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Tema: O Maior MandamentoObjetivo: Mostrar a profundidade do mandamento que Cristo sintetizou.

Incentivao Inicial: (Distribuir os 10 mandamentos e coment-los.)Sem nos deixar levar pelo fanatismo cego, que infelizmente atinge a muitos, entendemos que na Bblia ao lado das ordenaes divinas, Moiss ditou vrias outras leis, umas de cunho estritamente social, enquanto outras estavam relacionadas aos rituais religiosos, mas que, para ficarem investidas de uma maior autoridade, ele deixava-as passar como tendo sido provindas do prprio Deus.Neste estudo que ora estamos fazendo, iremos analisar todos os Dez Mandamentos e demonstraremos que at neles existe algo que no podemos em s conscincia atribuir como promanando da divindade.Um problema que deparamos realmente saber qual dos Dez Mandamentos esto de acordo com a Bblia, visto a divergncia que existe sobre eles entre as correntes religiosas. Por isso, iremos recorrer aos textos que constam da Bblia para saber exatamente como eles se encontram narrados no captulo 20 de xodo, versculos 2 a 13 (so repetidos em Deuteronmio 5, 6-21).Entretanto, e para nossa maior surpresa, no da forma que se encontram nas passagens bblicas que as correntes religiosas no-los passam. Nota-se claramente que, em alguns casos, no so nem os mesmos termos que constam da Bblia, apesar de sempre afirmarem que no devemos mudar em nada os Textos Sagrados. Podem alegar em sua prpria defesa que o sentido o que dizem, entretanto, podemos tambm argumentar que quando citamos os Dez Mandamentos devemos enumer-los tais e quais os textos da Bblia, j que no se trata de interpretao, mas apenas de uma citao literal.Devemos ter em mente que um mandamento, para ser divino, dever atender a pelo menos trs requisitos bsicos, quais sejam:Atemporal; que pode ser aplicado em todos os tempos, visto ser imutvel;

Universal; aplicao indistinta a todos os povos;

Imparcial; atingir a todos da mesma maneira.

Assim, uma determinada lei que possa ir contra qualquer um desses requisitos, no ser nunca uma lei proveniente de Deus, mas apenas leis feitas pelas mos dos homens.

Desenvolvimento: Como fcil complicar... Difcil simplificar!O Evangelho Segundo o Espiritismo Captulo XI (Sendo novamente testado pelos fariseus, Jesus questionado sobre qual o mandamento mais importante das leis.)

Mas os fariseus, quando viram que Jesus tinha feito calar a boca aos saduceus, se ajuntaram em conselho. E um deles, que era doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual o maior mandamento da lei? Jesus lhes disse: Amars o Senhor teu Deus de todo o corao,e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este o maior e o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, : Amars ao teu prximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contm toda a lei e os profetas. (Mateus, XII: 34-40)Caridade e humildade, esta a nica via de salvao; egosmo e orgulho, esta a via da perdio. Esse princpio formulado em termos precisos nestas palavras: Amars a Deus de toda a tua alma, e ao teu prximo como a ti mesmo; estes dois pensamentos contm toda a lei e os profetas. E para que no houvesse equvoco na interpretao do amor de Deus e do prximo, temos ainda: E o segundo, semelhante a este, : Amars a teu prximo como a ti mesmo, significando que no se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar ao prximo, nem amar ao prximo sem amar a Deus, porque tudo quanto se faz contra o prximo, contra Deus que se faz. No se podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o prximo, todos os deveres do homem se encontram resumidos nesta mxima: Fora da caridade no h salvao.

1- Jesus ensina ao mundo o resumo de todos os mandamentos da lei mosaica em apenas duas, ou seja:- Amars ao senhor teu Deus, de todo o teu corao (sentimento), de toda a tua alma (esprito) e de todo o teu entendimento (razo).

