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PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/ DELEGADO DE POLICIA FEDERAL Prof. Márcia Albuquerque www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 01 – ESTRUTURA CONSTITUCIONAL: PODER JUDICIÁRIO. ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA. ATIVIDADE JURISDICONAL. ATIVIDADES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. EQUIVALENTES JURISCIONAIS: AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO, MEDIAÇÃO e ARBITRAGEM. ESTRUTURA CONSTITUCIONAL: PODER JUDICIÁRIO. ATIVIDADE JURISDICIONAL. Bom dia, boa tarde, boa noite! A Jurisdição é a função, o Poder, a atividade estatal que aplica o Direito (lei) ao caso concreto, sem que se possa submeter essa decisão ao controle de nenhum outro Poder (Legislativo e Executivo). A cada um dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário) foi atribuída uma função preponderante. Ao Legislativo foi atribuída a função de legislar (ou normativa, de criar leis). Ao Executivo, a função administrativa. Ao Judiciário, a função jurisdicional. A atividade Jurisdicional consiste em aplicar a lei ao caso concreto descrito por ela (lei). ATIVIDADE JURISDICONAL: Repito: A essa função (aplicar a lei ao caso concreto) dá-se o nome de JURISDIÇÃO! A função jurisdicional (aplicação do Direito ao caso concreto, resolvendo os conflitos sociais) foi atribuída ao Poder Judiciário. O Poder Judiciário é UNO (Princípio da Unidade), assim como UNA é a sua função precípua: a Jurisdição! Início da AULA 01: O Poder Judiciário apesar de ser ÚNICO (UNO), atua através de vários órgãos. O exercício do Poder do Estado (Jurisdição – Poder Judiciário) é dividido e distribuído por vários órgãos segundo critérios. Ou seja, a atuação, a atividade do Poder Judiciário (= Jurisdição) se realiza através de órgãos. Os Órgãos do Judiciário são os Juízes e Tribunais. A Constituição Federal dita quais são os órgãos que compõe o Judiciário, órgãos estes encarregados para desenvolver essa função, atividade, esse Poder (Jurisdição).

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PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/

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AULA 01 – ESTRUTURA CONSTITUCIONAL: PODER JUDICIÁRIO. ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA. ATIVIDADE JURISDICONAL.

ATIVIDADES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. EQUIVALENTES JURISCIONAIS:

AUTOTUTELA, AUTOCOMPOSIÇÃO, MEDIAÇÃO e ARBITRAGEM.

ESTRUTURA CONSTITUCIONAL: PODER JUDICIÁRIO.

ATIVIDADE JURISDICIONAL.

Bom dia, boa tarde, boa noite!

A Jurisdição é a função, o Poder, a atividade estatal que aplica o

Direito (lei) ao caso concreto, sem que se possa submeter essa decisão

ao controle de nenhum outro Poder (Legislativo e Executivo).

A cada um dos Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário) foi

atribuída uma função preponderante.

Ao Legislativo foi atribuída a função de legislar (ou normativa, de criar

leis). Ao Executivo, a função administrativa. Ao Judiciário, a funçãojurisdicional. A atividade Jurisdicional consiste em aplicar a lei ao caso

concreto descrito por ela (lei).

ATIVIDADE JURISDICONAL: Repito: A essa função (aplicar a lei aocaso concreto) dá-se o nome de JURISDIÇÃO! A função jurisdicional

(aplicação do Direito ao caso concreto, resolvendo os conflitos sociais) foiatribuída ao Poder Judiciário. O Poder Judiciário é UNO (Princípio da

Unidade), assim como UNA é a sua função precípua: a Jurisdição!

Início da AULA 01: O Poder Judiciário apesar de ser ÚNICO

(UNO), atua através de vários órgãos. O exercício do Poder

do Estado (Jurisdição – Poder Judiciário) é dividido e

distribuído por vários órgãos segundo critérios. Ou seja, a

atuação, a atividade do Poder Judiciário (= Jurisdição) se

realiza através de órgãos. Os Órgãos do Judiciário são os

Juízes e Tribunais. A Constituição Federal dita quais são os órgãos

que compõe o Judiciário, órgãos estes encarregados para

desenvolver essa função, atividade, esse Poder (Jurisdição).

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ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO

Observe como se compõe cada Justiça (Comum, Federal, Eleitoral, do

Trabalho e Militar). Adiante vou completar esse quadro, fazer uma nova

divisão abordando a organização judiciária.

O Poder Judiciário do Brasil é o conjunto dos órgãos públicos (Juízes e

Tribunais) aos quais a Constituição Federal de 1988 atribui a função

jurisdicional. É regulado pela Constituição Federal nos seus artigos 92 a

126.

STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

STJ TSE TST STM

TJ

(Desembargadores)

TRE

(Juiz Eleitoral)

TRT

(Juiz do

Trabalho)

TJM

(Colegiado

de Juízes

Civis e

Militares)

TRF

(Juiz Federal)

Juiz de

Direito

JuizEleitoral

Juiz doTrabalho

Juizde

Direito

JuizFederal

Justiça

Federal

Justiça

Eleitoral

Justiça do

Trabalho

Justiça

Militar

Justiça

Comum

CNJ

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A Constituição de 1988, assim dispõe sobre os órgãos que compõem o

Poder Judiciário:

Vamos aos detalhes:

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal (STF);

I-A o Conselho Nacional de Justiça (CNJ);

II - o Superior Tribunal de Justiça (STJ);

III - os Tribunais Regionais Federais (TRF) e Juízes Federais;

IV - os Tribunais (TST e TRT) e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais (TSE e TRE) e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais (STM e TJM) e Juízes Militares;

VII - os Tribunais (TJ) e Juízes (Juiz de Direito) dos Estados e do

Distrito Federal e Territórios.

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Supremo Tribunal Federal – STF - Art. 101

STF

Sede: Capital Federal.

Jurisdição: em todo o território nacional.

Composição: 11 Ministros. Órgão máximo do Judiciário.

Escolhidos: cidadãos com + de 35 anos e menos de sessenta e

cinco anos de idade (35 > 65). Brasileiros natos.

Características: notável saber jurídico e reputação ilibada.

Ingresso: por nomeação: nomeadas pelo Presidente da

República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta

do Senado Federal. Devem ser brasileiros natos (art. 12,

parágrafo 3).

Função precípua: guardião da Constituição Federal (Art. 102.

Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição...).

Competência: art. 102, incisos I, II e III, 103-A:

a) Competência Originária: art. 102, I.

b) Competência Recursal:

b.1) Recurso Ordinário: art. 102, II.

b.2) Recurso Extraordinário: art. 102, III.

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Comentários e “pegadinhas”:

O STF é órgão de cúpula (máximo, “cabeça”) do Poder Judiciário,

competindo-lhe a última decisão nas matérias (causas) que lhe são

submetidas. É o ápice da estrutura judiciária nacional.

Sede e jurisdição: O STF tem sede (está instalado) na Capital

Federal, mas exerce a jurisdição em todo o território nacional.

Exercer a jurisdição em todo o território nacional significa que ele é

órgão de superposição: julga os recursos interpostos em causas que já

tenham sido exauridas nos outros graus das Justiças comuns e especiais

(exauridas nas instâncias inferiores).

Composição: 11 Ministros! E ponto! Os cidadãos que compõe o STF

são chamados de Ministros. O número (11) de Ministros no STF é

fixo! Você vai ver que o STJ compõe-se de, no mínimo, trinta e três

Ministros e que TRF compõem-se de, no mínimo, sete juízes. Então

cuidado com as pegadinhas do tipo: “O STF compõe-se, no mínimo, de

11 ministros (errada)”.

Escolha, características e ingresso: os Ministros do STF são

cidadãos com + de 35 anos e menos de sessenta e cinco anos de

idade (35 > 65). São escolhidos aqueles que possuam “notável saber

jurídico e reputação ilibada”.

Cuidado com a “pegadinha” do tipo: os Ministros do STF devem ter

“NOTÓRIO saber jurídico e reputação ilibada” (errada). Notável significa

o que é notado, conhecido.

Possuir “notável saber jurídico” significa que é conhecedor profundo do

um saber jurídico, um saber jurídico de referência. Possuir “reputação

ilibada” significa que o cidadão é pautado pela ética e pelos valores

morais da sociedade.

Note que o critério da escolha pela idade (35>65) é objetivo, mas que o

critério da escolha pelas características de ter “notável saber jurídico e

reputação ilibada” é puramente subjetivo.

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Continuação:

Ingresso: por nomeação: os Ministros do STF são nomeadas pelo

Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria

absoluta do Senado Federal.

Cuidado! O ingresso no STF NÃO SE FAZ POR CARREIRA, mas

por nomeação! É diferente de outros Tribunais. Você vai ver adiante queo TRF compõem-se de, no mínimo, sete juízes, e que um quinto (1/5)

desses juízes são advogados e os demais (4/5) ocorre mediante

promoção de juízes federais (ou seja, ingressa na carreira de JuizFederal e depois é promovido para desembargador do TRF).

Você também vai ver que: O TST compor-se-á de vinte e sete Ministros.

Um quinto (1/5) deles são advogados e os demais (4/5) são Juízesprovenientes dos TRT, oriundos da magistratura da carreira. Ou seja,

ingressa como Juiz do Trabalho, depois é promovido para o TRT e depoispara o TST.

Função precípua: ser guardião da Constituição Federal significa ter

como atribuições e competências “questões constitucionais”, ter como

função primordial manter o respeito à Constituição Federal, mantendo sua

unidade, competindo-lhe a última decisão nas matérias (causas) que lhe

são submetidas.

Competência: art. 102, incisos I, II e III, 103-A:

a) Competência Originária: art. 102, I. O STF processa e julga as

causas do art. 102, I da CF. A competência é originária porque a

causa se inicia (nasce) lá no STF. O STF funciona como órgão

de primeiro grau (veremos o que significa no tópico Organização

Judiciária). Diz-se que a jurisdição é especial.

O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços

dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a

partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do

Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal,

bem como proceder à sua revisão ou cancelamento

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Continuação:

b) Competência Recursal:

b.1) Recurso Ordinário: art. 102, II.

b.2) Recurso Extraordinário: art. 102, III.

O STF também julga em grau de recurso, causas já decidida nas

justiças comum e especial, funcionando como órgão de segundo grau.

Ou seja, a causa, p. ex., se inicia no Juiz de Direito. A parte que perde,

interpõe recurso ao TJ; perde e interpõe recurso ao STJ; perde e interpõe

recurso ao STF.

Principais competências:

Controle de constitucionalidade (competência originária – art. 102,

I).

Súmulas Vinculantes (competência normativa, art. 103-A): O STF

poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois

terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre

matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua

publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação

aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração

pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e

municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento.

Cuidado! A Súmula Vinculante NÃO vincula o Poder Legislativo.

Por fim: a distinção entre o STF e o STJ é a de que o STF possui atribuições

para as questões (causas) constitucionais, enquanto que o STJ possui

atribuições para as questões (causas) de questões federais (ou

infraconstitucionais).

Em que pese o STF julgar as questões constitucionais, também possui

competência para algumas causas cíveis e criminais (art. 102, I, incisos b, c,

d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o ,p q).

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Conselho Nacional de Justiça - CNJ - Art. 103-B

CNJ

STJ

Sede: Capital Federal.

Jurisdição: NÃO possui jurisdição! Apesar de ser órgão judiciário,

não possui competência jurisdicional.

Composição: compõe-se de 15 membros com mais de 35 e

menos de 66 anos de idade (35>66).

Cuidado! Não é 65 anos, mas 66.

Mandato: 2 anos, admitida uma recondução (art. 103-B).

Presidente e membros: O CNJ será presidido pelo Presidente

do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e

impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal.

Os demais membros do CNJ serão nomeados pelo Presidente

da República, depois de aprovada a escolha pela maioria

absoluta do Senado Federal. Não efetuadas indicações dos

membros, caberá à escolha ao Supremo Tribunal Federal.

Competência: Administrativa. Compete ao Conselho o controle

da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e

do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes,

observância às normas disciplinares e de correição, além de outras

do art. 103-B, § 4º).

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Cuidado! O desembargador do TJ e o Juiz Estadual são indicados pelo

STF, e não pelo STJ (como no caso do Juiz do TRF e do Juiz Federal).

CNJ

composição:

15 membros

1 desembargador de TJ, indicado pelo STF

1 Ministro do TST, indicado pelo respectivo Tribunal

1 Ministro do STJ, indicado pelo respectivo tribunal

1 Ministro do STF, indicado pelo respectivo tribunal

1 juiz estadual, indicado pelo STF

1 juiz do TRF indicado pelo STJ

1 juiz Federal, indicado pelo STJ

1 juiz do TRT, indicado pelo TST

1 juiz do trabalho, indicado pelo TST

1 membro do MPU, indicado pelo Procurador Geral da

República (PGR)

1 membro do MPE escolhido pelo Procurador Geral da

República (PGR)

2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB

2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada,indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo

Senado Federal

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Superior Tribunal de Justiça – STJ - Art. 104

STJ

STJ

Sede: Capital Federal.

