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CONCURSOCONCURSOPREF. ANPOLIS
Farmcia
Conhecimentos: EspecficosDisciplina: FarmacologiaParte I_____________________________________________
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(COPYRIGHT), NOS TERMOS DA LEI 9.610/98, QUE ALTERA, ATUALIZA E CONSOLIDA ALEGISLAO SOBRE DIREITOS AUTORAIS E D OUTRAS PROVIDNCIAS.
GRUPOS DE RATEIO E PIRATARIA SO CLANDESTINOS, VIOLAM A LEI E PREJUDICAM OSPROFESSORES. NOSSA EQUIPE EST IDENTIFICANDO E COMBATENDO ESTA PRTICAEMBASADA NA LEGISLAO VIGENTE!
VALORIZE NOSSO TRABALHO ADQUIRINDO OS CURSOS HONESTAMENTE ATRAVS DOSITE EDUCA FAR.
O
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OBSERVAES INICIAIS
Os livros dos saudados Bertram G. Katzung ou Goodman & Gilman,
todo farmacutico conhece, e sabe bem que ele possui mais 1.000 pginas.
Ento no humanamente possvel estudar de forma detalhada, no prazo
que vocs tm, o edital saiu com um prazo muito curto at a prova. Farei o
seguinte, vamos focar de forma muito objetiva naquilo que as bancas mais
exigem, o que recorrente mesmo.
Ao observar o edital do concurso Pref. Goinia 2015, vimos que a parte
de Farmacologia corresponde praticamente a 50% do seu edital, ento,
acreditamos que talvez seja a disciplina mais importante do contedo
especfico.
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SEO 1: PRINCPIOS BSICOS
FARMACOLOGIA:pode ser definida como o estudo de substncias que
interagem com os sistemas vivos atravs de processos qumicos,
especialmente pela ligao a molculas reguladoras e ativao ou
inibio de processos corporais normais.
Para Katzung B.G. FRMACO toda substncia que suscita uma
mudana na funo biolgica atravs de suas aes qumicas. Na grande
maioria dos casos ocorre a interao com outra molcula especfica do
organismo, chamada de receptor.
Os frmacos podem ser sintetizados no corpo (ex: hormnios) ou
substncias NO sintetizadas no organismo, que so os chamados
xenobiticos.
A farmacologia possui vrias subdivises, uma que o autor teve o
interesse de mencionar na introduo do livro a FARMACOGENMICA (a
relao da composio gentico do indivduo com sua resposta a
frmacos especficos).
A Farmacogenmica ou farmacogentica tambm pode ser
entendida como o estudo das variaes genticas que causam diferenas
na resposta ao frmaco entre indivduos ou populaes.
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FARMACOCINTICAA farmacocintica um ramo da Farmacologia que possui
importncia de auxiliar correta posologia, assim como reajustes nas doses,
entender o ndice teraputico, entre outras.
Katzung B. G, define de forma simplificada farmacocintica como: a
ao do corpo sobre o frmaco.
Professor ainda no entendi muito bem. OK! Vou explicar com uma
linguagem menos tcnica. A farmacocintica significa: o caminho que o
frmaco vai percorrer no corpo, desde a administrao e absoro at a
sua eliminao. Outros autores falam que a relao entre a seqncia
temporal das concentraes da substncia alcanadas em diferentes regies do corpo
durante e aps a administrao de uma dose.
s vezes, encontramos em assertivas de provas o seguinte conceito
atribudo a farmacocintica:
Farmacocintica o estudo da velocidade com que os frmacos
atingem o stio de ao e so eliminados do organismo, bem como dos
diferentes fatores que influenciam na quantidade de frmaco a atingir o
seu stio.
Em farmacologia os parmetros ditos farmacocinticos so aqueles
que se relacionam com o caminho que a droga faz pelo organismo, a
cronologia desse percurso. So exemplos de parmetros farmacocinticos:
Forma FarmacuticaVia de AdministraoTempo de meia-vidaQuantidade de droga no corpo
A Farmacocintica dividida em quatro fases, que estudaremos daqui a
pouco, essas fases so:
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ABSORO a passagem da droga do seu local de aplicao at a corrente
sangnea.
Para ser absorvido um frmaco precisar atravessar as barreiras
celulares (por exemplo, mucosa gastrintestinal, tbulo renal, barreira
hematoenceflica, placenta), necessrio que as substncias atravessem
membranas lipdicas.
As substncias atravessam as membranas lipdicas:
por difuso passiva;
por transportadores;
Como visto na imagem acima a difuso passiva poder ocorrer pela
membrana ou atravs de canal aquoso (ou poro aquoso).
DIFUSO PASSIVA PELA MEMBRANA Como a membrana uma bicamada
lipdica o principal fator que determina a taxa de transferncia por difuso
passiva atravs da membrana a lipossolubilidade da substncia. Quanto
maior a lipossolubilidade, mais facilmente o frmaco poder atravessar.
Outro fator importante o peso molecular, quanto MENOR o peso
molecular do frmaco mais fcil ser a passagem atravs das membranas.
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Alm disso, o transporte passivo depende do gradiente de concentrao,
as substncias qumicas tendem a se deslocar do compartimento mais
concentrado para o menos concentrado, portanto frmacos administrados
em solues altamente concentradas so absorvidos mais rapidamente do
que aqueles administrados em solues de baixa concentrao, j que
possuem um gradiente de concentrao favorvel.
OBS: A lipossolubilidade a solubilidade nos lipdios, que caracterizada pelo
coeficiente de partio lipdeo/gua. Portanto quanto maior o coeficiente de partio,
maior a solubilidade e consequentemente mais absorvvel o frmaco pelas membranas
celulares.
DIFUSO PASSIVA PELO CANAL AQUOSO Como o canal preenchido por
gua, essa ser a opo para absoro de forma passiva para os frmacos
que forem mais hidroflicos e logicamente de baixo peso molecular
tambm. Alm disso o deslocamento dos frmacos por esse processo
tambm dependem do gradiente de concentrao.
ABSORO POR TRANSPORTADRES A absoro mediada por
transportadores (por exemplo, no tbulo renal, na barreira
hematoenceflica, no epitlio gastrintestinal) requer energia e importantepara algumas substncias quimicamente relacionadas a substncias
endgenas.
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Outros fatores que influenciam o processo de absoro:
Caracterstica qumica da droga: Certamente se alguns fatores forem
atendidos, mas o frmaco tiver uma caracterstica qumica instvel aabsoro e transporte desse frmaco ser prejudicado.
Estado cristalino:A grande coeso das molculas de um composto em seu
estado cristalino, normalmente, proporciona-lhe menor solubilidade que a
estrutura amorfa, pois necessria maior energia para separ-las. A
estrutura amorfa, no entanto, com a pouca coeso de suas molculaspossui uma separao mais rpida o que favorece a absoro.
Circulao no local de administrao: esse fator afeta a absoro do
frmaco, sendo que o aumento do fluxo sangneo tambm aumenta a
velocidade de absoro do frmaco.
Dissoluo da forma farmacutica nos lquidos gastrointestinais:Esta etapa,por sua vez compreende a formao de uma disperso molecular na fase
aquosa, ou seja, a dissoluo progressiva do frmaco, essencial para sua
posterior absoro, desde que seja requerida uma ao sistmica e no
local. A dissoluo muitas vezes a etapa determinante da velocidade do
processo de absoro.
Motilidade gastrointestinal: A motilidade gastrintestinal possui grande feito.
Muitos distrbios como a enxaqueca) provocam estase gstrica e retardam
a absoro dos frmacos. Por exemplo, metoclopramida, que utilizada no
tratamento da enxaqueca para deixar o esvaziamento gstrico mais rpido
e facilitar a absoro de analgsico.
O movimento excessivamente rpido do contedo intestinal tambmpode comprometer a absoro. Um frmaco tomado aps uma refeio ,
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com freqncia, absorvido mais lentamente, visto que a sua progresso
pelo intestino delgado retardada. Todavia, existem excees, e vrias
substncias (por exemplo, propranolol) alcanam concentraes
plasmticas mais elevadas quando tomadas aps uma refeio,
pH: Muitas substncias so cidos fracos ou bases fracas, podendo
apresentar-se na forma ionizada ou no. O estado de ionizao varia com
o pH, de acordo com a equao de Henderson-Hasselbalch:
HA = H++ A
-
Onde, HA = Forma protonada do cido, molecular, no
ionizada, FORMA MAIS LIPOSSOLVEL (absorvvel).
-------------------------------------------------------------------
B = H++ BH
+
Onde, B = Forma desprotonada da base, no ionizada,FORMA MAIS LIPOSSOLVEL (absorvvel)
No caso de cidos fracos ou de bases fracas, apenas a forma no-
carregada (a forma protonada para um cido fraco; a forma no-
protonada para uma base fraca) pode sofrer difuso atravs das
membranas lipdicas.
Os cidos fracos tendem a no ionizar-se no estmago, porque l o
meio j muito cido, isso favorece a absoro desses frmacos.
As bases fracas tendem a no ionizar-se no intestino, porque l o meio
j bsico, isso favorece a absoro desses frmacos.
Veja no esquema abaixo que a droga no-ionizada (ou seja, forma mais
lipossolvel) quem consegue atravessar melhor a membrana celular.
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RESUMINDO:
CIDOS FRACOS BASES FRACAS
ABSORO: ESTMAGO
(melhor absorvida em pH cido, aonde hpredomnio das formas no ionizadas)
ABSORO: INTESTINO
(melhor absorvida em pH bsico, aonde hpredomnio das formas no ionizadas)
OBS: evidente que o intestino possui grande superfcie de contato, logo, at mesmo os
frmacos cidos podero ser absorvidos neste rgo independente da influncia do pH.
