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Aula 00 Realidades Municipais p/ APPGG/SP Professor: Rodrigo Barreto

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Realidades Municipais p/ APPGG/SP

Professor: Rodrigo Barreto

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Teoria e exercícios

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Meio ambiente urbano 4

1. 2. Agenda 21 9

1.3. Agenda Ambiental da Administração Pública 19

1.4. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente 29

1.5. Relatório de Áreas Contaminadas do Municípios 43

1.6. Relatório Qualidade do Meio Ambiente 45

1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da

Mata Atlântica

50

2. Questões comentadas 53

3. Lista de questões 68

4. Gabarito 77

APRESENTAÇÃO

Olá, preparados para essa jornada rumo à APROVAÇÃO?

É com imensa satisfação que damos início ao curso de

Realidades Municipais para APPGG/SP. Antes de começarmos

com o conteúdo de fato, gostaria de me apresentar.

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AULA 0

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Teoria e exercícios

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Meu nome é Rodrigo Barreto, sou bacharel em Ciências Sociais

pela Universidade Federal Fluminense e atualmente sou servidor

efetivo do Senado Federal na área de Processo Legislativo,

assessorando a Comissão de Educação, Esporte e Cultura. Além

disso, sou professor presencial em alguns cursos de Brasília e online

aqui no Estratégia Concursos, onde leciono as matérias Atualidades,

Sociologia, Ciências Políticas, Políticas Sociais, Estudos Sociais,

Realidade Brasileira e História.

É importante lembrar que Realidades Municipais será um

enorme diferencial no concurso. Isso porque, além de ela ser uma

novidade, o que por si só já trará dificuldades para todos os

candidatos, há uma gama imensa e diversificada de assuntos a

serem tratados: meio ambiente, segurança, demografia, urbanismo,

saneamento, etc. Além disso, grandes disciplinas permeiam nossos

estudos: Geografia, História, Políticas Públicas, etc. Vemos, então,

que haverá grandes dificuldades.

Para aumentar nossas dificuldades, não há cobrança anterior

deste nosso conteúdo em concursos, ou seja, nossa matéria é

“carne nova”. Isso implica que não há questões específicas de

Realidades Municipais da Vunesp nem de outras bancas. Portanto,

para não ficarmos sem treinar, trarei questões de outras bancas que

tratem pontualmente de assuntos do nosso edital e, quando

necessário, formularei questões inéditas.

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Todavia, a despeito da inexistência de questões anteriores de

nossa disciplina, é importante lembrar que, a tirar pelas outras

matérias, a Vunesp costuma ser direta no seu modo de questionar.

É muito comum haver uma introdução do tema e, logo depois, já

haver a cobrança de conceitos, definições ou processos.

Vocês perceberam que o assunto desta aula está diferente do

inicialmente programado no cronograma inicial do curso, mas não

se preocupem: é apenas uma inversão na ordem dos tópicos. Todos

os assuntos do edital serão abordados!

Para finalizar, gostaria de desejar a todos ótimos estudos e

uma grande preparação. Qualquer dúvida, crítica, elogio ou

sugestão pode ser enviada pelo fórum do curso ou pelo e-mail

[email protected]

Dito isto, vamos ao que interessa, pois ninguém tem tempo a

perder!

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1. Meio ambiente urbano

Primeiramente, pessoal, para que possamos compreender as

discussões que permeiam o campo Meio Ambiente Urbano, faz-se

necessário que voltemos no tempo, revisitando as ideias que

convergiram na noção de sustentabilidade. Isso porque é este

conceito que balizará as atuais políticas públicas para o meio

ambiente. Ademais, a sustentabilidade é um norte a ser seguido

pelos gestores públicos de todas as esferas governamentais. Então,

começaremos nossos estudos reconstruindo esse histórico. A partir

daqui, vocês terão uma ampla base teórica para o entendimento de

qualquer política pública voltada para o meio ambiente. Vamos lá!

A preocupação com a questão ambiental ganhou maior relevo

após a Segunda Guerra Mundial, quando a era nuclear fez surgir

temor em relação à radiação, aos problemas ambientais e aos de

saúde que deles decorreriam. O consumo também aumentava e,

consequentemente, a produção de poluição e de lixo decorrentes

dele também. É bom ressaltar que políticas de saneamento, a

despeito de serem mais antigas, passaram a caminhar cada vez

mais próximas às questões ambientais, sobretudo nas cidades.

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Em 1962, Rachel Carson publicou um livro cujo título era “A

Primavera Silenciosa” e no qual havia uma preocupação com os

riscos da utilização de pesticidas na produção agrícola. Podemos

dizer que tal publicação já era sinal da entrada da questão

ambiental na agenda de debates políticos e econômicos.

Ao fim dos anos 60, a questão ambiental já estava de fato

dentro da agenda de debates – passando a consistir cada vez mais

em uma preocupação global. Com o crescimento do debate sobre

desenvolvimento sustentável e ecologia, a Organização das Nações

Unidas promoveu em 1972 a Conferência das Nações Unidas sobre o

Ambiente Humano, em Estocolmo, Suécia, que foi a primeira

conferência internacional a debater o tema.

Em tal Conferência apareceriam discussões acerca de

contradições relacionadas ao desenvolvimento e ao meio ambiente.

No mesmo ano de realização da Conferência em questão, foi

solicitado, junto ao renomado Massachusetts Institute of

Technology, nos Estados Unidos, um estudo sobre as condições da

natureza, o qual foi chamado de “desenvolvimento zero”.

De acordo com esse estudo, haveria uma série de impactos

ambientais de âmbito internacional, provocados pelo modelo de

desenvolvimento capitalista instituído. Nele foi proposta a

estagnação total do crescimento econômico como forma de impedir

tragédias ambientais de grandes proporções no mundo. Solução

que, obviamente, não agradava aos países subdesenvolvidos, que

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almejavam obter desenvolvimento a fim de garantir melhor

qualidade de vida às suas populações, nem a países desenvolvidos

cujas economias se baseavam numa lógica agressiva de mercado,

como os Estados Unidos, a Inglaterra e a França.

Em razão dessa discordância, a Conferência marcou-se pela

disputa dos partidários do chamado “desenvolvimento zero”,

então defendida por alguns cientistas e representantes de países

desenvolvidos; e os partidários do “desenvolvimento a qualquer

custo”, defendido principalmente por nações subdesenvolvidas,

além dos Estados Unidos. Nessa mesma polarização, encontravam-

se os ecologistas radicais, que defendiam um crescimento zero para

colocar fim ao esgotamento dos recursos. E, por outro lado,

estavam aqueles que acham que o progresso tecnológico poderia se

aliar às perspectivas ambientais, resolvendo os problemas do meio

ambiente.

O marco fundamental da Conferência de Estocolmo foi a

elaboração da Declaração da ONU sobre o Meio Ambiente, que

consistiu em uma série de manifestações sobre os princípios

ambientais pelos quais os países deveriam se pautar. A Declaração

prevê em um de seus trechos que “chegamos a um ponto na

História em que devemos moldar nossas ações em todo o mundo,

com maior atenção para as consequências ambientais. Por meio da

ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e

irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar

dependem. Por outro lado, através do maior conhecimento e de

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ações mais sábias, podemos conquistar uma vida melhor para nós e

para a posteridade, com um meio ambiente em sintonia com as

necessidades e esperanças humanas”.

No mesmo ano, a Assembleia Geral, valendo-se do clima

gerado pela Conferência do Meio Ambiente, criou o Programa das

Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que pauta as ações

da ONU no que diz respeito às questões ambientais. Atualmente as

prioridades do PNUMA são aspectos ambientais das catástrofes e

conflitos, a gestão dos ecossistemas, a governança ambiental, as

substâncias nocivas, a eficiência dos recursos e as mudanças

climáticas.

No início dos anos 80, foi estabelecida a Comissão Mundial

sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. As recomendações feitas

pela Comissão levaram à realização da Conferência das Nações

Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, que colocou o

assunto diretamente na agenda pública, de uma maneira nunca

antes feita.

Realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a “Cúpula da

Terra”, como ficou conhecida, adotou a Agenda 21, que é um

documento que visa à proteção do nosso planeta e seu

desenvolvimento sustentável. Assim, a Agenda 21 se trata da

culminação de duas décadas de trabalhos que se iniciaram

em Estocolmo em 1972. Essa conferência realizada no Rio de

Janeiro ficou conhecida como ECO-92.

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Foi nesse mesmo momento que, após a elaboração de um

relatório da Comissão sobre os resultados da Conferência de

Estocolmo, chegou-se a um conceito mais claro e preciso do que

seria o desenvolvimento sustentável – que logo seria incluído

nos debates internacionais sobre o meio ambiente.

