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Davi Souza, CPF:45751560434 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 8 PROFESSOR: RICARDO GOMES Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 8 Prof. RICARDO GOMES Prezados(as) Alunos(as)! Nesta AULA veremos a parte material das INELEGIBILIDADES previstas na Legislação Infra-Constitucional. A parte material restringe-se ao conceito e hipóteses legais de inelegibilidades. Por sua vez, a parte processual será vista na Aula 9. QUADRO SINÓPTICO DA AULA: LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90: 1. Conceito de Inelegibilidade e Considerações Gerais. 2. Casos de Inelegibilidades da LC nº 64/90. 2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO. 2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da República. 2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice. 2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice. 2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL. 2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa. 2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL.

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Prof. RICARDO GOMES

Prezados(as) Alunos(as)!

Nesta 8ª AULA veremos a parte material das INELEGIBILIDADES previstas na Legislação Infra-Constitucional. A parte material restringe-se ao conceito e hipóteses legais de inelegibilidades. Por sua vez, a parte processual será vista na Aula 9.

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90:

1. Conceito de Inelegibilidade e Considerações Gerais.

2. Casos de Inelegibilidades da LC nº 64/90.

2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO.

2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da República.

2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice.

2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice.

2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL.

2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa.

2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL.

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LEI COMPLEMENTAR nº 64/90 - Lei das Inelegibilidades

1. Conceito de Inelegibilidade e Considerações Gerais.

Chegamos a um assunto bastante cobrado em provas por qualquer banca, inclusive FCC e CESPE: Inelegibilidades da LC. 64/90.

Estudamos na Aula 1 as Inelegibilidades previstas em sede constitucional. Na CF-88 estão dispostos os principais casos de inelegibilidades, tanto as inelegibilidades absolutas quanto as relativas. No entanto, a própria Constituição cuidou de prevê, em seu art. 14, §9º, a possibilidade de disposição infraconstitucional sobre a matéria de inelegibilidades, por meio de Lei Complementar ao texto constitucional, regulando assim o tema de forma mais abrangente e completa:

CF-88

Art. 14

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

Conceito de Inelegilidade.

Conforme leciona o Professor José Gomes, a inelegibilidade consiste no “impedimento ao exercício da cidadania passiva, de maneira que o cidadão fica impossibilitado de ser escolhido para ocupar cargo político-eletivo. Em outros termos, trata-se de fator negativo cuja presença obstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional, tornando-o inapto para receber votos e, pois, exercer mandato representativo”.

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Como já dissemos anteriormente, as inelegibilidades são circunstâncias previstas na CF-88 e em Lei Complementar que impedem o cidadão de exercitar sua capacidade eleitoral ativa (de eleger-se). São circunstâncias que restringem a elegibilidade do cidadão, limitam a sua possibilidade de candidatar-se em uma eleição.

Na Lei Complementar nº 64/90 estão previstas as doutrinariamente chamadas de Inelegibilidades Legais, dentro do rol da classificação das inelegibilidades relativas, dada na Aula 1. Contudo, a LC nº 64 acaba por prevê também hipóteses de inelegibilidades absolutas (impedimentos para assunção de qualquer cargo eletivo).

À frente veremos que a LC nº 64 teve severas alterações e inclusões em decorrencência da LC nº 135/2010, a chamada “Lei da Ficha Limpa”. Friso aos alunos que farão a prova do TRE/AC que ESSAS ALTERAÇÕES recentemente realizadas NÃO CAIRÃO na prova a ser realizada no dia 05/09!

Então, para estes alunos, aconselho focarem suas atenções mais na parte não alterada. Para os que farão outras provas, aconselho a fixarem bastante estas alterações, pois serão matéria certa em todos os concursos de TREs vindouros!

2. Casos de Inelegibilidades da LC nº 64/90.

A LC nº 64/90 divide as inelebilidades nos seguintes critérios:

1. para QUALQUER CARGO;

2. para PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA;

3. para GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR;

4. para PREFEITO e VICE-PREFEITO;

5. para o SENADO FEDERAL;

6. para a CÂMARA MUNICIPAL.

Seguiremos este mesmo roteiro na Aula.

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2.1. Inelegibilidades para QUALQUER CARGO.

São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem exceção:

1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.

Isto eu já sei Professor!

Verdade! Mas foi repetido na LC nº 64/90, e por isso faço referência para vocês!

Como disse, esta é uma repetição do que já dispõe a CF-88 em seu art. 14, §4º:

CF-88

Art. 14

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

Reescrevo o que já havia comentado nas inelegibilidades previstas na CF-88:

INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também, por óbvio, ser candidato. Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os Conscritos, durante o serviço militar obrigatório. Consoante o Código Eleitoral são também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:

I - os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88)

II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;

III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.

Resumo:

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São INALISTÁVEIS:

1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);

2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos (segundo o Código Eleitoral).

ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser eleito. Por disposição constitucional e legal, o analfabeto não tem capacidade eleitoral passiva.

Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá, desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para aferição se o candidato é ou não analfabeto.

Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como elegível.

Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS!

2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas Municipais.

Os membros das Casas Legislativas são: Deputados Federais, Estaduais e Distritais, Senadores e Vereadores.

Esta inelegilidade decorrente de Perda de Mandato é para eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato!

As causas de Perda de Mandato são as previstas no art. 55, I e II,

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combinados com o art. 54, da CF-88, destancando-se a realização de procedimento declarado incompatível com o decoro parlamentar. In verbis:

CF-88

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior (art. 54);

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a";

d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

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3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que PERDEREM seus cargos eletivos por processo de impeachment (infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município).

A antiga redação da LC nº 64/90 previa que a inelegilidade decorrente da Perda de Mandato de Governador e Prefeito era para eleições que venham a realizar-se durante o remanescente período do mandato e nos 3 ANOS posteriores ao término do mandato.

ALTERAÇÃO!

Com a LC nº 135/10, o prazo foi modificado nos seguintes termos: durante o remanescente período do mandato e nos 8 ANOS posteriores ao término do mandato!

4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO (2ª INSTÂNCIA), em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.

Vamos por partes.

Esta LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa) teve por objetivo principal impedir a candidatura de políticos condenados por crimes e condutas graves, por um colegiado de juízes (2ª instância), sem necessitar que o possível crime/conduta seja julgado em todas as instâncias jurídicas (desde a 1ª até a última instância).

Assim, com esta nova regulamentação, o candidato estará com a “ficha suja”, inelegível para pleitear o cargo eletivo, se for condenado nos

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termos da LC nº 64/90, em decisão transitada em julgado ou em decisão judicial colegiada de 2ª instância (que dispensa o trânsito em julgado).

Outro ponto relevante foi a extensão do prazo de inelegibilidade, passando de 3, 4 ou 5 anos para 8 anos.

A regra do item 4 visa proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na Administração Pública, na esteira do art. 14, §9º, da CF-88:

Art. 14

§ 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.

ALTERAÇÃO!

Com isso, será inelegível qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo aquele que, em processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado – 2ª instância (esta não depende do trânsito em julgado!).

Esta inelegibilidade tem efeitos para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.

