Professor Dr. Claudio Zancan

Universidade Federal de Alagoas

Faculdade de Economia, Administrao e Contabilidade

PROGRAMAO DA PESQUISA

Estgio da Pesquisa

Identificando tpico da pesquisa

Identificando problema da pesquisa

Determinando como realizar pesquisa

Coletando dados da pesquisa

Analisando e interpretando dados de pesquisa

Escrevendo o relatrio final

PARADIGMAS DE PESQUISA

So realizaes cientficas universalmente

reconhecidas que, por um certo tempo,

fornecem problemas e solues-modelo para

uma comunidade de profissionais (Kuhn,

1962, p. viii)

PARADIGMAS DE PESQUISA

Positivista: leva em considerao a preciso,

objetividade e rigor substituem palpites,

experincias e intuio.

Fenomenolgico: pesquisa leva em

considerao aspectos interpretativos,

procuram entender, traduzir os significados e

no quantificar.

PRINCIPAIS PARADIGMAS DE PESQUISA

POSITIVISTA FENEMENOLGICA

QUANTITATIVO QUALITATIVO

OBJETIVO SUBJETIVO

CIENTFICO HUMANISTA

EXPERIMENTAL INTERPRETATIVO

TRADICIONALISTA

SUPOSIES DOS PARADIGMAS DE PESQUISA

SUPOSIO PERGUNTA QUANTITATIVO QUALITATIVO

Ontolgica Qual a natureza da

realidade?

Objetiva, singular,

separada do

pesquisador

Subjetiva, vista como

participantes de um

estudo

Epistemologia Pesquisador x Objeto

pesquisado?

Pesquisador

independente

Pesquisador interage

com o objeto

Axiolgica Papel dos valores? Livre e imparcial Com valores e parcial

Retrica Linguagem? Formal e quantitativa Informal, decises

em definio

Metodologia Qual o processo? Dedutivo, preciso e

confivel por meio

de validade e

confiabilidade

Indutivo, ligado a

contextos, preciso e

confivel por meio

de verificao

Fonte: adaptada de Creswell (1994), p.5

PARADIGMAS E METODOLOGIA

POSITIVISTA FENEMENOLGICA

Dados quantitativos Dados qualitativos

Usa amostras grandes Usa amostras pequenas

Interessa-se por testes de hipteses Interessa-se pela gerao de teorias

Dados especficos e precisos Dados de significados subjetivos

Localizao artificial Localizao natural

Confiabilidade alta Confiabilidade baixa

Validade baixa Validade alta

Generaliza de amostra para

populao

Generaliza de um cenrio para outro

TIPOS DE METODOLOGIA DE PESQUISA

POSITIVISTA FENEMENOLGICA

METODOLOGIAS ASSOCIADAS METODOLOGIAS ASSOCIADAS

Corte Transversal Pesquisa-ao

Experimentos Estudo de Caso

Longitudinais Etnografia

Surveys Perspectiva Feminista

Teoria Fundamentada

Hermenutica

Inquirio participante

ESTUDOS DE CORTES TRANSVERSAL

Positivista

Obtm informaes variadas em diferentes contextos,

simultaneamente

Diferentes variveis podem ser correlacionadas

Ex: Rotatividade de funcionrios x Produtividade

Problemas: amostra suficientemente representativa e como

isolar outras variveis que no esto em anlise

Os estudos de corte, no explicam. Eles identificam a

correlao.

ESTUDOS EXPERIMENTAIS

Positivista

Realizados em laboratrio

Permite o controle de determinadas variveis

Varivel independente (Ex: iluminao) x varivel dependente (nveis de

produtividade)

Tipos de estudos experimentais: mensuraes repetidas, amostras

independentes, pares combinados, sujeito nico.

ESTUDOS LONGITUDINAIS

Positivista

Estudo de uma varivel ao longo do tempo;

Objetivo: Pesquisar a dinmica do problema com as mesmas situaes

e pessoas;

Analisa a estabilidade relativa dos fenmenos dentro de um contexto

social, econmico, poltico, etc.

SURVEYS

Positivista

Estudada para se fazer inferncias a populao;

Em grandes populaes fica caro e demorado coletar os dados com

todos;

Utilizao de tcnicas estatsticas para mostrar a probabilidade dos

acontecimentos da amostra nas populaes;

O estgio crtico a definio da amostra;

Coleta de dados: geralmente, entrevistas ou questionrios

Tipos de Survey: descritivo, comparativo, de atitude, analtico

METODOLOGIAS

FENEMENOLGICA

METODOLOGIAS ASSOCIADAS

Pesquisa-ao

Estudo de Caso

Etnografia

Perspectiva Feminista

Teoria Fundamentada

Hermenutica

Inquirio participante

PESQUISA-AO

Fenomenolgico

Associao com uma ao ou com a resoluo de um

problema coletivo que envolva a mudana da realidade social

Pesquisador pode promover uma mudana consciente de uma

situao e monitorar resultados

Processo: Planejamento, ao, observao, reflexo e

programao/ao

Ex: melhorar a comunicao entre gesto e funcionrios e

cooperativas

PESQUISA-AO

Caractersticas:

Envolvem dois objetivos: resolver problemas e contribuir para

cincia;

Pesquisador deve trocar experincias com o pesquisado

Pesquisador investiga o problema complexo e torna-o simples

para o entendimento de todos

Aplicvel a mudanas no sistema social

Ambiente do negcio deve ser compreendido antes da pesquisa

ESTUDO DE CASO

Fenomenolgico

Exame de um nico exemplo de um fenmeno de interesse em

um contexto ;

Unidade de anlise: caso onde est sendo analisado o

problema, se coletam e analisam os dados;

Ex: empresa ou grupo de trabalhadores, um acontecimento, um

processo ou um indivduo;

Tipos de Estudos de Casos: descritivos, Ilustrativos,

Experimentais e explanatrios.

Principais tcnicas de coleta de dados: anlise documental,

entrevista e observao.

ESTUDO DE CASO

Principais estgios do Estudo de Caso

Seleo do seu Caso

Investigaes Preliminares

Estgios de dados

Estgio de anlise

Estgio de relatrio

ESTUDO DE CASO

Dificuldades:

Negociao de acesso a dados;

Processo pode levar muito tempo;

Delimitao do estudo;

Quantidade de variveis em questo;

A unidade de anlise tem um passado e um futuro a ser

considerado

O caso no apenas um local de coleta de dados

ETNOGRAFIA

Fenomenolgico

Deriva da antropologia

Participao direta do pesquisador

Principal mtodo de coleta de dados : observao participante

Interpretao do mundo social pelos membros

ETNOGRAFIA

Sugestes:

Ganhar confiana rpido;

Envolver-se, mantendo a anlise;

Informante-chave;

Usar mtodos mltiplos de coleta;

Captar as vises;

Redigir notas de campo;

Ser descritivo;

Inserir suas experincias como parte das anotaes;

Sintetizar as anotaes.

ETNOGRAFIA

Problemas

Selecionar a organizao;

Confiana das pessoas com quem trabalha

Ser membro de um grupo integralmente

A pesquisa ser conclusiva?

PERSPECTIVA FEMINISTA

Fenomenolgico

Metodologia que desafia o paradigma tradicional de pesquisa

do ponto de vista e da ideologia do movimento das mulheres.

O conhecimento fundamentado nas experincias das

mulheres;

A pesquisa beneficia mulheres;

O pesquisador imerge em ou exibe empatia pelo mundo que

est sendo estudado.

TEORIA FUNDAMENTADA (GROUNDED THEORY)

Fenomenolgico

Mtodo interpretativo

Procedimentos para desenvolver uma teoria fundamentada

derivada indutivamente sobre um fenmeno

Formulao terica da descoberta da realidade

Tentativa de esclarecer dados desenvolvendo categorias

Saturar essas categorias

Desenvolver a categoria fora desse ambiente

HERMENUTICA

Fenomenolgico

Envolve a ateno particular ao contexto histrico e social em

torno de uma ao ao interpretar um texto.

Palavras e nmeros transmitem significados;

Nmeros so escolhidos de acordo com um princpio lgico

estruturado;

H uma relao entre esse princpio lgico estruturado e o

significado pretendido;

O trabalho desse resultado pretendido uma projeo de um

mundo;

A descoberta desse significado feita pela mediao do auto-

entendimento.

INQUIRIO PARTICIPANTE

Fenomenolgico

Trata da pesquisa com pessoas em vez de pesquisa sobre

pessoas;

Os participantes so envolvidos na coleta e anlise dos dados;

Debatem e determinam a direo da pesquisa;

Seres humanos como co-criadores de sua realidade pela

participao, experincia e ao.

COMBINAO DE METODOLOGIAS

Trata-se da ao de vrias metodologias em um nico

estudo. Utiliza-se mtodos quantitativos e qualitativos

em diferentes perspectivas ideolgicas.

Ex: Uma survey quantitativa pode ser acompanhada de

entrevistas para esclarecimentos qualitativos

TRIANGULAO

O uso de diferentes mtodos e tcnicas de pesquisa no mesmo estudo conhecido como triangulao e pode transpor o preconceito de uma abordagem de mtodo

nico.

Triangulao de dados;

Triangulao do investigador;

Triangulao metodolgica;

Triangulao de teorias.

FINAL

REFERNCIA

CAPTULO TRS

COLLIS, J.; HUSSEY, R. PESQUISA EM

ADMINISTRAO: UM GUIA PRTICO PARA

ALUNOS DE GRADUAO E PS-GRADUAO.

2 ED.; PORTO ALEGRE: BOOKMAN, 2005.