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Administração Financeira e Orçamentária Curso Regular 2019
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SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 1
2. Conceitos de Direito Financeiro 2
3. Princípios Gerais de Direito Financeiro 3
4. Finanças públicas na Constituição de 1988 3
5. Lista das questões apresentadas 6
6. Lista das questões 10
1. APRESENTAÇÃO
Pessoal, na aula de hoje aprofundaremos o estudo sobre conceitos,
fontes e princípios gerais de Direito Financeiro, além dos assuntos
tratados pela CF/1988 quanto à finanças públicas.
AULA 16: Principais conceitos; fontes do Direito
Financeiro; princípios gerais do Direito Financeiro. Finanças públicas na Constituição de 1988.
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2. CONCEITOS DE DIREITO FINANCEIRO
Para Richard Musgrave, finanças Públicas é a terminologia que tem
sido tradicionalmente aplicada ao conjunto de problemas da política
econômica que envolvem o uso de medidas de tributação e de dispêndios
públicos.
Esta definição baseia-se na necessidade de intervenção econômica
do setor público sobre o mercado. E prende-se na constatação de que a
simples existência do sistema de mercado não consegue cumprir
adequadamente algumas tarefas e funções que visam o bem-estar da
população.
O objeto precípuo das finanças públicas é o estudo da atividade
fiscal, ou seja, aquela desempenhada pelos poderes públicos com o
propósito de obter e aplicar recursos para o custeio dos serviços
públicos.
Quanto ao objetivo, as finanças públicas, no Estado moderno, não
são somente um meio de assegurar a cobertura para as despesas
do governo; são, também, fundamentalmente, um meio de intervir na
economia, de pressionar ou estimular a estrutura produtiva e de
modificar as formas distribuição de renda.
Para atender as suas obrigações definidas constitucionalmente, o
Estado necessita:
OBTER: Receitas Públicas; CRIAR: Crédito Público (endividamento);
PLANEJAR E GERIR: Orçamento Público; DESPENDER: Despesa
Pública.
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Áreas afins:
1. Receita pública;
2. Despesa pública;
3. Orçamento público;
4. Crédito público.
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3. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO FINANCEIRO
Os princípios gerais de direito financeiro são os mesmos de
administração financeira e orçamentária vistos nas aulas iniciais.
4. FINANÇAS PÚBLICAS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988
A Lei nº 4.320/1964 adotou os conhecimentos mais avançados de
gestão pública existentes à época de sua edição. Ultrapassando as
limitações dos orçamentos tradicionais e incorporando o reconhecimento
de que o orçamento deve expressar o planejamento do governo,
estabeleceu o seguinte ordenamento:
“Art. 2º A Lei de Orçamento conterá a discriminação da receita e
despesa de forma a evidenciar a política econômica, financeira e
o programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.”
Já a CF/1988 estabelece que:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias,
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
V - fiscalização financeira da administração pública direta e
indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de
crédito da União, resguardadas as características e condições
operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional.
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Art. 164. A competência da União para emitir moeda será
exercida exclusivamente pelo banco central.
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou
indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a
qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a
oferta de moeda ou a taxa de juros.
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão
depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder
Público e das empresas por ele controladas, em instituições
financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.
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5. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS
QUESTÕES DISPONÍVEIS
1. (FCC/SEFAZ-SP/2007/Auditor) Atualmente o Estado intervém em
quase todas as atividades humanas em razão das necessidades públicas.
Dentre outras atribuições, incumbe ao Estado regular a atividade
econômica, prestar serviços públicos, explorar a atividade econômica e
exercer poder de política. Nesse contexto, é possível afirmar que as
finanças públicas
A)têm papel secundário na intervenção do Estado na economia, diante da
política liberal vigente.
B)as finanças públicas podem tornar-se poderoso instrumento de atuação
estatal no domínio econômico, visando a um orçamento equilibrado e
contenção de gastos públicos.
C)pertencem ao universo normativo, regulando a intervenção estatal no
domínio econômico, compondo a política financeira estatal e
consubstanciada nas leis orçamentárias.