Alm disso o estmago possui uma parede mais espessa e com presena de muco, o
que dificulta um pouco a absoro neste local.
OBS 2: Porque as formas ionizadas no so absorvveis? R: Pois so pouco lipossolveis,
alm de sofrer uma repulso eletrosttica com as cargas da membrana.
Alguns exemplos de frmacos cidos e bases fracas:
CIDOSAspirina, penicilina, fenobarbital, varfarina, etc.
BASESMorfina, atropina, nicotina, diazepam, etc.
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DIFUSO FACILITADA: um processo mediado por protenas transportadoras
especficas, porm sem gasto de energia. Nesse transporte h
competitividade pelo transportador e a fora de transferncia ocorre pelo
gradiente de concentrao.
Ex: glicose
Ao falar em absoro temos que lembrar do efeito de primeira
passagem (metabolizao pelo fgado e pela microbiota intestinal
em menor quantidade), antes que o frmaco chegue a circulao
sistmica. As vias de administrao que esto sujeitas a esse efeitoso: Via Oral e Via Retal.
DISTRIBUIOO termo distribuio se refere transferncia reversvel do frmaco de
um local a outro dentro do organismo. o transporte do frmaco da
corrente sangunea para o tecido-alvo, se d pela distribuio dos
frmacos nos lquidos intersticiais e intracelulares.
Fatores que podem influenciar a distribuio dos frmacos:
Propriedade fsico-qumica das substncias;Dbito cardaco;Fluxo sanguneo regional;
Existncia de barreiras nos tecidos;
Taxa de ligao com protenas plasmticas.
A distribuio dos frmacos depende da circulao, por isso o
transporte da droga no organismo passa em primeiramente nos rgos de
maior vascularizao (como SNC, pulmo, corao) e depois sofre
redistribuio aos tecidos de menos irrigao (tecido adiposo por
exemplo). nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar.
RE
LEMBRAR
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Alm dos fatores ligados circulao, a existncia de barreiras nos
tecidos poder dificultar a distribuio dos frmacos. Por exemplo, a
barreira hematoenceflica impede a passagem de muitas substncias (no
de todas) regio enceflica.
O crebro inacessvel a muitas substncias, incluindo muitos agentes
antineoplsicos e alguns antibiticos, como os aminoglicosdios, cuja
lipossolubilidade insuficiente para permitir sua penetrao na barreira
hematoenceflica. Entretanto, a ocorrncia de inflamao pode romper a
integridade da barreira hematoenceflica, possibilitando a penetrao, nocrebro, de substncias normalmente impermeveis. Em conseqncia,
pode-se administrar penicilina por via intravenosa (em lugar de intratecal)
para o tratamento da meningite bacteriana (que acompanhada de
intensa inflamao).
Mas nessa fase farmacocintica o fator mais comentado mesmo a
ligao do frmaco com as protenas plasmticas. A ligao com as
protenas plasmticas depender da quantidade e afinidade qumica.
Existem dois tipos de protenas plasmticas importantes:
ALBUMINA: carreadora de frmacos cidos;
GLICOPROTENA CIDA: carreadora de frmacos bsicos;
A quantidade do frmaco que se liga protena recebe o nome de
frao ligadae a quantidade no ligada nomeia-se como frao livre.
Frao ligadas protenas plasmticas
Frao livre
A frao dos frmacos que estiverem
ligados s protenas no conseguiro
interagir com o seu receptor, portanto essa
uma frao inativa.
A frao livre poder atingir o tecido-alvo
e interagir com receptor, portanto uma
frao dita: ativa.
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O complexo frmaco-protena age como um reservatrio temporrio
na corrente sangnea retardando a chegada de frmacos aos rgos alvo
e stios de eliminao. Quando a ligao protena ocorre fortemente, ela
pode diminuir a intensidade mxima de ao, por diminuir a concentrao
mxima atingida no receptor, alterando, assim sua resposta clnica;
reciprocamente, a diminuio da ligao pode aumentar a intensidade de
ao do frmaco.
Os stios proticos de ligao de frmacos no plasma so passveis de
saturao. A medida que a concentrao do frmaco aumenta, tambm
pode aumentar sua forma livre, mesmo que seja um frmaco com alta
afinidade pela protena porque a capacidade de ligao pode estar
saturada.
A extensa ligao a protenas tambm torna a eliminao da
substncia lenta.
O acmulo de um frmaco em determinado tecido, pode atuar comoum reservatrio que prolonga sua ao nesse mesmo tecido e em um local
distante atingido pela circulao. Esse fenmeno da formao de
reservatrios acontece com freqncia com frmacos altamente
lipossolveis que tendem a se acumular no tecido adiposo do indivduo,
sendo liberado corrente sangunea de forma lenta, prolongando o tempo
de ao do frmaco.
O ltimo parmetro farmacocintico que precisamos comentar dentro
do tema da distribuio o VOLUME DE DISTRIBUIO. Esse tpico foi
explorado em apenas uma prova da Consulplan, a qual a banca queria o
conceito. J apresentei para voc a definio adotada pela banca no
incio da aula, na seo de conceitos relevantes. Mesmo assim vou
apresentar outra definio:
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Volume de distribuio definido como o volume de plasma que deveria
conter o contedo corporal total da substncia em concentrao igual
do plasma.
Refere-se medida da quantidade de lquido necessria para abarcar atotalidade de frmaco nos compartimentos extravasculares.
BIOTRANSFORMAOEsta a fase farmacocintica da transformao do frmaco em
outra(s) substncia(s), por meio de alteraes qumicas, geralmente sob
ao de enzimas inespecficas.
Professor por que enzimas inespecficas? R: Pois a
mesma enzima poder atuar em mais de um
frmaco.
Essa transformao pode constituir em degradao (oxidao,
reduo, hidrlise), ou em sntese de novas substncias (conjugao). A
biotransformao ocorre principalmente no fgado, mas tambm em outros
rgos como nos rins, nos pulmes e no tecido nervoso.
Excluindo-se o pulmo os rgos excretores eliminam os compostos
polares mais eficientemente que as substncias com alta lipossolubilidade,
assim os frmacos lipossolveis no so prontamente eliminados at serem
biotransformados em compostos mais polarizados.
As substncias lipoflicas no so eliminadas suficientemente pelo rim
de forma inalterada. Por conseguinte, so, em sua maioria, metabolizadas a
produtos mais polares, que so ento excretados na urina.
Geralmente, o fgado o maior e algumas vezes o nico stio de
biotransformao de frmacos; o metabolismo das substncias que ocorre
no fgado, sobretudo pela ao do sistema microssomal do citocromo P450
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(CYP). Ocasionalmente o frmaco biotransformado em outros tecidos
como os rins, pele, pulmes, sangue e trato gastrintestinal.
O metabolismo dos frmacos envolve dois tipos de reao bioqumica,
conhecidos como reaes de fase 1 e de fase 2. Geralmente essas reaes
ocorrem nessa sequncia.
As reaes de fase 1 so catablicas (no sintticas) (por exemplo,
oxidao, reduo ou hidrlise), e, com freqncia, os produtos so
quimicamente mais reativos e, portanto, paradoxalmente, algumas vezes
mais txicos ou carcinognicos do que a substncia original.
As reaes de fase 2 so anablicas (sintticas) e envolvem a
conjugao, que habitualmente resulta em produtos inativos (embora haja
excees, como, por exemplo, o metablito sulfato ativo do minoxidil).
Com freqncia, as reaes de fase 1 introduz em um grupo
relativamente reativo, como o grupo hidroxila, na molcula (um processo
conhecido como "funcionalizao"). A seguir, esse grupo funcional atua
como ponto de ataque para o sistema de conjugao, fixando um
substituinte como glicurondio (figura abaixo). Em geral, ambas as etapas
diminuem a lipossolubilidade, com conseqente aumento da eliminao
renal da substncia.
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REAES DE FASE 1 REAES DE FASE 2
Reaes de oxidao, reduo ou de
hidrlise
Introduo de grupos funcionais (ex:
OH, COOH, SH, NH2) para deixar a
substncia mais reativa.
Podem transformar drogas inativas emdrogas ativas (pr-frmaco)
Reaes de conjugao
Introduo de grupos como a
glutationa ou glicurondio.
Produz metablitos mais hidrossolveis e
de alto peso molecular.
Acerca da biotransformao, existem apenas mais alguns processos
que voc dever aprender o significado, vamos alunos: FORA, FOCO e F!
TEMPO DE MEIA VIDA
uma medida de tempo, trata-se do perodo necessrio para que
metade (50%) da concentrao do frmaco administrado seja removido
do organismo.
O tempo de meia-vida ou t1/2 um importante parmetro
farmacocintico. A caracterizao de um evento farmacocintico pelo
valor da meia vida possibilita uma estimativa da rapidez com que o
processo ocorre, originando dados importantes para a interpretao dos
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efeitos teraputicos ou txicos dos frmacos, da durao do efeito
farmacolgico e do regime posolgico adequado.
CICLO NTERO HEPTICO
Alguns produtos conjugados so excretados pela bile, reativados no
intestino e, a seguir, reabsorvidos. Esse processo de recirculao de alguns
frmacos aumento o seu tempo de meia-vida.
INDUO ENZIMTICA
Diversas substncias quando administradas repetidamente como a
rifampicina, o etanol, a carbamazepina aumentam aatividade das enzimas
metablicas hepticas, isso faz com que outras substncias sejam mais
metabolizadas e mais eliminadas. Em certos casos um frmaco pode causar
induo enzimtica e aumentar a sua prpria metabolizao.
INIBIO ENZIMTICA
Diversas substncias quando administradas repetidamente diminuem
(inibem) aatividade das enzimas metablicas hepticas, isso faz com que
outras substncias sejam menos metabolizadas e menos eliminadas, isso
aumentar o tempo de meia-vida da substncia, podendo estimular o
prolongamento do efeito farmacolgico e at aparecimento de efeitos
txicos. Em certos casos um frmaco tambm pode causar inibio
enzimtica e diminuir a sua prpria metabolizao.