Por desenvolvimento sustentável, podemos entender a

ideia de um desenvolvimento capaz de suprir as

necessidades da geração atual, sem comprometer a

capacidade de atender as necessidades das futuras gerações,

ou seja, trata-se de um modelo de desenvolvimento que não

esgota os recursos para o futuro. As políticas públicas, então,

passaram a adotar essa noção como perspectiva. Em outras

palavras, podemos dizer que os gestores públicos passaram a

identificar em suas políticas instrumentos de proteção ao meio

ambiente, a fim de que não haja esgotamento dos recursos

disponíveis.

Segundo a organização não governamental WWF, cuja

preocupação fundamental é o meio ambiente,

“o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do

reconhecimento de que os recursos naturais são finitos. Esse conceito

representou uma nova forma de desenvolvimento econômico, que leva

em conta o meio ambiente”.

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Assim, a sustentabilidade está relacionada a questões sociais

e, por isso, a política ambiental está no rol de políticas sociais, se

configurando como uma política de caráter transversal que interfere

decisivamente nas condições de vida da população brasileira.

1.2. Agenda 21

Foi exatamente na ECO-92 que a relação entre o meio

ambiente e o desenvolvimento, além da necessidade imperativa

para o desenvolvimento sustentável, foi vista e reconhecida em todo

o mundo.

A Agenda 21, documento resultante de tal Conferência,

estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a

refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual

governos, empresas, organizações não governamentais e

todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo

de soluções para os problemas socioambientais e na tomada

delas.

Dessa forma, a Agenda 21 é um instrumento de planejamento

para a construção de sociedades sustentáveis, conciliando proteção

ambiental, justiça social e eficiência econômica.

Cada país desenvolve a sua própria Agenda 21 e, no Brasil, as

discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de

Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS).

Desse modo, a Agenda 21 se constitui em um importante

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instrumento que visa à conversão da sociedade industrial rumo a

um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de

progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio, promovendo

a qualidade de vida e não apenas o crescimento econômico.

Interessante notar que a Agenda 21 foi além das questões

ambientais para abordar os padrões de desenvolvimento que

causam danos ao meio ambiente. Elas incluem: a pobreza e a dívida

externa dos países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de

produção e consumo; pressões demográficas e a estrutura da

economia internacional. O programa de ação também recomendou

meios de fortalecer o papel desempenhado pelos grandes grupos –

mulheres, organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens,

povos indígenas, comunidade científica, autoridades locais,

empresas, indústrias e ONGs – a fim de alcançar o desenvolvimento

sustentável.

A Agenda 21 possui 3 níveis: o global, o nacional e o local.

Então trabalhemos a definição de cada um desses níveis:

A Agenda 21 global é definida como um instrumento por

meio do qual se planeja a construção de sociedades sustentáveis,

nas diversas regiões geográficas, conciliando métodos de proteção

ambiental, justiça social e eficiência econômica. Por conseguinte, a

Agenda global é considerada um Plano de Desenvolvimento

Sustentável que deverá envolver todo o planeta, sem fronteiras, ou

seja, de acordo com a noção de cooperação internacional. A Agenda

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foi pensada, estruturada e proposta buscando alterar o atual modelo

de desenvolvimento adotado pela sociedade em escala mundial que

não é sustentável e poderá até mesmo tornar inviável a vida

humana na Terra.

A emergência do capitalismo, com seu posterior

desenvolvimento até a fase atual, fez com que o consumismo fosse

a tônica do comportamento vigente. O consumismo faz com que

haja a lógica de busca pelo lucro, fomentando a produção e a

demanda. Todavia, esse modelo impacta o meio ambiente

agressivamente. A Agenda 21 se preocupa com o agravamento da

questão ambiental e, assim, propõe um modelo mais equilibrado.

A Agenda 21 brasileira, por sua vez, é um processo e um

mecanismo para o planejamento participativo, na busca do

desenvolvimento sustentável. Ela possui como eixo principal a

sustentabilidade, fazendo convergir a conservação ambiental, a

justiça social e o crescimento econômico. A Agenda 21 brasileira foi

construída a partir das diretrizes da Agenda 21 global. Ou seja, os

princípios da Agenda brasileira decorrem dos da Agenda global.

Desse modo, se trata de um instrumento fundamental para a

construção da democracia participativa e da cidadania ativa no país,

engajando os brasileiros na questão socioambiental.

O processo de desenvolvimento da Agenda 21 brasileira se deu

de 1996 a 2002, sendo coordenado pela Comissão de Políticas de

Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional (CPDS) e

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contou com a participação de aproximadamente 40 mil pessoas de

todo o país. O documento Agenda 21 Brasileira foi concluído em

2002.

A partir de 2003, a Agenda 21 brasileira não apenas entrou na

fase de implementação assistida pela CPDS, como também foi

elevada à condição de Programa do Plano Plurianual (PPA 2004-

2007) pelo governo federal. Com status de programa a Agenda

nacional adquire maior capacidade política e institucional, tornando-

se um instrumento fundamental para a construção de um Brasil

sustentável, coadunando-se com as diretrizes da política ambiental

de governo, de transversalidade, de desenvolvimento sustentável e

de participação social.

Outro ponto importante é que a Agenda 21 brasileira não se

estrutura somente como sendo um conjunto hierarquizado e

interdependente de recomendações gerais que possam vir a

esconder tensões e conflitos econômicos e político-institucionais que

emergem durante sua implementação e desenvolvimento definitivo.

As políticas de desenvolvimento sustentável quase nunca são jogos

de soma positiva, apenas com ganhadores. Ao contrário, durante a

consulta nacional com frequência surgiram conflitos e tensões

políticas e sociais, contrapondo os objetivos restritos do crescimento

econômico às exigências mais amplas da sustentabilidade. Na

verdade, muitas vezes as políticas ambientais entram em choque

com interesses diversos.

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Historicamente as experiências de exploração predatória dos

mais diversos biomas demonstram os desafios da sustentabilidade,

dentro da lógica atual de acumulação e de crescimento econômico

do país. Dessa mesma maneira, o processo de produção, que é um

gerador de impactos negativos para o meio ambiente, é o mesmo

que produz benefícios do crescimento do emprego, da renda e da

arrecadação tributária, o que traz à tona inúmeros conflitos de

interesses entre diferentes atores sociais, e entre instituições

públicas e organizações privadas.

Assim, pessoal, fica claro que na implementação das políticas

públicas voltadas para o meio ambiente há choques de interesses.

Ao mesmo tempo que o governo busca atender as reivindicações

ambientalista, de outro modo ele deve se preocupar com a

economia, indústria, emprego, renda, produção etc. Conjugar esses

vetores é um desafio que não pode ser ignorado pela Administração

Público nem por seus gestores.

A Agenda 21 brasileira pretender, pois, implementar uma

harmonia negociada entre os objetivos e as estratégias das políticas

ambientais e de desenvolvimento econômico e social, a fim de

consolidá-los em um processo de desenvolvimento sustentável. Essa

compreensão é indispensável, já que os planos de desenvolvimento

no Brasil tendem, em geral, a listar objetivos e diretrizes

potencialmente conflitivos, sem explicitar para o poder público os

valores e preferências envolvidos.

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Por sua vez, a Agenda 21 local é um processo de

planejamento participativo para um determinado território,

envolvendo a implementação, nesse local, de um Fórum de Agenda

21. Esse Fórum é composto pelo governo e pela sociedade civil,

sendo responsável pela construção de um Plano Local de

Desenvolvimento Sustentável, que deve estruturar as prioridades

locais por meio de projetos e ações de curto, médio e longo prazos.

No Fórum de Agenda 21 são definidos os mecanismos de

implementação e as responsabilidades do governo e dos demais

setores da sociedade local na implementação, acompanhamento e

revisão desses projetos e ações. A Agenda 21 local pode ser

construída e implementada em municípios ou em quaisquer outros

arranjos territoriais - como bacias hidrográficas, regiões

metropolitanas e consórcios intermunicipais, por exemplo.

Vejamos agora alguns dos objetivos da Agenda 21:

• Produção e consumo sustentáveis contra a cultura do

desperdício

• Incentivar “ecoeficiência” e responsabilidade social das

empresas

• Incentivar o uso e o desenvolvimento de energia renovável

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• Fomentar a informação e o conhecimento para o

desenvolvimento sustentável

• Buscar a inclusão social para uma sociedade solidária

• Promover a saúde e evitar as doenças, democratizando o SUS

• Fomentar a inclusão social e a distribuição de renda

• Proteger os segmentos mais vulneráveis da população

(mulheres, negros, jovens, idosos)

• Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente

e a saúde

• Promover a reforma do Estado, dentro da nova filosofia do

federalismo cooperativo, tornando-o mais ativo e promotor do

desenvolvimento urbano sustentável

• Promover a agricultura sustentável e os modelos de economia

solidária

Bom, amigos e amigas, acho que não precisa nem falar que a

Agenda 21 possui objetivos em diversas frentes, não é? Agricultura,

meio ambiente, saneamento, saúde e por aí vai.

