aula saude do idoso e do homem 6º ano

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Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa PORTARIA No- 2.528, DE 19 DE OUTUBRO DE 2006 PROGRAMA DE APRENDIZAGEM SAÚDE E SOCIEDADE - 2011

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Política Nacional de Saúde da Pessoa

Idosa

PORTARIA No- 2.528, DE 19 DE OUTUBRO

DE 2006

PROGRAMA DE APRENDIZAGEM SAÚDE E

SOCIEDADE - 2011

Em 1999, a Portaria Ministerial no- 1.395

anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso

Essa política assume que o principal problema

que pode afetar o idoso é a perda de sua

capacidade funcional, isto é, a perda das

habilidades físicas e mentais necessárias para

realização de atividades básicas e instrumentais

da vida diária.

ESTATUTO DO IDOSO

LEI N.º 10.741, DE 1.º DE OUTUBRO

DE 2003

CAPÍTULO IV

DO DIREITO À SAÚDE

Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, porintermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, garantindo-lhe oacesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuodas ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção erecuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doençasque afetam preferencialmente os idosos.§ 1.º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serãoefetivadas por meio de:I - cadastramento da população idosa em base territorial;II - atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;III - unidades geriátricas de referência, com pessoal especializadonas áreas de geriatria e gerontologia social;

IV - atendimento domiciliar, incluindo a internação, para apopulação que dele necessitar e esteja impossibilitada de selocomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos porinstituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos eeventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meiosurbano e rural;V - reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, pararedução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.§ 2.º Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos,gratuitamente, medicamentos, especialmente os de usocontinuado, assim como próteses, órteses e outros recursosrelativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.§ 3.º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pelacobrança de valores diferenciados em razão da idade.§ 4.º Os idosos portadores de deficiência ou com limitaçãoincapacitante terão atendimento especializado, nos termos da lei.

Art. 16. Ao idoso internado ou em observação éassegurado o direito a acompanhante, devendo oórgão de saúde proporcionar as condições adequadaspara a sua permanência em tempo integral, segundoo critério médico.

Parágrafo único. Caberá ao profissional de saúderesponsável pelo tratamento conceder autorizaçãopara o acompanhamento do idoso ou, no caso deimpossibilidade, justificá-la por escrito.

Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos

critérios mínimos para o atendimento às necessidades

do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação

dos profissionais, assim como orientação a cuidadores

familiares e grupos de auto-ajuda.

Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-

tratos contra idoso serão obrigatoriamente

comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer

dos seguintes órgãos:

I - autoridade policial;

II - Ministério Público;

III - Conselho Municipal do Idoso;

IV - Conselho Estadual do Idoso;

V - Conselho Nacional do Idoso.

Em fevereiro de 2006 - foi publicado, por meio da

Portaria no- 399/GM, o documento das Diretrizes

do Pacto pela Saúde que contempla o Pacto pela

Vida.

a saúde do idoso aparece como uma das

seis prioridades pactuadas entre as três esferas de

governo sendo apresentada uma série de ações

que visam, em última instância, à implementação de

algumas das diretrizes da Política Nacional de

Atenção à Saúde do Idoso.

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PACTO PELA VIDA

prioridades

1 - Implantar a Política Nacional da Pessoa

Idosa;

2 - Controle do Câncer de Colo de Útero e de

Mama;

3 - Redução da Mortalidade Materna e

Infantil;

Outras – Promoção, Doenças Emergentes e AB

VII - saúde do trabalhador;

VIII - saúde mental;

IX - fortalecimento da capacidade de resposta

do sistema de saúde às pessoas com

deficiência;

X - atenção integral às pessoas em situação

ou risco de violência; e

XI - saúde do homem.

Novas Prioridades

A finalidade primordial da Política Nacional de

Saúde da Pessoa Idosa é

recuperar, manter e promover a autonomia e a

independência dos indivíduos idosos,

direcionando medidas coletivas e individuais de

saúde para esse fim, em consonância com os

princípios e diretrizes do Sistema Único de

Saúde.

