aula sobre transplante de medula Óssea

31
TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA TATIANA LUFT UFRGS

Upload: tatiana-luft

Post on 24-Mar-2016

327 views

Category:

Documents


17 download

DESCRIPTION

Aula sobre Transplante de Medula Óssea

TRANSCRIPT

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA

TATIANA LUFT UFRGS

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

- Terapia celular.

- Só acontece quando há real necessidade de regenerar a medula doente ou deficitária do paciente, por células normais de um doador sadio.

- O paciente não recebe um órgão sólido. Ele é submetido a uma transfusão onde células-mãe (células-tronco hematopoéticas) circulam pelo sangue e se instalam no interior dos ossos, na medula óssea.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

Tipos:

1)  AUTÓLOGO: Tecido ou órgão inteiro de parte do mesmo animal para outra parte.

2)  ISÓLOGO ou SINGÊNICO: de gêmeo idêntico para o outro.

3)  ALOGÊNICO ou HOMÓLOGO: de ser humano para outro, ou de qualquer animal para outro animal da mesma espécie.

4)  HETERÓLOGO: de animal de uma espécie para um de outra espécie.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

Tipos:

1)  AUTÓLOGO:

-  o doador é o próprio paciente (evita rejeição).

-  Indicado somente para algumas doenças.

-  A transfusão é feita após a retirada das células-mãe do paciente e aplicada altas doses de quimioterapia, para eliminar as células doentes e reconstituir a medula.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO AUTÓLOGO

PRINCÍPIOS

-  Coleta-se células progenitoras (geralmente por aférese) e congela-se.

-  Altas doses de quimioterapia.

-  Devolução das células através do cateter.

-  Segue-se um período de aplasia.

-  As células reconhecem o micro ambiente e instalam-se na cavidade medular.

-  Reinicia a produção em 14-21 dias.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO AUTÓLOGO

CONDICIONAMENTO – QUIMIOTERAPIA

-  Específico para cada patologia.

-  3 a 5 dias antes da infusão.

-  1 dia de “descanso”.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO AUTÓLOGO

VANTAGENS

-  Não necessita busca de doador. -  Ausência de rejeição. -  Mortalidade de 1 – 5%. -  Aumenta a sobrevida.

DESVANTAGENS

-  Pode reinfundir células doentes. - Não é curativo em alguns casos.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO AUTÓLOGO

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO SINGÊNICO

2) SINGÊNICO ou ISOGÊNICO

-  Doação acontece entre irmãos gêmeos idênticos, por possuirem as mesmas características genéticas.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO ALOGÊNICO

3) ALOGÊNICO ou HOMÓLOGO

-  tipo mais freqüente.

-  feito a partir da doação de outra pessoa, selecionada a partir de testes de compatibilidade genética.

-  doador é um parente próximo ou voluntário cadastrado nos bancos de medula óssea ou de cordão umbilical.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO ALOGÊNICO

PRINCÍPIOS

-  Doador HLA compatível.

-  Ablação total da medula óssea.

-  Reconstituição a partir das células doadas.

-  Maior complexidade.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

A) ALOGÊNICO APARENTADO

CONDICIONAMENTO

-  Quimioterapia. -  Irradiação Corporal Total. VANTAGENS

-  Potencial curativo. -  Efeito enxerto contra leucemia.

DESVANTAGENS

-  Doador (25% de compatibilidade entre irmãos). -  Mortalidade 20 – 40% (imunossupressão). -  Doença do Enxerto contra hospedeiro.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

B) ALOGÊNICO NÃO APARENTADO

-  Busca de doador em registros/bancos. -  Exames pré TMO. -  Coleta e envio da medula. -  Período de preparação longo.

VANTAGENS

-  Disponibilidade de doador.

DESVANTAGENS

-  Maior mortalidade. -  Custo.

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO ALOGÊNICO

PUNÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

PUNÇÃO DE MEDULA ÓSSEA

COLETA DE MEDULA ÓSSEA POR PUNÇÃO

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA – TMO

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL

-  Uso em TMO Alogênico.