Jurisdição: em todo o território nacional.

Composição: no mínimo, 33 Ministros (art. 104), nomeados

pelo Presidente da República, dentre brasileiros (nato ounaturalizado) com mais de trinta e cinco e menos de

sessenta e cinco anos (35>65), de notável saber jurídico ereputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela

maioria absoluta do Senado Federal.

Recebe os recursos dos respectivos órgãos inferiores (TRF e TJ) STJ

1/3 de Juízes

dos TRF

1/3 dedesembargadores

dos TJ

1/3

alternadamente

Advogados, notório

saber jurídico e de

reputação ilibada, com

mais de dez anos de

efetiva atividade

profissional.

MPF, MPE (do DF e

Territórios), com mais

de dez anos de carreira.

Competência:

a) Competência Originária (art. 104, I)

b) Competência Recursal (art. 104, II e III): Recurso

Ordinário e Especial.

Principais competências:

Defensor da lei federal

Unificador da interpretação da lei federal

Juiz

Federal

Juiz

de

Direito

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Cuidado! 1/3 dos Juízes dos TRF e 1/3 dos desembargadores

dos TJ são indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

1/3 dos advogados e membros do MPF, MPE, do Distrito Federal eTerritórios são indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de

representação das respectivas classes (OAB, MPF e MPE). Recebidas asindicações, o Tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder

Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seusintegrantes para nomeação.

Cuidado! Note que aqui no STJ (ao contrário do STF que o ingresso

não se dá pela carreira, mas ocorre por nomeação), 1/3 dos Ministros do

STJ são provenientes de Juízes do TRF, 1/3 vem do TJ e 1/3 é composto,

alternadamente, por Advogados e membros do Ministério Público Federal e

Estadual (MP do Distrito Federal e Território).

Para o advogado é exigido notório saber jurídico e de reputação

ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional; para os

membros do MP é exigido (apenas) mais de dez anos de carreira.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) é o guardião da uniformidade da

interpretação das leis federais. Desempenha esta tarefa ao julgar as

causas, decididas pelos Tribunais Regionais Federais (TRF) ou pelos

Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios (TJ), que

contrariem lei federal ou dêem a lei federal interpretação divergente da

que lhe haja atribuído outro Tribunal.

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Tribunais Regionais Federais (TRF)

e Juízes Federais – Art. 106

TRF

Órgãos da Justiça Federal

Juízes Federais

Os Advogados devem contar com mais de dez anos de efetivaatividade profissional e membros do MPF com mais de dez anos de

carreira e são indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de

representação das respectivas classes (OAB e MPF). Recebidas asindicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo,

que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes paranomeação.

Juiz Federal

TRF

Composição: no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando possível, na

respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre

brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco

anos (35>65).

Recebe os recursos do órgão inferior (Juiz Federal) TRF

1/5 Advogados e membros

do Ministério Público

Federal.

4/5 Juízes Federais

com mais de cinco anos

de exercício, por

antiguidade e

merecimento,

alternadamente.

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Competência:

a) Originária: art. 108, I.

b) Recursal: art. 108, II.

Juízes Federais

4/5

São órgãos da Justiça Federal os Tribunais Regionais Federais (TRF) e os

Juízes Federais. A Justiça Federal julga, dentre outras, as causas em que

forem parte a União, autarquia ou empresa pública federal. Dentre outros

assuntos de sua competência, os TRF´s decidem em grau de recurso as

causas apreciadas em primeira instância pelos Juízes Federais.

Juízes Federais

Ingressam na carreira por concurso

público de provas e títulos

1/5 Advogado e MPF

TRF

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Tribunais (TST e TRT) e Juízes do Trabalho – Art. 111

TST

Órgãos da Justiça do Trabalho TRT

Juízes do Trabalho

Os Advogados devem contar mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais

de dez anos de efetivo exercício e são indicados em lista sêxtupla

pelos órgãos de representação das respectivas classes. Recebidas as

indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder

TST

Composição: 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais

de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos (35>65),

nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela

maioria absoluta do Senado Federal. Sede: Capital Federal.

Recebe os recursos do órgão inferior (TRT) TST

1/5 Advogados e

membros do

Ministério Público

do Trabalho

4/5 Juízes

do TRT

TRT

Juiz

do

Trabalho

Page 15: Aula 01

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Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus

integrantes para nomeação.

Os órgãos da Justiça do Trabalho são o Tribunal Superior do Trabalho

(TST), os Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os Juízes do Trabalho.

Compete-lhe julgar as causas oriundas das relações de trabalho. Os Juízes

do Trabalho formam a primeira instância da Justiça do Trabalho e suas

decisões são apreciadas em grau de recurso pelos TRTs. O TST, dentre

outras atribuições, zela pela uniformidade das decisões da Justiça do

Trabalho.

Tribunal Regional do Trabalho – TRT – Art. 115

TRT

Composição: no mínimo, 7 juízes, recrutados, quando possível, na

respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre

brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos

(35>65).

Recebe os recursos do órgão inferior (Juiz do Trabalho)

Juiz

do

Trabalho

TRT

1/5 Advogados e

membros do

Ministério Público

do trabalho (MPT)

4/5 Juízes do

Trabalho

Page 16: Aula 01

PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/

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Os Advogados devem contar com mais de dez anos de efetivaatividade profissional e membros do Ministério Público do

Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, indicados emlista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a aoPoder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus

integrantes para nomeação. Os Juízes do Trabalho comporão o TRT,mediante promoção por antiguidade e merecimento, alternadamente.

Juízes do Trabalho

4/5

4/5

Tribunais (TSE e TRE) e Juízes Eleitorais - Art. 118

TSE

Órgãos da Justiça Eleitoral TRE

Juízes Eleitorais

Juntas Eleitorais

Juiz do Trabalho

Ingressam na carreira por concurso

público de provas e títulos

1/5 Advogados e membros do

Ministério Público do trabalho (MPT)

TRT

TST

1/5 Advogados e membros do

Ministério Público do Trabalho

Page 17: Aula 01

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Recebe os recursos do órgão inferior (TRE)

O TSE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do STF, e o Corregedor

Eleitoral dentre os Ministros do STJ.

TRE e Juízes Eleitorais

Recebe os recursos do órgão inferior (Juiz Eleitoral)

TSE

Composição: no mínimo, 7membros.

Sede: na Capital Federal.

TSE

3 Ministros

(Juízes) do STF

(eleição – voto secreto)

2 Ministros

(Juízes) do STJ

(eleição – voto secreto)

2 Juízes

(dentre 6 Advogados)

(nomeação pelo Presidente)

TRE

2 Juízes dentre os

desembargadores do TJ

(eleição – voto secreto)

2 Juízes dentre

Juízes de Direito,escolhidos pelo TJ

(eleição – voto secreto)

1 Juiz

Federal do TRF

2 Juízes

(dentre seis advogados)

(nomeação pelo Presidente)

Page 18: Aula 01

PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/

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O Juiz Federal é escolhido no TRF com sede na Capital do Estado ou no

Distrito Federal, ou, não havendo, de Juiz Federal, escolhido, em qualquer

caso, pelo TRF respectivo.

O TRE elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os

desembargadores. Haverá um TRE na Capital de cada Estado e no Distrito

Federal.

São órgãos da Justiça Eleitoral o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os

Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), os Juízes Eleitorais e as Juntas

Eleitorais. Compete-lhe julgar as causas relativas à legislação eleitoral. Os

TRE´s decidem em grau de recurso as causas apreciadas em primeira

instância pelos Juízes Eleitorais. O TSE, dentre outras atribuições, zela

pela uniformidade das decisões da Justiça Eleitoral.

A Justiça Eleitoral desempenha, ademais, um papel administrativo, de

organização e normatização das eleições no Brasil. A composição da

Justiça Eleitoral é sui generis, pois seus integrantes são escolhidos dentre

juízes de outros órgãos judiciais brasileiros (inclusive estaduais) e servem

por tempo determinado.

Page 19: Aula 01

PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/

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Juiz Eleitoral

Juntas Eleitorais

Competência: (de acordo com o Código Eleitoral):

a) apurar, no prazo de dez dias, as eleições realizadas nas zonas

eleitorais sob a sua jurisdição;

b) resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante

os trabalhos da contagem e da apuração;

c) expedir os boletins de urna;

d) expedir diploma (diplomação) aos eleitos para cargos municipais.

Junta Eleitoral

1 Juiz de

Direito

+

2 ou 4

cidadãos de

notória

idoneidade

Seus membros são

indicados pelo Juiz

Eleitoral e nomeados

pelo Presidente do

Tribunal Regional

Eleitoral (TRE), sessenta

dias antes da eleição,

depois de aprovados os

nomes pelo órgão

colegiado do TRE.

A Justiça Eleitoral não

possui quadro próprio de

juízes, por esse motivo, os

magistrados da Justiça

Comum (Juiz de Direito)

exercem, cumulativamente,

as funções de juiz eleitoral.

Juiz Eleitoral (= Juiz de Direito)

Page 20: Aula 01

PROCESSO CIVIL (TEORIA E EXERCÍCIOS) P/

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Tribunais (STM e TJM) e Juízes Militares – Art. 122

STM

Órgãos da Justiça Militar TJM

Juízes Militares

Os 3 oficiais-generais da Marinha, os 4 quatro oficiais-generais do

Exército e os 3 oficiais-generais da Aeronáutica são todos da ativa e do

posto mais elevado da carreira.

Competência: processar e julgar os crimes militares.

A Justiça Militar compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM) e dos

Tribunais e juízes militares, com competência para julgar os crimes

militares definidos em lei.

STM

Composição: compor-se-á de 15 Ministros vitalícios, nomeados pelo

Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado

Federal.

STM

3 Oficiais-

generais da

Marinha

4 Oficiais-

generais do

Exército

3 Oficiais-

generais da

Aeronáutica

5 civis:

3 Advogados

2 (escolha paritária)

dentre Juízes

auditores e membros

do Ministério Público

da Justiça Militar

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No Brasil, a Constituição Federal organizou a Justiça Militar tanto nos

Estados como na União. A Justiça Militar Estadual existe nos 26 Estados-

membros da Federação e no Distrito Federal, sendo constituída em

primeira instância pelo Juiz de Direito e pelos Conselhos de Justiça,

Especial e Permanente, presididos pelo juiz de Direito. Em Segunda

Instância, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul

pelos Tribunais de Justiça Militar e nos demais Estados pelos Tribunais de

Justiça.

Tribunal (TJ) e Juízes dos Estados – Arts. 94 e 125

Recebe os recursos do órgão inferior (Juiz Estadual)

4/5

Composição do TJ: Um quinto (chamado “Quinto constitucional”) dos

lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e doDistrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério

Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notóriosaber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva

atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos derepresentação das respectivas classes.

A Constituição Federal determina que os Estados organizem a sua Justiça

Estadual, observando os princípios constitucionais federais. Em regra, a

Justiça Estadual compõe-se de duas instâncias, o Tribunal de Justiça (TJ)

e os Juízes Estaduais.

Os Tribunais de Justiça dos Estados possuem competências definidas na

Constituição Federal, bem como na Lei de Organização Judiciária dos

Estado. O TJ tem a competência de, em segundo grau, revisar as decisões

TJ

Juízes Estaduais

Ingressam na carreira

por concurso público

de provas e títulos 1/5

Advogados e

Ministério

Público

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dos juízes e, em primeiro grau, possui competência para determinadas

ações em face de determinadas pessoas.

A Constituição Federal determina que os Estados instituam a

representação de inconstitucionalidade de leis e atos normativos estaduais

ou municipais frente à Constituição Estadual (art. 125, §2º), geralmente

apreciada pelo TJ. É facultado aos Estados criar a Justiça Militar Estadual,

com competência sobre a polícia militar estadual.

Os membros dos TJ´s são chamados Desembargadores. Os Juízes

Estaduais são os chamados Juízes de Direito.

Page 23: Aula 01

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ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA

Organização Judiciária

São leis que estabelecem normas

sobre a constituição dos órgãos

encarregados do exercício da

jurisdição. São regras sobre a

administração da justiça

(administração judiciária, quais e

quantos órgãos jurisdicionais,

superposição de uns órgãos sobre os

outros, estrutura de cada órgão,

requisitos de investidura, carreira

judiciária, época do trabalho forense,

divisão do território nacional em

circunscrições), enfim, tudo o que diz

respeito à estrutura dos órgãos que

compõe o Poder Judiciário brasileiro e

a administração do exercício da

jurisdição.