A antiga redação do dispositivo não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS da decisão.

5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o

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CUMPRIMENTO DA PENA:

a. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;

b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;

c. contra o meio ambiente e a saúde pública;

d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;

f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a maioria comete estes crimes! Rsrs);

g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;

h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser considerado inelegível;

i. contra a vida e a dignidade sexual;

j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

ALTERAÇÃO!

Serão, portanto, inelegível para qualquer cargo os condenados pelos crimes listados acima, desde que a decisão penal já tenha transitada em julgado ou seja proferida por órgão judicial colegiado (esta não depende do trânsito em julgado!).

O início dos efeitos desta inelegibilidade é desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA PENA. Não é 8 ANOS após a condenação, mas após o cumprimento da pena! Com isso, o prazo pode ser bem superior. Ex: 5 anos de cumprimento de pena a que foi condenado + 8 anos após este cumprimento = 12 ANOS de

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INELEGIBILIDADE!

A anterior redação do dispositivo abarcava apenas alguns crimes, não previa a hipótese de decisão por órgão colegiado e a inelegibilidade tinha efeito para eleições com prazo de até 3 ANOS após o cumprimento da pena.

Antiga redação

LC nº 64/90

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena;

Além disso, a LC 135/10 trouxe a previsão de que a inelegilidade decorrente da condenação pelos crimes dispostos acima não se aplicará aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor potencial ofensivo e aos crimes de ação penal privada.

Art. 1

§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;

Esta inelegibilidade é referente à perda de posto e patente do militar que for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, conforme art. 142, §3º, VI, da CF-88:

Art. 142

§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas

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em lei, as seguintes disposições:

VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;

A única alteração da previsão legal foi quanto ao prazo de inelegibilidade, que era de 3 ANOS, passando para 8 ANOS.

7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição.

Considerações sobre a inelegibilidade por Rejeição de Contas:

a. todo aquele que exerce cargo ou função pública que tiver suas contas rejeitadas pelo Poder Legislativo (auxiliado pelo órgão de Controle Externo – Tribunal de Contas) de cada Ente Federativo (União, Estados, DF e Municípios) será inelegível se preenchidas as seguintes condições:

• a irregularidade seja insanável – são irregularidades graves, não passíveis de simples correção, perpetradas com dolo ou má-fé e lesivas ao interesse público;

• configuração de ato de improbidade administrativa na modalidade DOLOSA! Se for ato de improbidade administrativa na modalidade culposa, não configurará a

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inelegilidade.

• decisão irrecorrível (final e irretratável) do órgão competente (Poder Legislativo auxiliado por seu Tribunal de Contas – TCU, TCEs e TCMs);

b. Se esta decisão do órgão competente for suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, também não configurará a inelegibilidade;

c. Os efeitos da inelegibilidades são extensíveis para as eleições que se realizarem 8 ANOS a partir da decisão irrecorrível. A redação anterior previa o prazo de 5 ANOS.

d. Os ordenadores das despesas serão também considerados inelegíveis em caso de rejeição das contas!

8. os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

Esta hipótese de inelegibilidade assemelha-se à prevista no item 4, por coibirem o abuso do poder econômico ou político nas eleições.

Naquela prevista em referido item 4 são sancionados com a inelegilidade qualquer candidato ou detentor de cargo eletivo que, em processo de apuração de abuso de poder econômico ou político, tiver julgada procedente pela Justiça Eleitoral REPRESENTAÇÃO contra sua pessoa.

Aqui, apenas aqueles que detenham determinado CARGO na Administração Pública, considerada em sentido amplo (direta, indireta ou fundacional) serão assim penalizados.

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Ex: um Governador que quer eleger um amigo seu e abusa do poder político; o Governador incidirá na inelegilidade do item 8 (detentor de cargo na Administração); já seu amigo incidirá na inelegibilidade do item 4 (por ser candidato a cargo eletivo).

9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade;

Todo aquele que tiver exercido cargo ou função de direção/administração/representação em instituição financeira (estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro), objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, nos 12 MESES anteriores à decretação de liquidação, são considerados inelegíveis enquanto não ficar comprovado que não têm responsabilidade pela liquidação.

Ex: o Presidente do Banco Santos, que teve há alguns anos decretada sua liquidação, seria considerado inelegível para qualquer cargo enquanto não fosse exonerado de responsabilidade.

Inelegibilidades para qualquer cargo inseridas pela LC nº 135/10 (Lei da Ficha Limpa)

Prezados, abaixo veremos as novas hipóteses de inelegibilidades para qualquer cargo incluídas recentemente pela LC nº 135/10:

10. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de

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recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA, pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição;

São as seguintes as condutas passíveis de condenação pela Justiça Eleitoral:

a. corrupção eleitoral,

b. captação ilícita de sufrágio,

c. doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha

d. conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais

Lembro que a condenação deve implicar em cassação do registro ou diploma para que configure a inelegibilidade!

11. o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS FEDERAIS), das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subsequentes ao término da legislatura;

Desse modo, mesmo que renuncie ao cargo de todos os detentores de cargos eletivos APÓS o momento em que for oferecida representação para abertura de processo judicial com base na legislação eleitoral/constitucional, os detentores de mandato eletivo estarão agora INELEGÍVEIS para qualquer cargo. A Lei quer evitar que o detentor de mandato eletivo renuncie ao cargo para furtar-se de penalização de que venha

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a, no futuro, declará-lo inelegível.

INCLUSÃO RECENTE: No entanto, se for renúncia para fins eminentemente de desincompatibilização para pleitear outro cargo eletivo ou para assumir mandato, a LC nº 135/10 dispõe que esta renúncia NÃO GERARÁ a inelegibilidade comentada, salvo se a Justiça Eleitoral reconhecer que foi feita apenas como meio de fraude.

Art. 1

§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar.

12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato DOLOSO de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;

Observem que será considerado inelegível por 8 ANOS após o cumprimento da pena aquele condenado à suspensão dos direitos políticos por ato de improbidade administrativa na sua modalidade dolosa! Os outros casos de suspensão dos direitos políticos e a condenação por ato de improbidade administrativa na modalidade culposa não implicam nesta específica inelegibilidade por 8 ANOS após a condenação.

13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;

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Um exemplo é o caso do Advogado punido em Processo Administrativo por infração ético-profissional (ex: furtar dinheiro de seu cliente) pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Este Advogado será considerado inelegível por 8 ANOS desde a decisão sancionatória, salvo se anulada ou suspensa pelo Poder Judiciário.

14. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a decisão que reconhecer a fraude;

Esta nova previsão é mais do que justa, porque anteriormente era bastante difícil coibir a prática de simulação de quebra do vínculo conjugal para fugir da inelegibilidade reflexa dos cônjuges. Agora, os condenados por tal prática (tanto o detentor do cargo de Chefe do Poder Executivo quanto seu cônjuge) serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da decisão que reconhece a fraude.

15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;

A partir da LC nº 135/10, aqueles servidores públicos que forem sancionados com a pena de DEMISSÃO (não se aplica pena de suspensão e de advertência) em Processo Administrativo Disciplinar (PAD) ou em Processo Judicial, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS a partir da demissão, salvo suspensão ou anulação da decisão pelo Poder Judiciário.