A cimetidina e o cetoconazol so exemplos clssicos inibidores de
reaes oxidativas de biotransformao.
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EXCREO a sada dos frmacos do organismo.
DICA: nem sempre os frmacos para serem eliminados devem sofrer
biotransformao, pois aquelas substncias que so naturalmente bastante
polares (hidrossolveis) podero ser eliminadas na sua forma inalterada.
As principais vias das quais as substncias e seus metablitos so
removidos do corpo so:
Os rins; O sistema hepatobiliar ;
Os pulmes (importantes para anestsicos volteis/ gasosos).
As substncias so, em sua maioria, removidas do corpo atravs da urina,
em sua forma inalterada ou como metablitos polares. Algumas substncias
so secretadas na bile atravs do fgado, porm a maioria ento
reabsorvida a partir do intestino (ciclo ntero-heptico). Todavia, existem
casos (por exemplo, rifampicina) em que a perda fecal responsvel pelaeliminao de uma frao significativa do medicamento. A excreo
atravs dos pulmes s ocorre com agentes altamente volteis ou gasosos
(por exemplo, anestsicos gerais).
Pequenas quantidades de algumas substncias tambm so excretadas
em secrees, como o leite ou o suor. A eliminao por essas vias
quantitativamente desprezvel quando comparada com a excreo renal,embora a excreo no leite possa ser algumas vezes importante, devido a
seus efeitos sobre o lactente.
Como a excreo renal a mais relevante, iremos aprofundar um pouco
nos trs processos renais mais importantes:
filtrao glomerular;
secreo tubular ativa;
difuso passiva atravs do epitlio tubular.
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O primeiro processo ocorre nos glomrulos, mas se restringe a frmacos
de peso molecular menor, visto que o glomrulo funciona como um filtro ou
peneira, logo substncias que possuem alto peso molecular so grandes
demais para passar pelos poros dessa peneira, logo, acabam no
passando para o filtrado renal.
O segundo processo ativo, no qual carreadores pegam a substncia
dos capilares sanguneos e carregam atravs fora para o filtrado, a fim
de serem eliminadas na urina. Os carreadores podem transferir as molculas
de substncias contra um gradiente eletroqumico e, por conseguinte,podem reduzir a concentrao plasmtica delas independente da
concentrao ou peso molecular. Esse processo acontece principalmente
com substncias eletroqumicas, com destaque para os cidos fracos.
O terceiro processo a difuso passiva atravs do epitlio tubular, esse
um processo de reabsoro de muitas substncias que esto nos tbulos
renais e no poderiam ser eliminadas. Mas tambm frmacos com elevadalipossolubilidade, por atravessarem as membranas lipdicas com maior
facilidade, tambm podem utilizar este processo para escapar da
eliminao.
Veja a figura abaixo exemplificando os trs processos discutidos:
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INFLUNCIA DO pH NA ELIMINAO
Como vimos que a maioria dos frmacos so cidos ou bases fracas,
portanto da mesma forma que o pH influencia na absoro, tambm na
excreo.
Na eliminao o raciocnio oposto ao que estudamos na absoro.
Para eliminar um frmaco necessrio que ele fique mais hidrossolvel (pois
a urina aquosa). Um frmaco mais hidrossolvel quando ele est na sua
forma IONIZADA.Um frmaco tende a se ionizar quando o meio oposto a sua
caracterstica cido-base. Por exemplo, um frmaco cido tende a se
ionizar no meio alcalino, e da mesma forma um frmaco bsico tende a se
ionizar no meio cido.
ATENO
Esse tpico explorado em provas atravs de casos clnicos de
intoxicao. Pense comigo:
Um indivduo est intoxicado com um frmaco X que cido
fraco. Como estamos lidando com a intoxicao de interesse que
esse toxicante seja eliminado o mais rpido possvel. Como voc
poderia ajudar?
R: Poderia fazer a sugesto de alcalinizar a urina (ex:
administrao de bicarbonato de sdio) do paciente, pois a urina
alcalina tende a deixar esse toxicante cido na forma ionizada, que
a forma mais hidrossolvel e mais favorvel eliminao.
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Espero que tenham entendido que as alteraes de pH (induzidas ou
no), modificaro a taxa de eliminao dos frmacos. Sendo que os cidos
fracos so excretados mais rapidamente na urina alcalina, e vice-versa.De
forma resumida, podemos a seguinte tabela:
CIDOS FRACOS BASES FRACAS
ELIMINAO: ALCALINIZAO DA URINA
(onde predomina as formas ionizadas do cido,evitando que ele seja reabsorvido e de fato
mais eliminado)
ELIMINAO: ACIDIFICAO DA URINA
(onde predomina as formas ionizadas dabase, evitando que ele seja reabsorvido e de
fato mais eliminado)
METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM
A biotransformao de alguns frmacos pode ser influenciada pela via
de administrao. Frmacos administrados por via oral ganham acesso
circulao sistmica quase sempre pelo sistema porta heptico, primeiro
apresentador do frmaco ao fgado. Assim, a totalidade de uma dose de
frmaco administrado por esta via durante o processo de absoro,
exposta ao fgado durante sua primeira passagem pelo organismo; se este
frmaco est sujeito a uma elevada depurao heptica ( rapidamentemetabolizado pelo fgado) uma frao substancial da mesma pode ser
extrada do sangue portal e biotransformada antes de alcanar a
circulao sistmica. Isto conhecido como metabolismo ou efeito de
primeira passagem e pode ocasionar em uma perda significativa na
biodisponibilidade do frmaco.
O prprio trato gastrintestinal pode tambm proporcionar a
biotransformao de frmacos ao coloc-lo em contato com enzimas; o
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exemplo da grande biotransformao realizada pela CYP3A4 neste local,
que hoje sabemos contribuir para a pssima biodisponibilidade por via oral
de muitos frmacos. Por isso, diz-se que quando o frmaco sofre intenso
metabolismo de primeira passagem, apresentar uma biodisponibilidade
menor.
DEPURAO (Clearance)
Taxa de eliminao, normalizada com a concentrao de um
frmaco Volume de lquido biolgico (sangue ou plasma) que contm a
quantidade da droga removida pelo rim (na depurao renal) ou
ainda metabolizada pelo fgado (depurao heptica) na unidade
de tempo - ml/min ou ml/min/kg [Cltotal =Clrim+Clhep + Cloutros]
extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em
tratamento de longo prazo.
Alm de todos os fatores que estudamos, existem outros que obviamente
geram influncia significativa na excreo de medicamentos. Estou falando
dos fatores relacionados ao indivduo em si, por exemplo: idade, sexo,
presena de patologias no indivduo, etc. Por exemplo, as substncias que
so removidas predominantemente por excreo renal tendem a causar
toxicidade em indivduos idosos e pacientes com doena renal.
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FARMACODINMICA
A farmacodinmica um ramo da Farmacologia que possui objetivo
de estudar as interaes com alvos moleculares e efeitos do frmaco.
Em outras palavras podemos dizer que, envolve o estudo do mecanismo de
ao dos frmacos (se agem em receptores, enzimas, canais, etc),
transduo do sinal, potncia, efeitos, seletividade.
Para Katzung : "o que o substncia faz no organismo", diferente da
farmacocintica que "o que a corpo faz com a substncia".
Em farmacologia os parmetros ditos farmacodinmicos so aqueles
que se relacionam com a interao droga-receptor no local de ao e os
efeitos decorrentes da atuao do frmaco.
Em funo da seletividade e da intensidade da resposta que o
frmaco desencadeia aps a sua interao com o receptor ou mesmo
pela ausncia de efeito, as drogas podem ser classificadas em:
Agonista trata-se de uma droga que estimula um receptor a exercer sua
funo. Por exemplo, um agonista do receptor de dopamina interage com
o receptor de dopamina de uma clula e estimula ela a promover os efeitos
que a prpria dopamina exerceria. Ou seja, ele um imitador da
dopamina.
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Antagonista a substncia que faz o papel inverso do agonista. Ele inibe
a funo do receptor no qual se liga. Por exemplo, o antagonista de
dopamina inibe os efeitos que a dopamina exerceria se estivesse ligada no
seu receptor. Ou seja, ele se liga no receptor inibindo sua funo. Portanto,
um antagonista compete com a substncia original por impedir que ela se
ligue no seu receptor.
CUIDADO= Perceba que o agonista faz o mesmo papel da substncia
original, enquanto que o antagonista impede que a substncia original
exera sua funo. Um pensamento muito equivocado e que pode
comprometer sua questo pensar que o antagonista produz um efeito
oposto, NO ISSO QUE ACONTECE, decore: O ANTAGONISTA LIGA-SE E
NO PRODUZ EFEITO, ou seja, zero mesmo, a resposta NULA.
Na prtica farmacolgica, utilizamos muitos frmacos agonistas e
antagonistas. Se quisermos potencializar um efeito de uma substncia quenos interessa, utilizamos um agonista. Se desejarmos impedir um efeito de
uma substncia, lanamos mo de um antagonista.
Os agonistas podem ser divididos em trs categorias:
AGONISTA TOTAL (outros sinnimos: Integral, Pleno ou Puro)
AGONISTA PARCIAL
AGONISTA INVERSO
Vamos diferenciar os agonistas pela sua eficcia, j todos os trs so
ativadores do receptor e produzem efeito:
Normalmente, um agonista total tem uma eficcia MXIMA (100%).
O agonista parcial possui uma eficcia que submxima, ou seja,
no chega 100%, porm superior a ZERO.