CF, Art. 22. Compete privativamente à Uniãolegislar sobre: XVII - organização judiciária, doMinistério Público e da Defensoria Pública doDistrito Federal e dos Territórios, bem comoorganização administrativa destes;

CF, Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça,observados os princípios estabelecidos nestaConstituição.

Disciplinam o exercício

da jurisdição, da ação,

do processo, do

procedimento; disciplina a

relação entre as partes

(autor e réu). São regras

sobre a atuação da

justiça.

CF, Art. 22. Competeprivativamente à União legislarsobre:

I - direito processual (...)

Leis Processuais (CPC)

Constituição Federal

Regra sobre Organização Judiciária: cada Estado tem competência

para legislar sobre sua Organização Judiciária, devendo observância os

arts. 93 a 97 da Constituição Federal.

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ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO

Tribunais

Superiores

ACESSO ACESSO ACESSO ACESSO ACESSO

STF – SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

3ªInstância

STJ

3ªInstância

TSE

3ªInstância

TST

3ªInstância

STM

2ª Instância

TJ

(Desembargadores)

2ªInstância

TRE

(Juiz Eleitoral)

2ªInstância

TRT

(Juiz do

Trabalho)

2ªInstância

TJM

(Colegiado de

Juízes Civis e

Militares)

2ªInstância

TRF

(Juiz Federal)

1ªInstância

Juiz deDireito

Instância

Juiz Eleitoral

1ªInstância

Juiz doTrabalho

1ªInstância

Juiz deDireito

1ªInstância

JuizFederal

JustiçaFederal

JustiçaEleitoral

Justiça doTrabalho

Justiça Militar

JustiçaEstadual

1ª Instância

Divisão em Entrâncias:

PROMOÇÃO

Entrância Especial

3 ª Entrância

2 ª Entrância

1 ª Entrância

Justiça Especializada Justiça Comum

Julgam matéria de sua área de competência

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MAGISTRATURA: conjunto de Juízes que compõem o Judiciário.Somente integrado por Juízes togados (Juízes de Direito). A magistratura

pode ser: estadual, federal, trabalhista, etc.

A magistratura é organizada em carreira: os Juízes iniciam nos cargosinferiores, para posteriormente ter acesso (por antiguidade e

merecimento) aos Tribunais.

Organização da carreira:

Conteúdo da

Organização Judiciária

Magistratura Duplo Grau

Composição

Divisão

Judiciária

Trabalho

Forense

INGRESSO NA CARREIRA: CF, Art. 93. Lei complementar, de

iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF), disporá sobre oEstatuto da Magistratura, observado os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juizsubstituto, mediante concurso público de provas e títulos, com

a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todasas fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três

anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, àordem de classificação.

BRASIL

CONCURSO NOMEAÇÃO

Justiça dos Estados

Justiça Federal comum

Justiça Trabalhista

STF

STJ

STM

Livre escolha do Presidente

com a aprovação do Senado

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Comentários: Leia e observe o organograma:

Justiça Estadual: O Juiz inicia sua carreira mediante aprovação emconcurso público de provas e títulos, sendo exigido ser bacharel em

Direito com, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica. O cargo inicial é deJuiz Substituto. Inicia sua carreira na 1ª instância ou 1º grau. É um Juiz

monocrático (o julgamento da causa é feito por um Juiz).

Como vai ocorrer a promoção do Juiz para que ele possa “subir” na

carreira? Você vai ver no próximo tópico que o Judiciário é dividido emgraus ou instâncias. Verá que a 1ª instância (ou 1º grau) é dividida em

entrâncias.

Pois bem! A promoção do Juiz se dá de entrância em entrância (dentro da1ª instância ou 1º grau). O Juiz inicia sua carreira (como Juiz Substituto)

na 1ª entrância, depois é promovido para a 2ª entrância, posteriormente

para a 3ª entrância e por fim para a entrância especial (que tem sede naCapital do Estado). Veja o sentido da seta lá no desenho. A promoção

ocorrerá alternadamente, uma vez por antiguidade, a próxima por

PROMOÇÃO NA CARREIRA: CF, Art. 93. II - promoção deentrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e

merecimento, atendidas as seguintes normas:

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes

consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento;

b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos deexercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira

quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento conforme o desempenho e peloscritérios objetivos de produtividade e presteza no exercício

da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento;

d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá

recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de doisterços de seus membros, conforme procedimento próprio, e

assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a

indicação;

e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiverautos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-

los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;

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merecimento, e assim por diante dentro dos critérios acima. Veja acimaos critérios para a promoção por antiguidade e merecimento.

Quando o Juiz estiver na entrância especial tem a possibilidade de teracesso ao Tribunal de Justiça (TJ). Cuidado! ACESSO é a passagem

para o Tribunal (no popular é a promoção dele para o Tribunal, masjuridicamente o nome não é promoção, e sim acesso). A mudança de

instância ou grau ocorre por acesso! A mudança dentro da mesmainstância se dá por promoção!

ACESSO AOS TRIBUNAIS: CF, Art. 93. III. O acesso aos tribunaisde segundo grau (2ª Instância) far-se-á por antiguidade e

merecimento, alternadamente, apurados na última ou única

entrância.

Cuidado! ACESSO é a passagem do Juiz para o Tribunal. A promoção

ocorre dentro da mesma instância. No TRF e TJ, os Juízes são

chamados de Desembargadores.

CF, Art. 93. IV previsão de cursos oficiais de preparação,

aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindoetapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação

em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e

aperfeiçoamento de magistrados;

V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiorescorresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal

fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e ossubsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e

escalonados, em nível federal e estadual, conforme asrespectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo

a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ouinferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por

cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais

Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts.37, XI, e 39, § 4º;

VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus

dependentes observarão o disposto no art. 40;

VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo

autorização do tribunal;

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Comentários: veja que um dos requisitos para a aferição da promoção pormerecimento é a participação do Juiz em cursos oficiais. Para isso, a

própria Constituição faz a previsão de cursos oficiais de preparação,aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa

obrigatória do processo para se tornar vitalício a participação em cursooficial.

Subsídio (remuneração) dos Trubunais Superiores = 95´/. dos Ministrosdo STF

Subsídio dos demais Magistrados: escalonados (em escalas) de modo que

não haja diferença entre uma e outra superior a dez por cento ou inferiora cinco por cento (10´/. > 5´/.), nem exceder a 95´/. do subsídio mensal

dos Ministros dos Tribunais Superiores. A aposentadoria dos Magistrados segue a regra dos servidores públicos;

se dá pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). O Juiz deve obrigatoriamente morar na Comarca (no Município) aonde ele

inicia sua carreira, salvo autorização do Tribunal.

REMOÇÃO, DISPONIBILIDADE e APOSENTADORIA: VIII. O ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado,

por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto damaioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho

Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;

VIII-A. a remoção a pedido ou a permuta de magistrados decomarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto

nas alíneas a , b , c e e do inciso II;

Princípio da Publicidade e Princípio da Motivação das decisões

Judiciais: IX. todos os julgamentos dos órgãos do PoderJudiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões,

sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, emdeterminados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou

somente a estes, em casos nos quais a preservação do direitoà intimidade do interessado no sigilo não prejudique o

interesse público à informação; (Vamos aprofundar essesprincípios em tópico próprio).

Decisões Administrativas: X. as decisões administrativas dostribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as

disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seusmembros; (Aqui também as decisões administrativas serão

motivadas e as decisões disciplinares serão por maioria absoluta dosmembros).

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TRIBUNAL PLENO: XI. nos tribunais com número superior a

vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgãoespecial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco

membros, para o exercício das atribuições administrativas ejurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,

provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outrametade por eleição pelo tribunal pleno;

ATIVIDADE JURISDICIONAL: XII. a atividade jurisdicionalserá ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e

tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em quenão houver expediente forense normal, juízes em plantão

permanente;

NÚMERO DE JUÍZES: XIII. o número de juízes na unidadejurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à

respectiva população; (requisitos cumulativos).

ATOS DOS SERVIDORES: XIV. os servidores receberão

delegação para a prática de atos de administração e atos demero expediente sem caráter decisório; (iremos detalhar

esses atos processuais em tópico próprio).

DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS: XV a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.

COMPOSIÇÃO: Art. 94. Um quinto dos lugares dos TribunaisRegionais Federais (TRF), dos Tribunais dos Estados (TJ), e do

Distrito Federal e Territórios será composto de membros, doMinistério Público, com mais de dez anos de carreira, e de

advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, commais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em

lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivasclasses. (Trata-se do chamado “Quinto constitucional”, já

estudado no tópico “Poder Judiciário”). Os outros 4/5 do TRF e doTJ será composto pelo acesso dos Juízes Federais e Juízes de

Direito.

Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista

tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte diassubsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

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VEDAÇÕES: Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou

função, salvo uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou

participação em processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária.

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios oucontribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou

privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se

afastou, antes de decorridos três anos do afastamento docargo por aposentadoria ou exoneração.

GARANTIAS: Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquiridaapós dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo,

nesse período, de deliberação do tribunal a que o juizestiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial

transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público,

na forma do art. 93, VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts.37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

Para desempenhar as suas funções com isenção, o Poder Judiciário

dispõe de princípios e garantias previstas na Constituição Federal.

As garantias constitucionalmente asseguradas aos Magistrados

permitem que eles possam ser independentes, imparciais no

tratamento com as partes (autor e réu), bem como nas suas

decisões, não podendo ser removido de uma Comarca para outra,

salvo por interesse público, bem como a irredutibilidade de subsídio

(salvo o teto constitucional, que corresponde ao subsídio do

Ministro do STF). É vitalício após dois anos de exercício.

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Art. 96. Compete privativamente:

III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e doDistrito Federal e Territórios, bem como os membros do

Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade,

ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: Art. 97. Somente pelo

voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial (Tribunal pleno) poderão os tribunais

declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estadoscriarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e

leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e aexecução de causas cíveis de menor complexidade e infrações

penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentosoral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a

transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de

primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitospelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro

anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o

processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.

§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais noâmbito da Justiça Federal.

§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente

ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas daJustiça.

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DUPLO GRAU e COMPOSIÇÃO: em regra*, uma das partes (autor eréu) será vencida ao final do processo. É natural do ser humano que haja

um inconformismo com a decisão, julgamento, que lhe é contrário,desfavorável. Disso decorre que a Jurisdição é dividida em graus (ou

instâncias). É o chamado Princípio do Duplo Grau de Jurisdição. Ovencido tem, em regra**, a possibilidade de obter uma nova manifestação

(decisão).

Assim, o Judiciário possui órgãos inferiores e órgãos superiores:

Órgãos inferiores (ou órgãos de 1ª instância ou órgãos de 1º grau

ou juízos de 1º grau ou juízo a quo): são os Juízes monocráticos:julgamentos realizados por um Juiz (em regra).

Órgãos superiores (ou órgãos de 2ª instância ou órgãos de 2º grauou juízos de 2º grau ou juízo ad quem): são os Tribunais, julgamentos

realizados por um colegiado (grupo de Juízes).

*Em regra, porque ambas as partes podem ser parcialmentevencedoras/vencidas.

**Em regra, porque o Princípio do Duplo Grau de Jurisdição NÃO estápresente em TODAS as instâncias. Como assim? Lembra quando mostrei

que os Tribunais têm competências originárias e recurasais. Pois bem! Nacompetência originária a causa nasce lá nesse Tribunal. No caso, p.ex., do

STF, pela competência originária, a causa se inicia, nasce lá, não há maisrecurso para outro Tribunal.

ACESSO

Órgãos inferior - órgão de 1ª instância - órgão de 1 grau - juízo de

1 grau - juízo a quo

Juiz Estadual

Órgãos inferior - órgão de 1ª instância - órgão de 1º grau - juízo de 1º grau - juízo a quo

PROMOÇÃO: de entrância por entrância: Entrância Especial

3ª Entrância

2ª Entrância

1ª Entrância

Órgão superior - órgão de 2ª instância - órgão de 2º grau - juízo de 2º grau - juízo ad quem

TJ (Desembargador)

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Entrância é a unidade administrativa, na organização judiciária estadual,

que designa as comarcas e os graus de carreira dos juízes e membros do

MP na primeira instância - ou primeiro grau de jurisdição - e a

classificação escalonada das comarcas, e que indica a importância da

Comarca.

A Justiça de 1ª instância é representada pelo Juízo monocrático (um Juiz

decide sozinho), e a Justiça de 2ª instância tem por característica o juízo

colegiado (no mínimo, três magistrados decidem). Entrância é, ao mesmo

tempo, degrau na carreira do Juiz e classificação das comarcas. Instância

designa grau de jurisdição dos órgãos da Magistratura, tanto na Justiça

Federal quanto nas Justiças Estaduais; a Magistratura Estadual organiza-

se em carreiras, integradas por cargos de primeira instância (onde estão

os juízes substitutos e os titulares) e segunda instância (onde estão os

desembargadores dos Tribunais de Justiça e os juízes dos Tribunais de

Alçada).