Por que a Lei de Deus nos recomenda am-Lo sobre todas as coisas? Ser que Deus quer que abandonemos as obrigaes materiais para permanecermos em contemplao?Algumas pessoas entendem isto como uma exigncia, por ser Deus poderoso e temvel entre ns. Confundem Deus com um pai humano, que precisa se exaltar para impor sua autoridade, a fim de ser respeitado e obedecido, para assim, conseguir administrar sua famlia.No entanto, atravs da Codificao Esprita, feita por Allan Kardec, com base nos ensinamentos de Jesus, podemos observar que isto no uma imposio e nem um capricho de Deus. Isto uma necessidade nossa !Por isso que Jesus nos recomenda: Amar a Deus sobre todas as coisas, como base para sermos felizes. Para a nossa felicidade, temos que nos apoiar em algo que no seja perecvel e passageiro, mas que imutvel e eterno. Algo que nos sustente, que nos d segurana, confiana e esperana.Sabemos que Deus a fonte eterna da inteligncia, da sabedoria e da bondade. A plenitude de Deus est acima de tudo o que a nossa mente pode alcanar. Deus a inteligncia suprema, a causa primria de todas as coisas. Portanto, Deus imaterial, no teve comeo e no ter fim. a fonte de todas as riquezas, de todas as virtudes. a essncia que est acima da matria, do esprito e de tudo o que se possa imaginar. Compreendendo a nossa fragilidade, temos que reconhecer a Sua Onipotncia.

Somos regidos por Essa fora suprema e soberana, que em grande parte ainda por ns desconhecida. Nada poderemos e nada seramos sem Ela. Por mais complexa que seja a nossa situao no momento, jamais fugiremos do controle e proteo dessa fora criadora, que conhecemos pelo nome de Deus, porque ela est dentro de cada um de ns.

Por isso temos que obrigatoriamente admitir e respeitar Seus mandamentos. 'Ainda sofremos muito porque no aprendemos a seguir esses mandamentos e coloc-los acima de todas as coisas. No aprendemos ainda a buscar Deus dentro de ns mesmos.

Amemos a Deus, no adorando-O com atos externos ou com palavras de exaltao. Deus no precisa disso. A adorao a Deus a conscincia de que existe um Ente supremo acima de tudo; que nos criou para buscarmos atravs do aprendizado e da experincia a nossa prpria melhoria, e chegarmos perfeio.

2- Vamos falar um pouco mais sobre o 2 maior mandamento:- Amars ao teu prximo como a ti mesmo. Devemos prestar socorro aos nossos irmos pela inteligncia e pelo corao.

Jesus grande psiclogo e motivador. necessrio amar a si mesmo para poder amar ao prximo. (Mostrar o ppt)

3- Fazer aos outros o que queremos que os outros nos faam. // Fora da caridade no h salvao.COMO EXIGIR OU ESPERAR ATITUDES NOBRES DOS SEMELHANTES, SE NO SE DESENVOLVE A PACINCIA E A BENEVOLNCIA PARA COM ELES?

4- A lei do amor:- No seu incio o homem no tinha seno instintos.- Avana no tempo, descobre as sensaes, mas as desvirtua (corrompendo-as)- Ao se instruir e educando-se, evolui e desenvolve os sentimentos. Desses sentimentos em grau mais elevado, nasce o amor ao semelhante.

5- Aquele que se deixa dominar pelos instintos est mais prximo do ponto de partida do que de seu objetivo.

6- No momento em que o homem estiver mais desligado dos instintos animalizados e das sensaes perniciosas e inferiores, deixar de ser egosta e ter para com o seu semelhante sentimentos de amor e compreenso.No havero mais as diferenas sociais, as guerras, a cobia pelo poder, pois um no poder se considerar realmente feliz vendo a infelicidade do outro.

Quais so as nossas maiores dificuldades no relacionamento com o prximo? Certamente o mau humor e a grosseria com que muitas vezes tratamos o semelhante, porm, damos como desculpa o cansao, a cabea cheia de problemas. No estaria, neste comportamento to simples, um convite para exercitarmos com o outro o que gostaramos que fizessem conosco?Kardec, no item IV, nos diz que devemos ter indulgncia e benevolncia para com o semelhante. Quando analisamos esta observao , nos lembramos da necessidade que temos de ser mais fraternos uns com os outros. Ele chega mesmo a dizer que isto uma regra de comportamento, e ento, voltando a questo do mau humor, nos lembramos: No seria uma regra de comportamento evitarmos esses obstculos nas nossas relaes, obstculos esses que dificultam o nosso entrosamento?No gostamos que falem de qualquer maneira conosco, e por que no observamos que muitas vezes tratamos os outros com grosseria?Santo Agostinho, na questo 919-a do Livro dos Espritos, nos diz que a reencarnao na qual ele mais progrediu foi quando adotou por comportamento perguntar todas as noite sua conscincia, se tivera feito alguma coisa ao outro que no fosse boa, ou se deixara de fazer algo de bom, ou ainda se tinha alguma queixa dele naquele dia. Remontava assim o seu dia, atravs das suas atitudes e se programava para no cometer no outro dia, os mesmo erros do dia anterior.Ele afirma ser esta a maneira mais eficaz e mais eficiente para a auto-transformao.

