aula 03 - aÇÃo penal

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AÇÃO PENAL CONCEITO É O DIREITO DO ESTADO ACUSAÇÃO OU DA VÍTIMA DE ENGRESSAR EM JUÍZO, SOLICITANDO A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, REPRESENTADA PELA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO PENAL AO CASO CONCRETO.

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Page 1: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL

CONCEITO – É O DIREITO DO ESTADO ACUSAÇÃO OU DA VÍTIMA DE ENGRESSAR EM JUÍZO, SOLICITANDO A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL, REPRESENTADA PELA APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO PENAL AO CASO CONCRETO.

Page 2: AULA 03 - AÇÃO PENAL

CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE AÇÃO

AUTONÔMO – O DIREITO DE AÇÃO SURGE COM A OCORRÊNCIA DA INFRAÇÃO PENAL

ABSTRATO – O DIREITO DE AÇÃO SERÁ EXERCIDO MESMO COM A IMPROCEDÊNCIA DA DENÚNCIA OU QUEIXA

SUBJETIVO – O TITULAR DA AÇÃO É O MINISTÉRIO PÚBLICO E EXCEPCIONALMENTE A VÍTIMA OU SEU REPRESENTANTE

PÚBLICO – A ATIVIDADE PROVOCADA É DE NATUREZA PÚBLICA, SENDO A AÇÃO EXERCIDA CONTRA O PRÓPRIO ESTADO

INSTRUMENTAL- É O MEIO USADO PARA SE ALCANÇAR A EFETIVIDADE DO DIREITO MATERIAL

Page 3: AULA 03 - AÇÃO PENAL

CONDIÇÕES DA AÇÃO

CONCEITO – SÃO OS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA QUE O ESTADO EXERÇA O DIRETO DE AÇÃO PARA A APLICAÇÃO DA PRESTAÇÃO JURISDICIONAL.

Page 4: AULA 03 - AÇÃO PENAL

QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES DA AÇÃO?

POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO – O FATO NARRADO NA INICIAL TEM QUE CONSTITUIR INFRAÇÃO PENAL

INTERRESSE DE AGIR- É A NECESSIDADE DE SE BATER À PORTA DO JUDICIÁRIO, COM INTUITO DE SE RESOLVER UMA DEMANDA, ATRAVÉS DO MEIO ADEQUADO, DEVENDO O PLEITEANTE BUSCA ALGO ÚTIL.

LEGITIMIDADE – A AÇÃO SERÁ PROPOSTA POR QUEM É TITULAR DO DIREITO DE AGIR E SEMPRE CONTRA AQUELE QUE ESTA SUBORDINADO ESTE DIREITO.

JUSTA CAUSA – DEVERÁ HAVER O MÍNIMO DE PROVAS QUE INDIQUE INDÍCIOS DE AUTORIA E MATERIALIDADE. É A FUMAÇA DO BOM DIREITO PARA O EXERCÍCIO DA AÇÃO PENAL

Page 5: AULA 03 - AÇÃO PENAL

EXISTEM CONDIÇÕES ESPECIFICAS DA AÇÃO PENAL, QUAIS SEJAM:

CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE: REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA;REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA.CAUSAS OBJETIVAS DE PUNIBILIDADE:- SENTENÇA ANULATÓRIA DO CASAMENTO, NO CRIME

DE INDUZIMENTO A ERRO AO MATRIMÔNIO ( ART. 236, CP)

- INGRESSO NO PAÍS, DO AUTOR DE CRIME PRATICADO NO ESTRANGEIRO( ART. 7º , §2º ,”a” e b e §3º do CP

- DECLARAÇÃO DA PROCEDÊNCIA DA ACUSAÇÃO, PELA CÂMARA DE DEPUTADOS, NO JULGAMENTO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (ART. 86 DA CF).

- A SENTENÇA QUE DECRETA A FALÊNCIA, CONCEDE A RECUPERAÇÃO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL, NAS INFRAÇÕES FAMILENTARES ( ART. 180 DA LEI 11.101/2005

Page 6: AULA 03 - AÇÃO PENAL

NA PRÁTICA QUANDO DEVE SE VERIFICAR AS CONDIÇÕES DA AÇÃO

EXISTEM DUAS CORRENTES: -AQUELA QUE APLICA POR ANALOGIA O ART. 267, §

3º DO CPC, OU SEJA A AUSÊNCIA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO PODERÁ SER APLICADA A QUALQUER TEMPO, O QUE LEVARIA A CARÊNCIA DA AÇÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO;

- A SEGUNDA POSIÇÃO FALA QUE O MAGISTRADO CONSTATANDO QUE FALTA ALGUMA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO DEVERÁ REJEITAR A INICIAL, CONTUDO, PASSADO ESTE PRIMEIRO MOMENTO O MAGISTRADO DEVERÁ TRATAR COMO MATÉRIA DE MÉRITO AS CONDIÇÕES DA AÇÃO E ANALISÁ-LAS APENAS QUANDO DA SENTENÇA ABSOLVENDO OU CONDENANDO O RÉU.