Diante dessa nova lógica sustentável, evidenciou-se também a

necessidade de o Estado rever seu papel. A perspectiva de que o

Estado, ou seja, a Administração Pública possui grande potencial

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regulatório, quer como agente quer como destinatário, coloca o

poder público como gestor e prestador de serviços, considerando

que ele (Estado) também produz e reproduz as culturas

organizacionais; sendo, portanto, um indutor de comportamento.

A administração pública tem a responsabilidade de contribuir

no enfrentamento das questões ambientais, buscando estratégias

inovadoras que repensem os atuais padrões de produção e

consumo, os objetivos econômicos, inserindo componentes sociais e

ambientais. Assim as instituições públicas têm sido motivadas a

implementar iniciativas específicas e desenvolver programas e

projetos que promovam a discussão sobre desenvolvimento e a

adoção de uma política de Responsabilidade Socioambiental do setor

público.

Fica evidente que se tem percebido que o Estado pode ser

capaz de promover um ajuste e estruturar os princípios do

desenvolvimento sustentável. Para isso é fundamental que haja um

planejamento estratégico em todos os níveis federativos, tendo

como foco a incorporação da perspectiva sustentável. Podemos

dizer que a adequação do modelo administrativo ao paradigma

sustentável faz parte da proposta de uma nova maneira de se fazer

administração pública.

Nesse sentido, a Agenda Ambiental na Administração Pública

(A3P) se tornou o mais importante programa da administração

pública na gestão socioambiental. O referido programa vem sendo

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implementado nos mais variados órgãos e instituições públicas das

três esferas de governo, no âmbito dos três poderes, podendo

inclusive ser utilizado como um modelo para a gestão

socioambiental nos outros segmentos da sociedade.

É fundamental que a Administração Pública tenha participação

plena durante a implementação e gestão das políticas públicas para

o meio ambiente, já que o Poder Público é o principal interlocutor

junto à sociedade, possuindo uma ampla penetração e o papel de

ser o condutor mais importante para tornar as iniciativas atuais, e

também as futuras, mais transparentes, estimulando a inserção de

critérios de sustentabilidade em suas atividades e integrando as

ações sociais e ambientais com o interesse público.

Além da capacidade de conduzir, de ser o modelo de

comportamento e gestão, o poder deve buscar a mobilização de

importantes setores da economia exercidos pelas compras

governamentais. Essas compras devem ser usadas a fim de garantir

a mudança e a adoção de novos padrões de produção e consumo,

procurando conseguir a redução dos impactos socioambientais

negativos gerados pela atividade pública. De tal modo, a

Administração Pública deve procurar contribuir com o crescimento

da perspectiva sustentável, promovendo a responsabilidade

socioambiental e respondendo às expectativas sociais.

Em 2001 foi criado o Programa Agenda Ambiental na

Administração Pública e, em 2002, a A3P chegou a ser reconhecida

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pela Unesco, em razão da relevância do trabalho desempenhado e

dos resultados positivos obtidos ao longo do seu desenvolvimento.

Diante dessa nova diagramação institucional, a A3P foi se

fortalecendo, enquanto Agenda de Responsabilidade Socioambiental

do Governo, e passou a ser uma das mais importantes políticas

públicas para proposição e estabelecimento de um novo

compromisso governamental ante as atividades da gestão pública,

englobando critérios ambientais, sociais e econômicos a tais

atividades.

São objetivos da A3P:

- orientar os gestores públicos para a adoção de princípios e

critérios de sustentabilidade em suas atividades;

- apoiar a incorporação de critérios de gestão socioambiental

nas atividades públicas;

- promover a economia de recursos naturais e eficiência de

gastos institucionais;

- contribuir para revisão dos padrões de produção e consumo e

na adoção de novos referenciais de sustentabilidade no âmbito da

administração pública.

Os eixos temáticos da A3P são:

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a) Gestão de resíduos

b) Licitação sustentável

c) Qualidade de vida no ambiente de trabalho

d) Sensibilização e capacitação de servidores

e) Uso racional de recursos

Qualquer instituição pertencente à Administração Pública,

independentemente de qual for a esfera de governo, poderá e

deverá implementar a A3P, cabendo a ela decidir e promover suas

ações, desde que observados os princípios e os eixos temáticos.

Que tal falarmos um pouco mais sobre isso?

1.3. Agenda Ambiental da Administração Pública

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um

projeto que teve início no Ministério do Meio Ambiente e que possui

de maneira estratégica na modificação dos padrões produtivos e de

consumo, além de pretender adotar novos referenciais alinhados

com a sustentabilidade socioambiental, no âmbito da administração

pública.

Desse modo, a A3P possui o objetivo fundamental de fomentar

os gestores públicos a incorporarem os princípios e os critérios da

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gestão ambiental em suas atividades rotineiras, ou seja, incentivar

a adoção de práticas sustentáveis no gerenciamento da

Administração Público, levando à economia de recursos naturais e à

redução de gastos institucionais por meio do uso racional dos bens

públicos e da gestão adequada dos resíduos.

Não podemos deixar de perceber que a A3P é uma iniciativa

cuja adesão é voluntária e também é uma chamada a um maior

engajamento tanto individual quanto coletivo, a partir do

comprometimento pessoal e da disposição para a incorporação dos

conceitos preconizados, para a mudança de hábitos e a difusão do

programa.

A agenda ambiental atualmente possui os seguintes eixos

temáticos:

a) Gestão de resíduos

b) Licitação sustentável

c) Qualidade de vida no ambiente de trabalho

d) Sensibilização e capacitação de servidores

e) Uso racional de recursos

Vamos detalhar cada um deles, ok!?

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Gestão de resíduos -> a Lei nº 12.305 de 2010, que institui

a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contém

instrumentos fundamentais para permitir o avanço necessário ao

País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais

e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos

sólidos.

Essa Lei prevê a prevenção e a redução na geração de

resíduos, possuindo como proposta nuclear a prática de hábitos de

consumo sustentável, além de um conjunto de instrumentos que

visam a propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos

resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser

reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente

adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou

reutilizado).

Desse modo, Política Nacional de Resíduos Sólidos institui

a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos

fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e

titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na

Logística Reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo e pós-

consumo. Ela também cria metas importantes que irão contribuir

para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento

nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e

metropolitano e municipal; além de impor que os particulares

elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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Licitação sustentável -> A licitação é o procedimento

administrativo formal em que a Administração Pública convoca,

mediante condições estabelecidas em ato próprio (edital ou

convite), empresas interessadas na apresentação de propostas para

o oferecimento de bens e serviços. O objetivo é garantir a

observância do princípio constitucional da isonomia e selecionar a

proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a

assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o

comparecimento ao certame do maior número possível de

concorrentes, fato que favorece o próprio interesse público.

O procedimento de licitação busca permitir que a

Administração contrate aqueles que reúnam as condições

necessárias para o atendimento do interesse público, levando em

consideração aspectos relacionados à capacidade técnica e

econômico-financeira do licitante, à qualidade do produto e ao valor

do objeto.

Com base no art. 3º da Lei nº 8.666 de 1993, licitação

sustentável é aquela que se destina a garantir a observância do

princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais

vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento

nacional sustentável. Nesse sentido, pode-se dizer que a licitação

sustentável é o procedimento administrativo formal que contribui

para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável,

mediante a inserção de critérios sociais, ambientais e econômicos

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nas aquisições de bens, contratações de serviços e execução de

obras. Vejam o que diz o artigo 3º da Lei 8.666 de 1993:

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio

constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a

administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e

será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios

básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,

da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento

convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Portanto, meus amigos e amigas, podemos dizer que, sem

dúvida alguma, as licitações e as contratações sustentáveis

possuem um papel estratégico para os órgãos públicos e, quando

adequadamente realizadas promovem a sustentabilidade nas

atividades públicas. Por isso, é fundamental que os compradores

públicos consigam delimitar corretamente as necessidades da sua

instituição e conheçam a legislação aplicável e características dos

bens e serviços que poderão ser adquiridos.

Qualidade de vida no ambiente de trabalho -> a

Administração Pública tem o dever de procurar permanentemente

uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho e para isso

deve promover e fomentar ações voltadas para o desenvolvimento

pessoal e profissional de seus servidores. Para tanto, as instituições

públicas devem desenvolver e implementar programas específicos

que envolvam o grau de satisfação da pessoa com o ambiente de

trabalho, melhoramento das condições ambientais gerais, promoção

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da saúde e segurança, integração social, desenvolvimento das

capacidades humanas, entre outros fatores.

Sensibilização e capacitação de servidores -> a

Administração Pública deve criar a chamada “consciência cidadã da

responsabilidade socioambiental” nos gestores e servidores

públicos. Fazê-lo é um grande desafio, mas a implantação da A3P

depende bastante de que os servidores sejam integrados no

processo para seu sucesso. As modificações de hábitos,

comportamento, cultura e padrões de consumo de todos os

servidores influencia diretamente a preservação de recursos

naturais, contribuindo para a qualidade ambiental e proporcionando

a redução da poluição.