Provavelmente, no existe em nenhum tpico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.Esbarrando com a vtima de malfeitores annimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas das mais indicadas para o trato da beneficncia, mas seguiram de largo, receando complicaes.Entretanto, o samaritano que viajava, v o infeliz e sente-se tocado de compaixo.No sabe quem . Ignora-lhe a procedncia.No se restringe, porm, emotividade.Pra e atende.Balsamiza-lhe as feridas que sangram, coloca-o sobre o cavalo e condu-lo uma hospedaria, sem os clculos que o comodismo costuma traar em nome da prudncia.No se limita, no entanto, a despejar o necessitado em porta alheia. Entra com ele na vivenda e dispensa-lhe cuidados especiais.No dia imediato, ao partir, no se mostra indiferente. Paga-lhe as contas, abona-o qual se lhe fora um familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem exigir-lhe o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratido.Ao despedir-se, no prende o beneficiado em nenhuma recomendao e, no abrigo de que se afasta, no estadeia demagogia de palavras ou atitudes, para atrair influncia pessoal.No exerccio do bem, ofereceu o corao e as mos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu de si o que poderia por si, sem nada pedir ou perguntar.Sentiu e agiu, auxiliou e passou.Sempre que interessados em aprender a praticar a misericrdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e faamos ns o mesmo.EmmanuelDo Livro: Livro da EsperanaPsicografia: Francisco Cndido Xavier1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.Em xodo 20, 2-3: Eu sou o Senhor teu Deus, que te libertou do Egito, do antro de escravido. No ters outros deuses alm de mim., sem dvida alguma, uma Lei Divina, pois ns, seres humanos, sendo criados por Deus, devemo-Lhe por gratido todo o nosso amor.S existimos por ato de sua vontade e amor.2 - No fazer imagens para adoraoEm xodo 20, 4-5: No fars para ti dolos, nem figura alguma do que existe em cima, nos cus, nem embaixo, na terra, nem do que existe nas guas, debaixo da terra. No te prostrars diante deles, nem lhes prestars culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa dos pais nos filhos at terceira e quarta gerao dos que me odeiam, mas uso de misericrdia por mil geraes para com os que me amam e guardam meus mandamentos.Percebe-se, claramente, que nem todas as correntes religiosas tm isso como integrante dos Mandamentos, j que necessitam justificar os dolos (imagens) a que prestam culto, embora queiram dar outro nome para esse tipo de adorao.E, assim, a questo das imagens, colocada no versculo 4, acabou tornando-se um motivo de controvrsia religiosa, entre aqueles que veneram imagens e os que, apoiados nesse versculo, no admitem de forma alguma tal venerao.Respeitamos todos os pensamentos, mas a nosso ver, o Deus do Universo nunca se preocuparia com uma coisa insignificante dessa. Achamos que o homem tem para si que Deus apenas o Deus da Terra e no de um Universo infinito. Se, por um momento pararmos para analisar a nossa ignorncia a respeito do Criador do Universo, talvez no iramos pensar que Ele iria ter uma atitude to mesquinha dessa. Ao contemplar o cu numa noite bem estrelada, diante dos bilhes de astros, fora os que no se encontram no nosso campo de percepo, ficaremos deslumbrados diante da extrema grandeza do Universo, e s aps isso, que podemos mensurar sobre quem o autor disso tudo. A, sim, que teremos uma tnue idia da grandeza do autor. E, depois disso, pensarmos que Ele estaria preocupado com imagens seria pura infantilidade.Entretanto, cremos que, tudo isso tenha um motivo determinado. Ora, Moiss querendo impor ao povo hebreu a idia de um Deus nico, necessitava afastar daquele povo tudo o que poderia causar algum tipo de embarao a tal idia, e assim, no teve outra alternativa, a no ser proibir a adorao das imagens, j que isso era coisa muito comum naquela poca, pois