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    CONCURSOCONCURSOPREF. ANPOLIS

    Farmcia

    Conhecimentos: EspecficosDisciplina: FarmacologiaParte I_____________________________________________

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    OBSERVAO IMPORTANTE: ESTE MATERIAL PROTEGIDO POR DIREITOS AUTORAIS

    (COPYRIGHT), NOS TERMOS DA LEI 9.610/98, QUE ALTERA, ATUALIZA E CONSOLIDA ALEGISLAO SOBRE DIREITOS AUTORAIS E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    GRUPOS DE RATEIO E PIRATARIA SO CLANDESTINOS, VIOLAM A LEI E PREJUDICAM OSPROFESSORES. NOSSA EQUIPE EST IDENTIFICANDO E COMBATENDO ESTA PRTICAEMBASADA NA LEGISLAO VIGENTE!

    VALORIZE NOSSO TRABALHO ADQUIRINDO OS CURSOS HONESTAMENTE ATRAVS DOSITE EDUCA FAR.

    O

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    OBSERVAES INICIAIS

    Os livros dos saudados Bertram G. Katzung ou Goodman & Gilman,

    todo farmacutico conhece, e sabe bem que ele possui mais 1.000 pginas.

    Ento no humanamente possvel estudar de forma detalhada, no prazo

    que vocs tm, o edital saiu com um prazo muito curto at a prova. Farei o

    seguinte, vamos focar de forma muito objetiva naquilo que as bancas mais

    exigem, o que recorrente mesmo.

    Ao observar o edital do concurso Pref. Goinia 2015, vimos que a parte

    de Farmacologia corresponde praticamente a 50% do seu edital, ento,

    acreditamos que talvez seja a disciplina mais importante do contedo

    especfico.

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    SEO 1: PRINCPIOS BSICOS

    FARMACOLOGIA:pode ser definida como o estudo de substncias que

    interagem com os sistemas vivos atravs de processos qumicos,

    especialmente pela ligao a molculas reguladoras e ativao ou

    inibio de processos corporais normais.

    Para Katzung B.G. FRMACO toda substncia que suscita uma

    mudana na funo biolgica atravs de suas aes qumicas. Na grande

    maioria dos casos ocorre a interao com outra molcula especfica do

    organismo, chamada de receptor.

    Os frmacos podem ser sintetizados no corpo (ex: hormnios) ou

    substncias NO sintetizadas no organismo, que so os chamados

    xenobiticos.

    A farmacologia possui vrias subdivises, uma que o autor teve o

    interesse de mencionar na introduo do livro a FARMACOGENMICA (a

    relao da composio gentico do indivduo com sua resposta a

    frmacos especficos).

    A Farmacogenmica ou farmacogentica tambm pode ser

    entendida como o estudo das variaes genticas que causam diferenas

    na resposta ao frmaco entre indivduos ou populaes.

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    FARMACOCINTICAA farmacocintica um ramo da Farmacologia que possui

    importncia de auxiliar correta posologia, assim como reajustes nas doses,

    entender o ndice teraputico, entre outras.

    Katzung B. G, define de forma simplificada farmacocintica como: a

    ao do corpo sobre o frmaco.

    Professor ainda no entendi muito bem. OK! Vou explicar com uma

    linguagem menos tcnica. A farmacocintica significa: o caminho que o

    frmaco vai percorrer no corpo, desde a administrao e absoro at a

    sua eliminao. Outros autores falam que a relao entre a seqncia

    temporal das concentraes da substncia alcanadas em diferentes regies do corpo

    durante e aps a administrao de uma dose.

    s vezes, encontramos em assertivas de provas o seguinte conceito

    atribudo a farmacocintica:

    Farmacocintica o estudo da velocidade com que os frmacos

    atingem o stio de ao e so eliminados do organismo, bem como dos

    diferentes fatores que influenciam na quantidade de frmaco a atingir o

    seu stio.

    Em farmacologia os parmetros ditos farmacocinticos so aqueles

    que se relacionam com o caminho que a droga faz pelo organismo, a

    cronologia desse percurso. So exemplos de parmetros farmacocinticos:

    Forma FarmacuticaVia de AdministraoTempo de meia-vidaQuantidade de droga no corpo

    A Farmacocintica dividida em quatro fases, que estudaremos daqui a

    pouco, essas fases so:

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    ABSORO a passagem da droga do seu local de aplicao at a corrente

    sangnea.

    Para ser absorvido um frmaco precisar atravessar as barreiras

    celulares (por exemplo, mucosa gastrintestinal, tbulo renal, barreira

    hematoenceflica, placenta), necessrio que as substncias atravessem

    membranas lipdicas.

    As substncias atravessam as membranas lipdicas:

    por difuso passiva;

    por transportadores;

    Como visto na imagem acima a difuso passiva poder ocorrer pela

    membrana ou atravs de canal aquoso (ou poro aquoso).

    DIFUSO PASSIVA PELA MEMBRANA Como a membrana uma bicamada

    lipdica o principal fator que determina a taxa de transferncia por difuso

    passiva atravs da membrana a lipossolubilidade da substncia. Quanto

    maior a lipossolubilidade, mais facilmente o frmaco poder atravessar.

    Outro fator importante o peso molecular, quanto MENOR o peso

    molecular do frmaco mais fcil ser a passagem atravs das membranas.

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    Alm disso, o transporte passivo depende do gradiente de concentrao,

    as substncias qumicas tendem a se deslocar do compartimento mais

    concentrado para o menos concentrado, portanto frmacos administrados

    em solues altamente concentradas so absorvidos mais rapidamente do

    que aqueles administrados em solues de baixa concentrao, j que

    possuem um gradiente de concentrao favorvel.

    OBS: A lipossolubilidade a solubilidade nos lipdios, que caracterizada pelo

    coeficiente de partio lipdeo/gua. Portanto quanto maior o coeficiente de partio,

    maior a solubilidade e consequentemente mais absorvvel o frmaco pelas membranas

    celulares.

    DIFUSO PASSIVA PELO CANAL AQUOSO Como o canal preenchido por

    gua, essa ser a opo para absoro de forma passiva para os frmacos

    que forem mais hidroflicos e logicamente de baixo peso molecular

    tambm. Alm disso o deslocamento dos frmacos por esse processo

    tambm dependem do gradiente de concentrao.

    ABSORO POR TRANSPORTADRES A absoro mediada por

    transportadores (por exemplo, no tbulo renal, na barreira

    hematoenceflica, no epitlio gastrintestinal) requer energia e importantepara algumas substncias quimicamente relacionadas a substncias

    endgenas.

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    Outros fatores que influenciam o processo de absoro:

    Caracterstica qumica da droga: Certamente se alguns fatores forem

    atendidos, mas o frmaco tiver uma caracterstica qumica instvel aabsoro e transporte desse frmaco ser prejudicado.

    Estado cristalino:A grande coeso das molculas de um composto em seu

    estado cristalino, normalmente, proporciona-lhe menor solubilidade que a

    estrutura amorfa, pois necessria maior energia para separ-las. A

    estrutura amorfa, no entanto, com a pouca coeso de suas molculaspossui uma separao mais rpida o que favorece a absoro.

    Circulao no local de administrao: esse fator afeta a absoro do

    frmaco, sendo que o aumento do fluxo sangneo tambm aumenta a

    velocidade de absoro do frmaco.

    Dissoluo da forma farmacutica nos lquidos gastrointestinais:Esta etapa,por sua vez compreende a formao de uma disperso molecular na fase

    aquosa, ou seja, a dissoluo progressiva do frmaco, essencial para sua

    posterior absoro, desde que seja requerida uma ao sistmica e no

    local. A dissoluo muitas vezes a etapa determinante da velocidade do

    processo de absoro.

    Motilidade gastrointestinal: A motilidade gastrintestinal possui grande feito.

    Muitos distrbios como a enxaqueca) provocam estase gstrica e retardam

    a absoro dos frmacos. Por exemplo, metoclopramida, que utilizada no

    tratamento da enxaqueca para deixar o esvaziamento gstrico mais rpido

    e facilitar a absoro de analgsico.

    O movimento excessivamente rpido do contedo intestinal tambmpode comprometer a absoro. Um frmaco tomado aps uma refeio ,

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    com freqncia, absorvido mais lentamente, visto que a sua progresso

    pelo intestino delgado retardada. Todavia, existem excees, e vrias

    substncias (por exemplo, propranolol) alcanam concentraes

    plasmticas mais elevadas quando tomadas aps uma refeio,

    pH: Muitas substncias so cidos fracos ou bases fracas, podendo

    apresentar-se na forma ionizada ou no. O estado de ionizao varia com

    o pH, de acordo com a equao de Henderson-Hasselbalch:

    HA = H++ A

    -

    Onde, HA = Forma protonada do cido, molecular, no

    ionizada, FORMA MAIS LIPOSSOLVEL (absorvvel).

    -------------------------------------------------------------------

    B = H++ BH

    +

    Onde, B = Forma desprotonada da base, no ionizada,FORMA MAIS LIPOSSOLVEL (absorvvel)

    No caso de cidos fracos ou de bases fracas, apenas a forma no-

    carregada (a forma protonada para um cido fraco; a forma no-

    protonada para uma base fraca) pode sofrer difuso atravs das

    membranas lipdicas.

    Os cidos fracos tendem a no ionizar-se no estmago, porque l o

    meio j muito cido, isso favorece a absoro desses frmacos.

    As bases fracas tendem a no ionizar-se no intestino, porque l o meio

    j bsico, isso favorece a absoro desses frmacos.

    Veja no esquema abaixo que a droga no-ionizada (ou seja, forma mais

    lipossolvel) quem consegue atravessar melhor a membrana celular.

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    RESUMINDO:

    CIDOS FRACOS BASES FRACAS

    ABSORO: ESTMAGO

    (melhor absorvida em pH cido, aonde hpredomnio das formas no ionizadas)

    ABSORO: INTESTINO

    (melhor absorvida em pH bsico, aonde hpredomnio das formas no ionizadas)

    OBS: evidente que o intestino possui grande superfcie de contato, logo, at mesmo os

    frmacos cidos podero ser absorvidos neste rgo independente da influncia do pH.

