aula 03 - do mandado de seguranca

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Curso de Processo Civil (em exercícios) Prof. Róger Aula 3 DO MANDADO DE SEGURANÇA ATENÇÃO! As questões a seguir estão com os respectivos comentários do gabarito. SE VOCÊ QUISER TENTAR FAZER APENAS AS QUESTÕES, SEM O GABARITO, LOGO ADIANTE VOCÊ ENCONTRARÁ AS MESMAS QUESTÕES, NA MESMA ORDEM, SEM O GABARITO, PARA VOCÊ TREINAR SEUS CONHECIMENTOS. Lembre-se sempre de elaborar suas dúvidas no nosso fórum de estudos... encontro você lá, combinado? Bons estudos! Cordialmente, Prof. Róger. Julgue os itens abaixo e e responda às perguntas formuladas Marque CERTO ou ERRADO ou responda às perguntas. Aqui os itens estão comentados... abaixo encontram-se os mesmos itens, na mesma seqüência, sem os comentários, caso queira começar por eles. 82. A legitimidade do ato de autoridade que atribui nota zero aos quesitos referentes à orientação e à observância das normas da ABNT na avaliação do trabalho de conclusão do curso superior, amparada na alegação de que os motivos que deram causa ao ato impugnado

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MANDADO DE SEGURANÇA

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Curso de Processo Civil (em exerccios) Prof. Rger Aula 3 DO MANDADO DE SEGURANA ATENO! Asquestes aseguir esto comosrespectivoscomentriosdogabarito.SE VOCQUISERTENTARFAZERAPENASASQUESTES,SEMOGABARITO, LOGOADIANTEVOCENCONTRARASMESMASQUESTES,NAMESMA ORDEM, SEM O GABARITO, PARA VOC TREINAR SEUS CONHECIMENTOS. Lembre-sesempredeelaborarsuasdvidasnonossofrumdeestudos... encontro voc l, combinado? Bonsestudos! Cordialmente, Prof. Rger. Julgue os itens abaixo e e responda s perguntas formuladas Marque CERTO ou ERRADO ou responda s perguntas. Aqui os itens esto comentados...abaixoencontram-seosmesmositens,namesmaseqncia,semos comentrios, caso queira comear por eles. 82. Alegitimidadedoatodeautoridadequeatribuinotazeroaosquesitos referentes orientao e observncia das normas da ABNT na avaliaodotrabalhodeconclusodocursosuperior,amparadana alegao de que os motivos quederam causa ao ato impugnado Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)2 encontram-se dissociados da realidade do estudante, afigura-se passveldecontrolepeloPoderJudicirio,havendodeserafastadaa impossibilidadejurdicadopedido,naespciedosautos,mesmoque esse estabelecimento seja de iniciativa privada. Nesse caso, para discutir a causa apresentada, admite-se o mandado de segurana. GABARITO: CERTO. Sim...naessncia,oqueoexaminadorcobrouaquioconhecimentodeque possvel o mandado de segurana contra ato de pessoa em situao particular e no somente contra ato de autoridade pblica. A instituio coatora, representada por seu preposto e que representa exatamente o chamadosujeitopassivodomandadodesegurana,podesertantopblica quanto particular. Mas,oprivadonoqualquerum...temqueseralgumdelegadooudelegatrio dosetorpblico,includoadaspermissionrioseconcessionriasdeservios pblicos. Outracoisa,temsidomuitocomumoquestionamentorelativodefiniode critrios objetivos na correo de provas, quer seja de instituies acadmicas, quer seja de instituies de concursos pblicos. Veja,porexemplo,aseguintenotciapublicada noCorreiowebem28demaiode 2008: OMinistrioPblicoFederalnoDistritoFederalingressounestaquarta-feira comaocivilpblicapedindo,liminarmente,asuspensodasprovasdo concursoparaoscargosdeanalistadoSupremoTribunalFederal(STF), marcadasparaodia6dejulho.Naao,oMPFquestionaorgoea organizadoradaseleoquantofaltadecritriosclarosnoeditalparaa correo das provas. No entendimento do Ministrio Pblico, os parmetros que sero usados pela banca examinadora foram informados de modo vago e incompleto no edital. "J os critrios de pontuao sequer foram mencionados", avalia o procurador da Repblica Bruno Acioli, autor da ao. Ele afirma que a ausncia das informaes fere os princpios da legalidade, da publicidade e do julgamento objetivo. "Uma coisa a liberdade de escolher os critrios eas respectivaspontuaes reputadaspertinentes; outra bem diferentedeixardeinseri-losnoeditalouinseri-losdemodovagoe deficiente", sustenta. Na ao so citados tanto a Unio como o Centro de Seleo e de Promoo deEventosdaUniversidadedeBraslia(Cespe/UnB),representadopela Fundao Universidade de Braslia. Deimediato,emcarterliminar,oMPFpedequeasprovasdiscursivasno sejamrealizadasatojulgamentodaao.Elesugerequeoeditalseja retificadocomantecednciadepelomenos30diasdadataderealizaodo exame. Aproveitandoocasoacima,faoumaperguntaatodos(paraserdiscutidano Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)3 frum):Por que o MP entrou com uma ao civil pblica e no com um mandado de segurana?. Aguardo sua resposta no FRUM... vamos debater as questes. 83. Admite-se,nomandadodesegurana,casosejajulgadoprocedenteo pedido do impetrante, a transmisso do inteiro teor da sentena concessiva autoridade coatora, mediante telefonema. GABARITO: ERRADO. No, isso no seria seguro. A transmisso dessa informao pode ser feita por OFCIO, mas no um telefonema, mesmo nos juizados especiais. ATENO:NOSTRIBUNAIS,OEFEITOJURDICODACONCESSODAORDEMNO MANDADO DE SEGURANA INDEPENDE DA PUBLICAO DO ACRDO! Oacrdovaiserpublicado,masoefeitodoacrdo,se concessivaasegurana, independe da publicao! Acrdo, lembre-se: so as decises colegiadas dos tribunais. 