quase todos os deuses eram representados por dolos, para que o povo pudesse ador-los. Devemos entender que no tinham evoluo espiritual suficiente para adorarem um Deus invisvel.Se admitirmos que isso seja realmente uma ordem divina, estaremos admitindo que Deus incoerente j que em outras oportunidades manda exatamente que se faam imagens, seno vejamos:1 - xodo 25, 18-19: Fars dois querubins de ouro polido, nas duas extremidades do propiciatrio; um de um lado e outro do outro lado, de modo que os querubins estejam nos dois extremos do propiciatrio.Se formos consultar o Aurlio encontraremos que querubim um ser da classe dos anjos, entretanto, poca da narrativa bblica, o seu significado consistia de nada mais, nada menos, que um ser da mitologia babilnica, metade homem e metade animal. Era, portanto, um ser misto, representado com rosto humano e corpo de leo ou touro ou outros quadrpedes com asas, vindo a ser, portanto, uma espcie de esfinge.Assim, fica tambm configurado um absurdo: que Deus contrariando sua determinao anterior, tenha mandado fazer dois querubins, seres da mitologia babilnica, e, no bastasse isso, tinha que ser de ouro puro.3 No tomar seu santo nome em vo.Em xodo 20, 6: No pronunciars o nome do Senhor teu Deus em vo, porque o Senhor no deixar impune quem pronunciar seu nome em vo.Embora devemos ter todo o respeito ao nome de Deus, ficamos a pensar se realmente isso poderia ser uma ordem divina ou se seria fruto do pensamento cultural da poca.4 Guardar o dia de sbadoEm xodo 20, 7:Lembra-te de santificar o dia do sbado. Trabalhars durante seis dias e fars todos os trabalhos, mas o stimo dia sbado dedicado ao Senhor teu Deus. No fars trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez o cu e a terra, o mar e tudo que neles h, mas no stimo dia descansou. Por isso o Senhor abenoou o dia do sbado e o santificou.Ora, comum vermos este Mandamento da seguinte forma: Guardar os domingos e festas. Vejam que alm de mudarem as determinaes divinas (sbado para domingo), acrescentam coisas que nem estavam l, como o caso das festas.Aqui necessrio buscarmos o sentido da letra, para podermos entender esse Mandamento. Existe uma necessidade fisiolgica, tanto no homem quanto nos animais, que o descanso, de vital importncia para se recomporem suas energias, caso contrrio, podero morrer de esgotamento.A inspirao divina foi captada com certeza. Entretanto, as palavras utilizadas para registrarem-na podem no trazer o sentido exato dela, pois correspondem evoluo cultural e espiritual de quem a recebeu.Para o homem alm da necessidade fsica, podemos tambm perceber uma outra de natureza religiosa, ou seja, a importncia de se reservar um dia para que as pessoas pudessem se dedicar s suas atividades religiosas. Sem esse Mandamento, fatalmente iria ocorrer que, alm da explorao do trabalhador, haveria grande dificuldade para que uma pessoa viesse a se aprimorar espiritualmente, j que lhe faltaria tempo para se dedicar a isso.5 Honrar pai e me.xodo 20, 8: Honra a teu pai e a tua me, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te d.Podemos notar a importncia desse Mandamento na recompensa prometida para quem o cumprir. Os judeus imaginavam que uma vida longa aqui na Terra era sinnimo de estar nas graas de Deus, pois nada sabiam ou compreendiam da realidade espiritual. Como s aceitavam a vida fsica, nada mais lgico para eles que viver muito tempo, o que lhes significava um prmio. Podemos perceber isso, claramente, na Bblia, quando em suas narrativas encontramos pessoas tendo um longo perodo de vida. Temos, por exemplo, os que viveram: 840 anos, 810 anos, 895 anos, 962 anos e 979 anos, o que, se entendermos na literalidade, iria contrariar o que consta de Gneses 6, 3: E o Senhor disse: Meu Esprito no ficar para sempre no homem, porque ele apenas carne. No viver mais do que 120 anos.Sabemos tambm, que mesmo se no fosse uma Lei Divina, nosso dever honrar