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Aula 00 Transportes Aquaviários p/ ANTAQ - Técnico em Regulação (Cargo 08) Professor: Aristócrates Carvalho 00000000000 - DEMO

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    Transportes Aquavirios p/ ANTAQ - Tcnico em Regulao (Cargo 08)

    Professor: Aristcrates Carvalho

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    AULA 00 TRANSPORTES AQUAVIRIOS

    Ol, amigos do Estratgia Concursos, tudo bem?

    Meu nome Aristcrates Carvalho e vocs no imaginam como boa a sensao de estar iniciando este curso da disciplina 7UDQVSRUWHV $TXDYLiULRV para o concurso da AGNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIRIOS - ANTAQ, CARGO 08 (Tcnico em Regulao de Transportes Aquavirios).

    Um projeto deveras audacioso, eis que cuidaremos de uma disciplina singular e ainda desconhecida da maioria dos candidatos, o que pode torn-la um valioso diferencial no seu concurso por trs motivos:

    1 A disciplina ter, sem sombra de dvidas, o maior percentual de questes no rol de conhecimentos especficos da prova objetiva.

    2 Provavelmente o tema da prova discursiva versar sobre a nossa matria, a exemplo dos dois ltimos concursos da ANTAQ.

    3 - Por ser uma disciplina pouco estudada pela maioria, os que se dispuserem a aprend-la de verdade tero maiores chances de obter a aprovao.

    Diante desse quadro promissor, aceitamos o desafio e no economizaremos suor e energia para lhes proporcionar um material bem didtico, objetivo e repleto de questes e informaes relevantes para a sua prova.

    $UL quanta falta de educao. Apresente-se melhor SDUDRVVHXVDOXQRV-

    Pois bem pessoal. Sou professor atuante desde o ano de 2011 em cursos presenciais e distncia de grande respaldo nos estados do Pernambuco, Cear e Piau com as disciplinas Direito Administrativo e Legislaes especficas em geral (Eu Vou Passar e Master concurso).

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    Sempre fui, acima de tudo, concurseiro, tendo logrado xito em vrias selees. Atualmente sou servidor do Ministrio Pblico do Estado do Piau (MPE-PI), onde obtive a 1 colocao no concurso realizado em 2011.

    A nossa formao em Logstica e Cincias Jurdicas dar enorme suporte cientfico para a confeco deste material, alm de pesquisas aprofundadas em livros especializados sobre o tema.

    Este , sem dvidas, um dos maiores desafios da minha vida. O que me conforta e me empolga a trabalhar o fato de estar contribuindo com o objetivo de vocs.

    Tenham em mente que nada, absolutamente nada nessa vida, adquirido sem o mnimo de esforo e garra.

    A nossa disciplina faz parte do rol de Conhecimentos Especficos para os cargos 05, 06 e 08. Desta feita, este curso tem a humilde pretenso de atacar os tpicos mais cobrados nas ltimas selees realizadas pelo CESPE-UNB (Hoje carinhosamente chamada de Cebraspe rsrs).

    Por fim, o nosso curso ter um total de 04 (quatro) aulas e ser estruturado conforme o quadro a seguir:

    Aulas Tpicos abordados Data Aula 00 (Tpicos 01 e 04) Teoria, evoluo e

    perspectivas do setor de transportes aquavirios. Aspectos fsicos, operacionais, econmicos, institucionais e tecnolgicos do setor aquavirio. Tecnologias bsicas e as novas tendncias em infraestrutura e gesto porturia.

    28/07

    Aula 01 (Tpicos 02, 08, 09 e 13) Movimentao, transporte e armazenagem de cargas e infraestrutura porturia. Tipos de mercadorias, carga geral, graneis, contineres. Tecnologias bsicas e as novas tendncias em infraestrutura e gesto porturia. Equipamento porturio: transteiners, portiners, sugadores, shiploaders e outros tipos. Uso de containeres, tipos, caractersticas e classificao ISO.

    07/08

    Aula 02 (Tpicos 07 e 11) Normatizao IMO cargas perigosas. Mo-de-obra porturia, capatazia, estiva, OGMO, conferente, responsabilidade pela carga, fretes, seguro, tipos de contrato de prestao de servio de transporte de carga.

    18/08

    Aula 03 (Tpicos 10, 14 e 15): Instalaes porturias, 29/08

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    cais, ptios, dolfins, bacia de elevao, canal de acesso, hinterland, foreland, rea do porto organizado, terminais privativos. Tipos de navegao, longo curso, cabotagem, fluvial. Tipos de navios e caractersticas fsicas.

    Tenho apenas mais uma observao: O tpico Terminologia geral da gesto porturia ter um tratamento peculiar. A compreenso de termos relativos gesto porturia vai se dando no decorrer das aulas, no sendo necessria uma aula especfica para tratar do tema.

    %XVFDUHL DR Pi[LPR WUDGX]LU DV H[SUHVV}HV PDLV FREUDGDVem concursos anteriores.

    Dito tudo isso, j podemos partir para a nossa aula 00! Todos preparados?

    Um grande abrao,

    Aristcrates Carvalho

    [email protected]

    Modais de transportes

    Vamos iniciar o nosso curso compreendendo as formas de transporte existentes para, adiante, ingressarmos no estudo do Transportes Aquavirio propriamente dito. Assim, como boa tcnica de estudo que , partiremos de uma premissa maior para uma menor, mantendo, assim, a coerncia adequada do nosso estudo.

    Pois bem, vamos trabalhar!

    O escoamento da produo comercial, a movimentao de pessoas e coisas e a ligao e interao de regies distantes do globo terreste exigem a interveno humana com a criao de vias de transporte de vrias matives, os chamados modais de transporte.

    Os modais de transporte so subdivididos em Aquavirio (Realizado pela via aqutica), Rodovirio (Feito por rodovias), Ferrovirio (ferrovias), Dutovirio (dutos) e Aerovirio (Pela via area).

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    A escolha pela utilizao de uma modalidade de transporte depende do tipo de mercadoria a ser transportada, dos prazos etc. Os vrios tipos de modais de transporte apresentam vriadas caractersticas, como: capacidade de transporte, disponibilidade, confiabilidade, segurana, velocidade, impactos ambientais, custo do frete em relao ao valor da mercadoria e o tipo e natureza da mercadoria, dentre tantos outros fatores.

    Na tabela a seguir, possvel observar estas caractersticas, numa espcie de ranking de 1 a 5 que expressam a excelncia em determinada caracterstica. Quanto mais prximo de 1, melhor.

    Fonte: Fleury, 2000

    Vamos, a seguir, compreender um pouco mais sobre as caractersticas mencionadas acima:

    Velocidade: a frmula que considera o tempo decorrido num determinado espao.

    Disponibilidade: a capacidade que cada modal tem de dispor de meios para o cumprimento das obrigaes.

    Confiabilidade: Reflete a habilidade de entregar o produto conforme estabelecido nos contratos de forma satisfatria.

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    Capacidade: a possibilidade de o modal de transporte se adaptar a qualquer requisito de transporte, como tamanho e tipo de carga.

    Frequncia: caracterizada pela quantidade de movimentaes programadas num determinado espao de tempo.

    Portanto, no h que se falar num modal mais adequado do que outro. O que h, a rigor, um tipo de transporte mais adaptado a determinadas circunstncias e ao potencial econmico de uma dada regio. Logo, necessrio avaliar as vantagens e desvantagens de cada um para determinar qual o meio que trar o melhor custo/benefcio para o transporte da mercadoria desejada.

    Podemos tranquilamente apresentar uma subclassificao dos modais quanto ao tipo e forma.

    QUANTO AO TIPO

    Terrestre: Subdividindo-se em Rodovirio, Ferrovirio e Dutovirio.

    Aquavirio: Martimo (realizado pelo mar) e hidrovirio (realizado por rios (fluvial), lagos e lagoas (lacustre);

    Areo

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    QUANTO FORMA:

    Intermodal: Envolve mais de uma modalidade e para cada trecho/modal realizado um contrato comercial;

    Multimodal: Envolve mais de uma modalidade, porm regido por um nico contrato comercial;

    O Transporte Multimodal de Cargas a modalidade regida por um nico contrato, fazendo uso de dois ou mais tipos de modais de transporte, desde sua origem at o destino final, e executado sob a responsabilidade nica de um Operador de Transporte Multimodal (OTM).

    A Lei 9.611/98 define a operao do Transporte Multimodal de carga, a responsabilidade dos agentes e conceitua a operao de Transporte Multimodal de Cargas e apresenta as definies do OTM e do contrato nico de transporte.

    De acordo com o relatrio da ANTT (2011), a operao intermodal tem como caracterstica o compartilhamento de responsabilidade no decorrer de cada trecho ou trajeto realizado e na emisso de diversos documentos, um para cada modo de transporte a ser utilizado durante o transporte.

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    A matriz de transporte brasileira ainda dependente majoritariamente do modal rodovirio, escoando por ele, em media, 58% do que produzido, conforme o grfico a seguir:

    1. (CESPE/IBAMA 2012 ANALISTA AMBIENTAL) Entre os modais de carga utilizados no Brasil rodovirio, ferrovirio, aquavirio e dutovirio , o rodovirio preponderante, o que gera distoro na matriz energtica associada cadeia logstica do transporte brasileiro.

    Comentrios:

    Justamente pessoal.

    Mesmo diante de tamanha vocao natural para o transporte

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    hidrovirio, a matriz de transporte brasileira ainda dependente majoritariamente do modal rodovirio, escoando por ele, em media, cerca de 58% do que produzido.

    Se avaliarmos a pontuao do modal rodovirio, quando analisadas as caractersticas envolvidas na escolha do meio adequado, veremos que o mesmo tem a menor pontuao em relao aos demais.