D)caracterizam-se por ser uma disciplina jurídica que tem como objeto de
seu estudo toda a atividade do Estado no tocante à forma de realização
da receita e da despesa.
E)dizem respeito ao universo do ser, do plano real e dispensam uma
realidade normativa, ficando adstritas apenas ao campo econômico,
desvinculado de intervenção estatal.
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2. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal) A respeito da Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a afirmativa incorreta.
A) Buscou, dentre seus objetivos, a socialização de eventuais dívidas de
prefeituras e estados deficitários.
B) Impôs normas de planejamento e controle das contas públicas,
definindo critérios transparentes para estimativas de receitas, e
redefinindo os limites e critérios de controle de gastos de pessoal.
C) Fixou procedimentos de ampliação de despesas obrigatórias de caráter
continuado, estabelecendo regras severas relativas ao endividamento
público.
D) Buscou, dentre seus objetivos, limitar o uso da máquina administrativa
por governantes em fim de mandato.
E) Buscou, dentre seus objetivos, fortalecer o controle centralizado das
dotações orçamentárias.
3. (Cespe/ANAC/2012/Analista) As finanças públicas voltam-se à gestão
das operações relacionadas à receita, à despesa, ao orçamento e ao
crédito público, bem como se orientam à obtenção, à distribuição, à
utilização e ao controle dos recursos financeiros.
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4. (ESAF/STN/2013/AFC) Com relação ao papel do Estado e as Finanças
Públicas, identifique a única opção incorreta.
a)Cabe ao Estado a responsabilidade de viabilizar o funcionamento dos
serviços públicos essenciais demandados pela coletividade.
b) É função do Estado a realização de forma direta e exclusiva das
necessidades de natureza essencial, tais como saneamento e transporte.
c) O objeto precípuo das finanças públicas é o estudo da atividade fiscal,
ou seja, aquela desempenhada pelos poderes públicos com o propósito de
obter e aplicar recursos para o custeio dos serviços públicos.
d) Historicamente, pode-se dizer que a maior intervenção do Estado na
economia brasileira teve como seu principal objetivo a complementação
da ação do setor privado com vistas ao desenvolvimento do país.
e) A atividade financeira do Estado desenvolve-se em quatro áreas afins:
receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público.
(Procurador-DF Cespe 2013) Julgue o item a seguir.
5.O DF tem competência exclusiva para dispor sobre normas gerais de
direito financeiro apenas por lei complementar distrital.
(TCE-PE Auditor de Contas Cespe 2017) Com referência ao direito
financeiro, julgue os itens seguintes.
6. Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar
normas gerais acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF
atribui tal competência legislativa à União.
7. Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro
regulamenta a atividade financeira do Estado no que diz respeito a
orçamento público, receita pública, despesa pública, crédito público,
responsabilidade fiscal e controle da execução orçamentária.
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(TCE-PE Auditor de Contas Cespe 2017) Julgue o item a seguir.
8. Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei
apenas em sentido formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo,
mas é substancialmente ato de natureza político-administrativa,
insuscetível de hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em
sentido material.
9. (CLDF FCC 2018 Consultor) No âmbito da doutrina relativa à gestão
pública nacional, a Ciência das Finanças e o Direito Financeiro possuem o
mesmo objeto, ou seja, a atividade financeira do Estado, havendo
consenso doutrinário, no sentido de que a Ciência das Finanças
(A) impõe normas de condutas, independentemente das regras do
Direito, porque seus princípios não se sucumbem ante a existência de
normas cogentes de comportamento, previstas na lei ou na Constituição.
(B) tem por objeto a atividade financeira do Estado, abrangendo
somente o estudo das receitas e das despesas, não se importando com o
orçamento e com o crédito público, que são matérias exclusivas do Direito
Financeiro.
(C) é matéria pré-legislativa, porque é uma disciplina cujo objeto é a
atividade financeira do Estado despida de regras cogentes, imperativas do
Direito, não impondo obrigações ao contribuinte.
(D) é o conjunto das normas sobre todas as instituições financeiras, ou
seja, receitas, despesas, orçamento, crédito e processo fiscal e é um sub-
ramo do Direito Fiscal, que apresenta maior desenvolvimento doutrinário.
