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NEUROPATIA PERIFÉRICA LIGANTES: IVAN GUSMÃO, JESSICA MORAIS E PATRICIA MASCARENHAS

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Page 1: Aula 42- neuropatia periférica

NEUROPATIA PERIFÉRICA

LIGANTES: IVAN GUSMÃO, JESSICA MORAIS E PATRICIA MASCARENHAS

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CASO 7 M.F.J, sexo masculino, cor parda, 52 anos, natural e procedente de Feira

de Santana, deu entrada no serviço de emergência do HCA com queixa de cefaleia moderada, mal estar, artralgia e intenso prurido em face e tronco, que se iniciou há mais ou menos 2 dias, relatando não haver fator de melhora e piora. Ao exame físico, paciente encontra-se em regular estado geral, PA: 120 x 70 mmHg, febrícula 38,3, presença de exantema maculopapular em face, MMII, MMSS e tronco. Depois da avaliação médica, o paciente foi medicado com um antitérmico e em seguida liberado. Três dias após tal atendimento, o paciente deu nova entrada na emergência relatando queixa de dor moderada em MMII, acompanhada de fraqueza muscular progressiva em ambos os membros. O médico plantonista, observando toda a história clínica, solicitou alguns exames e decidiu internar o mesmo, deixando-o em observação. Com o passar das horas, o paciente evoluiu com diminuição dos movimentos, de modo bilateral, de MMII, que foi ascendendo para MMSS e face; PA: 90 x 80 mmHg e sudorese profusa. O mesmo foi então transferido para Unidade de terapia intensiva após quadro de insuficiência respiratória aguda.

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NEUROPATIA PERIFÉRICA

Neuropatia periféricaDistúrbios

sensorial

Motor

Autonômico

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NervosGrandes Mielinizados

Hipotonia

Fraqueza Muscular

Pequenos não Mielinizados Fibras autonômicas

Pequenos Mielinizados

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Tipos de Neuropatia

Mononeuropatias Mononeuropatias múltiplas

Polineuropatias distais

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Semiologia Neurológica

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Forca Muscular

Déficit de fraqueza

Dor muscular

Fadiga

FORCA MUSCULAR

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Semiologia Neurológica

Forca Muscular

Movimentos sem resistência

Movimentos com resistência

Manobra deficitária

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Semiologia Neurológica

Tônus Muscular

• Hipotonia Flácida Reflexos • Profundos

• Superficiais

Sensibilidade Pesquisa tato, dor e

temperatura

Diapasão

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EXAMES DIAGNOSTICO

Natureza ( axonal ou desmielinizante)

Tipos de fibras nervosas ( motoras e/ou sensitivas)

Tempo de evolução da lesão nervosa motora

Gravidade do atingimento nervoso periféricoa

Eletrofisiológica

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PRINCIPAIS PATOLOGIAS QUE PODEM LEVAR AO QUADRO DE NEUROPATIA

PERIFÉRICA Síndrome de Guillain-Barrè

Polineuropatia Desmielinizante Inflamatória Crônica Paraproteinemias

HIV Metais pesados (tálio, arsênico e chumbo)

Neuropatia relacionada ao álcool Herpes zoster

Amiloidose Neuralgia do trigêmeo

Infiltração tumoral Vasculite

Hipotireoidismo Diabetes

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1) HÁ MAIS OU MENOS 2 DIAS:• Cefaleia moderada• Mal-estar• Artralgia• Intenso prurido em face e tronco

AO EXAME:• Regular estado geral• PA = 120x70 mmHg• Febrícula: 38,3• Exantema maculopapular em

face, MMII, MMSS e tronco

RELEMBRANDO O CASO...

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2) 3 DIAS APÓS ATENDIMENTO:

• Dor moderada em MMII + Fraqueza muscular progressiva em ambos os membros

3) COM O PASSAR DAS HORAS:

• Diminuição dos movimentos de modo bilateral, de MMII, que foi ascendendo para MMSS e face.

• PA = 90x80 mmHg• Sudorese profusa

4) UTI• Insuficiência

Respiratória Aguda

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ZIKA VIRUS x SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ (SGB)

Aproximadamente 60% a 70% dos pacientes com SGB apresentaram alguma doença aguda precedente (1 a 3 semanas antes).

Sendo a infecção por Campilobacter jejuni a mais frequente (32%).

Seguida por citomegalovírus (13%), vírus Epstein Barr (10%) e outras infecções virais, tais como hepatite por vírus tipo A, B e C, influenza e vírus da imunodeficiência humana (HIV).

Fonte: Portaria SAS/MS nº 1171, de 19 de novembro de 2015

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Entre janeiro e julho de 2015, alguns estados da região Nordeste notificaram à Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS) a ocorrência de 121 casos de manifestações neurológicas e Síndrome de Guillain-Barré com histórico de doença exantemática prévia.

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue.

Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/perguntas-e-respostas-zika

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SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

É uma doença de caráter autoimune.

Acomete primordialmente a mielina da porção proximal dos nervos periféricos de forma aguda ou subaguda.

Os sintomas sensitivos sintomas motores.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICASFRAQUEZA Sintoma inicial mais comum

“Paralisia ascendente”:

MMII MMSS Tronco Cabeça e pescoço

As pernas costumam ser mais afetadas que os braços e disparesia facial está presente em 50% dos indivíduos acometidos.

INTENSIDADE: desde fraqueza leve até ocorrência de tetraplegia completa.