84. Atoadministrativonoqualcaibarecursoadministrativo,comefeito suspensivo ou devolutivo, no cabe mandado de segurana. GABARITO: ERRADO. PormeiodoPrincpiodaInafastabilidadedaJurisdio,nenhumalesooumesmo ameadelesoadireitopoderdeixardeserapreciadapeloPoderJudicirioem face das pelas pessoas que se sintam prejudicadas. No Brasil, no existe o contencioso administrativo. Em outras palavras: no Brasil, a Administrao Pblica no d a ltima palavra em questes administrativas. Ento,atoadministrativopendentederecursonoimpedeapossibilidadede impetrao de mandado de segurana na justia. Mesmo ainda no terminado o procedimento administrativo, pode a parte impetrar mandado de segurana na Justia. O mandado de segurana pode ser impetrado a qualquer momento, claro, dentro do prazo decadencial, previsto em lei. Oefeitosuspensivoserveparaexatamenteparasuspenderoefeitojurdicode algumacoisa,ouseja,comoefeitosuspensivo,apessoadeixadefazeralguma coisa ou de pagar alguma coisa. Se o recurso tem efeito suspensivo, isso quer dizer que algum j condenado a fazer algo ou a pagar algo, deixa de fazer ou de pagar, pelo menos ENQUANTO o recurso analisado. Oefeitodevolutivocorrespondeexatamenteaoexercciodorecurso,poisquando Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)4 algumrecorre,devolveacausaparaqueaautoridadecompetentevenhaa analisar, novamente, o problema-objeto do processo, no caso, administrativo. Esses efeitos noimpedemas pessoas interessadasde ingressarem como mandado de segurana na justia. 85. Casoojuizvenhaadenegaropedidoemmandadodeseguranae depoisdetransitadoemjulgadoasentena,nosepodefalarna formao da coisa julgada material, em hiptese alguma. GABARITO: ERRADO. A coisa julgada material pode sim ser formada, no haveria o porqu de no ser formada. O que coisa julgada? a deciso que transitou em julgado. O que transitar em julgado? ofimdalinhadoprocesso.Ocorrequandojnocabemaisrecursoparao processo. No cabvel recurso algum quando as partes querem, mas no podem, por esgotamento das vias recursais ou quando as partes podem, mas no querem, por renncia do direito de interposio de recursos. Mesmoquesejadenegadoopedido,nohproblemaemformarcoisajulgada material. Negadoopedido,ojuizcertamenteentrounomritodaao,porissoacoisa julgadamaterial,poisseomagistradonegaropedido,simplesmenteno reconheceu a certeza ou a liquidez do direito-objeto do impetrante. Forma sim coisa julgada material. 86. ConsoanteentendimentopacificadonombitodoSTJedoTRFda1. Regio,impetradoumMandadodeSegurana,impugnandoo procedimento licitatrio, a superveniente conclusodorespectivo certame, com aassinatura do contrato e a prestao do objeto licitado, conduz extino do writ por falta de interesse processual superveniente, eis que realizada a licitao que pretendia sustar, notadamentenashiptesesemquenohouveparalisaodocertame por qualquer medida judicial. GABARITO: CERTO. O que est acontecendo nesse item? Imagine um procedimento licitatrio em andamento... Imagine algum dos concorrentes entrando na Justia com o Mandado de Segurana Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)5 em face de um suposto ato que lhe feriu direito lquido e certo. Assim, esse concorrente veio a impugnar o procedimento licitatrio. S que nenhuma outra medida judicial foi tomada para barrar a licitao. Provavelmente, o pedido liminar dos impetrantes foi negado. Ento,alicitaotranscorreunormalmente...a...foideclaradoovencedordo certame e, evidentemente, foi-lhe adjudicado o contrato. Nesse caso, terminando o procedimento, o mandado de segurana j no mais fazia sentido continuar... A, devemos, ento, extinguir o writ por PERDA DE OBJETO. 87. Deveomandadodeseguranaserimpetradonoprazode120dias,a contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impugnado, salvo se causa suspensiva ou interruptiva. GABARITO: ERRADO. Quanto ao prazo, a questo est correta. Agora,oprazodescritonaquestoacimaindependedecausassuspensivasou interruptivas. A causa suspensiva seria algum evento que viesse a cortar a contagem do prazo do mandado de segurana, mas a contagem continuaria depois, do ponto onde parou. A causa interruptiva tambm levanta o prazo, mas o prazo voltaria do zero ao fim da interrupo. Bem, via de regra, esse prazo no admite suspenso ou interrupo. 88. Lquido e certo o direito que se discute no mandado de segurana. O que significa essa expresso direito certo? RESPOSTA: Certo o direito que noexige do julgador grandes ilaes hermenuticas ou instrutrias. Omandadodeseguranapossuiviaestreitaparadilaoprobatria,ouseja,no seprestaparaficardiscutindomatriadefato,queseperfezmedianteconstruo por meio de provas. A hermenutica a cincia da interpretao e aplicao de todas as coisas. Certo odireitonoqualojulgador,rapidamente,observaquedevasimserestabelecido numarelaojurdicaqualquer.Ento,nomandadodesegurana,ahermenutica deve ser instantnea. Oesforoparainterpretaranormaeaplicaraocasoconcretomnimono mandamus. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)6 Certoodireitoquenoexigeinstruo.Instruiroprocessoomesmoque provar,demonstrarcientificamenteumaverdadesobreumfato.Omandamusno precisa disso. Seumarelaojurdicanotria,noprecisaabrirespaonomandamusparaa instruo do direito, pois certo, no restando, assim, dvidas sobre a veracidade e a adequao de um determinado fato. Se o direito certo, deve ser imediatamente cumprido! Abaixo, vermos o que o direito lquido, certo? 89. possvel o magistrado de qualquer instncia aferir a correta valorao dasprovasnoprocedimentoadministrativoquandoaviaeleitapara atacar o ato administrativo for o mandado de segurana. GABARITO: ERRADO. Pessoal: no se pode analisar PROVAS no mandado de segurana. Omandamus,ouseja,omandadodesegurana,noviaadequadaparaa realizaodachamadainstruoprobante,ouseja,arealizaodeprovas,a produo de percias, exames, testemunhas etc. 90. verdade que o mandado de segurana admite desistncia a qualquer tempo, independentemente de consentimento do impetrado. GABARITO: CERTO. NingumobrigadoapermanecernaJustiaporcausadeummandadode segurana.Adesistnciasemprepossvelsimeissoindependedavontadeda autoridade impetrada. 91. EmsetratandodeMandadodeSegurana,dispensvelautoridade impetrada a representao judicial da entidade em cujo nome atue. GABARITO: ERRADO. Pelocontrrio...aautoridadeimpetradadevesimprovarquerepresentante judicial da entidade questionada. Sobrearepresentaodepessoajurdica,temosasregrascontidasnoCdigode Processo Civil, art. 12... veja: Art. 12. Sero representados em juzo, ativa e passivamente: I - a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Territrios, por seus procuradores; II - o Municpio, por seu Prefeito ou procurador; Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)7 III - a massa falida, pelo sndico; IV - a herana jacente ou vacante, por seu curador; V - o esplio, pelo inventariante; VI - as pessoas jurdicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, no os designando, por seus diretores; VII-associedadessempersonalidadejurdica,pelapessoaaquemcoubera administrao dos seus bens; VIII-apessoajurdicaestrangeira,pelogerente,representanteouadministrador desuafilial,agnciaousucursalabertaouinstaladanoBrasil(art.88,pargrafo nico); IX - o condomnio, pelo administrador ou pelo sndico. 1 Quando o inventariante for dativo, todos os herdeiros e sucessores do falecido sero autores ou rus nas aes em que o esplio for parte. 2 As sociedades sem personalidade jurdica, quando demandadas, no podero opor a irregularidade de sua constituio. 3Ogerentedafilialouagnciapresume-seautorizado,pelapessoajurdica estrangeira, a receber citao inicial para o processo de conhecimento, de execuo, cautelar e especial. Art. 13. Verificando a incapacidade processual ou a irregularidade da representao daspartes,ojuiz,suspendendooprocesso,marcarprazorazovelparaser sanado o defeito. No sendo cumprido o despacho dentro do prazo, se a providncia couber: I - ao autor, o juiz decretar a nulidade do processo; II - ao ru, reputar-se- revel; III - ao terceiro, ser excludo do processo. DESSA REPRESENTAO QUE A QUESTO FALA. Lembra que quando estudamos odireitodeao,vimosqueexistempessoasquepossuemlegitimaoordinria, ou seja, podem, no seu prprio nome, defender direito prprio. Mas,semprequenaquestodeprovavierotermoentidade,refere-sepessoa jurdica.Nocaso,essapessoajurdicapossuilegitimaoextraordinria,ouseja, precisa ser representada em juzo. Concluindo: A autoridade impetrada precisa sim provar que a representante legal da entidade para discutir o mandado de segurana. 92. Exige-se,paraocabimentodomandadodeseguranacoletivo,quese tenha em vista proteger direito peculiar e exclusivo da classe abrangida, por exemplo, pela organizao sindical impetrante. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)8 GABARITO: ERRADO. O direito peculiar e exclusivo aquele que exige prova para a sua realizao. No o caso do mandamus, pois o necessrio apenas direito lquido e certo, e, no caso,domandadodeseguranacoletivo,ademonstraodedireitosubjeito,ou seja, exigvel. OsefeitosdoMSpodemextrapolaraclasseabrangida,dependendodasituao, ressalvados os direitos adquiridos relativamente a terceiros de boa-f. 93. Mandado de segurana no cabvel contra atos praticados por pessoas ou instituies particulares. GABARITO: ERRADO. possvel sim mandado de segurana em desfavor de pessoas jurdicas particular, quando delegatrio do poder pblico. Numa questo acima, j vimos isso. 94. Nocabvelomandadodeseguranacoletivoquevisedefesade direito apenas de alguns integrantes de classe abrangida pela associao impetrante. GABARITO: ERRADO. Veja:oqueproibidoaimpetraodemandadodeseguranacoletivoparaa defesa de interesses INDIVIDUAIS. Mas... ... ... Tambmnovamosexagerar,poisomandadodeseguranaadmiteatutela(= proteo) de direito de alguns membros da coletividade. No preciso que o mandamus venha a tutelar 100% dos membros da coletividade, pode sim tutelar 90%, 80% etc... 95. No pode ser impetrado mandado de segurana contra lei em tese. GABARITO: CERTO. Questionar leispossvelpormeiodosistemadecontroledeconstitucionalidade de leis, ou seja, por meio da ADI = Ao Direta de Inconstitucionalidade ou ADC = Ao Declaratria de Constitucionalidade deleis em tese, ou seja, em abstrato. Mas... ... ... Seumanormaestiveraindaemprocessodeformao,norespectivoprocesso