16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no

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art. 22;

As pessoas físicas e os dirigentes de pessoas jurídicas que fizerem DOAÇÕES ILEGAIS, se condenados por tal conduta, serão considerados inelegíveis por 8 ANOS.

17. os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos.

Não somente os servidores públicos demitidos são considerados inelegíveis, mas também os MAGISTRADOS (Juízes) e Membros do MP que forem aposentados compulsoriamente (como decisão sancionatória), que tenham perdido o cargo por sentença (conforme previsto na Lei Orgânica respectiva) ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria na pendência de PAD.

2.2. Inelegibilidades para PRESIDENTE e VICE da República.

Para concorrerem aos cargos de Chefe do Poder Executivo (Presidente, Governador e Prefeito), é necessária a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO de agentes públicos e membros de algumas categorias, sob pena de serem considerados inelegíveis.

Mas, Professor, o que é desincompatibilização?

É simples colegas! Não se assustem!

A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de

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desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do possível candidato.

Mas são todos os detentores de cargos eletivos que precisam se desincompatibilizar?

Não! O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam! Ex: um Prefeito quer ser Governador ou Senador).

Art. 14

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

LC 64/90

Art. 1º

§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

Por óbvio, para a REELEIÇÃO nos cargos de Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais NÃO É NECESSÁRIA a DESINCOMPATIBILIZAÇÃO!

Relevante regra insculpida na LC nº 64/90 refere-se à condição do VICE. O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito somente poderão concorrer a OUTROS CARGOS, preservando os respectivos mandatos (isto é, mantendo-se como Vice), desde que nos últimos 6 MESES antes do pleito NÃO TENHAM SUCEDIDO ou SUBSTITUÍDO o titular.

LC 64/90

Art. 1º

§ 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito

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poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

Abaixo estão todas as hipóteses de desincompatibilização aplicáveis aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República:

a) sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições:

1. os Ministros de Estado:

2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da República;

3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;

4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;

6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;

8. os Magistrados;

9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;

10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;

11. os Interventores Federais;

12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos Estados e no DF);

13. os Prefeitos Municipais;

14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos

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Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de Municípios);

15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;

16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de Estado);

b) também precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições, sob pena de serem considerados inelegíveis os que:

1. os que exerçam nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal – Ex: Ministros do TCU, Ministros do STF e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central , etc.

2. os que tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;

3. os que exerçam cargo ou função de direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962 (atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas influir na economia nacional;

c) Ademais, serão considerados INELEGÍVEIS para o cargo de Presidente e Vice Presidente da República:

1. os que, detendo o controle de empresas ou grupo de

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empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da Lei nº 4.137/62 (atualmente regrada pela Lei nº 8884/94 – que regulamente o abuso do Poder Econômico), não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) MESES antes do pleito, a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas;

2. os que tenham, dentro dos 4 (quatro) MESES anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

3. os que, até 6 (seis) MESES depois de afastados das funções, tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos que obedeçam a cláusulas uniformes;

4. os que, dentro de 6 (seis) MESES anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes;

5. os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 (seis) MESES anteriores ao pleito;

6. os que, SERVIDORES PÚBLICOS, ESTATUTÁRIOS OU NÃO (inclusive os funcionários públicos celetistas), dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos

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Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, GARANTIDO o direito à percepção dos seus vencimentos INTEGRAIS;

2.3. Inelegibilidades para GOVERNADOR e Vice.

São inelegíveis para o cargo de Governador e Vice-Governador de Estado e do DF os seguintes:

1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os inelegíveis restantes quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os mesmo prazos de desincompatibilização;

2. até 6 (seis) MESES depois de afastados definitivamente de seus cargos ou funções:

a. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal;

b. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea;

c. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios;

d. os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;

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2.4. Inelegibilidades para PREFEITO e Vice.

São inelegíveis para Prefeito e Vice-Prefeito Municipal:

1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) MESES para a desincompatibilização – observem que o prazo de desincompatibilização para concorrer ao cargo de PREFEITO é de 4 MESES e não de 6 meses!

2. os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) MESES anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais – observo que, com a redação do art. 128, II, e, da CF-88, esta inelegibilidade para o MP só pode ser aplicada para os membros que ingressaram antes de 1988.

3. as AUTORIDADES policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito.

Destaco que neste caso a LC nº 64/90 previu a necessidade de desincompatibilização de 4 MESES antes do pleito para as AUTORIDADES policiais (Delegados e Oficiais), sendo silente a respeito dos agentes de polícia e militares que não detenham posto de autoridade.

Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE 4 MESES

Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

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2.5. Inelegibilidades para o SENADO FEDERAL.

São inelegíveis para o Senado Federal:

1. os mesmos inelegíveis para Presidente e Vice-Presidente da República dispostos na alínea a acima em cor cinza (os Ministros de Estado, os chefes dos órgãos....), bem como os inelegíveis restantes quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, sendo observados os mesmo prazos de desincompatibilização;

2. em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de desincompatibilização;

2.6. Inelegibilidades para a CÂMARA dos DEPUTADOS, Assembléia e Câmara Legislativa.

São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos de desincompatibilização.

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2.7. Inelegibilidades para a CÂMARA MUNICIPAL.

São inelegíveis para a Câmara Municipal:

1. no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o SENADO FEDERAL e para a CÂMARA DOS DEPUTADOS, observado o prazo de 6 (seis) MESES para a desincompatibilização;

2. em cada Município, os inelegíveis para os cargos de PREFEITO E VICE-PREFEITO, observado o prazo de 6 (seis) MESES para a desincompatibilização .

Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE 4 MESES

Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

Observação: ainda estudaremos o restante dos dispositivos da Lei Complementar nº 64/90 (Parte Processual) na Aula 9 (Ação de Impugnação de Registro de Candidatura, Ação de Investigação Judicial Eleitoral e os Procedimentos), juntamente com a Ação de impugnação de mandato eletivo e a Ação de investigação judicial eleitoral.

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EXERCÍCIOS

Ressalto que, com o advento da LC nº 135/10, as provas de direito eleitoral até agora editadas restaram parcialmente desatualizadas. No entanto, farei as devidas adequações, adaptações e frisarei as mudanças.

QUESTÃO 180: MPE - PE - Promotor de Justiça [FCC] -07/09/2008.

A respeito da inelegibilidade, considere:

I. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos que tenham ocupado cargo ou função de direção em entidades representativas de classe, mantidas parcialmente por contribuições impostas pelo poder público.

II. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos membros do Tribunal de Contas da União.

III. É de 4 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos que tenham exercido em qualquer dos poderes da União, cargo ou função de nomeação do Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal.

IV. É de 3 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da administração direta ou indireta da União.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

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COMENTÁRIOS:

Item I – errado. O prazo de desincompatiblização no caso é de 6 MESES.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social.

Item II – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:

14. os membros do Tribunal de Contas da União (TCU), dos Estados e do Distrito Federal;

Item III – errado. O prazo de desincompatiblização no caso é de 6 MESES.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal.