J o agonista inverso, tem uma eficcia negativa (abaixo de zero),
pois liga-se a configurao inativa do receptor. Se o receptor tiver atividade
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constitutiva independente ainda sim poder ocorrer efeito, porm de baixa
intensidade.
OBSERVAO 1: Sei que difcil entender o conceito de agonistainverso, e justamente ele um dos que mais aparece em provas, porexemplo posso citar a prova ANVISA/2013.
Ento preste ateno: O agonista inverso o contrrio do agonistatotal. Enquanto o agonista total liga-se que mxima intensidade ao receptorna conformao ativa, o agonista inverso se liga com muita afinidade aoreceptor inativado e quase no se liga aoreceptor ativado; logo, ocorrer aconverso dos receptores ativados em inativados. Como h a reduo donmero de receptores ativados, o nvel constitutivo vai diminuir tambm.Por isso, diz-se que o agonista inverso tem uma eficcia negativa.
OBSERVAO 2:VOC NO DEVE CONFUNDIR: Antagonista tem eficcia ZERO ou NULA. Agonista inverso tem eficcia NEGATIVA.
Por vezes necessrio que voc aplique esse conhecimento conceitual na
anlise grfica. Vejamos abaixo como poder ser representado cada um
deles:
Como visto na imagem acima o antagonista, por no produzir
nenhuma resposta biolgica, mantm o efeito basal do receptor, portanto
ter sempre uma eficcia igual zero; logo sua curva segue o eixo das
abscissas.
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Enquanto isso os trs tipos de agonistas produziro algum tipo de
resposta biolgico, e diferenciaremos cada um deles conforme o grau de
eficcia, sendo que:
Agonista Total =100% (mxima eficcia)
Agonista Parcial= Maior que zero, porm no atinge o 100% (eficcia
submxima, no preciso que seja exatamente 50%, coloquei esse valor no
grfico somente para ficar esteticamente mais fcil para voc visualizar).
Agonista Inverso=Eficcia negativa
RECEPTORES:Podemos chamar de receptor aquele componente do organismo que
alvo de interao com a droga. Ou seja, a estrutura macromolecular
funcional do organismo com o qual o agente qumico presumivelmente
interage. Na imensa maioria das vezes essa estrutura macromolecular
(receptor) so PROTENAS.
Receptores so estruturas altamente especializadas, que tem no
organismo afinidade de interar-se naturalmente com substncias
endgenas com funo fisiolgica, e que podem tambm reagir com
substncias exgenas (como os frmacos), que tenham caractersticas
qumicas e estruturais comparveis s substncias que ocorrem
naturalmente no organismo.
Os receptores podem ser classificados, basicamente em quatro grandes
tipos:
Canais inicos controlados por ligantes (ionotrpicos)
Ex.: Nicotnico da Acetilcolina
Receptores acoplados protena G (GPCRsMetabotrpicos):
Ex.: Muscarnico da Acetilcolina
Receptores ligados a quinases e correlatos
Ex.: Insulina
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Receptores nucleares.
Ex.: receptores dos Esterides.
Vejamos as caractersticas principais aplicadas a cada desses
receptores:
RECEPTORES LIGADOS A QUINASES e CORRELATOS Estamos falando
de receptores enzimticos. So considerados metabotrpicos (ao mais
lenta). Geralmente a molcula que atuar sobre a enzima um anlago
(semelhante) ao substrato endgeno dessa enzima. Alguns receptores
enzimticos so mais estudados:
I. Receptores protena quinases=Maior grupo de receptores com
atividade enzimtica intrnseca. As protenas quinases so
enzimas que catalisam a fosforilao de protenas atravs da
transferncia de um grupo fosforila de ATP e, em casos
excepcionais, de GTP, para treonina, serina ou resduos de
tirosina. A fosforilao destes resduos responsvel por estmulos
extracelulares e intracelulares, que fornecem um mecanismo
altamente eficiente para o controle da atividade de protenas. A
protena quinase pode ser ativada por por Clcio diretamente ou
indiretamente (calmodulina) ou por concentraes de AMP
cclico (AMPc) e, por isso, tambm conhecida como protenaquinase dependente do AMP cclico (PKAc).
II. Receptores protena tirosina fosfatases: protenas tirosina
fosfatases constituem uma grande famlia de enzimas com
analogia s protenas cinases em sua complexidade e
diversidade estrutural. As protenas tirosina fosfatases so uma
grande famlia de enzimas responsveis pela hidrlise do fosfato
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ligado a resduos de tirosina em protenas. So estruturalmente
diversas.
III. Receptores com atividade guanilil ciclase: Sem domnios
enzimticos intracelulares, ao contrrio possuem domnios do tipo
guaniliciclase, a qual h sntese de GMPc que por sua vez ativa a
proteinaquinase.
RECEPTORES DE CANAIS INICOSOs receptores de canais inicos so
considerados ionotrpicos (ao rpida). So responsveis pela transmisso
de sinais nas sinapses do sistema nervoso, importantes tambm na funo
cardaca, muscular.
Canais Inicos: so macromolculas transmembrnicas,
formando uma passagem aquoso atravs da membrana
lipdica. So elementos fundamentais na atividade celular
eltrica e funcional.
Diviso funcional:
Abertura de canais de Na+ e Ca++ causa despolarizao (carga
intracelular fica mais positiva) facilitando a ativao da clula.
Abertura de canais de Cl- e K+ causa a hiperpolarizao (carga
intracelular fica mais negativa) dificultando a ativao da clula.
Os ionotrpicos so ativados por receptores que causa neles aabertura ou fechamento. Eles so canais de passagem de ons que atuam
na propagao do potencial de ao de resposta rpida. Diferentes
frmacos podem atuar sobre os canais inicos provocando um
favorecimento da abertura e potencializando a propagao de um dado
efeito ou impedindo a abertura, inibindo a propagao do potencial de
ao e consequentemente inibindo que determinado efeito acontea.
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Frmacos podem atuar de forma direta sobre o canal inico, ligando-se
diretamente na protena desse canal ou a interao pode ser indireta,
envolvendo uma protena G e outros intermedirios.
H canais de sdio disparados por voltagem e no por receptores
ativados por ligantes, porm eles tambm podem ser influenciados por
frmacos, neles que os anestsicos agem por exemplo.
Exemplos de receptores de canais ionotrpicos: Nicotnicos e GABA
(cido gama aminobutrico).
RECEPTORES ACOPLADOS A PROTENA-G Os receptores acoplados a
Protena G (GPCR) so considerados metabotrpicos (ao mais lenta).
uma numerosa famlia de receptores e um grupo que sofre extrema
atuao de frmacos.
Protenas G: recebem esta denominao em virtude de sua
interao com os nucleotdeos guanina, GTP e GDP.
Os GPCRs podem ser ativados por ligantes como, por exemplo,
hormnios, neurotransmissores, fatores de crescimento, odorantes e ftons
de luz.
Os GPCRs so divididos em 03 famlias, estas famlias compartilham a
mesma estrutural hepta-helicoidal, mas diferem-se principalmente no
domnio N-terminal e na localizao do domnio de ligao do agonista.-Famlia A: Famlia da Rodopsina: a maior, incluindo a maioria dos
receptores de monoaminas e neuropeptdeos.
-Famlia B: Famlia da Secretina e Glucagon: receptores para
hormnios peptdicos incluindo a secretina, glucagon e calcitonina.
-Famlia C: Famlia do Glutamato e receptores sensores de Ca++. a
menor famlia, so receptores metabotrpicos do glutamato, GABAB ereceptores sensveis ao Ca++.
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OBS: O receptor sensor de Ca++ um GPCR incomum, que ativado
na presena de Ca++ extracelular.
Ex.: glndula paratireide controlando a seqncia do hormnio
paratireideo. Uma vez ativada, a protena G intermedia o processo de
sinalizao que iniciado com a ativao do respectivo GPCR e termina
com a resposta mediada pela ao de molculas efetoras que incluem
canais inicos e enzimas que geram segundos mensageiros, como, por
exemplo, a adenilil ciclase, a enzima que gera o segundo mensageiro AMP
cclico.
Um nico complexo agonista-receptor capaz de ativar vrias
molculas de protena G, podendo cada uma delas permanecer associada
enzima efetora durante o tempo suficiente para produzir muitas molculas
do produto. O produto com freqncia um segundo mensageiro.
RECEPTORES NUCLEARES Corresponde a uma grande famlia de
receptores intracelulares relacionados estruturalmente sendo inclusos na
classe dos fatores transcricionais. Esses receptores podem detectar lipdeos
e sinais hormonais e modular a transcrio gnica. Podem
Receptor Classe I:citosslico
Receptor Classe II:nuclear
Essa grande famlia protica inclui receptores para glicocorticides,
esterides, andrgenos, mineralocorticides, progesteronas, estrognios,
hormnios tireoidianos, vitamina D, cido retinico, entre outros. Perceba
que todos os ligantes (agonistas) so compostos lipoflicos, que atravessam
a membrana plasmtica facilmente.
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Segundos Mensageiros corresponde a uma pequena molcula que
se forma ou que libertada no citosol (exceto no caso dos diacilgliceris,
que permanecem na membrana) em resposta a um sinal extracelular
(primeiro mensageiro) e que permite a conduo deste sinal at ao interior
da clula.
O segundo mensageiro sempre fabricado ou ativado, depois da
ativao do receptor, do primeiro mensageiro e da transmisso da
mensagem.
Vejamos os mais importantes abaixo:
a) Sistema da Adenilato Ciclase/AMPc:
O AMPc um nucleotdeo sintetizado no interior da clulas a partir do
ATP, sob a ao de uma enzima ligada membrana, a adenilato ciclase.
