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Doenças Ósseas Metabólicas Curso de Fisioterapia Maria Manuela Costa Universidade Atlântica

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Page 1: Aula 17 Op E Dom

Doenças Ósseas Metabólicas

Curso de FisioterapiaMaria Manuela Costa

Universidade Atlântica

Page 2: Aula 17 Op E Dom

Doenças Ósseas Metabólicas

Osteoporose

Osteomalacia

D. Óssea de Paget

Raquitismo

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Osteoporose

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Definição

A osteoporose é uma doença sistémica doesqueleto caracterizada por diminuição da massaóssea e alteração da microarquitectura dotecido ósseo, com o consequente aumento dafragilidade do osso e maior risco de fractura.

Page 5: Aula 17 Op E Dom

Introdução

A consequência clínica da fragilidade óssea é a fractura

O risco de fractura correlaciona-se com a densidade mineral óssea medida pela densitometria radiológica (DEXA).

Page 6: Aula 17 Op E Dom

Critérios da OMS

Se a densidade mineral óssea (BMD) é inferior a –2,5 desvios padrões (DP) em relação a uma população jovem do mesmo sexo (T-score) »» OSTEOPOROSE

Quando a BMD está compreendida entre –2,5 DP e –1DP em relação ao T-score »» OSTEOPENIA

Quando a BMD é superior a –1DP em relação ao T-score »» NORMAL

Page 7: Aula 17 Op E Dom

A osteoporose é um problema de saúde pública devido às fracturas.

A incidência de fractura é quase duas vezes maior na mulher do que nos homens.

A osteoporose cursa de forma assintomática até que surja a fractura.

Page 8: Aula 17 Op E Dom

Quais são as fracturas osteoporóticas mais frequentes?

Fracturas vertebrais

Fractura do colo do fémur

Fractura do punho (fractura de Colles)

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Fracturas vertebrais

Um terço das fracturas vertebrais provoca dorsuficiente para obrigar o doente a procurar cuidados médicos.

Contudo muitas ocorrem sem quaisquer sintomas tornando-se aparentes apenas através da perda de altura ou do aparecimento de cifose .

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Page 13: Aula 17 Op E Dom

Fracturas do punho

As fracturas do punho ocorrem tipicamente numa idade mais precoce que as fracturas da anca. Este facto explica-se pela diferença no tipo de quedaque as originam.

As fracturas do punho surgem quando uma pessoa estando de pé cai para a frente e, ao tentar atenuar a queda, estende o membro superior.

Page 14: Aula 17 Op E Dom

Fracturas da anca

As fracturas da anca surgem habitualmente quando uma pessoa se tenta levantar da posição sentada mas não consegue gerar energia suficiente para elevar o centro de gravidade para uma posição estável.

O resultado é uma queda para trás, com impacto directo no grande trocanter do fémur.

Page 15: Aula 17 Op E Dom

Fractura osteoporótica

Assim, a ocorrência de fracturas em doentes com osteoporose depende não só da resistência intrínseca do osso, mas também de factores que levam às quedas.

Fragilidade

óssea

Fractura osteoporótica

Queda

Page 16: Aula 17 Op E Dom

Osso - histologia

O tecido ósseo é constituído por

Matriz proteíca »» substancia osteóide

Colagéneo

Glicosaminoglicanos

Células »» osteoblastos, osteoclastos, osteócitos

Componente mineral »» hidroxiapatite (fosfato tricálcico dihidratado)

Page 17: Aula 17 Op E Dom

Tipos de osso

Osso cortical

90% do esqueleto

Diáfise dos ossos longos e nas superficies dos osso planos

É composto de osso compacto disposto à volta de canais centrais (sistemas haversianos) que contêm vasos sanguíneos, linfáticos, nervos e tecido conjuntivo

Osso trabecular

Epífises dos ossos longos e no interior dos ossos planos como as vértebras

Consiste numa rede trabecular interligada e contem medula

Page 18: Aula 17 Op E Dom

Remodelação óssea

O tecido ósseo é um tecido vivo, metabolicamente

activo, submetido a fenómenos de formação e de reabsorção simultâneos e permanentes.

