aula 02 (texto 01) - a cabeça de antônio conselheiro

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 A Cabeça de Antônio Conselheiro: Capítulo (ou capitulação) da antropologia criminal brasileira – Por Hugo Leonardo Rodrigues Santos Por Hugo Leonardo Rodrigues Santos     22/07/2015 “Desenterraram-no cuidadosamente. Dádiva preciosa    único prêmio, únicos despojos opimos de tal guerra!    faziam-se mister os máximos resguardos para que não se desarticulasse ou deformasse, reduzindo-se a uma massa angulhenta de tecidos decompostos (…)  Restituíram-no à cova. Pensaram, porém, depois, em guardar a sua cabeça tantas vezes maldita    e como malbaratar o tempo exumando-o de novo, uma faca jeitosamente brandida, naquela mesma atitude, cortou-lha; e a face horrenda, empastada de escaras e de sânie  , apareceu ainda uma vez an te aqueles triunfadores”[1] A partir do fim do século XIX, os conceitos penais no Brasil foram profundamente marcados pelo positivismo criminológico italiano. A nuova scola assumiu uma metodologia que destacava o empirismo e a negação da metafísica. Como consequência desse novo paradigma, o foco da compreensão criminal passou a ser o estudo do criminoso, e não do delito como instituto jurídico abstrato. Esse novo método baseado nessas medições e tipologias ficou conhecido por antropologia criminal . Como prova de suas afirmações científicas, Lombroso, principal representante do  positivismo italiano, deu enorme importância às medições de crânios de delinquentes [2]. Pretendia demonstrar que a frenologia (craniometria) era um método seguro para a constataçã o de que o delinquente não seria igual aos demais indivíduos, e sim uma classe diferenciada de ser humano. Deu tanta atenção ao tema, que dedicou a ele um capítulo inteiro de seu famoso trabalho [3].  

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Texto importante acerca da antropologia juridica e criminologia brasileira.

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  • A Cabea de Antnio Conselheiro: Captulo (ou capitulao) da antropologia criminal brasileira Por Hugo Leonardo Rodrigues Santos

    Por Hugo Leonardo Rodrigues Santos 22/07/2015

    Desenterraram-no cuidadosamente. Ddiva preciosa nico prmio, nicos despojos opimos de tal guerra! faziam-se mister os mximos resguardos para que no se desarticulasse ou deformasse, reduzindo-se a uma massa angulhenta de tecidos

    decompostos ()

    Restituram-no cova. Pensaram, porm, depois, em guardar a sua cabea tantas vezes

    maldita e como malbaratar o tempo exumando-o de novo, uma faca jeitosamente brandida, naquela mesma atitude, cortou-lha; e a face horrenda, empastada de escaras

    e de snie, apareceu ainda uma vez ante aqueles triunfadores[1]

    A partir do fim do sculo XIX, os conceitos penais no Brasil foram profundamente

    marcados pelo positivismo criminolgico italiano. A nuova scola assumiu uma

    metodologia que destacava o empirismo e a negao da metafsica. Como consequncia

    desse novo paradigma, o foco da compreenso criminal passou a ser o estudo do

    criminoso, e no do delito como instituto jurdico abstrato. Esse novo mtodo baseado

    nessas medies e tipologias ficou conhecido por antropologia criminal.

    Como prova de suas afirmaes cientficas, Lombroso, principal representante do

    positivismo italiano, deu enorme importncia s medies de crnios de delinquentes[2].

    Pretendia demonstrar que a frenologia (craniometria) era um mtodo seguro para a

    constatao de que o delinquente no seria igual aos demais indivduos, e sim uma classe

    diferenciada de ser humano. Deu tanta ateno ao tema, que dedicou a ele um captulo

    inteiro de seu famoso trabalho[3].

  • No entanto, a tese era controversa. Nesse sentido, veja-se um episdio acontecido por

    ocasio dos preparativos do Segundo Congresso de Antropologia Criminal, em Paris, no

    ano de 1889, no qual vrios dos eminentes pensadores da criminologia de ento

    discutiram a respeito do crnio de Charlotte Corday, criminosa famosa poca, conhecida

    por anjo do crime. Lombroso, ao analisar as suas caractersticas, deu a entender que se

    tratava de um exemplar indicativo de criminoso nato, pois trata-se de anomalias patolgicas e no de anomalias individuais[4].

