aula 2: técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

106
AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto no manejo reprodutivo Pietro Sampaio Baruselli Prof. Dr. Departamento de Reprodução Animal Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Universidade de São Paulo.

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Page 1: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

AULA 2: Técnicas de

sincronização do ciclo estral:

impacto no manejo reprodutivo

Pietro Sampaio Baruselli

Prof. Dr. Departamento de Reprodução Animal

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

Universidade de São Paulo.

Page 2: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

É possível programar a

reprodução de animais

domésticos?

Page 3: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Reprodução animal

1.Eficiência

reprodutiva

2. Melhoramento

Genético (Biotecnologias da reprodução: IA e TE)

Page 4: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

1. Eficiência

reprodutiva do

rebanho brasileiro

Page 5: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Intervalo entre o parto e a concepção

Parto

225 dias

75 dias

Parto

365 dias

Período de serviço = 225 dias (7,4 meses)

Intervalo entre partos = 515 dias (17 meses)

Período de serviço = 75 dias (2,5 meses)

Intervalo entre partos = 365 dias (12 meses)

515 dias

Gestação de 290 dias

Parto +

Gestação de 290 dias

Parto + Reduzir:

- 150 dias PS

- 5 meses IEP

225 dias

75 dias

Page 6: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Existe tecnologia

para induzir uma

ovulação

sincronizada e

fértil?

Page 7: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Reprodução assistida em humanos

Page 8: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

2. Melhoramento genético

• Aumento da produtividade

Page 9: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

MELHORAMENTO GENÉTICO

- Identificar animais de alta produção

- Realizar provas genéticas

- Difundir material genético

BIOTECNOLOGIAS

DA REPRODUÇÃO

AUMENTO DE PRODUTIVIDADE

Page 10: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL

AUMENTO DA QUANTIDADE E DA

QUALIDADE DE CARNE E DE LEITE

Melhoramento genético

Page 11: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

MELHORAMENTO GENÉTICO

Touro testado

X

Rebanho comercial

Page 12: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

AGROP. CAFÉ NO BULE RIBAS DO RIO PARDO - MS

Luciano Penteado

Médico Veterinário

Page 13: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Manejo reprodutivo do

rebanho brasileiro

~ 84 % das matrizes em

idade reprodutiva são

cobertas por monta natural

Page 14: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Mn com touro DEP 0

kg

1ª GERAÇÃO 180kg

2ª GERAÇÃO 180kg

3ª GERAÇÃO 180kg

4ª GERAÇÃO 180kg

5ª GERAÇÃO 180kg Inte

rvalo

de g

era

çõ

es d

e

3 a

no

s

IA com touro DEP 10kg

1ª GERAÇÃO 180kg

2ª GERAÇÃO 190kg

3ª GERAÇÃO 200kg

4ª GERAÇÃO 210kg

5ª GERAÇÃO 220kg

15 anos 15 anos

Inte

rva

lo d

e g

era

çõ

es d

e

3 a

no

s

Simulação: Rebanho de corte com peso a desmame de 180kg Monta natural: touros com DEP 0 kg ao desmame Inseminação artificial (IA): touros com DEP 10 kg ao desmame

Preço do kg do bezerro = R$ 10,00

Ganho genético = R$100,00 por bezerro/geração

Ganho genético = R$400,00 por bezerro/15 anos

Page 15: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Inseminação

artificial

convencional

com detecção cio

Page 16: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Fisiologia do

estro

Page 17: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 18: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 19: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 20: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Características

Grupos Genéticos

Nelore

Nelore x

Angus

Angus

Duração do estro

(horas)

12,9 2,9

(n=25)

12,4 3,3

(n=35)

16,3 4,8

(n=26)

Número de montas /

estro

28,2 13,2

(n=25)

34,1 19,2

(n=35)

29,7 19,4

(n=26)

Intensidade do estro (montas/hora de estro)

2,3 1,3

(n=25)

2,8 1,5

(n=35)

1,9 1,2

(n=26)

Intervalo estro-

ovulação (h)

27,1 3,3

(n=8)

25,7 7,6

(n=10)

26,1 6,3

(n=7)