O AMPc constantemente produzido e inativado por hidrlise (por
enzimas Fosfodisterases). Muitas substncias diferentes, hormnios,
neurotransmissores atuam sobre os GPCR e produzem seus efeitos aoaumentar ou diminuir a atividade cataltica da adenilato ciclase.
Alvos do AMPc: enzimas do metabolismo energtico, diviso e diferenciao celular,
transporte de ons, canais inicos e protenas contrteis no msculo liso.
O AMPc ativa proteinoquinases (Protena Quinase A PKA) , e essas
tm como funo catalisar a fosforilao de resduos de serina e treonina,
utilizando ATP como fonte de grupo fosfato. A fosforilao pode ativar ouinibir enzimas-alvos ou canais inicos.
Ex: O frmaco sildenafil (Viagra) inibe as Fosfodiesterases.
b) GMPc:
A enzima guanilato-ciclase converte o GMP em GMP cclico (cGMP) que,
por sua vez, ativa uma protena quinase. Entre outros efeitos, estemecanismo de transduo de sinal leva desfosforilao das cadeias leves
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de miosina, o que resulta no relaxamento do msculo liso vascular e, por
conseguinte, na vasodilatao.
Para que o estado de vasodilatao no se prolongue
indefinidamente, o cGMP reconvertido em GMP pela enzima
fosfodiesterase do cGMP.
O sildenafil (Viagra), usado no tratamento da disfuno erctil, actua
precisamente, inibindo a aco da fosfodiesterase, o que conduz a um
estado de vasodilatao prolongado.
Sistema de Fosfolipase C/Fosfato de Inusitol:
IP3 e DAG: segundos mensageiros intracelulares
IP3: O IP3 um mediador hidrossolvel, liberado no citossol e que atua
sobre um receptor especfico (o receptor de IP3um canal de clcioegulador por ligante existente na membrana do retculo endoplasmtico).
Funo controlar a liberao de Ca++ das reservas intracelulares. O
aumento de Ca++ inicia vrios eventos, incluindo a contrao, secreo e
ativao de enzimas.
DAG: produzido, assim como o IP3, sempre que ocorre a hidrlise de
PI (fosfoinositdios) induzida por receptores.Funo ativar uma proteinoquinase ligada membrana, a
proteinoquinase C (PKC), que catalisa a fosforilao de uma variedade de
protenas intracelulares. E tambm ativa a Fosfolipase A2 (PLA2) e portanto
controla a formao de cido Araquidnico e eicosanides. Ao contrrio
do IP, o DAG altamente lipoflico e permanece no interior da membrana.
A maioria das PKC ativada pela DAG e por altas concentraes de Ca++
ambos produzidos pela ativao de GPCR.
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As interaes entre a droga e o receptor ocorrem por meio de
ligaes qumicas, que podem dos seguintes tipos:
Ligaes covalentesLigaes inicas, Ligaes de H ou pontes de H, Ligaes
dipolo-dipolo
Interaes hidrofbicas e Ligaes de Van der Walls
OBSERVAO: Os tipos de ligaes acima esto em ordemdecrescente de fora. Sendo assim a ligao covalente uma ligaoforte e estvel podendo ser irreversvel, as outras ligaes no so
permanentes por isso as mais observadas, sendo as interaeshidrofbicas e Ligaes de Van der Walls as mais fracas.
MODOS DE AO (Mecanismos de ao)
A interao entre um frmaco e certos componentes celulares
representam o mecanismo de ao.
O estudo dos mecanismos de ao em farmacodinmica atualmente
parte de um princpio mais moderno: Para produzir uma resposta
farmacolgica a droga deve se ligar a um constituinte celular (protena -
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para a elucidao de fenmenos fisiolgicos e bioqumicos nos diversos
nveis da estrutura do organismo.
a) Frmacos estruturalmente inespecficos, cuja atividade resulta da
interao com pequenas molculas ou ons encontrados no organismo. As
aes dessas drogas dependem, em ltima anlise, de suas propriedades
fsico-qumicas tais como a solubilidade, o pKa, o poder oxi-redutor e a
capacidade de adsoro.
b) Frmacos estruturalmente especficos, cuja atividade resulta da
interao com stios bem definidos apresentam, portanto, um alto grau de
seletividade. As drogas desse grupo tambm apresentam uma relao
definida entre sua estrutura e a atividade exercida.
Os frmacos com ao inespecfica no necessitam de alvos
moleculares (receptores, canais inicos, enzimas) para desencadear sua
ao farmacolgica, isto ocorre atravs das propriedades fsico-qumicas
do prprio frmaco, como grau de ionizao, solubilidade, tensosuperficial e atividade termodinmica. O exemplo mais conhecido de
frmacos com ao inespecfica so os anticidos, o mecanismo de ao
ocorre por uma reao de neutralizao, que faz com que o pH estomacal
aumente, nesta situao no ocorre a interao do anticido com algum
receptor do estmago.
A ao inespecfica constitui a minoria dos frmacos, o mecanismo
mais comum so para aqueles que agem de maneira especifica, ou seja,
necessitam se ligar a alvos moleculares especficos para desencadearem
sua ao farmacolgica. Estes frmacos atuam sobre os alvos moleculares.
A primeira etapa para se obter um efeito farmacolgico de frmacos
que possui modo de ao especfico a formao do Complexo Droga x
Receptor (DR) no sistema efetor. Quando droga e receptor se interagem,
surge um Complexo DR. A formao deste complexo geralmente leva
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alterao do funcionamento celular. Sem a formao do complexo DR no
h efeito. Esse complexo DR reversvel em conformidade com a Lei da
Ao das Massas:
A interao droga-receptor constituda de ligaes qumicas entre
grupos funcionais do frmaco e do receptor. Raramente um tipo de
ligao qumica s, o normal encontramos vrios tipos. Quase sempre as
ligaes so do tipo fracas (ex: foras de Van der Walls, interaes
hidrofbicas), que ocorrem em grande quantidade e assim consegue
conferir alta afinidade ao complexo afinado, no pela fora isolada de
uma ligao, mas pelo fora do conjunto de ligaes.
Como j falamos acima, aps a formao do complexo DR, haver
alteraes conformacionais e bioqumicas na estrutura que proporcionaroque aparea determinada resposta fisiolgica.
Portanto existem muitos mecanismos de ao, praticamente cada
classe farmacolgico possui o seu mecanismo de ao, ou seja, a
descrio de como esse frmaco age, onde ele se liga e o que
desencadeado aps essa interao frmaco-receptor.
Vejamos alguns exemplos:Exemplo 01 Os frmacos antifngicos formam poros nas membranas
plasmticas dos fungos, aps sua ligao com o ergosterol, desta forma o
fungo perde eletrlitos e outras componentes celulares que so importantes
para seu desenvolvimento e sobrevivncia
Exemplo 02 A insulina ao se ligar em seus receptores ativa a enzima
tirosina cinase, esta enzima por sua vez desencadeia uma serie de reaes
de fosforilao e desfosforilao que iro culminar na translocao que iro
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culminar na translocao do transportador GLUT para a membrana
facilitando assim a entrada de glicose na clula.
Exemplo 03 Antihipertensivos como o nifedipino bloqueiam canais
de Ca+2, como o clcio essencial para mecanismos de contrao, comesse bloqueio ocorre um relaxamento da musculatura vascular e assim esses
frmacos reduzem a presso arterial.
Exemplo 04 Benzodiazepnicos so frmacos que atuam por
modulao alostrica, aumentando assim a afinidade do neurotransmissor
GABA com o seu receptor, o aumento desta afinidade leva ao aumento da
frequncia de abertura dos canais de cloreto e um maior influxo deste on
provoca uma hiperpolarizao de membrana e ao surgimento de
potenciais ps-sinpticos inibitrios.
SINERGISMO x ANTAGONISMO:
Interao medicamentosa do tipo farmacodinmica causa
modificao do efeito bioqumico ou fisiolgico do medicamento.
Geralmente ocorre no local de ao dos medicamentos (receptores
farmacolgicos) ou atravs de mecanismos bioqumicos especficos, sendo
capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo)
SINERGISMOquando ao de um frmaco soma-se e melhora a do
outro. Falaremos em sinergismo quando o efeito da combinao (ou
associao) de dois frmacos superior do que os efeitos de cada um
deles de forma isolada.
O sinergismo em muitos casos na prtica clnica pode ser requerido.
comum associaes medicamentosas no tratamento de tumores e de
infeces, tanto bacterianas como parasitrias. Neste ltimo caso, merece
destaque a associao recm-proposta entre artemeter e praziquantel
para o tratamento da esquistossomose em reas de alta endemicidade.
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ANTAGONISMO quando a ao de um frmaco piora a ao de
outro. O antagonismo se divide em Competitivo, No Competitivo,
Fisiolgico, Qumico, Fsico ou Farmacocintico. Vejamos cada um deles:
a. Competitivo: competio pelo stio de ligao. Duas drogas
competem pelo mesmo stio receptor. Pode ser reversvel e
irreversvel.
i. Reversvel (ou supervel): ligao fraca entre o antagonista e o
receptor. O antagonismo diminui com o aumento da concentrao
do agonista. Nesse caso vence quem tiver maior dose presente para
interagir com os receptores, logo ser superada pelo aumento da
concentrao do agonista e observe abaixo na representao
grfica que a curva dose-reposta desviada para a direita.
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ii. Irreversvel: ligao covalente e a dissociao lenta ou
no dissocia. Nesse caso no h como superar com o
aumento da dose do agonista, uma vez inibido aquele
receptor, a inativao ser duradoura, sem reverso.
b. No Competitivo: Age em um stio distinto do receptor do
agonista. O antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de
eventos que leva a produo de uma resposta pelo agonista.
Tambm chamado de alotrpico, pois se liga a um stio diferente
do domnio de ligao do agonista.