Na Justiça Estadual, a maioria dos processos inicia-se na 1ª instância, em

que as ações são decididas por um Juiz de Direito. Em caso de recurso, já

na 2ª instância (Tribunais), as ações são decididas pelas turmas

compostas por desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ). Nessa

instância, as decisões são colegiadas, ou seja, por votos de, no mínimo,

três magistrados.

Quando o jurisdicionado (partes) não fica satisfeito com a decisão de

primeira instância, interpõe recurso para pedir uma nova decisão sobre a

mesma causa, a ser tomada por um Tribunal. Existem também os

recursos contra decisões de Tribunais de 2º grau, os quais são interpostos

nos Tribunais Superiores.

DIVISÃO JUDICIÁRIA: Vimos que a jurisdição é exercida em todo oterritório nacional, mas que seria impossível um mesmo Juiz exercê-la

ao mesmo tempo em vários Estados, Municípios, enfim em todo oterritório nacional ao mesmo tempo! Pelo Princípio da Aderência ao

território, o Juiz só é autorizado a exercer a jurisdição nos limitesterritoriais que lhe é traçado pela lei. Assim, faz-se necessário uma

divisão judiciária, como forma de melhor organizar o exercício dajurisdição.

Circunscrição: é a divisão territorial, é o limite territorial, dentro

do qual os Juízes vão exercer a jurisdição.

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JUSTIÇA ESTADUAL INFERIOR

(1ª INSTÂNCIA ou de 1º GRAU)

Divisão da Justiça Estadual: Cada Estado é dividido em COMARCAS,

que, em regra, corresponde a um Município (podendo abranger vários).

Comarca: está dentro da circunscrição judiciária (divisão territorial,

limite territorial) sob a alçada de um Juiz de Direito. As Comarcas são classificadas, segundo a população local e a intensidade dos serviços forenses, emComarcas de primeira, de segunda e de terceira entrâncias, e também, no caso de algumas Capitais deEstado, em Comarcas de entrância especial.

Observe: cada Estado é dividido em COMARCAS:

COMARC

Exemplo: Estado do Ceará e Estado de São Paulo: divisão em comarcas

(cada comarca, em regra corresponde ao um Município; podeabranger mais de um).

Cada comarca corresponde a um Juiz (podendo haver mais de um):

Cada comarca (cidade, Município) está situada em um

Foro (território).

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COMARCA COM MAIS DE UM JUIZ DIVISÃO EM VARAS: Se a comarca tiver mais de um Juiz, esta será dividida em Varas: a

jurisdição de cada Juiz se exerce a depender da natureza da causa:

Vara Cível Vara Criminal Vara Trabalhista

JUSTIÇA ESTADUAL SUPERIOR - 2ª INSTÂNCIA ou de 2º GRAU

TRIBUNAL DE JUSTIÇA (TJ)

Órgão Superior do Judiciário do Estado, composto por Juízes decarreira, denominados de Desembargadores. O TJ é dividido em Seções

Cíveis e Seções Criminais, e estas divididas em Câmaras. Estas se subdividem em TURMAS (com 3 ou 5 julgadores)

Varas Cíveis: Na mesma comarca pode haver mais de uma Vara Cível: nesse

caso, divide-se em: 1ª Vara Cível, 2ª Vara Cível, ....... 5ª Vara Cível, assim por

diante. A mesma regra para as Varas Criminais e Trabalhistas.

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Observe o exemplo:

O TJ poderá funcionar descentralizadamente, mediante a constituiçãode Câmaras Regionais (art. 125, parágrafo sexto).

O TJ também poderá instalar a chamada justiça intinerante nos

limites do território da jurisdição (p. ex., as unidades móveis, pararealização de audiências), o que facilita juntamente com as Câmaras

Regionais, o acesso à justiça.

A Justiça Militar Estadual é composta pelos órgãos de 1º grau (Juízes

de Direito e pelos Conselhos de Justiça) e como órgãos de 2º grau (TJ eTJ Militar).

DIVISÃO DAS JUSTIÇAS DA UNIÃO

(Especial)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Seções Cíveis Seções Criminais

1ª Câmara Cível:

cada Câmara se

divide em

TURMAS com 3

julgadores

2ª Câmara Cível

1ª Câmara Criminal

2ª Câmara Criminal

Justiças da União

JUSTIÇAS

Espécies

Justiça Federal (Comum)

Justiça do Estado

Justiça do Trabalho

Justiça Eleitoral

Justiças Militar

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DIVISÃO DA JUSTIÇA FEDERAL (comum)

Você já viu que a Justiça Federal é composta de Juízes Federais

(monocráticos, órgãos de primeiro grau, instância) e do TRF (órgão desegundo grau, instância).

A Justiça Federal, no Brasil, organiza-se em primeiro e segundo grausde julgamento.

Na maioria dos casos, o interessado dará entrada em seu processo naJustiça Federal de 1º grau, e somente no caso de haver recurso da

decisão proferida a matéria será apreciada pelos Tribunais RegionaisFederais, o 2º grau da Justiça Federal.

No primeiro grau, os Juízes Federais atuam nas Seções

Judiciárias, sediadas na capital de cada um dos Estados daFederação, e, às vezes, em Varas Federais situadas em cidades mais

importantes ou populosas desses estados. Vinculam-se a um dosTribunais Regionais Federais (TRF), conforme a região jurisdicional em

que a Seção Judiciária ou Vara Federal se insira.

Divisão da Justiça Federal de 1ª Instância: o território brasileiro

(país) está dividido em SEÇÕES JUDICIÁRIAS. Cada Estado e oDistrito Federal constituirá 1 (uma) Seção Judiciária com sede na

Capital. As Seções Judiciárias são agrupadas em 5 Regiões. Emcada Região está localizado 1 (um) TRF.

Seção Judiciária do Amazonas TRF da 5ª Região (nordeste)

Seção Judiciária de São Paulo

E assim por diante. Os Territórios não possuem Juízes Federais; suajurisdição é exercida pelos Juízes locais.

Em cada Seção Judiciária atuam vários Juízes Federais:

Em alguns Estados, além da Seção Judiciária existente na capital, foram

instaladas Varas Federais em outras cidades, com jurisdição sobre

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municípios específicos, a fim de interiorizar a atuação da Justiça Federal,facilitando o acesso do cidadão à justiça.

Assim, se em determinado Estado existe apenas a Seção Judiciária

localizada em sua capital, todos os processos deverão dar entrada nestaSeção, que tem jurisdição territorial sobre todos os Municípios; caso

existam Varas Federais em outras cidades do Estado, o lugar em que ointeressado deverá ingressar em juízo dependerá de a qual Vara ou Seção

encontre-se vinculado o Município em que tenha ocorrido a lesão a seudireito.

Há, ainda, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da

Justiça Federal, bem como na Justiça Estadual: Art. 98. A União, no

Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizadosespeciais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes

para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis demenor complexidade e infrações penais de menor potencial

ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos,nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos

por turmas de juízes de primeiro grau.

DIVISÃO DAS JUSTIÇAS DA UNIÃO (Especiais)

JUSTIÇA MILITAR

Os órgãos ou justiças especiais julgam matéria de sua área decompetência.

São órgãos da Justiça Militar da União: Superior Tribunal Militar (STM) e

os Conselhos da Justiça Militar (órgãos colegiados), com competênciaexclusivamente penal.

As Justiças do Trabalho e Eleitoral foram amplamente trabalhadas notópico Poder Judiciário.

Resumo da divisão:

Justiça Comum Estadual:

Varas Civis, Criminais, de Família e Sucessões, de Falências;

Tribunais de Justiça Alçada. Superior Tribunal de Justiça.

Justiça Federal Comum:

Varas Federais; Tribunais Regionais Federais;

Superior Tribunal de Justiça.

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TRABALHO FORENSE: Com a finalidade de ser ininterrupto o exercícioda jurisdição, a Constituição Federal no art. 93, XII, assim dispõe: “XII. a

atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado fériascoletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos

dias em que não houver expediente forense normal, juízes emplantão permanente”.

Ou seja, as férias coletivas não existem para os Juízes e Tribunais de

segundo grau; porém não há proibição de férias forense coletivas para oSTF, bem como para os Tribunais Superiores.

RESUMO da CLASSIFICAÇÃO dos ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS

Os órgãos judiciários brasileiros podem ser classificados:

1. Quanto ao número de julgadores:

a) órgãos singulares, monocrático: Juiz de Direito, Juiz Federal

b) órgãos colegiados: Tribunais

2. Quanto à matéria:

a) órgãos da justiça comum: Juízes estaduais, os Tribunais

Regionais Federais e os Juízes Federais

b) órgãos da justiça especial (julgam matéria de sua área de

competência): Federal do Trabalho, Eleitoral e Militar

3. Quanto à Federação:

a) órgãos estaduais

b) órgãos federais

ATIVIDADE JURISDICIONAL

A segunda função do Judiciário brasileiro é a de exercer o controle de

constitucionalidade. As normas jurídicas só são válidas se estiveremplenamente de acordo e em conformidade com a Constituição Federal.

Funções Típicas (próprias)

Função jurisdicional

Controle de

constitucionalidade

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Assim, o ordenamento jurídico brasileiro estabeleceu métodos para evitarque as leis e atos administrativos contrariem regras ou princípios

constitucionais.

A Constituição Federal adota, para o controle da constitucionalidade, umsistema difuso (todos os órgãos do Poder Judiciário podem exercê-

lo: em suas decisões, podem declarar a inconstitucionalidade de uma lei).Tanto um Juiz monocrático (singular) como qualquer Tribunal (a depender

da Cláusula de Reserva de Plenário) pode declarar (num caso concreto) ainconstitucionalidade de uma lei. Pelo sistema concentrado, o STF pode

declarar a inconstitucionalidade de uma lei.

Enfim, é matéria atinente ao Direito Constitucional. Pois bem! Sãoatividade típicas e próprias a serem exercidas pelo Judiciário: a jurisdição

e o controle de constitucionalidade das leis e atos normativos. Todos osPoderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) exercem suas

funções típicas, porém exercem funções atípicas. No caso do Judiciário emque a função preponderante é a jurisdicional, este exerce, também,

funções atípicas, que não são jurisdicionais.

Função Legislativa: elabora o regimento interno de seus Tribunais e

quando exerce a iniciativa de leis de organização judiciária.

Função Administrativa: organização da sua estrutura interna, cargos,

servidores, quando organiza seus órgãos e estabelece a criação de novos

órgãos ou varas, também quando elabora sua proposta orçamentária

(função financeira), sempre que pratica qualquer ato referente ao

autogovemo da Magistratura:

Funções não jurisdicionais

Administrativa: art. 96 da CF

Legislativa

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Art. 96. Compete privativamente:

I - aos tribunais:

a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentosinternos, com observância das normas de processo e das garantias

processuais das partes, dispondo sobre a competência e ofuncionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e

administrativos;

b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos

que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividadecorreicional respectiva;

c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz

de carreira da respectiva jurisdição;

d) propor a criação de novas varas judiciárias;

e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos,

obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargosnecessários à administração da Justiça, exceto os de confiança

assim definidos em lei;

f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros

e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamentevinculados;

II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos

Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo,observado o disposto no art. 169:

a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;

b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seusserviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem

como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes,inclusive dos tribunais inferiores, onde houver;

c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;

d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;

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.....................................

Função Legislativa: elabora o regimento interno de seus tribunais e quando exerce a iniciativa de leis

de organização judiciária.

Órgãos não-jurisdicionais: além dos órgãos jurisdicionais (que exercema função jurisdicional) supra citados, foram criados o Conselho Nacional

de Justiça (CNJ), as Ouvidorias de Justiça e a Escola daMagistratura.

O Conselho Nacional de Justiça será o mais elevado órgão do judiciário

brasileiro, encarregado do controle do Poder Judiciário e de seus

Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa efinanceira.

§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro

dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei

de diretrizes orçamentárias.

§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunaisinteressados, compete:

I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal

e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos

tribunais;

II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aosPresidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos

respectivos tribunais.

§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as

respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido nalei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para

fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valoresaprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os

limites estipulados na forma do § 1º deste artigo.

§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo foremencaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do

§ 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para finsde consolidação da proposta orçamentária anual.

§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá

haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que

extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes

orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a

abertura de créditos suplementares ou especiais.