    Alm disso o estmago possui uma parede mais espessa e com presena de muco, o

    que dificulta um pouco a absoro neste local.

    OBS 2: Porque as formas ionizadas no so absorvveis? R: Pois so pouco lipossolveis,

    alm de sofrer uma repulso eletrosttica com as cargas da membrana.

    Alguns exemplos de frmacos cidos e bases fracas:

    CIDOSAspirina, penicilina, fenobarbital, varfarina, etc.

    BASESMorfina, atropina, nicotina, diazepam, etc.

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    DIFUSO FACILITADA: um processo mediado por protenas transportadoras

    especficas, porm sem gasto de energia. Nesse transporte h

    competitividade pelo transportador e a fora de transferncia ocorre pelo

    gradiente de concentrao.

    Ex: glicose

    Ao falar em absoro temos que lembrar do efeito de primeira

    passagem (metabolizao pelo fgado e pela microbiota intestinal

    em menor quantidade), antes que o frmaco chegue a circulao

    sistmica. As vias de administrao que esto sujeitas a esse efeitoso: Via Oral e Via Retal.

    DISTRIBUIOO termo distribuio se refere transferncia reversvel do frmaco de

    um local a outro dentro do organismo. o transporte do frmaco da

    corrente sangunea para o tecido-alvo, se d pela distribuio dos

    frmacos nos lquidos intersticiais e intracelulares.

    Fatores que podem influenciar a distribuio dos frmacos:

    Propriedade fsico-qumica das substncias;Dbito cardaco;Fluxo sanguneo regional;

    Existncia de barreiras nos tecidos;

    Taxa de ligao com protenas plasmticas.

    A distribuio dos frmacos depende da circulao, por isso o

    transporte da droga no organismo passa em primeiramente nos rgos de

    maior vascularizao (como SNC, pulmo, corao) e depois sofre

    redistribuio aos tecidos de menos irrigao (tecido adiposo por

    exemplo). nessa etapa em que a droga chega ao ponto onde vai atuar.

    RE

    LEMBRAR

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    Alm dos fatores ligados circulao, a existncia de barreiras nos

    tecidos poder dificultar a distribuio dos frmacos. Por exemplo, a

    barreira hematoenceflica impede a passagem de muitas substncias (no

    de todas) regio enceflica.

    O crebro inacessvel a muitas substncias, incluindo muitos agentes

    antineoplsicos e alguns antibiticos, como os aminoglicosdios, cuja

    lipossolubilidade insuficiente para permitir sua penetrao na barreira

    hematoenceflica. Entretanto, a ocorrncia de inflamao pode romper a

    integridade da barreira hematoenceflica, possibilitando a penetrao, nocrebro, de substncias normalmente impermeveis. Em conseqncia,

    pode-se administrar penicilina por via intravenosa (em lugar de intratecal)

    para o tratamento da meningite bacteriana (que acompanhada de

    intensa inflamao).

    Mas nessa fase farmacocintica o fator mais comentado mesmo a

    ligao do frmaco com as protenas plasmticas. A ligao com as

    protenas plasmticas depender da quantidade e afinidade qumica.

    Existem dois tipos de protenas plasmticas importantes:

    ALBUMINA: carreadora de frmacos cidos;

    GLICOPROTENA CIDA: carreadora de frmacos bsicos;

    A quantidade do frmaco que se liga protena recebe o nome de

    frao ligadae a quantidade no ligada nomeia-se como frao livre.

    Frao ligadas protenas plasmticas

    Frao livre

    A frao dos frmacos que estiverem

    ligados s protenas no conseguiro

    interagir com o seu receptor, portanto essa

    uma frao inativa.

    A frao livre poder atingir o tecido-alvo

    e interagir com receptor, portanto uma

    frao dita: ativa.

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    O complexo frmaco-protena age como um reservatrio temporrio

    na corrente sangnea retardando a chegada de frmacos aos rgos alvo

    e stios de eliminao. Quando a ligao protena ocorre fortemente, ela

    pode diminuir a intensidade mxima de ao, por diminuir a concentrao

    mxima atingida no receptor, alterando, assim sua resposta clnica;

    reciprocamente, a diminuio da ligao pode aumentar a intensidade de

    ao do frmaco.

    Os stios proticos de ligao de frmacos no plasma so passveis de

    saturao. A medida que a concentrao do frmaco aumenta, tambm

    pode aumentar sua forma livre, mesmo que seja um frmaco com alta

    afinidade pela protena porque a capacidade de ligao pode estar

    saturada.

    A extensa ligao a protenas tambm torna a eliminao da

    substncia lenta.

    O acmulo de um frmaco em determinado tecido, pode atuar comoum reservatrio que prolonga sua ao nesse mesmo tecido e em um local

    distante atingido pela circulao. Esse fenmeno da formao de

    reservatrios acontece com freqncia com frmacos altamente

    lipossolveis que tendem a se acumular no tecido adiposo do indivduo,

    sendo liberado corrente sangunea de forma lenta, prolongando o tempo

    de ao do frmaco.

    O ltimo parmetro farmacocintico que precisamos comentar dentro

    do tema da distribuio o VOLUME DE DISTRIBUIO. Esse tpico foi

    explorado em apenas uma prova da Consulplan, a qual a banca queria o

    conceito. J apresentei para voc a definio adotada pela banca no

    incio da aula, na seo de conceitos relevantes. Mesmo assim vou

    apresentar outra definio:

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    Volume de distribuio definido como o volume de plasma que deveria

    conter o contedo corporal total da substncia em concentrao igual

    do plasma.

    Refere-se medida da quantidade de lquido necessria para abarcar atotalidade de frmaco nos compartimentos extravasculares.

    BIOTRANSFORMAOEsta a fase farmacocintica da transformao do frmaco em

    outra(s) substncia(s), por meio de alteraes qumicas, geralmente sob

    ao de enzimas inespecficas.

    Professor por que enzimas inespecficas? R: Pois a

    mesma enzima poder atuar em mais de um

    frmaco.

    Essa transformao pode constituir em degradao (oxidao,

    reduo, hidrlise), ou em sntese de novas substncias (conjugao). A

    biotransformao ocorre principalmente no fgado, mas tambm em outros

    rgos como nos rins, nos pulmes e no tecido nervoso.

    Excluindo-se o pulmo os rgos excretores eliminam os compostos

    polares mais eficientemente que as substncias com alta lipossolubilidade,

    assim os frmacos lipossolveis no so prontamente eliminados at serem

    biotransformados em compostos mais polarizados.

    As substncias lipoflicas no so eliminadas suficientemente pelo rim

    de forma inalterada. Por conseguinte, so, em sua maioria, metabolizadas a

    produtos mais polares, que so ento excretados na urina.

    Geralmente, o fgado o maior e algumas vezes o nico stio de

    biotransformao de frmacos; o metabolismo das substncias que ocorre

    no fgado, sobretudo pela ao do sistema microssomal do citocromo P450

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    (CYP). Ocasionalmente o frmaco biotransformado em outros tecidos

    como os rins, pele, pulmes, sangue e trato gastrintestinal.

    O metabolismo dos frmacos envolve dois tipos de reao bioqumica,

    conhecidos como reaes de fase 1 e de fase 2. Geralmente essas reaes

    ocorrem nessa sequncia.

    As reaes de fase 1 so catablicas (no sintticas) (por exemplo,

    oxidao, reduo ou hidrlise), e, com freqncia, os produtos so

    quimicamente mais reativos e, portanto, paradoxalmente, algumas vezes

    mais txicos ou carcinognicos do que a substncia original.

    As reaes de fase 2 so anablicas (sintticas) e envolvem a

    conjugao, que habitualmente resulta em produtos inativos (embora haja

    excees, como, por exemplo, o metablito sulfato ativo do minoxidil).

    Com freqncia, as reaes de fase 1 introduz em um grupo

    relativamente reativo, como o grupo hidroxila, na molcula (um processo

    conhecido como "funcionalizao"). A seguir, esse grupo funcional atua

    como ponto de ataque para o sistema de conjugao, fixando um

    substituinte como glicurondio (figura abaixo). Em geral, ambas as etapas

    diminuem a lipossolubilidade, com conseqente aumento da eliminao

    renal da substncia.

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    REAES DE FASE 1 REAES DE FASE 2

    Reaes de oxidao, reduo ou de

    hidrlise

    Introduo de grupos funcionais (ex:

    OH, COOH, SH, NH2) para deixar a

    substncia mais reativa.

    Podem transformar drogas inativas emdrogas ativas (pr-frmaco)

    Reaes de conjugao

    Introduo de grupos como a

    glutationa ou glicurondio.

    Produz metablitos mais hidrossolveis e

    de alto peso molecular.

    Acerca da biotransformao, existem apenas mais alguns processos

    que voc dever aprender o significado, vamos alunos: FORA, FOCO e F!

    TEMPO DE MEIA VIDA

    uma medida de tempo, trata-se do perodo necessrio para que

    metade (50%) da concentrao do frmaco administrado seja removido

    do organismo.

    O tempo de meia-vida ou t1/2 um importante parmetro

    farmacocintico. A caracterizao de um evento farmacocintico pelo

    valor da meia vida possibilita uma estimativa da rapidez com que o

    processo ocorre, originando dados importantes para a interpretao dos

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    efeitos teraputicos ou txicos dos frmacos, da durao do efeito

    farmacolgico e do regime posolgico adequado.

    CICLO NTERO HEPTICO

    Alguns produtos conjugados so excretados pela bile, reativados no

    intestino e, a seguir, reabsorvidos. Esse processo de recirculao de alguns

    frmacos aumento o seu tempo de meia-vida.

    INDUO ENZIMTICA

    Diversas substncias quando administradas repetidamente como a

    rifampicina, o etanol, a carbamazepina aumentam aatividade das enzimas

    metablicas hepticas, isso faz com que outras substncias sejam mais

    metabolizadas e mais eliminadas. Em certos casos um frmaco pode causar

    induo enzimtica e aumentar a sua prpria metabolizao.