Item IV – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República: I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou

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entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 181: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008 (ADAPTADA).

Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do Estado e conta mais de dez anos de serviço. Resolveu ser candidato a Prefeito Municipal. Nesse caso, ele é

a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a aposentadoria.

b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.

c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o término do mandato.

d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após vinte anos de serviço.

e) elegível, mas para ser eleito deverá afastar-se de suas funções em até 4 (quatro) meses antes do pleito.

COMENTÁRIOS:

Item A e C – errados. Como já estudamos anteriormente, o Militar é plenamente elegível e, se eleito, com mais de 10 anos de serviço, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade e não para a aposentadoria.

Item B e D – errados. Todos os Militares são elegíveis, atendidas as condições legais e constitucionais, não havendo exigência de tempo de serviço para a plena elegibilidade.

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Item E – correto. Conforme a LC nº 64/90, as autoridades Policiais (Militares e Civis) precisam desincompatibilizar 4 MESES antes do pleito para concorrer ao Mandato de Prefeito e Vice-Prefeito Municipal. Rinaldo é Oficial da PM, o que é entendido pela jurisprudência como autoridade polícial.

Art. 1º São inelegíveis:

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 182: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007.

Tício é presidente de entidade representativa de classe, com sede no município Alpha, mantida parcialmente por contribuições impostas pelo poder público e Paulus é delegado de polícia em exercício no mesmo município. O prazo de Desincompatibilização para Tício e Paulus candidatarem-se a Prefeito Municipal de Alpha é de

a) 3 meses.

b) 4 meses.

c) 3 meses e 4 meses, respectivamente.

d) 4 meses e 3 meses, respectivamente.

e) 6 meses e 4 meses, respectivamente.

COMENTÁRIOS:

Tício é Presidente de entidade representativa de classe com sede no Município. É prevista expressamente uma inelegibilidade ao detentor de tal cargo quando pleitear o cargo de Presidente e Vice da República. No entanto, o art. 1º, IV, a, impõe referida inelegibilidade também para o cargo de Prefeito e Vice-Prefeito ao remeter a aplicação das inelegibilidades previstas para os cargos de Presidente e Vice da República e de Governador e Vice de Estado. O prazo previsto na LC nº 64/90 para o caso de Tício é de 4 MESES.

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Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social.

Art. 1º São inelegíveis:

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização;

Paulus é Delegado de Polícia no Município (autoridade da polícia civil), configurando a hipótese já comentada acima, do art. 1, IV, c, da LC nº 64/90. O prazo de desincompatibilização para Paulos é o mesmo de Tício: 4 MESES.

Art. 1º São inelegíveis:

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

Lembro que os prazos de desincompatibilização para cargos Municipais pode ser assim resumido:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE 4 MESES

Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 183: TRE-AM - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -

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23/11/2003.

José é membro do Ministério Público do Estado em exercício na Comarca, João é Presidente de uma fundação de direito privado não mantida pelo Poder Público, e Paulo é proprietário de emissora radiofônica, ambas situadas na mesma cidade. Os três pretendem candidatar-se a Prefeito desse município. Nesse caso,

a) José deve afastar-se de suas funções e Paulo de suas atividades até 3 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a João.

b) José e João devem afastar-se de suas funções até 6 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a Paulo.

c) José deve afastar-se de suas funções até 4 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a Paulo e João.

d) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 4 meses antes do pleito.

e) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 6 meses antes do pleito.

COMENTÁRIOS:

Situações da questão:

• José é membro do Ministério Público do Estado em exercício na Comarca;

• João é Presidente de uma fundação de direito privado não mantida pelo Poder Público, situada na cidade;

• Paulo é proprietário de emissora radiofônica, situada na cidade.

José, por ser membro do MP na comarca, deve desincompatibilizar-se em até 4 MESES antes da eleição.

Art. 1º São inelegíveis:

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;

João, por ser Presidente de fundação privada NÃO mantida pelo Poder Público,

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não precisa desincompatibilizar-se, não incidindo a inelegibilidade contida no art. 1º, II, a, 9, da LC 64/90, aplicável aos pleiteantes do cargo de Prefeito e Vice:

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:

9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;

Não há previsão de inelegibilidade para proprietário de emissora de rádio, caso do Paulo.

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 184: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 21/09/2003.

Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6 meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,

a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.

b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais cargos eletivos do Poder Legislativo.

c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.

d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura no Poder Executivo.

e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito, não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.

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COMENTÁRIOS:

Esta questão serve para rememorarmos alguns aspectos das inelegiblidades no âmbito constitucional correlacionadas com as estudadas no âmbito da LC nº 64/90.

Renúncia à Chefia do Executivo e a inelegibilidade reflexa dos parentes do titular. Vimos na Aula 1 que, segundo entendimento do TSE, se o titular estiver em seu 1º mandato, com a sua renúncia em até 6 meses antes do pleito, resta afastada esta inelegibilidade reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao mesmo cargo do titular (Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro cargo.

Somente se ele estiver em seu 2º mandato, a prévia renúncia não afastaria a inelegibilidade dos parentes para concorrerem ao mesmo cargo de Chefe do Poder Executivo.

Na questão não foi informado o dado se estaria o Prefeito Alexandre em seu 1º ou 2º mandato. Este é um dado crucial para que a resposta da questão fosse precisa.

De todo modo, o que se afigura é o seguinte:

1) caso estivesse Alexandre em seu 1º mandato, a sua renúncia antes dos 6 meses do pleito afastaria a inelegibilidade reflexa de seus parentes para concorrerem a qualquer cargo, inclusive o de Prefeito Municipal;

2) caso fosse o seu 2º mandato, a renúncia prévia não afastaria a inelegibilidade reflexa para o cargo de Prefeito, mas apenas para os outros cargos diversos do de Chefe do Executivo.

O gabarito da questão veio como certo o item “e”. No entanto, com base na orientação atual do TSE, entendo que nenhum item apresentado mostra-se correto. O item “e” estaria correto se a questão indicasse que Alexandre estaria em seu 2º mandato de Prefeito. Por sua vez, o item “c” estaria correto se a questão indicasse que ele estivesse em seu 1º mandato.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 185: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003

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(ADAPTADA).

Considere as afirmações:

I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.

II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade.

III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.

Está correto APENAS o que se afirma em

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. Conforme o art. 14, §7º, da CF-88 a inelegibilidade reflexa é dos parentes até o 2º GRAU dos titulares da Chefia do Poder Executivo, SALVO se já titulares de mandato eletivo e candidatos à reeleição. A questão trouxe “mesmo se já forem titulares...”, por isto está errada.

Art. 14

§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores

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ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição

Item II – correto. A antiga redação da LC nº 64/90 previa o seguinte:

Antiga redação:

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena;

Agora, com a nova redação:

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

Item III – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:

1. os Ministros de Estado:

RESPOSTA CERTA: LETRA E

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QUESTÃO 186: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 10/05/2006.

O analfabeto

a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.

b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.

c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.

d) pode ser eleito Prefeito Municipal.

e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 187: TRE-AM - Técnico Judiciário - Administrativa [FCC] - 23/11/2003.