    A polmica sobre o crnio ainda iria se prolongar por mais alguns meses, com a

    publicao de artigos cientficos por parte de Lombroso, Topinard e Benedikt,

    defendendo suas posies. Ocorre que, como ficou comprovado posteriormente, havia

    ocorrido um equvoco quando da exposio do crnio, pois ele, de fato, no era o da

    assassina famigerada. Isso repercutiu rapidamente em todo o meio acadmico, pondo em

    xeque os ensinamentos dos positivistas, e trazendo dvidas sobre a capacidade de

    averiguar o comportamento delitivo por meio do exame cranial. Tal celeuma significava

    duvidar do prprio mtodo de investigao do positivismo criminolgico.

    A recepo das ideias positivistas no Brasil j foi objeto de vrios estudos[5]. A doutrina

    jurdico-penal, quase que inteiramente, se voltou para o estudo do positivismo italiano,

    sendo que a maior parte dos autores brasileiros defendeu a nova concepo[6]. A Escola

    do Recife, naquele momento, exercia papel de grande importncia, como disseminadora

    do pensamento moderno, muito embora no se possa dizer que tenha havido a adeso

    irrestrita de todos os seus membros ao positivismo. Por exemplo, Tobias Barreto,

    principal lente da Escola do Recife, assumiu uma posio moderada, com relao ao novo

    pensamento, pois no concordou integralmente com a ideia de determinismo do

    comportamento humano (to caracterstica do positivismo criminolgico).

    De outro lado desse embate situou-se Nina Rodrigues, que, concordando com o

    determinismo apregoado pelo positivismo italiano, criticou severamente a opinio de

    Tobias Barreto[7]. Esse mdico maranhense, radicado na Bahia, foi o mais destacado

    entre os estudiosos da antropologia criminal no Brasil. De fato, sua importncia foi to

    grande que os seus seguidores, reunidos em torno de seus ensinamentos, denominavam-

    se adeptos da Escola Nina Rodrigues[8].

    ntida a influncia das ideias lombrosianas na obra de Nina Rodrigues. Chegou mesmo

    a lhe homenagear, com uma dedicatria em um de seus principais trabalhos[9]. Por sua

    vez, o italiano tambm conhecia sua obra, e a admirava. Chegou at mesmo a classificar

    Nina Rodrigues como apstolo da antropologia criminal no novo mundo[10].

    Como bem observado por Afrnio Peixoto, Nina Rodrigues destacou-se por suas

    preocupaes cientficas terem como objeto os problemas brasileiros. Utilizou as teses

    positivistas para tentar compreender as mazelas tpicas de nosso pas, como doenas

    tropicais, alm de outros temas, como a questo das raas que formaram o Brasil

    (interessou-se particularmente sobre a herana cultural africana[11]) e a miscigenao.

    Alis, essa sua originalidade, aliada qualidade de suas pesquisas, fizeram com que se

    tornasse to conhecido na Europa[12]. Nesse sentido, e seguindo os passos de Lombroso,

    vrias anlises craniais de criminosos brasileiros foram realizadas por Nina Rodrigues,

    no af de explicar as causas dos comportamentos delitivos. Fez, por exemplo, observaes

    no crnio de Lucas da feira, um negro, ex-escravo fugido, que era bem conhecido na

  • poca por seu comportamento extremamente violento. Tambm teceu comentrios sobre

    crnios de menores delinquentes[13].

    Ora, por ter dado tamanha ateno s questes brasileiras, no poderia o mdico

    maranhense descuidar de um dos temas mais comentados de sua poca, o conflito de

    Canudos. E nesse particular que se destaca sua originalidade, por ter divergido bastante

    da nfase dada por Lombroso craniometria (frenologia) como tcnica de investigao

    do comportamento criminoso. Como adepto do iderio positivista, Nina Rodrigues

    procurou explicar a criminalidade em nossas terras por meio de uma caracterstica

    tipicamente brasileira, a miscigenao. Em sua viso, a distribuio racial no Brasil

    influenciaria as prticas delitivas. Por isso, () em decorrncia da constatao cientfica da inferioridade da raa negra, o processo civilizacional brasileiro no poderia deixar de

    enfrentar dificuldades por causa da existncia de uma considervel populao negra em

    nosso pas[14]. Pelo mesmo motivo, defendeu a existncia de um cdigo penal para cada uma das raas brasileiras[15]. Essa viso positivista tambm influenciou Euclides da

    Cunha, principal comentador da guerra de Canudos[16]. Por isso, em sua obra Os sertes,

    nota-se claramente a adeso ao positivismo naturalista.

