aula 11 estruturas sedimentares

42
ESTRUTURAS SEDIMENTARES

Upload: jose-luna

Post on 13-Aug-2015

191 views

Category:

Documents


3 download

TRANSCRIPT

Page 1: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS

SEDIMENTARES

Page 2: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS SEDIMENTARES • Estruturas Hidro ou Aerodinâmicas: refletem a natureza

do fluxo responsável pelo transporte e deposição dos sedimentos.

• Estruturas de Deformação: são feições desenvolvidas em momento posterior à sedimentação, resultado de processos que deformam a organização original do pacote sedimentar.

• Estruturas Biogênicas: resultam da atividade de organismos existentes no ambiente deposicional.

Page 3: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS HIDRODINÂMICAS

Page 4: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LAMINAÇÕES Lâminas são as menores estruturas identificadas em uma sequência deposicional, delimitada acima e abaixo por:

1 - superfícies de não deposição;

2 – superfícies que marcam alterações abruptas nas condições de deposição ou,

3 – superfícies erosivas

Page 5: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LAMINAÇÕES EM RIPPLES E DUNAS DE FLUXOS UNIDIRECIONAIS

Com exceção da dimensão, não há variação entre a estrutura

interna de um ripple e de uma duna. A estrutura interna é

caracterizada por:

- Poucas, ou ausente, laminas na face cavalgante;

- Várias lâminas na face deslizante (constituinte principal);

- poucas, ou apenas uma, lâmina de base.

Lâmina frontal Lâmina dorsal

Lâmina basal

Page 6: Aula 11 Estruturas Sedimentares

RIPPLES E DUNAS

DE CORRENTES –

estrutura interna

Lâminas frontais

Lâminas frontais

Lâminas basais

Lâminas basais

Lâminas de contra-fluxo

Lâminas de contra-fluxo

Reineck and Sign 1973

Boersma et al. 1968`

Page 7: Aula 11 Estruturas Sedimentares

DIFERENCIAÇÃO DE LÂMINAS O desenvolvimento das lâminas deposicionais é relacionado: 1 – Transporte e decantação seletiva associados a pulsos intermitentes do transporte de sedimentos (cada lâmina leva entre 1 e 2 minutos para se formar). 2 – Rápida mudança na composição dos sedimentos que se desloca na face deslizante – variações na composição textural e mineralógica associada a segregação durante o transporte.

QUANTO MAIOR O RIPPLE MAIOR A SEGREGAÇÃO TEXTURAL

Reineck and Sign 1973

Carga em suspensão

Reineck and Sign 1973

Page 8: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ATITUDE DAS LÂMINAS FRONTAIS Lâminas frontais podem ter forma

Angular Tangencial Sigmoidal

Em baixas velocidades

de fluxo, o sedimento é

transportado por tração,

acumula-se no topo da

face dorsal e move-se em

avalanche na face de

deslizamento.

Com maior aporte de sedimentos e para uma mesma granulometria, o aumento da velocidade causa transporte em suspensão/saltação, e os grãos são levados além da face de deslizamento e depositados na base da ondulação. O contato passa a ser tangencial. Ondulações de fluxo reverso tem condição de surgir. O aumento das taxas de deposição, com diminuição relativa da capacidade de transporte, gera deposição tanto na cava como na crista.

Page 9: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ATITUDE DAS

LÂMINAS

FRONTAIS

Transporte Transporte por tração em suspensão

Velo

cida

de

Tens

ão d

e ci

salh

amen

to

Prof

undi

dade

adm

ensi

onal

Capacidade de transporte relativo ao deslocamento da forma

Estratificação cruzada tangencial na base e diminuição da granulometria assovciada à deposição de sedimento transprotado em suspensão

Maurice E. Tucker 2003

Page 10: Aula 11 Estruturas Sedimentares

FORMAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS ONDULAÇÕES SIMPLES OU PRIMÁRIAS - ESTRUTURA INTERNA CORRESPONDE E É CONCORDANTE À FORMA EXTERNA. A ESTRUTURA REPRESENTA A MIGRAÇÃO DA FORMA EXTERNA EM QUESTÃO. ONDULAÇÕES SECUNDÁRIAS OU COMPOSTAS – A ESTRUTURA INTERNA DAS LAMINAÇÕES É DISCORDANTE DA FORMA EXTERNA – NÃO HÁ RELAÇÃO GENÉTICA

Page 11: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LÂMINAS E CAMADAS

Uma sucessão de lâminas formam camadas.