    A matriz energtica utilizada neste modal faz uso de combustveis no-renovveis, portanto finitos, o que significa mais um fator negativo para a cadeia logstica.

    Gabarito: Correto

    2. (Cetro/Porto de Santos-2011/ADAPTADA) O transporte multimodal de cargas aquele que, regido por um nico contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem at o destino, e executado sob a responsabilidade nica de um operador de transporte multimodal OTM. Comentrios:

    Isso mesmo.

    a traduo livre do Art. 2 da Lei n 9.611/1998, que dispe sobre o Transporte Multimodal de Cargas e d outras providncias.

    Vejam o dispositivo: Art. 2 Transporte Multimodal de Cargas aquele que, regido por

    um nico contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem at o destino, e executado sob a responsabilidade nica de um Operador de Transporte Multimodal.

    Gabarito: Correto

    3. (CESPE/IBAMA/2013) Em relao matriz de transportes

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    brasileira e intermodalidade de transporte, julgue os itens a seguir: Na intermodalidade o transporte de cargas ocorre diretamente da origem ao destinatrio, com a participao de, pelo menos, dois diferentes modais, mantendo-se um fluxo contnuo atravs de todo o processo de transporte e de transferncia. Comentrios:

    A operao intermodal tem como caracterstica o compartilhamento de responsabilidades no decorrer de cada trecho ou trajeto realizado e na emisso de diversos documentos, um para cada modo de transporte a ser utilizado durante o transporte.

    Gabarito: Correto

    (CESPE/IBAMA/2009) A regio localizada na Chapada do Araripe, em pleno semirido nordestino, responde por mais de 90% da produo nacional de gesso e gipsita. Apesar desse potencial produtivo, as exportaes ainda so quase insignificantes. Como o gesso possui baixo valor agregado, at mesmo o custo do frete rodovirio acaba por complicar o transporte por longas distncias. A operao s vivel porque a oferta de caminhes muito grande e os caminhoneiros que trazem as cargas do Sul e Sudeste preferem aceitar o transporte da carga a voltar com os caminhes vazios s suas bases.

    Revista Cais do Porto, mai./2008.

    Considerando o trecho de texto acima, julgue o item que se segue.

    4. A intermodalidade pode ser definida como uma caracterstica do sistema de transportes por meio da qual se utilizam, de forma integrada, pelo menos dois modos de transporte diferentes na cadeia de transportes porta-a-porta.

    Comentrios:

    Mais uma questo sobre intermodalidade que voc deve ter tirado de letra.

    Pelo exposto nas questes anteriores, j sabemos que esse sistema

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    utiliza, de forma integrada e mantendo um fluxo contnuo, pelo menos dois modos de transportes diferentes na cadeia logstica porta a porta (Desde a origem at o destino final)

    Gabarito: Correto.

    (CESPE/IBAMA-2013) Em relao matriz de transportes brasileira e intermodalidade de transporte, julgue os itens que se seguem:

    5. Considerando-se uma matriz eficiente de transporte, recomendvel que matrias-primas a granel e outras commodities produzidas no pas sejam transportadas aos destinatrios de longa distncia, por meio do modal ferrovirio ou rodovirio, observado o limite mximo de capacidade de carga de cada uma dessas modalidades.

    Comentrios:

    A utilizao do modal rodovirio para trechos de longa distncia desaconselhvel, pois os custos envolvidos aumentam sobremaneira.

    mais aconselhvel, sem dvidas, a utilizao do modal aquavirio ou ferrovirio, tanto pela maior capacidade de armazenamento quanto pelo menor custo do frete.

    Gabarito: Incorreto.

    (CESPE/INPI-2013) Acerca de logstica e transportes no Brasil, julgue os itens seguintes.

    6. O modal rodovirio, apesar de ser bastante poluente, o mais indicado para o transporte de mercadorias a longas distncias, devido rapidez e ao baixo custo operacional.

    Comentrios:

    Conforme visto acima, conclumos que este item tambm est inadequado.

    Gabarito: Incorreto.

    7. Os modais de transporte do Brasil so rodovirio, ferrovirio, dutovirio, martimo, aquavirio e areo.

    Comentrios:

    (VWDpDWtSLFDTXHVWmRSHJDGLQKDGRPDODQGUR9RFrROKD

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    rpido, acha muito fcil, no l direito e erra.

    Os modais de transporte so subdivididos em Aquavirio (Realizado pela via aqutica), Rodovirio (Feito por rodovias), Ferrovirio (ferrovias), Dutovirio (dutos) e Aerovirio (Pela via area).

    O transporte martimo apenas uma espcie de transporte do modal Aquavirio.

    Gabarito: Incorreto

    8. (CESPE / IFB / 2011) So cinco os modais de transporte de carga: areo, rodovirio, ferrovirio, aquavirio e intermodal.

    Comentrios:

    Percebam como o CESPE adora esse tipo de pegadinha.

    Mais uma vez: Os modais de transporte so subdivididos em Aquavirio (Realizado pela via aqutica), Rodovirio (Feito por rodovias), Ferrovirio (ferrovias), Dutovirio (dutos) e Aerovirio (Pela via area).

    Podemos tranquilamente apresentar uma subclassificao dos modais quanto ao tipo e forma.

    QUANTO AO TIPO:

    Terrestre: Subdividindo-se em Rodovirio, Ferrovirio e Dutovirio.

    Aquavirio: martimo (realizado pelo mar) e hidrovirio

    (realizado por rios, lagos e lagoas);

    Areo.

    QUANTO FORMA:

    Intermodal: envolve mais de uma modalidade e para cada

    trecho/ modal realizado um contrato comercial;

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    Multimodal: envolve mais de uma modalidade, porm

    regido por um nico contrato comercial; Gabarito: Incorreto.

    Situados no tema, partiremos agora para o estudo detalhado dos Transportes Aquavirios, iniciando com a sua evoluo histrica no Brasil e as potencialidades e perspectivas do setor.

    Mas antes, gostaria de fazer um pedido. O assunto desta aula muito abrangente e seria leviano

    afirmar que esgotaremos este tema apenas aqui. Procurem ler, diariamente, notcias de sites

    especializados. Mantenham-se atualizados com tudo o que for pertinente a esta matria.

    Depois me digam se valeu a pena, ok?

    Teoria, evoluo e perspectivas do setor de transportes aquavirios

    O atual contexto histrico, caracterizado pela forte globalizao da economia, uma realidade da qual no podemos nos afastar. A globalizao tem como principal vetor as relaes comerciais entre regies geograficamente distantes, como Brasil e pases da sia, surgidas da necessidade crescente de matrias primas e produtos manufaturados.

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    Trocas comerciais das mais diversas tm sido travadas entre as naes, situao que exige das partes envolvidas uma atuao estatal e privada voltada para o crescimento e melhoramento dos portos (equipamentos e gesto porturia, estrutura fsica e logstica comercial).

    Vale ressaltar que o transporte martimo , sem dvidas, o maior responsvel pela transferncia dessas cargas. Esse modal responde por mais de 80% do comrcio mundial de mercadorias. Isso mesmo pessoal, 80% das trocas comerciais! Tal constatao torna esse nicho de mercado merecedor de grande ateno por parte das autoridades mundiais.

    Para se ter uma noo da sua importncia, raciocine comigo: A maior parte dos equipamentos que esto ao seu redor em algum momento da cadeia logstica foi transportado a bordo de uma embarcao.

    A necessidade humana de se movimentar e, posteriormente, de expandir os seus horizontes comerciais, nos impulsionou criao de alternativas que facilitassem esse processo. Nenhum modo de transporte tem experincia to longa e to bem sucedida como o aquavirio.

    O modal aquavirio teve, ao longo da histria, proeminncia

    em relao aos demais. O aproveitamento das correntezas dos rios, dos ventos martimos e o grande potencial hidrolgico de algumas regies, aliado ao posterior domnio da combusto, foram fatores primordiais para o desbravamento e explorao de regies muito distantes, gerando o intercmbio de culturas e trocas comerciais.

    Segundo Adriano Branco (2012), na histria mundial registra-

    se a prtica da navegao desde alguns milnios atrs, em busca de melhores terras e melhor qualidade de vida ou de ampliao de domnios, percorrendo rios e lagos, navegando ao longo da costa ou atravessando os mares. Os egpcios dedicaram-se navegao fluvial (rios), transportando cargas e pessoas atravs do rio Nilo, unificando o Pas e desenvolvendo o comrcio e a indstria.

    E, numa viso de uso mltiplo das guas, os egpcios

    aprenderam a dominar as enchentes em favor da agricultura. A partir

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    do domnio da navegao, egpcios, gregos e fencios tornaram-se potncias martimas do mundo, inclusive atravs das guerras.

    Pois bem. Vamos continuar descortinando esse processo. Apresentaremos agora alguns recortes histricos que iro nos ajudar a visualizar o caminho pavimentado pelo modal aquavirio no Brasil.

    Vale dedicar ateno especial a este tpico. O CESPE-

    UNB tem um arsenal de questes sobre o tema. Com vistas a facilitar o entendimento, dividi o assunto em

    duas fases: Fase pretrita e fase moderna. a) FASE PRETRITA (1500). No final do sculo XV o mundo experimenta o

    perodo das grandes navegaes capitaneadas por Portugal. No dia 22 de Abril de 1500 Cabral chega ao Brasil com 13 embarcaes.

    (1532). Com o advento das capitanias hereditrias,

    foram se formando ncleos porturios ao longo da costa, tais como: Porto Seguro- BA, So Vicente-SP e Itamarac-PE. Avanando rumo ao interior da colnia temos o incio do transporte fluvial pelo Rio So Francisco. No contexto da explorao de metais preciosos, constata-se a explorao bandeirante abrindo caminhos pelo rio Tiet.