legislativo, os parlamentares poderoquestionar procedimentos relativos Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)9 formao da lei em MS. Porexemplo,seumprojetodeleiestiversendoprocessadonaCmarados Deputadosealgumprocedimentointerno,previstonoRegimentoInternodaCF, no for respeitado, parlamentares interessados podero impetrar MS para garantir a regularidade desses procedimentos. Veja,nocasocitado,noestamosdiscutindoaleiemsi,masprocedimentos relativos formao das leis. 96. Noexamedeumaimpetraodesegurana,visandonulidadedeato de autoridade administrativaque aplicou, em procedimento administrativo,penadedemissoaoservidorimpetrante,deverojuiz examinar o mrito da deciso administrativa. GABARITO: ERRADO. Deveriasimojuizverificarseexiste,ouno,causalegtimaqueautorizea imposiodareferidasanodisciplinar,masjamaisomagistradovaientrarno mrito do ato administrativo. ATENO: VIA DE REGRA, O JUIZ NO PODE ENTRAR NA ANLISE DO MRITO DO ATOADMINISTRATIVO,OUSEJA,NAANLISEDACONVENINCIAE OPORTUNIDADE QUANTO PRTICA DO ATO ADMINISTRATIVO. 97. No momento em que decretada a inconstitucionalidade de lei em tese, jexauridooprocessolegislativoejpromulgadaumanorma,a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo ou sancionatrio. GABARITO: ERRADO. ATENO:JAMAISSEUSAMANDADODESEGURAAPARAREALIZARCONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DE PROCESSOS!!! De fato, uma lei poder sim ferir direito lquido e certo de algum. No obstante, o instrumento adequado para se questionar uma lei que venha a ferir direitosdaspessoasconsistenoscontrolesconcretosdeconstitucionalidade,be, assim nos controles incidentais no caso j em andamento ou nas aes em controle abstrato, em tese, tais como a ADI (Ao Direta de Inconstitucionalidade) ou ADC (Ao Declaratria de Constitucionalidade) de leis. ENTRETANTO:ATENO!!!CABVELSIMOMANDADODESEGURANAPARA FAZER O CONTROLE PREVENTIVO DE CONSTITUCIONALIDE, ou seja, se um projeto deleiouumapropostadeemendaconstitucionalestivertramitandonoprocesso legislativo, nas Casas legislativas e, por meio de mecanismos internos, a respectiva Casanoconseguir barraralguma ilegalidadeou abusodepodernoquetange tramitaodasproposieslegislativas,possvelomandadodeseguranana justia. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)10 claroqueojuiz novaianalisaromrito do ato legislativo, mas to-somente se osPROCEDIMENTOSqueestosendoadotadosnatramitaodaproposioesto conformeosregimentosinternosdasrespectivasCasas,bemassimconformea legislao procedimental. 98. O cabimento de mandado de segurana contra ato judicial condiciona-se inexistncia de recurso especfico previsto nas leis processuais, apto a impedir a ilegalidade eventualmente apontada. GABARITO: CERTO. OMandadodeSegurana,viaderegra,atacaatoadministrativo.Porm,a jurisprudnciadostribunais,defato,admiteowritemfacedeatoJUDICIAL.S que,nesseltimocaso,sehouverOUTROmeiodeatacaroreferidoatojudicial, ento,prefere-sequeseuseesseOUTROmeio,como,porexemplo,umrecurso especfico. S se pode usar o Mandado de Segurana para atacar ato judicial se no houver outro meio de impugnar tal ato. Assim,seumjuizdesegundainstncia,porexemplo,praticarumadeciso monocrtica em um processo judicial, que poder ser questionada por um agravo regimental, nesse caso, no cabe Mandado de Segurana. Seumadecisoqualquerdojuiznopuderserquestionadaporqualqueroutro recurso, a sim... abre-se a possibilidade de Mandado de Segurana. S para terminar a anlise desse ponto: o que mesmo uma deciso monocrtica? A deciso monocrtica uma manifestao do juiz de tribunal para resolver, via de regra, questo incidental. O que questo incidental? Representaumproblemajurdiconoprocesso,problemaesseparaleloao mrito da causa. Sumaltimaobservaoparaosmeuscolegasadareadodireito,conforme jurisprudncia dos tribunais federais e dos tribunais superiores: ... inadmissvel o agravoregimentalinterpostocontradecisoqueindeferiumedidaliminarem mandado de segurana. Ento,noprocessamentodoprprioMandadodeSegurana,seojuiznaturalda causa,nostribunais,indeferirinicialmenteumpedidoliminardoimpetrante,dessa deciso, no cabe recurso, ok? 99. O dirigente de instituio de ensino particular, ao regulamentar as suas atividadesacadmicas,nelasinseridososcritriosparaaprovaonas diversasdisciplinasquecompemocursosuperior,agepordelegao do Poder Pblico, sendo, pois, o ato, ora impugnado, sob este aspecto, Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)11 passvel de correo pela via do mandado de segurana. GABARITO: CERTO. ATENO:Como vocpodeobservar cabvelsim mandadodeseguranacontra ato de pessoas particulares. Viaderegra,omandadodeseguranacabvelcontraatodeautoridadepblica, masemcasos especiais,comooqueacimaest escrito, pode tambmcontraatos de pessoas particulares. 100. O mandado de segurana coletivo poderia ser impetrado pelos sindicadosparaadefesadedireitosindividuaisdealgunsdeseus filiados. GABARITO: ERRADO. No podemos misturar o coletivo com o individual. possvelosindicatoentrarcommandadodeseguranacoletivoemdefesados interesses de uma coletividade, ou seja, todos os sindicalizados? SIM. Mas no se pode tutelar direitos individuais no mandado de segurana coletivo. 