Assim como as lâminas, as camadas são definidas por planos de acamamento formados por: 1 - superfícies de não deposição; 2 – superfícies que marcam alterações abruptas nas condições de deposição ou, 3 – superfícies erosivas.

Diferente das lâminas, os planos de acamamento não apresentam a mesma espessura, e podem ser pararelos entre si, planos ou curvos.

PLANO PARALELO PLANO ñ PARALELO CURVO ñ PARALELO CURVO PARALELO ONDULADO

Page 12: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS

A estratificação cruzada é o tipo mais comum de estratificação, sendo definida como uma camada consistindo de lâminas internas inclinadas em relação ao plano principal de sedimentação.

São reconhecidos dois tipos de estratificações cruzadas: 1 – tabulares – quando os planos de definição entre as camadas são paralelos ou semi-paralelos entre si. Associadas a formas de leito 2D

2 – festonadas - acanaladas - quando os planos de definição entre as camadas são curvos e com aspecto acanalado. Associadas a formas de leito 3D

Para pequenas estruturas (<3 cm = ripples) o termo é LAMINAÇÃO cruzada

Page 13: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRATIFICAÇÕES CRUZADAS

Formas de leito 2D – RETILÍNEAS

Formas de leito 3D – SINUOSAS

Formas de leito 3D – LINGÓIDES

CRUZADAS MTO. FESTONADAS

CRUZADAS LIG. FESTONADAS

CRUZADAS TABULARES

PLANAS E PARALELAS

ACANALADAS

ACANALADAS

DE

SC

ON

TIN

UID

AD

E D

AS

CR

ISTA

S

VE

LOC

IDA

DE

DA

S C

OR

RE

NTE

S

Planos de acamamento

Reineck and Sign 1973

Reineck and Sign 1973

Reineck and Sign 1973

Reineck and Sign 1973

Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973

Page 14: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Estrutura formada por feições de leito bi-dimensionais migrando sem deposição (ângulo de cavalgamento 0o).

Estrutura formada por ripple erosivo

Formas de Leito Erosivas a Cavalgantes

Page 15: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Formas de Leito Erosivas a Cavalgantes O cavalgamento é causado pelo aumento da taxa de agradação do fundo (deposição de sedimento) em relação à velocidade de deslocamento do ripple. Ao lado, ripples cavalgantes com diferentes comprimentos e com gradual aumento de cavalgamento (aumento do fornecimento de sedimento) da base para o topo. Ocorre a preservação progressivamente maior das laminações no reverso do ripple (face cavalgante).

http://walrus.wr.usgs.gov/seds/bedforms/movie_pages/movie5.html

http://walrus.wr.usgs.gov/seds/bedforms/movie_pages/movie4.html

Page 16: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Torbjorn Tornqvist - Univ. Chicago

Agradação do leito

Exemplo de agradação durante deslocamento de uma duna eólica, preservando tanto a face de cavalgamento como a de deslizamento.

Page 17: Aula 11 Estruturas Sedimentares

FORMAS BI-DIMENSIONAIS INSTÁVEIS

Formas de leito sofrendo pequenas mas rápidas flutuações em altura

Agrupamentos de maré (tidal bundles) - assimetria da forma de leito variando a cada ciclo de maré

Tidal bundles em Oosterschelde - Holanda. Ripples migrando para cima na face de deslizamento e variação da inclinação das lâminas

http://walrus.wr.usgs.gov/seds/bedforms/movie_pages/movie29.html

http://walrus.wr.usgs.gov/seds/bedforms/movie_pages/movie15.html

Page 18: Aula 11 Estruturas Sedimentares

TIDAL BUNDLES

Page 19: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Espinha de Peixe – “herringbone” Formada por fluxos unidirecionais alternantes, como marés de enchente e vazante ou em na zona de surf com inversão da deriva

Page 20: Aula 11 Estruturas Sedimentares

RIPPLES TRI-DIMENSIONAIS

CRISTAS MOVEM-SE FORA DE FASE CRISTAS MOVEM-SE EM FASE

Page 21: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRATIFICAÇÃO HUMOCKY Forma-se em condições de tempestade, quando dunas tridimensionais localizadas abaixo da profundidade de base da onda de tempo bom agradam sob influencia combinada de ondas (primariamente) e correntes (secundariamente)

Page 22: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRATIFICAÇÃO HUMMOCKY

Page 23: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR

A alternância de camadas lamosas e arenosas em fundos com ripples pode gerar estes três tipos de estruturas sedimentares. A distinção entre eles é baseda na continuidade da camada arenosa. Estruturas flaser apresentam camadas lamosas descontínuas separadas por continuas camadas arenosas. Estruturas wavy é uma estrutura transicional entre flaser e lenticular, com camadas contínuas de lama e areia. Estruturas lenticulares apresentam discontínuas camadas de areia