Os analfabetos são inelegíveis

a) para qualquer cargo eletivo.

b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República.

c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros.

d) para Senador e Deputado Federal, entre outros.

e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

COMENTÁRIOS:

Fiz questão de juntar as questões para demonstrar como as bancas repetem os enunciados e “batem na mesma tecla” sempre. Inclusive, isto aconteceu também na última prova do TRE/RS.

Para as questões 186-187:

CF-88

Art. 14

§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

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LC nº 64/90

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

a) os inalistáveis e os analfabetos;

QUESTÃO 188: - RICARDO.

José foi condenado pela prática de homicídio culposo de trânsito em virtude de atropelado pedestre. A sentença transitou em julgado, José será inelegível

a) por 8 anos após o cumprimento da pena.

b) por 4 anos após o trânsito em julgado da sentença.

c) só seria inelegível se a decisão fosse por órgão judicial colegiado.

d) enquanto estiver cumprindo a sanção penal.

e) não será considerado inelegível pela prática de homicídio culposo.

COMENTÁRIOS:

De fato, José cometeu um crime contra a vida (homicídio), o que poderia levá-lo a incider na inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, 9, da LC 64/90:

LC nº 64/90

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

9. CONTRA A VIDA e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

No entanto, não há que se falar em inelegibilidade de José, eis que o crime contra a vida foi na modalidade CULPOSA, incidindo a exceção legal prevista no novo §4º do art. 1º da LC 64/90, que dispõe pela não aplicação da inelegibilidade aos crimes culposos, aos definidos como crimes de menor

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potencial ofensivo e aos crimes de ação penal privada.

Art. 1

§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item A – errado. Caso fosse possível, de fato o prazo da inelegibilidade seria desde a condenação até 8 ANOS do cumprimento total da pena. Mas como o crime foi culposo, não há inelegibilidade.

Item B – errado. Como dito, a inelegibilidade conta-se da condenação e não do transito em julgado da sentença, estendendo-se por mais 8 ANOS do cumprimento da pena.

Item C – errado. A decisão condenatória que geraria a inelegibilidade poderia ser por Juiz singular (único) ou por órgão judicial colegiado.

Item D – errado. A inelegibilidade iniciaria desde a condenação.

Item E – correto. Incide a nova exceção relatada acima.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 189: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2009.

As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral estabelecem que

a) o mandato poderá ser impugnado perante a justiça eleitoral até trinta dias após a posse.

b) a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida.

c) são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, os prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito.

d) não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o

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período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

COMENTÁRIOS:

Item A – errado. Veremos a Ação de Impugnação de Mandato Eleitivo na próxima Aula. Mas, conforme a CF-88, a impugnação ao mandato eletivo pode ser realizada 15 DIAS a contar da DIPLOMAÇÃO do candidato e não da posse.

Art. 14

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 (quinze) dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

Item B – errado. A Lei que altera o processo eleitoral já entre em vigor desde a sua publicação, mas não tem EFICÁCIA, não gera efeitos, nas eleições que ocorram em até 1 ANO de sua vigência.

CF-88

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Item C – errado. Só estaria correta se fosse na hipótese de 2º mandato. No 1º mandato é plenamente possível a reeleição e a candidatura dos que sucederam ou substituíram o titular.

Item D – correto. Os analfabetos têm capacidade eleitoral ativa, mas não têm a passiva, por isso não podem candidatarem-se. Já os estrangeiros e os conscritos, durante o período do serviço militar obrigatório, não poderão candidatarem-se porque sequer possuem a alistabilidade, não poderão nem mesmo serem eleitores, quanto o mais serem candidatos!

Em todos os casos, a inelegibilidade é absoluta!

CF-88

Art. 14

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

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RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 190: MPE - RS – Promotor [MPE - RS] - 26/04/2009 (ADAPTADA).

São considerados inelegíveis frente à legislação vigente:

I - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, o sobrinho - não detentor de mandato eletivo - do Chefe do Poder Executivo.

II - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, a cunhada - titular do mandato na Câmara Municipal - do Chefe do Poder Executivo.

III - O condenado criminalmente pela prática de lavagem e ocultação de bens.

IV - O Presidente de uma autarquia cujas contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas pela prática de ato doloso de improbidade administrativa para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão.

a) Estão corretas apenas respostas III, IV .

b) Apenas as respostas dos itens I e III se apresentam corretas.

c) Estão corretas as assertivas I e IV.

d) Apenas as respostas II e IV podem ser tidas como corretas.

e) Apenas as resposta I e III podem ser tidas como corretas.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. O sobrinho não é inelegível porque é parente de 3º grau do Prefeito. A CF-88 torna inelegível os parentes até o 2º grau.

Item II – errado. A cunhada é parente por afinidade (em decorrência do casamento) em 2º grau. Mas não incidirá a inelegibilidade por esta já ser titular de mandato eletivo, sendo candidata à reeleição.

Item III – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

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e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

Item IV – errado. É isto o que prevê a atual redação do art. 1º, I, g, da LC 64/90:

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;

Antiga redação:

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão houver sido ou estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 5 (cinco) anos seguintes, contados a partir da data da decisão;

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 191: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010 (ADAPTADA).

Acerca das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade, assinale a opção correta.

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a) São inelegíveis para qualquer cargo o governador e o vicegovernador de estado e do Distrito Federal ( DF ), o prefeito e o vice-prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da constituição estadual, da lei orgânica do DF ou da lei orgânica do município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos.

b) Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os governadores de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos respectivos mandatos.

c) São inelegíveis os candidatos que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela justiça eleitoral, ainda que aguardando julgamento de recurso no TSE, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos três anos seguintes.

d) É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter idade mínima de 35 anos.

e) Para concorrerem a outros cargos, os deputados federais e senadores devem sempre renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. É o que dispõe o art. 1º, I, c, da LC 64/90:

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

A antiga redação da LC nº 64/90 previa o prazo de 3 ANOS de inelegibilidade e

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não o atual prazo de 8 ANOS subsequentes ao término do mandato.

Item B – errado. O art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS (diversos do que ocupam).

Art. 14

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

LC 64/90

Art. 1º

§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

Item C – errado. Pela antiga e pela atual redação da LC 64/90, a representação tem já ter sido julgada procedente com trânsito em julgado, não se admitindo a possibilidade de pendência de recurso para a caracterização da inelegiblidade. Ademais, o prazo de inelegibilidade é de 8 ANOS e não mais 3 anos como previa o antigo texto.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item D – errado. A idade mínima de Governador é de 30 ANOS.

Item E – errado. A previsão constitucional-legal de necessária renúncia 6 meses antes das eleições para concorrer a outros cargos é apenas para os

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Chefes do Poder Executivo, não se aplicando ao cargos do Legislativo.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 192: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 02/12/2007.

Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção correta.

a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao mandato para candidatar-se a deputado federal.

b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do mandato para candidatar-se a deputado federal.

c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.

d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.

e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição, desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. Sim, é obrigado. Como já estudamos, o art. 14, §6º, da CF-88 prevê que o Presidente da República, Governadores de Estados e Prefeitos Municipais devem RENUNCIAR (desincompatibilizar) aos seus mandatos até 6 MESES antes do pleito para concorrem a OUTROS CARGOS.