    INIBIO ENZIMTICA

    Diversas substncias quando administradas repetidamente diminuem

    (inibem) aatividade das enzimas metablicas hepticas, isso faz com que

    outras substncias sejam menos metabolizadas e menos eliminadas, isso

    aumentar o tempo de meia-vida da substncia, podendo estimular o

    prolongamento do efeito farmacolgico e at aparecimento de efeitos

    txicos. Em certos casos um frmaco tambm pode causar inibio

    enzimtica e diminuir a sua prpria metabolizao.

    A cimetidina e o cetoconazol so exemplos clssicos inibidores de

    reaes oxidativas de biotransformao.

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    EXCREO a sada dos frmacos do organismo.

    DICA: nem sempre os frmacos para serem eliminados devem sofrer

    biotransformao, pois aquelas substncias que so naturalmente bastante

    polares (hidrossolveis) podero ser eliminadas na sua forma inalterada.

    As principais vias das quais as substncias e seus metablitos so

    removidos do corpo so:

    Os rins; O sistema hepatobiliar ;

    Os pulmes (importantes para anestsicos volteis/ gasosos).

    As substncias so, em sua maioria, removidas do corpo atravs da urina,

    em sua forma inalterada ou como metablitos polares. Algumas substncias

    so secretadas na bile atravs do fgado, porm a maioria ento

    reabsorvida a partir do intestino (ciclo ntero-heptico). Todavia, existem

    casos (por exemplo, rifampicina) em que a perda fecal responsvel pelaeliminao de uma frao significativa do medicamento. A excreo

    atravs dos pulmes s ocorre com agentes altamente volteis ou gasosos

    (por exemplo, anestsicos gerais).

    Pequenas quantidades de algumas substncias tambm so excretadas

    em secrees, como o leite ou o suor. A eliminao por essas vias

    quantitativamente desprezvel quando comparada com a excreo renal,embora a excreo no leite possa ser algumas vezes importante, devido a

    seus efeitos sobre o lactente.

    Como a excreo renal a mais relevante, iremos aprofundar um pouco

    nos trs processos renais mais importantes:

    filtrao glomerular;

    secreo tubular ativa;

    difuso passiva atravs do epitlio tubular.

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    O primeiro processo ocorre nos glomrulos, mas se restringe a frmacos

    de peso molecular menor, visto que o glomrulo funciona como um filtro ou

    peneira, logo substncias que possuem alto peso molecular so grandes

    demais para passar pelos poros dessa peneira, logo, acabam no

    passando para o filtrado renal.

    O segundo processo ativo, no qual carreadores pegam a substncia

    dos capilares sanguneos e carregam atravs fora para o filtrado, a fim

    de serem eliminadas na urina. Os carreadores podem transferir as molculas

    de substncias contra um gradiente eletroqumico e, por conseguinte,podem reduzir a concentrao plasmtica delas independente da

    concentrao ou peso molecular. Esse processo acontece principalmente

    com substncias eletroqumicas, com destaque para os cidos fracos.

    O terceiro processo a difuso passiva atravs do epitlio tubular, esse

    um processo de reabsoro de muitas substncias que esto nos tbulos

    renais e no poderiam ser eliminadas. Mas tambm frmacos com elevadalipossolubilidade, por atravessarem as membranas lipdicas com maior

    facilidade, tambm podem utilizar este processo para escapar da

    eliminao.

    Veja a figura abaixo exemplificando os trs processos discutidos:

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    INFLUNCIA DO pH NA ELIMINAO

    Como vimos que a maioria dos frmacos so cidos ou bases fracas,

    portanto da mesma forma que o pH influencia na absoro, tambm na

    excreo.

    Na eliminao o raciocnio oposto ao que estudamos na absoro.

    Para eliminar um frmaco necessrio que ele fique mais hidrossolvel (pois

    a urina aquosa). Um frmaco mais hidrossolvel quando ele est na sua

    forma IONIZADA.Um frmaco tende a se ionizar quando o meio oposto a sua

    caracterstica cido-base. Por exemplo, um frmaco cido tende a se

    ionizar no meio alcalino, e da mesma forma um frmaco bsico tende a se

    ionizar no meio cido.

    ATENO

    Esse tpico explorado em provas atravs de casos clnicos de

    intoxicao. Pense comigo:

    Um indivduo est intoxicado com um frmaco X que cido

    fraco. Como estamos lidando com a intoxicao de interesse que

    esse toxicante seja eliminado o mais rpido possvel. Como voc

    poderia ajudar?

    R: Poderia fazer a sugesto de alcalinizar a urina (ex:

    administrao de bicarbonato de sdio) do paciente, pois a urina

    alcalina tende a deixar esse toxicante cido na forma ionizada, que

    a forma mais hidrossolvel e mais favorvel eliminao.

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    Espero que tenham entendido que as alteraes de pH (induzidas ou

    no), modificaro a taxa de eliminao dos frmacos. Sendo que os cidos

    fracos so excretados mais rapidamente na urina alcalina, e vice-versa.De

    forma resumida, podemos a seguinte tabela:

    CIDOS FRACOS BASES FRACAS

    ELIMINAO: ALCALINIZAO DA URINA

    (onde predomina as formas ionizadas do cido,evitando que ele seja reabsorvido e de fato

    mais eliminado)

    ELIMINAO: ACIDIFICAO DA URINA

    (onde predomina as formas ionizadas dabase, evitando que ele seja reabsorvido e de

    fato mais eliminado)

    METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM

    A biotransformao de alguns frmacos pode ser influenciada pela via

    de administrao. Frmacos administrados por via oral ganham acesso

    circulao sistmica quase sempre pelo sistema porta heptico, primeiro

    apresentador do frmaco ao fgado. Assim, a totalidade de uma dose de

    frmaco administrado por esta via durante o processo de absoro,

    exposta ao fgado durante sua primeira passagem pelo organismo; se este

    frmaco est sujeito a uma elevada depurao heptica ( rapidamentemetabolizado pelo fgado) uma frao substancial da mesma pode ser

    extrada do sangue portal e biotransformada antes de alcanar a

    circulao sistmica. Isto conhecido como metabolismo ou efeito de

    primeira passagem e pode ocasionar em uma perda significativa na

    biodisponibilidade do frmaco.

    O prprio trato gastrintestinal pode tambm proporcionar a

    biotransformao de frmacos ao coloc-lo em contato com enzimas; o

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    exemplo da grande biotransformao realizada pela CYP3A4 neste local,

    que hoje sabemos contribuir para a pssima biodisponibilidade por via oral

    de muitos frmacos. Por isso, diz-se que quando o frmaco sofre intenso

    metabolismo de primeira passagem, apresentar uma biodisponibilidade

    menor.

    DEPURAO (Clearance)

    Taxa de eliminao, normalizada com a concentrao de um

    frmaco Volume de lquido biolgico (sangue ou plasma) que contm a

    quantidade da droga removida pelo rim (na depurao renal) ou

    ainda metabolizada pelo fgado (depurao heptica) na unidade

    de tempo - ml/min ou ml/min/kg [Cltotal =Clrim+Clhep + Cloutros]

    extremamente relevante para estabelecer a dose da droga em

    tratamento de longo prazo.

    Alm de todos os fatores que estudamos, existem outros que obviamente

    geram influncia significativa na excreo de medicamentos. Estou falando

    dos fatores relacionados ao indivduo em si, por exemplo: idade, sexo,

    presena de patologias no indivduo, etc. Por exemplo, as substncias que

    so removidas predominantemente por excreo renal tendem a causar

    toxicidade em indivduos idosos e pacientes com doena renal.

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    FARMACODINMICA

    A farmacodinmica um ramo da Farmacologia que possui objetivo

    de estudar as interaes com alvos moleculares e efeitos do frmaco.

    Em outras palavras podemos dizer que, envolve o estudo do mecanismo de

    ao dos frmacos (se agem em receptores, enzimas, canais, etc),

    transduo do sinal, potncia, efeitos, seletividade.

    Para Katzung : "o que o substncia faz no organismo", diferente da

    farmacocintica que "o que a corpo faz com a substncia".

    Em farmacologia os parmetros ditos farmacodinmicos so aqueles

    que se relacionam com a interao droga-receptor no local de ao e os

    efeitos decorrentes da atuao do frmaco.

    Em funo da seletividade e da intensidade da resposta que o

    frmaco desencadeia aps a sua interao com o receptor ou mesmo

    pela ausncia de efeito, as drogas podem ser classificadas em:

    Agonista trata-se de uma droga que estimula um receptor a exercer sua

    funo. Por exemplo, um agonista do receptor de dopamina interage com

    o receptor de dopamina de uma clula e estimula ela a promover os efeitos

    que a prpria dopamina exerceria. Ou seja, ele um imitador da

    dopamina.

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    Antagonista a substncia que faz o papel inverso do agonista. Ele inibe

    a funo do receptor no qual se liga. Por exemplo, o antagonista de

    dopamina inibe os efeitos que a dopamina exerceria se estivesse ligada no

    seu receptor. Ou seja, ele se liga no receptor inibindo sua funo. Portanto,

    um antagonista compete com a substncia original por impedir que ela se

    ligue no seu receptor.

    CUIDADO= Perceba que o agonista faz o mesmo papel da substncia

    original, enquanto que o antagonista impede que a substncia original

    exera sua funo. Um pensamento muito equivocado e que pode

    comprometer sua questo pensar que o antagonista produz um efeito

    oposto, NO ISSO QUE ACONTECE, decore: O ANTAGONISTA LIGA-SE E

    NO PRODUZ EFEITO, ou seja, zero mesmo, a resposta NULA.

    Na prtica farmacolgica, utilizamos muitos frmacos agonistas e

    antagonistas. Se quisermos potencializar um efeito de uma substncia quenos interessa, utilizamos um agonista. Se desejarmos impedir um efeito de

    uma substncia, lanamos mo de um antagonista.

    Os agonistas podem ser divididos em trs categorias:

    AGONISTA TOTAL (outros sinnimos: Integral, Pleno ou Puro)

    AGONISTA PARCIAL

    AGONISTA INVERSO

    Vamos diferenciar os agonistas pela sua eficcia, j todos os trs so

    ativadores do receptor e produzem efeito:

    Normalmente, um agonista total tem uma eficcia MXIMA (100%).

    O agonista parcial possui uma eficcia que submxima, ou seja,

    no chega 100%, porm superior a ZERO.