-  Uso em TMO Autólogo.

-  Plasticidade Celular.

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL

-  A partir da descoberta do grande número de células-tronco hematopoéticas que circulam no cordão umbilical e na placenta, esses elementos passaram a ser uma importante opção para obter células para transplantes.

-  As células são colhidas do cordão umbilical ou da placenta logo após o nascimento do bebê, com autorização prévia da mãe.

-  Há 10 anos o Instituto Nacional do Câncer (INCA) inaugurou o Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, o primeiro do gênero no País. Ano passado o RS inaugurou o 1º banco de sangue de cordão umbilical do Estado.

SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL

PARA SE CADASTRAR

A cada ano temos no Rio Grande do Sul 1.000 novos casos de leucemias, sendo que o transplante de medula óssea torna-se inevitável na maioria destes casos.

Hoje, a chance de se encontrar uma medula compatível pode ser de uma em 100 mil. Por isso, são organizados Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar.

Para se fazer parte do cadastro de candidatos a doador basta ir a um dos locais da lista ao lado para extrair uma pequena quantidade de sangue da veia (apenas 10 ml) e preencher um formulário com informações pessoais.

Assim o sangue passará por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste feito em laboratório para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante.

Seu tipo de HLA será incluído no cadastro nacional (REGISTRO NACIONAL DE DOADORES DE MEDULA ÓSSEA = REDOME). Quando um paciente necessitar de transplante, esse cadastro será consultado e, se for localizado um doador compatível, esta pessoa será convidada a fazer a doação de medula óssea.

O procedimento de doação é muito simples, sem transtornos para quem doa, mas uma atitude que para o doente será a diferença entre a vida e a morte.

QUEM PODE DOAR

-  Pessoas em boas condições de saúde.

-  Ter entre 18 e 55 anos.

-  Apresentar documento original com foto.

-  De acordo com o Registro Nacional de Doadores de Medula

Óssea (REDOME) os doadores são, em sua maioria, mulheres

jovens, entre 18 e 25 anos de idade. Entre os homens, a

faixa etária mais numerosa é a de 25 a 35 anos.

QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE

-  Indicado para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como as hematológicas,

onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas

hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças auto-

imunes.

QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE

DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS

-  Leucoses agudas

-  Leucemia mielóide crônica

-  Síndromes mielodisplásticas

-  Linfomas

-  Mieloma múltiplo

-  Mieloesclerose aguda maligna

QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE

DOENÇAS HEMATOLÓGICAS E IMUNOLÓGICAS

-  Anemia aplástica grave

-  Anemia de Fanconi

-  Hemoglobinopatias

-  Imunodeficiência combinada severa

-  Síndrome de Wiscott-Aldrich

QUEM PRECISA DE TRANSPLANTE

DOENÇAS ONCOLÓGICAS

-  Tumor de testículo

-  Tumor de mama

-  Tumor de ovário

-  Neuroblastomas

-  Outros tumores sólidos

PROJETO DE LEI No PL 4934, DE 2009

Acrescenta inciso ao art. 473 da Consolidação das Leis

do Trabalho, a fim de permitir ao empregado deixar de

comparecer ao serviço, sem prejuízo do salário, em

caso de coleta de sangue para inscrição em cadastro

nacional de doadores de medula óssea.

META DA SOLIDARIEDADE GAÚCHA

O Rio Grande do Sul precisa de pelo menos 300 mil gaúchos cadastrados no Redome, única forma de ampliar a possibilidade de encontrarmos doadores compatíveis.

Cada estado tem que a sua própria proporção de doadores para cobertura das suas necessidades, já que em cada região a origem de sua gente e a suas raízes genéticas são diferentes.

Achar um doador compatível no começo do tratamento é um sopro de vida e esperança para se enfrentar doença tão arrasadora. A demora é fatal!