    (1637). H, ainda, evidncias de utilizao dos rios

    Amazonas e Solimes. A navegao de cabotagem (entre portos do mesmo pas) tem preponderncia.

    (1763). Um dos grandes destaques da poca foi a

    implantao do Arsenal da Marinha, um importante projeto para a construo de navios em territrio nacional

    (1808): A chegada da Famlia Real Portuguesa ao

    Brasil possibilitou a abertura dos portos s naes amigas, aumentando substancialmente as transaes comerciais nos principais portos da colnia.

    (1852): Irineu Evangelista de Souza, o Baro de Mau,

    obteve concesso do governo, por um perodo de 10 anos, para a HPSUHVD,PSHULDO&RPSDQKLDGH1DYHJDomRD9DSRUGDQGRI{OHJRao transporte de cabotagem e martimo.

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    (1869): poca de exploso nas exportaes de caf para o mercado europeu e necessidade de escoamento da produo. Um novo impulso ao melhoramento e aparelhamento dos portos nacionais foi obtido com a Lei das Concesses, do ano de 1869, permitindo a participao da iniciativa privada no financiamento de obras porturias.

    (1890): Presena das primeiras rotas internacionais de

    navios a vapor entre o Rio de Janeiro e a Inglaterra. No setor martimo, durante o perodo Republicano aps a encampao das companhias existentes, as empresas estatais Lloyd Brasileiro, criadas em 1890, e a Companhia Nacional de Navegao executavam, respectivamente, os servios transocenicos e de cabotagem. No final do sculo XIX e inicio do sculo XX, ocorreu o processo de modernizao dos portos devido, entre outros aspectos, a necessidade de atender a oferta de caf ao mercado externo. Exemplificando, o porto de Santos passou por mudanas estruturais para melhorar o atendimento das exportaes.

    b) FASE MODERNA (1930): Nesta dcada o Estado passou a assumir a

    responsabilidade pelos investimentos no Sistema Porturio Nacional. Para organizar esse processo foi criado o Departamento Nacional de Portos de Navegao (DNPN) que passou a tratar dos assuntos relativos Marinha Mercante, bem como aos transportes martimo e fluvial e aos portos.

    (1946): O setor aquavirio brasileiro ganha papel de

    destaque no desenvolvimento comercial com a criao da Companhia do Vale de So Francisco. Os obstculos naturais dos FXUVRV GDJXD GHVVD UHJLmR IRUDP VXSODQWDGRV atravs da regularizao do fluxo das guas, possibilitada, por exemplo, pela construo da barragem de Trs Marias.

    No setor martimo, merecem destaque a inaugurao do porto

    de Itaja-SC, a criao do Fundo Porturio Nacional e da Taxa de Melhoramento dos Portos e a implantao da Industria de Construo Naval.

    (1964): A partir de 1964, foram inaugurados os portos

    de Mucuripe (CE), Itaqu (MA), Aracaj (SE) e o terminal salineiro do Rio Grande do Norte, possibilitando ao nordeste a ampliao do seu comrcio com o mercado externo. Tem inicio a operao da hidrovia Tiet Paran na regio sudeste, ligando So Paulo a Guair, no Paran, fato dinamizador da economia local proporcionada pelos barateamento dos fretes em relao a outros modais.

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    (1975): O DNPVN foi extinto e deu origem Empresa de

    Portos do Brasil - Portobrs, que atuava como autoridade porturia nacional, sendo responsvel pela explorao econmica e administrao direta dos portos, ou por meio de suas subsidirias, denominadas Companhias Docas.

    Em funo das crescentes despesas com o afretamento de

    navios estrangeiros e da relativa participao da bandeira brasileira na navegao martima, o Governo decidiu lanar o segundo programa de construo naval, alcanando o objetivo desejado com o aumento participao do Pas para 40% na repartio do transporte (Botlho, 2008).

    Nos anos 70, no setor hidrovirio, alm de obras referente

    melhoria de portos, destaca-se a construo da eclusa de Sobradinho BA/PE e o inicio da eclusa de Tucuru no Par que permitiu a ligao entre os rios Tocantins e Araguaia, completando uma hidrovia de 2.840 Km.

    (1988): A Constituio Federal estabelece que a

    explorao e administrao da atividade porturia enquanto servio pblico compete Unio, podendo ocorrer diretamente ou mediante concesso, permisso ou autorizao. No modelo brasileiro, o Estado assume a responsabilidade pelos investimentos em infraestrutura, enquanto o setor privado, quando houver concesses, responsvel pelos investimentos em superestrutura e pela operao porturia.

    (1990) extinta a Portobrs. Para suprir a lacuna

    deixada pela estatal, foi promulgada a Lei n. 8.630/93, que visou contribuir para a modernizao porturia e estabelecer diretrizes para o desenvolvimento do setor. O governo pe em prtica o processo da explorao comercial privada da infraestrutura porturia no Brasil, por intermdio do Programa Nacional de Desestatizao.

    (2001): Do ponto de vista institucional, o governo federal criou a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ), criada pela Lei n 10.233, de 05/06/2001 e Medida Provisria n 2.217, de 04/09/2001 e regulamentada pelo Decreto n 4.122, de 13/02/2002.

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    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) No incio da imigrao, ainda no sculo XIX, as viagens eram feitas a vela e duravam cerca de sessenta dias, dependendo das condies climticas. J a bordo de navios a vapor, as viagens duravam, em mdia, vinte dias. Os imigrantes alojados em pores ficavam merc de doenas contagiosas, havendo muitos bitos durante o percurso. O transplante de povos, expresso empregada pelo antroplogo Darcy Ribeiro, acontecia principalmente pelo porto de Santos, associado aos trens da recm-inaugurada So Paulo Railway, para subida da serra.

    Internet: (com adaptaes).

    Considerando o texto acima e aspectos da evoluo histrica da atividade porturia no Brasil, julgue os itens que se seguem. 9. A regulao da construo de docas por particulares, seguida da normatizao de concesso explorao de portos, datada da segunda metade do sculo XIX, tem suas razes na evoluo do intercmbio martimo.

    Comentrios:

    (1869): poca de exploso nas exportaes de caf para o mercado europeu e necessidade de escoamento da produo. Um novo impulso ao melhoramento e aparelhamento dos portos nacionais foi obtido com a Lei das Concesses, do ano de 1869, permitindo a participao da iniciativa privada no financiamento de obras porturias.

    Gabarito: Correto

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    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) A organizao administrativa da atividade porturia sofreu, ao longo das ltimas cinco dcadas, alteraes estruturais significativas. A participao do Estado nessa administrao, seja de forma direta ou indireta, relaciona-se a circunstncias poltico-econmicas vigentes em cada perodo histrico. A respeito desse assunto, julgue os prximos itens. 10. O modelo constitudo por uma empresa holding para todos os portos e todas as hidrovias, em que, ligados a essa empresa, estejam os portos pblicos direta e indiretamente administrados pela Unio, representa fidedignamente a poca em que foi praticado, a fase ditatorial, na dcada de 60 do sculo passado.

    Comentrios: O modelo a que se refere a questo est mais relacionado a

    outro perodo.

    (1988): A Constituio Federal estabelece que a explorao e administrao da atividade porturia enquanto servio pblico compete Unio, podendo ocorrer diretamente ou mediante concesso, permisso ou autorizao. No modelo brasileiro, o Estado assume a responsabilidade pelos investimentos em infraestrutura, enquanto o setor privado, quando houver concesses, responsvel pelos investimentos em superestrutura e pela operao porturia.

    Gabarito: Incorreta.

    11. Da administrao sistmica do subsetor porturio, representada pela estrutura administrativa praticada ao tempo da Empresa de Portos do Brasil S.A. (PORTOBRS), permaneceram as companhias docas em operao nos portos de um estado da regio Norte, quatro estados da regio Nordeste e trs da regio Sudeste.

    Comentrios:

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    (1975): O DNPVN foi extinto e deu origem Empresa de Portos do Brasil - Portobrs, que atuava como autoridade porturia nacional, sendo responsvel pela explorao econmica e administrao direta dos portos, ou por meio de suas subsidirias, denominadas Companhias Docas.

    Conforme afirmou a questo, essas companhias ainda administram alguns portos e trs regies do Brasil.

    Gabarito: Correto

    12. Diante da escassez de recursos materiais, humanos e institucionais, no incio da dcada passada, a Unio firmou convnios de descentralizao com as companhias docas existentes, vinculando as administraes das atividades porturias e hidrovirias quelas docas.

    Comentrios:

    Esta questo nos traz mais uma informao relevante: Os convnios de descentralizao com as Cia. Docas na dcada de 90 tm origem nas dificuldades estruturais do portos do Brasil, haja vista no haver muita preocupao governamental com a questo porturia, visto que todos os esforos estavam voltados para o modal rodovirio.

    A dcada de 90 foi fundamental, pois alm do processo

    descentralizatrio citado, temos o advento da lei 8.630/93, a Lei de Modernizao dos Portos, juntamente com a extino da Portobrs.

    Gabarito: Correto.

    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) Considerando a histria da atividade porturia no Brasil, especialmente no que se refere s iniciativas do setor privado e s aes governamentais, julgue os itens que se seguem. 13. A administrao porturia, antes de ser entregue pelo Estado Empresa de Portos do Brasil S.A. (PORTOBRAS), era realizada pelo Departamento Nacional de Portos e Vias Navegveis.