Isto denomina-se remodelação óssea.

Page 19: Aula 17 Op E Dom

Remodelação óssea

Consiste na destruição e renovação óssea

Este processo contínua através da vida

Osteoclasto Osteoblasto

Reabsorção Formação

A quantidade de osso reabsorvido é substituído por quantidade

igual de osso

A perda deste equilíbrio OSTEOPOROSE

Page 20: Aula 17 Op E Dom

Aquisição de massa óssea durante a adolescência

Em qualquer altura da vida adulta, a massa óssea corresponde ao osso que foi ganho durante os anos de crescimento menos o osso que, subsequentemente, foi perdido.

A massa óssea aumenta até aos 18 anos e depois de uma forma mais lenta até aos 25-35 anos.

Page 21: Aula 17 Op E Dom

Factores que influenciam o pico de massa óssea:

Factores genéticos

Factores dietéticos

Factores hormonais

outros

Page 22: Aula 17 Op E Dom

Pico de massa óssea

F. Genéticos

Não são modificáveis e têm um importante contributo no pico de massa óssea.

F. Dietéticos

O aporte diária de cálcio deve ser estimulado durante toda a vida (produtos lácteos)

F. Hormonais

Puberdade – o atraso na puberdade afecta a aquisição de massa óssea (ginastas de alta competição)

Page 23: Aula 17 Op E Dom

Pico de massa óssea (cont.)

Exercício físico – a prática de exercício físico contribuí para um osso de boa qualidade. A imobilização acompanha-se por baixa aquisição de massa óssea.

Doenças específicas – osteogénese imperfeita

Fármacos – corticosteróides

Page 24: Aula 17 Op E Dom

O indivíduo que não atingiu um pico de massa óssea adequado, não precisará de perder muito osso na idade adulta para ter um risco de osteoporose e de fractura substancialmente aumentado.

O pico de massa óssea é alcançado durante a terceira década de vida e serve de banco de osso para o resto da vida adulta.

Page 25: Aula 17 Op E Dom

Perda de massa óssea relacionada com a idade

Em qualquer altura da vida a densidade mineral óssea dos homens é superior à das mulheres.

A densidade mineral óssea permanece estável até cerca dos 50 anos, altura em que homens e mulheres iniciam uma perda progressiva

Page 26: Aula 17 Op E Dom

A perda óssea é mais rápida nas mulheres entre os 50 e os 60 anos, reflectindo o impacto da perda de produção de estrogéneos.

Após esta idade a perda de densidade mineral óssea relacionada com a idade é semelhante para o homem e para a mulher.

Page 27: Aula 17 Op E Dom

Factores que promovem a perda de massa óssea com a idade: Factores hormonais – diminuição da produção

de estrogéneos (menopausa)

Aumento da paratohormona (PTH) circulante – este aumento está relacionado com a idade e não secundário a um distúrbio da glândula paratiroideia como é o hiperparatiroidismo

Diminuição da actividade física relacionada com a idade

Page 28: Aula 17 Op E Dom

Aumento da paratohormona circulante

estado de insuficiência em cálcio

derivado quer de uma dieta insuficiente

quer dum estado de deficit em vitamina D

ou da deficiente absorção intestinal de cálcio

Page 29: Aula 17 Op E Dom

Classificação da osteoporose

Primária

Pós-menopausa

Associada ao envelhecimento

Secundária

Page 30: Aula 17 Op E Dom

Osteoporose pós-menopausa

Menopausa

Diminuição da PTH

Deficiência de

Estrogéneos aumento da

reabsorção óssea diminuição

Vitamina D

Balanço de cálcio

negativo

Page 31: Aula 17 Op E Dom

Osteoporose associada ao envelhecimento

Envelhecimento

Diminuição Diminuição da

Formação óssea vitamina D

Diminuição da

absorção de Ca

Aumento da perda

Massa óssea aumento de PTH

Page 32: Aula 17 Op E Dom

Contributos para a saúde do osso

Nutrição

Evitar uma ingestão elevada de sódio

Manter a ingestão diária de cálcio no nivel recomendado

Manter um peso corporal adequado

Actividade física

Evitar exercício excessivo (amenorreia associada ao exercício)

Fazer exercício 30 ou mais minutos por dia

Page 33: Aula 17 Op E Dom

Contributos para a saúde do osso (cont.)