TABELA. Características do comportamento sexual de vacas Nelore,

Nelore x Angus e Angus. Pirassununga, 2002 (Mizuta, 2003)

Page 21: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Duração do estro

Espécie Duração (h)

Bos taurus 16-18 h

Bos indicus 10-12 h

Page 22: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

DETECÇÃO DE ESTR0: O GRANDE PR0BLEMA DA

APLICAÇÃO DE BIOTECNOLOGIAS (IA e TE)

Fêmeas Bos indicus apresentam cio de curta duração

Page 23: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

DETECÇÃO DE ESTR0: O GRANDE PR0BLEMA DA

APLICAÇÃO DE BIOTECNOLOGIAS (IA e TE)

Page 24: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Baixa freqüência de comportamento homossexual (3.4%)

DETECÇÃO DE ESTR0: O GRANDE PR0BLEMA DA

APLICAÇÃO DE BIOTECNOLOGIAS (IA e TE)

Page 25: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

MANEJO DE DETECÇÃO DE CIO PARA

INSEMINAÇÃO ARTICIAL TRADICIONAL

Dificuldades de manejo para implantação de um programa de IA

• Rodeios diários (manhã e tarde)

• Taxa de serviço (eficiência de detecção de cio + ciclicidade)

• Número de lotes em observação (escala)

• Degradação das pastagens nos centros de observação de cio

• Previsibilidade do resultado

• Disponibilidade de mão-de-obra

Page 26: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Existe tecnologia

para inseminar

artificialmente sem

a necessidade de

detecção do estro?

Page 27: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

OVULAÇÃO E

FERTILIZAÇÃO

Page 28: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Folículo Ovariano

• Unidade morfofuncional do ovário

oócito

Céls granulosa

Céls tecais

Page 29: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 30: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Estágios do desenvolvimento folicular (Fair, 2003)

Page 31: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

ULTRA-SONOGRAFIA OVARIANA

Page 32: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Ultrasonografia ovariana em bovinos

CL Folículo pré-ovulatório Folículos em crescimento

Page 33: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Animais jovens

(20.000-30.000 oocitos

após puberdade)

Oocito primário Estroma

+ 2 camadas

foliculares

Ovulação

Oocito

secundário

Produção de

Progesterona

Regressão

do CL

(antigo CL)

(> %)

Folículo primário

Folículo terciário

Folículo

secundário

Folículo atresico

Corpus Albicans Corpo lúteo (CL)

Corpo

hemorrágico

Ruptura

Folicular

Folículo de Graaf

Ovum

(1N)

(2N)

Produção de

estrógeno

Page 34: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

14

10

8

6

4

2

Diâmetrofolicular(mm)

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21

Dias do ciclo estral

Onda de crescimento folicular

Page 35: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Hipotálamo

Hipófise

FD E2

Ovário

Emergência

folicular

FSH

Pulsos

GnRH

Pico

GnRH

Divergência

folicular

Folículo

pré-ovulatório

+++

Pulsos LH

Pico LH E2 + inibina

- - -

OVULAÇÃO

E2

E2 P4

Wiltbank et al.(Theriogenology, 57:21-52, 2002)

Page 36: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Follicular wave

2

6

10

14

Day 7/10 Day 0

mm

16

FSH

Recrutment

LH

Deviation Dominance

FSH dependent LH dependent

Page 37: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Crescimento folicular durante a vida reprodutiva

Período pre-puberal

2 a 3 semanas

Duração da onda: 7 dias

Diâmetro máximo do FD: 8,5 mm

Duração da onda: 9 dias

Diâmetro máximo do FD: 12 mm

EVANS et al., 1994

P4

Page 38: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Crescimento folicular durante a vida reprodutiva

Período Gestacional

FD: ovário contra-lateral ao CL e à gestação

Inibição local do embrião ?

Ginther et al., 1996; Driancourt, 2000

Gestação Parto 6 a 7 meses

Cessa crescimento

21 d antes do parto

6 a 7 mm de

P4 e E2

15,7 mm 13,1 mm

3 meses

12,7 mm

Page 39: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Parto

LH

DEPLEÇÃO DO ESTOQUE DE LH

P4

E2

D-30

RESTABELECIMENTO DO ESTOQUE DE LH

LH

feed-back - ao E2 + opióides

GnRH LH

Ovulação ?