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    Comentrios:

    (1930): Nesta dcada o Estado passou a assumir a

    responsabilidade pelos investimentos no Sistema Porturio Nacional. Para organizar esse processo foi criado o Departamento Nacional de Portos de Navegao (DNPN) que passou a tratar dos assuntos relativos Marinha Mercante, bem como aos transportes martimo e fluvial e aos portos.

    (1975): O DNPVN foi extinto e deu origem Empresa de

    Portos do Brasil - Portobrs, que atuava como autoridade porturia nacional, sendo responsvel pela explorao econmica e administrao direta dos portos, ou por meio de suas subsidirias, denominadas Companhias Docas.

    Gabarito: Correto

    14. A concesso, em 1888, da explorao comercial do porto de Santos iniciativa privada marcou o incio da Era das Concesses.

    Comentrios:

    Pessoal, se levarmos ao p da letra, esta questo poderia muito bem ser questionada.

    A era das concesses tem incio com a criao da Lei das Concesses, no ano de 1869, permitindo a participao da iniciativa privada no financiamento de obras porturias.

    Ocorre que, no final do sculo XIX e inicio do sculo XX, mais

    precisamente no ano de 1888, o porto de Santos passou por mudanas estruturais para melhorar o atendimento das exportaes, passando a ser gerido pela iniciativa privada.

    O gabarito oficial foi tido como correto mas, salvo melhor

    juzo, entendemos que o marco de incio da Era de Concesses foi a criao da Lei das Concesses e no o incio da explorao privada do Porto de Santos.

    Gabarito oficial: Correto

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    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) Julgue os itens a seguir, relativos ao contexto histrico da navegao no Brasil. 15. D. Joo VI, ao editar a Carta Rgia, permitiu a abertura dos portos brasileiros s naes amigas, o que possibilitou o comrcio com a Inglaterra e com a Frana.

    Comentrios:

    Esta , literalmente, uma aula de histria do Brasil :p.

    Em janeiro de 1808, D. Joo aportou na Bahia, onde assinou uma Carta Rgia abrindo os portos brasileiros ao comrcio com as naes amigas.

    O erro da questo est em afirmar que havia comrcio do

    Brasil com a Frana. Como vocs sabem (ou deveria saber, caso no tenham perdido aquelas aulas de histria do ensino fundamental rsrs) a corte portuguesa fugiu de Portugal em decorrncia da invaso do exrcito francs ao pas, o que impossibilitaria qualquer tipo de relao amistosa entre os pases.

    Gabarito: Incorreto

    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) Com relao ao contexto histrico da construo naval no Brasil, julgue os itens que se seguem. 16. Atendendo ao pedido do governo, o Baro de Mau criou, em 1852, a Cia. de Navegao a Vapor no rio Amazonas, com direitos de navegao exclusivos por trinta anos.

    Comentrios:

    (1852): O grande empresrio daquela poca, o Baro de Mau, obteve concesso do governo, por um perodo de 10 anos, SDUDDHPSUHVD,PSHULDO&RPSDQKLDGH1DYHJDomRD9DSRUGDQGRflego ao transporte de cabotagem e martimo.

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    Gabarito: Incorreta.

    Vantagens do modal aquavirio

    O Brasil um dos pases que apresentam maior potencial

    aquavirio no mundo. So 63 mil km de rios e lagos/lagoas, distribudos em todo o territrio nacional, alm dos 8.500 km de linha costeira, considerando os recortes litorneos.

    Desse total, mais de 40.000,00 km de redes hidrogrficas potencialmente navegveis. No entanto, a navegao comercial ocorre em pouco mais de 20 mil km, sendo 19.764 km utilizados para transporte de carga e 6.360 km para o transporte de passageiros, com significativa concentrao na Amaznia, onde os rios no carecem de maiores investimentos e as populaes no dispem de muitas opes de modais terrestres.

    A rede da bacia amaznica possui cerca de 18.300 km de rotas potencialmente navegveis, correspondente a um percentual de 66% do total do pais, que se distribui por toda a Amaznia atravs do seu principal eixo, o sistema hidrovirio Amazonas-Solimes, tendo como suas principais vias de acesso os rios Madeira, Negro, Branco, Purus, Juru, Tapajs, Teles Pires e Guapor.

    Assim, para o atingimento da mxima utilizao do potencial navegvel brasileiro so necessrios vultosos investimentos e um trabalho criterioso de adaptao das vias s necessidades de deslocamento, como a construo de eclusas, aumento da profundidade dos leitos etc.

    Vale ressaltar que dezessete estados da Federao compem a linha da costa, contando com portos martimos, estuarinos e lagunares, pelos quais se movimenta a quase totalidade do comrcio exterior do pas (navegao de longo curso), alm da navegao de cabotagem entre os portos nacionais.

    Nesse sentido, o transporte aquavirio afigura-se como fator

    gerador do desenvolvimento organizado e abrangente interligando regies e proporcionando a movimentao, de maneira segura e econmica, de insumos, produtos e pessoas.

    O transporte aquavirio possui algumas notas caractersticas

    bem marcantes que a colocam na vanguarda dos modais, a saber:

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    Capacidade de transportar maiores quantidades de carga e materiais em um nico frete, sem necessidade de desmont-los, o que o torna mais rentvel em vrios aspectos.

    A maior parte dos benefcios da navegao est relacionada

    aos ganhos de escala da operao, ou seja, os benefcios desse tipo de transporte esto vinculados grande capacidade de movimentao. Ao permitir que seja transportado um maior volume de carga, o modal aquavirio faz com que os custos sejam rateados entre toda a carga embarcada e, dessa forma, possibilita um menor valor por unidade de carga.

    A ttulo de exemplo, um nico barco de 5.000 toneladas

    transporta tanto quanto 72 vages ferrovirios de 70 toneladas ou 143 caminhes de 35 toneladas. Confira a ilustrao a seguir:

    Economia de escala

    Fonte: CNT, 2013

    Menor gasto energtico;

    Esse modal apresenta um menor consumo de combustvel por tonelada-quilmetro.

    Menor impacto ambiental entre todas as modalidades de transporte.

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    Alm de maior viabilidade econmica, o transporte aquavirio menos poluente do que o realizado pelas rodovias. Nos pases que se propuseram a crescer de maneira sustentvel, o investimento nesse modal tem sido uma constante

    Menores custos de infraestrutura

    e

    Menor risco de acidentes e roubos.

    Aspectos fsicos, operacionais, econmicos, institucionais e tecnolgicos do setor

    A Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica (SEP/PR), com status jurdico de Ministrio, responsvel pela formulao de polticas e pela execuo de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos martimos.

    Compete ainda SEP/PR a participao no planejamento estratgico e a aprovao dos planos de outorgas, tudo isso visando garantir segurana e eficincia ao transporte martimo de cargas e de passageiros.

    Do total de 34 portos pblicos brasileiros, 16 so delegados a estados ou municpios e 18 martimos so geridos diretamente pelas Companhias Docas, sociedades de economia

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    mista, que tm como acionista majoritrio o Governo Federal e, portanto, esto diretamente vinculadas Secretaria de Portos.

    Ainda no abrangente contexto brasileiro, podemos observar substanciais incrementos estatais ao modal aquavirio, com a realizao vrias obras objetivando navegabilidade dos rios brasileiros, como as eclusas de Barra Bonita no rio Tiet e Jupi, no rio Paran.

    Outra obra monumental a chamada Hidrovia de Contorno, projeto de ligao da Bacia Amaznica Bacia do Paran. Tal empreendimento possibilitar a ligao da regio Norte s regies Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O seu significado econmico e social de grande importncia, pois permitir um transporte de baixo custo.

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    Caro candidato, ao observar as questes aplicadas nos ltimos

    concursos do CESPE-UNB possvel extrair uma dica muito valiosa: o examinador EXIGE que voc, futuro servidor da Agncia, saiba identificar as principais hidrovias e portos martimos do pas, alm dos produtos manejados com maior nfase em cada um deles.

    Sendo assim, ns no iremos permitir que uma questo assim

    atrapalhe a nossa vida, no mesmo? Adiante, vamos cuidar de apresentar a estrutura hidroviria

    brasileira, trazendo baila algumas informaes muito relevantes para o seu concurso:

    Estado do Par

    O estado do Par dotado de inmeras potencialidades,

    dentre elas a sua dimenso, ocupando o segunda colocao em extenso territoral no Brasil. A economia ainda est ligada predominantemente ao extrativismo mineral. De outro lado, a infraestrutura porturia da regio no atende demanda de escoamento do principal produto da regio: O ferro da Serra de Carajs, que ainda exportado pelo Maranho.

    Segundo especialistas, uma soluo vivel para as

    questes porturias mal resolvidas do Par seria a construo do Terminal Martimo Offshore (longe da costa) de Espadarte. Isto representaria um grande diferencial competitivo, pois haveria diminuio dos custos logsticos e aumentaria a competitividade dos produtos paraenses e brasileiros.

    A distncia entre Carajs-PA e o Terminal de Ponta da

    Madeira-MA de 892 Km; enquanto de Carajs para o Terminal de Espadarte de 520 Km.

    No que se refere aos transportes fluviais, o Estado do Par

    uma unidade da Federao das mais privilegiadas em termos de disponibilidade de vias navegveis e martimo-fluvial. Conta com cerca de 20.000 km de guas internas e seu litoral tem uma extenso aproximada de 120 milhas, onde desguam alguns rios expressivos como Gurupi, Piri, Caet, Maracan e outros, alm

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    do volumoso Amazonas e tributrios como Tocantins-Araguaia, Par, Xing, Tapajs, Trombetas e outros menores, que permitem portos interiores como Belm, Vila do Conde, Breves, Santarm, Porto Trombetas e Mungub receberem embarcaes martimas de cabotagem a longo curso, de mdia e grande capacidade.