101. Omandadodeseguranaaocivilaindaquandoimpetradocontra ato de juiz criminal, praticado em processo penal. GABARITO: CERTO. O mandado de segurana tem carter de ato judicial civil, sempre. Qualquerquesejaacausa,omandado desegurana sempre discutecausa sob a tica do direito civil. instituto de direito processual civil. 102. O mandado de segurana ao de summaria cognitio. GABARITO: CERTO. A referida expresso em latim signifca cognio sumria. Isso tem haver com aquela impossibilidade de se abrir a tal da dilao probatria. Veja:omandadodesegurananoviaadequadaparaadiscussodequestes que exijam a demonstrao de sua veracidade por meio do sistema de provas. Acognio=conhecimentoeosumrio=rpido.Ento,ojuiznaturaldacausa deveexerceroconhecimento,ouseja,oreconhecimentododireitoemtela,no mandamus, por meio de mecanismos que possibilitem sua anlise de forma rpida, segura e eficaz, diretamente no caso concreto, pois lembre-se sempre: NO MANDADO DE SEGURANA DISCUTIMOS DIREITO LQUIDO e CERTO. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)12 103. O mrito do ato administrativo est, sim, sujeito a controle judicial, sob ocritriodarazoabilidade.Ojuiznoiravaliarseoadministrador, comodeseudever,fezomelhor usodacompetnciaadministrativa, mascabe-lheponderarseoatoconteve-sedentrodepadresmdios, delimitesaceitveis,foradosquaisconsidera-seerroe,comotal, sujeito a anulao. GABARITO: CERTO. oatoadministrativovinculadoqueestsujeitoaocontroledalegalidadepelo Poder Judicirio. Ocritriodecontrole,talcomooitemafirma,oPrincpiodaRazoabilidade,ou seja, a adequao entre meios e fins. Ento,oJudicirio,defato,nopoderiaentrarnaanlisedeconveninciae oportunidade para a prtica de um ato administrativo, pois isso, de fato, estaria fora do alcance do juiz, por ser questo de exclusiva competncia do administrador. Entretanto, o que o juiz pode sim verificar, se for provocado para isso (Princpio da Inrcia) se houve ou no exagero, ou seja, desvio de finalidade na prtica do ato administrativo. Se o administrador, ao praticar um ato administrativo, cometeu excesso de finalidadeoumesmodesviodefinalidade,ento,aviadomandamusadequada para eliminar esses exageros. 104. O que o direito lquido a que se refere o mandado de segurana? RESPOSTA:Lquidoodireitoquecontenhaessnciaedimensesdefinidas,ou seja, tamanho, extenso, cor, textura, visualizao patentes. Fala-seemvalores,moeda,tempo,lugar,modo,prazoetcdeformaevidentee clara. Se o direito lquido, deve ser imediatamente cumprido! 105. O sujeito passivo na ao de mandado de segurana no a autoridade coatora e sim a pessoa jurdica de direito pblico a que ela pertence. GABARITO: CERTO. Sempre que alguma autoridade pratica o ato administrativo (ou judicial), o faz EM NOME de alguma pessoa jurdica. rgo no pratica ato, pois no pessoa. MAS, O RGO POSSUI SIM LEGITIMATIOADCAUSAMPARAPROPORMANDADODESEGURANAQUANDO VISA A TUTELAR UM DIREITO SEU EM FACE DE SUA COMPETNCIA. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)13 106. Paraqueaentidadeassociativaimpetreomandadodesegurana coletivo, no se exige que os beneficiados expressamente a autorizem a tanto. GABARITO: CERTO. Paraquehajamandadodesegurana,noprecisoquecadapessoadeuma coletividade autorize o impetrante via procurao com poderes especiais. Nocasodossindicatos,essaregravem sendomitigada,poiscada umdeveriasim autorizar a instituio representao, mas no caso de mandado de segurana, se no houver nus da subumbncia, a tal autorizao no se faz necessria. 107. Passada em julgado a sentena denegatria de mandado de segurana, nova impetrao admissvel, se negado por falta de liquidez e certeza. GABARITO: CERTO. Passar em julgado = transitar em julgado. Isso o mesmo que chegar ao fim do processo.Quandoumacausa transitaemjulgado,issoomesmoque terminara tramitao, no cabe mais recurso da deciso. Certeza e liquidez so exatamente os requisitos essenciais do mandado de segurana.Senegadaexatamentealiquidezeacerteza,entoomandadode segurana no chegou ao seu objetivo final. Via de regra, no h como entrar com a mesma ao quando transitou julgado uma causa. Mas, nesse caso do ponto em questo, pode sim. Veja: denegado o pedido em mandado de segurana, onde houve falta de discusso sobreliquidezecertezaesevieressacausaatransitaremjulgado,podersim haver outra ao, com o mesmo objeto, sem gerar, com isso, a litispendncia. Assim,nohlitispendnciaarepetiodeobjeto,nemto-poucopressuposto negativo de admissibilidade em mandado de segurana por coisa julgada material. OBS1:litispendncia=duascausasiguais,comasmesmaspessoas,omesmo objeto, a mesa causa de pedir. OBS 2: coisa julgada = a deciso que transitou em julgado. 108. Podeojuizreexaminarprovaseasquestesfticasanalisadasem procedimento administrativo por ocasio do mandado de segurana. GABARITO: ERRADO. importante que todos ns venhamos a saber que o mandado de segurana no via adequada para que sejam analisadas provas, ou seja, no se fala em mandado de segurana a realizao da instruo processual: oitiva de testemunhas, Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)14 realizao de laudos periciais etc. 109. Quandosetratardeatodisciplinar,praticadoporautoridade competenteecomobservnciadasformalidadesessenciais,nocabe mandado de segurana. GABARITO: CERTO. Sim, pois no ficou demonstrado qualquer irregularidade ou abuso de poder. Se o ato praticado em harmonia com os procedimentos previstos em lei, est tudo certo. Casoapessoaqueiradiscutiromritodoatoadministrativo,nessecaso,dever ingressar em juzo com uma ao ordinria comum. 