    J o agonista inverso, tem uma eficcia negativa (abaixo de zero),

    pois liga-se a configurao inativa do receptor. Se o receptor tiver atividade

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    constitutiva independente ainda sim poder ocorrer efeito, porm de baixa

    intensidade.

    OBSERVAO 1: Sei que difcil entender o conceito de agonistainverso, e justamente ele um dos que mais aparece em provas, porexemplo posso citar a prova ANVISA/2013.

    Ento preste ateno: O agonista inverso o contrrio do agonistatotal. Enquanto o agonista total liga-se que mxima intensidade ao receptorna conformao ativa, o agonista inverso se liga com muita afinidade aoreceptor inativado e quase no se liga aoreceptor ativado; logo, ocorrer aconverso dos receptores ativados em inativados. Como h a reduo donmero de receptores ativados, o nvel constitutivo vai diminuir tambm.Por isso, diz-se que o agonista inverso tem uma eficcia negativa.

    OBSERVAO 2:VOC NO DEVE CONFUNDIR: Antagonista tem eficcia ZERO ou NULA. Agonista inverso tem eficcia NEGATIVA.

    Por vezes necessrio que voc aplique esse conhecimento conceitual na

    anlise grfica. Vejamos abaixo como poder ser representado cada um

    deles:

    Como visto na imagem acima o antagonista, por no produzir

    nenhuma resposta biolgica, mantm o efeito basal do receptor, portanto

    ter sempre uma eficcia igual zero; logo sua curva segue o eixo das

    abscissas.

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    Enquanto isso os trs tipos de agonistas produziro algum tipo de

    resposta biolgico, e diferenciaremos cada um deles conforme o grau de

    eficcia, sendo que:

    Agonista Total =100% (mxima eficcia)

    Agonista Parcial= Maior que zero, porm no atinge o 100% (eficcia

    submxima, no preciso que seja exatamente 50%, coloquei esse valor no

    grfico somente para ficar esteticamente mais fcil para voc visualizar).

    Agonista Inverso=Eficcia negativa

    RECEPTORES:Podemos chamar de receptor aquele componente do organismo que

    alvo de interao com a droga. Ou seja, a estrutura macromolecular

    funcional do organismo com o qual o agente qumico presumivelmente

    interage. Na imensa maioria das vezes essa estrutura macromolecular

    (receptor) so PROTENAS.

    Receptores so estruturas altamente especializadas, que tem no

    organismo afinidade de interar-se naturalmente com substncias

    endgenas com funo fisiolgica, e que podem tambm reagir com

    substncias exgenas (como os frmacos), que tenham caractersticas

    qumicas e estruturais comparveis s substncias que ocorrem

    naturalmente no organismo.

    Os receptores podem ser classificados, basicamente em quatro grandes

    tipos:

    Canais inicos controlados por ligantes (ionotrpicos)

    Ex.: Nicotnico da Acetilcolina

    Receptores acoplados protena G (GPCRsMetabotrpicos):

    Ex.: Muscarnico da Acetilcolina

    Receptores ligados a quinases e correlatos

    Ex.: Insulina

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    Receptores nucleares.

    Ex.: receptores dos Esterides.

    Vejamos as caractersticas principais aplicadas a cada desses

    receptores:

    RECEPTORES LIGADOS A QUINASES e CORRELATOS Estamos falando

    de receptores enzimticos. So considerados metabotrpicos (ao mais

    lenta). Geralmente a molcula que atuar sobre a enzima um anlago

    (semelhante) ao substrato endgeno dessa enzima. Alguns receptores

    enzimticos so mais estudados:

    I. Receptores protena quinases=Maior grupo de receptores com

    atividade enzimtica intrnseca. As protenas quinases so

    enzimas que catalisam a fosforilao de protenas atravs da

    transferncia de um grupo fosforila de ATP e, em casos

    excepcionais, de GTP, para treonina, serina ou resduos de

    tirosina. A fosforilao destes resduos responsvel por estmulos

    extracelulares e intracelulares, que fornecem um mecanismo

    altamente eficiente para o controle da atividade de protenas. A

    protena quinase pode ser ativada por por Clcio diretamente ou

    indiretamente (calmodulina) ou por concentraes de AMP

    cclico (AMPc) e, por isso, tambm conhecida como protenaquinase dependente do AMP cclico (PKAc).

    II. Receptores protena tirosina fosfatases: protenas tirosina

    fosfatases constituem uma grande famlia de enzimas com

    analogia s protenas cinases em sua complexidade e

    diversidade estrutural. As protenas tirosina fosfatases so uma

    grande famlia de enzimas responsveis pela hidrlise do fosfato

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    ligado a resduos de tirosina em protenas. So estruturalmente

    diversas.

    III. Receptores com atividade guanilil ciclase: Sem domnios

    enzimticos intracelulares, ao contrrio possuem domnios do tipo

    guaniliciclase, a qual h sntese de GMPc que por sua vez ativa a

    proteinaquinase.

    RECEPTORES DE CANAIS INICOSOs receptores de canais inicos so

    considerados ionotrpicos (ao rpida). So responsveis pela transmisso

    de sinais nas sinapses do sistema nervoso, importantes tambm na funo

    cardaca, muscular.

    Canais Inicos: so macromolculas transmembrnicas,

    formando uma passagem aquoso atravs da membrana

    lipdica. So elementos fundamentais na atividade celular

    eltrica e funcional.

    Diviso funcional:

    Abertura de canais de Na+ e Ca++ causa despolarizao (carga

    intracelular fica mais positiva) facilitando a ativao da clula.

    Abertura de canais de Cl- e K+ causa a hiperpolarizao (carga

    intracelular fica mais negativa) dificultando a ativao da clula.

    Os ionotrpicos so ativados por receptores que causa neles aabertura ou fechamento. Eles so canais de passagem de ons que atuam

    na propagao do potencial de ao de resposta rpida. Diferentes

    frmacos podem atuar sobre os canais inicos provocando um

    favorecimento da abertura e potencializando a propagao de um dado

    efeito ou impedindo a abertura, inibindo a propagao do potencial de

    ao e consequentemente inibindo que determinado efeito acontea.

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    Frmacos podem atuar de forma direta sobre o canal inico, ligando-se

    diretamente na protena desse canal ou a interao pode ser indireta,

    envolvendo uma protena G e outros intermedirios.

    H canais de sdio disparados por voltagem e no por receptores

    ativados por ligantes, porm eles tambm podem ser influenciados por

    frmacos, neles que os anestsicos agem por exemplo.

    Exemplos de receptores de canais ionotrpicos: Nicotnicos e GABA

    (cido gama aminobutrico).

    RECEPTORES ACOPLADOS A PROTENA-G Os receptores acoplados a

    Protena G (GPCR) so considerados metabotrpicos (ao mais lenta).

    uma numerosa famlia de receptores e um grupo que sofre extrema

    atuao de frmacos.

    Protenas G: recebem esta denominao em virtude de sua

    interao com os nucleotdeos guanina, GTP e GDP.

    Os GPCRs podem ser ativados por ligantes como, por exemplo,

    hormnios, neurotransmissores, fatores de crescimento, odorantes e ftons

    de luz.

    Os GPCRs so divididos em 03 famlias, estas famlias compartilham a

    mesma estrutural hepta-helicoidal, mas diferem-se principalmente no

    domnio N-terminal e na localizao do domnio de ligao do agonista.-Famlia A: Famlia da Rodopsina: a maior, incluindo a maioria dos

    receptores de monoaminas e neuropeptdeos.

    -Famlia B: Famlia da Secretina e Glucagon: receptores para

    hormnios peptdicos incluindo a secretina, glucagon e calcitonina.

    -Famlia C: Famlia do Glutamato e receptores sensores de Ca++. a

    menor famlia, so receptores metabotrpicos do glutamato, GABAB ereceptores sensveis ao Ca++.

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    OBS: O receptor sensor de Ca++ um GPCR incomum, que ativado

    na presena de Ca++ extracelular.

    Ex.: glndula paratireide controlando a seqncia do hormnio

    paratireideo. Uma vez ativada, a protena G intermedia o processo de

    sinalizao que iniciado com a ativao do respectivo GPCR e termina

    com a resposta mediada pela ao de molculas efetoras que incluem

    canais inicos e enzimas que geram segundos mensageiros, como, por

    exemplo, a adenilil ciclase, a enzima que gera o segundo mensageiro AMP

    cclico.

    Um nico complexo agonista-receptor capaz de ativar vrias

    molculas de protena G, podendo cada uma delas permanecer associada

    enzima efetora durante o tempo suficiente para produzir muitas molculas

    do produto. O produto com freqncia um segundo mensageiro.

    RECEPTORES NUCLEARES Corresponde a uma grande famlia de

    receptores intracelulares relacionados estruturalmente sendo inclusos na

    classe dos fatores transcricionais. Esses receptores podem detectar lipdeos

    e sinais hormonais e modular a transcrio gnica. Podem

    Receptor Classe I:citosslico

    Receptor Classe II:nuclear

    Essa grande famlia protica inclui receptores para glicocorticides,

    esterides, andrgenos, mineralocorticides, progesteronas, estrognios,

    hormnios tireoidianos, vitamina D, cido retinico, entre outros. Perceba

    que todos os ligantes (agonistas) so compostos lipoflicos, que atravessam

    a membrana plasmtica facilmente.

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    Segundos Mensageiros corresponde a uma pequena molcula que

    se forma ou que libertada no citosol (exceto no caso dos diacilgliceris,

    que permanecem na membrana) em resposta a um sinal extracelular

    (primeiro mensageiro) e que permite a conduo deste sinal at ao interior

    da clula.

    O segundo mensageiro sempre fabricado ou ativado, depois da

    ativao do receptor, do primeiro mensageiro e da transmisso da

    mensagem.

    Vejamos os mais importantes abaixo:

    a) Sistema da Adenilato Ciclase/AMPc:

    O AMPc um nucleotdeo sintetizado no interior da clulas a partir do

    ATP, sob a ao de uma enzima ligada membrana, a adenilato ciclase.

    O AMPc constantemente produzido e inativado por hidrlise (por

    enzimas Fosfodisterases). Muitas substncias diferentes, hormnios,

    neurotransmissores atuam sobre os GPCR e produzem seus efeitos aoaumentar ou diminuir a atividade cataltica da adenilato ciclase.