    Sistema ro-ro caboclo Tal sistema de transportes opera com balsas e

    empurradores. RO-RO uma abreviao do termo ingls roll on/roll off, que se refere ao modo como as cargas so embarcadas ou desembarcadas, rolando para dentro ou rolando para fora das embarcaes (Veculos que entram e saem nas barcas por seus prprios meios).

    O sistema passou a ser utilizado mais intensamente a

    partir da implementao da Zona Franca de Manaus e conta com uma frota moderna, com sadas dirias que chegam a transportar 5 milhes de toneladas de carga por ano.

    O itinerrio entre o rio Trombetas para o porto de Vila do

    Conde tem grande vocao para o transporte de granis slidos, com grande destaque para a bauxita (Minrio do alumnio), e granis lquidos (derivados do petrleo).

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    Frise-se que no estado do Par existem ainda outras importantes referncias porturias, como o Terminal Petroqumico de Miramar e Terminal Porturio de Outeiro.

    PRINCIPAIS HIDROVIAS DO BRASIL At recentemente, mesmo entre especialistas do setor de

    transporte e logstica, no se conhecia com preciso a extenso das vias economicamente navegadas no Brasil. Por falta de estudos mais rigorosos, ficaram consagradas as estimativas de que seriam de aproximadamente 13.000km a extenso das vias navegadas, e de 28.000km as vias potencialmente navegveis. Com o auxlio da ferramenta de geoprocessamento da ANTAQ, o SIGTAQ, a Gerncia de Desenvolvimento e Regulao da Navegao Interior realizou um estudo visando checar a efetiva extenso das vias economicamente navegadas (Antaq, informativo trimestral da navegao interior, 2013).

    HIDROVIA SOLIMES-AMAZNIA

    Conforme a estatstica de navegao interior da ANTAQ-2013, no mbito da navegao fluvial, devido s caractersticas

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    fisiogrficas e do entorno em que se insere, a hidrovia Solimes-Amazonas configura-se como a mais importante do pas. Nela ocorrem, de forma muito intensa, todos os tipos de navegao interior incluindo a de travessia, as de percurso longitudinal estadual, interestadual e internacional de cargas e passageiros/misto, alm das navegaes de cabotagem e de longo curso.

    Para tanto, embarcaes de portes variados, desde aquelas de uso familiar e para deslocamentos de pequena monta, at grandes embarcaes da navegao intercontinental passam por ela.

    Dentre os produtos mais transportados nessa hidrovia ressaltamos os produtos qumicos orgnicos na rota Coari/AM Manaus/AM; a soja e o milho, que so exportados a partir de Itacoatiara/AM e Santarm/PA; os combustveis e contineres que chegam (ou partem) Manaus/AM e so oriundos de portos ocenicos; e a bauxita, que exportada a partir de Oriximin/PA. (Antaq, 2013).

    HIDROVIA DO MADEIRA

    A hidrovia do Madeira dispe de 1.056 km navegveis. Boa parte da soja produzida no centro-oeste brasileiro parte de Porto Velho/RO e desce o rio Madeira at Itacoatiara/AM ou Santarm/PA, de onde segue para exportao. Outra parte embarca em So Simo/GO e sobe a hidrovia do Paran-Tiet at Pederneiras/SP, onde transbordada para a ferrovia e exportada pelo Porto de Santos.

    Esse transporte caracterizado como longitudinal interestadual e so movimentados 10 milhes de toneladas de gros anualmente pelo Rio Madeira por meio de embarcaes chatas rebocadas para o transporte de carga a granel.

    HIDROVIA TIET-PARAN

    O corredor hidrovirio do Paran-Tiet estratgico para o escoamento de graneis slido agrcolas do centro-oeste brasileiro. Em 2013, mais de um quarto da soja (ou 1,1 milho de t) e um tero do milho (956 mil t) transportados na navegao interior do Brasil partiram de So Simo/GO e transbordaram para a ferrovia em terminais do estado de So Paulo (Pederneiras, Anhembi e Santa

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    Maria da Serra) para serem por fim exportados pelo porto de Santos. Outros produtos como a areia e a cana de acar tambm tiveram uma movimentao expressiva realizando percursos de curta distncia.

    As Hidrovias do Sul caracterizam-se por terem um volume considervel de carga que transportada em trechos de curta distncia, 292 km em mdia. O municpio de Rio Grande a principal porta de entrada e sada das mercadorias que transitam na hidrovia.

    Das mercadorias que foram transportadas em 2013 nas hidrovias do Sul destacam-se os fertilizantes adubos, que so importados principalmente da Europa e sia por Porto Alegre/RS (644 mil t), ou seguem pela navegao interior na rota Rio Grande/RS Porto Alegre/RS (834 mil t). J o farelo de soja e a soja fazem o percurso no sentido de exportao, partindo principalmente de Canoas/RS para Rio Grande/RS (1,0 milho de t).

    HIDROVIA DO PARAGUAI

    A Hidrovia do Paraguai o quarto corredor hidrovirio em termos de TKU, com 3,4 bilhes. Em 2013, o transporte de cargas voltou a crescer apresentando um incremento de 37% em relao ao ano anterior e de 9% em relao a 2011. A hidrovia se caracteriza pelo transporte de commodities minerais, como o minrio de ferro e o mangans, que partem de Corumb/MS e Ladrio/MS para portos localizados na Argentina (ANTAQ, 2013).

    Iai pessoal, tudo bem at agora?

    Que tal visualizarmos como o CESPE-UNB tratou esse tema?

    (CESPE/ANTAQ/2005-ERSTA) Em relao ao transporte aquavirio no Brasil, julgue os itens que se seguem.

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    17. Um dos principais fluxos de transporte de granis slidos no Brasil envolve o embarque de minrio de alumnio em navios graneleiros no Par entre os Portos de Trombetas e Vila do Conde.

    Comentrios:

    Exatamente. Conforme antecipamos em pginas anteriores, o examinador j se mostrou tendencioso a descer s mincias e exigir conhecimentos peculiares sobre as hidrovias do Brasil.

    Nesse sentido, temos que o itinerrio entre o rio Trombetas para o porto de Vila do Conde tem grande vocao logstica para o transporte de granis slidos, com grande destaque para a bauxita (Minrio do alumnio), e granis lquidos (derivados do petrleo).

    No se preocupem, pois na aula 02 aprendemos todas as caractersticas das cargas, inclusive os conceitos de granis slidos e lquidos.

    Questo correta.

    (CESPE/ANTAQ/2005-TRSTA/) Quanto navegao no interior do Brasil, julgue o prximo item.

    18. Uma via alternativa para o escoamento da soja produzida no estado do Mato Grosso, que vem crescendo de importncia, utiliza um trecho fluvial da hidrovia do rio Madeira com embarcaes graneleiras autopropelidas.

    Comentrios:

    Gente, esta questo est errada.

    0DV FRPR DVVLP DUL" (X WHQKR FHUWH]D TXH HVWiFRUUHWD

    Antes de voc me enviar uma mensagem questionando esse gabarito, deixo-lhes uma dica de amigo:

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    Quem conhece esta banca sabe que todo cuidado pouco na hora de interpretar uma questo. Reflita muito bem sobre a afirmativa antes de marcar. Se no souber, mais aconselhvel deixar em branco (O que eu acho muito difcil de acontecer na nossa matria, no mesmo? :p).

    Portanto, muita ateno!

    Pois bem. Boa parte da soja produzida no centro-oeste brasileiro parte de Porto Velho/RO e desce o rio Madeira at Itacoatiara/AM ou Santarm/PA, de onde segue para exportao.

    %RP SURIHVVRU PDV GLVVR HX Mi VHL ([SOLTXH-me o que significa esse tal de QDYLRJUDQHOHLURDXWRSURSHOLGR

    Vamos l.

    De j adianto em teremos uma aula para tratar dos tipos de navios. Neste momento quero apenas que saibam que h diferentes tipos de embarcaes para cada tipo de movimentao de carga. As mais utilizadas nas vias fluviais so as chatas rebocadas para o transporte de carga a granel.

    A embarcao para cargas na hidrovia do madeira utiliza

    rebocadores responsveis pela movimentao de vrias chatas acopladas, formando comboios.

    J as embarcaes autopropelidas so veculos unitrios e,

    justamente por essa condio, no formam comboios. Se comparadas aos comboios, tm condies de transportar

    menor quantidade de carga e requerem maior quantidade de mo de obra porturia.

    Gabarito: Questo incorreta

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    (CESPE/ Esp. em Regulao de Serv. de Transp. Aquavirios Eng. Ambiental ou Biologia) Diversas hidrovias vm sendo projetadas no pas, buscando-se promover o desenvolvimento econmico e a integrao geoeconmica das regies.

    Acerca desse assunto, julgue os prximos itens.

    19. A promoo de alteraes na profundidade do leito dos cursos de gua atingidos pela implantao da hidrovia Paraguai-Paran requer especial ateno no que se refere aos impactos sobre os pulsos de inundao e a manuteno do regime de cheias do Pantanal.

    Comentrios:

    Correto pessoal.

    Um obra de dragagem para alterao na profundidade do OHLWR GH XP FXUVR GDJXD WUD] VLP FRQVHTXrQFLD DPELHQWDLVserssimas, caso no haja um planejamento prvio de Impacto Ambiental.

    No caso da hidrovia Paraguai-Paran, uma das maiores preocupaes se refere aos impactos sobre os pulsos de inundao e a manuteno do regime de cheias do Pantanal.

    Gabarito: Correto.