(E) é um ramo do Direito Financeiro que tem por objeto o estudo da
elaboração, aplicação e execução das normas jurídicas, sem se preocupar
com o estudo de seus aspectos políticos, sociais, extrajurídicos ou
extrafiscais.
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10. (CLDF FCC 2018 Consultor) No âmbito da doutrina relativa à gestão
pública nacional, o Direito Financeiro e a Ciência das Finanças têm como
objeto a atividade financeira do estado, que, como regra, consiste
(A) na requisição pura e simples, pelo Estado, de coisas e serviços dos
administrados, sem necessidade de qualquer contraprestação.
(B) na colaboração gratuita e honorífica dos administrados nas funções
governamentais, em prol do bem comum.
(C) no deslocamento apenas do setor público para o setor privado de
recursos e serviços, para atendimento das necessidades essenciais da
população e para o fomento das atividades econômicas.
(D) em não ter nenhuma essência política, porque os juristas
concordam que não existe caráter político na atividade financeira do
Estado, a ser estudado pelo Direito Financeiro ou pela Ciência das
Finanças.
(E) em obter, gerir e despender o dinheiro indispensável às
necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu.
11. (CLDF FCC 2018 Consultor) As fontes do Direito são classificadas em
formais e materiais, sendo que as formais podem ser principais ou
secundárias. As fontes formais principais do Direito Financeiro são, dentre
outras, a Constituição Federal,
(A) as leis complementares e delegadas, os decretos legislativos, os
regulamentos, os tratados e convenções internacionais e a doutrina.
(B) as leis complementares e ordinárias, as medidas provisórias, os
decretos legislativos e as resoluções do Senado.
(C) a resolução, o decreto legislativo, as medidas provisórias, os
decretos, as portarias e a jurisprudência administrativa,
(D) a medida provisória, as leis delegadas, as leis ordinárias e
complementares, a jurisprudência e os convênios internos.
(E) a lei complementar, a lei ordinária, os tratados e convenções
internacionais, a doutrina, a jurisprudência judicial e os atos normativos.
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12. (CLDF FCC 2018 Consultor) A respeito da finalidade da atividade financeira do
Estado, a doutrina ensina que
(A) o objetivo fundamental da atividade financeira do Estado é proporcionar recursos
econômicos para o custeio de sua manutenção e funcionamento, sendo que esta
atividade está intimamente vinculada ao próprio fim do Estado, ou seja, o bem comum
da população.
(B) a atividade financeira do Estado é puramente instrumental, porque obter recursos
e realizar gastos é um fim em si mesmo; além disso, o Estado tem por objetivo único o
aumento de seu patrimônio (superávit).
(C) há idêntica conduta entre o Estado e o particular, porque este também procura
obter, despender e criar condições para sua mantença e de sua família; mas uma
conduta difere da outra porque a atividade financeira do Estado é facultativa e a do
particular é obrigatória.
(D) a exploração direta de atividade econômica pelo Estado brasileiro é regra,
permitindo, de forma excepcional, aos particulares, a livre iniciativa e a livre
concorrência, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal.
(E) todas as empresas públicas e as sociedades de economia mista, por expressa
disposição constitucional, têm a finalidade de exercerem atividades financeiras em prol
do bem comum e, por isso, todas gozam de privilégios fiscais, extensivos ou não às
demais empresas do setor privado.
13. (CLDF FCC 2018 Consultor) Há consenso doutrinário quando os juristas, de forma
unânime e sem qualquer divergência, afirmam que o Direito Financeiro é
(A) o conjunto de regras jurídicas que disciplinam somente as despesas públicas.
(B) um ramo do Direito Público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os
particulares, decorrentes somente da atividade de obtenção, pelo Estado, de receitas,
desde que correspondam ao conceito de tributo.
(C) um ramo do Direito Administrativo, porque, além de ser regulado pelos princípios
administrativos, a organização dos serviços públicos, relacionados com a atividade
financeira do Estado, é objeto do Direito Administrativo.