Executar uma variedade de actividades em carga

A perda óssea ocorre com a inactividade e a imobilização

A diminuição da carga mecânica conduz a perda da massa óssea

Evitar

Fumar cigarros

Ingerir bebidas alcoólicas

Ingerir cafeína

Page 34: Aula 17 Op E Dom

Factores de risco para as fracturas osteoporóticas

Função neuromuscular

Factores ambientais

Tipo de queda

Respostas protectoras

Absorção de energia

Massa mineral óssea

Geometria óssea

Qualidade do osso

Risco de queda

Força de impacto

Resistência do osso

Risco de fractura

Page 35: Aula 17 Op E Dom

Para haver fractura

Diminuição da densidade mineral óssea

Disrupção das trabéculas ósseas

A alteração da microarquitectura trabecular é fundamental para a ocorrência de fracturas

A perda progressiva de trabéculas horizontais é mais acentuada que a perda das trabéculas verticais

Page 36: Aula 17 Op E Dom

Geometria óssea (cont)

O comprimento do colo do fémur influencia o risco de fractura

Quanto maior o seu comprimento maior o risco de fractura

Page 37: Aula 17 Op E Dom

Osteoporose - radiologia

DEXA – densitometria

Único método de diagnóstico

Radiologia convencional

Avalias as complicações – fracturas ósseas

Coluna vertebral

Vértebra em cunha

Vértebra bicôncava

Colapso vertebral

Page 38: Aula 17 Op E Dom
Page 39: Aula 17 Op E Dom

Raquitismo

Def. vit D – s/ exposição solar, dieta, alimentação parentérica, criança alimentada com leite materno sem suplemento de vitamina D

Def. cálcio – dieta pobre em cálcio, dieta rica em fitatos, alimentação parentérica

Def. fósforo – amamentação, alim. parentérica

Page 40: Aula 17 Op E Dom

Ca

PTH

Osso rim

Reabsorção

óssea

Ca U

P U

Fraqueza muscular

Deformidades ossos longos

Rosário raquítico

Page 41: Aula 17 Op E Dom

Osteomalácea

Aumento osteóide

Diminuição da mineralização óssea

Page 42: Aula 17 Op E Dom

D. Óssea de Paget

Osso desorganizado

Aumento da reabsorção óssea

Aumento da formação óssea

Perde-se o equilíbrio

Page 43: Aula 17 Op E Dom

Alterações ósseas:

Aumento de tamanho do osso

Aumento susceptibilidade deformidade

Aumento da susceptibilidade fracturas

Aumento da vascularidade

Page 44: Aula 17 Op E Dom

Quadro clinico

>40 anos idade

Monostotico afectando apenas um osso ou uma porção

Poliostotico - > 2 ossos

Page 45: Aula 17 Op E Dom

Localização :

Ossos da bacia

Fémur

Coluna

Crânio

Tíbia

Page 46: Aula 17 Op E Dom

Assintomático

Dor local

Deformidade

Aumento de volume do crânio

Surdez

1% sarcoma ósseo

Page 47: Aula 17 Op E Dom

Displasias ósseas

São doenças do tecido cartilagíneo e ósseo

Baixa estatura

Deformidades ósseas

Hereditárias

Page 48: Aula 17 Op E Dom

Outras doenças do tecido conjuntivo

Osteopetrosis

D.hereditárias do tecido conjuntivo

S Ehlers-Danlos – hipermobilidade articular, hiperextensibilidade cutânea, fragilidade vascular, prolapso mitral

S Marfan – ósseo, ocular, cardiovascular, cutâneo