110. Quando visa a impedir o cometimento de ilegalidade iminente, a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo ou sancionatrio. GABARITO: ERRADO. Bem... para impedir uma ilegalidade iminente, isso deve ser feito por uma medida liminar e no por sentena. Iminenteoqueestprestesaocorrer.Asentenacertamentedemorariatanto que essa ameaa poderia sim ocorrer. Paraeliminarilegalidadeiminente,oimpetrantepediraojuizdacausauma apreciao em carter liminar. Quando uma deciso liminar tomada, no tem carter repressivo ou sancionatrio. 111. Quanto ao mandado de segurana, correto afirmar que no se permite renovar o pedido ainda que a deciso denegatria lhe tenha apreciado o mrito. GABARITO: CERTO. Comojvimos,opedidospoderiaserrenovadoseasentenadenegatriade mandado de segurana negar o objeto por falta de liquidez e certeza. 112. Sabe-sequequantoaocabimentodo"mandamus",umavezquenos termos da Smula 202 do STJ: a "impetrao de mandado de segurana por terceiro, contra ato judicial, tambm se condiciona interposio de recurso, tal qual exigido doprprioimpetrantediretamente interessado no objeto da medida judicial". Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)15 RESPOSTA: ERRADO. Comovimos,aregrageralquenocabeMandadodeSeguranacontraATO JUDICIAL se for possvel encontrar outra soluo no sistema recursal dos tribunais. Mas... ... ... Se terceiras pessoas impetrarem o Mandado de Segurana, a condio acima no exigncia que precisa ser observada. Em outras palavras, temos duas hipteses: MANDADO DE SEGURANA IMPETRADO DIRETAMENTE PELA PESSOA INTERESSADA EQUE FAZPARTEDEUMARELAOJURDICAQUALQUER:a impetraodomandamusdependededemonstraodono-cabimentode outra possibilidade de soluo jurdica para o caso, no sistema recursal; MANDADODESEGURANAIMPETRADOPORTERCEIRASPESSOAS ESTRANHAS A UMA RELAO JURDICA QUALQUER: a impetrao do mandamusnodependedademonstraodapossibilidadedeoutrasoluo paraocaso,utilizando-se,porexemplo,osistemarecursal.Nessecaso,os impetrantes-estranhos no precisamdemonstrar que no existe outra soluo, ouseja,mesmotendoapossibilidadedeoutrasoluojurdicapara ocaso,mesmoassim,essesimpetrantes-terceiros-estranhospodementrar como mandamus. 113. Se a verificao do direito alegado pelo impetrante exige dilao probatria, ou seja, apreciao evalorao probatria, afigura-se compatvelcomaviaestreitadomandadodesegurana,ressalvando- se, contudo, impetrante, as vias ordinrias. GABARITO: ERRADO. O Mandado de Segurana no via adequada para dilao probatria. A princpio, no cabe, no mandamus, a instruo do processo. O que dilao probatria? Isso quer dizer da possibilidade de se abrir espao para a instruo do processo, ou seja, para que seja discutido, no caso concreto, as provas, tais como: testemunhas, percias, exames, documentos etc. O mandamus deve discutir direito LQUIDO e CERTO. No cabe ficar demonstrando queodireitolquidoecertopormeiodefaseinstrutriadoprocesso,ondea causa passa por uma longa instruo. Oimpetrantedeve,deincio,demonstrarqueoseudireitoLQUIDOeCERTO, semanecessidadedeficarcomlongasdiscussessobrearelaojurdicaquese estabelece, por meio do sistema de provas. Afasedeprovas,ouseja,ainstruodoprocesso,dar-se-somentenasaes ditas ordinrias. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)16 114. Seoimpetrante buscarareparaodeumdireito individuallesado por ato(ouomisso)ilegalouabusodepoderpraticadoporautoridade,a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo ou sancionatrio. GABARITO: CERTO. A sentena, no caso, poder sim estabelecer uma forma de reparao do dano, da oseucarterdereprimenda,ouseja,defazercessar,imediatamente,eventual ilegalidadeouabusodepoder,estabelecendo,porexemplo,multaspeloeventual descumprimento da ordem. 115. Somente em casos excepcionais, admitir-se- a impetrao de mandado de segurana contra ato judicial. GABARITO: CERTO. Inclusive, como j visto acima, caberia Mandado de Segurana contra ato JUDICIAL somente se no houvesse um recurso especfico que pudesse resolver o problema. Ento, voc j sabe: o Mandado de Segurana foi feito para atacar a deciso de natureza administrativa. AdecisoJUDICIALdeveserquestionadapelosistemarecursalapropriado.O MandadodeSeguranasseriausadopelapartesinteressadasnumprocessos em ltimo caso. Veja, por exemplo, o seguinte precedente jurisprudencial: PROCESSO CIVIL. MANDADO DE SEGURANA. ATO JUDICIAL. AUSNCIA DE ILEGALIDADEEDEABUSODEPODER.DIREITOLQUIDOECERTOINEXISTENTE. EXTINO DO WRIT OF MANDAMUS. 1.Oatojudicialimpugnadopassvelderecurso,peloqueseconstatanose apresentarcabvelomandadodesegurana,emfacedavedaocontidana Smula n 267 do eg. Supremo Tribunal Federal. 2.Ocabimentodemandadodeseguranacontraatojudicialcondiciona-se inexistnciaderecursoespecficoprevistonasleisprocessuaisaptoaimpedira ilegalidade eventualmente apontada (art. 5, inciso II, da Lei n 1.533/51). 