    Seria possvel, ento, compreender Canudos por meio da investigao do seu principal

    lder, Antnio Conselheiro. Conforme a viso positivista, Conselheiro seria um

    documento raro de atavismo[17]. Um antropologista que o analisasse, o apontaria () como fenmeno de incompatibilidade com as exigncias superiores da civilizao um anacronismo palmar, a revivescncia de atributos psquicos remotssimos[18]. Ele seria o grande vetor da loucura epidmica de Canudos.

    Vrios traos da vida de Conselheiro foram destacados, para tentar compreender seu

    comportamento fantico. Primeiramente, seus antecedentes familiares, vez que era de um

    cl (Maciel) envolvido em lutas sangrentas com outra famlia do interior do Cear. Sua

    infncia e, principalmente, seu casamento frustrado tambm foram muito comentados.

    Seu misticismo arcaico e radical. Sobretudo, o fato de que Conselheiro era um mestio.

    Ora, a mistura de raas era entendida como prejudicial, pois o mestio , quase sempre, um desequilibrado () o desequilbrio nervoso, em tal caso, incurvel: no h teraputica para este embater de tendncias antagonistas, de raas repentinamente

    aproximadas, fundidas num organismo isolado[19].

    Por isso, era natural esperar que o crnio de Antnio Conselheiro servisse como prova

    irrefutvel das teses positivistas de ento. Nesse sentido, tendo se encerrado o combate,

    o corpo de Antnio Conselheiro foi localizado, e sua cabea, guardada cuidadosamente

    (ver o relato de Euclides da Cunha, na epgrafe), como prova do fim da guerra, e tambm

    para que pudesse ser submetida opinio dos cientistas da poca. Ningum seria melhor

    que Nina Rodrigues para atestar a anormalidade de tal crnio, que seria o indicador da

    morbidade atvica do fantico. Assim, o crnio do beato foi enviado para Salvador, onde

    seria cuidadosamente observado pelo principal professor da Faculdade de medicina da

    Bahia, alm de fundador da medicina legal no Brasil, Nina Rodrigues[20]. Tal anlise

    cuidadosa resultou em um estudo clssico, postumamente publicado, intitulado As

    Collectividades anormaes, no qual surpreendentemente afirmou que o craneo de Antonio Conselheiro no apresentava nenhuma anomalia que denunciasse traos de degenerescncia: um craneo de mestio onde se associam caracteres anthropologicos de raas diferentes, e conclui, em definitivo, emendando que pois um craneo normal[21].

  • Com isso, queremos indicar um trao particularmente notvel da obra de Nina Rodrigues.

    Muito embora nunca tenha se afastado da doutrina positivista, contribuiu enormemente

    para a considerao de aspectos sociais e psquicos na causao dos delitos, em

    detrimento de traos biolgicos e/ou hereditrios. Dessa forma, aproximou-se de uma

    concepo positivista mais coerente com as ideias de Ferri que as de Lombroso,

    enfocando a importncia da sociologia do crime. Isso admirvel, ainda mais levando-se

    em considerao sua formao de mdico, a qual, por bvio, naturalmente faria com que

    se inclinasse para aquelas explicaes de cunho biologicista.

    Nesse sentido, Artur Ramos observou que Nina Rodrigues, surpreso por no ter

    encontrado traos de degenerescncia aps fazer o exame antropomtrico em Antnio

    Conselheiro e Lucas da feira, foi levado a pesquisar as causas sociais e psicolgicas que

    provocaram o comportamento antissocial do beato[22]. Sobre o fato, ensina que Nina

    Rodrigues destaca o papel do ambiente social na ecloso da epidemia mystica, assignalando os factores sociolgicos, como o advento da Repblica, os conflitos de

    concepo poltica, as luctas feudaes nos sertes, etc. no primeiro plano das causas

    deflagradoras daquele fenmeno[23]. Tambm Mariza Corra aponta esse dado relevante da obra de Nina Rodrigues, que passara quase despercebido para muitos de seus

    estudiosos. Os exames periciais realizados em criminosos pobres, ou que cometiam atos

    de grande violncia (homicdios ou estupros, por exemplo), demonstravam uma aparente

    normalidade. a que a sua argumentao vai se apoiar cada vez menos nos sinais fsicos da doena e cada vez mais numa anlise das relaes sociais do examinado[24].