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integrantes, e terá competência administrativa, não jurisdicional,ligada à defesa da autonomia do Poder Judiciário, às suas finanças, zelo

pela observância do Estatuto da Magistratura, às normas disciplinares ecorrecionais referentes a juízes e auxiliares, etc. Competência do CNJ:

CF, Art. 103-B, § 4º Compete ao Conselho o controle da atuaçãoadministrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos

deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuiçõesque lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo cumprimento do

Estatuto da Magistratura, podendo expedir atos regulamentares, noâmbito de sua competência, ou recomendar providências;

II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício oumediante provocação, a legalidade dos atos administrativos

praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendodesconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as

providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízoda competência do Tribunal de Contas da União;

III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou

órgãos do Poder Judiciário, inclusive contra seus serviços auxiliares,

serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro queatuem por delegação do poder público ou oficializados, sem prejuízo da

competência disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocarprocessos disciplinares em curso e determinar a remoção, a

disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventosproporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções

administrativas, assegurada ampla defesa;

IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra aadministração pública ou de abuso de autoridade;

V - rever, de ofício ou mediante provocação, os processosdisciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos

de um ano;

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processose sentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes

órgãos do Poder Judiciário;

VII - elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar

necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e as atividadesdo Conselho, o qual deve integrar mensagem do Presidente do Supremo

Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasião daabertura da sessão legislativa.

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§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a funçãode Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de

processos no Tribunal, competindo-lhe, além das atribuições que lheforem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:

I receber as reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativasaos magistrados e aos serviços judiciários;

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição

geral;

III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e

requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados, DistritoFederal e Territórios.

§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador-Geral da República e o

Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos Territórios, criará

ouvidorias de justiça, competentes para receber reclamações e denúnciasde qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário,

ou contra seus serviços auxiliares, representando diretamente aoConselho Nacional de Justiça.

As Ouvidorias de Justiça terão competência para receber

reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ouórgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares,

representando diretamente ao Conselho Nacional de Justiça.

As Escolas da Magistratura prepara e reconhece cursos oficiais de

preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, queconstituirão etapa obrigatória do processo de vitaliciamento dos

magistrados.

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ATIVIDADES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

A Constituição Federal em consonância com o modelo adotado do

judiciário brasileiro entendeu indispensável à existência de determinadas

funções essenciais à justiça.

Essas funções são materializadas em determinados órgãos que foramcriados para o desempenho das referidas funções; são os órgãos:

Ministério Público, da Advocacia Pública e da Defensoria Pública.

Ministério Público:

O Ministério Público é uma instituição permanente com autonomiafuncional e administrativa. Atua nos processos, tanto como fiscal da lei,

como tem o dever de, em crimes considerados uma afronta a sociedade eao Estado Democrático de Direito, oferecer a ação penal (atuará como a

parte que acusa).

Promove a ação civil pública para a proteção do patrimônio público esocial, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos, dentre

outras atribuições.

CF, Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à

função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a

indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional eadministrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao

Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a

política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de

relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

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III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do

patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins

de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua

competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei

complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquéritopolicial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações

processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que

compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 3º - O ingresso na carreira far-se-á mediante concurso público de

provas e títulos, assegurada participação da Ordem dos Advogados doBrasil em sua realização, e observada, nas nomeações, a ordem de

classificação.

Advocacia Pública

A Advocacia-Geral da União representa a União, judicial eextrajudicialmente, inclusive as atividades de consultoria e

assessoramento jurídico do Poder Executivo.

Advogado

O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão.

Defensoria Pública

A função pode ser Federal ou Estadual, com atribuição de prestarassistência judiciária (é um serviço prestado pelo Estado) para quem

comprovadamente não tiver condições econômicas para pagar um advogado.

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Art. 5º LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função

jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e adefesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º,

LXXIV.

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do

Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para suaorganização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe

inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seusintegrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da

advocacia fora das atribuições institucionais. Observação: Não há justiça municipal.

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EQUIVALENTES JURISDICIONAIS: AUTOTUTELA,

AUTOCOMPOSIÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM.

CONCEITO: Os equivalentes jurisdicionais são formas não

jurisdicionais de solução de conflitos que funcionam como técnica detutela de direitos, resolvendo conflitos ou certificando situações jurídicas.

São exemplos de equivalentes jurisdicionais: a autotutela,

autocomposição, mediação, arbitragem e a conciliação.

AUTOTUTELA: autotutela é a forma mais antiga de solução de conflitos,constituindo-se, fundamentalmente, pelo sacrifício integral do

interesse de uma das partes envolvida no conflito em razão do exercício da força pela parte vencedora.

São raras as previsões legais que admitem a autotutela: a legítima defesa

(art.188, I do CC), apreensão do bem com penhor legal (art.1467, I doCC) e desforço imediato no esbulho (art.1210 §1° do CC).

É meio de solução de conflitos exercido de forma imediata por um dosenvolvidos.

AUTOCOMPOSIÇÃO: A autocomposição é a forma de solução do conflito

pelo consentimento espontâneo de um dos contendores emsacrificar, no todo ou em parte, em favor do interesse alheio. Põe

fim ao litígio mediante a primazia da autonomia da vontade das partes aoinvés de se impor uma decisão jurisdicional para a solução do conflito.

São espécies da autocomposição:

a) Transação: é um acordo, o sacrifício recíproco entre osenvolvidos no conflito, e demonstra-se um meio especial de

pacificação social, eis que as partes resolvem o conflito e abdicamde parte de seu direito mutuamente, gerando satisfação entre os

envolvidos.

b) Submissão: um dos sujeitos se submete à vontade do outro;

é o reconhecimento da procedência do direito do outro.

c) Renúncia: na renúncia e submissão, a solução decorre de um atounilateral da parte, sendo que na primeira, o titular do

pretenso direito abdica do mesmo, fazendo desaparecer o

conflito gerado, enquanto na submissão, o sujeito sesubmete à pretensão contrária, ainda que fosse legítima sua

resistência.

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A transação é um sacrifício recíproco entre os envolvidos noconflito, e demonstra-se um meio especial de pacificação social, eis que

as partes resolvem o conflito e abdicam de parte de seu direitomutuamente, gerando, na maioria das vezes, satisfação entre os

envolvidos.

Quando ocorre em processo judicial, a autocomposição deverá serhomologada por sentença de mérito com formação de coisa julgada

material (art. 269, II, III, V, do CPC).

São instrumentos da AUTOCOMPOSIÇÃO: a Negociação, a

Conciliação e a Mediação.

Negociação: a negociação é um processo bilateral de resolução deconflitos ou controvérsias, no qual existe o objetivo de alcançar um acordo

conjunto, através de concessões mútuas.

Envolve a comunicação, o processo de tomada de decisão (sob pressão) ea resolução extrajudicial de uma controvérsia.

É via alternativa para dirimir controvérsias, destacando-se na solução de

litígios de natureza comercial em razão de evitar incertezas e os custos deum processo judicial, bem como preservar o relacionamento das partes

envolvidas de maneira discreta e sigilosa.

É normalmente a primeira forma de compor litígios, e caso não seja bem

sucedida, é possível partir para outra forma alternativa ou até mesmopara a jurisdição tradicional.

Mediação: A mediação é uma técnica não-estatal de solução de conflitos,

pela qual um terceiro se coloca entre os sujeitos do conflito e tentaconduzi-los à solução autocomposta.

O mediador é um profissional qualificado que tenta fazer com que os

próprios litigantes descubram as causas do problema e tentem removê-las.

A Mediação diferencia-se da negociação pelo simples fato da presença do

terceiro mediador, eis que este terá como função auxiliar as partes para

resolver o conflito.

A mediação pode ser classificada como passiva e ativa, sendo que, naprimeira, o mediador figura apenas como um facilitador na resolução do

litígio, enquanto na segunda, mais conhecida como "Conciliação", oconciliador além de facilitar o diálogo entre as partes, apresenta propostas

e soluções para o litígio. Porém, sendo a conciliação realizada no processonão constitui meio alternativo de solução do conflito.

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O modo de intervenção do terceiro é que diferencia a conciliação damediação; na conciliação há o oferecimento de alternativas de sacrifício

mútuo entre as partes, enquanto na mediação o mediador estabelece umdiálogo entre os envolvidos, de forma que eles possam por si só resolver o

conflito, sem necessariamente abdicar de parcela de direito.

A mediação é atividade privada, mesmo que paraprocessual e visaresolver abrangentemente o conflito entre as partes; a conciliação trata de

uma atividade inerente ao Poder Judiciário e contenta-se em solucionar o

litígio conforme as posições apresentadas pelos envolvidos.

O acordo obtido da mediação dispensa o ajuizamento de processo porqueo art. 585, II CPC possibilita que qualquer acordo extrajudicial possa ser

convertido em título executivo extrajudicial, desde que assinado pelaspartes na presença de duas testemunhas.

Conciliação: A conciliação, ou mediação ativa, tem como objetivo o

acordo, sendo o conciliador o agente capaz de conduzir, sugerir e opinaracerca dos direitos e deveres legais das partes.

Apesar de não possuir uma lei específica, a conciliação está prevista em

legislação esparsa no direito brasileiro.

O Código de Processo Civil, por sua vez, prevê a possibilidade de

conciliação em seus artigos 125, IV e 331. Importa ressaltar que o art.475-N, III, V, do CPC elege a sentença homologatória de conciliação ou de

transação e o acordo extrajudicial homologado judicialmente como títulosexecutivos judiciais.

A conciliação está prevista, ainda, nos arts. 2, 20 e 26 da Lei dos Juizados

Especiais Cíveis e Criminais (Lei 9.099/95). Ademais, a referida lei prevê apossibilidade da transação penal, conforme previsão do art. 76 da Lei

9.099/95.

ARBITRAGEM: meio alternativo de solução de controvérsias através daintervenção de uma ou mais pessoas que recebem seus poderes de

uma convenção privada, decidindo com base nela, semintervenção estatal, sendo a decisão destinada a assumir a mesma

eficácia da sentença judicial – é colocada à disposição de quem quer

que seja para solução de conflitos relativos a direitos patrimoniaisacerca dos quais os litigantes possam dispor.

Exemplo: as partes num contrato inserem uma cláusula dispondo que, em

caso de futuro conflito decorrente do contrato, elas renunciam, subtraemdo Poder Judiciário, subtraem-no da à jurisdição e elegem um árbitro que

irá dirimir o conflito.

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Trata-se de um meio heterocompositivo de solução de controvérsias,diferenciando-se da conciliação e mediação em razão da imposição de um

terceiro (árbitro) para dirimir o conflito.

A nova Lei de Arbitragem demonstrou a natureza jurisdicional daarbitragem, reconhecendo aos árbitros a possibilidade de realizar funções

jurisdicionais, como o art. 8º da Lei 9307/96. Neste sentido a arbitragemnão é encarada como equivalente jurisdicional, mas como exercício de

jurisdição por autoridade não-estatal.

QUESTÕES

01. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Administrativa) As

instâncias trabalhistas formam um conjunto hierárquico que se inicia nas

Varas do Trabalho, as quais recebem em primeira instância as

reclamações trabalhistas individuais, as demais instâncias estão nos níveis

estadual e federal. No nível estadual a instância é o

Supremo Tribunal Federal.

a) Supremo Tribunal Municipal.

b) Tribunal Regional do Trabalho.

c) Tribunal Superior do Trabalho.

d) Tribunal de Grandes Causas.

Comentários: Não existe “Supremo Tribunal Municipal” e nem “Tribunal de

Grandes Causas”. O Tribunal Superior do Trabalho não é órgão de

primeira instância.

Gabarito: b

02.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)

São órgãos do Poder Judiciário do Estado

a) as Varas Judiciais.

b) as Câmaras do Tribunal de Justiça.

c) os Cartórios Judiciais.

d) os juízes de paz.

e) os Cartórios Extrajudiciais.

Comentários: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os

Estados criarão:

I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos,

competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas

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cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencialofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas

hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos porturmas de juízes de primeiro grau;

II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo votodireto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência

para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em facede impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer

atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outrasprevistas na legislação.

Gabarito: d

03. (VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)Participam como auxiliares da justiça

a) os juízes togados.

b) a Ouvidoria Judiciária. c) os advogados.

d) os procuradores do Estado. e) os defensores públicos.

Gabarito: b

04. (VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)É correto afirmar que

a) o território do Estado não pode ser dividido para os efeitos daadministração da justiça.

b) comarcas e circunscrições possuem as mesmas competências. c) a circunscrição constitui-se de uma ou mais comarcas.

d) a circunscrição não possui sede. e) a comarca constitui-se de uma ou mais circunscrições.

Comentários: Circunscrição: é a divisão territorial, é o limiteterritorial, dentro do qual os Juízes vão exercer a jurisdição. A

circunscrição constitui-se de uma ou mais comarcas.Gabarito: c

05. (FCC - 2009 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas)

O preenchimento das vagas de Desembargadores será feito por

a) Advogados, apenas.

b) Magistrados, apenas.