Page 7: AULA 03 - AÇÃO PENAL

CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES

PÚBLICA INCONDICIONADA ( ART 100º DO CP)

PÚBLICA CONDICIONADA :- À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO- A REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇAAÇÃO PENAL PRIVADA:-EXCLUSIVAMENTE PRIVADA -PERSONALÍSSIMA – EX. (ART. 236 DO CP)-SUBSIDIÁRIA

Page 8: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA CONCEITO E TITULARIDADE Titularizada pelo Ministério Público, prescinde de manifestação de

vontade da vítima ou de terceiros para ser exercida. PRINCÍPIOS INFORMADORES Da obrigatoriedade: presentes os requisitos legais, o Ministério Pú blico

está obrigado a patrocinar a persecução criminal, ofertando de núncia para que o processo seja iniciado.

Da indisponibilidade: uma vez proposta a ação, o Ministério Público não pode dela dispor.

Da oficialidade: a persecução penal in juízo está a cargo de um órgão oficial, qual seja, o Ministério Público.

Da autoritariedade: o promotor de justiça (ou o procurador da re pública, na esfera federal), órgão da persecução criminal, é autoridade pública.

Da oficiosidade: a ação penal pública incondicionada não carece de qualquer autorização para instaurar-se, devendo o Ministério Público atuar ex ojficio.

Da indivisibilidade: o parquet tem o dever de ofertar a denúncia em face de todos os envolvidos na prática da infração penal.

Da intranscendência ou pessoalidade: a ação só pode ser proposta contra quem se imputa a prática do delito

Page 9: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PÚBLICA CONDICIONADA

CONCEITO E CONSIDERAÇÕES A ação pública condicionada é também titularizada pelo Ministério Público.

Entretanto, depende de representação da vítima ou de seu representante legal ou de requisição do Ministro da Justiça.

REPRESENTAÇÃO Conceito: a representação é um pedido autorizado feito pela vítima ou por

seu representante legal, visando à instauração da persecução criminal.   REPRESENTAÇÃO Destinatários: a representação, ofertada pela vítima, por seu representante

ou por procurador com poderes especiais (não precisa ser advogado), pode ser destinada à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao próprio juiz.

Ausência de Rigor Formal: a representação pode ser apresentada oralmente ou por escrito, tanto na delegacia, quanto perante o magistrado ou o membro do Ministério Público; o importante é que a vítima revele o interesse claro e inequívoco de ver o autor do fato processado.

Page 10: AULA 03 - AÇÃO PENAL

O prazo e sua contagem: como regra, o prazo é de seis meses do conhecimento da autoria da infração penal, devendo, em seu cômputo, ser incluído o dia do início e excluído o do vencimento. A Lei n. 9.099/95 prevê que a representação será apresentada oralmente na audiência preliminar, uma vez frustrada a composição civil dos danos. Já a Lei de Imprensa fixa o prazo para representar em três meses, contados da data da publicação ou transmissão da notícia.

O menor representado: se a vítima for menor de 18 anos, o direito de representação deve ser exercido pelo representante legal.

A substituição processual: em caso de morte ou declaração de ausência da vítima, o direito de representar passa ao cônjuge (incluída a compa nheira), ascendentes, descendentes ou aos irmãos.

Ausência de vinculação do Ministério Público: a representação não é ordem nem vincula o promotor de justiça, que pode, inclusive, em sua peça acusatória, enquadrar a conduta delituosa em dispositivo legal diverso daquele eventualmente apontado pela vítima, ou até mesmo, em assim entendendo, promover o arquivamento.

Eficácia objetiva: a exigência da representação é tão somente pata constatação de que a vítima deseja ver processados os infratores, cabendo ao Parquet delinear os limites subjetivos da denúncia, ofertando a inicial contra os demais co-autores ou partícipes (não indicados pela vítima), sem a necessidade de nova manifestação de vontade da mesma.