Art. 14

§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os

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Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

LC 64/90

Art. 1º

§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

Item B – errado. Não se licenciar, mas renunciar.

Item C – errado. Analfabeto de novo!

Item D – errado. Não, é possível candidatar-se na pendência do processo penal, pois a inelegibilidade somente ocorrerá com o trânsito em julgado da condenação.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item E – errado. Não é a qualquer eleição que poderá candidatar-se, mas apenas à reeleição do cargo que ocupa. É vedado também candidatar-se ao cargo de Governador, por seu irmão ser titular atual do cargo.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 193: TRE-SC - Analista Judiciário – Judiciária [FAPEU] - 19/06/2005 (ADAPTADA).

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Assinale a alternativa INCORRETA de inelegibilidade.

a) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de oito anos.

b) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas, por irregularidade sanável, por decisão do órgão competente.

c) Os analfabetos e os inalistáveis.

d)Os que forem condenados criminalmente, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes, entre outros, contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;

Lembro que o prazo atual é de 8 ANOS; antes era de 4 anos.

Item B – errado. Para a caracterização da inelegibilidade por rejeição das contas, a irregularidade praticada precisa ser INSANÁVEL.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade INsanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;

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Item C – correto. Analfabetos e inalistáveis são absolutamente inelegíveis.

Item D – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 194: TRE-SC - Analista Judiciário (judiciária) [FAPEU] - 17/02/2005 (ADAPTADA).

Sobre a inelegibilidade, é CORRETO afirmar.

a)São inelegíveis para qualquer cargo as pessoas que tenham contra si representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.

b)São inelegíveis os servidores públicos que forem submetidos a processo disciplinar para apurar falta grave cometida.

c)São inelegíveis os membros do Ministério Público que não se tenham afastado das suas funções até 01 (um) ano antes do pleito.

d)São inelegíveis os Magistrados para qualquer cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:

Item A – correto. O prazo anterior da LC 64/90 era de 3 ANOS, agora é de 8 ANOS.

Art. 1º São inelegíveis:

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I - para qualquer cargo:

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

Item B – errado. Somente serão considerados inelegíveis na atual conjuntura os servidores públicos já demitidos em PAD ou judicialmente, não o sendo os que estão ainda na pendência de processo.

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

Item C – errado. O prazo para o membro do MP afastar-se é de apenas 6 MESES.

Item D – errado. Os Magistrados, igualmente aos membros do MP poderão eleger-se para cargo eletivo desde que se desincompatibilizem até 6 MESES antes do pleito.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 195: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.

Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:

a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à nulidade do julgamento.

b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.

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c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação criminal.

d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.

e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.

COMENTÁRIOS:

Mesmo na redação anterior da LC 64/90, a partir do trânsito em julgado da decisão penal condenatória nos crimes elencados em referida Lei, o candidato é considerado inelegível. Pouco importa se há ou não pedido de revisão criminal (que não tem natureza de recurso, não afetando o trânsito em julgado da sentença).

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 196: TRE-ES - Analista Judiciário – Judiciária [FESAG] - 22/05/2005 (ADAPTADA).

Leia com atenção os enunciados abaixo:

Seguindo a orientação da Lei Complementar n. 64, de 18-5-1990, pode-se afirmar que:

I - são inelegíveis os servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da administração direta ou indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, que não se afastarem até 3 (três) meses antes do pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

II - são inelegíveis os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

III - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer a Prefeito e Vice-Prefeito é 4 (quatro) meses;

IV - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer para

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Vereador é 6 (seis) meses.

a) Somente os enunciados I e III são verdadeiros.

b) Os enunciados I, II e IV são verdadeiros.

c) Somente os enunciados II e III são verdadeiros.

d) Todos os enunciados são verdadeiros.

COMENTÁRIOS:

Item I – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República: I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) MESES anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

Item II – correto.

Art. 1º São inelegíveis:

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

Item III e IV – corretos.

Prazos de desincompatibilização na esfera Municipal:

Para concorrer ao Cargo de PREFEITO e VICE 4 MESES

Para concorrer ao Cargo de VEREADOR (Câmara Municipal) 6 MESES

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RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 197: MPF – Procurador [MPU] (ADAPTADA).

AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:

I - estão previstas apena no Código Eleitoral e na Constituição;

II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por abuso de poder econômico e político;

III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;

IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico. Analisando-se as assertivas acima, pode-se afirmar que:

a) somente as de números I e IV estão corretas;

b) estão corretas as de número II e III;

c) apenas a de número III está correta;

d) somente a de número I correta.

COMENTÁRIOS:

Item I – errado. Estão previstas na CF-88 e na LC 64/90.

Item II – errado. Sem previsão legal??

Item III – correto. É o que dispõe a CF-88:

CF-88

Art. 14

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger

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a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

Item IV – errado. As inelegibilidades NÃO SÃO CRIMES eleitorais, mas situações previstas em lei (inclusive alguns crimes comuns) que impedem a assunção de cargo eletivo. Não têm relação direta e necessária com crimes.

RESPOSTA CERTA: LETRA C

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EXERCÍCIOS

QUESTÃO 180: MPE - PE - Promotor de Justiça [FCC] -07/09/2008.

A respeito da inelegibilidade, considere:

I. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos que tenham ocupado cargo ou função de direção em entidades representativas de classe, mantidas parcialmente por contribuições impostas pelo poder público.

II. É de 6 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos membros do Tribunal de Contas da União.

III. É de 4 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos que tenham exercido em qualquer dos poderes da União, cargo ou função de nomeação do Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal.

IV. É de 3 meses o prazo para desincompatibilização para candidatarem-se Presidente da República dos servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da administração direta ou indireta da União.

Está correto o que se afirma SOMENTE em

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.

QUESTÃO 181: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008

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(ADAPTADA).

Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do Estado e conta mais de dez anos de serviço. Resolveu ser candidato a Prefeito Municipal. Nesse caso, ele é

a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a aposentadoria.

b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.

c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o término do mandato.

d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após vinte anos de serviço.

e) elegível, mas para ser eleito deverá afastar-se de suas funções em até 4 (quatro) meses antes do pleito.

QUESTÃO 182: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007.

Tício é presidente de entidade representativa de classe, com sede no município Alpha, mantida parcialmente por contribuições impostas pelo poder público e Paulus é delegado de polícia em exercício no mesmo município. O prazo de Desincompatibilização para Tício e Paulus candidatarem-se a Prefeito Municipal de Alpha é de

a) 3 meses.

b) 4 meses.

c) 3 meses e 4 meses, respectivamente.

d) 4 meses e 3 meses, respectivamente.

e) 6 meses e 4 meses, respectivamente.

QUESTÃO 183: TRE-AM - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 23/11/2003.