(D) um ramo do Direito Econômico e tem por objeto a instituição, arrecadação e
destinação das receitas não tributárias, mas, no tocante às receitas tributárias, é o
Direito Tributário que cuida do aspecto da destinação delas.
(E) um ramo do Direito Público e seu objeto é o conjunto de princípios e normas
jurídicas que se relaciona com a atividade financeira do Estado, ou seja, com as
despesas públicas, receitas públicas, orçamento público e créditos públicos.
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6. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS
QUESTÕES DISPONÍVEIS
1. (FCC/SEFAZ-SP/2007/Auditor) Atualmente o Estado intervém em
quase todas as atividades humanas em razão das necessidades públicas.
Dentre outras atribuições, incumbe ao Estado regular a atividade
econômica, prestar serviços públicos, explorar a atividade econômica e
exercer poder de política. Nesse contexto, é possível afirmar que as
finanças públicas
A)têm papel secundário na intervenção do Estado na economia, diante
da política liberal vigente.
ERRADO, as finanças públicas partem da premissa de necessidade
de intervenção do Estado na economia.
B)as finanças públicas podem tornar-se poderoso instrumento de atuação
estatal no domínio econômico, visando a um orçamento equilibrado e
contenção de gastos públicos.
CERTO.
C)pertencem ao universo normativo, regulando a intervenção estatal no
domínio econômico, compondo a política financeira estatal e
consubstanciada nas leis orçamentárias.
ERRADO, esse conceito está mais para direito da regulação.
D)caracterizam-se por ser uma disciplina jurídica que tem como objeto
de seu estudo toda a atividade do Estado no tocante à forma de
realização da receita e da despesa.
ERRADO, é uma disciplina social aplicada.
E)dizem respeito ao universo do ser, do plano real e dispensam uma
realidade normativa, ficando adstritas apenas ao campo
econômico, desvinculado de intervenção estatal.
ERRADO, é pautada em normas técnica e considera a intervenção
do estado.
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2. (FGV/SEFAZ-RJ/2009/Fiscal) A respeito da Lei de Responsabilidade
Fiscal, assinale a afirmativa incorreta.
A) Buscou, dentre seus objetivos, a socialização de eventuais dívidas
de prefeituras e estados deficitários.
ERRADO, não existe esse termo socialização de dívidas.
B) Impôs normas de planejamento e controle das contas públicas,
definindo critérios transparentes para estimativas de receitas, e
redefinindo os limites e critérios de controle de gastos de pessoal.
CERTO.
C) Fixou procedimentos de ampliação de despesas obrigatórias de caráter
continuado, estabelecendo regras severas relativas ao endividamento
público.
CERTO.
D) Buscou, dentre seus objetivos, limitar o uso da máquina administrativa
por governantes em fim de mandato.
CERTO.
E) Buscou, dentre seus objetivos, fortalecer o controle centralizado das
dotações orçamentárias.
CERTO.
3. (Cespe/ANAC/2012/Analista) As finanças públicas voltam-se à gestão
das operações relacionadas à receita, à despesa, ao orçamento e ao
crédito público, bem como se orientam à obtenção, à distribuição, à
utilização e ao controle dos recursos financeiros.
CERTO, sem comentários adicionais.
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4. (ESAF/STN/2013/AFC) Com relação ao papel do Estado e as Finanças
Públicas, identifique a única opção incorreta.
a)Cabe ao Estado a responsabilidade de viabilizar o funcionamento dos
serviços públicos essenciais demandados pela coletividade.
CERTO, sem comentários adicionais.
b) É função do Estado a realização de forma direta e exclusiva das
necessidades de natureza essencial, tais como saneamento e transporte.
ERRADO, o Estado pode delegar ou fazer uso de parcerias privadas
nesses temas.
c) O objeto precípuo das finanças públicas é o estudo da atividade fiscal,
ou seja, aquela desempenhada pelos poderes públicos com o propósito de
obter e aplicar recursos para o custeio dos serviços públicos.
CERTO, sem comentários adicionais.
d) Historicamente, pode-se dizer que a maior intervenção do Estado na
economia brasileira teve como seu principal objetivo a complementação
da ação do setor privado com vistas ao desenvolvimento do país.