Para que essas transformações aconteçam é necessário que

também ocorra um engajamento individual e coletivo, porquanto

somente dessa maneira será possível criar-se uma nova cultura

institucional de sustentabilidade das atividades do setor público,

sejam essas relacionadas à área meio ou à área fim. O processo de

sensibilização dos servidores implica a realização de campanhas que

chamem a atenção para os temas socioambientais importantes,

como o papel de esclarecer a necessidade e os impactos de cada um

no processo.

Dessa forma, a capacitação é um processo que contribui para

o desenvolvimento de melhorias institucionais e individuais nas

questões relativas à gestão socioambiental e, ao mesmo tempo,

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fornece aos servidores uma oportunidade para desenvolver suas

habilidades e atitudes na tentativa de se obter um melhor

desempenho das suas atividades, valorizando os que participam de

iniciativas inovadoras e que buscam a sustentabilidade. Os

processos de capacitação fomentam também o acesso democrático

a informações, novas tecnologias e troca de experiências,

contribuindo para a formação de redes sustentáveis no setor

público.

Uso racional de recursos -> Diante dos atuais padrões de

produção e consumo, a cultura do desperdício ganha força,

ultrapassando as camadas de alta renda e paradoxalmente

atingindo as camadas menos favorecidas economicamente. Assim

sendo, é importante que pensar a origem e a hegemonia de uma

cultura que se pauta pelo desperdício. Tanto a proteção ambiental,

em razão da crescente demanda, como a potencialização de novas

possibilidades de oferta ambiental, ganham muita importância,

tendo invista que a influência sobre o desenvolvimento se torna

cada vez mais relevante.

A valorização de recursos que ainda não haviam sido

incorporados à atividade econômica é uma necessidade da

Administração Pública. No atual momento histórico, os

conhecimentos técnicos nos permitem a utilização dos recursos

socialmente aceitáveis. Por isso se cunhou a frase “o que é recurso

hoje não foi recurso ontem”. Do mesmo modo, poderá ser recurso

amanhã o que não foi percebido hoje enquanto recurso. Diante

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dessas alterações sistemáticas oriundas de novas visões e novas

tecnologias, é fundamental que o setor público respeite os recursos,

utilizando-os de maneira racional.

Sendo o meio ambiente um potencial de recursos mal

aproveitados, sua inclusão no horizonte de negócios pode gerar

atividades que proporcionem lucro ou pelo menos se paguem com a

poupança de energia, de água, ou de outros recursos naturais.

Reciclar resíduos, por exemplo, é transformá-los em produtos com

valor agregado. Conservar energia, água e outros recursos naturais,

é reduzir custos de produção.

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Em relação à logística sustentável, no âmbito federal, a

Instrução Normativa nº 10 estabelece as regras para elaboração dos

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Planos de Gestão de Logística Sustentável (PLS). Os PLS são

ferramentas de planejamento que permitem aos órgãos ou

entidades estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização

de gastos e processos na Administração Pública. Ou seja, o Plano

visa a incentivar órgãos e instituições públicas a usarem de forma

racional seus recursos financeiros e naturais, promovendo a

sustentabilidade. Cada ente federativo deve elaborar seu Plano;

Todos os órgãos e entidades da Administração Pública direta,

autárquica, fundacional e as empresas estatais deveriam

implementar essa nova gestão, uma vez que os PLS são

ferramentas de planejamento que têm por objetivos definir,

organizar e consolidar as ações de sustentabilidade de

racionalização de gastos públicos.

Essas ações buscam a melhoria da qualidade do gasto público

associada aos critérios de sustentabilidade, reduzindo o desperdício

e aumentando a eficiência dos recursos utilizados. Entram no PLS

iniciativas nas áreas de energia elétrica, água, reaproveitamento de

papel, gerenciamento de frota de veículos e contratações públicas,

por exemplo.

A adoção dos PLS é desse modo um processo que

necessariamente passa por uma transformação na conduta

individual de cada servidor, com especial valor em seu efeito

multiplicador e educativo, bem como por uma transformação do

modelo da Administração Pública. Uma vez concretizados

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internamente com ações na participação e num senso de propósito

comum, seu aperfeiçoamento cíclico será crucial para que a

Administração possa cumprir o seu papel constitucionalmente

estabelecido de defesa e preservação ambiental.

1.4. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente

Em São Paulo, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente

(SVMA) foi criada em 1993 (Lei nº 11426, de 1993). Desde então

vem passando por reorganizações para dar conta das questões

ambientais da cidade de São Paulo, sendo que a última aconteceu

em 2009 (Lei n. 14887/09).

Compete à Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente:

- planejar, ordenar e coordenar as atividades de defesa do

meio ambiente no Município de São Paulo, definindo critérios para

conter a degradação e a poluição ambiental;

- manter relações e contatos visando à cooperação técnico-

científica com órgãos e entidades ligados ao meio ambiente, do

Governo Federal, dos Estados e dos Municípios brasileiros, bem

como com órgãos e entidades internacionais; e

- estabelecer com os órgãos federal e estadual do Sistema

Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA critérios visando à

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otimização da ação de defesa do meio ambiente no Município de São

Paulo.

Sua estrutura é composta dos seguintes departamentos:

- Departamento de Controle da Qualidade Ambiental

(DECONT)

- Departamento de Educação Ambiental e Cultura de Paz -

Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz (UMAPAZ)

- Departamento de Parques e Áreas Verdes (DEPAVE)

- Departamento de Planejamento Ambiental (DEPLAN)

- Departamento de Gestão Descentralizada (DGD)

- Departamento de Administração e Finanças (DAF)

- Departamento de Participação e Fomento a Políticas Públicas

(DPP)

Em relação às competências de cada Departamento, não

queimem os neurônios. Leiam, compreendam a estrutura, percebam

as prioridades e sigam em frente. Não tentem decorar isso! Há

coisas mais importantes para estudar, sinceramente.

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Cabe ao Departamento de Controle da Qualidade

Ambiental (DECONT):

- planejar, ordenar, coordenar e orientar as atividades de

controle, monitoramento e gestão da qualidade ambiental e da

biodiversidade, no que se refere às atribuições da Secretaria como

órgão local do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA;

- estudar, propor, avaliar e fazer cumprir normas e padrões

pertinentes à qualidade ambiental do ar, água, solo, ruídos,

vibrações e estética, tomando as medidas necessárias à sua

implementação;

- elaborar e manter atualizados cadastros e registros relativos

ao controle ambiental;

- propor, executar e participar de projetos que visem o

monitoramento e o controle da qualidade ambiental;

- orientar outros órgãos do Município, dando-lhes suporte

técnico nas questões ambientais;

- participar do sistema integrado de gerenciamento de

recursos hídricos e demais recursos naturais;

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- participar do sistema de saneamento;

- participar dos sistemas de Defesa Civil nos diversos níveis de

Governo;

- participar, juntamente com o Estado, no controle da

produção, armazenamento, transporte, comercialização, utilização e

destino final de substâncias, que comportem risco efetivo ou

potencial para a qualidade de vida e meio ambiente, com ênfase nos

produtos químicos perigosos;

- representar à Procuradoria Geral do Município, da Secretaria

Municipal dos Negócios Jurídicos, os casos concretos de poluição ou

degradação ambiental, para adoção das providências cabíveis;

- promover o desenvolvimento de normas e padrões de

controle da poluição, em todas as suas formas;

- promover o acompanhamento, avaliação e controle da

qualidade das águas, do solo, do ar e dos resíduos, em todas as

suas formas;

- emitir, anualmente, Relatório de Qualidade do Meio Ambiente

do Município - RQMA;

- promover, em conjunto com o Departamento de Gestão

Descentralizada, a definição de diretrizes e o apoio necessário para

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o desempenho das funções fiscalizatórias a serem desenvolvidas

pelos Núcleos de Gestão Descentralizada.