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c) Magistrados e Membros do Ministério Público, apenas.

d) Magistrados e Advogados, apenas.

e) Magistrados, Membros do Ministério Público e Advogados.

Comentários: CF, Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais

Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios

será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anosde carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação

ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicadosem lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.

Gabarito: e

06. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa)Considere as seguintes afirmações a respeito dos Tribunais e Juízes do

Estado, em conformidade com as disposições normativas constitucionais:

I. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios

estabelecidos na Constituição da República, sendo a competência dostribunais definida na Constituição do Estado e a lei de organização

judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

II. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, aJustiça eleitoral estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de

direito e pelas juntas eleitorais.

III. O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização deaudiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites

territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicose comunitários.

Está correto o que consta APENAS em a) I.

b) II.

c) III. d) I e II.

e) I e III.

Comentários: I. Os Estados organizarão sua Justiça, observados osprincípios estabelecidos na Constituição da República, sendo a

competência dos tribunais definida na Constituição do Estado e a lei deorganização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

Verdadeira: Art. 125, CF. Os Estados organizarão sua Justiça, observados

os princípios estabelecidos nesta Constituição.

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§ 1º - A competência dos tribunais será definida na Constituição doEstado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de

Justiça.

II. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, aJustiça eleitoral estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de

direito e pelas juntas eleitorais.

Falsa. A banca tenta nos confundir, há previsão em relação a Justiça

Militar Estadual, vejamos: CF. Art. 125, § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do

Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeirograu, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo

grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militarnos Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.

III. O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de

audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limitesterritoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos

e comunitários. Correta. CF. Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os

princípios estabelecidos nesta Constituição. § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização

de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites

territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicose comunitários.

Gabarito: e

07. (CESGRANRIO - 2009 - FUNASA - Técnico de Contabilidade) Dentre os

órgãos abaixo, assinale aquele que NÃO integra o Poder Judiciário. a) Tribunal de Justiça

b) Tribunal de Contas da União c) Tribunal Regional Eleitoral

d) Tribunal Regional do Trabalho e) Conselho Nacional de Justiça

Comentários: O Tribunal de Contas Faz parte do Poder Legistativo e

Coordena o Executivo com Aprovação das Suas Prestações Contas Anuais.

Gabarito: b

08. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa) AosJuízes é vedado o exercício da advocacia no

a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos doafastamento do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos doafastamento do cargo por exoneração.

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c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos doafastamento do cargo por exoneração.

d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos doafastamento do cargo por aposentadoria.

e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos doafastamento do cargo por aposentadoria.

Comentários: Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo

uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em

processo;

III - dedicar-se à atividade político-partidária.

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de

pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas asexceções previstas em lei;

V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes dedecorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou

exoneração.

Gabarito: a

09. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar - Secretaria) Noque tange à organização do Poder Judiciário, a Constituição Federal

preconiza que o número de juízes nas unidades jurisdicionais deve ser

proporcional: a) Ao número de habitantes e à respectiva extensão territorial.

b) À efetiva demanda judicial e à respectiva população. c) À extensão territorial e à receita orçamentária da comarca.

d) Ao número de eleitores e à respectiva receita tributária da comarca. e) Ao número de eleitores e à efetiva demanda judicial.

Comentários: conforme inciso XIII do art. 93, CF:

XIII o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional àefetiva demanda judicial e à respectiva população;

Gabarito: b

10. (PONTUA - 2011 - TRE-SC - Técnico Judiciário - Área AdministrativaProva Branca) Considerando-se as normas da Constituição da República

Federativa do Brasil sobre o Poder Judiciário, assinale a alternativaCORRETA:

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a) O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdiçãoem Brasília.

b) O candidato ao ingresso na carreira da magistratura poderá suprir afalta do título acadêmico de Bacharel em Direito com a demonstração de

que possui notável saber jurídico. c) Somente poderá ingressar na magistratura, por meio de concurso

público de provas e títulos, o candidato que antes tenha sido aprovado noexame da Ordem dos Advogados do Brasil e que tenha exercido no

mínimo três anos de advocacia privada e/ou advocacia pública.

d) O concurso público de provas e títulos para ingresso na magistraturadeve ter a participação, em todas as suas fases, da Ordem dos Advogados

do Brasil.

Comentários: A alternativa “a” está ERRADA: Eles têm SEDE na CapitalFederal, mas jurisdição em todo o território nacional: CF, Art. 92, § 2º O

Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição emtodo o território nacional.

A alternativa está “b” ERRADA: CF, Art. 93. Lei complementar, de

iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto daMagistratura, observados os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da

Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do

bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica eobedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

A alternativa “c” está ERRADA: A OAB participa do concurso público em

todas as fases, mas não se exige do candidato que ele seja advogado(aprovação na OAB). Ademais, exige-se "no mínimo, três anos de

atividade jurídica", o que não se confunde com "três anos de advocaciaprivada ou pública", uma vez que existem outros meios, que não a

advocacia, para preencher este período (o exercício de cargo de analistajudiciário, por exemplo).

A alternativa “d” está CORRETA: CF, Art. 93. Lei complementar, de

iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto daMagistratura, observados os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto,

mediante concurso público de provas e títulos, com a participação daOrdem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do

bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica eobedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação (...).

Gabarito: d

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10. (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar) A leiComplementar que dispõe sobre o Estatuto da Magistratura é de

iniciativa: a) Do Conselho Nacional de Justiça.

b) Do Supremo Tribunal Federal. c) Do Senado Federal.

d) Do Congresso Nacional. e) Da Câmara dos Deputados.

Comentários: Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do SupremoTribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura,

observados os seguintes princípios: I - ingresso na carreira, cujo cargoinicial será o de juiz substituto, (.....)

Gabarito: b

11. (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar) A quem compete

o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário:

a) Ao Conselho Nacional de Justiça. b) Ao Congresso Nacional.

c) Ao Supremo Tribunal Federal. d) Ao Tribunal de Contas.

e) À Procuradoria Geral da República.

Comentários: Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de

15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma)recondução, (...) : § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação

administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimentodos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições

que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura... Gabarito: a

12. (MS CONCURSOS - 2009 - TRE-SC - Técnico Judiciário) No que serefere ao Poder Judiciário, assinale a alternativa que apresenta a

afirmação correta:

a) O Supremo Tribunal Federal pode aprovar súmula que terá efeitovinculante somente em relação aos órgãos do Poder Judiciário, nas

esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder sua revisão oucancelamento.

b) O Tribunal Superior Eleitoral tem jurisdição somente na CapitalFederal.

c) Compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais porcrimes eleitorais.

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d) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário,o mandado de segurança decidido em única instância pelo Tribunal

Superior Eleitoral, se denegatória a decisão.

Comentários: A alternativa “a” está INCORRETA: Art. 103-A. OSupremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante

decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobrematéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na

imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do

Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nasesferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua

revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

A alternativa “b” está INCORRETA: TSE tem SEDE na Capital Federal.

A alternativa “c” INCORRETA: No caso de juízes estaduais (1º grau) acompetência para julgar crime eleitoral será do TRE respectivo. art.

96. compete privativamente:III - aos Tribunais de Justiça, julgar os juízes estaduais e do distrito

Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, noscrimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da

Justiça Eleitoral.

A alternativa “d” está CORRETA: (compete ao STF) Art. 102.

II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus, o mandado desegurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única

instância pelos Tribunais superiores, se denegatória a decisão. Gabarito: d

13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os

juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que,

a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício.

b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício. c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente

do grau.

d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente dograu.

e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.

Comentários: Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos

de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberaçãodo tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de

sentença judicial transitada em julgado;

Gabarito: b

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14. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Deacordo com a Constituição Federal brasileira, elaborar semestralmente

relatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidadeda Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário, é competência

a) dos Tribunais de Justiça locais. b) do Supremo Tribunal Federal.

c) do Superior Tribunal de Justiça. d) do Conselho Nacional de Justiça.

e) do Presidente da República através do Procurador Geral.

Comentários: Art. 103-B. CF: § 4º Compete ao Conselho o controle daatuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento

dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuiçõesque lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:

VI - elaborar semestralmente relatório estatístico sobre processos esentenças prolatadas, por unidade da Federação, nos diferentes órgãos do

Poder Judiciário. Gabarito: d

15. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário) Assinale a

alternativa que contempla somente órgãos integrantes do PoderJudiciário.

a) Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; Tribunais eJuízes Militares.

b) Superior Tribunal de Justiça; Defensoria Pública; Tribunais e Juízesdo Trabalho.

c) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios;Ministério Público dos Estados; Conselho Nacional de Justiça.

d) Procuradoria Geral do Estado; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes do Distrito Federal e Territórios.

e) Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Militares;Conselho Nacional do Ministério Público.

Comentários: CF Art.. 92. São Orgãos do Poder Judiciário: I - OSupremo Tribunal Federal; I - A - O Conselho Nacional de Justiça; II

- O Superior Tribunal de Justiça; III - Os Tribunais Regionais Federais eJuízes Federais; IV - Os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e

Juizes Eleitorais; VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunaise Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

Gabarito: a

16. (FCC - 2007 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - ÁreaAdministrativa) Com relação ao Poder Judiciário, é INCORRETO afirmar

que

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a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezesconsecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento.

b) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional àefetiva demanda e à respectiva população.

c) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado fériascoletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias

em que não houver expediente forense normal, juízes em plantãopermanente.

d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em

sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioriaabsoluta de seus membros.

e) a distribuição de processos será por cotas na primeira instância eimediata na segunda.

Comentários: Art. 93, XV, CF: "a distribuição de processos será imediata,em todos os graus de jurisdição".

Gabarito: e

17. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em

matéria de garantias aos juízes, considere: I. A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo

por motivo de interesse público. II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outras

situações, por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a

pedido ou aposentadoria. As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

a) à indisponibilidade e ao juízo natural. b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade. d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

Comentários: Art. 95, II e I CF:

II - INAMOVIBILIDADE - salvo por motivo de interesse público

I - VITALICIEADADE - implica permanência no cargo; (exoneração

somente enquanto não completado período de 2 anos de exercício, ouseja, enquanto não vitalício).

Gabarito: d

18. (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Técnico Judiciário) Assinale o órgão queNÃO compõe(m) a Justiça Eleitoral.

a) Tribunal Regional Eleitoral b) Tribunal Superior Eleitoral

c) Juizados Federais Eleitorais

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d) Juízes Eleitorais

Comentários: CF, art.118 - São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o TribunalSuperior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes

Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais.

Gabarito: c

19. (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Oficial de Apoio Judicial) Considerando o

disposto na Constituição da República, é CORRETO afirmar que quem tema função de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na

carreira da magistratura é a) o Conselho Nacional de Justiça.

b) o Conselho Federal de Educação. c) a Escola Nacional de Estudos da Magistratura.

d) a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura.

Comentários: CF/88, Art. 105. (...) Parágrafo único. Funcionarão junto ao

Superior Tribunal de Justiça: I - a Escola Nacional de Formação eAperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções,

regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

Gabarito: d

20. (FGV - 2009 - MEC - Documentador) As alternativas a seguir

apresentam alguns órgãos do Poder Judiciário, à exceção de uma.Assinale-a.

a) Supremo Tribunal Federal. b) Comissão Parlamentar de Constituição e Justiça.

c) Conselho Nacional de Justiça. d) Tribunais dos Estados.

e) Juízes Eleitorais.

Comentários: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I - o Supremo

Tribunal Federal; I-A o Conselho Nacional de Justiça; II - o SuperiorTribunal de Justiça; III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;VI - os Tribunais e Juízes Militares; VII - os Tribunais e Juízes dos Estados

e do Distrito Federal e Territórios.

Gabarito: b

LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

01. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle - Administrativa) As

instâncias trabalhistas formam um conjunto hierárquico que se inicia nas

Varas do Trabalho, as quais recebem em primeira instância as

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reclamações trabalhistas individuais, as demais instâncias estão nos níveis

estadual e federal. No nível estadual a instância é o

Supremo Tribunal Federal.

a) Supremo Tribunal Municipal.

b) Tribunal Regional do Trabalho.

c) Tribunal Superior do Trabalho.

d) Tribunal de Grandes Causas.

02.(VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)

São órgãos do Poder Judiciário do Estado

a) as Varas Judiciais.

b) as Câmaras do Tribunal de Justiça.

c) os Cartórios Judiciais.

d) os juízes de paz.

e) os Cartórios Extrajudiciais.

03. (VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)Participam como auxiliares da justiça

a) os juízes togados. b) a Ouvidoria Judiciária.

c) os advogados.

d) os procuradores do Estado. e) os defensores públicos.

