aula 7 os povos da mesopotâmia e sua arte

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Conceitos e Fundamentos da História da Arte Os povos da Mesopotâmia e sua Arte Aula

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Page 1: Aula 7   os povos da mesopotâmia e sua arte

Conceitos e Fundamentos da História da Arte

Os povos da Mesopotâmiae sua Arte

Aula ⑦

Page 2: Aula 7   os povos da mesopotâmia e sua arte

.... Mesopotâmia ?O que é?

.... Povos da Mesopotâmia?

Quem são?

Page 4: Aula 7   os povos da mesopotâmia e sua arte

Em grego: MESO + POTAMOS = “ENTRE RIOS”Em árabe: AL JAZIRAH = A ILHA

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Agricultura e IrrigaçãoCultura UrbanaArquitetura EscritaLiteraturaAstronomiaAstrologiaCalendárioNumeração e sistema sexagesimalAritméticaCódigos de Leis

O Legado das Civilizações Antigas da Mesopotâmia

Page 11: Aula 7   os povos da mesopotâmia e sua arte

Astronomia, Numeração & Matemática

Cálculo da √2

Sistema numérico• De POSIÇÃO• de base SEXAGESIMAL

Repercussões em nossos sistemas de contagem• Dia: 24 horas (6 x 4)• Ano: 12 meses• Hora: 60 min• Ângulo: 60’• Circunferência: 360º

• Dúzia, meia dúzia

Page 12: Aula 7   os povos da mesopotâmia e sua arte

Calendário

Calendário LUNI-SOLAR, com 12 meses lunares, cada

um começando quando uma nova Lua Crescente era avistada pela primeira vez. Para ajustar o calendário,

em alguns anos eram inseridos meses

intercalados. O Sétimo dia a partir de cada Lua Nova era considerado especial, com a

proibição de certas atividades. Havia também dias em que os trabalhos deviam cessar e dias de

festividades.

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Literatura

A escrita foi usada com abundância entre os povos mesopotâmicos, para finalidades práticas da administração, comércio e correspondência diplomática, bem como para registrar suas leis, para documentar as observações astronômicas, compilar conhecimentos médicos, infinidade de informações para adivinhar o futuro e para interpretar acontecimentos e deduzir prognósticos de interesse dos reis ou de pessoas em geral. Os mesopotâmios deixaram narrativas míticas muito ricas e que serviram de modelo para outros povos, inclusive para os hebreus. Deixaram textos religiosos, com hinos e poemas sobre seus deuses. Escreveram obras de sabedoria, com reflexões, preceitos e regras de bem-viver. Mas também legaram o que podemos chamar legitimamente “literatura”, com as primeiras composições narrativas da história, destacando-se a mais célebre e mais antiga, o Épico de Gilgamesh.

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.... de novo, os acontecimentos recentes ....

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1979REVOLUÇÃO NO IRÃ1980-1988GUERRA IRAQUE x IRÃ1990-1991GUERRA DO GOLFO2001-2014ATAQUE ÀS TORRES DO WORLD TRADE CENTER, NOVA IORQUE, EUA - GUERRA DO AFEGANISTÃO2003-2011GUERRA DOS EUA X IRAQUE2014GUERRA CIVIL NO IRAQUE2011“PRIMAVERA ÁRABE”INÍCIO DA ATUAL GUERRA CIVIL NA SÍRIA2014INÍCIO DA OFENSIVA DO AUTODENOMINADO “ESTADO ISLÂMICO”2015INÍCIO DA GUERRA DO YEMEN

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Até o século 19, o que se sabia sobre a antiga Mesopotâmia era o que estava escrito em livros da Bíblia ou em livros de historiadores e geógrafos gregos

Figuração moderna do profeta Isaias contemplando as ruinas de Babilônia

O profeta Jeremias lamentando a tomada de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor, da Babilônia

Pintura de Horace Vernet, 1844

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No século 19, o que os viajantes viam na paisagem do Oriente Médio eram colinas

(“tell”) como essasMas ouviam os comentários locais sobre

“tesouros” e “lascas” que podiam ser encontrados aflorando nas colinas ou quando

elas eram escavadas.

TELL é um tipo de colina arqueológica criada pela ocupação humana e pelo abandono do sítio geográfico depois de alguns séculos de ocupação. É uma formação tão comum no Oriente Médio que o termo “TELL” é acrescentado ao nome da localidade para identificá-la. A frequência e a semelhança dessas formações chamaram a atenção de viajantes e estudiosos, levando alguns, afinal, a escavá-la. As primeiras revelações de ruinas ou de artefatos incentivou uma onda de escavações por toda a região.

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Meu pai e o pai de meu pai, antes de mim, abriram aqui as suas tendas. Há doze séculos que os verdadeiros crentes – Deus seja louvado, só eles possuem a verdadeira sabedoria – se estabeleceram neste país, e nenhum deles ouviu jamais falar em palácios subterrâneos, nem tampouco os que os precederam. Então, eis que aparece um franco de um país afastado muitos dias de viagem, vai diretamente ao lugar, pega dum bastão e traça uma linha para cá, uma linha para lá: “Aqui”, diz ele, “está o palácio. E lá”, diz ele, “está o portão”; e mostra-nos o que durante toda a nossa vida esteve sob os nossos pés, sem que nada soubéssemos. Maravilhoso! Maravilhoso! Aprendeste isso pelos livros, por artes mágicas ou pelos vossos profetas? Di-lo, ó Bei! Diz-me o segredo da sabedoria.