    Alvos do AMPc: enzimas do metabolismo energtico, diviso e diferenciao celular,

    transporte de ons, canais inicos e protenas contrteis no msculo liso.

    O AMPc ativa proteinoquinases (Protena Quinase A PKA) , e essas

    tm como funo catalisar a fosforilao de resduos de serina e treonina,

    utilizando ATP como fonte de grupo fosfato. A fosforilao pode ativar ouinibir enzimas-alvos ou canais inicos.

    Ex: O frmaco sildenafil (Viagra) inibe as Fosfodiesterases.

    b) GMPc:

    A enzima guanilato-ciclase converte o GMP em GMP cclico (cGMP) que,

    por sua vez, ativa uma protena quinase. Entre outros efeitos, estemecanismo de transduo de sinal leva desfosforilao das cadeias leves

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    de miosina, o que resulta no relaxamento do msculo liso vascular e, por

    conseguinte, na vasodilatao.

    Para que o estado de vasodilatao no se prolongue

    indefinidamente, o cGMP reconvertido em GMP pela enzima

    fosfodiesterase do cGMP.

    O sildenafil (Viagra), usado no tratamento da disfuno erctil, actua

    precisamente, inibindo a aco da fosfodiesterase, o que conduz a um

    estado de vasodilatao prolongado.

    Sistema de Fosfolipase C/Fosfato de Inusitol:

    IP3 e DAG: segundos mensageiros intracelulares

    IP3: O IP3 um mediador hidrossolvel, liberado no citossol e que atua

    sobre um receptor especfico (o receptor de IP3um canal de clcioegulador por ligante existente na membrana do retculo endoplasmtico).

    Funo controlar a liberao de Ca++ das reservas intracelulares. O

    aumento de Ca++ inicia vrios eventos, incluindo a contrao, secreo e

    ativao de enzimas.

    DAG: produzido, assim como o IP3, sempre que ocorre a hidrlise de

    PI (fosfoinositdios) induzida por receptores.Funo ativar uma proteinoquinase ligada membrana, a

    proteinoquinase C (PKC), que catalisa a fosforilao de uma variedade de

    protenas intracelulares. E tambm ativa a Fosfolipase A2 (PLA2) e portanto

    controla a formao de cido Araquidnico e eicosanides. Ao contrrio

    do IP, o DAG altamente lipoflico e permanece no interior da membrana.

    A maioria das PKC ativada pela DAG e por altas concentraes de Ca++

    ambos produzidos pela ativao de GPCR.

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    As interaes entre a droga e o receptor ocorrem por meio de

    ligaes qumicas, que podem dos seguintes tipos:

    Ligaes covalentesLigaes inicas, Ligaes de H ou pontes de H, Ligaes

    dipolo-dipolo

    Interaes hidrofbicas e Ligaes de Van der Walls

    OBSERVAO: Os tipos de ligaes acima esto em ordemdecrescente de fora. Sendo assim a ligao covalente uma ligaoforte e estvel podendo ser irreversvel, as outras ligaes no so

    permanentes por isso as mais observadas, sendo as interaeshidrofbicas e Ligaes de Van der Walls as mais fracas.

    MODOS DE AO (Mecanismos de ao)

    A interao entre um frmaco e certos componentes celulares

    representam o mecanismo de ao.

    O estudo dos mecanismos de ao em farmacodinmica atualmente

    parte de um princpio mais moderno: Para produzir uma resposta

    farmacolgica a droga deve se ligar a um constituinte celular (protena -

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    para a elucidao de fenmenos fisiolgicos e bioqumicos nos diversos

    nveis da estrutura do organismo.

    a) Frmacos estruturalmente inespecficos, cuja atividade resulta da

    interao com pequenas molculas ou ons encontrados no organismo. As

    aes dessas drogas dependem, em ltima anlise, de suas propriedades

    fsico-qumicas tais como a solubilidade, o pKa, o poder oxi-redutor e a

    capacidade de adsoro.

    b) Frmacos estruturalmente especficos, cuja atividade resulta da

    interao com stios bem definidos apresentam, portanto, um alto grau de

    seletividade. As drogas desse grupo tambm apresentam uma relao

    definida entre sua estrutura e a atividade exercida.

    Os frmacos com ao inespecfica no necessitam de alvos

    moleculares (receptores, canais inicos, enzimas) para desencadear sua

    ao farmacolgica, isto ocorre atravs das propriedades fsico-qumicas

    do prprio frmaco, como grau de ionizao, solubilidade, tensosuperficial e atividade termodinmica. O exemplo mais conhecido de

    frmacos com ao inespecfica so os anticidos, o mecanismo de ao

    ocorre por uma reao de neutralizao, que faz com que o pH estomacal

    aumente, nesta situao no ocorre a interao do anticido com algum

    receptor do estmago.

    A ao inespecfica constitui a minoria dos frmacos, o mecanismo

    mais comum so para aqueles que agem de maneira especifica, ou seja,

    necessitam se ligar a alvos moleculares especficos para desencadearem

    sua ao farmacolgica. Estes frmacos atuam sobre os alvos moleculares.

    A primeira etapa para se obter um efeito farmacolgico de frmacos

    que possui modo de ao especfico a formao do Complexo Droga x

    Receptor (DR) no sistema efetor. Quando droga e receptor se interagem,

    surge um Complexo DR. A formao deste complexo geralmente leva

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    alterao do funcionamento celular. Sem a formao do complexo DR no

    h efeito. Esse complexo DR reversvel em conformidade com a Lei da

    Ao das Massas:

    A interao droga-receptor constituda de ligaes qumicas entre

    grupos funcionais do frmaco e do receptor. Raramente um tipo de

    ligao qumica s, o normal encontramos vrios tipos. Quase sempre as

    ligaes so do tipo fracas (ex: foras de Van der Walls, interaes

    hidrofbicas), que ocorrem em grande quantidade e assim consegue

    conferir alta afinidade ao complexo afinado, no pela fora isolada de

    uma ligao, mas pelo fora do conjunto de ligaes.

    Como j falamos acima, aps a formao do complexo DR, haver

    alteraes conformacionais e bioqumicas na estrutura que proporcionaroque aparea determinada resposta fisiolgica.

    Portanto existem muitos mecanismos de ao, praticamente cada

    classe farmacolgico possui o seu mecanismo de ao, ou seja, a

    descrio de como esse frmaco age, onde ele se liga e o que

    desencadeado aps essa interao frmaco-receptor.

    Vejamos alguns exemplos:Exemplo 01 Os frmacos antifngicos formam poros nas membranas

    plasmticas dos fungos, aps sua ligao com o ergosterol, desta forma o

    fungo perde eletrlitos e outras componentes celulares que so importantes

    para seu desenvolvimento e sobrevivncia

    Exemplo 02 A insulina ao se ligar em seus receptores ativa a enzima

    tirosina cinase, esta enzima por sua vez desencadeia uma serie de reaes

    de fosforilao e desfosforilao que iro culminar na translocao que iro

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    culminar na translocao do transportador GLUT para a membrana

    facilitando assim a entrada de glicose na clula.

    Exemplo 03 Antihipertensivos como o nifedipino bloqueiam canais

    de Ca+2, como o clcio essencial para mecanismos de contrao, comesse bloqueio ocorre um relaxamento da musculatura vascular e assim esses

    frmacos reduzem a presso arterial.

    Exemplo 04 Benzodiazepnicos so frmacos que atuam por

    modulao alostrica, aumentando assim a afinidade do neurotransmissor

    GABA com o seu receptor, o aumento desta afinidade leva ao aumento da

    frequncia de abertura dos canais de cloreto e um maior influxo deste on

    provoca uma hiperpolarizao de membrana e ao surgimento de

    potenciais ps-sinpticos inibitrios.

    SINERGISMO x ANTAGONISMO:

    Interao medicamentosa do tipo farmacodinmica causa

    modificao do efeito bioqumico ou fisiolgico do medicamento.

    Geralmente ocorre no local de ao dos medicamentos (receptores

    farmacolgicos) ou atravs de mecanismos bioqumicos especficos, sendo

    capaz de causar efeitos semelhantes (sinergismo) ou opostos (antagonismo)

    SINERGISMOquando ao de um frmaco soma-se e melhora a do

    outro. Falaremos em sinergismo quando o efeito da combinao (ou

    associao) de dois frmacos superior do que os efeitos de cada um

    deles de forma isolada.

    O sinergismo em muitos casos na prtica clnica pode ser requerido.

    comum associaes medicamentosas no tratamento de tumores e de

    infeces, tanto bacterianas como parasitrias. Neste ltimo caso, merece

    destaque a associao recm-proposta entre artemeter e praziquantel

    para o tratamento da esquistossomose em reas de alta endemicidade.

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    ANTAGONISMO quando a ao de um frmaco piora a ao de

    outro. O antagonismo se divide em Competitivo, No Competitivo,

    Fisiolgico, Qumico, Fsico ou Farmacocintico. Vejamos cada um deles:

    a. Competitivo: competio pelo stio de ligao. Duas drogas

    competem pelo mesmo stio receptor. Pode ser reversvel e

    irreversvel.

    i. Reversvel (ou supervel): ligao fraca entre o antagonista e o

    receptor. O antagonismo diminui com o aumento da concentrao

    do agonista. Nesse caso vence quem tiver maior dose presente para

    interagir com os receptores, logo ser superada pelo aumento da

    concentrao do agonista e observe abaixo na representao

    grfica que a curva dose-reposta desviada para a direita.

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    ii. Irreversvel: ligao covalente e a dissociao lenta ou

    no dissocia. Nesse caso no h como superar com o

    aumento da dose do agonista, uma vez inibido aquele

    receptor, a inativao ser duradoura, sem reverso.

    b. No Competitivo: Age em um stio distinto do receptor do

    agonista. O antagonista bloqueia, em algum ponto, a cadeia de

    eventos que leva a produo de uma resposta pelo agonista.

    Tambm chamado de alotrpico, pois se liga a um stio diferente

    do domnio de ligao do agonista.