04. (VUNESP - 2009 - TJ-MS - Titular de Serviços de Notas e de Registros)

É correto afirmar que

a) o território do Estado não pode ser dividido para os efeitos da

administração da justiça. b) comarcas e circunscrições possuem as mesmas competências.

c) a circunscrição constitui-se de uma ou mais comarcas. d) a circunscrição não possui sede.

e) a comarca constitui-se de uma ou mais circunscrições.

05. (FCC - 2009 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas)

O preenchimento das vagas de Desembargadores será feito por

a) Advogados, apenas.

b) Magistrados, apenas.

c) Magistrados e Membros do Ministério Público, apenas.

d) Magistrados e Advogados, apenas.

e) Magistrados, Membros do Ministério Público e Advogados.

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06. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa)Considere as seguintes afirmações a respeito dos Tribunais e Juízes do

Estado, em conformidade com as disposições normativas constitucionais:

I. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípiosestabelecidos na Constituição da República, sendo a competência dos

tribunais definida na Constituição do Estado e a lei de organizaçãojudiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça.

II. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, aJustiça eleitoral estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de

direito e pelas juntas eleitorais.

III. O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização deaudiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites

territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicose comunitários.

Está correto o que consta APENAS em a) I.

b) II. c) III.

d) I e II. e) I e III.

07. (CESGRANRIO - 2009 - FUNASA - Técnico de Contabilidade) Dentre osórgãos abaixo, assinale aquele que NÃO integra o Poder Judiciário.

a) Tribunal de Justiça b) Tribunal de Contas da União

c) Tribunal Regional Eleitoral d) Tribunal Regional do Trabalho

e) Conselho Nacional de Justiça

08. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário - Área Administrativa) AosJuízes é vedado o exercício da advocacia no

a) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos doafastamento do cargo por exoneração.

b) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos doafastamento do cargo por exoneração.

c) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dez anos do

afastamento do cargo por exoneração. d) Juízo do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do

afastamento do cargo por aposentadoria. e) Tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quatro anos do

afastamento do cargo por aposentadoria.

09. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Técnico Judiciário Auxiliar - Secretaria) Noque tange à organização do Poder Judiciário, a Constituição Federal

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preconiza que o número de juízes nas unidades jurisdicionais deve serproporcional:

a) Ao número de habitantes e à respectiva extensão territorial. b) À efetiva demanda judicial e à respectiva população.

c) À extensão territorial e à receita orçamentária da comarca. d) Ao número de eleitores e à respectiva receita tributária da comarca.

e) Ao número de eleitores e à efetiva demanda judicial.

10. (PONTUA - 2011 - TRE-SC - Técnico Judiciário - Área Administrativa

Prova Branca) Considerando-se as normas da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil sobre o Poder Judiciário, assinale a alternativa

CORRETA: a) O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição

em Brasília. b) O candidato ao ingresso na carreira da magistratura poderá suprir a

falta do título acadêmico de Bacharel em Direito com a demonstração deque possui notável saber jurídico.

c) Somente poderá ingressar na magistratura, por meio de concursopúblico de provas e títulos, o candidato que antes tenha sido aprovado no

exame da Ordem dos Advogados do Brasil e que tenha exercido nomínimo três anos de advocacia privada e/ou advocacia pública.

d) O concurso público de provas e títulos para ingresso na magistraturadeve ter a participação, em todas as suas fases, da Ordem dos Advogados

do Brasil.

Gabarito: d

10. (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar) A leiComplementar que dispõe sobre o Estatuto da Magistratura é de

iniciativa: a) Do Conselho Nacional de Justiça.

b) Do Supremo Tribunal Federal. c) Do Senado Federal.

d) Do Congresso Nacional. e) Da Câmara dos Deputados.

11. (TJ-SC - 2010 - TJ-SC - Técnico Judiciário - Auxiliar) A quem competeo controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário:

a) Ao Conselho Nacional de Justiça.

b) Ao Congresso Nacional. c) Ao Supremo Tribunal Federal.

d) Ao Tribunal de Contas. e) À Procuradoria Geral da República.

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12. (MS CONCURSOS - 2009 - TRE-SC - Técnico Judiciário) No que serefere ao Poder Judiciário, assinale a alternativa que apresenta a

afirmação correta:

a) O Supremo Tribunal Federal pode aprovar súmula que terá efeitovinculante somente em relação aos órgãos do Poder Judiciário, nas

esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder sua revisão oucancelamento.

b) O Tribunal Superior Eleitoral tem jurisdição somente na CapitalFederal.

c) Compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais porcrimes eleitorais.

d) Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar, em recurso ordinário,o mandado de segurança decidido em única instância pelo Tribunal

Superior Eleitoral, se denegatória a decisão.

13. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Os

juízes gozam da garantia da vitaliciedade, que,

a) no primeiro grau, só será adquirida após três anos de exercício. b) no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício.

c) será sempre adquirida após cinco anos de exercício, independente do grau.

d) será sempre adquirida após três anos de exercício, independente dograu.

e) no primeiro grau, só será adquirida após cinco anos de exercício.

14. (FCC - 2011 - TRE-RN - Técnico Judiciário - Área Administrativa) De

acordo com a Constituição Federal brasileira, elaborar semestralmenterelatório estatístico sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade

da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciário, é competência

a) dos Tribunais de Justiça locais.

b) do Supremo Tribunal Federal. c) do Superior Tribunal de Justiça.

d) do Conselho Nacional de Justiça. e) do Presidente da República através do Procurador Geral.

15. (VUNESP - 2011 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário) Assinale a

alternativa que contempla somente órgãos integrantes do PoderJudiciário.

a) Supremo Tribunal Federal; Conselho Nacional de Justiça; Tribunais eJuízes Militares.

b) Superior Tribunal de Justiça; Defensoria Pública; Tribunais e Juízesdo Trabalho.

c) Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios;Ministério Público dos Estados; Conselho Nacional de Justiça.

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d) Procuradoria Geral do Estado; Tribunais e Juízes Militares; Tribunais e Juízes do Distrito Federal e Territórios.

e) Tribunais e Juízes do Trabalho; Tribunais e Juízes Militares;Conselho Nacional do Ministério Público.

16. (FCC - 2007 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área

Administrativa) Com relação ao Poder Judiciário, é INCORRETO afirmarque

a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes

consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. b) o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à

efetiva demanda e à respectiva população. c) a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias

coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos diasem que não houver expediente forense normal, juízes em plantão

permanente. d) as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em

sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioriaabsoluta de seus membros.

e) a distribuição de processos será por cotas na primeira instância eimediata na segunda.

17. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Em

matéria de garantias aos juízes, considere:

I - A que consiste na permanência na comarca em que é titular, salvo pormotivo de interesse público.

II - A que implica na sua permanência no cargo, salvo entre outrassituações, por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a

pedido ou aposentadoria. As hipóteses dizem respeito, respectivamente,

a) à indisponibilidade e ao juízo natural. b) à vitaliciedade e a inamovibilidade.

c) ao juízo natural e a inamovibilidade. d) à inamovibilidade e a vitaliciedade.

e) à vitaliciedade e a segurança jurídica.

18. (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Técnico Judiciário) Assinale o órgão queNÃO compõe(m) a Justiça Eleitoral.

a) Tribunal Regional Eleitoral

b) Tribunal Superior Eleitoral c) Juizados Federais Eleitorais

d) Juízes Eleitorais

19. (FUNDEP - 2010 - TJ-MG - Oficial de Apoio Judicial) Considerando odisposto na Constituição da República, é CORRETO afirmar que quem tem

a função de regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção nacarreira da magistratura é

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a) o Conselho Nacional de Justiça. b) o Conselho Federal de Educação.

c) a Escola Nacional de Estudos da Magistratura. d) a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura.

20. (FGV - 2009 - MEC - Documentador) As alternativas a seguir

apresentam alguns órgãos do Poder Judiciário, à exceção de uma.Assinale-a.

a) Supremo Tribunal Federal.

b) Comissão Parlamentar de Constituição e Justiça. c) Conselho Nacional de Justiça.

d) Tribunais dos Estados. e) Juízes Eleitorais.

Gabarito:

01. B

02. D

03. B 04. C

05. E

06. E

07. B

08. A 09. B

10. B

11. A

12. D

13. B

14. D

15. A

16. E

17. D

18. C

19. D

20. B

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QUESTÕES DO CESPE

CESPE/CONSULTOR DO SENADO/96

1. O poder político do Estado é uno, indivisível e indelegável, exercido pormeio de funções distintas que são repartidas internamente. Essa

separação de funções do poder político do Estado requer o exercício dasmesmas, preponderantemente por um órgão, cabendo ao Poder

Legislativo o desempenho de parte específica do poder estatal.

Gabarito: c

CESPE – (SEGER) – Analista Administrativo e Financeiro – 01/02/2009 11. No constitucionalismo moderno, a divisão entre os Poderes Legislativo,

Executivo e Judiciário é bem definida e estanque. Nenhum desses poderespode exercer atividade típica de outro, uma vez que a independência

entre eles é absoluta. Gabarito: e

CESPE – MS – Conhecimentos Básicos - Aplicação: 15/11/2008

12. Cabe ao Poder Judiciário, no estado democrático de direito, zelar,quando provocado, para que o administrador atue nos limites da

juridicidade, competência que não se resume ao exame dos aspectosformais do ato, mas abrange a aferição da compatibilidade de seu

conteúdo com os princípios constitucionais, como os da proporcionalidade

e da razoabilidade. Gabarito: c

CESPE – PCRR –18/5/2003 Nível Fundamental / Auxiliar de Necropsia

13. Na divisão dos poderes, cabe ao Poder Legislativo aplicar as leis, e, aoPoder Judiciário, elaborá-las.

Gabarito: e

CESPE – ANTAQ - Cargo 9: Técnico Administrativo | 19/06/2005 14. O critério funcional de distinção entre as funções estatais brasileiras

seguiu a célebre separação dos poderes que obedece à divisão tripartite.Gabarito: c

CESPE – ANTAQ - Cargo 9: Técnico Administrativo | 19/06/2005

15. A garantia de prerrogativas a membros do Poder Judiciário e do

Ministério Público, tais como o foro privilegiado, não conflita com oprincípio constitucional da igualdade.

Gabarito: c

CESPE – ANTAQ - Cargo 9: Técnico Administrativo | 19/06/2005 16. O Ministério Público é um extra-poder ligado funcionalmente ao Poder

Executivo. Gabarito: e

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18. Os poderes absolutos do Estado viabilizam, dentro de cada

comunidade estatal concreta, o exercício dos direitos e garantiasindividuais e coletivos e a prática efetiva das liberdades públicas.

Gabarito: e

CESPE – PCRR 18/5/2003 - Nível Médio / Escrivão de Polícia Civil 21. O Poder Legislativo tem por função típica legislar, mas também exerce

funções judiciais atípicas.

Gabarito: c

CESPE – HFA – 28/11/2004 Nível Médio – Prova 12 – Cargo: 50 22. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o

Legislativo, o Executivo, o Ministério Público e o Judiciário. Gabarito: e

CESPE – HFA – 28/11/2004 Nível Médio – Prova 12 – Cargo: 50

23. São órgãos do Poder Judiciário, entre outros, o Supremo TribunalFederal, o Superior Tribunal de Justiça, os tribunais regionais federais e o

Tribunal de Contas da União. Gabarito: e

CESPE / STM – Superior Tribunal Militar Aplicação da Prova: 28/11/2004

24. Os poderes de Estado, apesar de independentes, devem atuar de

maneira harmônica. O princípio da separação de poderes consagrado naConstituição Federal assegura que um poder controle os demais e por eles

seja controlado. Esse princípio é denominado, pela doutrina do direitoconstitucional, teoria dos freios e contrapesos.

Gabarito: c

CESPE – TRE/TO 2005 Analista Judiciário – Área: Administrativa 25. A República Federativa do Brasil adota a teoria da tripartição de

poderes, prevendo, ainda, que sejam eles independentes e harmônicosentre si.

Gabarito: c

CESPE – TRE/TO 2005 Analista Judiciário – Área: Administrativa 26. O Tribunal de Contas da União é um dos tribunais superiores que

fazem parte do Poder Judiciário brasileiro.

Gabarito: e

CESPE – TRE/TO 2005 Analista Judiciário – Área: Administrativa 27. Em toda a história republicana brasileira, adotou-se a teoria da

tripartição dos poderes, exceto a partir de 1988, quando a ConstituiçãoFederal, além dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,

expressamente instituiu o Ministério Público como mais um poder,passando a vigorar a teoria quatripartite dos poderes do Estado.

