aula 60 políticas industriais e comerciais
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Economia Internacional: políticas industriais e comerciais
Política Industrial e Comércio
Há praticamente um consenso entre os economistas a favor do livre-comércio Especialização e liberdade para importar
aumentam o bem-estar dos consumidores, no país e no exterior
Por que a maior parte dos países adotam políticas que de alguma forma restringem o comércio (tarifas, quotas, licenciamento)?
Por que alguns governos são mais protecionistas do que outros?
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AL: Protecionismo ou Liberalismo? Fases da inserção internacional das economias
latino-americanas:
1. Da independência até 1920s: economias abertas, voltadas para a exportação de
produtos primários
2. Período entre-guerras: crise internacional estimula protecionismo e
substituição espontânea de importações
3. Pós-segunda guerra até 1980s: políticas ativas de industrialização por substituição
de importações (ISI)
4. Desde a segunda metade dos anos 1980s: liberalização e reformas pró-mercado
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Por que a AL adotou o modelo de ISI
1. Choque externo: crise internacional a) reduziu demanda pelas commodities
exportadas
b) reduziu oferta de bens manufaturados de consumo
2. Influência das idéias de Prebisch e da CEPAL
a) resistência à idéia de que o comércio promove o desenvolvimento
b) tendência à deterioração dos termos de intercâmbio dos exportadores de commodities
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Exportação de Produtos Agrícolas (US$ bilhões)
EUA 52.7
França 36.8
Holanda 34.4
Alemanha 23.8
Itália 15.9
China 15.5
R. Unido 14.7
Espanha 14
Brasil 13.8
Austrália 12.6
Outros 183.1
Total 417.3
Fonte: FAO, citado por Amadeo (2002)
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Especificidades do Modelo da AL
Objetivo da substituição de importações era promover a auto-suficiência industrial (promover novos setores)
O Estado assumiu para si os papéis de planejador e financiador das políticas de desenvolvimento, além de produtor de bens e serviços considerados essenciais
A defesa da concorrência não era, por razões óbvias, um instrumento considerado oportuno
para promover o desenvolvimento
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Especificidades do Modelo da AL
A produção industrial era voltada para abastecer o mercado doméstico e não para exportação
A partir dos anos 1970s, houve uma clara opção pelo endividamento externo para financiar a substituição de importações dívida
Esta é uma diferença fundamental em relação aos tigres asiáticos que explica a
superioridade produtiva destes em relação aos tigres latino-americanos
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Argumentos Favoráveis à ISI
Volatilidade dos preços das commodities
Deterioração dos termos de intercâmbio
Natureza dinâmica das dotações fatoriais (capital versus trabalho e terra)
Indústria Nascente
Externalidades positivas
Equilíbrio do BdP: pessimismo quanto à eficácia de uma desvalorização e opção por restrições administrativas às importações
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Principais Instrumentos de Política
Imposição de barreiras não-tarifárias sobre importações (licenciamento prévio, prioridade ao similar nacional, obstáculos à contratação de câmbio, proibições de importação, etc.)
Tarifas
Apreciação cambial
Câmbio múltiplo
Investimento governamental direto
Política monetária expansionista (juros negativos) e política de direcionamento do crédito (escasso) aos setores e programas prioritários
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Conseqüências Positivas
Industrialização
Redução de importações
Maior ênfase na responsabilidade social do governo
Aumento de gastos com educação, proteção social e infra-estrutura
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Conseqüências Negativas
Proteção e apreciação cambial restringiam competitividade internacional do produto nacional viés anti-exportador
Exagero na importância do crescimento industrial em detrimento da agricultura Absorção limitada de trabalhadores
Promoção da urbanização
Redução das receitas tributárias provenientes das exportações em conjunto com aumento dos subsídios à indústria pressionavam o orçamento (desequilíbrio fiscal) inflação
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Críticas ao Modelo ISI Estrutura de proteção favorecia montagem de
produtos finais e não produção de bens básicos
Bens manufaturados domésticos eram mais caros que os estrangeiros, prejudicando os consumidores
Produtores tinham mercado cativo, eram desincentivados a exportar (apreciação cambial) e não sofriam concorrência
Excessiva capacidade de prod. industrial Prejuízos à agricultura (apreciação cambial,
estímulo à ind. de fertilizantes e máquinas) PET-Economia FEAC-UFAL
Críticas ao Modelo ISI
Déficits orçamentários financiados com inflação (apreciação cambial)
Juros negativos desestimulavam a poupança e estimulavam investimentos intensivos em capital (baixa absorção de mão-de-obra)
Trabalhadores eram penalizados por elevados índices de desemprego e crescente informalidade, assim como pela baixa remuneração nos setores tradicionais
Empresas multinacionais foram atraídas para usar tecnologia de ponta (capital-intensivas) e para produzir para o mercado interno
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