É alvo dessa política todo cidadão e cidadã

brasileiros com 60 anos ou mais de idade.

a) o contínuo e intenso processo de

envelhecimento populacional brasileiro;

b) os inegáveis avanços políticos e técnicos

no campo da gestão da saúde;

c) o conhecimento atual da Ciência;

d) o conceito de saúde para o indivíduo

idoso se traduz mais pela sua condição de

autonomia e independência que pela

presença ou ausência de doença orgânica;

Porque uma Política?

e) a necessidade de buscar a qualidade da

atenção aos indivíduos idosos por meio de

ações fundamentadas no paradigma da

promoção da saúde;

g) escassez de recursos sócio-educativos e

de saúde direcionados ao atendimento ao

idoso;

• O Brasil envelhece de forma rápida e intensa.

• em 2000, contava com mais de 14,5 milhões de

idosos, em sua maioria com baixo nível

socioeconômico e educacional e com uma alta

prevalência de doenças crônicas e causadoras

de limitações funcionais e de incapacidades

• A cada ano, 650 mil novos idosos são

incorporados à população brasileira

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

• Essa transição demográfica repercute na área

da saúde, em relação à necessidade de

(re)organizar os modelos assistenciais.

• A maior causa de mortalidade entre idosos

brasileiros é o acidente vascular cerebral .

• Na transição epidemiológica brasileira

ocorrem incapacidades resultantes do não-

controle de fatores de risco preveníveis.

O sistema de saúde brasileiro tradicionalmente

está organizado para atender à saúde materno-

infantil e não tem considerado o envelhecimento

como uma de suas prioridades.

Uma importante conseqüência do aumento do

número de pessoas idosas em uma população é

que esses indivíduos provavelmente

apresentarão um maior número de doenças e/ou

condições crônicas que requerem mais serviços

sociais e médicos e por mais tempo.

• a população idosa, que hoje representa cerca

de 9% da população, consome mais de 26% dos

recursos de internação hospitalar no SUS .

• é notável a carência de profissionais

qualificados para o cuidado ao idoso, em todos

os níveis de atenção.

Estudos brasileiros de base populacional em

idosos apontam a existência de incapacidade

entre idosos em cifras que variam de 2 a 45%

dos idosos, dependendo da idade e do sexo.

Assim, torna-se imprescindível incluir a condição

funcional ao se formularem políticas para a

saúde dos idosos e responder, prioritariamente,

às pessoas idosas que já apresentem alta

dependência.

• a escassez de estruturas de cuidado

intermediário ao idoso no SUS, ou seja,

estruturas de suporte qualificado para idosos

e seus familiares destinadas a promover

intermediação segura entre a alta hospitalar e

a ida para o domicílio;

DESAFIOS

• número insuficiente de serviços de cuidado

domiciliar ao idoso frágil previsto no Estatuto do

Idoso.

necessidade de se estabelecer um suporte

qualificado e constante aos responsáveis por esses

cuidados, tendo a atenção básica por meio da

Estratégia Saúde da Família um papel

fundamental;

• a escassez de equipes multiprofissionais e

interdisciplinares com conhecimento em

envelhecimento e saúde da pessoa idosa;

• a implementação insuficiente ou mesmo a falta de

implementação das Redes de Assistência à Saúde do

Idoso.

a) promoção do envelhecimento ativo e

saudável;

b) atenção integral, integrada à saúde da

pessoa idosa;

c) estímulo às ações intersetoriais, visando à

integralidade da atenção;

d) provimento de recursos capazes de

assegurar qualidade da atenção à saúde da

pessoa idosa;

e) estímulo à participação e fortalecimento do

controle social;

DIRETRIZES

f) formação e educação permanente dos

profissionais de saúde do SUS na área de

saúde da pessoa idosa;

g) divulgação e informação sobre a Política

Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para

profissionais de saúde, gestores e usuários

do SUS;

h) promoção de cooperação nacional e

internacional das experiências na atenção à

saúde da pessoa idosa; e

i) apoio ao desenvolvimento de estudos e

pesquisas.

www.saude.gov.br/dab

ENVELHECIMENTO E SAÚDE DA PESSOA

IDOSA

CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA

n.º 19

PORTARIA Nº 1.944 DE 27 DE AGOSTO

DE 2009

Institui no âmbito do Sistema Único de

Saúde (SUS), a Política Nacional de

Atenção Integral à Saúde do Homem.