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Gabarito: e

CESPE – AGE / ES – 24/10/2004 Auditor do Estado 28. As funções típicas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário são

criar a lei, executar a lei, e julgar em conformidade com a lei,respectivamente. Contudo, todos os poderes criam, executam e julgam

em conformidade com a norma jurídica. Gabarito: c

29. Analise as assertivas abaixo sobre o Poder Judiciário. I. Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo

ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridosdois anos do afastamento do cargo por aposentadoria

ou exoneração. II. As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas

e em sessão pública, sendo as disciplinarestomadas pelo voto da maioria absoluta de seus

membros. III. Na apuração de antigüidade, para promoção, o

tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigopelo voto fundamentado de dois terços de seus

membros, conforme procedimento próprio, eassegurada ampla defesa, repetindo-se a votação

até fixar-se a indicação.

IV. Nos tribunais com número superior a vinte e cincojulgadores, poderá ser constituído órgão especial,

com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cincomembros, para o exercício das atribuições administrativas

e jurisdicionais delegadas da competênciado tribunal pleno, provendo-se metade das vagas

por antiguidade e a outra metade por merecimento.De acordo com a Constituição Federal de 1988, é correto

o que se afirma APENAS em (A) II e III.

(B) II, III e IV. (C) I, III e IV.

(D) I, II e IV. (E) I e III

Gabarito: a

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Responda as seguintes questões; preencha o gabarito; após, confira oscomentários com os gabaritos corretos:

CESPE - Questões sobre Funções Essenciais à Justiça

Ministério Público

01. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O MP, apesar de

dotado de autonomia financeira, não é obrigado a elaborar sua proposta

orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizesorçamentárias.

Gabarito:

02. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) Segundo a CF, o MPbras i le iro compreende apenas o MP Federal e o MP dos estados e do

DF. Gabarito:

03. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) Entre as garant ias

concedidas aos membros do MP está a estabilidade após três anos de .Gabarito:

04. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) É função inst i tuc ional

do MP defender judicialmente os direitos e os interesses das populações

carentes. Gabarito:

05. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) Quando um membro do

MP se aposenta, é vedado a ele advogar no juízo ou tribunal em queatuava, antes de que hajam transcorrido três anos da aposentadoria.

Gabarito:

06. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O Conse lho Nac ional doMinistério Público pode avocar processos disciplinares em curso nos MPs.

Gabarito:

07. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O Conse lho Nac ional doMinistério Público não tem poderes para determinar a remoção de

membro do MP.

Gabarito:

08. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O Conse lho Nac ional doMinistério Público tem poderes para demitir membro do MP.

Gabarito:

09. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O Conse lho Nac ional doMinistério Público é composto de quatorze membros, entre os quais cinco

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membros dos MPs dos estados, cada um representando uma região daFederação.

Gabarito:

10. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) O Conse lho Nac ional doMinistério Público deve ser presidido por seu conselheiro mais antigo.

Gabarito:

11. (CESPE/Promotor -MPE-RN/2009) Ao MP compete

promover privativamente a ação civil pública para a defesa do meioambiente.

12. (CESPE/Ju iz Federa l Subst i tuto - TRF 1ª/2009) A CFenumera, em rol taxativo, as funções institucionais do MP.

Gabarito:

13. (CESPE/Juiz Federa l Subst i tuto - TRF 1ª/2009)Conforme posicionamento do STF, será constitucional norma estadual

que atribuir o exercício das funções dos membros do MP especial notribunal de contas do estado aos membros do MP estadual.

Gabarito:

14. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) O Min istér io Públ ico do

Trabalho integra o Ministério Público da União. Gabarito:

15. (CESPE/Anal is ta-TJ-RJ/2008) Ao Min istér io Públ ico é

assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo ele propor aoPoder Legislativo a criação e a extinção de seus cargo se serviços

auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas etítulos.

Gabarito:

16. (CESPE/Anal is ta-TJ-RJ/2008) O Ministér io Públ icoabrange o Ministério Público da União e os ministérios públicos

estaduais e do DF e territórios. Gabarito:

17. (CESPE/Anal is ta -TJ-RJ/2008) Aos membros doMin istér io Público, ao contrário do que ocorre com os membros da

magistratura, não é vedado o exercício de atividade político partidária.Gabarito:

18. (CESPE/Anal is ta -SERPRO/2008) Compete ao pres idente

da República nomear o chefe do Ministério Público da União. Gabarito:

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19. (CESPE/TRT-17ª/2009) No tocante à organização do

Estado brasileiro, a CF estabeleceu que o Ministério Público é instituiçãopermanente, essencial à justiça, à qual compete representar a União,

judicial e extrajudicialmente. Gabarito:

20. (CESPE/Advogado - BRB/2010) Determinado membro do

Ministério Público estadual que tenha se aposentado no final do último ano

está impedido de exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual seafastou antes de decorridos três anos da referida aposentadoria.

Gabarito:

Advocacia Pública, Advocacia e DefensoriaPública

21. (CESPE/AGU/2009) O Advogado -Gera l da União,

min istro por determinação legal, obteve da Carta da Repúblicatratamento diferenciado em relação aos demais ministros de Estado, o

que se constata pelo estabelecimento de requisitos mais rigorosos para anomeação — idade mínima de 35 anos, reputação ilibada e notório

conhecimento jurídico —, bem como pela competência para o julgamentodos crimes de responsabilidade, visto que ele será sempre julgado pelo

Senado Federal, ao passo que os demais ministros serão julgados perante

o STF, com a ressalvados atos conexos aos do presidente da República.Gabarito:

22. (CESPE/Ju iz Federa l Subst i tuto - TRF 1ª/2009) De

acordo com entendimento do STF, será considerada constitucional anorma estadual que atribuir à defensoria pública do estado a defesa

judicial dos servidores públicos estaduais processados civil oucriminalmente em razão do regular exercício do cargo, pois a CF não

restringe as atribuições da defensoria pública à assistência aos quecomprovarem insuficiência de recursos.

Gabarito:

23. (CESPE/Anal is ta-TJ-RJ/2008) Às defensor ias públ icassão asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de

sua proposta orçamentária, dentro dos limites estabelecidos na lei de

diretrizes orçamentárias. Gabarito:

24. (CESPE/Técnico - TRT 9ª/2007) Às defensor ias públ icas

da União e dos estados são asseguradas autonomia funcional eadministrativa bem como a iniciativa de sua proposta orçamentária,

dentro dos limites traçados pela Constituição Federal. Gabarito:

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25. (CESPE/DPE-ES/2009) A defensor ia públ ica, na atua l

CF, é considerada como instituição permanente e essencial à funçãojurisdicional do Estado.

Gabarito:

26. (CESPE/DPE-ES/2009) A autonomia func ional eadministrat iva e a iniciativa da própria proposta orçamentária dentro

dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias são

asseguradas às defensorias públicas estaduais e afiançam a legitimidadedestas para iniciativa de projeto de lei para criação e extinção de seus

cargos e serviços auxiliares, política remuneratória e plano de carreira.Gabarito:

COMENTÁRIOS E GABARITOS

01. Errado. A Const i tu ição expressamente ordena, em seu

art . 127§3º que o Ministério Público elabore sua proposta orçamentáriadentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

02. Errado. Segundo a Const itu ição em seu ar t . 128. O

Min istér io Público abrange o Ministério Público da União, quecompreende: a) o Ministério Público Federal; b) o Ministério Público do

Trabalho; c) o Ministério Público Militar; d) o Ministério Público do Distrito

Federal e Territórios. E ainda os Ministérios Públicos dos Estados.

03. Errado. Os membros do MP tem garant ias equiva lentesàs dos Juízes, assim, não possuem estabilidade, mas sim vitaliciedade e

está se dá após 2 anos de exercício e não 3 anos (CF, art. 129,§5º, I,"a").

04. Errado. As funções inst i tucionais do MP estão no ar t .

129 da Constituição. Embora este artigo não traga um rol taxativo, nãoconseguimos enquadrar o enunciado entre estas funções institucionais.

05. Correto. Da mesma forma que os ju ízes, será vedado ao

membro do MP exercer a advocacia na mesma jurisdição antes dedecorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou

exoneração (CF, art.128, § 6º combinado com art. 95, parágrafo único,

V).

06. Correto. As competênc ias do CNMP estão taxadas noart . 130-A§2º da Constituição. Entre muitas outras funções, podemos

encontrar no inciso III a função de avocar processos disciplinares emcurso.

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07. Errado. As competênc ias do CNMP estão taxadas no ar t .130-A§2º da Constituição. Entre muitas outras funções, podemos

encontrar no inciso III a função de determinar a remoção, adisponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou ao tempo de serviço

e aplicar outras sanções administrativas, sendo que, nestes casos éassegurada ampla defesa.

08. Errado. Não ex iste "demissão" de membros sem que

seja por ordem judicial. O CNMP poderá, no máximo, determinar a

remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria de membros.

09. Errado. Realmente o CNMP compõe -se de 14 membros,porém são apenas 3 membros dos MPE´s (CF, art. 130-A, III).

10.Errado. O pres idente do CNMP é o Procurador -Gera l da

República (CF, art. 130-A, I).

11. Errado. O erro da questão é o termo "pr ivat ivamente".A ação penal pública é uma ação privativa do Ministério Público, porém a

ação civil pública não é. Assim, o MP pode promover a ação mencionadano enunciado, mas não é privativa dele.

12. Errado. Não é um ro l taxat ivo, po is a Const i tu ição

estabe lece, no art. 129 , IX, que cabe ao MP exercer outras funções

que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade.

13. Errado. Ta l norma é inconst ituc ional , po is noentendimento do STF o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas

é um órgão especial, sui generis, que não se confunde com o MinistérioPúblico.

14. Correto. Segundo a Const i tu ição em seu ar t. 128. OMin istér io Público da União, que compreende: a) o Ministério Público

Federal; b) o Ministério Público do Trabalho; c) o Ministério PúblicoMilitar; d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

15. Correto. Trata-se da d ispos ição sobre a "autonomia

func ional e administrativa do MP" que pode ser encontrada com o teor

do enunciado, no art. 127 §2º da Constituição.

16. Errado. Po is o MPDFT (Distr i to Federa l e Terr i tór ios)está compreendido pelo MPU (CF, art. 128, I).

17. Errado. Os membros do MP e da Magistratura possuem

garantias e impedimentos bem similares, assim, a partir da EC45/04, está

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vedada a atividade político-partidária por membros do MP (CF, art. 128,§5º, II, "e").

18. Correto. O chefe do MPU é o Procurador -Gera l da

Repúbl ica (PGR) que é nomeado pelo Presidente, nos termos daConstituição art. 128 §1º, após aprovação do Senado Federal.

19. Errado. Quem representa a União, jud ic ia l e

extrajudic ia lmente, é a advocacia geral da União e não o Ministério

Público (CF, art.131).

20. Correto. Trata-se da chamada quarentena, que se apl icaaos membros do MP da mesma forma que também se aplica aos Juízes

(CF, art. 128 §6º).

21. Correto. O enunc iado trata de d iversas d ispos içõesconstitucionais, a saber: Art. 131 § 1º - A Advocacia-Geral da União tem

por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo Presidenteda República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável

saber jurídico e reputação ilibada. Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: I - processar e

julgar (...) os Ministros de Estado (...) nos crimes da mesma natureza(responsabilidade) conexos

com aqueles (Presidente e Vice da República); II - processar e julgar (...)

o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;

22. Errado. A questão ret irou seu fundamento da ADI3022/RS/Rio Grande do Sul, onde se questionava um artigo da lei

estadual que atribuía à Defensoria Pública do Estado a defesa deservidores públicos que estivessem sendo processados civil ou

criminalmente. O STF então decidiu pela inconstitucionalidade daatribuição, dizendo que a "norma estadual que atribui à Defensoria Pública

do estado a defesa judicial de servidores públicos estaduais processadoscivil ou criminalmente em razão do regular exercício do cargo extrapola o

modelo da Constituição Federal (art. 134), o qual restringe as atribuiçõesda Defensoria Pública à assistência jurídica a que se refere o art. 5º,

LXXIV".

23. Errado. Ta l autonomia fo i insculpida na Constituição apenas

para as defensorias públicas estaduais (CF, art. 134 §2º).

24. Errado. Ta l autonomia fo i insculpida na Constituição apenaspara as defensorias públicas estaduais (CF, art. 134 §2º).

25. Correto. É o que infere-se da leitura do art. 134 da Constituição que

dispõe que a Defensoria Pública é instituição essencial à funçãojurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e defesa, em

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todos os graus, dos necessitados, na formado art. 5º, LXXIV (assistênciajurídica integral e gratuita pelo Estado a quem dela necessitar).

26. Correto. Importante mais uma vez sa l ientar que isso se

refere somente à Defensorias Estaduais (CF, art. 134 §2º).

Abraços,

Prof. Márcia Albuquerque