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c. Antagonismo fisiolgico: efeitos diferentes com receptores
diferentes. Neste caso a ao funcional destes so inversas.
Interao entre duas drogas cujas aes opostas tendem a
anular-se, por atuarem sobre clulas ou sistemas fisiolgicos
separados.
Ex.: noradrenalina (vasoconstritor) histamina (vasodilatador).
Ex. 2: insulina e Glucagon
d. Antagonismo qumico: Duas drogas ligam-se entre si ficandoinativas. Uma droga reage com a outra diminuindo seu efeito.
Ex.: Mercrio com dimercaprol.
Ex. 2: Tetraciclica com leite ou anticidos.
e. Antagonismo Fsico: relacionado propriedade fsica da droga.Mecanismo puramente fsico.
Ex: carvo ativo que adsorve diversas compostos qumicos.
f. Antagonismo Farmacocinetico: relacionado a capacidade de
uma droga alterar a absoro, distribuio, biotransformao
(induo/inibio enzimtica) ou excreo de outra droga.
Ex.: Penicilina e anticoncepcionais orais.
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NDICE TERAPUTICO
Para tentar prever os intervalos de posologias que possui eficcia
teraputica at aparecimento de efeitos txicos utilizado o
conhecimento de ndice teraputico que j discutimos na ltima aula, mas
vale a pena repetir.
ndice Teraputico: intervalo entre as concentraes sricas em que
ocorrem os efeitos benficos at atingir os txicos, ou seja, abaixo de tal
faixa no h resposta satisfatrio e acima poder haver aparecimento de
toxicidade. O ndice teraputico uma expresso matemtica em funo
da DE50 (Dose Eficaz Mdia) e a DL50 (Dose Letal Mdia)
Para reforar esse conhecimento veja a imagem abaixo que elucida
bem a forma de se obter essa valiosa informao. Veja que nesse exemplo
do pentobarbital o ndice teraputico compreende a faixa de 41mg/Kg
(dose mnima a ser administrada) a 64mg/Kg (dose mxima).
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SEO 2: FRMACOS AUTNOMOS
INTRODUO AO SISTEMA NERVOSO AUTNOMO
Quando se estuda essa parte da farmacologia, til ter noes
bsicas do sistema nervoso perifrico como ponto de partida. O seguinte
plano de organizao bsico do sistema nervoso elucida muitos aspectos
da ao de drogas no sistema nervoso perifrico e suas subdivises:
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL PEFIFRICO
SOMTICO
AUTNOMO
Simptico
Parassimptico
SUBDIVIDES DO SISTEMA NERVOSO AUTNOMO
Duas subdivises do sistema nervoso autnomo regulam as funes
corporais que NO so controladas voluntariamente (da o nome sistema
nervoso autnomo. E tambm essa a diferena para o sistema nervoso
somtico, este caracterizado por inervaes e atuao sobre msculos
estriados esquelticos, de controle voluntrio). As subdivises do SNA so:
Sistema Nervoso Autnomo SIMPTICO
Sistema Nervoso Autnomo PARASSIMPTICO
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A relao entre as divises simptica e parassimptica dinmica e
caracterizado por um cuidadoso equilbrio homeosttico. A maioria das
funes da diviso simptica derivada da interao da noradrenalina
com receptores adrenrgicos, enquanto a acetilcolina interage com os
receptores colinrgicos para produzir efeitos parassimpticos. Os efeitos da
noradrenalina podem, sob condies de estresse, ser aumentado
(potencializados) pela adrenalina, um neuro-hormnio liberado pelas
glndulas adrenais.
Vamos comear a diferenciar nuances entre o sistema nervoso simptico
e para simptico. Primeiro lembre-se que no sistema nervoso autnomo,
basicamente temos fibras/neurnios pr-ganglionares e ps-ganglionares. A
origem dessas fibras j um ponto de diferenciao:
SNA Simptico = fibras pr-ganglionares de origem troco-lombar
SNA Parassimptico = fibras pr-ganglionares de origem crnio-sacral
Quase todos os rgos do corpo so funcionalmente influenciados pelas
fibras ps-ganglionares simpticas (figura abaixo-esquerda). Estas se
originam de neurnios situados na regio troco-lombar da medula
espinhal. Da mesma forma que no caso da diviso simptica, quase todos
os rgos do corpo so influenciados pelas fibras ps-ganglionares
parassimpticas, no qual a origem dos neurnios situa-se em gnglios ou
plexos situados na regio crnio sacral. Compare as figuras abaixo:
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SIMPTI O P R SSIMPTI O
Podemos caracterizar de uma forma bem didtica, o sistema simpticocomo aquele ligado aos efeitos de luta e fuga e o parassimptico como
descanso e digesto. Portanto, no simptico, por estar relacionado com
situaes extremamente agitadas (ex: atividade fsica) a tendncia o
organismo elevar a presso arterial, aumentar o batimento cardaco, dilatar
a pupila (midrase) para ampliar a viso. Enquanto que no parassimptico,
na MAIORIA (no em todos os casos) iremos observar aes contrrias, tais
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como diminuio da freqncia cardaca e da presso arterial, contrao
da pupila (miose), etc.
Vejamos abaixo a tabela com as aes do sistema nervoso simptico e
parassimptico em humanos:
A caracterizao simptica como aquela como do tipo luta e fuga,
enquanto a parassimptica como descanso e digesto, bem
conhecida, til sim, mas tambm limitada e nem todas s vezes esses
sistemas atuaro somente deste tipo ou nem mesmo sempre como
antagnicos. Para melhor exemplificar, observe a tabela abaixo que
apresenta tanto aes contrrias quanto complementares:
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Enfim pessoal no precisamos aprofundar sobre essa discusso, se no
essa aula se tornar extensa e pelo histrico da Consulplan no h
nenhuma necessidade de discutirmos mais acerca dessa introduo.Apenas para encerrar a introduo vou chamar a ateno desde j
para dois sistemas de receptores muito importantes que caracterizam a
farmacologia do sistema nervoso simptico e parassimptico:
SIMPTICO: Sistema de Receptores
Adrenrgicos
PARASSIMPTICO: Sistema de
Receptores ColinrgicosNoradrenalina o ligante fisiolgico
responsvel pela maior parte das
funes simpticas;
Esse sistema constitudo de
receptores alfa e beta-adrenrgicos.
Acetilcolina o ligante fisiolgico
responsvel pela maior parte das
funes parassimpticas;
Esse sistema constitudo de
receptores muscarnicos e
nicotnicos.
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SISTEMA SIMPTICO / ADRENRGICORetomando o raciocnio:
Receptores adrenrgicos e seus subtipos so:
Receptores alfa-adrenrgicos, subtipos alfa-1 e alfa-2.
Receptores beta-adrenrgicos, subtipos beta-1, beta-2 e beta-3.
Neurotransmissor:
Noradrenalina (NA), tambm pode ser chamada de noraepinefrina.
A NA, assim como a dopamina e adrenalina so chamadas de
catecolaminas. As trs constituem produtos diferentes, derivados de trs
diferentes estgios de converso enzimtica.
O processo de formao das catecolaminas inicia-se com a
fenilalanina, um aminocido essencial obtido da dieta alimentar. Sob ao
da fenilalina-hidroxilase a mesma convertida em tirosina, a partir da
tirosina tem-se a formao da L-dopa, que depois ser convertida em
dopamina, aps forma-se a noraadrenalina, e a partir da NA que se
chega na adrenalina.
A degradao da NA quanto da adrenalina ocorre nas terminaes
adrenrgicas, por meio da ao de duas enzimas, a mono-amina-oxidase
(MAO) e a catecol-O-metiltransferase (COMT).
OBSERVAO: A noradrenalina tambm poder ser
chamada de noraepinefrina e a adrenalina de epinefrina.
Vejamos o esquema abaixo da sntese das catecolaminas:
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Figura: rota sinttica das catecolaminas
Professor ser que poder ser cobrado em prova a rota de sntese de
formao das catecolaminas? No comum, mas outras bancas, como
Cespe/UnB j cobraram em provas para Perito Criminal o conhecimento de
rota sinttica das catecolaminas. Geralmente eles querem saber qual a
origem/precursor, ou seja, fenilalanina. Cuidado s vezes as bancam j
falam diretamente que a origem da catecolaminas a partir da tirosina, e
isso estar correto, inclusive mais comum cobrarem a tirosina como
precursor do que a fenilalanina. Outras vezes as questes gostam de
questionar sobre qual a enzima responsvel pela converso.
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RESUMO DOS RECEPTORES ADRENRGICOS:
ALFA-1
So receptores ps-sinpticosOs segundos mensageiros so: IP3e DAG
A estimulao desse receptor causa principalmente contrao da
musculatura lisa (vasoconstrio e conseqente elevao da presso
arterial) e dilatao da pupila (midrase). Tambm podem causar
glicogenlise (aumento da glicemia, por quebra de glicognio heptico).
ALFA-2
So receptores pr-sinpticos e em algumas regies ps-sinpticos.
A estimulao desse receptor diminui AMPc, inibe secreo de insulina,
inibe secreo de NA (mecanismo de auto regulao, feedback negativo).
ATENOdiferente de todos os outros um receptor inibitrio.
BETA-1
So receptores ps-sinpticos.
O segundo mensageiro o AMPc.
Possuem como principal ao o desencadeamento de efeitos cardacos
positivos/cronotrpicos positivos (aumentam a fora de contrao domiocrdio).
BETA-2
So receptores ps-sinpticos.
O segundo mensageiro o AMPc.
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A estimulao desses receptores produz relaxamento da musculatura lisa
(importantes na vasodilatao, broncodilatao e relaxamente do tero
grvido) glicogenlise e gliconeognese.
BETA-3
So receptores ps-sinpticos.
O segundo mensageiro o AMPc.