VII - saúde do trabalhador;

VIII - saúde mental;

IX - fortalecimento da capacidade de resposta

do sistema de saúde às pessoas com

deficiência;

X - atenção integral às pessoas em situação

ou risco de violência; e

XI - saúde do homem.

Novas Prioridades do

Pacto pela Vida

Considerando

• que a população masculina apresenta altos índices de

morbimortalidade que representam verdadeiros problemas

de saúde pública;

• que os indicadores e os dados básicos para a saúde

demonstram que os coeficientes de mortalidade masculina

são consideravelmente maiores em relação aos coeficientes

de mortalidade femininos ao longo das idades do ciclo de

vida;

• a necessidade de organizar uma rede de atenção à saúde

que garanta uma linha de cuidados integrais voltada para a

população masculina;

• a necessidade de apoiar ações e atividades de promoção

de saúde para facilitar e ampliar o acesso aos serviços de

saúde por parte dessa população;

• a necessidade de apoiar a qualificação de profissionais de

saúde para o atendimento específico da população

masculina;

• Nos últimos 25 anos a principal causa de mortes nos

homens foram as Doenças Isquêmicas do Coração,

entre elas o infarto agudo do miocárdio, com 49.000

óbitos (2005).

• As doenças cerebrovasculares foram a segunda

causa de morte para os homens, com 45.180 óbitos.

• Na seqüência, estão os homicídios – 43.665. O

padrão de ocorrência de mais mortes de homens do

que de mulheres repete-se em todas as regiões.

• Homens vivem 7,6 anos menos que as mulheres

2007 - 68,82 76,44

A publicação Saúde Brasil 2007 revela que o

número de óbitos que tiveram causa básica as

doenças plenamente relacionadas com álcool

(como acidentes de trânsito, quedas, afogamentos,

etc.) entre 2000 e 2006 concentrou-se no sexo

masculino. Dos 92.919 óbitos registrados, 82.834

(89,1%) foram de homens e 10.085 (10,9%) foram de

mulheres.

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca)

é de que 49.530 homens tenham câncer de próstata

em 2009. Esse número representa 52,43 casos da

doença a cada 100 mil homens. Assim o câncer de

próstata está entre os mais freqüentes, só

superado pelo câncer de pele não-melanoma. Ainda

de acordo com o Inca, a taxa de mortalidade por

câncer de próstata passou de 6,31 para 13,93 de

1979 para 2006, um aumento de 120%

Dados revelam que o peso continua recaindo sobre a mulher na horade fazer o planejamento familiar. Em números totais, as brasileiras

ainda realizam o dobro de cirurgias de esterilização em comparaçãoaos brasileiros. Para se ter ideia, o número de laqueaduras saltou de

58.397 para 61.747 em todo o país no de 2007 para 2008. No mesmo

período, o número de vasectomias caiu de 37.245 para 34.617

Sedentarismo é mais freqüente em homens

De acordo com o estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para

Doenças Crônicas os sedentários são 26,3% dos brasileiros, maior

entre os homens (29,5%) do que entre as mulheres (23,5%). PorInquérito Telefônico (VIGITEL), na faixa a partir dos 65 anos de idade,

ele ultrapassa os 50%

Cerca de 10 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma

de doenças sexualmente transmissíveis – 6,6 milhões de homens e

3,7 milhões de mulheres. O mais grave é que 18% deles e 11,4%

delas não procuraram nenhum tipo de tratamento.

Regida pelos seguintes princípios:

I - universalidade e equidade nas ações e serviços de

saúde voltados para a população masculina, abrangendo a

disponibilidade de insumos, equipamentos e materiais

educativos;

II - humanização e qualificação da atenção à saúde do

homem, com vistas à garantia, promoção e proteção dos

direitos do homem, em conformidade com os preceitos

éticos e suas peculiaridades socioculturais;

III - co-responsabilidade quanto à saúde e à qualidade de

vida da população masculina, implicando articulação com

as diversas áreas do governo e com a sociedade; e

IV - orientação à população masculina, aos familiares e à

comunidade sobre a promoção, a prevenção, a proteção, o

tratamento e a recuperação dos agravos e das

enfermidades do homem.