3.Somenteseapresentajuridicamentepossvelaimpetraodemandadode segurana contra ato judicial passvel de recurso ou correio, nos casos teratolgicos,deflagranteilegalidade,ouabusodepoder,emqueocorraviolao de direito lquido e certo do impetrante. 4. O ato ora impugnado passvel de recurso nos termos do que dispe o art. 522 do Cdigo de Processo Civil. 5. No cabimento do mandado de segurana. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)17 6. Processo extinto, sem julgamento do mrito. (MS 2007.01.00.036387-9/MG, Rel. Juza Federal Rosimayre Gonalves de Carvalho (conv.), Segunda Seo, DJ de 23/11/2007, p.7). Observe no excerto acima: Oqueowritofmandamus.Issoomesmoquedizer:mandadode segurana; pacfico,noSTF,quequandoumatojudicialpassvelderecurso,no possvelspessoasinteressadasemquestionaroreferidoatojudicialpor meio do mandado de segurana; SeailegalidadeeventualmenteapontadapodeseratacadaporOUTROS meios, deve-se deixar o Mandado de Segurana para o ltimo caso; Se uma deciso JUDICIAL, ainda passvel de ser impugnada por recursos, for muitoestranha,poderiaseratacadapormandadodesegurana.Essa deciso muito estranha o que o trecho acima chama de teratolgica. IMPORTANTE:VEJAQUEPOSSVELSIMAIMPETRAODEMANDADODE SEGURANAPARAQUEMPRETENDEQUESTIONAR UM ATO JUDICIAL, MESMOQUEAINDAPASSVELDERECURSO,MASSOMENTESEESSEATO JUDICIAL FOR, AO EXTREMO, INCABVEL, OU SEJA, TERATOLGICO. 116. Somenteinteressesqueconfiguremdireitossubjetivoslegitimama vlida utilizao do mandado de segurana coletivo. GABARITO: CERTO. Para que uma coletividade possa buscar os seus direitos no mandado de segurana, esse direito tem que ser exigvel, por isso, subjetivo. Direito subjetivo aquele que se pode exigir de algum, pois lquido e certo. 117. Suponha que na petio inicial de mandado de segurana, o impetrante descrevefatosimprecisos,vagoseincertos,deformaaensejara realizaodeaudinciadeinstruo.Norequereuaconcessode liminar, por desnecessria aos seus propsitos. A soluo, ento, ser o processamentodopedido,comarealizaodeaudinciadeinstruo para sanear a descrio dos referidos fatos. GABARITO: ERRADO. O CERTO seria indeferir, de plano, a petio inicial, porinpcia, devido impossibilidade jurdica do pedido. Seoimpetrante,logonapetioinicial,noconseguedescreveroseudireito lquidoecertocomclarezaepreciso,issonopoderforarojuizaproduzir provas no mandamus. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)18 Omandadodesegurana no instrumentoquecomporta, em si,aproduode provas para esclarecer um fato que, desde o incio, j deveria ser lquido e certo. 118. Suponhaquetenhasidoajuizadomandadodesegurana,porservidor pblico,postulandocertavantagem denatureza pecuniria,queestima em razo da funo que desempenha, mas que no vem sendo paga. A sentenadeprimeirograuquevieraconcederavantagemtransitar em julgado, se no houver recurso voluntrio da parte no prazo previsto em lei. GABARITO: ERRADO. Trata-se de remessa oficial. A REMESSA OFICIAL consiste numa espcie de recurso obrigatrio. AremessaoficialacontecesemprequeaFazendaPblicaforsucumbenteno processo. Sucumbente = perder na causa, ou seja, ter que pagar algo. Se o servidor ganhou a vantagem, ento a Fazenda Pblica tem que pagar algo. Mas... ... ... ANTES DE PAGAR, a Fazenda Pblica tem direito de uma reviso da causa como um todo, na segunda instncia da justia. Ento,seessarevisoobrigatria,nopodertransitaremjulgadoaao, mesmo que no tenha o recurso voluntrio da causa. LISTA DOS ITENS FORMULADOS NESSA AULA Aseguir,conformeocombinado,encontram-seasmesmasquestesanteriores,na mesma seqncia, sem os comentrios... 82.Alegitimidadedoatodeautoridade queatribuinotazeroaosquesitos referentes orientao e observncia das normas da ABNT na avaliaodotrabalhodeconclusodocursosuperior,amparadana alegao de que os motivos quederam causa ao ato impugnado encontram-se dissociados da realidade do estudante, afigura-se passveldecontrolepeloPoderJudicirio,havendodeserafastadaa impossibilidadejurdicadopedido,naespciedosautos,mesmoque esse estabelecimento seja de iniciativa privada. 83. Admite-se,nomandadodesegurana,casosejajulgadoprocedenteo pedido do impetrante,a transmisso do inteiro teor da sentena concessiva autoridade coatora, mediante telefonema. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)19 84. Atoadministrativonoqualcaibarecursoadministrativo,comefeito suspensivo ou devolutivo, no cabe mandado de segurana. 85. Casoojuizvenhaadenegaropedidoemmandadodeseguranae depoisdetransitadoemjulgadoasentena,nosepodefalarna formao da coisa julgada material, em hiptese alguma. 86. ConsoanteentendimentopacificadonombitodoSTJedoTRFda1. Regio,impetradoumMandadodeSegurana,impugnandoo procedimento licitatrio, a superveniente concluso do respectivo certame, com a assinatura do contrato e a prestao do objeto licitado, conduz extino do writ por faltadeinteresseprocessual superveniente, eis que realizada a licitao que pretendia sustar, notadamentenashiptesesemque nohouveparalisaodocertame por qualquer medida judicial. 87. Deveomandadodeseguranaserimpetradonoprazode120dias,a contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impugnado, salvo se causa suspensiva ou interruptiva. 88. Direito certo: lquido e certo o direito que se discute no mandado de segurana. O que significa essa expresso direito certo? 