PERÍODO PÓS-PARTO

E2

Fatores relacionados ao anestro pós-parto

- Amamentação

- Condição corporal

- Efeito macho

YAVAS e WALTON, 2000; Theriogenology, 54:25-55

Page 40: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Anestro pós-parto

?

Page 41: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Hipotálamo

Hipófise

FD- E2 E2

Ovário

Pulsos

GnRH

Pico

GnRH

- - -

Pulsos LH

Pico LH

OVULAÇÃO

FSH

Nutrição

Amamentação

E2

E2

Sensibilidade

ao E2

Wiltbank et al.(Theriogenology, 57:21-52, 2002)

Page 42: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Contato visual, auditivo,

olfatório (oral/inguinal)

Feed back negativo ao E2

Opióides endógenos

GnRH

LH Crescimento

folicular e ovulação

Willians et al., Anim. Reprd. Sci: 42, 289-98, 1996

E2

Page 43: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Vacas em anestro pós-parto

têm comprometimentos nos

padrões de liberação de LH

Page 44: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

CL Progesterona

Estro Estro 5 10 15

Con

cen

traçã

o h

orm

on

al

Ovulação Ovulação

Endometrium PGF2a

PGF2a

FSH

E2

LH

Ciclo estral

Adaptado de Thacher 2002

Page 45: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Dia 0 Dia 17 Dia 22

PGF2α

Vaca vazia

Vazia

Prenha

Vaca prenha

Estro

E2

P4 P4

P4

IFNtau

Page 46: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

CL FD

Útero

Ovário

MECANISMO FISIOLÓGICO DA LUTEÓLISE

• Produção de P4 e Ocitocina

• P4 por 10d rec Ocitocina

• Produção de 17 estradiol

Endométrio

Rec estrógeno

• Síntese de PGF2a

CL

E2

PGF2a

15º AO 18º DIA DO CICLO ESTRAL

Rec ocitocina

PGF2a

PGF2a

E2

Page 47: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

CL FD

Útero

Ovário

RECONHECIMENTO MATERNO-FETAL

Endométrio

Rec estrógeno

Rec ocitocina

• Síntese de PGF2a

E2

PGF2a

14º AO 18º DIA DO CICLO ESTRAL

IFNtau

PGF2a

Page 48: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

CONTROLE

FARMACOLÓGICO DO CICLO

ESTRAL E DA OVULAÇÃO

Page 49: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

História dos programas de

sincronização do estro

• Progestágenos (MGA; 1960)

• Prostaglandinas para induzir luteólise (1970)

• Conhecimento da dinâmica folicular (1980)

• Controle da função folicular e luteínica (1990)

Page 50: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

HORMÔNIOS UTILIZADOS PARA CONTROLE DA

REPRODUÇÃO

(1) Prostaglandinas

(2) Progesterona/progestágenos

(3) Estrógenos

(4) GnRH/LH/hCG

(5) FSH e eCG

Page 51: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

(1) induz luteólise em animais com presença de

corpo lúteo responsivo (entre o dia 6-17 do ciclo

estral)

(2) grande variação do intervalo entre a aplicação

da prostaglandina e as manifestações do estro e

da ovulação (2 a 6 dias)

(3) variabilidade da resposta depende do “status”

folicular no momento da aplicação da

prostaglandina

PROSTAGLANDINA

Page 52: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Entretanto, necessita de alta taxa de ciclicidade e de

detecção de cio para elevada taxa de prenhez

Sincronização do cio com PGF2a

• Simples

• Baixo custo

Page 53: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Somente vacas com CL

respondem a PGF!!!!