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    c. Antagonismo fisiolgico: efeitos diferentes com receptores

    diferentes. Neste caso a ao funcional destes so inversas.

    Interao entre duas drogas cujas aes opostas tendem a

    anular-se, por atuarem sobre clulas ou sistemas fisiolgicos

    separados.

    Ex.: noradrenalina (vasoconstritor) histamina (vasodilatador).

    Ex. 2: insulina e Glucagon

    d. Antagonismo qumico: Duas drogas ligam-se entre si ficandoinativas. Uma droga reage com a outra diminuindo seu efeito.

    Ex.: Mercrio com dimercaprol.

    Ex. 2: Tetraciclica com leite ou anticidos.

    e. Antagonismo Fsico: relacionado propriedade fsica da droga.Mecanismo puramente fsico.

    Ex: carvo ativo que adsorve diversas compostos qumicos.

    f. Antagonismo Farmacocinetico: relacionado a capacidade de

    uma droga alterar a absoro, distribuio, biotransformao

    (induo/inibio enzimtica) ou excreo de outra droga.

    Ex.: Penicilina e anticoncepcionais orais.

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    NDICE TERAPUTICO

    Para tentar prever os intervalos de posologias que possui eficcia

    teraputica at aparecimento de efeitos txicos utilizado o

    conhecimento de ndice teraputico que j discutimos na ltima aula, mas

    vale a pena repetir.

    ndice Teraputico: intervalo entre as concentraes sricas em que

    ocorrem os efeitos benficos at atingir os txicos, ou seja, abaixo de tal

    faixa no h resposta satisfatrio e acima poder haver aparecimento de

    toxicidade. O ndice teraputico uma expresso matemtica em funo

    da DE50 (Dose Eficaz Mdia) e a DL50 (Dose Letal Mdia)

    Para reforar esse conhecimento veja a imagem abaixo que elucida

    bem a forma de se obter essa valiosa informao. Veja que nesse exemplo

    do pentobarbital o ndice teraputico compreende a faixa de 41mg/Kg

    (dose mnima a ser administrada) a 64mg/Kg (dose mxima).

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    SEO 2: FRMACOS AUTNOMOS

    INTRODUO AO SISTEMA NERVOSO AUTNOMO

    Quando se estuda essa parte da farmacologia, til ter noes

    bsicas do sistema nervoso perifrico como ponto de partida. O seguinte

    plano de organizao bsico do sistema nervoso elucida muitos aspectos

    da ao de drogas no sistema nervoso perifrico e suas subdivises:

    SISTEMA NERVOSO

    CENTRAL PEFIFRICO

    SOMTICO

    AUTNOMO

    Simptico

    Parassimptico

    SUBDIVIDES DO SISTEMA NERVOSO AUTNOMO

    Duas subdivises do sistema nervoso autnomo regulam as funes

    corporais que NO so controladas voluntariamente (da o nome sistema

    nervoso autnomo. E tambm essa a diferena para o sistema nervoso

    somtico, este caracterizado por inervaes e atuao sobre msculos

    estriados esquelticos, de controle voluntrio). As subdivises do SNA so:

    Sistema Nervoso Autnomo SIMPTICO

    Sistema Nervoso Autnomo PARASSIMPTICO

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    A relao entre as divises simptica e parassimptica dinmica e

    caracterizado por um cuidadoso equilbrio homeosttico. A maioria das

    funes da diviso simptica derivada da interao da noradrenalina

    com receptores adrenrgicos, enquanto a acetilcolina interage com os

    receptores colinrgicos para produzir efeitos parassimpticos. Os efeitos da

    noradrenalina podem, sob condies de estresse, ser aumentado

    (potencializados) pela adrenalina, um neuro-hormnio liberado pelas

    glndulas adrenais.

    Vamos comear a diferenciar nuances entre o sistema nervoso simptico

    e para simptico. Primeiro lembre-se que no sistema nervoso autnomo,

    basicamente temos fibras/neurnios pr-ganglionares e ps-ganglionares. A

    origem dessas fibras j um ponto de diferenciao:

    SNA Simptico = fibras pr-ganglionares de origem troco-lombar

    SNA Parassimptico = fibras pr-ganglionares de origem crnio-sacral

    Quase todos os rgos do corpo so funcionalmente influenciados pelas

    fibras ps-ganglionares simpticas (figura abaixo-esquerda). Estas se

    originam de neurnios situados na regio troco-lombar da medula

    espinhal. Da mesma forma que no caso da diviso simptica, quase todos

    os rgos do corpo so influenciados pelas fibras ps-ganglionares

    parassimpticas, no qual a origem dos neurnios situa-se em gnglios ou

    plexos situados na regio crnio sacral. Compare as figuras abaixo:

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    SIMPTI O P R SSIMPTI O

    Podemos caracterizar de uma forma bem didtica, o sistema simpticocomo aquele ligado aos efeitos de luta e fuga e o parassimptico como

    descanso e digesto. Portanto, no simptico, por estar relacionado com

    situaes extremamente agitadas (ex: atividade fsica) a tendncia o

    organismo elevar a presso arterial, aumentar o batimento cardaco, dilatar

    a pupila (midrase) para ampliar a viso. Enquanto que no parassimptico,

    na MAIORIA (no em todos os casos) iremos observar aes contrrias, tais

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    como diminuio da freqncia cardaca e da presso arterial, contrao

    da pupila (miose), etc.

    Vejamos abaixo a tabela com as aes do sistema nervoso simptico e

    parassimptico em humanos:

    A caracterizao simptica como aquela como do tipo luta e fuga,

    enquanto a parassimptica como descanso e digesto, bem

    conhecida, til sim, mas tambm limitada e nem todas s vezes esses

    sistemas atuaro somente deste tipo ou nem mesmo sempre como

    antagnicos. Para melhor exemplificar, observe a tabela abaixo que

    apresenta tanto aes contrrias quanto complementares:

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    Enfim pessoal no precisamos aprofundar sobre essa discusso, se no

    essa aula se tornar extensa e pelo histrico da Consulplan no h

    nenhuma necessidade de discutirmos mais acerca dessa introduo.Apenas para encerrar a introduo vou chamar a ateno desde j

    para dois sistemas de receptores muito importantes que caracterizam a

    farmacologia do sistema nervoso simptico e parassimptico:

    SIMPTICO: Sistema de Receptores

    Adrenrgicos

    PARASSIMPTICO: Sistema de

    Receptores ColinrgicosNoradrenalina o ligante fisiolgico

    responsvel pela maior parte das

    funes simpticas;

    Esse sistema constitudo de

    receptores alfa e beta-adrenrgicos.

    Acetilcolina o ligante fisiolgico

    responsvel pela maior parte das

    funes parassimpticas;

    Esse sistema constitudo de

    receptores muscarnicos e

    nicotnicos.

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    SISTEMA SIMPTICO / ADRENRGICORetomando o raciocnio:

    Receptores adrenrgicos e seus subtipos so:

    Receptores alfa-adrenrgicos, subtipos alfa-1 e alfa-2.

    Receptores beta-adrenrgicos, subtipos beta-1, beta-2 e beta-3.

    Neurotransmissor:

    Noradrenalina (NA), tambm pode ser chamada de noraepinefrina.

    A NA, assim como a dopamina e adrenalina so chamadas de

    catecolaminas. As trs constituem produtos diferentes, derivados de trs

    diferentes estgios de converso enzimtica.

    O processo de formao das catecolaminas inicia-se com a

    fenilalanina, um aminocido essencial obtido da dieta alimentar. Sob ao

    da fenilalina-hidroxilase a mesma convertida em tirosina, a partir da

    tirosina tem-se a formao da L-dopa, que depois ser convertida em

    dopamina, aps forma-se a noraadrenalina, e a partir da NA que se

    chega na adrenalina.

    A degradao da NA quanto da adrenalina ocorre nas terminaes

    adrenrgicas, por meio da ao de duas enzimas, a mono-amina-oxidase

    (MAO) e a catecol-O-metiltransferase (COMT).

    OBSERVAO: A noradrenalina tambm poder ser

    chamada de noraepinefrina e a adrenalina de epinefrina.

    Vejamos o esquema abaixo da sntese das catecolaminas:

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    Figura: rota sinttica das catecolaminas

    Professor ser que poder ser cobrado em prova a rota de sntese de

    formao das catecolaminas? No comum, mas outras bancas, como

    Cespe/UnB j cobraram em provas para Perito Criminal o conhecimento de

    rota sinttica das catecolaminas. Geralmente eles querem saber qual a

    origem/precursor, ou seja, fenilalanina. Cuidado s vezes as bancam j

    falam diretamente que a origem da catecolaminas a partir da tirosina, e

    isso estar correto, inclusive mais comum cobrarem a tirosina como

    precursor do que a fenilalanina. Outras vezes as questes gostam de

    questionar sobre qual a enzima responsvel pela converso.

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    RESUMO DOS RECEPTORES ADRENRGICOS:

    ALFA-1

    So receptores ps-sinpticosOs segundos mensageiros so: IP3e DAG

    A estimulao desse receptor causa principalmente contrao da

    musculatura lisa (vasoconstrio e conseqente elevao da presso

    arterial) e dilatao da pupila (midrase). Tambm podem causar

    glicogenlise (aumento da glicemia, por quebra de glicognio heptico).

    ALFA-2

    So receptores pr-sinpticos e em algumas regies ps-sinpticos.

    A estimulao desse receptor diminui AMPc, inibe secreo de insulina,

    inibe secreo de NA (mecanismo de auto regulao, feedback negativo).

    ATENOdiferente de todos os outros um receptor inibitrio.

    BETA-1

    So receptores ps-sinpticos.

    O segundo mensageiro o AMPc.

    Possuem como principal ao o desencadeamento de efeitos cardacos

    positivos/cronotrpicos positivos (aumentam a fora de contrao domiocrdio).

    BETA-2

    So receptores ps-sinpticos.

    O segundo mensageiro o AMPc.

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    A estimulao desses receptores produz relaxamento da musculatura lisa

    (importantes na vasodilatao, broncodilatao e relaxamente do tero

    grvido) glicogenlise e gliconeognese.

    BETA-3

    So receptores ps-sinpticos.

    O segundo mensageiro o AMPc.