    20. O principal objetivo do projeto da hidrovia da Lagoa-Mirim, na fronteira do Brasil com o Uruguai, possibilitar o escoamento da produo pesqueira uruguaia.

    Comentrios:

    A Lagoa-Mirim est localizada no extremo sul do Brasil e faz fronteira com o Uruguai. O principal objetivo desse projeto de hidrovia aumentar as trocas comerciais do Mercosul de forma geral criando um novo corredor multimodal interior.

    Gabarito: Incorreto.

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    21. (CESPE/TJ-RO/Tcnico Judicirio-2012) Entre as riquezas agrcolas produzidas em Rondnia, destacam-se o caf, o cacau, o feijo, o milho, a soja, o arroz e a mandioca. No que se refere soja, um dos principais itens exportados do Brasil, correto afirmar que a exportao de mais de dois milhes de toneladas anuais produzidas no sul de Rondnia e no oeste de Mato Grosso passa pela

    A Hidrovia do Guam-Capim.

    B Hidrovia do Negro.

    C Hidrovia Araguaia-Tocantins.

    D Ferrovia Norte-Sul.

    E Hidrovia do Madeira

    Comentrios:

    A hidrovia do Madeira dispe de 1.056 km navegveis. Boa parte da soja produzida no centro-oeste brasileiro parte de Porto Velho/RO e desce o rio Madeira at Itacoatiara/AM ou Santarm/PA, de onde segue para exportao. Outra parte embarca em So Simo/GO e sobe a hidrovia do Paran-Tiet at Pederneiras/SP, onde transbordada para a ferrovia e exportada pelo Porto de Santos.

    Esse transporte caracterizado como longitudinal interestadual e so movimentados 10 milhes de toneladas de gros anualmente pelo Rio Madeira por meio de embarcaes chatas rebocadas para o transporte de carga a granel.

    Gabarito: Letra E

    _________

    Ato contnuo, chegou a hora de traarmos mais um panorama. Desta vez discorreremos sobre as principais caractersticas dos maiores portos do Brasil.

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    Os quadros a seguir tm como base a Pesquisa sobre o Transporte Martimo da Confederao Nacional do Transporte do ano de 2012.

    Vale a pena conferir o documento.

    PORTO DE VILA DO CONDE-PA

    LOCALIZAO

    O porto de Vila do Conde localiza-se no municpio de Barcarena, s margens do rio Par, no estado do Par.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Companhia Docas do Par - CDP.

    CARGAS

    MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Alumnio, lingotes de alumnio, bauxita, coque, leo combustvel, madeira e piche.

    INFLUNCIA REGIONAL

    O porto possui relevncia para o escoamento da produo de minerais da regio, sendo possvel uma integrao hidroviria por meio do rio Par. Destaca-se como o segundo porto (atrs somente do porto de Santos) em termos de movimentao de cargas pela navegao de cabotagem.

    PORTO DO ITAQUI MA

    LOCALIZAO

    Localiza-se em So Lus, capital do estado do Maranho.

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    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Empresa Maranhense de Administrao Porturia Emap.

    CARGAS

    MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Lingote e tarudo de alumnio, ferro-gusa, derivados do petrleo, milho, antracita, fertilizantes e carga geral.

    INFLUNCIA REGIONAL

    O porto possui relevante importncia para a regio Nordeste, a qual integra, e para a regio Norte, por fazer parte do Complexo Porturio de So Lus, composto tambm pelos terminais de Ponta da Madeira, da Vale e da Alumar.

    PORTO DE SUAPE PE

    LOCALIZAO

    Localiza-se na cidade de Ipojuca, no sul do estado de Pernambuco.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Secretaria do Desenvolvimento Econmico de Pernambuco.

    CARGAS

    MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Derivados do petrleo, produtos qumicos, leos vegetais, lcool, acar, trigo, contineres e algodo

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    INFLUNCIA REGIONAL

    Possui grande relevncia por causa de sua localizao geogrfica e infraestrutura capaz de atender s mais diversas demandas do Complexo Industrial Porturio de Suape.

    PORTO DE SO FRANCISCO DO SUL SC

    LOCALIZAO

    Localiza-se na parte leste da Baa de Babitonga, em So Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Gerido pela Administrao do Porto de So Francisco do Sul APSFS.

    CARGAS

    MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Soja em gro, farelo e leo de soja, trigo, milho, congelados, derivados do petrleo fertilizantes e contineres

    INFLUNCIA REGIONAL

    considerado um porto importante para a economia da regio Sul, dada sua infraestrutura e localizao, capazes de atender a uma crescente demanda de carga geral e granis agrcolas.

    PORTO DE VITRIA ES

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    LOCALIZAO

    Localiza-se na regio central da cidade de Vitria.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Companhia Docas do Esprito Santo Codesa.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Caf, bobinas de papel, mrmore, granito, celulose, acar, produtos siderrgicos e Contineres.

    INFLUNCIA REGIONAL

    O porto privilegiado por sua localizao, prxima aos grandes centros urbanos, e pela interao com o modo ferrovirio, que permite atender demandas diversificadas.

    PORTO DO RIO DE JANEIRO RJ

    LOCALIZAO

    Localiza-se na costa oeste da Baa de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Companhia Docas do Rio de Janeiro - CDRJ.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Contineres, veculos automotores, produtos siderrgicos, bobinas de papel, trigo, ferro-gusa e derivados de petrleo

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    INFLUNCIA REGIONAL

    Possui excelente localizao, prximo dos grandes centros urbanos do pas, alm de estrutura capaz de movimentar grande variedade de cargas.

    PORTO DE ARATU BA

    LOCALIZAO

    Localiza-se na cidade de Candeias, no estado da Bahia

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Companhia Docas do estado da Bahia Codeba.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Derivados do petrleo, fertilizantes, carvo, enxofre, magnesita e soda custica.

    INFLUNCIA REGIONAL

    responsvel por 60% da movimentao de cargas entre os portos administrados pela Codeba (porto de Aratu, porto de Salvador e porto de Ilhus), com vocao para movimentao de granis lquidos e slidos.

    PORTO DE ITAJA SC

    LOCALIZAO

    O porto de Itaja est localizado no municpio de Itaja, margem direita do rio Itaja-Au, no estado de Santa Catarina

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    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Superintendncia do Porto de Itaja.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Produtos congelados, produtos cermicos, madeira, mquinas, motores e acessrios, acar e contineres.

    INFLUNCIA REGIONAL

    Considerado um dos maiores portos em movimentao de contineres do pas, possui grande potencial de crescimento no cenrio nacional, proporcionando sinergia entre o pas e os demais portos do Mercosul.

    PORTO DE FORTALEZA CE

    LOCALIZAO

    Localiza-se na Enseada do Mucuripe, na cidade de Fortaleza, no estado do Cear.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Superintendncia do Porto de Itaja.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Trigo, arroz, castanha de caju, malte, derivados de petrleo, fertilizantes, frutas, sal, contineres, calados, cimento e aerogeradores

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    INFLUNCIA REGIONAL

    Possui grande importncia para a navegao de longo curso e de cabotagem por causa da sua localizao estratgica no territrio brasileiro, alm de ser dotado de estrutura para movimentao de diferentes tipos de cargas.

    PORTO DE PARANAGU PR

    LOCALIZAO

    Localiza-se em Paranagu, no estado do Paran

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pelo prprio Estado, por meio da Administrao dos Portos de Paranagu e Antonina Appa.

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Soja, farelo de soja, acar, milho, fertilizantes, congelados, madeira, leo vegetal, contineres, combustveis derivados do petrleo, lcool e veculos automotores.

    INFLUNCIA REGIONAL

    considerado o maior porto graneleiro da Amrica Latina, ocupando o posto de principal porto importador de fertilizantes do Brasil.

    PORTO DE SANTOS SP

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    LOCALIZAO

    Faz parte da Regio Metropolitana da Baixada Santista (composta pelos municpios de Bertioga, Cubato, Guaruj, Itanham, Mongagu, Perube, Praia Grande, Santos e So Vicente), no litoral do estado de So Paulo.

    ADMINISTRAO DO PORTO

    Administrado pela Companhia Docas do Estado de So Paulo - Codesp

    CARGAS MOVIMENTADAS

    As principais cargas movimentadas so: Contineres, veculos automotores, produtos siderrgicos, papel, acar, soja, caf, milho, trigo, fertilizantes, algodo, carne bovina, carvo mineral, combustveis derivados do petrleo, lcool e suco de laranja

    INFLUNCIA REGIONAL

    considerado o maior porto da Amrica Latina. O porto de Santos de vital importncia tambm para a cadeia logstica dos estados da regio Centro-Oeste e de Minas Gerais, que no possuem acesso ao mar, tornando-se uma alternativa ao escoamento da produo para o comrcio exterior.

    NAVEGAO DE CABOTAGEM NO BRASIL

    Conforme definio da Lei n. 9.432/97, a navegao de cabotagem aquela realizada entre portos ou pontos do territrio brasileiro, utilizando a via martima ou essa e as vias navegveis interiores. Cabe destacar que no est inserido nesse conceito o transporte entre dois portos fluviais, definido como navegao interior.

    No Brasil, a extensa costa martima e a concentrao dos polos de produo e mercado consumidor ao largo da costa martima constituem aspectos favorveis ao desenvolvimento da navegao de cabotagem. Avaliando-se a distribuio populacional no Brasil,

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    observa-se a grande aglomerao nas zonas litorneas, especialmente na regio Sudeste e na Zona da Mata nordestina, alm da regio Sul.

    A navegao de cabotagem, por seu turno, dividida em

    pequena cabotagem e grande cabotagem. O Decreto n 76.401/1975 preconiza que a grande cabotagem aquela realizada entre portos brasileiros e entre estes e portos da Argentina, do Uruguai, das Guianas, das Antilhas e da Costa Leste da Amrica Central, excludos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens.