Cabe ao Departamento de Educação Ambiental e Cultura

de Paz - Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de

Paz (UMAPAZ):

- coordenar e executar programas e ações educativas para

promover a participação da sociedade na melhoria da qualidade

ambiental;

- apoiar as ações de educação ambiental promovida por outras

instâncias de governo e da sociedade civil;

- desenvolver programas de capacitação de servidores e

estagiários da Secretaria nas temáticas ambientais;

- elaborar e divulgar ações pertinentes à preservação

ambiental;

- planejar e executar atividades científicas, culturais e

educacionais no campo da educação ambiental;

- manter serviços de arquivo, documentação e instrumentação

científica na área de educação ambiental, promovendo intercâmbio

com entidades congêneres;

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- atuar como apoio técnico em programas de educação

ambiental a cargo da Secretaria Municipal de Educação e demais

instituições públicas ou privadas, em todos os níveis de educação,

mediante acordos formais de cooperação;

- ministrar cursos de jardinagem destinados à população,

incentivando-a a participar da melhoria da qualidade do meio

ambiente;

- planejar e executar atividades científicas, culturais e

educacionais no campo da astronomia e ciências congêneres;

- coordenar o funcionamento dos Planetários, da Escola

Municipal de Jardinagem, da Universidade Aberta do Meio Ambiente

e Cultura de Paz e da Escola Municipal de Astrofísica;

- desenvolver, por meio da Universidade Aberta do Meio

Ambiente e Cultura de Paz, programa de formação aberta, ampla e

permanente para cidadãos de diferentes faixas etárias e

escolaridade, com o propósito de contribuir para uma convivência

socioambiental sustentável e pacífica na cidade de São Paulo,

articulando temas ambientais e a cultura de paz e não-violência,

disseminando conhecimentos e tecnologias de mediação de

conflitos;

- adquirir, selecionar, organizar e divulgar toda documentação

técnica que compõe o acervo, nas suas diferentes formas de

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apresentação, com vistas a oferecer ao usuário subsídios para

estudos e pesquisas;

- organizar Educação Ambiental e Cultura de Paz nos Parques,

diretamente ou por meio de parcerias;

- desenvolver atividades de rotinas administrativas, bem como

projetos e trabalhos técnicos pertinentes.

Cabe ao Departamento de Parques e Áreas Verdes

(DEPAVE):

- projetar, contratar projetos e gerenciar obras e serviços de

construção civil e ajardinamento para viveiros, parques urbanos,

parques lineares e parques naturais, praças, jardins e demais

logradouros públicos ou outras unidades a ele subordinadas;

- promover a produção de mudas ornamentais em geral e a

execução de arborização e ajardinamento em vias públicas e de

implantação de viveiros, parques, praças, jardins e demais

logradouros públicos;

- promover pesquisa, estudo, experimentação e divulgação das

atividades ligadas às suas atribuições, funções e objetivos,

estabelecendo normas e padrões dos serviços a serem executados;

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- promover, em conjunto com as demais unidades da

Secretaria, a administração, preservação, conservação e manejo de

parques ou de outras unidades a ele subordinadas, com todos os

seus equipamentos, atributos e instalações, provendo suas

necessidades, dispondo sobre as modalidades de uso e conciliando o

manejo com a utilização pelo público;

- orientar outros órgãos da Prefeitura, dando-lhes suporte

técnico em matéria de sua competência;

SAV;

- executar a política referente ao Sistema de Áreas Verdes -

- promover a preservação e a conservação da fauna, com

acompanhamento médico-veterinário curativo, profilático, biológico,

sanitário, nutricional e reprodutivo;

- estimular o reflorestamento, a arborização e o

ajardinamento, com fins ecológicos e paisagísticos, no âmbito do

Município de São Paulo;

- promover, supletivament

e, no âmbito do Município de São

Paulo, a proteção e o equilíbrio da paisagem e do meio físico

ambiente, no que se refere aos recursos naturais e demais fatores

que, dentro do campo de interesse de suas atividades, influam na

qualidade da vida humana.

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Cabe ao Departamento de Planejamento Ambiental

(DEPLAN):

- estudar, planejar e implementar as ações necessárias para

adequação da cidade ao novo cenário de mudanças climáticas;

- delinear um plano de ação estratégico com a definição de

políticas, programas e projetos pautados nesse novo cenário de

mudança compulsória, assim como implementar os novos

programas de adaptação, auxiliando os órgãos da Prefeitura na

formulação das políticas setoriais;

- sugerir instrumentos de melhoria da qualidade ambiental no

planejamento do uso do solo;

- promover estudos, normas e padrões de planejamento

ambiental;

- estudar e desenvolver, em cooperação com outros órgãos da

Prefeitura, normas e padrões ambientais a serem adotados na

Administração Pública Municipal;

- desenvolver, em conjunto com a Secretaria Municipal de

Planejamento, a aplicação dos instrumentos urbanísticos e

ambientais previstos no Plano Diretor Estratégico e demais

legislações afins;

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- desenvolver o Plano de Gestão de Áreas Públicas de interesse

ambiental e o Programa de Intervenções Ambientais, voltados para

ampliação do Sistema de Áreas Verdes, aumento da

permeabilidade, controle das inundações, recuperação e

preservação de recursos hídricos, reabilitação de áreas

contaminadas e preservação das áreas de mananciais;

- elaborar o zoneamento ambiental do Município de São Paulo

e sistematizar as informações sobre terrenos com potencial para a

implantação de áreas verdes e demais melhoramentos ambientais;

- coordenar, no âmbito da Secretaria, os processos de revisão

do Plano Diretor Estratégico e demais legislações afins;

- promover a participação da Secretaria, nos Comitês de

Bacias Hidrográficas e nos Consórcios de Municípios da Região

Metropolitana;

- implantar, estruturar e gerenciar o Sistema de Informações

Ambientais da Secretaria, mantendo suas bases de dados

alfanuméricos e espaciais;

- manter informações sistematizadas de aspectos de interesse

ambiental referente ao Município de São Paulo;

- manter atualizado Sistema de Indicadores Ambientais para

subsidiar a elaboração do Diagnóstico Ambiental do Município de

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São Paulo e o desenvolvimento e avaliação das políticas públicas

incidentes sobre o meio ambiente;

- coordenar a produção das informações de interesse da

Secretaria, promovendo o intercâmbio de dados e informações dos

sistemas de informação produzidos pelo Departamento com as

demais unidades da Secretaria e da Administração Municipal,

Estadual e Federal;

- elaborar e manter atualizado cadastro de áreas de interesse

ambiental;

- apoiar, em conjunto com os demais órgãos municipais, o

desenvolvimento e o fomento de políticas públicas sustentáveis para

a cidade, com vistas ao fortalecimento do transporte não

motorizado, da ocupação e uso racionais do território do Município,

da melhoria da drenagem das águas pluviais e redução das

enchentes, da proteção das áreas ambientalmente mais frágeis, da

implementação de ações para a mitigação e adaptação da Cidade

aos efeitos negativos das mudanças climáticas e de

desenvolvimento econômico sustentável;

- fomentar programas de incentivo para a elaboração de

projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL no

Município de São Paulo pela Administração Municipal ou por

particulares, bem como outros instrumentos que vierem a ser

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criados no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre

Mudança de Clima.

Cabe ao Departamento de Gestão Descentralizada

(DGD):

- coordenar as atividades das Divisões Técnicas dos Núcleos de

Gestão Descentralizada e a integração, articulação interinstitucional

das ações entre SVMA, Subprefeituras e outros órgãos, dirigidas ao

meio ambiente;

- coordenar e desenvolver, por meio das Divisões Técnicas dos

Núcleos de Gestão Descentralizada, ações da Secretaria relativas à

fiscalização, educação ambiental, implantação, manutenção e

gestão dos Parques e outros componentes do sistema de áreas

verdes;

- coordenar e articular as ações desenvolvidas no âmbito das

Subprefeituras, relacionadas ao meio ambiente.

Cabe ao Departamento de Administração e Finanças

(DAF):

- planejar, desenvolver e gerenciar as atividades ligadas às

áreas de finanças e orçamento, patrimônio, suprimentos, gestão de

pessoas, informática e atividades complementares;

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- promover o entrosamento de suas atividades financeiras com

o órgão normativo central;

- elaborar a proposta orçamentária da Secretaria;

- implementar ações relativas à execução orçamentária;

- realizar atividades de natureza contábil e financeira;

- promover o levantamento das necessidades de compras e

contratações de serviços, bem como propor a realização das

respectivas modalidades de licitação;

- planejar, executar e monitorar as atividades referentes à

gestão dos recursos de informática das diversas áreas da

Secretaria;

- exercer o controle permanente do pessoal;

- ministrar cursos de capacitação profissional, observadas as

diretrizes formuladas pela Secretaria Municipal de Gestão;

- coordenar a política de estágio no âmbito da Secretaria, de

acordo com as diretrizes fixadas para o Sistema Municipal de

Estágios, da Secretaria Municipal de Gestão;

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- controlar a movimentação de papéis e documentos de

interesse da Secretaria;

- apoiar os serviços administrativos de suprimentos de

materiais, de transportes de bens e pessoas e outros necessários ao

desempenho de todas as unidades da Secretaria;

- administrar e supervisionar as atividades de serviços gerais e

de manutenção, englobando as atividades de zeladoria, vigilância e

limpeza, assim como a manutenção de equipamentos e instalações

prediais;

- fornecer subsídios para a elaboração de programas e

projetos, dentro de sua área específica.