Discurso do xeque Abd-er-Rahman ao arqueólogo Layard

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A decifração da escrita cuneiforme

Graças às inscrições gravadas no alto da montanha de Behistun por ordem do rei persa Dario I, foi possível começar a decifrar a misteriosa escrita cuneiforme. Essas inscrições narravam as batalhas e a vitória final de Dario contra seus rivais na disputa pelo trono da Pérsia. Essa história estava registrada em três línguas: o persa antigo, o elamita e o babilônio, mas escritas com o mesmo sistema cuneiforme. O filólogo alemão Jorge GROTEFEND forneceu as bases para que outros eruditos – especialmente o inglês Henry RAWLINSON -- fossem pouco a pouco adquirindo um conhecimento mais completo e preciso tanto da escrita cuneiforme como das línguas antigas da região.

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https://www.youtube.com/watch?v=h1sPFj96eks

Behistun

O Império Persa

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• Texto na língua PERSA antiga

• Texto na língua ELAMITA

• Texto na língua BABILÔNIA

Caracteres Cuneiformes

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SÍNTESE CRONOLÓGICA DA HISTÓRIA DA MESOPOTÂMIA4500-4000 UBAIDIANOS Os primórdios de civilização na Mesopotâmia

3200-200 SUMÉRIOS

2300 ACÁDIOS SARGÃO I

2150-2050 GUTIOS

2050-1950 Dinastia III de Ur Unificação Sumérios+Acádios

2000 AMORITAS: BABILÔNIA Penetração de Amoritas Cananeus: semitização. Formação de estados em Isin, Larsa e Babilônia

1728-1686 HAMURABI

1800-1375 ASSÍRIOS Imperio Assírio Antigo

1375-1047 ASSÍRIOS Império Assírio Médio

883-612 ASSÍRIOS Império Assírio Novo

1530-1160 Cassitas

1160 ELAMITAS Conquista de Babilônia pelos Elamitas e fim do domínio Cassita

1137 BABILÔNIA NABUCODONOSOR I: expulsão dos Elamitas e unificação sob a Babilônia.

614-608 MEDOS CIAXARES e NABOPOLASSAR derrotam Assírios

625-539 BABILÔNIA Império Neobabilônio

539 PERSAS Ciro conquista a Babilônia

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Esculturas de LAMASSU, divindade

assíriaReconstituição do Portão do palácio do rei

Sargão IIMuseu do

Louvre

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Os portões monumentais

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Salão Assíriodo Museu do Louvre, Paris,

1923

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O “Estandarte de Ur”Caixa de ressonância de um instrumento musical

Ilustra a celebração de campanha militar vitoriosa

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Cidade de Babilônia:Portões Monumentais de Ishtar

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O épico inicia louvando a muralha de 9,5 km de Uruk, para cuja construção Gilgamesh havia imposto sobre o povo um fardo pesado de trabalho forçado. O povo reclamou com os deuses e estes, querendo por Gilgamesh em cheque, criaram Enkidu, um homem selvagem, crescido no meio de feras e que foi conduzido a Uruk por uma prostituta sagrada. Em Uruk, Gilgamesh e Enkidu logo se hostilizaram e se enfrentaram, porém, ao final, tornaram-se amigos. Ambos planejaram, então, combater Kumbaba, um ogro terrível e guardião da Floresta de Cedros. Ajudados pelo deus Sol Shamash, os dois amigos, após difícil jornada, venceram o ogro. Na volta, a deusa Ishtar (a Vênus sumeriana) ofereceu seu amor a Gilgamesh, mas esse a repudiou, alegando que ela havia levado seus outros amantes à desgraça. Ishtar ficou furiosa e pediu ao pai, o deus Anu, que enviasse o Touro Celeste para destruir Gilgamesh. Apesar de causar muita destruição em Uruk, o Touro acabou sendo morto pelos dois amigos. Ao celebrarem a vitória, Enkidu insultou Ishtar e por isso os deuses decidiram mata-lo. Enkidu é acometido pela doença, tem muitos sonhos ruins e depois de doze dias de sofrimentos, falece. Diante da perda do amigo, Gilgamesh sente-se deprimido e começa a se dar conta de que ele também era mortal, o que lhe causa enorme ansiedade. Mas, lembrando-se de que um antepassado seu, Utnapishtin, conquistara o privilégio da imortalidade, sai em sua busca. A viagem é cheia de aventuras, mas Gilgamsh encontra Utnaspishtin, que lhe conta a história do Dilúvio que os deuses causaram para aniquilar a humanidade e do qual somente ele e sua família escaparam, sendo, em seguida, agraciados pelos deuses com o dom da imortalidade. Ele orienta Gilgamesh a permanecer acordado para talvez receber o mesmo benefício, mas nosso herói não resiste e adormece. Utnapishtin lhe revela que há uma planta no fundo do oceano que tem a propriedade de tornar imortal quem a ingerir. Gilgamesh fabrica uma embarcação, adentra o mar e mergulha até o fundo, encontra a planta e a traz consigo até à tona. Na viagem volta, descuidado, quando se banhava em um rio, uma serpente passou e roubou-lhe a planta e logo ela própria se tornou imortal. Desanimado, resta a Gilgamesh se conformar com sua condição humana mortal. Assim leva os seus últimos anos de vida, mas sempre assombrado por pesadelos, tendo até invocado os mortos e recebido a visita do fantasma de Enkidu, ao qual indagou como era a existência dos mortos. A narrativa conclui com um quadro melancólico sobre o mundo dos mortos e especialmente daqueles que não foram enterrados dignamente nem tem quem os homenageiem, sendo obrigados a catar comida jogada pelas ruas, como indigentes.

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Gilgamesh e Enkidu derrotando o Touro Alado