José é membro do Ministério Público do Estado em exercício na Comarca, João é Presidente de uma fundação de direito privado não mantida pelo Poder

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D

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Público, e Paulo é proprietário de emissora radiofônica, ambas situadas na mesma cidade. Os três pretendem candidatar-se a Prefeito desse município. Nesse caso,

a) José deve afastar-se de suas funções e Paulo de suas atividades até 3 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a João.

b) José e João devem afastar-se de suas funções até 6 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a Paulo.

c) José deve afastar-se de suas funções até 4 meses antes do pleito. Não há exigência de afastamento em relação a Paulo e João.

d) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 4 meses antes do pleito.

e) os três devem afastar-se de suas funções e atividades até 6 meses antes do pleito.

QUESTÃO 184: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 21/09/2003.

Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6 meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,

a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.

b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais cargos eletivos do Poder Legislativo.

c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.

d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura no Poder Executivo.

e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito, não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.

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QUESTÃO 185: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003 (ADAPTADA).

Considere as afirmações:

I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.

II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade.

III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.

Está correto APENAS o que se afirma em

a) I.

b) III.

c) I e II.

d) I e III.

e) II e III.

QUESTÃO 186: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] - 10/05/2006.

O analfabeto

a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.

b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.

c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.

d) pode ser eleito Prefeito Municipal.

e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

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QUESTÃO 187: TRE-AM - Técnico Judiciário - Administrativa [FCC] - 23/11/2003.

Os analfabetos são inelegíveis

a) para qualquer cargo eletivo.

b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República.

c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros.

d) para Senador e Deputado Federal, entre outros.

e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros.

QUESTÃO 188: - RICARDO.

José foi condenado pela prática de homicídio culposo de trânsito em virtude de atropelado pedestre. A sentença transitou em julgado, José será inelegível

a) por 8 anos após o cumprimento da pena.

b) por 4 anos após o trânsito em julgado da sentença.

c) só seria inelegível se a decisão fosse por órgão judicial colegiado.

d) enquanto estiver cumprindo a sanção penal.

e) não será considerado inelegível pela prática de homicídio culposo.

QUESTÃO 189: TRE - GO - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 01/02/2009.

As normas constitucionais sobre mandato eletivo e processo eleitoral estabelecem que

a) o mandato poderá ser impugnado perante a justiça eleitoral até trinta dias após a posse.

b) a lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após a sua promulgação, não se aplicando à eleição que ocorrer em seguida.

c) são inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, os prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito.

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d) não podem ser candidatos os analfabetos, os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

QUESTÃO 190: MPE - RS – Promotor [MPE - RS] - 26/04/2009 (ADAPTADA).

São considerados inelegíveis frente à legislação vigente:

I - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, o sobrinho - não detentor de mandato eletivo - do Chefe do Poder Executivo.

II - Na eleição municipal, para o cargo de vereador, a cunhada - titular do mandato na Câmara Municipal - do Chefe do Poder Executivo.

III - O condenado criminalmente pela prática de lavagem e ocultação de bens.

IV - O Presidente de uma autarquia cujas contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas pela prática de ato doloso de improbidade administrativa para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão.

a) Estão corretas apenas respostas III, IV .

b) Apenas as respostas dos itens I e III se apresentam corretas.

c) Estão corretas as assertivas I e IV.

d) Apenas as respostas II e IV podem ser tidas como corretas.

e) Apenas as resposta I e III podem ser tidas como corretas.

QUESTÃO 191: TRE - MT - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] - 24/01/2010 (ADAPTADA).

Acerca das condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade, assinale a opção correta.

a) São inelegíveis para qualquer cargo o governador e o vicegovernador de estado e do Distrito Federal ( DF ), o prefeito e o vice-prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da constituição estadual, da lei orgânica do DF ou da lei orgânica do município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos oito anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos.

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b) Para concorrerem a outros cargos, o presidente da República, os governadores de estado e do DF e os prefeitos não precisam renunciar aos respectivos mandatos.

c) São inelegíveis os candidatos que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela justiça eleitoral, ainda que aguardando julgamento de recurso no TSE, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos três anos seguintes.

d) É condição de elegibilidade para o candidato ao cargo de governador ter idade mínima de 35 anos.

e) Para concorrerem a outros cargos, os deputados federais e senadores devem sempre renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

QUESTÃO 192: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] - 02/12/2007.

Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção correta.

a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao mandato para candidatar-se a deputado federal.

b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do mandato para candidatar-se a deputado federal.

c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.

d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.

e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição, desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.

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QUESTÃO 193: TRE-SC - Analista Judiciário – Judiciária [FAPEU] - 19/06/2005 (ADAPTADA).

Assinale a alternativa INCORRETA de inelegibilidade.

a) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de oito anos.

b) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas, por irregularidade sanável, por decisão do órgão competente.

c) Os analfabetos e os inalistáveis.

d)Os que forem condenados criminalmente, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes, entre outros, contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público.

QUESTÃO 194: TRE-SC - Analista Judiciário (judiciária) [FAPEU] - 17/02/2005 (ADAPTADA).

Sobre a inelegibilidade, é CORRETO afirmar.

a)São inelegíveis para qualquer cargo as pessoas que tenham contra si representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.

b)São inelegíveis os servidores públicos que forem submetidos a processo disciplinar para apurar falta grave cometida.

c)São inelegíveis os membros do Ministério Público que não se tenham afastado das suas funções até 01 (um) ano antes do pleito.

d)São inelegíveis os Magistrados para qualquer cargo eletivo.

QUESTÃO 195: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.

Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em

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julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:

a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à nulidade do julgamento.

b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.

c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação criminal.

d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.

e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.

QUESTÃO 196: TRE-ES - Analista Judiciário – Judiciária [FESAG] - 22/05/2005 (ADAPTADA).

Leia com atenção os enunciados abaixo:

Seguindo a orientação da Lei Complementar n. 64, de 18-5-1990, pode-se afirmar que:

I - são inelegíveis os servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da administração direta ou indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, que não se afastarem até 3 (três) meses antes do pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

II - são inelegíveis os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

III - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer a Prefeito e Vice-Prefeito é 4 (quatro) meses;

IV - como regra, o prazo de desincompatibilização para concorrer para Vereador é 6 (seis) meses.

a) Somente os enunciados I e III são verdadeiros.

b) Os enunciados I, II e IV são verdadeiros.

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c) Somente os enunciados II e III são verdadeiros.

d) Todos os enunciados são verdadeiros.

QUESTÃO 197: MPF – Procurador [MPU] (ADAPTADA).

AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:

I - estão previstas apena no Código Eleitoral e na Constituição;

II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por abuso de poder econômico e político;

III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;

IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico. Analisando-se as assertivas acima, pode-se afirmar que:

a) somente as de números I e IV estão corretas;

b) estão corretas as de número II e III;

c) apenas a de número III está correta;

d) somente a de número I correta.

GABARITOS OFICIAIS

180 - C

181 - E

182 – B

183 - C

184 - E

185 – E

186 – E

187 – A

188 E

189 D

190 - A

191 – A

192 - A

193 - B

194 - A

195 – B

196 - D

197 - C

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RESUMO DA AULA

São inelegíveis para qualquer cargo (ABSOLUTAS), sem exceção:

1. os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.