    J a pequena cabotagem realizada entre portos brasileiros,

    no se afastando as embarcaes mais de 20 milhas da costa e fazendo escala em portos, cuja distncia no exceda de 250 milhas. Consideram-se tambm pequena cabotagem a navegao realizada com fins comerciais entre a costa brasileira e as ilhas ocenicas, os terminais e as plataformas existentes na plataforma submarina.

    As estatsticas indicam que a movimentao de mercadorias por meio da navegao de cabotagem vem aumentando ao longo dos ltimos anos, ainda com grande potencial de crescimento. Um dos fatores impulsionadores desse crescimento a soluo logstica porta a porta, estimulando a transferncia de cargas transportadas por longas distncias do modo rodovirio para a cabotagem (CNT, 2012).

    Nesse passo, a expanso da cabotagem fator competitivo para a logstica brasileira, pois promove maior competitividade, balanceamento da matriz de transportes e descongestionamento do modal rodovirio, situao que contribui efetivamente para a reduo de custos finais aos clientes, diminuio do valor do frete e consequente economia de escala.

    O relatrio CNT tambm nos traz aspectos negativos, pois nem tudo so flores nessa vida, no mesmo?

    Segundo o relatrio, alguns obstculos necessitam ser vencidos pela navegao de cabotagem no Brasil. Entre eles, citam-se:

    Elevados percentuais de encargos sociais e,

    consequentemente, altos custos competitivos;

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    Escassez dos servios de carga fracionada; Burocracia pblica; Carncia de navios e contineres para a cabotagem; Custo do combustvel; Elevado tempo de espera nos portos; Criao de novas rotas e cultura rodoviarista na

    movimentao de bens.

    SITUAO ATUAL E PERSPECTIVAS DO SETOR PARA O FUTURO

    Com o DGYHQWRGD/HLQPDLVFRQKHFLGDFRPR/HLGH0RGHUQL]DomRGRVSRUWRVTXHGLVS}HVREUHRUHJLPHMXUtGLFRGDexplorao dos portos organizados e das instalaes porturias, observa-se uma considervel evoluo na cadeia logstica brasileira.

    O regramento citado consistiu na superao do modelo de explorao e gesto das atividades porturias concentrado na figura do estado, trazendo avanos ao Sistema Porturio Nacional.

    Passados 20 anos, a Lei 12.815/2013 (Nova Lei dos Portos),

    trouxe uma srie de mudanas para o cenrio econmico do setor porturio. Um dos principais objetivos dessa lei estimular a iniciativa privada a investir em novos portos, bem como aumentar a competividade entre os portos brasileiros, o que causar, em longo prazo, um crescimento nas exportaes.

    Contudo, na prtica, o setor porturio brasileiro ainda passa

    por sofre com a existncia de enormes gargalos. Est sobrecarregado e os atrasos que ocorrem geram um efeito domin em toda a cadeia de transporte, resultando em aumento de custos em todo o sistema, como se pode ver pelo tempo de espera para atracao de navios, filas de caminhes para desembarque nos portos, alta taxa tributria, entre outros indicadores. (CNT, 2012).

    A economia do Brasil prejudicada, uma vez que o pas perde

    competitividade frente aos demais pases do mundo pelo

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    encarecimento de seus produtos, com os altos valores logsticos embutidos. necessrio eliminar essas distores para permitir que os portos se ajustem isonomicamente, reduzindo os custos do transporte e proporcionando maior concorrncia e dinamismo.

    O transporte martimo tem fundamental importncia para o equilbrio da matriz de transportes nacional. H tambm um crescente interesse de empresas pelo transporte de cabotagem, com destaque para os setores eletrnicos, equipamentos para veculos automotores, refrigerados, entre outros. Todavia, para que a navegao seja utilizada em maior escala, esse modo precisa se tornar mais atrativo e competitivo, com prazos mais confiveis no embarque e desembarque de mercadorias, aumentando a confiabilidade no sistema.

    Por outro lado, o Brasil vem buscando solues para muitos dos principais problemas do transporte martimo nacional. Para exemplificar, o Porto sem Papel um importante avano na diminuio da burocracia. Consiste num sistema de informao que tem como objetivo principal reunir, num nico meio de gesto, as informaes e a documentao necessrias para agilizar a anlise e a liberao das mercadorias no mbito dos portos brasileiros.

    A Secretaria Especial dos Portos j implantou o projeto nos 37

    portos pblicos (34 martimos e 3 fluviais), eliminando mais de 140 formulrios em papel que foram convertidos para um nico documento eletrnica. Outra proposta interessante foi a criao do Regime Tributrio para incentivo Modernizao e ampliao da Estrutura Porturia-Reporto. O novo regime foi institudo em 1 de dezembro de 2004 pelo Congresso Nacional e suspende a cobrana do Imposto sobre Produtos Industrializados IPI - da Contribuio para o PIS/PASEP, da Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS e, quando for o caso, do Imposto de Importao, nas vendas de mquinas, equipamentos e outros bens aos terminais porturios.

    Para aumentar a competitividade entre os portos, diferenciais como facilidade de acesso, maior capacidade operacional e disponibilidade para atracao so essenciais. Contudo, a deficiente

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    infraestrutura porturia atual consiste em um dos maiores entraves para a expanso do transporte martimo, comprometendo a produtividade dos portos brasileiros e o potencial do setor, alm de representar um obstculo ao crescimento das exportaes e importaes. Esse cenrio influencia na m classificao da qualidade da infraestrutura porturia nacional, conforme dados da pesquisa de opinio realizada pelo Frum Econmico Mundial (CNT, 2012).

    Por fim, para atingirmos o mximo de aproveitamento do potencial hidrovirio, essencial que novas intervenes de carter institucional e estrutural aconteam.

    As solues para os gargalos de infraestrutura porturia e de acesso requerem elevados investimentos. Conforme apontado no Plano CNT de Transporte e Logstica 2011, so necessrias intervenes prioritrias que abrangem a construo e adequao de novos portos, de acessos terrestres e de rea porturia, alm de obras de dragagem e derrocamento, com a finalidade de adequar portos e terminais porturios e garantir uma maior integrao com os demais modos de transportes.

    (Cespe /TJ-RO 2012/Engenharia Civil/ ADAPTADA) O sistema porturio desempenha papel fundamental na economia de um pas, sendo os portos as principais portas de entrada e sada de mercadorias. Com relao aos tipos de terminais e s obras e atividades porturias, analise as afirmativas a seguir.

    22. Os calados existentes na costa brasileira, em decorrncia da morfologia e a sedimentologia da plataforma continental, permitem a passagem de navios de grande porte, no sendo necessria a realizao de dragagens.

    Comentrios: O calado refere-se ao navio. a distncia vertical entre a

    superfcie da gua em que a embarcao flutua e a face inferior de sua quilha. No se preocupem, pois nas prximas aulas trataremos com maior profundidade sobre o tema.

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    Ao contrrio do que preconiza a afirmao, a costa

    brasileira dispe de vias com baixo calado ou outras dificuldades que limitam a navegao de navios de ltima gerao e grande porte.

    Para o suprimento dessa lacuna, so necessrias

    intervenes prioritrias que abrangem as obras de dragagem e derrocamento, com a finalidade de adequar portos e terminais porturios s atuais demandas de navios existente.

    Gabarito: Incorreto.

    23. A descarga de granis slidos, tais como o minrio de ferro, feita normalmente em terminais do tipo roll-on e roll-off.

    Comentrios: Diletos, tratamos deste sistema no inicio da aula quando

    discorramos sobre o sistema 5R5R&DERFOR.

    A designao aplica-se s mercadorias que, por suas prprias caractersticas, tm condies de serem movimentadas por intermdio de seus prprios meios, como os automveis e caminhes.

    Nessa forma de movimentao, os veculos so embarcados e

    desembarcados com a utilizao de rampas de acesso localizadas na proa ou na popa e, s vezes, no costado de navios especiais.

    Desta forma, a descarga de granis slidos, tais como o

    minrio de ferro, no feita pelo sistema acima, mas por meio de esteiras rolantes, conforme veremos com maior profundidade nas prximas aulas.

    Gabarito: Incorreto.

    (CESPE/ANTAQ/Especialista-2009) Uma das modalidades de transporte aquavirio o transporte por cabotagem. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.

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    24. No modal aquavirio, em que so utilizados rios, lagos e oceanos no transporte de pessoas e mercadorias, inclui-se a cabotagem, transporte de mercadorias ao longo da costa, que vem ganhando espao nos ltimos anos no Brasil.

    Comentrios:

    Questo tranquila, no mesmo?

    As estatsticas indicam que a movimentao de mercadorias por meio da navegao de cabotagem vem aumentando ao longo dos ltimos anos, ainda com grande potencial de crescimento. Um dos fatores impulsionadores desse crescimento a soluo logstica porta a porta, estimulando a transferncia de cargas transportadas por longas distncias do modo rodovirio para a cabotagem (CNT, 2012).

    Gabarito: Correto

    25. O granel lquido representa pequena parte da carga total transportada por cabotagem no Brasil. Comentrios:

    No Brasil, o principal tipo de produto transportado por esse tipo de navegao o grupo de mercadorias de combustveis, leos minerais e derivados, pertencentes ao grupo dos granis lquidos.

    Gabarito: Incorreto

    26. Minrio de ferro e gros agrcolas respondem majoritariamente pelo transporte de granel slido no Brasil.

    Comentrios

    Realmente. Dentro do grupo de graneis slidos, o minrio de

    ferro (Bauxita, mangans, etc) e gros agrcolas (Soja, milho etc) respondem pela maior parcela transportada no Brasil.