Page 54: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Momento de ovulação após PGF2a

PGF2a

2

4

6

8

0

P4

Dia 2 Dia 6

Variação da ovulação

Dia 0

Page 55: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Fêmeas em estro após o tratamento com PGF2a

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

% d

e a

nim

ais

1 2 3 4 5 6

Dias após a PGF Seguin, 1987

Page 56: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Sincronização da onda folicular

PGF2a

2

6

10

14

Dia 3

Ovulação sincronizada

Dia 0

mm

Page 57: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

MANIPULAÇÃO DO

CICLO ESTRAL

1.Sincronização da

emergência folicular

GnRH

Estradiol

Progesterona

Aspiração

Folicular

2.Controle da

regressão do CL

PGF2a

Progestágeno/ Progesterona

3.Indução da

Ovulação

GnRH

Estradiol

hCG

LH

Estradiol

Page 58: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

1. Sincronização do

início da onda

de crescimento

folicular

Page 59: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Sincronização do início da onda

de crescimento folicular

Atresia

folicular

Ovulação

P4 LH

P4 + E2 FSH e LH

E2

GnRH

LH

hCG

LH

(inibe o crescimento

de folículos LH dependentes

e a emergência da nova onda)

(Ovulação E2 e inibina

FSH emergência da nova onda)

Page 60: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Progestin +

estradiol

~ 4.3.days

Follicular

wave

emergence

Folli

cle

Siz

e

Days

(Bó et al., 1994, 1995)

Page 61: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

E2 mebalolization 2

8

10

12

mm

Day 0 Day 3 to 5

E2+P4

↓LH e ↓FSH

FSH

Page 62: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

2

6

10

14

mm

Day 0 Day 1/2

GnRH

LH

FSH

↓ E2

Page 63: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

2

4

6

8

0

GnRH

FSH

?

↓ E2

LH

Synchronized

ovulation

Non synchronized

ovulation

Day 0 Day 1/2

Page 64: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

10

8

6

4

2

Days

Folículo persistente

Oócito de baixa fertilidade

LH

pu

lse

Foll

icle

Siz

e (m

m)

Baixa P4

Roche et al., 1999

J Reprod Fertil, Suppl 54 61-71

Mihm et al 1996

J Reprod Fertil, 116, 293-304

Page 65: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

PROGESTERONA

(1) sensibiliza o sistema reprodutivo e induz a

emergência de onda folicular e ovulação em

animais em anestro

(2) prolonga a fase luteal de animais cíclicos

(3) pode provocar atresia de folículos, com

conseqüente emergência de nova onda de

crescimento folicular

(4) a queda brusca nos níveis de progesterona

provoca manifestação de estro com a ovulação do

folículo dominante

Page 66: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

TABELA. Efeito dos implantes de progesterona e da

amamentação na secreção de LH em vacas de corte

Amamentação

- P4Amamentação

+ P4

SemAmamantação

- P4

SemAmamentação

+ P4

LH (ng/ml) 1,0 0,02 1,2 0,03 1,5 0,04 2,0 0,05

Pulsos de LH/6h 1,2 0,3 1,8 0,5 3,0 0,6 4,7 0,7

Amplitude dospulsos de LH 1,3 0,2 1,4 0,1 1,3 0,3 1,8 0,2

Willians et al., 1983 (Biol. Repr., 29:362-373)

Page 67: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

CICLO DE CURTA DURAÇÃO

Parto

8 a 12 dias

P4 receptores ocitocina no útero ciclo curto

P4 receptores de ocitocina no útero

Amamentação ocitocina produção PGF2a no endométro uterino ciclo curto

P4

FD

Tratamento P4 no anestro Atrasa secreção de PGF2a 16 a 18 dias pós estro

Page 68: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Vacas gestantes apresentam maiores

concentrações de P4 no período crítico que

vacas vazias

Mann et al., 1999

Page 69: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Concentrações elevadas de P4 no período

crítico está associada positivamente com o

tamanho do embrião e a produção de IFN-t

Mann et al., 1999

Page 70: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Figure. Serum progesterone concentrations in heifers treated or not treated

with a PRID device from Day 3 until slaughter.

Carter et al., Reproduction, Fertility and Development, 2008, 20, 368–375

Slaughter

Page 71: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Figure. Representative images of Day 16 bovine concepti recovered from

inseminated heifers with normal or elevated progesterone concentrations from

Day 3.5. Scale bar=5 mm.

Carter et al., Reproduction, Fertility and Development, 20, 368–375, 2008

Normal Progesterone Elevated Progesterone

Length: 14.06 ± 1.18 cm (n=9) Length: 5.97 ± 1.18 cm (n=6)

Page 72: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Rec.

