aula 09 falha parte 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA FALHA CMA CIÊNCIA DOS MATERIAIS 2º Semestre de 2014 Prof. Júlio César Giubilei Milan

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Falha

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  • UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

    CENTRO DE CINCIAS TECNOLGICAS

    DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA

    FALHA

    CMA CINCIA DOS MATERIAIS 2 Semestre de 2014

    Prof. Jlio Csar Giubilei Milan

  • FADIGA

    uma forma de falha que ocorre em estruturas que esto sujeitas a tenses dinmicas e oscilantes.

    Falha a um nvel de tenso inferior ao limite de resistncia a trao ou ao limite de escoamento para carga esttica.

    Ocorre normalmente aps longo perodo de tenso repetitiva ou ciclo de deformao.

    Maior causa individual de falha em metais ( 90 %).

    Polmeros e cermicos tambm esto sujeitos.

    Ocorre repentinamente e sem avisos.

    FALHA - FADIGA

  • FADIGA

    de natureza frgil, pouco ou nenhuma deformao plstica.

    o processo ocorre pela iniciao e propagao de trincas, em geral a superfcie da fratura perpendicular direo de uma tenso de trao aplicada.

    FALHA - FADIGA

  • A falha por fadiga ocorre normalmente em trs estgios:

    Uma pequena trinca surge na superfcie aps um longo perodo de aplicao de carga;

    Descontinuidades superficiais como entalhes, poros, cantos vivos (projeto), contornos de gros, regies com elevada densidade de discordncia;

    Trinca se propaga um pouco a cada ciclo de carregamento;

    Fratura sbita do material, quando a seo muito reduzida para suportar a carga aplicada.

    Para que a fadiga ocorra, pelo menos parte do ciclo deve ser de trao

    FALHA - FADIGA

  • Fcil identificao

    Superfcie junto a origem tende a ser lisa;

    Torna-se mais irregular com o aumento do tamanho da trinca;

    Fibrosa na parte final de propagao da trinca.

    Superfcie possui marcas de praia e estrias

    Marcas de praia se formam quando a carga varia de modo irregular ou quando intermitente.

    estrias so bem menores (microscpio) e mostram a posio da ponta da trinca aps cada ciclo.

    FALHA - FADIGA

  • (c)2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning is a trademark used herein under

    license. Representao de uma superfcie de fratura por fadiga em um eixo de ao,

    mostrando a regio de incio, a regio de propagao com marcas de praia e

    ruptura final quando o tamanho da trinca ultrapassa um valor crtico para tenso

    aplicada.

    FALHA - FADIGA

  • Fig. Superfcie de fratura de um eixo

    rotativo de ao que experimentou

    falha por fadiga. Os ressaltos de

    marcas de praia esto visveis na foto.

    Fig. Fractografia eletrnica de

    transmisso mostrando estrias de fadiga no

    alumnio.

    FALHA - FADIGA

  • Fig. Superfcie de falha por

    fadiga. Uma trinca se formou na

    aresta superior.

    FALHA - FADIGA

  • Ensaio de fadiga rotativa

    Fig. Configurao do teste de fadiga rotativa

    (c)2003 Brooks/Cole, a division of Thomson Learning, Inc. Thomson Learning is a trademark used herein under license.

    FALHA - FADIGA

  • A tenso em qualquer ponto da amostra passa por um ciclo senoidal completo, da tenso mxima de trao tenso mxima de compresso

    A tenso mxima que atua na amostra dada por:

    3

    32

    d

    M

    M momento de flexo

    d dimetro do corpo de prova

    O momento de flexo M = F(L/2)

    3309,5

    16

    d

    FL

    d

    FL

    L distncia entre o ponto de aplicao de carga e o mandril

    F carga

    FALHA - FADIGA

  • O corpo de prova fratura aps um nmero de ciclos.

    A curva S-N mostra os valores de tenso (S) em funo do nmero de ciclos (N) para ruptura da amostra.

    Fig. Curvas S-N que relacionam a tenso mxima com o nmero de ciclos at a

    fratura para um ao ferramenta e uma liga de alumnio

    FALHA - FADIGA

  • Ensaio de fadiga indica o n de ciclos que uma pea pode sobreviver com aquele carregamento antes de fraturar.

    Limite de fadiga tenso abaixo da qual h 50 % de probabilidade de que a falha por fadiga nunca ocorra (importante no projeto)

    Vida em fadiga indica quanto tempo um componente resiste sob uma tenso especfica

    Resistncia fadiga a tenso mxima na qual a fratura por fadiga no ocorrer para um dado nmero de ciclos

    FALHA - FADIGA

  • A curva Tenso-Nmero de ciclos um grfico que relaciona o nmero de ciclos at a fratura com a tenso aplicada

    Nmero de ciclos at a fratura, N

    Limite de fadiga

    (35 a 60%) do

    limite de

    resistncia (T.S.)

    Quanto menor a tenso, maior o nmero de

    ciclos que o material tolera. Ligas ferrosas

    normalmente possuem um limite de fadiga.

    Para tenses abaixo deste valor o material

    no apresenta fadiga.