Possui as seguintes diretrizes

I - integralidade, que abrange:

a) assistência à saúde do usuário em todos os níveis

da atenção, na perspectiva de uma linha de cuidado

que estabeleça uma dinâmica de referência e de

contrarreferência entre a atenção básica e as de

média e alta complexidade, assegurando a

continuidade no processo de atenção;

b) compreensão sobre os agravos e a complexidade

dos modos de vida e da situação social do

indivíduo, a fim de promover intervenções

sistêmicas que envolvam, inclusive, as

determinações sociais sobre a saúde e a doença;

II - organização dos serviços públicos de saúde de modo a

acolher e fazer com que o homem sinta-se integrado;

III - implementação hierarquizada da política, priorizando a

atenção básica;

IV - priorização da atenção básica, com foco na estratégia de

Saúde da Família;

V - reorganização das ações de saúde, por meio de uma

proposta inclusiva, na qual os homens considerem os

serviços de saúde também como espaços masculinos e, por

sua vez, os serviços de saúde reconheçam os homens como

sujeitos que necessitem de cuidados; e

VI - integração da execução da Política Nacional de Atenção

Integral à Saúde do Homem às demais políticas, programas,

estratégias e ações do Ministério da Saúde.

Objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde

do Homem:

I - promover a mudança de paradigmas no que concerne à

percepção da população masculina em relação ao cuidado

com a sua saúde e a saúde de sua família;

II - captar precocemente a população masculina nas

atividades de prevenção primária relativa às doenças

cardiovasculares e cânceres, entre outros agravos

recorrentes;

III - organizar, implantar, qualificar e humanizar, em todo o

território brasileiro, a atenção integral à saúde do homem;

IV - fortalecer a assistência básica no cuidado com o

homem, facilitando e garantindo o acesso e a qualidade da

atenção necessária ao enfrentamento dos fatores de risco

das doenças e dos agravos à saúde;

V - capacitar e qualificar os profissionais da rede

básica para o correto atendimento à saúde do homem;

VI - implantar e implementar a atenção à saúde sexual

e reprodutiva dos homens, incluindo as ações de

planejamento e assistência às disfunções sexuais e

reprodutivas, com enfoque na infertilidade;

VII - ampliar e qualificar a atenção ao planejamento

reprodutivo masculino;

VIII - estimular a participação e a inclusão do homem

nas ações de planejamento de sua vida sexual e

reprodutiva, enfocando as ações educativas, inclusive

no que toca à paternidade;

IX - garantir a oferta da contracepção cirúrgica

voluntária masculina nos termos da legislação

específica;

X - promover a prevenção e o controle das doenças

sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV;

XI - garantir o acesso aos serviços especializados de

atenção secundária e terciária;

XII - promover a atenção integral à saúde do homem

nas populações indígenas, negras, quilombolas, gays,

bissexuais, travestis, transexuais, trabalhadores rurais,

homens com deficiência, em situação de risco, e em

situação carcerária, entre outros;

XIII - estimular a articulação das ações governamentais

com as da sociedade civil organizada, a fim de

possibilitar o protagonismo social na enunciação das

reais condições de saúde da população masculina,

inclusive no tocante à ampla divulgação das medidas

preventivas;

XIV - ampliar o acesso às informações sobre as medidas

preventivas contra os agravos e as enfermidades que

atingem a população masculina;

XV - incluir o enfoque de gênero, orientação sexual,

identidade de gênero e condição étnico-racial nas ações

socioeducativas;

XVI - estimular, na população masculina, o cuidado com

sua própria saúde, visando à realização de exames

preventivos regulares e à adoção de hábitos saudáveis;

XVII - aperfeiçoar os sistemas de informação de maneira

a possibilitar um melhor monitoramento que permita

tomadas de decisão.