Os receptores beta-3 esto presentes no tecido adiposo, onde a
estimulao leva a liplise (hidrlise de triglicerdeos no tecido adiposo, quelibera cidos graxos na corrente sangunea durante situaes de estresse).
Caros alunos, tanto a noradrenalina quanto a adrenalina exibem os assim
chamados efeitos calorignicos, o que significa que elas aumentam a taxa
metablica do organismo, a necessidade de oxignio e a produo de
calor.
Prezados alunos, praticamente todos os receptores adrenrgicos esto
acoplados protena G, sendo assim exercem os seus efeitos por meio de
segundos mensageiros (sinalizadores qumicos) intracelulares. O segundo
mensageiro AMPc o que apresenta maior relevncia e requer maior
ateno.
Vamos recordar um pouco da aula de farmacodinmica:
O AMPc formado a partir de um precursor, o ATP, e quem faz essa
converso a enzima adenilciclase.
adenilciclaseATP AMPc
J a enzima fosfodiesterase (FDE) degrada o AMPc, transformando-ona forma 5-AMP, que inativa.
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fosfodiesteraseAMPc 5-AMP (inativa)
ATENO!
Vamos iniciar de fato o assunto dos frmacos!
FRMACOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA ADRENRGICO:
Nessa classe temos frmacos AGONISTAS (que interagem com os
receptores e mimetizam os efeitos da noradrenalina/adrenalina e temos
tambm os ANTAGONISTAS que iro bloquear esses receptores).
AGONISTAS NO SELETIVOS:
Representantes: noradrenalina e adrenalina.
So frmacos que atuam tanto sobre os receptores alfa e beta, e por
isso so chamados de no seletivos. Os representantes como viram so os
prprios endgenos.
Portanto podem ser utilizados como:
Cardiognico, pois aumentam a freqncia e fora cardaca, indicadoem casos de parada cardaca.
Vasoconstritores e assim favorece o prolongamento do efeito de
anestsicos locais.
Combater reao anafiltica, pois provoca broncodilatao e evita o
fechamento dos brnquios e o edema de glote. Geralmente nesse caso
usa-se adrenalina intravenosa.
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R: Isso mesmo! Diminuir a liberao da noradrenalina, sobretudo nas
regies de controle cardiovascular. Essa ativao reduz a atividade
simptica da noradrenalina, logo, produz vasodilatao da musculatura de
vasos sanguneos e conseqente reduo de presso arterial.
Por ativarem um receptor inibitrio podem ser utilizados como:
Anti-hipertensivos arteriais.
OBS: esses frmacos apesarem de serem agonistas, o efeito inibitrio da
noradrenalina, portanto so considerados adrenolticos (e no
adrenomimticos como todos os outros agonistas).
AGONISTAS BETA SELETIVOS
Os mais importantes so os agonistas beta-2, mas lembrando que no
so 100% seletivos ao receptores beta-2, pois tambm ativam receptores
beta-1 (podendo causar efeitos cardacos).
Os mais importantes so:
AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS
Dividem-se em frmacos de ao curta e de ao prolongada.
AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS DE AO CURTA
Representantes:salbutamol, terbutalina e fenoterol
Como vimos ao estimular receptores beta-2 adrenrgicos, o efeito
desencadeado broncodilatao e relaxamento do tero grvido.
Portanto podem ser utilizados como:
Anti-asmticos.
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Preveno de partos prematuros (para esse efeito o mais indicado o
salbutamol, por via parenteral)
A contra-indicao destinada aos pacientes com arritmias ou outros
problemas cardacos, visto que os frmacos apesar dessa denominao de
agonistas beta-2 seletivos, tambm podem interagir com outros receptores
beta (ex: beta-1 no msculo cardaco) e provocar efeitos perigosos ao
paciente como taquicardia.
AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS DE AO PROLONGADA
Representantes:salmoterol
Mesmos efeitos desencadeados e contra-indicaes dos beta-2 de ao
curta.
ANTAGONISTAS ADRENRGICOS
ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS
Representantes:Prazosina, doxazosina
O agonista alfa-1 seletivo era aqueles que causavam principalmente a
vasoconstrio, portanto o antagonista ir ter efeito de vasodilatao e
relaxamento de alguns rgos.
Portanto podem ser utilizados como:
Hipertrofia prosttica benigna.
Anti-hipertensivos. (pois ao antagonizar os receptores alfa-1 adrenrgicos
causam vasodilatao dos vasos sanguneos o que reduz a presso arterial)
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Como efeitos colaterais mais comentados temos: a hipotenso
ortosttica, tonturas, vertigem.
ANTAGONISTAS BETA ADRENRGICOS NO SELETIVOS
Bloqueiam receptores beta-1 e beta-2
Representantes:Propranolol, nadolol, pindolol, timolol, carvedilol.
Ao bloquear os receptores beta adrenrgicos, causam como efeitos
principais uma relaxamento vascular (vasodilatao), diminuio da fora
de contrao, diminuio da freqncia cardaca, broncoconstrio,
inibio da gligenlise e liplise.
Portanto podem ser utilizados como:
Anti-hipertensivos.
Arritmias cardacas e angina.
A contra-indicao destinada aos pacientes asma ou bronquite, pois
esses frmacos so antagonistas no seletivos, portanto vo interagir como
receptores beta nos brnquios e causar broncoconstrio e se o paciente
j naturalmente possui dificuldade respiratria por causa do doena, ao
somar a broncoconstrio da doena + do medicamento, o efeito pode ser
catastrficos. Na insuficincia cardaca sistlica, porque o indivduo
naturalmente j possui uma fraca fora de contrao e ao administrar estes
frmacos essa fora de contrao ser reduzida demais.
Uma interao medicamentosa bem conhecida aquela entre os
beta bloqueadores e frmacos antidiabticos, pois estes podem
potencializar uma crise de hipoglicemia que pode ser perigosa ao
paciente.
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ANTAGONISTAS BETA ADRENRGICOS NO SELETIVOS
Bloqueiam apenas os receptores beta-1
Representantes:atenolol, metoprolol, bisoprolol.
Atuam bloqueando os receptores beta-1 no corao e reduz a forca
de contrao, a freqncia cardaca. Portanto podem ser utilizados como:
Anti-hipertensivos.
Preveno de arritmias cardacas.
Os cuidados, contra indicaes e efeitos adversos so praticamente os
mesmos dos antagonistas no seletivos, porm em menor intesidade.
SISTEMA PARASSIMPTICO / COLINRGICORetomando o raciocnio:
Receptores colinrgicos e seus subtipos so:
Receptores muscarnicos, subtipos M-1, M-2 e M-3.
Receptores nicotnicos, subtipos Nne Nm.
Neurotransmissor:
Acetilcolina (ACh).
A acetilcolina (ACh) sintetizada a partir da colina e do acetil CoA
em terminaes nervosas. A sntese da ACh ocorre por meio da enzima
colina-acetiltransferase que promove uma acetilao da colina com o
Acetil CoA. A colina uma substncia obtida da dieta e o acetil CoA um
produto da ao mitocondrial. Esse neurotransmissor um efetor da
contrao muscular na juno neuromuscular, que atua sobre receptoresnicotnicos e muscarnicos.
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A ACh armazenada em vesculas, localizadas sobretudo nas
terminaes nervosas. A degradao desse neurotransmissor ocorre
principalmente por meio da ao hidroltica da enzima acetilcolinesterase e
em menor escalda por hidrlise feita pela enzima butilcolinesterase. A
acetilcolinesterase tambm chamada de colinesterase verdadeira.
RESUMO DOS RECEPTORES COLINRGICOS:
Os receptores muscarnicos e nicotnicos so encontrados tanto na regio
pr-sinptica, quanto na regio ps-sinptica.
MUSCARNICOS = M1
So conhecidos como receptores neurais
Os segundos mensageiros so: IP3e DAG
A estimulao desse receptor causa inibio da liberao de ACh,
promovendo uma auto regulao (feedback negativo).
MUSCARNICOS = M2
So conhecidos como receptores cardacos.
O segundo mensageiro o AMPc.
Esses receptores so inibitrios e encontrados no msculo cardaco, e a
estimulao deles causam uma diminuio da conduo AV (trio-
ventricular) e tambm diminui a freqncia cardaca.
MUSCARNICOSM3
So conhecidos como receptores de musculatura lisa / glandular.
Os segundos mensageiros so: IP3e DAG.
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Esses receptores so encontrados na musculatura lisa e em glndulas
excrinas. A estimulao desses receptores causa contrao da
musculatura lisa e a estimulao de glndulas excrinas (ex: salivao,
secreo bronquial, etc).
NICOTNICO = Nn
So receptores conhecidos como neuronais.
So encontrados em gnglios autonmicos. A estimulao desses
receptores causa, portanto, excitao dos neurnios ps-ganglionares.
NICOTNICO = Nm
So receptores neuromusculares e, portanto, pertencem, na verdade, ao
sistema nervoso somtico.
A estimulao desses receptores leva a contrao muscular esqueltica.
Vamos iniciar de fato o assunto dos frmacos parassimpticos!
FRMACOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA COLINRGICO:
Nessa classe temos frmacos AGONISTAS (que interagem com os
receptores e mimetizam os efeitos da acetilcolina e temos tambm os
ANTAGONISTAS que iro bloquear esses receptores de acetilcolina).
AGONISTAS MUSCARNICOS:
Representantes: Pilocarpina, carbacol, betanecol, muscarina, arecolina e
metacolina.
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Dentre os agonistas muscarnicos, temos que destacar apenas algumas
informaes de alguns desses receptores, no h necessidade de
discutirmos todos:
PILOCARPINA
Liga-se aos receptores muscarnicos, ativando-os e provocando os
efeitos tpicos da ACh. So indicadas para o tratamento do glaucoma, pois
atuam sobre os receptores M3 da musculatura lisa pupila, causando uma
contrao e diminuindo a presso intraocular.