Cabe ao Departamento de Participação e Fomento a

Políticas Públicas (DPP):

- estimular a participação da sociedade no planejamento e

gestão das políticas ambientais;

- organizar e garantir o funcionamento do Conselho Municipal

do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

- organizar e garantir o funcionamento do Conselho do Fundo

Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

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- organizar e garantir o funcionamento do Fundo Especial do

Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;

- apoiar o funcionamento dos Conselhos Gestores dos

Parques;

- apoiar o funcionamento dos Conselhos Regionais de Meio

Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cultura de Paz;

- coordenar as atividades necessárias para a execução das

suas atribuições, cumprindo e fazendo cumprir as determinações

legais e as normas estatutárias e regimentais.

1.5. Relatório de Áreas Contaminadas do Município

De acordo com o Decreto Municipal nº 51.436/2010, que

regulamenta a Lei Municipal nº 15.098/2010, compete à Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente – SVMA a publicação do

Relatório de Áreas Contaminadas do Município.

Para elaboração desta listagem, foram utilizados os relatórios

gerados pelo Sistema de Informação de Gerenciamento de Áreas

Contaminadas – SIGAC, desenvolvido pela PRODAM, interligado ao

Boletim de Dados Técnicos – BDT. Este sistema tem como objetivo

aprimorar a Gestão de Áreas Contaminadas no Município de São

Paulo, por meio de um banco de dados disponível aos Órgãos

Municipais relacionados à SVMA, que visa informatizar, armazenar e

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atualizar informações sobre as áreas com potencial de

contaminação, suspeita de contaminação e contaminada.

Uma vez que cabe à SVMA manifestação sobre a aprovação de

projeto de parcelamento do solo, edificação, mudança de uso ou

instalação de equipamentos em terrenos públicos ou privados

considerados contaminados ou suspeitos de contaminação,

conforme o Artigo 201 da Lei Municipal nº 13.885/2004, que

disciplina e ordena o Uso e Ocupação do Solo no Município, todas as

áreas contaminadas que estiveram ou estejam sob análise no Grupo

Técnico Permanente de Áreas Contaminadas (GTAC), por solicitação

dos órgãos de aprovação da Prefeitura do Município de São Paulo

(PMSP) ou de órgão externos (CETESB, Ministério Público, Câmara

de Vereadores, COVISA etc.), foram incluídas no relatório em

epígrafe.

As definições das classificações das áreas estão descritas

abaixo e são baseadas na Lei Estadual nº 13.577, de 8 de julho de

2009, que dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção

da qualidade do solo, e na Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E,

de 22 de junho de 2007 da CETESB:

Área Contaminada: área, terreno, local, instalação,

edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou

concentrações de matéria em condições que causem ou possam

causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou a outro bem a

proteger;

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Área Contaminada sob Investigação: área contaminada na

qual estão sendo realizados procedimentos para determinar a

extensão da contaminação e os receptores afetados;

Área em processo de monitoramento para reabilitação:

área, terreno, local, instalação, edificação ou benfeitoria, na qual

foram implantadas medidas de intervenção e atingidas as metas de

remediação definidas para a área, ou na qual os resultados da

avaliação de risco indicaram que não existe a necessidade da

implantação de nenhum tipo de intervenção para que a área seja

considerada apta para o uso declarado, estando em curso o

monitoramento para encerramento.

Área reabilitada para o uso declarado: área, terreno, local,

instalação, edificação ou benfeitoria, que após a realização do

monitoramento para encerramento, for considerada apta para o uso

declarado.

Vocês podem acessar o relatório no link

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/meio_a

mbiente/19_GTAC_Jul_2015.pdf

1.6. Relatório da Qualidade do Meio Ambiente

O Relatório de Qualidade do Meio Ambiente – RQMA é uma

publicação anual da Secretaria Municipal do Verde e do Meio

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Ambiente (SVMA), em atendimento ao inciso XIII da Lei municipal

nº 14.887/09. É um documento que visa destacar as principais

ações empreendidas pelo Departamento de Controle da Qualidade

Ambiental (DECONT).

De acordo com o Relatório, Um dos resultados do Protocolo de

Kyoto foi a introdução do conceito MDL (Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo) que consiste em promover o investimento

em tecnologias e projetos que eliminem ou reduzam a emissão de

GEE (Gases de Efeito Estufa) em países em desenvolvimento. Após

a implantação, o projeto ou a tecnologia é submetida a um rigoroso

processo de validação, registro, monitoramento e verificação que

culmina com a emissão das RCE (Reduções Certificadas de Emissão

– os chamados “Créditos de Carbono”).

Estes papéis podem ser negociados livremente nos mercados

de ações, adquiridos por países listados no Anexo I do Protocolo

(países “desenvolvidos”) sendo contabilizados para o cálculo do

alcance das metas propostas de redução de GEE destes países.

Os Aterros Sanitários são grandes geradores de GEE, uma vez

que o gás emitido durante a decomposição dos resíduos sólidos,

chamado biogás, é composto basicamente por dióxido de carbono e

metano, dois dos principais gases causadores do efeito estufa.

A cidade de São Paulo possui dois grandes aterros

desativados: o Bandeirantes na região de Perus, desativado em

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2007, e o São João na região de São Mateus, desativado em 2009.

Em ambos foram implantados projetos para captura, queima e

aproveitamento para produção de energia elétrica a partir dos GEE.

Essa exploração se dá na forma de concessão, sendo as empresas

Biogás Energia Ambiental S/A e São João Energia Ambiental S/A as

concessionárias responsáveis. Todos os RCE gerados nesses

empreendimentos são divididos entre a concessionária e a Prefeitura

de São Paulo na proporção de 50% para cada.

A prefeitura de São Paulo leiloa na Bolsa de valores Mercadoria

e Futuros de São Paulo os créditos de Carbonos gerados nos aterros

Bandeirantes e São João. A receita obtida com a venda dos créditos

de carbono é revertida para o Fundo Especial de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável (FEMA) e é aplicada em projetos

ambientais nos distritos onde estão instalados os aterros.

É importante relembrar que a COP-3, realizada em 1997,

marcou a adoção do Protocolo de Kyoto, com metas de

redução de emissões e mecanismos de flexibilização dessas

metas. A entrada em vigor do acordo vinculou-se à ratificação de

no mínimo 55 países que somassem 55% das emissões globais de

gases do efeito estufa, que aconteceu apenas em 16 de fevereiro de

2005, depois de vencida a relutância da Rússia.

Os Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases

poluentes no mundo, abandonaram o Protocolo de Kyoto em 2001,

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com a justificativa de que cumprir as metas estabelecidas

comprometeria seu desenvolvimento econômico.

Inicialmente os Estados Unidos aderiram ao acordo,

comprometendo-se com a redução de 7% dos gases poluentes;

contudo, esse compromisso não foi levado adiante. Aliás, uma das

maiores críticas ao governo do presidente norte-americano Obama

está exatamente na falta de comprometimento com as questões

ambientais, entre as quais se incluem o Protocolo de Kyoto.

Em 2012, acabou o primeiro período de compromissos do

Protocolo de Kyoto, contudo esses foram renovados. Durante a

Conferência de Durban (COP-17), África do Sul, ficou decidido que o

Protocolo de Kyoto seria mantido, com o compromisso de se dar

início a um novo marco legal que incluísse todos os países no

combate aos efeitos da mudança climática. Este novo instrumento

legal, provavelmente outro protocolo, deverá vigorar, no máximo, a

partir de 2020 – o que foi duramente criticado pelos ambientalistas,

pois, segundo eles, isso demonstraria falta de preocupação com a

questão do desenvolvimento sustentável.

Assim, o Protocolo de Kyoto passa a ter um segundo

período de validade, que irá de 2012 a 2017, podendo,

inclusive, chegar a 2020, caso seja estendido. Em outras

palavras, o Protocolo de Kyoto terá validade até 2017. Então, até o

fim de sua vigência nesse ano, é possível que o prorroguem por

mais um período, que iria até 2020.

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A "Plataforma de Durban", como foi batizado o conjunto de

resultados obtidos na conferência das Nações Unidas, também

incluiu avanços, apesar de modestos, no debate de redução de

emissões por desmatamento (conhecidas pela sigla REDD), na

transferência de tecnologias verdes e no fundo de adaptação para

os países que já sofrem com enchentes e secas intensas.

A estratégia para se conseguir algum avanço na negociação

internacional em Durban partiu da União Europeia, que prometia

manter o Protocolo de Kyoto, desde que todos os outros países se

comprometessem em participar de um novo protocolo.

Nós sabemos, pessoal, que o planeta vive uma crise ambiental

sem precedentes. Essa crise decorre de um padrão de crescimento

econômico e de consumo associados ao desperdício e ao uso

inadequado de recursos naturais, comprometendo não somente as

possibilidades de desenvolvimento econômico sustentável, mas

também a própria existência humana.

Existe uma gama de sinais dessa crise que se materializa em

diversos problemas, tais como o desequilíbrio da produção de

alimentos, a desertificação de grandes áreas, alterações nos

regimes pluviais, extinção de espécies da fauna, desestabilização de

biomas, proliferação de organismos transmissores de doenças e

epidemias e contaminação do solo e da águas por agentes químicos.