    Isso denota a honestidade intelectual de Nina Rodrigues. Como era uma das poucas vozes

    cientficas avalizadas no Brasil, poca, poderia ter insistido em trilhar os caminhos

    consensuais, mas muitas vezes incertos[25], de Lombroso e outros mestres. Em vez disso,

    ao verificar inconsistncias nas teses de Lombroso, com relao s percias que realizava,

    buscou outras explicaes para a violncia, chegando s causas psquicas e sociais.

    Por isso, abriu caminho para uma cincia social brasileira de carter culturalista, e mais

    desapegada dos cnones positivistas do sculo XIX (e cujo exemplo mais marcante, no

    sculo seguinte, seria a obra de Gilberto Freire). Alm disso, possibilitou estudos

    posteriores dos conflitos messinicos nordestinos, os quais partiam de uma tica

    eminentemente social[26]. Nina Rodrigues foi, portanto, um mdico excntrico, que se

    afastou de uma anlise exclusivamente antropomtrica e contribuiu definitivamente para

    a considerao de aspectos sociolgicos e psicolgicos, como causas da criminalidade.

    Considerando o contexto sociopoltico em que escreveu sua obra, isso no um avano

    pequeno.

    Notas e Referncias:

    [1] CUNHA, Euclides da. Os sertes. So Paulo: Nova Cultural, 2003. p. 360.

    [2] DARMON, Pierre. Mdicos e assassinos na belle poque. Rio de Janeiro: Paz e

    Terra, 1991. p. 16.

    [3] LOMBROSO, Cesare. Luomo delinquente: studio in rapporto allantropologia, ala medicina legale ed ala discipline carcerarie. Bologna: Il Mulino, 2011. p. 43 e ss.

  • [4] DARMON, Pierre. Mdicos e assassinos p. 16.

    [5] Por todos: FREITAS, Ricardo de Brito A. P. As razes do positivismo penal no

    Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2002.

    [6] Para mais informaes sobre alguns desses autores, vide CASTIGLIONE,

    Teodolindo. Lombroso perante a criminologia contempornea. So Paulo: Saraiva,

    1962, p. 269-290.

    [7] RODRIGUES, Nina. As raas humanas e a responsabilidade penal no Brasil.

    Salvador: Livraria Progresso, 1957. p. 51.

    [8] CORRA, Mariza. As iluses da liberdade. Bragana Paulista: Edusf, 1998. p. 13-

    14.

    [9] RODRIGUES, Nina. As raas humanas p.21.

    [10] Em dedicatria de um livro de Lombroso, conforme relatado em RIBEIRO, Marcos

    A. P. A morte de Nina Rodrigues e suas repercusses. Afro-sia, n. 16. Salvador: Centro

    de estudos Afro-orientais, 1995, p. 64.

    [11] Sobre o tema, vide ALVES, Henrique L. Nina Rodrigues e o negro do Brasil. So

    Paulo: Associao Cultural do Negro, [s.d.].

    [12] PEIXOTO, Afrnio. Prefcio. RODRIGUES, Nina. As raas humanas p. 10.

    [13] RODRIGUES, Nina. As raas humanas p. 189 e ss. Assim, no tem razo Enrique Bacigalupo, por ter afirmado que no foram realizadas na Amrica Latina novas

    investigaes para confirmar o carter atvico dos delinquentes, mediante consideraes

    antropomrficas e antropomtricas (BACIGALUPO, Enrique. La influencia del

    pensamento de Cesare Lombroso en Espaa y Latinoamerica. PICOTTI, Lorenzo;

    ZANUSO, Francesca (Orgs.). Lantropologia criminale di Cesare Lombroso dallottocento al dibattito filosofico-penale contemporaneo. Napoli: Edizioni scientifiche italiane, 2011, p. 161).

    [14] FREITAS, Ricardo de Brito. Condenados civilizao: o positivismo naturalista no

    alvorecer da Repblica. BRANDO, Cludio et al. Histria do direito e do pensamento

    jurdico em perspectiva. So Paulo: Atlas, 2012, p. 367.

    [15] RODRIGUES, Nina. As raas humanas passim.

    [16] FREITAS, Ricardo de Brito. Condenados civilizao p. 369. ALVES, Henrique L. Nina Rodrigues e o negro do Brasil p. 23-26.