    Os receptores beta-3 esto presentes no tecido adiposo, onde a

    estimulao leva a liplise (hidrlise de triglicerdeos no tecido adiposo, quelibera cidos graxos na corrente sangunea durante situaes de estresse).

    Caros alunos, tanto a noradrenalina quanto a adrenalina exibem os assim

    chamados efeitos calorignicos, o que significa que elas aumentam a taxa

    metablica do organismo, a necessidade de oxignio e a produo de

    calor.

    Prezados alunos, praticamente todos os receptores adrenrgicos esto

    acoplados protena G, sendo assim exercem os seus efeitos por meio de

    segundos mensageiros (sinalizadores qumicos) intracelulares. O segundo

    mensageiro AMPc o que apresenta maior relevncia e requer maior

    ateno.

    Vamos recordar um pouco da aula de farmacodinmica:

    O AMPc formado a partir de um precursor, o ATP, e quem faz essa

    converso a enzima adenilciclase.

    adenilciclaseATP AMPc

    J a enzima fosfodiesterase (FDE) degrada o AMPc, transformando-ona forma 5-AMP, que inativa.

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    fosfodiesteraseAMPc 5-AMP (inativa)

    ATENO!

    Vamos iniciar de fato o assunto dos frmacos!

    FRMACOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA ADRENRGICO:

    Nessa classe temos frmacos AGONISTAS (que interagem com os

    receptores e mimetizam os efeitos da noradrenalina/adrenalina e temos

    tambm os ANTAGONISTAS que iro bloquear esses receptores).

    AGONISTAS NO SELETIVOS:

    Representantes: noradrenalina e adrenalina.

    So frmacos que atuam tanto sobre os receptores alfa e beta, e por

    isso so chamados de no seletivos. Os representantes como viram so os

    prprios endgenos.

    Portanto podem ser utilizados como:

    Cardiognico, pois aumentam a freqncia e fora cardaca, indicadoem casos de parada cardaca.

    Vasoconstritores e assim favorece o prolongamento do efeito de

    anestsicos locais.

    Combater reao anafiltica, pois provoca broncodilatao e evita o

    fechamento dos brnquios e o edema de glote. Geralmente nesse caso

    usa-se adrenalina intravenosa.

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    R: Isso mesmo! Diminuir a liberao da noradrenalina, sobretudo nas

    regies de controle cardiovascular. Essa ativao reduz a atividade

    simptica da noradrenalina, logo, produz vasodilatao da musculatura de

    vasos sanguneos e conseqente reduo de presso arterial.

    Por ativarem um receptor inibitrio podem ser utilizados como:

    Anti-hipertensivos arteriais.

    OBS: esses frmacos apesarem de serem agonistas, o efeito inibitrio da

    noradrenalina, portanto so considerados adrenolticos (e no

    adrenomimticos como todos os outros agonistas).

    AGONISTAS BETA SELETIVOS

    Os mais importantes so os agonistas beta-2, mas lembrando que no

    so 100% seletivos ao receptores beta-2, pois tambm ativam receptores

    beta-1 (podendo causar efeitos cardacos).

    Os mais importantes so:

    AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS

    Dividem-se em frmacos de ao curta e de ao prolongada.

    AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS DE AO CURTA

    Representantes:salbutamol, terbutalina e fenoterol

    Como vimos ao estimular receptores beta-2 adrenrgicos, o efeito

    desencadeado broncodilatao e relaxamento do tero grvido.

    Portanto podem ser utilizados como:

    Anti-asmticos.

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    Preveno de partos prematuros (para esse efeito o mais indicado o

    salbutamol, por via parenteral)

    A contra-indicao destinada aos pacientes com arritmias ou outros

    problemas cardacos, visto que os frmacos apesar dessa denominao de

    agonistas beta-2 seletivos, tambm podem interagir com outros receptores

    beta (ex: beta-1 no msculo cardaco) e provocar efeitos perigosos ao

    paciente como taquicardia.

    AGONISTAS BETA-2 SELETIVOS DE AO PROLONGADA

    Representantes:salmoterol

    Mesmos efeitos desencadeados e contra-indicaes dos beta-2 de ao

    curta.

    ANTAGONISTAS ADRENRGICOS

    ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS

    Representantes:Prazosina, doxazosina

    O agonista alfa-1 seletivo era aqueles que causavam principalmente a

    vasoconstrio, portanto o antagonista ir ter efeito de vasodilatao e

    relaxamento de alguns rgos.

    Portanto podem ser utilizados como:

    Hipertrofia prosttica benigna.

    Anti-hipertensivos. (pois ao antagonizar os receptores alfa-1 adrenrgicos

    causam vasodilatao dos vasos sanguneos o que reduz a presso arterial)

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    Como efeitos colaterais mais comentados temos: a hipotenso

    ortosttica, tonturas, vertigem.

    ANTAGONISTAS BETA ADRENRGICOS NO SELETIVOS

    Bloqueiam receptores beta-1 e beta-2

    Representantes:Propranolol, nadolol, pindolol, timolol, carvedilol.

    Ao bloquear os receptores beta adrenrgicos, causam como efeitos

    principais uma relaxamento vascular (vasodilatao), diminuio da fora

    de contrao, diminuio da freqncia cardaca, broncoconstrio,

    inibio da gligenlise e liplise.

    Portanto podem ser utilizados como:

    Anti-hipertensivos.

    Arritmias cardacas e angina.

    A contra-indicao destinada aos pacientes asma ou bronquite, pois

    esses frmacos so antagonistas no seletivos, portanto vo interagir como

    receptores beta nos brnquios e causar broncoconstrio e se o paciente

    j naturalmente possui dificuldade respiratria por causa do doena, ao

    somar a broncoconstrio da doena + do medicamento, o efeito pode ser

    catastrficos. Na insuficincia cardaca sistlica, porque o indivduo

    naturalmente j possui uma fraca fora de contrao e ao administrar estes

    frmacos essa fora de contrao ser reduzida demais.

    Uma interao medicamentosa bem conhecida aquela entre os

    beta bloqueadores e frmacos antidiabticos, pois estes podem

    potencializar uma crise de hipoglicemia que pode ser perigosa ao

    paciente.

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    ANTAGONISTAS BETA ADRENRGICOS NO SELETIVOS

    Bloqueiam apenas os receptores beta-1

    Representantes:atenolol, metoprolol, bisoprolol.

    Atuam bloqueando os receptores beta-1 no corao e reduz a forca

    de contrao, a freqncia cardaca. Portanto podem ser utilizados como:

    Anti-hipertensivos.

    Preveno de arritmias cardacas.

    Os cuidados, contra indicaes e efeitos adversos so praticamente os

    mesmos dos antagonistas no seletivos, porm em menor intesidade.

    SISTEMA PARASSIMPTICO / COLINRGICORetomando o raciocnio:

    Receptores colinrgicos e seus subtipos so:

    Receptores muscarnicos, subtipos M-1, M-2 e M-3.

    Receptores nicotnicos, subtipos Nne Nm.

    Neurotransmissor:

    Acetilcolina (ACh).

    A acetilcolina (ACh) sintetizada a partir da colina e do acetil CoA

    em terminaes nervosas. A sntese da ACh ocorre por meio da enzima

    colina-acetiltransferase que promove uma acetilao da colina com o

    Acetil CoA. A colina uma substncia obtida da dieta e o acetil CoA um

    produto da ao mitocondrial. Esse neurotransmissor um efetor da

    contrao muscular na juno neuromuscular, que atua sobre receptoresnicotnicos e muscarnicos.

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    A ACh armazenada em vesculas, localizadas sobretudo nas

    terminaes nervosas. A degradao desse neurotransmissor ocorre

    principalmente por meio da ao hidroltica da enzima acetilcolinesterase e

    em menor escalda por hidrlise feita pela enzima butilcolinesterase. A

    acetilcolinesterase tambm chamada de colinesterase verdadeira.

    RESUMO DOS RECEPTORES COLINRGICOS:

    Os receptores muscarnicos e nicotnicos so encontrados tanto na regio

    pr-sinptica, quanto na regio ps-sinptica.

    MUSCARNICOS = M1

    So conhecidos como receptores neurais

    Os segundos mensageiros so: IP3e DAG

    A estimulao desse receptor causa inibio da liberao de ACh,

    promovendo uma auto regulao (feedback negativo).

    MUSCARNICOS = M2

    So conhecidos como receptores cardacos.

    O segundo mensageiro o AMPc.

    Esses receptores so inibitrios e encontrados no msculo cardaco, e a

    estimulao deles causam uma diminuio da conduo AV (trio-

    ventricular) e tambm diminui a freqncia cardaca.

    MUSCARNICOSM3

    So conhecidos como receptores de musculatura lisa / glandular.

    Os segundos mensageiros so: IP3e DAG.

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    Esses receptores so encontrados na musculatura lisa e em glndulas

    excrinas. A estimulao desses receptores causa contrao da

    musculatura lisa e a estimulao de glndulas excrinas (ex: salivao,

    secreo bronquial, etc).

    NICOTNICO = Nn

    So receptores conhecidos como neuronais.

    So encontrados em gnglios autonmicos. A estimulao desses

    receptores causa, portanto, excitao dos neurnios ps-ganglionares.

    NICOTNICO = Nm

    So receptores neuromusculares e, portanto, pertencem, na verdade, ao

    sistema nervoso somtico.

    A estimulao desses receptores leva a contrao muscular esqueltica.

    Vamos iniciar de fato o assunto dos frmacos parassimpticos!

    FRMACOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA COLINRGICO:

    Nessa classe temos frmacos AGONISTAS (que interagem com os

    receptores e mimetizam os efeitos da acetilcolina e temos tambm os

    ANTAGONISTAS que iro bloquear esses receptores de acetilcolina).

    AGONISTAS MUSCARNICOS:

    Representantes: Pilocarpina, carbacol, betanecol, muscarina, arecolina e

    metacolina.

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    Dentre os agonistas muscarnicos, temos que destacar apenas algumas

    informaes de alguns desses receptores, no h necessidade de

    discutirmos todos:

    PILOCARPINA

    Liga-se aos receptores muscarnicos, ativando-os e provocando os

    efeitos tpicos da ACh. So indicadas para o tratamento do glaucoma, pois

    atuam sobre os receptores M3 da musculatura lisa pupila, causando uma

    contrao e diminuindo a presso intraocular.