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Assim, acredita-se que o mundo precisará fazer uma transição

rápida de uma economia baseada no carbono, que ameaça a vida e

o clima no planeta, para uma economia baseada em formas

alternativas e limpas de energia. Infelizmente as economias

dependem do consumo crescente e insustentável de combustíveis

fósseis. Petróleo e gás respondem por aproximadamente 80% da

matriz energética do mundo. O carvão, outro poluidor, também

possui parcela significativa.

Na União Europeia e em outros países ricos, nos quais ocorrem

problemas na distribuição e oferta de energia, há grandes

investimentos para o desenvolvimento de tecnologias

ambientalmente sustentáveis. Todavia, na maior parte dos países

em desenvolvimento não há condições financeiras nem tecnológicas

para investir nessa transição. Não parece justo comprometer o

desenvolvimento dos países emergentes, que visam à superação

dos graves problemas estruturais e a busca pela melhoria na

qualidade de vida. O problema é que, por vivermos em uma mesma

atmosfera, tornamo-nos todos responsáveis pela superação destes

problemas.

1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata

Atlântica (PMMA)

O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata

Atlântica (PMMA), instituído no artigo 38 da Lei da Mata Atlântica nº

11.428, de dezembro de 2006, é um instrumento legal que

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direciona e possibilita que os municípios atuem proativamente na

conservação e recuperação da vegetação nativa da Mata Atlântica.

Integrado ao novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade,

sancionado em 2014, o PMMA está sendo desenvolvido pela

Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal do Verde e do Meio

Ambiente (SVMA). Sua elaboração também conta com o apoio das

Secretarias Municipais de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e de

Coordenação das Subprefeituras (SMSP), da Fundação SOS Mata

Atlântica, do Sesc e da Universidade Nove de Julho.

O objetivo do Plano é o de apontar ações prioritárias e áreas

para a conservação, manejo, fiscalização e recuperação da

vegetação nativa e da biodiversidade da Mata Atlântica, baseando-

se no mapeamento de remanescentes existentes na cidade de São

Paulo. O PMMA incentiva, também, experimentos tecnológicos

sustentáveis, gestão de ações que conciliem a conservação do

bioma com o desenvolvimento econômico e cultural do município,

fortalecendo a organização social e a participação do cidadão na

gestão das políticas públicas.

Outras ações que derivam diretamente do Plano são o uso

sustentável dos recursos naturais, o fomento à educação ambiental,

a gestão integrada dos resíduos sólidos, o ecoturismo, a

conservação da biodiversidade e a pesquisa científica. Também será

capaz de fornecer subsídios ambientais para a manutenção da

Reserva da Biosfera e para outros planos e programas de ação da

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capital, como, por exemplo, as políticas públicas derivadas do Plano

Municipal de Saneamento Básico, do Plano de Bacia Hidrográfica, do

Plano Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário e

do próprio PDE.

A Mata Atlântica ocupa grande parte da costa leste do Brasil,

estendendo-se do Rio Grande do Norte a Santa Catarina. O bioma é

composto por formações de florestas diversas, sendo elas a Floresta

Ombrófila Densa, a Ombrófila Mista (Mata de Araucárias), a

Estacional Decidual e a Ombrófila Aberta, além de ecossistemas

associados, como as restingas, manguezais, campos de altitude,

brejos interioranos e encraves florestais no nordeste.

Apesar de serem chamadas de forma diferente, as florestas

citadas possuem condições geoclimáticas similares, com um alto

volume e uniformidade de chuvas, por isso, mesmo com algumas

diferenças, elas formam um todo comum.

Originalmente a Mata Atlântica possuiu cerca de 1.110.182

Km² de extensão, mas, atualmente, conta com aproximadamente

22% da sua cobertura original, sendo apenas 7% em fragmentos

bem conservados. Entre os fatores causadores da degradação e

desmatamento, destaca-se o fato dos principais ciclos econômicos

do Brasil ocorrerem, historicamente, em áreas de cobertura vegetal

da Mata Atlântica.

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A preservação e a recuperação do bioma são de grande

importância para a cidade, pois contribuem diretamente para a

melhora na qualidade de vida da população. Alguns exemplos

destes benefícios são a manutenção do ciclo hidrológico, a

fertilidade do solo, a proteção das áreas de risco, a produção e a

limpeza da água, a manutenção da qualidade do ar, o sequestro de

carbono, o equilíbrio climático e a proteção da diversidade biológica

da fauna e da flora.

2 – Questões comentadas

1) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para os cargos de 1 a 5 e 7 a 9) O

aquecimento global é considerado atualmente um problema

de dimensão preocupante por envolver mudanças climáticas

que afetam a vida no planeta.

Aquecimento global é “o aumento da temperatura terrestre

(não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem

preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que

seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em

nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases

propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o

Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs”. Dessa forma, percebemos

que o aquecimento global não se relaciona a uma zona específica,

sendo GLOBAL, ou seja, mundial. Questão certa.

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2) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) Além de contar com o

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a

Organização das Nações Unidas tem-se notabilizado por

organizar grandes conferências mundiais voltadas para as

questões ambientais e para a promoção do desenvolvimento

sustentável.

Como parte considerável da aula foi exatamente sobre essas

grandes conferências, acredito que ninguém erraria essa questão.

As principais conferências sobre o meio ambiente organizadas pela

ONU foram: Estocolmo, ECO-92, Kyoto, Johanesburgo e Rio+20.

Questão certa.

3) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) O êxito da campanha

mundial em favor do desenvolvimento sustentável pode ser

mensurado por algumas vitórias significativas, como, por

exemplo, a redução da produção e do consumo de plástico

em escala universal.

Não podemos dizer que o êxito dessa campanha pode ser

mensurado pela redução da produção e do consumo de plástico, em

escala mundial, simplesmente porque ainda não houve essa redução

mundial. Algumas medidas estão sendo adotadas em diversos

pontos do planeta, entretanto essas medidas são muito específicas e

regionais. Questão errada.

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4) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) Em decorrência da

poluição atmosférica, que atingiu níveis bastante elevados,

as posições e os interesses de especialistas, organizações

sociais e políticos em geral convergiram nos últimos anos.

Na verdade, essas posições continuam divergentes. Inclusive,

como conversamos, todas essas grandes conferências foram

marcadas por divergências entre ambientalistas e

desenvolvimentistas e entre países subdesenvolvidos e países

desenvolvidos. Questão errada.

5) (CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Conhecimentos Básicos - adaptada) O termo

sustentabilidade — cunhado em 1987 pela Organização das

Nações Unidas (ONU), no documento Nosso Futuro Comum —

foi incorporado definitivamente ao vocabulário mundial

contemporâneo. O conceito de uso sustentável da natureza,

por exemplo, já compõe a base de diversos programas,

projetos e ações voltados para a preservação ambiental.

Considerando essas informações, assinale a opção que

apresenta a síntese da definição de sustentabilidade.

a) Os recursos naturais devem ser explorados, visto que a

vida humana no planeta depende dessa exploração, estando

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irremediavelmente inviabilizada ou condenada à estagnação

caso a natureza mantenha-se intocada.

a) Os recursos naturais exigem proteção absoluta, razão

pela qual a ONU assumiu a responsabilidade de

monitorar as atividades produtivas e comerciais em

escala global.

b) Os recursos naturais devem ser usados de modo que a

natureza os possa repor, assegurando-se, dessa forma,

o atendimento das necessidades das gerações atuais e

futuras.

c) Os recursos naturais devem ser preservados pelos

países classificados como emergentes, já que não é

possível aos mais ricos retrocederem no tempo e

modificarem seu modelo econômico.

d) Os recursos naturais devem ser preservados em

qualquer situação, o que pressupõe o abandono de

atividades econômicas comprometidas

primordialmente com a obtenção de lucro material e

secundariamente com a preservação ambiental.

Sustentabilidade não significa dizer que os recursos naturais não

devem ser utilizados. Na realidade, sustentabilidade significa que os

recursos devem ser utilizados de maneira a não comprometer as

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gerações futuras – para isso a natureza deve conseguir repô-los.

Letra “c”.

6) (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico -

Conhecimentos Básicos para os Cargos de 1 a 15) Um dos

aspectos que atraíram a atenção global para a Rio+20 foi o

fato de ela ter sido a primeira conferência de âmbito

internacional promovida pela ONU para tratar do meio

ambiente desde 1992.

É uma questão de conhecimentos gerais, mas que vale pela

revisão. Houve outras conferências nesse tempo, como, por

exemplo, a Rio + 10. Questão errada.

7) (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) A

Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de

realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco-

92.

Perfeito. Questão correta.

8) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos

Básicos) A emissão demasiada de gases poluentes originou

um fenômeno inédito na natureza, o efeito estufa.