    [17] CUNHA, Euclides da. Os sertes p. 97.

    [18] CUNHA, Euclides da. Os sertes p. 97.

    [19] CUNHA, Euclides da. Os sertes p. 73.

  • [20] Com o fim de impedir o desenvolvimento desta f, como tambm para impedir a crena na fuga de Antnio Conselheiro, as autoridades exhumaram seu cadver para

    estabelecerem sua identidade e procederem autopsia. A cabea foi separada, sendo-me

    o craneo oferecido pelo medico chefe da expedio, o major Dr. Miranda Curio.

    Encontra-se actualmente no laboratrio de medicina legal da Bahia (RODRIGUES, Nina. As collectividades anormaes. Rio de janeiro: Civilizao brasileira, 1939, p. 131).

    [21] RODRIGUES, Nina. As collectividades anormaes p. 131 e 133, os grifos so nossos.

    [22] RAMOS, Artur. Prefcio. RODRIGUES, Nina. As collectividades anormaes. Rio

    de janeiro: Civilizao brasileira, 1939, p. 14.

    [23] RAMOS, Artur. Prefcio p. 13.

    [24] CORRA, Mariza. As iluses da liberdade p. 142.

    [25] Ver o episdio relacionado anlise do crnio de Charlotte Corday, j referido no

    texto.

    [26] Por exemplo: FAC, Rui. Cangaceiros e fanticos. 5. ed. Rio de Janeiro:

    Civilizao Brasileira, 1978.

    ALVES, Henrique L. Nina Rodrigues e o negro do Brasil. So Paulo: Associao

    Cultural do Negro, [s.d.].

    BACIGALUPO, Enrique. La influencia del pensamento de Cesare Lombroso en Espaa

    y Latinoamerica.

    PICOTTI, Lorenzo; ZANUSO, Francesca (Orgs.). Lantropologia criminale di Cesare Lombroso dallottocento al dibattito filosofico-penale contemporaneo. Napoli: Edizioni scientifiche italiane, 2011.

    CASTIGLIONE, Teodolindo. Lombroso perante a criminologia contempornea. So

    Paulo: Saraiva, 1962.

    CORRA, Mariza. As iluses da liberdade. Bragana Paulista: Edusf, 1998.

    CUNHA, Euclides da. Os sertes. So Paulo: Nova Cultural, 2003.

    DARMON, Pierre. Mdicos e assassinos na belle poque. Rio de Janeiro: Paz e Terra,

    1991.

    FAC, Rui. Cangaceiros e fanticos. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1978.

    FREITAS, Ricardo de Brito A. P. As razes do positivismo penal no Brasil. Rio de

    Janeiro: Lumen Juris, 2002.

  • ______. Condenados civilizao: o positivismo naturalista no alvorecer da Repblica.

    BRANDO, Cludio et al. Histria do direito e do pensamento jurdico em

    perspectiva. So Paulo: Atlas, 2012.

    LOMBROSO, Cesare. Luomo delinquente: studio in rapporto allantropologia, ala medicina legale ed ala discipline carcerarie. Bologna: Il Mulino, 2011.

    PEIXOTO, Afrnio. Prefcio. RODRIGUES, Nina. As raas humanas e a

    responsabilidade penal no Brasil. Salvador: Livraria Progresso, 1957.

    RAMOS, Artur. Prefcio. RODRIGUES, Nina. As collectividades anormaes. Rio de

    janeiro: Civilizao brasileira, 1939.

    RIBEIRO, Marcos A. P. A morte de Nina Rodrigues e suas repercusses. Afro-sia, n.

    16. Salvador: Centro de estudos Afro-orientais, 1995.

    RODRIGUES, Nina. As collectividades anormaes. Rio de janeiro: Civilizao

    brasileira, 1939.

    ______. As raas humanas e a responsabilidade penal no Brasil. Salvador: Livraria

    Progresso, 1957.

    Doutorando e Mestre em Direito Penal pela UFPE; Ps-graduado em Direito Penal

    e Processual Penal pela ESMAPE; Professor de Direito Penal e Criminologia em

    cursos de Graduao e Ps-graduao em Direito em Macei (AL); Membro da

    Associao Internacional de Direito Penal (AIDP) e Coordenador estadual do

    Instituto Brasileiro de Cincias Criminais (IBCCRIM) em Alagoas. E-mail:

    [email protected].