    Ligas no ferrosas no possuem um

    limite de fadiga. A fadiga sempre

    ocorre mesmo para tenses baixas e

    grande nmero de ciclos. Vida de fadiga a

    uma tenso S1

    S1

    FALHA - FADIGA

  • Nvel mdio de tenso

    Quanto maior o valor mdio da tenso, menor a vida.

    Efeitos de superfcie

    A maior parte das trincas que iniciam o processo de falha se origina na superfcie do material. Isto implica que as condies da superfcie afetam fortemente a vida de fadiga.

    Projeto da superfcie: evitando cantos vivos.

    Tratamento da superfcie: Eliminar arranhes ou marcas atravs de polimento.

    Tratar a superfcie para gerar camadas mais duras (carbonetao / nitretao / deposio de filmes finos) e que geram tenses compressivas que compensam parcialmente a tenso externa.

    FALHA - FLUNCIA

  • FLUNCIA

    Componentes em servio a temperaturas elevadas tenses mecnicas estticas Deformao conhecida por Fluncia

    Def.: deformao permanente e dependente do tempo de materiais quando estes esto submetidos a uma carga ou tenso constante

    Indesejvel;

    Fator de limitao de vida til;

    Ocorre em todos materiais;

    Metais importante a temperaturas superiores a aproximadamente 0,4 Tf;

    Polmeros amorfos (plsticos e borracha) especialmente sensveis deformao por fluncia.

    FALHA - FLUNCIA

  • Esboo do aparelho utilizado para anlise de fluncia

    FALHA - FLUNCIA

  • Ensaio (ASTM E 139) corpo de prova a uma carga ou tenso constante, mantendo a temperatura constante.

    Fig. Curva tpica de fluncia para deformao em funo do tempo a um nvel constante de

    tenso e a temperaturas elevadas constantes. A taxa de fluncia mnima /t corresponde inclinao do segmento linear na regio secundria. O tempo de vida at a ruptura tr

    corresponde ao tempo total necessrio at a ocorrncia da ruptura.

    Tempo, t

    Defo

    rmao p

    or

    fluncia

    ,

    FALHA - FLUNCIA

  • Inicialmente ocorre uma deformao instantnea

    Curva de fluncia (3 regies)

    Fluncia primria ou transiente

    Taxa de fluncia continuamente decrescente aumento da resistncia a fluncia ou encruamento

    Fluncia secundria ou regime estacionrio

    Taxa constante linear (longa durao) equilbrio entre encruamento e recuperao

    Fluncia terciria

    Acelerao na taxa de fluncia e fratura alteraes microestruturais e metalrgicas. Separao do contorno de gro, formao de trincas, cavidades e vazios internos.

    FALHA - FLUNCIA

  • Para metais corpos de prova iguais ao do ensaio de trao

    Materiais frgeis compresso uniaxial

    cilindros retos ou paraleleppedos

    L/D 2 4

    Parmetro mais importante inclinao da poro secundria /t Taxa de fluncia em regime estacionrio r

    FALHA - FLUNCIA

  • Temperatura e nvel de tenso influenciam a fluncia

    Fig. Influncia da tenso e da temperatura T sobre o comportamento a fluncia.

    FALHA - FLUNCIA

  • Abaixo de 0,4 Tf aps a deformao inicial, a deformao independente do tempo;

    Aumentando T ou

    1. Deformao instantnea aumenta;

    2. Taxa de fluncia no regime estacionrio aumenta;

    3. Tempo de vida at a ruptura diminudo.

    FALHA - FLUNCIA

  • Outra forma de apresentar os resultados log x log tempo

    Fig. Tenso (escala logartmica) em funo do tempo de vida at a ruptura (escala

    logartmica) para uma liga carbono nquel com baixo teor de liga a trs temperaturas

    diferentes.

    FALHA - FLUNCIA

  • Relao emprica

    taxa de fluncia no regime estacionrio

    K1 e n constantes para o material

    nk 1

    FALHA - FLUNCIA

  • Fig. Tenso (escala logartmica) em funo da taxa de fluncia em regime

    estacionrio (escala logartmica) para uma liga carbono nquel com baixo teor de

    liga a trs temperaturas diferentes.

    n inclinao da curva

    FALHA - FLUNCIA

  • Quando a influncia da temperatura includa

    taxa de fluncia no regime estacionrio

    K2 e Qf constantes

    K2 energia de ativao para fluncia

    RT

    Q

    n

    r

    f

    ek 2

    FALHA - FLUNCIA

  • Fatores que afetam a fluncia

    Tamanho de Gro, TG (gros menores permitem maior escorregamento em aplicaes que envolvem a fluncia)

    Mdulo de elasticidade, E

    Temperatura de fuso, Tf

    Quanto maior estes

    fatores, maior a

    resistncia

    fluncia

    FALHA - FLUNCIA

  • Materiais comumente empregados em aplicaes que envolvem fluncia

    Aos inoxidveis;

    Metais refratrios;

    Superligas (Co Ni)

    Formao de soluo slida e fase dispersa insolvel na matriz

    FALHA - FLUNCIA

  • Tcnicas de processamento

    Fig. (a) palheta de turbina policristalina tcnica convencional de fundio

    (b) Estrutura de gros orientada em colunas solidificao direcional

    (c) Palheta monocristalina.

    FALHA - FLUNCIA