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NERVOS CRANIANOS INFERIORES Fraqueza bulbar e dificuldade no manejo de secreções na manutenção das vias respiratórias.

DOR NO PESCOÇO, OMBROS, DORSO OU DIFUSAMENTE NA COLUNA VERTEBRAL Comum nos estágios iniciais de SGB.

HOSPITALIZAÇÃO A maioria dos pacientes.

ASSISTÊNCIA VENTILATÓRIA (30%) Em algum momento da doença.

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FEBRE Ausente no início.

REFLEXOS TENDÍNEOS PROFUNDOS Reduzidos ou desaparecem nos primeiros dias do início.

DÉFICITS SENSORIAIS CUTÂNEOS Relativamente leves.

ENVOLVIMENTO AUTÔNOMO É comum.

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MANIFESTAÇÕES HABITUAIS Perda do controle vasomotor, hipotensão postural e arritmias cardíacas.

DOR Aguda, incômoda e profunda nos músculos enfraquecidos.

OUTRAS DORES Dor disestésica nos membros Acometimento de fibras nervosas sensoriais.

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SUBDIVISÃO DA SGB

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FISIOPATOLOGIAFORMAS DESMIELINIZANTES DA SGB

Bloqueio da condução As conexões axonais permanecem intactas.

A recuperação pode acontecer rapidamente à medida que a remielinização ocorre.

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CASOS GRAVES DE SGB DESMIELINIZANTE:

Degeneração axonal secundária Taxa de recuperação mais lenta e maior grau de incapacidade residual.

Pode-se estimar sua extensão eletrofisiologicamente.

Padrão axonal primário axônios sofreram degeneração e se tornaram desconectados de seus alvos (junções neuromusculares).

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CASOS AXONIAIS MOTORES

Lesão se localiza nos ramos motores pré-terminais Regeneração e reinervação rapidamente.

CASOS LEVES

A reinervação dos axônios motores sobreviventes próximos à junção neuromuscular podem começar a restabelecer a continuidade fisiológica com as células musculares durante um período de vários meses.

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FIBRAS NERVOSAS ENVOLVIDAS NAS NEUROPATIAS PERIFÉRICAS

Fibras de grosso calibre

Fibras de pequeno calibre: neuropatias dolorosas e perda sensorial dissociada

Fibras motoras

Fibras autonômicas

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CAUSAS ETIOLÓGICAS DAS NPs

Hereditárias Infecciosas

Inflamatórias Imunes

Metabólicas Nutricionais

Paraproteinemias Paraneoplásicas

Tóxicas Vasculíticas

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ASPECTO ANATOMOPATOLÓGICO DA NEUROPATIA PERIFÉRICA

1.Neuronopatias: comprometimento do corpo celular do neurônio motor (neuronopatias motoras) ou sensitivo (ganglionopatias sensitivas).

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2.Radiculopatias: acometimento das raízes sensitivas e/ou motoras de forma isolada ou múltiplas (multirradiculopatia).

Compressão radicular por hérnia discal, radiculites inflamatórias infecciosas (CMV, etc.), entre outras causas.

3.Plexopatias: acometimento de um ou mais segmentos de um plexo.

Plexites inflamatórias/infecciosas, lesões traumáticas

4.Mononeuropatia: acometimento isolado de um único nervo em todas as suas funções.

Neuropatia dos nervos radial, ulnar no cotovelo, mediano no punho

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5.Mononeuropatias múltiplas: progressivo comprometimento de nervos de forma isolada que se somam no tempo.

Vasculites

6.Polineuropatias: acometimento, normalmente, simétrico dos nervos, inicialmente, de predomínio distal com progressão ascendente e em gradiente (distal –proximal).

7.Polirradiculopatias: acometimento inicial proximal e distal dos nervos periféricos e suas raízes.

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PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS

ABORDAGEM SISTEMÁTICA E CARACTERIZAÇÃO DA DOENÇA:TIPO DE ENVOLVIMENTO – FIBRAS NERVOSAS;PADRÃO ANATÔMICO DE ACOMETIMENTO; INÍCIO E FORMA DE EVOLUÇÃO;ASPECTOS ELETROFISIOLÓGICOS;HISTÓRIA FAMILIAR;SINTOMAS E PATOLOGIAS ASSOCIADAS – USO DE MEDICAÇÕES E

EXPOSIÇÃO ÀS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS;TRATAMENTOS REALIZADOS E RESPOSTAS A ELES; INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR;

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PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ; PDIC; NEUROPATIA MOTORA MULTIFOCAL; PORFIRIAS; HANSENÍASE; URÊMICA; HIV; DM; ÁLCOOL;

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EXAMES COMPLEMENTARES ELETRONEUROMIOGRAFIA

Estudos dos nervos periféricos;Estudos dos músculos;

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LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR)

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EXAMES COMPLEMENTARES Hemograma completo; Painel bioquímico básico; Glicemia de jejum e teste de tolerância à glicose; Sorologia para hepatites e HIV; Western blot; Dosagem do titulo de anticorpo para CMV; Exames simples de urina; Hormônios tireoidianos (TSH e T4 livre); Vitamina b12, folato, VHS; Fator reumatoide e anticorpos antinucleares (AAN); Eletroforese das ptns sericas; Proteinúria de Bence Jones; Biópsia de nervo e de pele;

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TIPOS DE TRATAMENTO SGB:

IMUNOGLOBULINA HUMANA INTRAVENOSA (IGIV); PLASMAFÉRESE;