em nenhuma hipótese.

29.  (ESAF – CGU 2008 – Analista de Fiscalização e Controle – adaptada)

Relativo à organização político-administrativa da República Federativa do

Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, o Distrito Federal échamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal.

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30.  (CESPE – CLDF 2006) A vedação de tratamento discriminatório em razão

de idade, etnia, cor, sexo, estado civil, religião, convicções políticas,

orientação sexual, deficiência física, entre outros, não está expressa da

LODF porque já se encontra explícita na Constituição Federal.31.  (CESPE – CLDF 2006) À luz da LODF, julgue os itens seguintes: Os

valores fundamentais que regem a organização do DF guardam paralelo

com os fundamentos do Estado Democrático de direito instituído pela

Constituição Federal brasileira.

32.  (FUNIVERSA – CAJE/ DF – 2008) A respeito do tema “fundamentos da

organização dos Poderes e do Distrito Federal”, assinale a alternativa

incorreta.

O Distrito Federal integra a união indissolúvel da República Federativa do

Brasil e tem como um de seus valores fundamentais:

(A) promover o bem de todos;

(B) o pluralismo político;

(C) a dignidade da pessoa humana;

(D) a plena cidadania;(E) a preservação de sua autonomia como unidade federativa.

33.  (FUNIVERSA – SEJUS/ GDF – 2010) O Distrito Federal integra a união

indissolúvel da República Federativa do Brasil e, assim como esta, possui

fundamentos. Os valores fundamentais do DF não incluem

(A) a plena cidadania.

(B) os valores sociais do trabalho.

(C) o pluralismo político.

(D) os valores sociais da livre iniciativa.

(E) a preservação de sua soberania como ente federativo.

34.  (FUNIVERSA – SES/ DF – 2006) O Distrito Federal integra a união

indissolúvel da República Federativa do Brasil e tem como valores

fundamentais: a preservação de sua autonomia como unidade federativa; a

plena cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do

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trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. Ninguém será

discriminado ou prejudicado em razão de nascimento, idade, etnia, cor,

sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convicções políticas ou

filosóficas, orientação sexual, deficiência física, imunológica, sensorial oumental, por ter cumprido pena, nem por qualquer particularidade ou

condição, observada a Constituição Federal.

GABARITO

1.  CERTO2.  ERRADO3.  ERRADO4.  CERTO5.  CERTO6.  E7.  ERRADO8.  ERRADO9.  ERRADO

10.  CERTO11.  CERTO12.  ERRADO13.  ERRADO14.  A15.  ERRADO16.  (CESPE – CLDF 2006) 

1.  ERRADO2.  ERRADO 

17.  B 18.  E 19.  B20.  CERTO 21.  ERRADO22.  ERRADO 23.  C 24.  ERRADO25.  C26.  ERRADO 27.  ERRADO 

28.  (CESPE – SGA/ DF – 2005)1.  CERTO 2.  ERRADO 3.  CERTO 4.  CERTO 

29.  CERTO 30.  ERRADO 31.  CERTO 32.  A 

33.  E 34.  CERTO