ESTRATIFICAÇÕES HETEROLÍTICAS

mai

or p

rese

rvaç

ão d

e la

ma

mai

or p

rese

rvaç

ão d

e ar

eia

Page 24: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR

FLASER

WAVY

LENTICULAR

Page 25: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURA FLASER, WAVY E LENTICULAR

Fina camada de lama depositada sobre ripples após maré de quadratura. A lama é mais espessa na cava do que nas cristas, onde pode ser erodida com o aumento da energia das correntes associado ao aumento da altura das marés com a aproximação da sizígia.

Aaron Martin – Arizona State Uni.

Estruturas Flaser Estruturas Flaser e Wavy

Reineck and Sign 1973 Reineck and Sign 1973

Page 26: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS EROSIVAS

Flute – depressões produzidas em substrato lamoso, que quando preenchidas por areia formam moldes (“flute casts”). Abaixo moldes formados na base de turbiditos

John W.F. Waldron

John W.F. Waldron

Canaletas - depressões alongadas formadas por objetos que foram arrastados sobre o substrato lamoso. Na foto observa-se o molde

John W.F. Waldron

Page 27: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DE DEFORMAÇÃO

Page 28: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS Estruturas de Escorregamento – movimentação e deslocamento das lâminas sob ação da gravidade Estruturas de Desidratação – movimentação de lâminas devido à movimentação ascendente da água Estruturas de Carga – deformação das lâminas lamosas (plásticas) devido ao afundamento da camada arenosa Estruturas Convolutas – resultado de dobramentos e contorções das lâminas sobre efeito de cisalhamento da superfície e liquefação do sedimento

Page 29: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS

Lagerbäck et al. 2004 -Geological Survey of Sweden

http://www.es.ucsc.edu/~es10/fieldtripEarthQ/Damage1.html

Vulcões de lama

ESTRUTURAS DE DESIDRATAÇÃO

Page 30: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS

ESTRUTURAS CONVOLUTAS

W.K. Fletcher

Page 31: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS

ESTRUTURAS DE CARGA

BOLA E TRAVESSEIRO

Page 32: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS

Earth and Ocean Sciences

ESTRUTURAS DE CARGA

ESTRUTURAS EM CHAMA

Page 33: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS DEFORMACIONAIS

ESTRUTURAS DE RESSECAMENTO

Page 34: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS PRODUZIDAS POR ORGANISMOS

RECIFE DE CORAL

ESTROMATÓLITOS

John W.F. Waldron

John W.F. Waldron

Page 35: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS BIOGÊNICAS

Page 36: Aula 11 Estruturas Sedimentares

ESTRUTURAS PRODUZIDAS POR ORGANISMOS

TRILHAS DE DESLOCAMENTO – PARALELAS AO FUNDO

TUBOS DE ENTERRAMENTO

BIOTURBAÇÃO

John W.F. Waldron

John W.F. Waldron

Rodolfo Angulo

Page 37: Aula 11 Estruturas Sedimentares
Page 38: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LITORAL DO PARANÁ

Cava de areia ha planicie costeira holocëncia reveledando a sequencia deposicional da face da costa ate profundidades de 12 m

Page 39: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LITORAL DO PARANÁ Sobreposição de diversas formas de leito, observando-se da base par o topo - laminações horizontais com grande

concentração de matéria orgânica - Estruturas flaser ou wavy - Ripples de onda bem marcados por

laminas de sedimentos finos - Cruzadas tabulares festonadas - Humocky

Page 40: Aula 11 Estruturas Sedimentares

LITORAL DO PARANÁ Estratificação cruzada (1 m de altura) tangencial na base indicando fluxo da esquerda para a direita, sobreposta por laminação plano paralelas de face da praia. Coloração associada a processo pedogenético com migração de ferro e material húmico para o topo do lençol freático, e lixiviação do pacote superficial

Page 41: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Estratificações plano paralelas de face de praia sobrepostas a estratificações cruzdas tabulares de anterpraia, as quais indicam fluxo longitudianl à praia (de sul para norte). O limite entre os dois pacotes sedimentares é estabelecido por um conglomerado que marca o sopé da praia.

AREMBEPE - BAHIA

Page 42: Aula 11 Estruturas Sedimentares

Mais na Web

• Excelente pagian na USGS com animação das formas de leito e produção das estruturas sedimentares http://walrus.wr.usgs.gov/seds/bedforms/