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Nathaniel Hawthorne revisita os puritanos

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Nathaniel Hawthorne revisita os puritanos O autorNathaniel HawthorneNathaniel Hawthorne (Salem, 4 de Julho de 1804 - Plymouth, 19 de Maio de 1864) foi um escritor norte-americano, considerado o primeiro grande escritor dos Estados Unidos e o maior contista de seu pas, sendo o responsvel por tornar decisivamente o puritanismo americano um dos temas centrais da tradio gtica. Oriundo de uma famlia de tradio puritana, era bisneto de um dos juzes das feiticeiras de Salem, na Nova Inglaterra, e seu filho adotado de um capito de navio, tendo ficado rfo de pai ainda aos 4 anos de idade. Quando se licenciou, em 1825, j tinha escrito vrios contos e sabia que queria ser escritor. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nathaniel_HawthorneFatos histricos e religiososA chegada dos colonos do ArbellaUm dos grandes responsveis por institucionalizar o Destino Manifesto foi John Winthrop, famoso governador da Colnia de Massachusetts. Em seu clebre sermo A Model of Christian Charity, proferido aos futuros colonos a bordo do navio Arbella, Winthrop disse: Devemos nos considerar uma cidade sobre a colina. Os olhos de todas as pessoas esto sobre ns. (traduo minha). (PONE, 2014, p. 24)

A cidade sobre a colinaTer o julgamento de todas as outras pessoas e o reconhecimento da inevitabilidade desse julgamento como algo destinado por Deus punha os futuros habitantes do novo mundo no mesmo patamar de grandeza dos heris clssicos: seus xitos seriam louvveis como os xitos do heri pico; suas falhas seriam indelveis, como as falhas do heri trgico. (PONE, 2014, p. 24)

Os pecadores na mo de um Deus IradoReferncia: Sinners in the hands of na angry God, de Jonathan Edwards;Base: "Minha a vingana e a recompensa, ao tempo que resvalar o seu p; porque o dia da sua runa est prximo, e as coisas que lhes ho de suceder, se apressam a chegar." (Deuteronmio 32:35);Homens e mulheres nascem destinados ao inferno, esto sempre em constante estado de pecado; O que o verdadeiro cristo deve fazer no orar esperando seu lugar no cu, mas orar para tentar minimizar a sua ida ao inferno, uma vez que ela certa e s tem uma mnima chance de no se concretizar que atravs de uma vida nos caminhos de Deus.

A caa s bruxasOs puritanos acreditavam que tinham recebido de Deus a misso de prosperar e de levar Sua palavra s reas menos civilizadas, criando, no novo continente, um local imagem e semelhana dos Seus desgnios. Essa crena, conhecida como Destino Manifesto, criou uma das dicotomias mais importantes da histria estadunidense: eu vs. outro. Era necessrio para que os colonos tivessem uma viso altiva de si mesmos, nas novas terras, que a imagem do outro personificasse um inimigo que era, em muitas ocasies, tido como demonaco. (PONE, 2014, p. 22)Fora de suas vilas, espaos tidos como desenvolvidos, a natureza era ameaadora e era nas florestas que morava o diabo. Havia uma necessidade expressa de um antagonista, pois se Deus mostra sua grandeza perante Satans, os servos de Deus mostrariam sua grandeza perante os servos do grande inimigo. Esse inimigo s mudou de nome com o tempo, mas sempre manteve uma caracterstica marcante: era o outro no cristo. (PONE, 2014, p. 23)Os julgamentos de SalemUm dos episdios mais emblemticos protagonizados pelos puritanos, que mostra com clareza um grande desespero em relao ao desconhecido, foram os julgamentos de Salem. A perseguio, que se iniciou por volta de 1692, foi fruto de uma suposta influncia que Tituba, uma escrava de Barbados, teve sobre um grupo de garotas, fazendo com que os magistrados de Massachusetts pensassem que as meninas estivessem possudas pelo demnio. A partir da, uma pessoa era levada ao tribunal como bruxa ou bruxo se identificada como tal por outra pessoa e, uma vez constatada a presena de Satans, o condenado tornava-se pria social. Esse caso curioso por colocar o demnio dentro do espao civilizado, retirando a figura antagonista da wilderness. (Cf. ERIKSON, Wayward Puritans)Nos tempos do autorHawthorne e os dogmas puritanosHawthorne no apresenta com fidelidade os dogmas puritanos, pois o pecado , normalmente, seu principal tema. O pecado traz afastamento da graa divina, fazendo de um indivduo algum impuro. possvel definir o Puritanismo, grosso modo, como uma doutrina que se pauta nos princpios morais e rgidos da Bblia Sagrada, tendo o Velho Testamento como norte. Algum que fuja das leis divinas ou est em pecado no digno, para os puritanos, do Reino de Deus.