aos nossos pais, j que so eles que nos proporcionam essa nova reencarnao, ao procriarem o nosso corpo fsico. Vemos, neles, co-criadores, que entregam a Deus um novo corpo fsico para que um esprito venha a ter uma nova oportunidade de crescimento e aprendizado, pela porta da reencarnao.A eles devemos a nossa educao, principalmente a moral, e, se no puderam dar mais deles para ns, porque, muitas vezes, ns espritos rebeldes, no lhes damos ouvidos. Tudo que fazem a nosso favor, o fazem por amor. Quantas vezes, nos revoltamos contra eles, quando ramos adolescentes, mas, ao nos tornarmos maduros, no somente sermos adultos, compreendemos que tudo o que nos fizeram no faltou o ingrediente do amor. Se voltarmos no tempo para lembrarmos as vezes que passaram noites inteiras sem dormir, preocupados com nosso estado de sade, quando at mesmo uma simples gripe, para eles, era motivo de preocupaes, dar-lhes-amos mais respeito e mais valor. Quanto significativo o carinho com que nossa me nos carregou no colo, oferecendo-nos o leite materno de importncia vital para o nosso desenvolvimento fsico e at mesmo emocional. So tantas coisas que devemos aos nossos pais, que seremos totalmente ingratos, se no tivermos para com eles todo o respeito que merecem6 No matar.Em xodo 20, 9: No matars. exatamente neste mandamento que podemos confirmar que Moiss, ao lado das Leis Divinas, colocou vrias outras. Mas, para dar maior valor a elas de maneira que o povo as seguissem cegamente utilizou, para isso, da estratgia de dizer que eram provenientes de Deus. No podemos conden-lo por isso, pois no havia outro meio de moralizar um povo bruto e ignorante, como o de sua poca.Vejamos ento, algumas citaes bblicas para confirmar isso. Recorremos ao captulo 21 de xodo:12. Quem ferir mortalmente um homem, ser punido de morte.15. Quem ferir o pai ou me, ser punido de morte.16. Quem seqestrar uma pessoa, quer a tenha vendido, ou ainda se encontre em seu poder, ser punido de morte.17. Quem amaldioar o pai ou a me, ser punido de morte.E em xodo 22, encontramos mais ainda:17. No deixars com vida uma feiticeira.18. Quem tiver relaes com um animal, ser punido de morte.19. Quem oferecer sacrifcios aos deuses, e no unicamente ao Senhor, ser condenado ao extermnio.Bom, s por a j podemos verificar que, se tudo isso for realmente Mandamento Divino, onde fica o No matars? Seria, podemos admitir, Deus agindo com incoerncia, o que a nosso ver, repetimos, inegavelmente um absurdo.Quem sabe se a vergonhosa Santa Inquisio, que de Santa no tinha nada, no tenha se baseado nisso para levar fogueira os hereges e as feiticeiras?Mas, para uma compreenso mais racional da Bblia, devemos levar em conta os fatores culturais relativos ao povo e a poca do acontecimento. Assim, considerando que a legislao de Moiss foi ditada, quando o povo hebreu se encontrava no deserto, e no os esqueamos que nele permaneceram por 40 anos, fica fcil entendermos que, como no havia construes em alvenaria, para se colocar nelas, em recluso, os criminosos e, nessa circunstncia, no havia como ficarem pessoas apenas vigiarem-nos, era mais cmodo, quem sabe at mesmo recomendvel, que a morte fosse a pena para todos os crimes, no mesmo?Entretanto, admitir que tais leis venham de Deus que no seria racional e lgico.7 No adulterars.Em xodo 20, 10: No cometers adultrio.Esse Mandamento, algumas vezes, o encontramo-lo da seguinte forma: No pecar contra a castidade. Ora, castidade no tem o mesmo significado que adultrio. Sendo a castidade definida como abstinncia total dos prazeres sexuais. E pergunto se as pessoas casadas estariam infringindo tal lei? Ou no seria uma lei para, de certa forma, justificar o celibato?O significado de adulterar: 1. Falsificar, contrafazer: 2. Corromper, viciar, deturpar, deformar. 