CERTO, sem comentários adicionais.
e) A atividade financeira do Estado desenvolve-se em quatro áreas afins:
receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público.
CERTO, sem comentários adicionais.
(Procurador-DF Cespe 2013) Julgue o item a seguir.
5.O DF tem competência exclusiva para dispor sobre normas gerais de
direito financeiro apenas por lei complementar distrital.
ERRADO, a competência original para normas gerais é da União e
não dos Estados e DF.
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(TCE-PE Auditor de Contas Cespe 2017) Com referência ao direito financeiro,
julgue os itens seguintes.
6. Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas
gerais acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal
competência legislativa à União.
ERRADO, em caso de omissão da União, estados-membros e o Distrito
Federal podem exercer competência plena.
7. Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro
regulamenta a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento
público, receita pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal
e controle da execução orçamentária.
ERRADO, o Sistema Financeiro Nacional está fora do escopo do direito
financeiro.
(TCE-PE Auditor de Contas Cespe 2017) Julgue o item a seguir.
8. Prevalece no Brasil a compreensão de que o orçamento público é lei apenas
em sentido formal, visto que é aprovado pelo Poder Legislativo, mas é
substancialmente ato de natureza político-administrativa, insuscetível de
hospedar normas gerais ou abstratas próprias de lei em sentido material.
ERRADO, No julgamento da ADI 5.449-MC (10/03/2016), o Plenário do
STF, consolidando o seu entendimento, afirmou ser possível a
impugnação, em sede de controle abstrato de constitucionalidade, de
leis orçamentárias. Consignou o relator do acórdão, o saudoso Ministro
Teori Zavascki, que “leis orçamentárias que materializem atos de
aplicação primária da Constituição Federal podem ser submetidas a
controle de constitucionalidade em processos objetivos”.
Ao superar a sua defasada concepção de que haveria uma suposta
ausência de normatividade, abstração e generalidade nas leis
orçamentárias – ainda que estas sejam casuísticas e dotadas de
temporariedade -, o STF passa a absorver os bons ventos dos novos
tempos, deixando para trás a obsoleta influência da teoria do jurista
germânico Paul Laband (de meados do século XIX), o qual forjou a tese
da natureza de lei formal do orçamento público como mero ato
administrativo autorizativo, passando a reconhecer materialidade e
substancialidade ao seu conteúdo.
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9. (CLDF FCC 2018 Consultor) No âmbito da doutrina relativa à gestão
pública nacional, a Ciência das Finanças e o Direito Financeiro possuem o
mesmo objeto, ou seja, a atividade financeira do Estado, havendo
consenso doutrinário, no sentido de que a Ciência das Finanças
(A) impõe normas de condutas, independentemente das regras do
Direito, porque seus princípios não se sucumbem ante a existência de
normas cogentes de comportamento, previstas na lei ou na Constituição.
(B) tem por objeto a atividade financeira do Estado, abrangendo
somente o estudo das receitas e das despesas, não se importando com o
orçamento e com o crédito público, que são matérias exclusivas do Direito
Financeiro.
(C) é matéria pré-legislativa, porque é uma disciplina cujo objeto é a
atividade financeira do Estado despida de regras cogentes, imperativas do
Direito, não impondo obrigações ao contribuinte.
(D) é o conjunto das normas sobre todas as instituições financeiras, ou
seja, receitas, despesas, orçamento, crédito e processo fiscal e é um sub-
ramo do Direito Fiscal, que apresenta maior desenvolvimento doutrinário.
(E) é um ramo do Direito Financeiro que tem por objeto o estudo da
elaboração, aplicação e execução das normas jurídicas, sem se preocupar
com o estudo de seus aspectos políticos, sociais, extrajurídicos ou
extrafiscais.
Gabarito C.
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10. (CLDF FCC 2018 Consultor) No âmbito da doutrina relativa à gestão
pública nacional, o Direito Financeiro e a Ciência das Finanças têm como
objeto a atividade financeira do estado, que, como regra, consiste
(A) na requisição pura e simples, pelo Estado, de coisas e serviços dos
administrados, sem necessidade de qualquer contraprestação.