89. possvel o magistrado de qualquer instncia aferir a correta valorao dasprovasnoprocedimentoadministrativoquandoaviaeleitapara atacar o ato administrativo for o mandado de segurana. 90. verdade que o mandado de segurana admite desistncia a qualquer tempo, independentemente de consentimento do impetrado. 91. EmsetratandodeMandadodeSegurana,dispensvelautoridade impetrada a representao judicial da entidade em cujo nome atue. 92. Exige-se,paraocabimentodomandadodeseguranacoletivo,quese tenha em vista proteger direito peculiar e exclusivo da classe abrangida pela organizao sindical impetrante. 93. Mandado de segurana no cabvel contra atos praticados por pessoas ou instituies particulares. 94. Nocabvelomandadodeseguranacoletivoquevisedefesade direito apenas de alguns integrantes de classe abrangida pela associao impetrante. 95. No pode ser impetrado mandado de segurana contra lei em tese. 96. Noexamedeumaimpetraodesegurana,visandonulidadedeato deautoridadeadministrativaque aplicou, em procedimento administrativo, pena de demisso ao servidor impetrante, dever o juiz examinar o mrito da deciso administrativa. 97. No momento em que decretada a inconstitucionalidade de lei em tese, jexauridooprocessolegislativoejpromulgadaumanorma,a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)20 ou sancionatrio. 98. O cabimento de mandado de segurana contra ato judicial condiciona-se inexistnciaderecursoespecficoprevistonasleisprocessuais,apto a impedir a ilegalidade eventualmente apontada. 99. writOdirigentedeinstituiodeensinoparticular,aoregulamentaras suas atividades acadmicas, nelas inseridos os critrios para aprovao nas diversas disciplinas que compem o curso superior, age por delegaodoPoderPblico,sendo,pois,oato,oraimpugnado,sob este aspecto, passvel de correo pela via do mandado de segurana. 100. O mandado de segurana coletivo poderia ser impetrado pelos sindicadosparaadefesadedireitosindividuaisdealgunsdeseus filiados. 101. Omandadodeseguranaaocivilaindaquandoimpetradocontra ato de juiz criminal, praticado em processo penal. 102. O mandado de segurana ao de summaria cognitio. 103. O mrito do ato administrativo est, sim, sujeito a controle judicial, sob ocritriodarazoabilidade.Ojuiznoiravaliarseoadministrador, como de seu dever, fez o melhor uso da competncia administrativa, mascabe-lheponderarseoatoconteve-sedentrodepadresmdios, delimitesaceitveis,foradosquaisconsidera-seerroe,comotal, sujeito a anulao. 104. O que o direito lquido a que se refere o mandado de segurana? 105. O sujeito passivo na ao de mandado de segurana no a autoridade coatora e sim a pessoa jurdica de direito pblico a que ela pertence. 106. Paraqueaentidadeassociativaimpetreomandadodesegurana coletivo, no se exige que os beneficiados expressamente a autorizem a tanto. 107. Passada em julgado a sentena denegatria de mandado de segurana, nova impetrao admissvel, se negado por falta de liquidez e certeza. 108. Podeojuizreexaminarprovaseasquestesfticasanalisadasem procedimento administrativo por ocasio do mandado de segurana. 109. Quandosetratardeatodisciplinar,praticadoporautoridade competenteecomobservnciadasformalidadesessenciais,nocabe mandado de segurana. 110. Quando visa a impedir o cometimento de ilegalidade iminente, a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo ou sancionatrio. 111. Quanto ao mandado de segurana, correto afirmar que no se permite renovar o pedido ainda que a deciso denegatria lhe tenha apreciado o mrito. Prof. Rger Curso de Direito Processual Civil para TCU (em exerccios)21 112. Sabe-sequequantoaocabimentodo"mandamus",umavezquenos termos da Smula 202 do STJ: a "impetrao de mandado de segurana porterceiro,contraatojudicial,tambmsecondicionainterposio de recurso, tal qual exigido do prprio impetrante diretamente interessado no objeto da medida judicial". 113. Se a verificao do direito alegado pelo impetrante exige dilao probatria, ou seja, apreciao evalorao probatria, afigura-se compatvelcomaviaestreitadomandadodesegurana,ressalvando- se, contudo, impetrante, as vias ordinrias. 114. Seoimpetrantebuscarareparaodeumdireitoindividuallesadopor ato(ouomisso)ilegalouabusodepoderpraticadoporautoridade,a sentenaproferidaemmandadodeseguranatemcarterrepressivo ou sancionatrio. 115. Somente em casos excepcionais, admitir-se- a impetrao de mandado de segurana contra ato judicial. 116. Somenteinteressesqueconfiguremdireitossubjetivoslegitimama vlida utilizao do mandado de segurana coletivo. 117. Suponha que na petio inicial de mandado de segurana, o impetrante descrevefatosimprecisos,vagoseincertos,deformaaensejara realizaodeaudinciadeinstruo.Norequereuaconcessode liminar, por desnecessria aos seus propsitos. A soluo, ento, ser o processamentodopedido,comarealizaodeaudinciadeinstruo para sanear a descrio dos referidos fatos. 118. Suponhaquetenhasidoajuizadomandadodesegurana,porservidor pblico, postulando certa vantagem de natureza pecuniria, que estima em razo da funo que desempenha, mas que no vem sendo paga. A sentenadeprimeirograuquevieraconcederavantagemtransitar em julgado, se no houver recurso voluntrio da parte no prazo previsto em lei.