3. Mudar, alterar, modificar, podendo ainda corresponder a cometer adultrio, ou seja, infidelidade conjugal.Antigamente, poderiam v-lo somente quanto questo da infidelidade conjugal, visto o machismo do povo hebreu. Mas, modernamente, poderemos compreend-lo tambm com um significado mais amplo, e o prprio Jesus o utilizou dessa maneira (Marcos 16, 4: Uma gerao m e adltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe ser dado, seno o sinal do profeta Jonas.). Quando apresentaram a Ele a adltera, pedindo-Lhe a opinio sobre o que deveriam fazer a ela, sabiam que pela Lei Mosaica ela deveria ser apedrejada. Entretanto, por que nada disseram sobre o adltero, quando se sabe que no poderia uma mulher cometer adultrio sozinha? Isso, sem dvida, reflete tambm a cultura da sociedade machista da poca8 No furtar.xodo 20, 11: No furtars.A questo de se apropriar indevidamente do que no nos pertence faz parte do respeito que devemos ter para com nosso prximo. Por outro lado, isso sanciona o direito que cada um tem de possuir alguma coisa, desde que a obtenha por vias legais e ticas.Entretanto, cabe sociedade como um todo a incumbncia de levar a todos os seus membros o ensino pblico, onde tambm os valores da tica e da moral devero fazer parte do programa de aprendizado do aluno. Falindo nesse aspecto, a conseqncia inevitvel, j que indivduos sem esses valores acabam por se tornarem em delinqentes de todas as espcies.9 No levantar falso testemunho.Em xodo 20, 12: No levantars falso testemunho contra o prximo.Fundado principalmente numa questo de justia, inegvel que se trata de um preceito natural, portanto, divino.Durante a Inquisio esse Mandamento no era tido como divino, j que no faziam a menor questo de aplic-lo.10 - No desejar a mulher do prximo nem cobiar nenhum de seus bens.Em xodo 20, 13: No cobiars a casa do prximo, nem a mulher do prximo, nem o escravo, nem a escrava, nem o boi, nem o jumento, nem coisa alguma do que lhe pertence. comum vermos esse Mandamento desmembrado em dois: Um como o nono mandamento: No desejar a mulher do prximo e o outro, como dcimo: No cobiar as coisas alheias.Falamos um pouco atrs que as determinaes de Deus devem ser atemporais, universais e imparciais. Se formos fazer uma anlise do texto bblico, utilizando desses critrios, chegaremos concluso que este no passa por esse crivo.A sociedade machista em que se constitua o povo hebreu a nica coisa que encontramos para justificar a questo de no cobiar a mulher do prximo. Veja que seria um absurdo admitir que a mulher do prximo poderia desejar o marido da outra, j que isso no est explicitamente proibido. E o que no proibido permitido. Mas, se bem analisarmos a questo, o desejar a mulher do prximo ou o marido da prxima, ela j estaria no contexto do no adulterars, assim ficaramos com duas ordens divinas para a mesma situao. Voltando ao que j dissemos anteriormente, devemos entender os fatores culturais da poca. Assim, podemos perceber que o que se encontra listado nessa passagem reflete apenas o que, para poca, era de suma importncia para aquele povo. Veja, por exemplo a questo do escravo. Qual o sentido de sua aplicao nos dias de hoje? Poderemos cobiar a Mercedes do prximo? O jumento era um meio de transporte muito utilizado na poca, entretanto, hoje utilizamos o carro, como ficaria, pois, a aplicao literal desse Mandamento?Quanto questo da mulher, ela era tida como propriedade do homem, talvez, assim considerada, por causa da narrativa bblica de sua criao. J que, pela Bblia, Deus criou o homem primeiro, para s depois resolver dar-lhe uma companheira. Mas, ao invs de cri-la tambm do barro, donde veio o homem, como consta da Bblia, toma-a da costela do homem. O significado disso tudo reala que a mulher no tinha valor algum, e at para ser criada, foi dependente do homem. E ser que isso foi orientado por Deus, ou Ele, tambm, era ainda muito atrasado, como o era a Humanidade daquele poca? bvio que tudo isso tem muito a ver com o homem, e no com a Inspirao Divina, pois Deus imutvel, sendo sempre o mesmo, ontem, hoje e sempre.