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SUS

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Page 1: Aula de sus

SUS

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Definição, Origem e Finalidade Sistema único de Saúde Criado pela Constituição Federal de 1988 Finalidade: permitir que toda a população

brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde

Tornou obrigatório o atendimento público a qualquer cidadão, sendo proibida cobrança de dinheiro sob qualquer pretexto

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Símbolo Oficial do SUS

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Componentes do SUS

Centros e postos de saúde, Hospitais - incluindo os universitários, Laboratórios, Hemocentros, além de fundações e institutos de

pesquisa.

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Benefícios do SUS

Todos os cidadãos têm direito a : consultas, exames, internações e tratamentos nas unidades

de saúde vinculadas, sejam públicas (da esfera municipal, estadual e federal), ou privadas, contratadas pelo gestor público de saúde.

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Público alvo e Financiamento

O SUS é destinado a todos os cidadãos E é financiado com arrecadações de

impostos e contribuições sociais pagos pela população

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Objetivos

Promover a saúde, priorizando as ações preventivas, democratizando as informações relevantes para que a população conheça seus direitos e os riscos à sua saúde.

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História

Antigamente: Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)

Assistência restrita aos empregados que contribuíam com a previdência social;

Os demais eram considerados "indigentes" e eram atendidos apenas em serviços filantrópicos.

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História

Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças;

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História

Servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)

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INAMPS

Criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS);

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INAMPS

Autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social, hoje Ministério da Previdência Social

Finalidade: prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada.

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Funcionamento do INAMPS

Estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento, consolidando a lógica de cuidar da doença e não da saúde.

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Mudanças – Reforma Sanitária

Nasceu no meio acadêmico no início da década de 70

Forma de oposição técnica e política ao regime militar

Abraçado por outros setores da sociedade E pelo partido de oposição da época

(MDB)

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Mudanças

Meados da década de 70, ocorreu uma crise do financiamento da previdência social, com repercussões no INAMPS

Em 1979 - I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde = conclusões altamente favoráveis

Ao longo da década de 80- INAMPS passou por sucessivas mudanças com universalização progressiva do atendimento, já numa transição com o SUS.

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História do SUS A 8ª Conferência Nacional de Saúde – marco na história do SUSMotivos: Aberta em 17 de Março de 1986 por

José Sarney, o primeiro presidente civil após a ditadura

foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade

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História do SUS

Foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade

Importante na propagação do movimento da Reforma Sanitária

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Resultados da 8ª CNS

Implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS),

Convênio entre o INAMPS e os governos estaduais,

Mais importante: formou as bases para a seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988.

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Constituição de 1988

Marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado"

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Implantação do SUS

Realizada de forma gradual 1º= SUDS; Depois, a incorporação do INAMPS ao

Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990);

E por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS.

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Implantação do SUS

Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço.

O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.

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Princípios do SUS

O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988.

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Princípios do SUS

Princípios ideológicos ou doutrinários: Universalidade Integralidade Equidade Princípios organizacionais: Descentralização Regionalização Hierarquização E sem classificação: Participação popular

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Entendendo os Princípios

Universalidade  "A saúde é um direito de todos", como

afirma a Constituição Federal. O Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde

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Entendendo os Princípios

Integralidade  A atenção à saúde inclui tanto os meios

curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria.

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Entendendo os Princípios

Eqüidade  Todos devem ter igualdade de oportunidade em

usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.

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Entendendo os Princípios

Participação da comunidade  O controle social, como também é chamado

esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis.

Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto

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Entendendo os Princípios

Descentralização político-administrativa  O SUS existe em três níveis, também chamados

de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias

Os municípios têm o papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde, baseados em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos

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Entendendo os Princípios

Hierarquização e regionalização  Os serviços de saúde são divididos em

níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário

Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência

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Princípios da Lei Orgânica da Saúde

Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;

Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;

Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização pelo usuário;

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Princípios da Lei Orgânica da Saúde

Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;

Integração, em nível executivo, das ações de saúde, meio-ambiente e saneamento básico;

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Princípios da Lei Orgânica da Saúde

Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na prestação de serviços de assistência à saúde da população;

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Princípios da Lei Orgânica da Saúde

Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e

Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

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Atenção básica à Saúde

Constitui o primeiro nível de atenção à saúde, de acordo com o modelo adotado pelo SUS.