    Tal evidncia tambm est ligada prpria vocao nacional

    para a produo e extrao desses bens de consumo. Gabarito: Correto.

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    27. A integrao do transporte por cabotagem a outros modais de transportes otimiza recursos e traz benefcios ambientais. Comentrios:

    Um importante desafio da navegao de cabotagem a sua incluso na oferta de servio de transporte multimodal, ofertando servios integrados de logstica.

    Nesse contexto, ela tem realmente fundamental importncia

    para que se consiga oferecer um nvel de servio adequado a baixos custos para o embarcador.

    J os benefcios ambientais so bem evidentes, considerando

    os menores nveis de poluio e grande eficincia energtica atribudos ao modal.

    Gabarito: Incorreto

    28. Por ser realizado totalmente na costa brasileira, o transporte de cabotagem no acarreta riscos de contaminao por seres vivos e materiais transportados de outras localidades. Comentrios:

    Quase nenhuma atividade humana realizada sem a possibilidade de riscos, principalmente em embarcaes, que transportam graneis lquidos e outros produtos nocivos natureza.

    Para o transporte de produtos perigosos, devem ser

    estabelecidos, pelas empresas de navegao, cuidados referentes ao transporte, manuseio e acondicionamento desses produtos.

    Acidentes com produtos perigosos podem gerar grandes

    impactos ambientais e perdas econmicas significativas.

    Gabarito: Incorreto (AUTOR) Considerando a importncia dos portos e hidrovias para a economia nacional, analise as afirmativas a seguir:

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    29. O porto de So Francisco do Sul SC ainda no considerado um porto importante para a economia da regio Sul, principalmente pela incipiente infraestrutura e localizao inadequada. Comentrios:

    O Porto de So Francisco do Sul sim considerado um porto

    importante para a economia da regio Sul, dada sua infraestrutura e localizao, capazes de atender a uma crescente demanda de carga geral e granis agrcolas.

    Gabarito: Incorreto

    30. A hidrovia do Paraguai se caracteriza pelo transporte de commodities minerais, como o minrio de ferro e o mangans, que partem de Corumb/MS e Ladrio/MS para portos localizados na Argentina.

    Comentrios:

    A Hidrovia do Paraguai o quarto corredor hidrovirio em termos de TKU, com 3,4 bilhes. Em 2013, o transporte de cargas voltou a crescer apresentando um incremento de 37% em relao ao ano anterior e de 9% em relao a 2011. A hidrovia se caracteriza pelo transporte de commodities minerais, como o minrio de ferro e o mangans, que partem de Corumb/MS e Ladrio/MS para portos localizados na Argentina (ANTAQ, 2013).

    Gabarito: Correto.

    31. Em razo do baixo calado, a hidrovia Solimes-Amazonas no dispe de condies o deslocamento de embarcaes de maior porte.

    Comentrios:

    Conforme a estatstica de navegao interior da ANTAQ-2013, no mbito da navegao fluvial, devido s caractersticas fisiogrficas e do entorno em que se insere, a hidrovia Solimes-Amazonas configura-se como a mais importante do pas. Nela ocorrem, de forma muito intensa, todos os tipos de navegao

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    interior incluindo a de travessia, as de percurso longitudinal estadual, interestadual e internacional de cargas e passageiros/misto, alm das navegaes de cabotagem e de longo curso.

    Para tanto, embarcaes de portes variados, desde aquelas de uso familiar e para deslocamentos de pequena monta, at grandes embarcaes da navegao intercontinental passam por ela.

    Gabarito: Incorreto

    32. (AUTOR) A Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (ANTAQ) responsvel pela formulao de polticas e pela execuo de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos martimos.

    Comentrios:

    A Secretaria de Portos da Presidncia da Repblica (SEP/PR), com status jurdico de Ministrio, responsvel pela formulao de polticas e pela execuo de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura dos portos martimos.

    Compete ainda SEP/PR a participao no planejamento estratgico e a aprovao dos planos de outorgas, tudo isso visando garantir segurana e eficincia ao transporte martimo de cargas e de passageiros.

    ANTAQ compete:

    I - implementar, em sua esfera de atuao, as polticas formuladas pelo Ministrio dos Transportes e pelo Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte-CONIT, segundo os princpios e diretrizes estabelecidos na Lei n 10.233, de 2001; e

    II - regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestao de servios de transporte aquavirio e de explorao da infra-estrutura porturia e aquaviria, exercida por terceiros, com vistas a:

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    a) garantir a movimentao de pessoas e bens, em cumprimento a padres de eficincia, segurana, conforto, regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas;

    b) harmonizar os interesses dos usurios com os das empresas concessionrias, permissionrias, autorizadas e arrendatrias, e de entidades delegadas, preservando o interesse pblico; e

    c) arbitrar conflitos de interesse e impedir situaes que configurem competio imperfeita ou infrao contra a ordem econmica.

    Gabarito: Incorreto

    33. A navegao de cabotagem dividida em pequena cabotagem e grande cabotagem. Esta se caracteriza pela navegao realizada entre portos brasileiros, no se afastando as embarcaes mais de 20 milhas da costa e fazendo escala em portos, cuja distncia no exceda de 250 milhas.

    Comentrios:

    A navegao de cabotagem, por seu turno, dividida em pequena cabotagem e grande cabotagem. O Decreto n 76.401/1975 preconiza que a grande cabotagem aquela realizada entre portos brasileiros e entre estes e portos da Argentina, do Uruguai, das Guianas, das Antilhas e da Costa Leste da Amrica Central, excludos os portos de Porto Rico e Ilhas Virgens.

    J a pequena cabotagem realizada entre portos brasileiros,

    no se afastando as embarcaes mais de 20 milhas da costa e fazendo escala em portos, cuja distncia no exceda de 250 milhas. Consideram-se tambm pequena cabotagem a navegao realizada com fins comerciais entre a costa brasileira e as ilhas ocenicas, os terminais e as plataformas existentes na plataforma submarina.

    Gabarito: Incorreto

    ___________________

    Pois bem. Esta foi a nossa aula demonstrativa.

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    Espero que tenham gostado da aula. Nas prximas publicaes no diminuiremos o ritmo.

    Prometo envidar todos os esforos para voc gabaritar a prova.

    Espero encontra-lo (a)s em breve!

    Um forte abrao.

    Prof. ARISTCRATES CARVALHO

    [email protected]

    LISTA DE QUESTES

    1. (CESPE/IBAMA 2012 ANALISTA AMBIENTAL) Entre os modais de carga utilizados no Brasil rodovirio, ferrovirio, aquavirio e dutovirio , o rodovirio preponderante, o que gera distoro na matriz energtica associada cadeia logstica do transporte brasileiro.

    2. (Cetro/Porto de Santos-2011/ADAPTADA) O transporte multimodal de cargas aquele que, regido por um nico contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte, desde a origem at o destino, e executado sob a responsabilidade nica de um operador de transporte multimodal OTM.

    3. (CESPE/IBAMA/2013) Em relao matriz de transportes brasileira e intermodalidade de transporte, julgue os itens a seguir: Na intermodalidade o transporte de cargas ocorre diretamente da origem ao destinatrio, com a participao de, pelo menos, dois diferentes modais, mantendo-se um fluxo contnuo atravs de todo o processo de transporte e de transferncia.

    (CESPE/IBAMA/2009) A regio localizada na Chapada do Araripe, em pleno semirido nordestino, responde por mais de 90% da produo nacional de gesso e gipsita. Apesar desse potencial produtivo, as exportaes ainda so quase insignificantes. Como o gesso possui baixo valor agregado, at

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    mesmo o custo do frete rodovirio acaba por complicar o transporte por longas distncias. A operao s vivel porque a oferta de caminhes muito grande e os caminhoneiros que trazem as cargas do Sul e Sudeste preferem aceitar o transporte da carga a voltar com os caminhes vazios s suas bases.

    Revista Cais do Porto, mai./2008.

    Considerando o trecho de texto acima, julgue o item que se segue. 4. A intermodalidade pode ser definida como uma caracterstica do sistema de transportes por meio da qual se utilizam, de forma integrada, pelo menos dois modos de transporte diferentes na cadeia de transportes porta-a-porta.

    (CESPE/IBAMA-2013) Em relao matriz de transportes brasileira e intermodalidade de transporte, julgue os itens que se seguem:

    5. Considerando-se uma matriz eficiente de transporte, recomendvel que matrias-primas a granel e outras commodities produzidas no pas sejam transportadas aos destinatrios de longa distncia, por meio do modal ferrovirio ou rodovirio, observado o limite mximo de capacidade de carga de cada uma dessas modalidades.

    (CESPE/INPI-2013) Acerca de logstica e transportes no Brasil, julgue os itens seguintes.

    6. O modal rodovirio, apesar de ser bastante poluente, o mais indicado para o transporte de mercadorias a longas distncias, devido rapidez e ao baixo custo operacional.

    7. Os modais de transporte do Brasil so rodovirio, ferrovirio, dutovirio, martimo, aquavirio e areo.

    8. (CESPE / IFB / 2011) So cinco os modais de transporte de carga: areo, rodovirio, ferrovirio, aquavirio e intermodal.

    (CESPE/ANTAQ/Curso de Formao Profissional-2009) No incio da imigrao, ainda no sculo XIX, as viagens eram feitas a vela e duravam cerca de sessenta dias, dependendo

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    das condies climticas. J a bordo de navios a vapor, as viagens duravam, em mdia, vinte dias. Os imigrantes alojados em pores ficavam merc de doenas contagiosas, havendo muitos bitos durante o percurso. O transplante de povos, expres