Ocitocina IFNtau PGF

14º AO 18º DIA DO

CICLO ESTRAL

14º AO 18º DIA DO

CICLO ESTRAL

IFNtau Rec.

Ocitocina PGF

↑P4

P4 Mann et al., 1999 16º DIA DO

CICLO ESTRAL

> 10cm

< 10cm

Page 73: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Efeitos positivos da

progesterona na reprodução

Aumentar a freqüência dos pulsos de LH

em vacas em anestro

Evitar a ocorrência de ciclos de curta

duração após a indução da ovulação em

vacas em anestro

Melhorar desenvolvimento embrionário e

a manutenção da gestação

Page 74: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Dispositivos intravaginales de progestrerona

Page 75: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 76: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 77: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Dispositivos intravaginais de Progesterona

Page 78: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Inserção do dispositivo intravaginal de P4

Page 79: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto
Page 80: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

0

1

2

3

4

5

6

0 2 4 6 8

Pla

sma

pro

ges

tero

ne

con

centr

atio

n (

ng

/mL

) Concentração sanguínea de progesterona

durante a permanência do implante

intravaginal de progesterona

Dias

Page 81: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Implante auricular de Progestágeno

Page 82: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Implantes auriculares para o controle do ciclo

estral e da ovulação

Page 83: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Inserção do implante auricular

Page 84: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Retirada do implante auricular

Page 85: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Suppressive effect of progesterone

20

0 4 8 12 16 20 28 24

16

12

8

4

high med. low

300 mg/day

150 mg/day

30 mg/day

Days after wave emergence (Adams et al, 1992)

P4: Acima dos

concentrações

fisiológicas reduz

crescimento folicular

Page 86: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Pulsatilidade do LH vs P4

LH

LH

P4 (tratamentos)

P4 (Ciclando)

LH ↓P4 (Anestro)

Page 87: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

3. Ovulação

sincronizada

Page 88: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

The importance of induced ovulation

at the end of the protocol

P4

PGF

BE ?

Marques et al., 2003

EB improved the ovulation rate (54.2 vs. 80.8%)

6 18 30 42 54 66 78 90 102

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%Sem BE

Com BE

Page 89: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

17 estradiol

Benzoato de estradiol

Cipionato de estradiol

Dias após tratamento

1 2 3 4 5 6 7 8 9

Diferenças na farmacodinâmica dos ésteres de estradiol

Page 90: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

PROTOCOLO ECP vs BE PARA IATF

CE

BE

BE CE

70h

P4

D0 D8

BE

(2mg) PGF2a

D9 D10

IATF

Page 91: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

P4

BE

24h

LH

22h 26h

P4

CE LH

46h 26h

72h

72h Sales et al., 2007

BE e CE vs pico LH e ovulação

Page 92: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

INTERVALO TRATAMENTO / OVULAÇÃO

Tratamento Ovulação

hCG 24 a 26h

LH 24 a 26h

GnRH 26 a 30h

BE 40 a 45h

CE 68 a 72h

LH 22h

LH 2h

LH

44h

Indutor direto (liga-se ao receptor do FD)

Page 93: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Crescimento folicular e ovulação no pós parto

• Anestro pós parto

E2

P4

E2

P4 P4 P4

Parto 50 dias

IEP=11,1m

P4

Parto 160 dias

IEP=15m

70 a 80 dias

IEP=12m

LH

LH

LH

P4

+

Nutrição Amamentação

LH

Estro Estro

Page 94: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Inseminação artificial em tempo

fixo (IATF)

GnRH + PGF (Ovsynch-Cosynch)

Progesterona e Estradiol

Sem detecção de cio

Page 95: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

P4

Dinâmica folicular - OVSYNCH

2

6

10

14

Day 9

PGF2a

Day 7

mm

Day 0 Day 1/2

GnRH GnRH IATF

Day 10

Ov: 30h

16h 14h LH

FSH

↓ E2

Page 96: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Metabolização ↓ E2 2

8

10

12

Day 11

PGF2a

Day 9

mm

Day 0 Day 3 to 5

EB

E2, GnRH, hCG or LH

Synchronized

ovulation P4

FTAI

Ov: 24/72h

16/54h 0/48h

P4

BE+P4

↓LH e ↓FSH

FSH

LH Synchronized

LH surge

Page 97: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Tratamento com eCG nos

programas de

sincronização para IATF

Page 98: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Endocrinologia da gestação da égua

Louisiana State University

Page 99: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Efeito da eCG na

dinâmica folicular

Page 100: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Crestar

5,0mg Estradiol valerate+

3,0 mg Norgestomet i.m.