Engloba um conjunto de ações de caráter individual ou coletivo: promoção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico, tratamento e reabilitação dos pacientes.

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Atenção básica à Saúde

Nesse nível da atenção à saúde, o atendimento aos usuários deve seguir uma cadeia progressiva, garantindo o acesso aos cuidados e às tecnologias necessárias e adequadas à prevenção e ao enfrentamento das doenças, para prolongamento da vida.

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Atenção básica à Saúde

É o ponto de contato preferencial dos usuários com o SUS e seu primeiro contato é realizado pelas especialidades básicas da Saúde, que são:

Clínica médica, pediatria, obstetrícia, ginecologia, inclusive as emergências referentes a essas áreas.

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Atenção básica à Saúde

Encaminhamentos dos usuários para os atendimentos de média e alta complexidade

Uma atenção básica bem organizada garante resolução de cerca de 80% das necessidades e problemas de saúde da população de um município e consolida os pressupostos do SUS - eqüidade, universalidade e integralidade

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Saúde do trabalhador

Área específica da Saúde Pública que prevê o estudo, a prevenção, a assistência e a vigilância aos agravos à saúde relacionados ao trabalho.

Faz parte do direito universal à saúde.

Page 39: Aula de sus

Saúde do trabalhador

A execução de suas ações é de competência do SUS, conforme dispõe a Constituição Federal (artigo 200) e regulamentação da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (artigo 6º)

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Saúde do trabalhador

Em nível federal, foi regulamentada pela Norma Operacional em Saúde do Trabalhador (Nost), disposta pela Portaria nº 3.908, de 30 de outubro de 1998.

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Agravos à saúde relacionados ao trabalho

Doenças, danos, distúrbios, sofrimentos ou lesões causados ou agravados pelo trabalho, que implicam prejuízo à saúde de um indivíduo ou de uma população.

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Acidente de trabalho

Evento único, bem configurado no tempo e no espaço, de conseqüências geralmente imediatas, que ocorre pelo exercício do trabalho, acarretando lesão física ou perturbação funcional, resultando em morte ou incapacidade para o trabalho (temporária ou permanente, total ou parcial).

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Acidente de trabalho

Nos períodos destinados à refeição, ao descanso ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local ou durante o trabalho, o empregado é considerado em exercício de trabalho.

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Doença relacionada ao trabalho

Conjunto de doenças que guarda uma relação com o trabalho exercido em momento atual ou pregresso pelo trabalhador, que desempenha o papel de causa necessária, contribuinte ou modificadora do desencadeamento e ou agravamento do processo mórbido.

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Doença relacionada ao trabalho

É competência legal do SUS editar periodicamente a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho, sendo que sua última versão foi editada por meio da Portaria nº 1.339, de 18 de novembro de 1999.

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Vigilância dos ambientes de trabalho Conjunto de atividades desenvolvidas por

serviços públicos de saúde com a finalidade de controlar ou eliminar os riscos à saúde existentes nos ambientes de trabalho. As definições para essas atividades estão definidas na Portaria nº 3.120, de 1º de julho de 1998.

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Pensando

Como podemos participar de todo este processo como profissionais envolvidos com a saúde do trabalhador?

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Consultas

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema Único de Saúde (SUS): princípios e conquistas. Brasília: Ministério da Saúde, 2000. 44p. il. ISBN 85-334-0325-9.

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Consultas

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. ABC do SUS: Comunicação visual/Instruções Básicas. Brasília: Secretaria Nacional de Assistência à Saúde, 1991. Acessado em 5 de junho de 2006 em http://www.ensp.fiocruz.br/radis/web/ABCdoSUS.pdf

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Consultas

Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. ISBN 85-334-0871-4. Disponível em PDF e online.

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Consultas

Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. O Desenvolvimento do Sistema Único de Saúde: avanços, desafios e reafirmação dos seus princípios e diretrizes. 1. ed., 2ª reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. ISBN 85-334-055-8.

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Consultas

SOUZA, Renilson Rehem de. O sistema público de saúde brasileiro. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em http://www.opas.org.br/servico/arquivos/Destaque828.pdf.

SOUZA, Renilson Rehem de. Construindo o SUS: a lógica do financiamento e o processo de divisão de responsabilidades entre as esferas de governo. 2002. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/monografia_construindo_sus.pdf