Retratação: enquanto não oferecida a denúncia, a vítima pode retratar-se da representação, inibindo o início do processo. Já a Lei Maria da Penha, Lei n. 11.340/2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevê que só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público

Page 11: AULA 03 - AÇÃO PENAL

REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA

Conceito: trata-se de ato de conveniência política, a cargo do Ministro da Justiça, autorizando a persecução criminal nas infrações que a exijam. Destinatário: Ministério Público, na figura do Procurador Geral.

Prazo para oferecimento: pode ser apresentada a qualquer tempo, enquanto a infração não estiver prescrita.

Retratação: prevalece que não é cabível, pois revelaria fragilidade do Estado brasileiro. Contudo, a doutrina está longe de pacificar o tema, havendo forte posição no sentido da admissibilidade de retratação da requisição até o oferecimento da denúncia, em analogia à representação.

Ausência de vinculação do Ministério Público: a requisição não é ordem nem vincula o promotor de justiça, que pode, inclusive, em sua peça acusatória, enquadrar a conduta delituosa em dispositivo legal diverso daquele eventualmente apontado pelo Ministro da Justiça, ou até mesmo, em assim entendendo, promover o arquivamento.

Eficácia objetiva: se não forem contemplados todos os criminosos, poderá o Ministério Público, de pronto, denunciar os que não foram enquadrados, sem a necessidade de aditamento pelo Ministro da Justiça.

Page 12: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL PRIVADA CONCEITO E CONSIDERAÇÕES Nas infrações penais que ofendem sobremaneira a

intimidade da víti ma, a persecução criminal é transferida excepcionalmente ao particular que atua em nome próprio, na tutela de interesse alheio (jus puniendi do Estado).

TITULARIDADE o exercício do direito de ação cabe ao ofendido ou ao seu

representante legal. No caso de morte ou declaração de ausência da vítima, o direito de ação transfere-se ao cônjuge (incluído (a) o (a) companheIro (a), ascendentes, descendentes e irmãos, nesta ordem preferencial.

PRINCÍPIOS Da oportunidade ou conveniência: é facultado à vítima

decidir entre ofertar ou não a ação, pois ela, por permissivo legal, é a titular do direito. Caso a vítima não exerça o direito de ação, teremos: a decadência em caso de omissão e a renúncia em caso da prática de ato incompatível com a vontade de ver processado o infrator ou pela declaração expressa nesse sentido.

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Da disponibilidade: uma vez exercida a ação penal, poderá o particular desistir da mesma, seja perdoando o acusado, seja pelo advento da perempção. O perdão tem por conseqüência a extinção da punibilidade (art. 107, V, CP), contudo precisa ser aceito pe!o imputado, senão não operará efeitos. Uma vez oferecido o perdão mediante declaração nos autos, o. demandado será intimado para dizer se concorda, dentro de três dias. Se nada disser, o silêncio implica em acatamento. Já a perempção revela a desídia do querelante que já exerceu o direito de ação, sendo uma sanção processual ocasionada pela inércia na condução da ação privada, desaguando na extinção da punibilidade. Suas hipóteses estão previstas no artigo 60 do CPP.

Da indivisibllidade: o particular, ao optar pelo processamento dos autores da infração, deve fazê-lo em detrimento de todos os envolvidos. Isso porque quando o querelante ajuíza a ação lançando no pólo passivo apenas parte dos envolvidos, mesmo sabendo da existência de outros e tendo elementos para processá-Ios (justa causa), estará renunciando ao direto de ação quanto àqueles que deixou de processar, o que beneficia a todos os envolvidos

Da intranscendência ou da pessoalidade: a ação só pode ser proposta contra a pessoa a quem se imputa a prática do delito.

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a) Exclusivamente privada ou propriamente dita: a ação é exercida pela vítima ou por seu representante legal.

b) Personalíssima: o direito de ação só poderá ser exercido pela vítima.

c) Subsidiária da pública ou supletiva: tem cabimento diante da inércia do MP, que, nos prazos legais, deixa de atuar, não promovendo a denúncia ou, em sendo o caso, não se manifestando pelo arquivamento dos autos do inquérito policial, ou ainda, não requisitando novas diligências. O Parquet, na ação penal privada subsidiária, figura como interveniente adesivo obrigatório, atuando em todos os termos do processo, sob pena de nulidade absoluta.

AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL É aquela iniciada com o fito de aplicar exclusivamente ao

demandado medida de segurança. AÇÃO PENAL EX-OFÍCIO O exercício da jurisdição pressupõe provocação da parte. Com o

advento da Carta Magna, é impensável o exercício da ação por portaria do magistrado ou do próprio delegado, no que se chamava processo judicialiforme, já revogado pelo texto constitucional (artigos 26 e 531, CPP). O processo judicialiforme é a faceta não recepcionada da chamada ação penal ex offiiío, que é aquela iniciada sem provocaçáo da parte.