Com eCG (400IU; n=26)

Sem eCG (n=24)

Graphic. Follicular dynamics during ovulation synchronization protocols according to

treatment with eCG on implant removal in lactating Bos indicus cows. Pirassunugna, 2004

0,40

0,50

0,60

0,70

0,80

0,90

1,00

1,10

1,20

1,30

D0 D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7 D8 D9 D10am D10pm D11am D11pm

Days

Cm

eCG no eCG

* *

** **

Sá Filho et al., 2004 (SBTE)

Taxa de

ovulação

73.1 (19/26)a

50.0 (12/24)b

eCG: Aumenta

crescimento folicular

e a ovulação

Page 101: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

eCG vs follicular growth

2

6

8

10

Dia 3 Dia 0

mm

12

FSH

LH

Rec LH

CL

P4

CL

P4

Baruselli et al., 2000 (SBTE)

eCG

treatment

eCG: Efeito

luteotrófico

Page 102: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Gráfico 1. Concentração plasmática diária de progesterona (média + erro padrão)

em novilhas Bos taurus x Bos indicus tratadas no dia 7 do ciclo estral.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23

Dias do Ciclo Estral

Pro

geste

ron

a (

ng

/mL

)

Controle

GnRH

hCG

LH

CIDRTratamentos

Marques et al., 2002

Tratamento com hCG (gonadotrofina coriônica humana)

hCG: Efeito

luteotrófico

Page 103: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

P4

D0 D6/7/8/9

BE (2 mg) CE (1.0 mg)

eCG

D9/10/11

IATF

Base farmacológica do protocolo de IATF

BE+P4 sincronização

da nova onda folicular

PGF induz luteólise em fêmeas com

CL (reduz P4 durante o protocolo e

aumenta a pulsatilidade de LH para

o crescimento e ovulação do FD)

(4 manejos)

CE para induzir ovulação e

reduzir o número de manejos

PGF induz

luteolise

eCG estimula o

crescimento folicular e a

ovulação em fêmeas em

anestro; Vaca, 300U indicus

400UI taurus; Novilhas

200UI indicus 300UI taurus

PGF2a

PGF2a

PGF2a

PGF induz luteólise em fêmeas com

CL (reduz P4 durante o protocolo e

aumenta a pulsatilidade de LH para

o crescimento e ovulação do FD)

(3 manejos)

GnRH em vacas

sem manifestação

de cio

Page 104: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

Hipotálamo

Neuro-Hipófise Adeno-Hipófise

Corpo Lúteo Folículo Dominante

E2

P4

RETROALIMENTAÇÃO

FSH / LH

GnRH

P4 / E2

FSH / LH

Page 105: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

1% 4%

7% 11%

19%

25%

32% 35%

50% 55%

65% 67% 70%

77%

85% 85% 86% 87%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

me

ro d

e e

ven

tos

% IATF/IA Número de IA (ASBIA) Detecção de Cio + IA Número de IATF

% I

AT

F

/ I

A

*

Mercado da IA e da IATF no Brasil (2019)

*Estimativa levando em consideração a venda de produtos para sincronização BARUSELLI, P.S. Avaliação do mercado de IATF no Brasil

Boletim Eletrônico do Departamento de Reprodução Animal/FMVZ/USP, 1. ed., 2019

Acesso <http://vra.fmvz.usp.br/boletim-eletronico-vra/>

IA: 5 a 6% das matrizes

em reprodução

IA: 15 a 16% das

matrizes em reprodução

18,9 mi IA 16,4 mi IATF

~ 4.000 veterinários (3.500 IATF/especialista)

Page 106: AULA 2: Técnicas de sincronização do ciclo estral: impacto

O futuro da reprodução animal é

controlar o crescimento

folicular e a ovulação para

otimizar a aplicação de

biotecnologias da reprodução

para o melhoramento genético

com alta eficiência reprodutiva