Apagamento do passado familiarSua mudana de sobrenome deve-se a um passado familiar marcado pelo o puritanismo que matou muitas pessoas (Hawthorne era descendente do Juiz Hathorne, responsvel por condenar milhares de inocentes fogueira como bruxas), Nathaniel Hawthorne utiliza os ideais puritanos para revisitar as influncias da hipocrisia da caa aos diferentes da norma de sua poca.O ser humano em ambiguidade com o pecadoO vu negro do ministro: um conto de autoria de Nathaniel Hawthorne acerca um clrigo em uma cidade puritana na Nova Inglaterra, que veste um vu preto todos os dias. A maioria dos leitores veem o vu como um smbolo das maneiras com que as pessoas escondem seus erros e pensamentos imorais dos outros, usando uma mscara, como um vu, que esconde o seu verdadeiro eu.O ser humano em ambiguidade com o pecadoA Letra Escarlate: Uma multido observa Hester Prynne sendo escoltada da priso at o pelourinho, carregando um beb no colo e com a letra escarlate "A" bordada no peito. Do alto, ela v um homem acompanhado de um ndio. Ela segue o homem com o olhar por um longo tempo, chegando a esquecer-se do resto do mundo. Depois, ela interrogada pelo clero da cidade, que a instiga a dizer o nome do homem com quem ela teve a filha. Hester se recusa a dizer e levada de volta priso. Na priso, o homem reaparece dizendo ao carcereiro que um praticante de medicina e que poderia ajudar Hester a se acalmar. Eles so deixados a ss e descobre-se que o homem , na verdade, o marido de Hester. Ele tambm pede a ela que diga quem o pai da criana e ela novamente se recusa a dizer. Ele, ento, diz que vai descobrir de um jeito ou de outro e pede que ela que no diga a ningum que ele seu marido; que toda a cidade pense que ele est morto. Ele se apresenta cidade sob o nome de Roger Chillingworth. Hester libertada da priso e vai morar numa cabana afastada da cidade, onde costura para toda a gente e vive uma vida modesta, mas sem dificuldades financeiras. De fato, ela at ajuda as pessoas mais pobres que ela, as quais normalmente retribuem com escrnio e malcia. A pequena Pearl, filha de Hester, vai crescendo, isolada das outras crianas. Hester percebe que Pearl uma garota inteligente e sempre se questiona quem aquela garota, se ela realmente humana.Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Scarlet_Letter_%28livro%29RefernciasEDWARDS, Jonathan. Sinners in the hands of an angry God. In: BAYM, Nina (ed.). Norton Anthology of American Literature. New York & London: W.W. Norton & Company, 2003.

ERIKSON, Kai T. The shapes of the Devil. In: __________. Wayward Puritans: A study in the sociology of deviance. Boston: Allyn & Baccon, 2005.

HAWTHORNE, Nathaniel. The Scarlett Letter. London: Penguin, 1996.

______. O vu negro do ministro. In: KRlHENBL, Olivia (org.). O Experimento do Doutor Heidegger. So Paulo, Ediouro, 1980.

PONE, Pedro Felipe M. Anti-heris de medo e incerteza: o protagonista jovem da dcada de 1950 e seus desdobramentos na contemporaneidade (Dissertao de Mestrado). Niteri: Universidade Federal Fluminense, Instituto de Letras, 2014.

RULAND, Richard; BRADBURY, Malcolm. The Puritan Legacy. In: __________. From Puritanism to Postmodernism. New York: Penguin, 1992.

WINTHROP, John. A Model of Christian Charity. In: BAYM, Nina (ed.). Norton Anthology of American Literature. New York & London: W.W. Norton & Company, 2003.