2. os membros das Casas Legislativas (Congresso Nacional, Assembléias Legislativas, Câmara Legislativa e Câmaras Municipais) que tenham PERDIDO seus MANDATOS, na forma do art. 55, I e II da CF-88 ou nos dispositivos equivalentes nas Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas Municipais.

3. o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que PERDEREM seus cargos eletivos por processo de impeachment (infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município).

4. os que tenham contra sua pessoa REPRESENTAÇÃO julgada PROCEDENTE pela Justiça Eleitoral, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes.

5. os que forem CONDENADOS pelos CRIMES listados abaixo, em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) ANOS após o CUMPRIMENTO DA PENA:

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a. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;

b. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;

c. contra o meio ambiente e a saúde pública;

d. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

e. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;

f. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores (a maioria comete estes crimes! Rsrs);

g. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;

h. de redução à condição análoga à de escravo; Ex: um Deputado do Maranhão foi condenado por trabalho escravo no ano de 2006; se fosse hoje, poderia ser considerado inelegível;

i. contra a vida e a dignidade sexual;

j. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

6. os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;

7. os que tiverem suas CONTAS REJEITADAS - contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) ANOS seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de

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despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição.

8. os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão TRANSITADA EM JULGADO ou proferida por ÓRGÃO JUDICIAL COLEGIADO, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

9. os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade;

10. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da JUSTIÇA ELEITORAL, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem CASSAÇÃO DO REGISTRO ou do DIPLOMA, pelo prazo de 8 (oito) ANOS a contar da eleição;

11. o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional (SENADORES e DEPUTADOS FEDERAIS), das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que RENUNCIAREM a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato

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para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) ANOS subsequentes ao término da legislatura;

12. os que forem condenados à SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato DOLOSO de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;

13. os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;

14. os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) ANOS após a decisão que reconhecer a fraude;

15. os que forem DEMITIDOS do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) ANOS, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;

16. a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22;

17. os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo

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administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos.

A desincompatibilização constitui na obrigação do titular de cargo eletivo de afastar-se do seu exercício para disputar a eleição. A falta de desincompatibilização no período dado pela Lei acarreta na inelegibilidade do possível candidato.

Principais hipóteses de desincompatibilização aplicáveis aos pleiteantes ao Cargo de Presidente e Vice-Presidente da República: - sob pena de serem considerados inelegíveis, precisam afastar-se definitivamente de seus cargos e funções até 6 (seis) MESES do pleito/antes das eleições:

1. os Ministros de Estado:

2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da República;

3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;

4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;

6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;

8. os Magistrados;

9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;

10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;

11. os Interventores Federais;

12. os Secretários de Estado (mesmo status de Ministros nos Estados e no DF);

13. os Prefeitos Municipais;

14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos

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Estados e do Distrito Federal (não se previu aqui de Municípios);

15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;

16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes (são os considerados 2º escalão do Governo, logo abaixo de Ministros de Estado);

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LEITURA DA LEGISLAÇÃO

Para facilitar o estudo, direcionando-os à “leitura seca da lei”, abaixo relaciono os dispositivos legais tratados na Aula, para que possam reler diretamente no texto da lei.

LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90

Art. 1º São inelegíveis:

I - para qualquer cargo:

a) os inalistáveis e os analfabetos;

b) os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura; (Redação dada pela LCP 81, de 13/04/94)

c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 3 (três) anos subseqüentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, transitada em julgado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem 3 (três) anos seguintes; e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela prática de crime contra a economia popular, a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, pelo tráfico de entorpecentes e por crimes eleitorais, pelo prazo de 3 (três) anos, após o cumprimento da pena; f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 4 (quatro) anos; g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se a questão houver sido ou estiver sendo submetida à apreciação do Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 5 (cinco) anos seguintes, contados a partir da data da decisão; h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político apurado em

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processo, com sentença transitada em julgado, para as eleições que se realizarem nos 3 (três) anos seguintes ao término do seu mandato ou do período de sua permanência no cargo;

c) o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

3. contra o meio ambiente e a saúde pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

8. de redução à condição análoga à de escravo; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

9. contra a vida e a dignidade sexual; e (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

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10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

h) os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes; (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade;

j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

k) o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

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m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos; (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

II - para Presidente e Vice-Presidente da República:

a) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:

1. os Ministros de Estado:

2. os chefes dos órgãos de assessoramento direto, civil e militar, da Presidência da República;

3. o chefe do órgão de assessoramento de informações da Presidência da República;

4. o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;

5. o Advogado-Geral da União e o Consultor-Geral da República;

6. os chefes do Estado-Maior da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;

7. os Comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica;

8. os Magistrados;

9. os Presidentes, Diretores e Superintendentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e as mantidas pelo poder público;

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10. os Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Territórios;

11. os Interventores Federais;

12, os Secretários de Estado;

13. os Prefeitos Municipais;

14. os membros do Tribunal de Contas da União, dos Estados e do Distrito Federal;

15. o Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal;

16. os Secretários-Gerais, os Secretários-Executivos, os Secretários Nacionais, os Secretários Federais dos Ministérios e as pessoas que ocupem cargos equivalentes;

b) os que tenham exercido, nos 6 (seis) meses anteriores à eleição, nos Estados, no Distrito Federal, Territórios e em qualquer dos poderes da União, cargo ou função, de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal;

c) (Vetado);

d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem competência ou interesse, direta, indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;

e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham exercido cargo ou função de direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5° da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas influir na economia nacional;

f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil, nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da lei citada na alínea anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito, a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas;

g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou função de direção, administração ou representação em entidades representativas de classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social;

h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das funções, tenham exercido cargo de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de contratos que obedeçam a cláusulas uniformes;

i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa que mantenha

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contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes;

j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até 6 (seis)) meses anteriores ao pleito;

I) os que, servidores públicos, estatutários ou não,»dos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais;

III - para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresas que operem no território do Estado ou do Distrito Federal, observados os mesmos prazos;

b) até 6 (seis) meses depois de afastados definitivamente de seus cargos ou funções:

1. os chefes dos Gabinetes Civil e Militar do Governador do Estado ou do Distrito Federal;

2. os comandantes do Distrito Naval, Região Militar e Zona Aérea;

3. os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de assistência aos Municípios;

4. os secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;

IV - para Prefeito e Vice-Prefeito:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização;

b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;

c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;

V - para o Senado Federal:

a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar de repartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado, observados os mesmos prazos;

b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

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VI - para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa, no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

VII - para a Câmara Municipal:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização;

b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização .

§ 1° Para concorrência a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

§ 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedido ou substituído o titular.

§ 3° São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes, consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 4o A inelegibilidade prevista na alínea e do inciso I deste artigo não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

§ 5o A renúncia para atender à desincompatibilização com vistas a candidatura a cargo eletivo ou para assunção de mandato não gerará a inelegibilidade prevista na alínea k, a menos que a Justiça Eleitoral reconheça fraude ao disposto nesta Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 135, de 2010)

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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS AULA 8

PROFESSOR: RICARDO GOMES

Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 76

REFERÊNCIAS

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