aula 7 - fta - análise de Árvores de falhas
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Análise de Árvore de
Falhas
FTA - “fault tree analysis”
Silvio A. B. Vieira de Melo
Confiabilidade de Produtos e Sistemas
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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O que é Árvore de Falha?
É uma representação gráfica da relação lógica entre as falhas (eventos básicos e
eventos intermediários) que levam à ocorrência do evento topo
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Simbologia de Árvore de
Falha
Portões lógicos
Eventos
Transferências
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Simbologia de Árvore de
Falha
Portões lógicos
Portão “E”: um evento de saída (resultante)
somente ocorre se todos os eventos de entrada
ocorrem
Portão “OU”: um evento de saída ocorre se pelo
menos um dos eventos de entrada ocorre
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Simbologia de Árvore de
Falha
Eventos
Evento básico: evento que não requer mais
detalhamento
Evento incompleto: evento que não é
desenvolvido (não há informações suficientes ou
é pouco relevante)
Evento intermediário: resulta da combinação
lógica de outros eventos e geralmente
corresponde à saída de um portão lógico
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Simbologia de Árvore de
Falha
Transferências
Transferência para: indica que a árvore é
desenvolvida posteriormente na ocorrência do
portão de “transferência para”
Transferência de: indica que essa porção da
árvore deve ser conectada à porção indicada pela
porção de “transferência de”
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Regras de Construção de
Árvore de Falha
Regra No. 1: escrever no interior das “caixas” o que é a
falha e quando ela ocorre
Regra No. 2: uma árvore de falhas deve ser
desenvolvida em níveis e cada nível deve ser
completado antes que qualquer consideração seja feita
em relação a um nível inferior (todas as entradas de um
portão devem ser completadas antes do
prosseguimento da análise de qualquer uma delas)
Regra No. 3: um portão lógico não deve ser diretamente
conectado a outro portão lógico sem a especificação de
um evento intermediário
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Exemplo
RUPTURA DO
TANQUE
Sobrepressão Fadiga da
Parede
Temperatura
excessiva Falha da
PSV
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O que é a FTA?
É um método lógico dedutivo através do qual um evento indesejável (evento topo) é pré-definido e as possíveis causas (eventos básicos) desse evento são sistematicamente deduzidas
O processo de construção de uma árvore de falha é dedutivo, porque consiste na decomposição sistemática das falhas, começando no evento topo e caminhando na direção dos eventos básicos
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Etapas da FTA
Definição do sistema, suas fronteiras e o evento topo
Construção da árvore de falha, que representa
simbolicamente o sistema e os eventos relevantes
para a ocorrência do evento topo
Análise qualitativa (avaliação lógica) das combinações
de eventos que provocam a ocorrência do evento topo
Análise quantitativa (avaliação probabilística), que
associa as probabilidades de falha aos eventos
básicos e estima a probabilidade do evento topo
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Análise Qualitativa de
Árvore de Falha
É a determinação de todas as combinações de
eventos que levam à ocorrência do evento topo, ou
seja, é a identificação dos conjuntos de cortes
mínimos
Corte é um conjunto de eventos que levam à
ocorrência do evento topo
Corte mínimo é o corte que não possui eventos
desnecessários, ou seja, todos os eventos devem
ocorrer para que o evento topo ocorra
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Voltando ao Exemplo
EVENTO TOPO
1
2
3
4
CORTES
{1}
{2}
{1, 2}
{2, 3}
{2, 4}
{3. 4}
{2, 3, 4}
{1, 2, 3, 4}
CORTE
MÍNIMO
{2}
{3, 4}
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Determinação do Corte
Mínimo
Para uma árvore tão simples como a apresentada, a determinação dos cortes pode
ser feita por inspeção visual. Porém, para árvores complexas como as que são
encontradas na prática, o procedimento de inspeção visual é impraticável. Existem
softwares específicos para determinação dos cortes mínimos
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Utilidade dos Cortes
Mínimos
Indicam os pontos fracos do sistema
Permitem uma avaliação quantitativa da
árvore
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Análise Quantitativa de
Árvore de Falha
OBJETIVO: determinar a probabilidade de
ocorrência do evento topo
A DECISÃO DE QUANTIFICAR DEVE SER
BASEADA NA:
• Severidade dos perigos identificados
• Complexidade da árvore
• Disponibilidade de dados
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Utilidade da Análise
Quantitativa
NA ANÁLISE DE PROJETO:
• Para demonstrar o cumprimento das exigências de segurança
• Para justificar alterações de projeto (melhoria da
confiabilidade)
EM PLANTAS EXISTENTES:
• Para avaliar o nível de segurança
• Para comparar este nível com os de outras plantas similares
• Para sugerir alterações de projeto e/ou procedimentos de
operação (melhoria da confiabilidade)
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Técnicas de Quantificação
de Árvores de Falhas
OBJETIVO DAS TÉCNICAS:
• Calcular a função de probabilidade do evento
topo na árvore de falhas
FUNÇÃO DE PROBABILIDADE:
• É uma expressão para a probabilidade de ocorrência do
evento topo em função das probabilidades de ocorrência
dos eventos básicos da árvore de falhas
TÉCNICAS:
• Método Direto
• Método dos Cortes Mínimos
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Técnicas de Quantificação
de Árvores de Falhas
MÉTODO DIRETO
• A função de probabilidade é obtida diretamente
da árvore
• É feito um processo de combinação de funções
de probabilidade de cada portão lógico da árvore
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Voltando ao Exemplo
EVENTO TOPO
1
2
3
4
PORTÃO “E”
P(1) = P(3) . P(4)
PORTÃO “OU”
P(TOPO) = P(1) + P(2) - P(1).P(2)
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Generalizando os portões
lógicos
PORTÃO “E” e “n” Eventos Básicos:
PORTÃO “OU” e “n” Eventos Básicos:
)i(P)n(P)2(P).1(PPn
1i
)n(P)2(P).1(P)1(3 a 3 combinação2 a 2 combinação)n(P)2(P)1(PP 1n
n
1i
)i(P)n(P)2(P)1(PP Aproximação do
evento raro 1,0)i(P
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Técnicas de Quantificação
de Árvores de Falhas
OBSERVAÇÃO
• O portão “E” para falhas é o análogo de sistema em paralelo para confiabilidade
• O portão “OU” para falhas é o análogo de sistema em série para confiabilidade
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Técnicas de Quantificação
de Árvores de Falhas
MÉTODO DOS CORTES MÍNIMOS
• Obtenção de todos os cortes mínimos
• A função de probabilidade é obtida a partir da representação dos cortes mínimos da seguinte forma:
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Representação dos Cortes
Mínimos de uma Árvore
...