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AÇÃO PENAL PÚBLICA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA É a ação intentada pelo Ministério Público Federal, frente à inércia

do Ministério Público Estadual nos crimes definidos no Decreto-lei n.º 201, de 27/2/1967, praticados por prefeito. Também incompatível com o texto constitucional.

AÇÃO PENAL POPULAR É a possibilidade, contemplada pela Lei n.º 1.079/1950, de qualquer

cidadão oferecer denúncia nos crimes de responsabilidade praticados pelo Presidente da República, Ministros de Estado, Ministros do Supremo Tribunal Federal, Procurador-Geral da República e Governadores dos Estados e seus secretários. Deve ser encarada não como exercício da ação, e sim como mera notícia-crime.

AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A HONRA DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO

Havendo ofensa à honra do funcionário público que diga respeito ao exercício das funções, o STF consolidou entendimento de que a legitimidade seria concorrente (possibilidade de ação pública condicionada ou ação penal privada).

Page 16: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA OS COSTUMES

Regra geral: Ação pública incondicionada _ Ocasione lesão corporal grave ou morte _ Praticado com abuso do poder familiar, das relações de tutela ou curatela, Ação pública condicionada - Vítima pobre Ação privada _ Demais 'hipóteses, inclusive com a ocorrência da presunção de violência

(art.223 do CP). Especificamente para o crime de estupro: Ação pública incondicionada _ Praticado mediante violência real, provocando morte, lesão grave, leve ou até

mesmo vias de fato; _ Praticado com abuso do poder familiar, das relações de tutela ou curatela. Ação pública condicionada _ Vítima pobre

Ação privada _ Demais hipóteses, inclusive com a ocorrência da presunção de violência (art.

223 do CP).

Page 17: AULA 03 - AÇÃO PENAL

AÇÃO PENAL SECUNDÁRIA Dá-se quando as circunstâncias aplicadas ao caso

fazem variar a modalidade de ação a ser intentada. Ex. Crime de Estupro, a princípio ação privada mais se houver violência real passa a ser pública incondicionada.

AÇÃO PENAL ADESIVA É a possibilidade de militarem no pólo ativo, em

conjunto, o Ministério Público e o querelante, nos casos onde houver hipóteses de conexão ou continência entre crimes de ação penal de iniciativa pública e de ação

penal de iniciativa privada.

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INICIAL ACUSATÓRIA . CONCEITO É a peça que inaugura o processo, contendo a imputação

formulada pelo órgão acusador, sendo que, nos crimes de ação penal pública, recebe o nome de denúncia, enquanto que nas ações penais privadas é denominada de queixa-crime. O processo apenas "terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado" (art. 363, CPP)

REQUISITOS FORMAIS I)Descrição do fato, com todas as suas circunstâncias;

. ., lI) Qualificação do acusado ou fornecimento de dados

que possibilitem a sua identificação; III) Classificação do crime; IV) Rol de testemunhas; V) Pedido de condenação; VI) Endereçamento; VII) Nome e assinatura; VIII) Outros requisitos.

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PRAZOS PARA OFERTA DA DENÚNCIA

Regra geral: 05 dias se o denunciado estiver preso; 15 dias se o denunciado estiver solto.

  Prazos especiais para oferta da denúncia: a)

10 dias, para crime eleitoral (art. 357, Código Eleitoral); b) 10 dias, para crimes de imprensa (art.40, § 1°, Lei n.O 5.250/1967); c) 10 dias, para tráfico de drogas (art. 54, III Lei n.º 11.343/2006); d) 48 horas, para crime de abuso de autoridade (art. 13, Lei n.º 4.89811965); e) 2 dias, para crimes contra a economia

popular (art. 10, § 2°, Lei n.O 1.52111951).

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INÍCIO DA CONTAGEM DO PRAZO E O SEU ENCERRAMENTO

O prazo para a oferta da inicial pública tem o início de contagem no dia em que o membro do Ministério Público receber os autos do inquérito policial ou das peças de informação. Encerrado o prazo em final de semana ou feriado, o mesmo será prorrogado para o primeiro dia útil subseqüente.

  DESATENDIMENTO DO PRAZO  A perda do prazo pelo promotor para oferta da

inicial não impede que a mesma seja apresentada a destempo.