Outro uso, um pouco incomum, mas farmacologicamente comprovado
para o tratamento da xerostomia, com administrao do frmaco na
regio oral (lngua), assim ao interagir com os receptores muscarnicos ir
causar aumento da secreo salivar, e assim proporciona uma melhora da
xerostomia (boca seca).
BETANECOL
Liga-se nos receptores muscarnicos da musculatura lisa visceral,
promovendo um aumento das contraes gastrintestinal, sendo em
requerido por pacientes com constipao ps-operatrio.
METACOLINA
A metacolina mais resistente hidrlise da acetilcolina e a
metacolina possui a maior ao muscarnica mais potente do que as
demais substncias apresentadas.
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AGONISTAS NICOTNICOS:
Mimetizam a estimulao feita pela ACh nos receptores muscarnicos.
No h nenhum que tenha relevncia em provas, nem da Consulplan nem
mesmo de outras bancas organizadoras.
ANTAGONISTAS MUSCARNICOS
Representantes:Atropina e escopolamina.
Atua bloqueando receptores muscarnicos, impedindo as aes
endgenas da ACh. Os efeitos dependem do local onde o frmaco estiver
atuando.
ATROPINA
Os efeitos so:
Reduo de secrees e brondilatao (efeito requerido para facilitarventilao mecnica, intubao do paciente).
Cronotropismo positivo (aumento da fora de contrao do corao).
Reverter casos de intoxicao por anticolinestersicos (ex: pesticidas
organofosforados).
A atropina uma substncia originada da planta alucingena Atropa
belladona.
ESCOPOLAMINA
Os efeitos so:
Antiespasmdico, pois a escopalamina interage com receptor
muscarnico da regio gastrintestinal, diminuindo as contraes e
consequentemente as clicas gastrintestinais. O nome comercial bastante
conhecida o Buscopan.
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IPRATRPIO
Os efeitos so:
Broncodilatador, pois o ipratrpio interage com receptor muscarnico
da regio brnquica, diminuindo a broncoconstrio. O nome comercial
bastante conhecida o Atrovent.
OXIBUTIRINA, PROPANTELINA, DICICLOMINA, TOLDERODINA
Os efeitos so:
Utilizado para evitar a incotinncia urinria.
BIPERIDENO, TRIEXFENIDIL
Os efeitos so:
Anti-parkinsonianos, atuam sobre receptores muscarnicos presentes na
regio central e no perifricos.
Lembrando que o Parkinson decorrente de um
desequilbrio da relao dopamina/ACh. O
tratamento mais comum aquele que vimos na
aula passada e consiste na reposio de dopamina.
Entretanto o excesso de acetilcolina causa um
excesso da atividade desse neurotransmissor,
causando contraes musculares descoordenadas
e excessivas. Ao bloquear os receptores da ACh, a
liberao da ACh ser menor, diminuindo os efeitos
extrapiramidais.
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ANTAGONISTAS NICOTNICOS
Representantes: Agentes despolarizantes (anticolinestersicos). Agentes
adespolarizantes (d-tubocurarina, vecurnio e mevacurnio).
Os mais importantes so:
ANTICOLINESTERSICOS
So antagonistas, cujo mecanismo de ao baseia-se inibio da enzima
acetilcolinesterase, e, por conseguinte, aumentam as aes da acetilcolina.
Os anticolinesterricos podem ser dois tipos:
a) Reversveis: inibem a enzima de forma no definitiva, tais como
edrofnio, neostigmina, fisostigmina.
b) Irreversveis: inibem a enzima de forma definitva e por isso so os mais
perigosos, tais comoorganofosfatos, diflos, ecotiopatos;
Embora no h questes prvias da sua banca acerta deste tpico,
acredito piamente que os anticolinestersicos irreversveis podero ser uma
questo de prova, visto que nesta classe est contida os
agrotxicos/pesticidas organofosforados, e trata-se um produto direto da
jurisdio do MAPA.
DETALHES DO MECANISMO DE AO DOS ANTICOLINESTERSICOS:
Ligam-se fortemente enzima acetilcolinesterase, formam uma ligao
fsforo-carbono extremamente estvel com a enzima, resultando em uma
inativao irreversvel da mesma.
Isso ocorre porque o complexo enzimtico fosforilado resultante
extremamente estvel (horas ou dias).
SINAIS DA INTOXICAO POR ANTICOLINESTERSICOS:
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Crise colinrgica:
Distrbios gastrintestinais (nuseas, vmitos, diarria, salivao
excessiva).
Distrbio respiratrio (broncoespasmo, e aumento das secrees
brnquicas).
Alteraes cardiovasculares (bradicardia, bloqueio AV, hipotenso.
Obs: pode haver taquicardia reflexa devido hipotenso e
liberao de adrenalina pelas adrenais).
Distrbios visuais (viso embaada, miose).
Sudorese.
Perda da funo motora esqueltica (que progride para perda da
coordenao motora, cimbras musculares, fraqueza, fasciculao e
paralisia).
Morte: por paralisia dos msculos esquelticos necessrios respirao
ou por parada cardaca.
ANTDOTO PARA INTOXICAO POR ANTICOLINESTERSICOS: ATROPINA ou PRALIDOXIMA.
A atropina atua na reverso da intoxicao por anticolinestersicos
atravs de um antagonismo competitivo, no-metablico ou
farmacodinmico:ocorre quando os dois frmacos atuam sobre o mesmoreceptor biolgico, um antagonizando o efeito do outro. So os chamados
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bloqueadores e este conceito usado, com vantagens, no tratamento
clnico das intoxicaes.
Procedimento teraputico que deve ser adotado nos casos de
intoxicao por agentes anticolinestersicos:
Ingesto de doses crescentes de atropina (antagonista muscarnico)
para bloquear todos os efeitos adversos decorrentes da estimulao
dos receptores muscarnicos.
Como a atropina no bloqueia receptores nicotnicos, ela no alivia a
paralisao dos msculos esquelticos e dos msculos respiratrios,
com isso, pode ser necessria ventilao mecnica.
Pralidoxima: Consegue restaurar a atividade da AChE apenas no
incio. S efetiva dentro de 6h.
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SEO 3: FRMACOS CARDIOVASCULAR-RENAL
O livro conjugou esses dois temas Farmacologia do Sistema
Cardiovascular + Farmacologia do Sistema Renal.
Pela anlise das questes, existe uma parte deste tpico que as
bancas mais cobram: Anti-hipertensivos! Gosto de passar esse tipo de
anlise para vocs, visto que possuem pouco tempo para revisar as aulas e
no haver tempo para tudo, o que escolher? Escolha aquelas pontos de
cada disciplina que possuem mais chance de serem cobradas na sua
prova. uma loteria? SIM. um risco? SIM. Mas quem faz um concurso deste
porte precisa assumir riscos na preparao.
ANTI-HIPERTENSIVOSOs primeiros agentes anti-hipertensivos que vamos estudar so os
diurticos:
DIURTICOS Os diurticos so substncias que aumentam a excreo desdio e de gua do corpo, atravs de uma ao sobre os rins. O efeito
primrio consiste em diminuir a reabsoro de Na+ e de Cl- do filtrado,
sendo o aumento da perda de gua secundrio excreo aumentada
de NaCl. Em outras palavras o que sempre digo aos meus alunos no
presencial:
Ao colocar um pouco de sal na lngua o que voc sente? R: SEDE. Ento se lembre disso para no esquecer
jamais que o sdio puxa a gua para junto dele, logo se voc aumentar a excreo de sdio pode ter certeza
que a excreo de gua ser aumentada tambm, ela puxada para a eliminao junto do sdio.
Alm deste mecanismo clssico envolvendo o on sdio, poder haver
alguns frmacos que atuam por outros mecanismos, todos os pontos
importantes sero vistos a partir de agora.
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DIURTICOS DE ALA
Representantes: Furosemida,bumetanida, piretanida, torasemida.
Mecanismo de Ao: Essa classe farmacolgica atua na ala de Henle,inibindo o transporte de NaCl bloquear o carreador de Na+/K+/2Cl, com isso
a urina ficar mais concentrada de ons como o sdio e assim haver
menos reabsoro de gua e portanto maior eliminao dela (diurese).
Caractersticas, cuidados e informaes importantes: Os diurticos de ala
so os mais poderosos de todos os diurticos e tm a capacidade de
provocar a maior excreo de Na+, logo a maior excreo de gua
tambm (por isso devem ser utilizados com certo cuidado). So substncias
que causam perda de NaCl, atravs de sua ao sobre as clulas da ala
de Henle no nfron (por isso o nome da classe: diurticos de ala).
Essa classe tambm provoca maior perda de K+(hipocalemia = efeito
indesejado) e H+ (por conseguinte, os diurticos de ala podem produzir
alcalose metablica que seria outro efeito indesejado) e ainda aumento na
excreo de Ca2+ que benfico no tratamento de casos de
hipercalcemia.
DICA EDUCA FAR:Fique esperto nas nomenclaturas!
Excesso de ons Ca2+= hipercalcemia
Excesso de ons K+= hipercalemia
Excesso de ons sdio = hiponatremia
Excesso de cidos/ons H+= acidose
Excesso de bases/ons OH-= alcalose
De fato vimos que essas drogas so capazes de reduzir a volemia
(volume de lquido plasmtico) e, por conseguinte reduzir uma hipertenso,
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mas como so muito potentes eles correm o risco de reduzir demais essa
volemia e ao invs de trazer uma soluo o frmaco poder causar uma
hipotenso acentuada que se tornaria outro problema. Logo, no so os
frmacos de escolha no tratamento da hipertenso, so muito indicados
para o tratamento de: edema pulmo