EVENTO TOPO
K1 K2 Kn
EB1 EB5 ...
EB3 EB5 ...
EB4 EB6 ...
n Cortes
Mínimos
Eventos
Básicos
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Exercício - Métodos dos
Cortes Mínimos
Sistema de Bombeamento de Água
T1
B2
B1
V1
V2
V3
V4
Trem A
Trem B
PROBABILIDADE DE FALHAS
P(B1) = P(B2) = 1,5x10-3
P(V1) = P(V2) = P(V3) = P(V4) = 2x10-3
P(T1) = 5x10-7
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Solução do Exercício
CORTES MÍNIMOS
K1: T1
K2: B1, B2
K3: B1, V3, V4
K4: B2, V1, V2
K5: V1, V2, V3, V4
PROBABILIDADE DOS CORTES MÍNIMOS
P(K1) = P(T1) = 5x10-7
P(K2) = P(B1).P(B2) = 2,25x10-6
P(K3) =P(B1).P(V3).P(V4) = 6x10-9
P(K4) = P(B2).P(V1).P(V2) = 6x10-9
P(K5) = P(V1).P(V2).P(V3).P(V4) = 1,6x10-11
ÁRVORE DE FALHAS
(VIDE QUADRO)
PROBABILIDADE DO EVENTO TOPO
P(TOPO) = P(K1)+P(K2)+P(K3)+P(K4)+P(K5) = 2,76x10-6
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Importância do Corte Mínimo
É uma medida do percentual da probabilidade de
ocorrência do corte Ki em relação à probabilidade
do evento topo
No exercício:
As medidas de importância são de grande valia na
identificação dos pontos fracos de um sistema
18,0)TOPO(P
)1K(PI 1K
81,0)TOPO(P
)2K(PI 2K
002,0)TOPO(P
)3K(PII 4K3K
65K 10x8,5
)TOPO(P
)5K(PI 5K4K3K1K2K IIIII
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Softwares para FTA
Há uma boa variedade de softwares no
mercado que podem ser usados na análise
de sistemas por árvores de falhas
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Vantagens da FTA
É aplicável tanto para projetos novos como para plantas em operação (modificações, automação, etc.)
Pode ser avaliada qualitativa ou quantitativamente
Permite a incorporação de erros humanos
Permite a incorporação de modos de falhas de teste e manutenção
Identifica prontamente os pontos fracos do sistema
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Vantagens da FTA
Permite quantificar a frequência de eventos
iniciadores em estudos de análise de riscos
Pode ser usada para se avaliar a
indisponibilidade de uma planta de processos
contínuos
Pode ser usada para se avaliar a
indisponibilidade de sistemas de segurança
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Exercício
Seja o seguinte sistema de proteção
contra sobrepressão de um tanque de
estocagem de material inflamável
encontrado na indústria de petróleo
(vide figura)
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Sistema de Proteção do
Tanque contra Sobrepressão
Tanque de estocagem de
material inflamável
V5
V1
TI-1
V8
RV1
PIC-1 PV1
V7
V2
V3
B1
PI-1
V4
LI-1
FIC-1
FV-1
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Exercício
Descrição do Sistema
O controle normal de pressão é feito pela válvula pneumática PV1, a qual é controlada automaticamente pelo PIC-1 ou manualmente pelo operador ao ouvir o alarme sonoro do PIC-1.
O controle de emergência é feito pela válvula de alívio RV1.
As válvulas manuais V7 e V8 permitem os trabalhos de manutenção na PV1 e RV1.
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Exercício
Admitindo-se os seguintes eventos, construa a
árvore de falha desse sistema de proteção e
determine os cortes mínimos
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Eventos Básicos
Falha do PIC-1
Alarme não funciona
Operador não abre a válvula
PV1 falha em abrir
V7 deixada fechada (erro humano)
V8 deixada fechada (erro humano)
RV1 falha em abrir
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Eventos Intermediários
Falhas no comando automático
Falhas no comando manual
Falhas de comando
Falhas na PV1
Falha do sistema de controle normal de pressão
Falha do sistema de alívio para atmosfera