(B) na colaboração gratuita e honorífica dos administrados nas funções
governamentais, em prol do bem comum.
(C) no deslocamento apenas do setor público para o setor privado de
recursos e serviços, para atendimento das necessidades essenciais da
população e para o fomento das atividades econômicas.
(D) em não ter nenhuma essência política, porque os juristas
concordam que não existe caráter político na atividade financeira do
Estado, a ser estudado pelo Direito Financeiro ou pela Ciência das
Finanças.
(E) em obter, gerir e despender o dinheiro indispensável às
necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu.
Gabarito E.
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11. (CLDF FCC 2018 Consultor) As fontes do Direito são classificadas em formais e
materiais, sendo que as formais podem ser principais ou secundárias. As fontes
formais principais do Direito Financeiro são, dentre outras, a Constituição Federal,
(A) as leis complementares e delegadas, os decretos legislativos, os
regulamentos, os tratados e convenções internacionais e a doutrina.
(B) as leis complementares e ordinárias, as medidas provisórias, os decretos
legislativos e as resoluções do Senado.
(C) a resolução, o decreto legislativo, as medidas provisórias, os decretos, as
portarias e a jurisprudência administrativa,
(D) a medida provisória, as leis delegadas, as leis ordinárias e complementares, a
jurisprudência e os convênios internos.
(E) a lei complementar, a lei ordinária, os tratados e convenções internacionais, a
doutrina, a jurisprudência judicial e os atos normativos.
Gabarito B.
12. (CLDF FCC 2018 Consultor) A respeito da finalidade da atividade financeira do
Estado, a doutrina ensina que
(A) o objetivo fundamental da atividade financeira do Estado é proporcionar
recursos econômicos para o custeio de sua manutenção e funcionamento, sendo que
esta atividade está intimamente vinculada ao próprio fim do Estado, ou seja, o bem
comum da população.
(B) a atividade financeira do Estado é puramente instrumental, porque obter
recursos e realizar gastos é um fim em si mesmo; além disso, o Estado tem por
objetivo único o aumento de seu patrimônio (superávit).
(C) há idêntica conduta entre o Estado e o particular, porque este também
procura obter, despender e criar condições para sua mantença e de sua família; mas
uma conduta difere da outra porque a atividade financeira do Estado é facultativa e
a do particular é obrigatória.
(D) a exploração direta de atividade econômica pelo Estado brasileiro é regra,
permitindo, de forma excepcional, aos particulares, a livre iniciativa e a livre
concorrência, de acordo com o que estabelece a Constituição Federal.
(E) todas as empresas públicas e as sociedades de economia mista, por expressa
disposição constitucional, têm a finalidade de exercerem atividades financeiras em
prol do bem comum e, por isso, todas gozam de privilégios fiscais, extensivos ou
não às demais empresas do setor privado.
Gabarito A.
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13. (CLDF FCC 2018 Consultor) Há consenso doutrinário quando os juristas, de
forma unânime e sem qualquer divergência, afirmam que o Direito Financeiro é
(A) o conjunto de regras jurídicas que disciplinam somente as despesas públicas.
(B) um ramo do Direito Público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os
particulares, decorrentes somente da atividade de obtenção, pelo Estado, de
receitas, desde que correspondam ao conceito de tributo.
(C) um ramo do Direito Administrativo, porque, além de ser regulado pelos
princípios administrativos, a organização dos serviços públicos, relacionados com a
atividade financeira do Estado, é objeto do Direito Administrativo.
(D) um ramo do Direito Econômico e tem por objeto a instituição, arrecadação e
destinação das receitas não tributárias, mas, no tocante às receitas tributárias, é o
Direito Tributário que cuida do aspecto da destinação delas.
(E) um ramo do Direito Público e seu objeto é o conjunto de princípios e normas
jurídicas que se relaciona com a atividade financeira do Estado, ou seja, com as
despesas públicas, receitas públicas, orçamento público e créditos públicos.
Gabarito E.
Pessoal o prazer foi meu.
Até a próxima aula.
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