    Outro uso, um pouco incomum, mas farmacologicamente comprovado

    para o tratamento da xerostomia, com administrao do frmaco na

    regio oral (lngua), assim ao interagir com os receptores muscarnicos ir

    causar aumento da secreo salivar, e assim proporciona uma melhora da

    xerostomia (boca seca).

    BETANECOL

    Liga-se nos receptores muscarnicos da musculatura lisa visceral,

    promovendo um aumento das contraes gastrintestinal, sendo em

    requerido por pacientes com constipao ps-operatrio.

    METACOLINA

    A metacolina mais resistente hidrlise da acetilcolina e a

    metacolina possui a maior ao muscarnica mais potente do que as

    demais substncias apresentadas.

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    AGONISTAS NICOTNICOS:

    Mimetizam a estimulao feita pela ACh nos receptores muscarnicos.

    No h nenhum que tenha relevncia em provas, nem da Consulplan nem

    mesmo de outras bancas organizadoras.

    ANTAGONISTAS MUSCARNICOS

    Representantes:Atropina e escopolamina.

    Atua bloqueando receptores muscarnicos, impedindo as aes

    endgenas da ACh. Os efeitos dependem do local onde o frmaco estiver

    atuando.

    ATROPINA

    Os efeitos so:

    Reduo de secrees e brondilatao (efeito requerido para facilitarventilao mecnica, intubao do paciente).

    Cronotropismo positivo (aumento da fora de contrao do corao).

    Reverter casos de intoxicao por anticolinestersicos (ex: pesticidas

    organofosforados).

    A atropina uma substncia originada da planta alucingena Atropa

    belladona.

    ESCOPOLAMINA

    Os efeitos so:

    Antiespasmdico, pois a escopalamina interage com receptor

    muscarnico da regio gastrintestinal, diminuindo as contraes e

    consequentemente as clicas gastrintestinais. O nome comercial bastante

    conhecida o Buscopan.

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    IPRATRPIO

    Os efeitos so:

    Broncodilatador, pois o ipratrpio interage com receptor muscarnico

    da regio brnquica, diminuindo a broncoconstrio. O nome comercial

    bastante conhecida o Atrovent.

    OXIBUTIRINA, PROPANTELINA, DICICLOMINA, TOLDERODINA

    Os efeitos so:

    Utilizado para evitar a incotinncia urinria.

    BIPERIDENO, TRIEXFENIDIL

    Os efeitos so:

    Anti-parkinsonianos, atuam sobre receptores muscarnicos presentes na

    regio central e no perifricos.

    Lembrando que o Parkinson decorrente de um

    desequilbrio da relao dopamina/ACh. O

    tratamento mais comum aquele que vimos na

    aula passada e consiste na reposio de dopamina.

    Entretanto o excesso de acetilcolina causa um

    excesso da atividade desse neurotransmissor,

    causando contraes musculares descoordenadas

    e excessivas. Ao bloquear os receptores da ACh, a

    liberao da ACh ser menor, diminuindo os efeitos

    extrapiramidais.

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    ANTAGONISTAS NICOTNICOS

    Representantes: Agentes despolarizantes (anticolinestersicos). Agentes

    adespolarizantes (d-tubocurarina, vecurnio e mevacurnio).

    Os mais importantes so:

    ANTICOLINESTERSICOS

    So antagonistas, cujo mecanismo de ao baseia-se inibio da enzima

    acetilcolinesterase, e, por conseguinte, aumentam as aes da acetilcolina.

    Os anticolinesterricos podem ser dois tipos:

    a) Reversveis: inibem a enzima de forma no definitiva, tais como

    edrofnio, neostigmina, fisostigmina.

    b) Irreversveis: inibem a enzima de forma definitva e por isso so os mais

    perigosos, tais comoorganofosfatos, diflos, ecotiopatos;

    Embora no h questes prvias da sua banca acerta deste tpico,

    acredito piamente que os anticolinestersicos irreversveis podero ser uma

    questo de prova, visto que nesta classe est contida os

    agrotxicos/pesticidas organofosforados, e trata-se um produto direto da

    jurisdio do MAPA.

    DETALHES DO MECANISMO DE AO DOS ANTICOLINESTERSICOS:

    Ligam-se fortemente enzima acetilcolinesterase, formam uma ligao

    fsforo-carbono extremamente estvel com a enzima, resultando em uma

    inativao irreversvel da mesma.

    Isso ocorre porque o complexo enzimtico fosforilado resultante

    extremamente estvel (horas ou dias).

    SINAIS DA INTOXICAO POR ANTICOLINESTERSICOS:

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    Crise colinrgica:

    Distrbios gastrintestinais (nuseas, vmitos, diarria, salivao

    excessiva).

    Distrbio respiratrio (broncoespasmo, e aumento das secrees

    brnquicas).

    Alteraes cardiovasculares (bradicardia, bloqueio AV, hipotenso.

    Obs: pode haver taquicardia reflexa devido hipotenso e

    liberao de adrenalina pelas adrenais).

    Distrbios visuais (viso embaada, miose).

    Sudorese.

    Perda da funo motora esqueltica (que progride para perda da

    coordenao motora, cimbras musculares, fraqueza, fasciculao e

    paralisia).

    Morte: por paralisia dos msculos esquelticos necessrios respirao

    ou por parada cardaca.

    ANTDOTO PARA INTOXICAO POR ANTICOLINESTERSICOS: ATROPINA ou PRALIDOXIMA.

    A atropina atua na reverso da intoxicao por anticolinestersicos

    atravs de um antagonismo competitivo, no-metablico ou

    farmacodinmico:ocorre quando os dois frmacos atuam sobre o mesmoreceptor biolgico, um antagonizando o efeito do outro. So os chamados

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    bloqueadores e este conceito usado, com vantagens, no tratamento

    clnico das intoxicaes.

    Procedimento teraputico que deve ser adotado nos casos de

    intoxicao por agentes anticolinestersicos:

    Ingesto de doses crescentes de atropina (antagonista muscarnico)

    para bloquear todos os efeitos adversos decorrentes da estimulao

    dos receptores muscarnicos.

    Como a atropina no bloqueia receptores nicotnicos, ela no alivia a

    paralisao dos msculos esquelticos e dos msculos respiratrios,

    com isso, pode ser necessria ventilao mecnica.

    Pralidoxima: Consegue restaurar a atividade da AChE apenas no

    incio. S efetiva dentro de 6h.

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    SEO 3: FRMACOS CARDIOVASCULAR-RENAL

    O livro conjugou esses dois temas Farmacologia do Sistema

    Cardiovascular + Farmacologia do Sistema Renal.

    Pela anlise das questes, existe uma parte deste tpico que as

    bancas mais cobram: Anti-hipertensivos! Gosto de passar esse tipo de

    anlise para vocs, visto que possuem pouco tempo para revisar as aulas e

    no haver tempo para tudo, o que escolher? Escolha aquelas pontos de

    cada disciplina que possuem mais chance de serem cobradas na sua

    prova. uma loteria? SIM. um risco? SIM. Mas quem faz um concurso deste

    porte precisa assumir riscos na preparao.

    ANTI-HIPERTENSIVOSOs primeiros agentes anti-hipertensivos que vamos estudar so os

    diurticos:

    DIURTICOS Os diurticos so substncias que aumentam a excreo desdio e de gua do corpo, atravs de uma ao sobre os rins. O efeito

    primrio consiste em diminuir a reabsoro de Na+ e de Cl- do filtrado,

    sendo o aumento da perda de gua secundrio excreo aumentada

    de NaCl. Em outras palavras o que sempre digo aos meus alunos no

    presencial:

    Ao colocar um pouco de sal na lngua o que voc sente? R: SEDE. Ento se lembre disso para no esquecer

    jamais que o sdio puxa a gua para junto dele, logo se voc aumentar a excreo de sdio pode ter certeza

    que a excreo de gua ser aumentada tambm, ela puxada para a eliminao junto do sdio.

    Alm deste mecanismo clssico envolvendo o on sdio, poder haver

    alguns frmacos que atuam por outros mecanismos, todos os pontos

    importantes sero vistos a partir de agora.

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    DIURTICOS DE ALA

    Representantes: Furosemida,bumetanida, piretanida, torasemida.

    Mecanismo de Ao: Essa classe farmacolgica atua na ala de Henle,inibindo o transporte de NaCl bloquear o carreador de Na+/K+/2Cl, com isso

    a urina ficar mais concentrada de ons como o sdio e assim haver

    menos reabsoro de gua e portanto maior eliminao dela (diurese).

    Caractersticas, cuidados e informaes importantes: Os diurticos de ala

    so os mais poderosos de todos os diurticos e tm a capacidade de

    provocar a maior excreo de Na+, logo a maior excreo de gua

    tambm (por isso devem ser utilizados com certo cuidado). So substncias

    que causam perda de NaCl, atravs de sua ao sobre as clulas da ala

    de Henle no nfron (por isso o nome da classe: diurticos de ala).

    Essa classe tambm provoca maior perda de K+(hipocalemia = efeito

    indesejado) e H+ (por conseguinte, os diurticos de ala podem produzir

    alcalose metablica que seria outro efeito indesejado) e ainda aumento na

    excreo de Ca2+ que benfico no tratamento de casos de

    hipercalcemia.

    DICA EDUCA FAR:Fique esperto nas nomenclaturas!

    Excesso de ons Ca2+= hipercalcemia

    Excesso de ons K+= hipercalemia

    Excesso de ons sdio = hiponatremia

    Excesso de cidos/ons H+= acidose

    Excesso de bases/ons OH-= alcalose

    De fato vimos que essas drogas so capazes de reduzir a volemia

    (volume de lquido plasmtico) e, por conseguinte reduzir uma hipertenso,

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    mas como so muito potentes eles correm o risco de reduzir demais essa

    volemia e ao invs de trazer uma soluo o frmaco poder causar uma

    hipotenso acentuada que se tornaria outro problema. Logo, no so os

    frmacos de escolha no tratamento da hipertenso, so muito indicados

    para o tratamento de: edema pulmo