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Eu acho essa questão muito legal, pois se trata de uma

pegadinha clássica. O efeito estufa é inédito na natureza? Não, na

verdade ele é um fenômeno natural. Acontece que a emissão de

gases poluentes agrava a situação do aquecimento global, alterando

as condições climáticas do planeta – o que implica o efeito estufa.

Questão errada.

9) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos

Básicos) Os efeitos do desequilíbrio ambiental e do consumo

desenfreado atingirão homogeneamente o planeta, igualando

países desenvolvidos e não desenvolvidos como alvos de um

mesmo problema.

O desequilíbrio ambiental e o consumo desenfreado afetam

mais os países pobres que os ricos, portanto não se pode dizer que

os países serão atingidos homogeneamente. Questão errada.

10) (CESPE - 2013 - Ibama - Analista Ambiental) A

conferência Rio + 20 foi marcada pela assinatura da Agenda

21, em que vinte e sete princípios relativos ao

desenvolvimento sustentável foram assumidos por todos os

Estados-membro presentes.

Pessoal, a Agenda 21 foi aprovada na ECO – 92. Na Rio +20, o

texto aprovado foi chamado de Futuro que Queremos. Aliás, os

ambientalistas, jocosamente, chamam o texto de Futuro que não

queremos. Questão errada.

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11) (CESPE - 2013 - Ibama - Analista Ambiental) O direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado um

direito fundamental de terceira geração, em razão de ser

baseado no interesse comum que liga e une as pessoas e ter

caráter universal.

Os direitos fundamentais de 3ª geração são os direitos

coletivos e difusos, entre os quais se incluem o direito à paz e a um

meio ambiente equilibrado. Questão correta.

12) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo – 2014) A

poluição atmosférica é um dos mais graves problemas do

mundo contemporâneo e, caso nada seja feito para reduzi-la

ou impedir sua expansão, colocará em risco a própria

sobrevivência no planeta.

De fato, a maior parte dos cientistas, países e organizações

apontam a poluição como um perigo para a sobrevivência humana.

Questão correta.

Letra d.

13) (UNEAL) O conceito de Desenvolvimento Sustentável

parte do princípio de que

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a) para sustentar o consumo da população mundial, a

destruição do meio ambiente deveria ser contida nos países

pobres.

b) o atendimento às necessidades básicas das populações,

no presente, não deve comprometer os padrões de vida das

gerações futuras.

c) o padrão básico de vida populacional tem esgotado os

recursos naturais e a alternativa seria rever o modo de viver

nas grandes cidades.

d) o desenvolvimento industrial deve diminuir, adaptando

um novo modo de vida às gerações atuais e otimizando o uso

de produtos artesanais.

e) a diminuição da retirada de recursos naturais renováveis e

não renováveis buscam estabelecer novas formas de convívio

com o meio agropecuário.

Questão tranquila, não é verdade? Conforme vimos, o

desenvolvimento sustentável é diferente do desenvolvimento zero.

O desenvolvimento sustentável propõe um crescimento econômico

que não comprometa as gerações futuras. Portanto, letra “b”.

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14) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo - 2014) A

emissão de gases poluentes a atmosfera, como os

resultantes da queima de combustíveis fósseis, contribui

decisivamente para as alterações climáticas com as quais o

mundo contemporâneo vem convivendo há algum tempo.

Embora comece a aparecer teses em contrário, o pensamento

atual em relação ao tema vai ao encontro ao que diz a questão.

Organismos internacionais, ONGs, países, cientistas e

ambientalistas se baseiam nessa ideia. Questão correta.

15) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) O

objetivo central da Agenda 21 é:

a) Cada nação é responsável por seu desenvolvimento e pela

solução dos problemas ambientais por ela causados.

b) Os problemas ambientais globais serão melhor

equacionados se as diferentes nações pensarem em conjunto

e não individualmente.

c) Os problemas ambientais globais devem ser resolvidos

pelas nações mais ricas, já que elas são, em grande parte, as

responsáveis por eles.

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d) Os problemas ambientais globais serão melhor

equacionados se cada país solucionar seus próprios

problemas ambientais.

e) Não é responsabilidade das nações pobres resolver

questões ambientais globais, pois elas não dispõem de

recursos financeiros para essa tarefa.

A Agenda 21 está coadunada com a ideia de cooperação

internacional, para a qual os problemas globais devem ser

enfrentados conjuntamente e não individualmente. Letra “b”.

16) (FADESP - 2010 - Prefeitura de Juruti - PA – Enfermeiro)

Em relação à Agenda 21, é correto afirmar que

a) é um plano de ação estratégico, que constitui a mais

ousada e abrangente tentativa já feita de promover, em

escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento.

b) trata-se de decisão consensual extraída de documento de

quarenta capítulos, para o qual contribuíram governos e

instituições da sociedade civil de 170 países.

c) é um ato internacional, com caráter mandatório e ampla

adesão aos seus princípios, que tem favorecido a inserção de

novas posturas frente aos usos dos recursos naturais.

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d) é um compromisso firmado entre os países durante a

realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento em 2002, no Rio de Janeiro.

A Agenda 21 possui a meta de promover globalmente um novo

padrão de desenvolvimento, pautando-se pela ideia de

sustentabilidade. Letra “a”.

17) (CRSP - PMMG - 2013 - PM-MG) A ideia de

desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais

discutida junto às questões que se referem ao crescimento

econômico.” De acordo com esse conceito, marque a

alternativa CORRETA que caracteriza a ideia de

desenvolvimento sustentável.

a) São as riquezas acumuladas nos países ricos em prejuízo

das antigas colônias, durante a expansão colonial, que

devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.

b) O meio ambiente é fundamental para a vida humana e,

portanto, deve ser intocável.

c) Os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam

esta ideia, pois, por sua baixa industrialização, preservam

melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.

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d) Se deve buscar uma forma de progresso socioeconômico

que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso,

deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.

O desenvolvimento sustentável baseia-se na ideia de que

podemos sim utilizar os recursos disponíveis no meio ambiente,

desde que de maneira racional, sem comprometer as gerações

futuras. Letra “d”.

18) (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata)

Embora a implantação de sistemas agropastoris e o

reflorestamento contribuam para o alcance das metas do

Protocolo de Quioto, considera-se mais importante para o

alcance dessas metas o desenvolvimento de políticas

públicas de incentivo à utilização de combustíveis

provenientes de fontes renováveis, objeto da criação de um

mecanismo de desenvolvimento limpo.

Essa é uma questão difícil. O erro dela está em afirmar que

considera-se maios importante para o alcance das metas o

desenvolvimento de políticas públicas de incentivo à utilização de

combustíveis provenientes de fontes renováveis, uma vez que a

implantação de sistemas agropastoris e o reflorestamento são

igualmente importantes. Questão errada.

19) (CESPE - 2010 - MPU – Analista - Geografia) As

atividades de extensão ambiental têm por objetivo

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disseminar, para diversos setores da sociedade, os

conhecimentos e as experiências produzidos pelas

instituições de pesquisa, de controle e de promoção

ambiental.

O enunciado não fez nada mais do que definir o que é

extensão ambiental. Essa ideia de extensão ambiental está ligada à

ideia de desenvolvimento de uma cultura que se paute no

desenvolvimento sustentável. Questão correta.

20) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) A

conscientização da sociedade acerca da importância da

natureza como parte do sistema ambiental deve ser o único

foco das ações de educação ambiental.

Essa sem dúvida é uma preocupação fundamental, mas não a

única, já que se deve buscar, por exemplo, desenvolver métodos e

tecnologia que permitam um melhor uso dos recursos pelo homem.

Questão errada.

21) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) Os

problemas ambientais são controlados porque os seus custos

são internalizados pelo mercado.

Na realidade, esses custos não são internalizados pelo

mercado. Os problemas ambientais não estão resolvidos em parte

pelo modo com o qual o mercado lida com eles. Questão errada.

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22) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) De acordo

com os fundamentos da economia ambiental, os recursos

naturais não são finitos, portanto, a impossibilidade de se

manter, no futuro, o ritmo das atividades produtivas não

causa preocupação.

Não causa preocupação? Como assim? Óbvio que causa.

Pessoal, parte dos recursos é finita sim! São os chamados recursos

não renováveis. Questão errada.

23) (CESPE - 2009 - Instituto Rio Branco – Diplomata) O

conceito de reserva tem sido internacionalmente adotado,

como forma de se destacar a necessidade de conservação,

recuperação, desenvolvimento sustentável e,

consequentemente, melhoria da qualidade de vida.

O conceito de reserva se desenvolve à medida que a

preocupação com o meio ambiente ganha relevo. Mediante esse

conceito determinadas áreas são protegidas, a fim de fomentar a

recuperação e o desenvolvimento sustentável. Questão certa.

24) (CESPE - 2005 - Instituto Rio Branco – Diplomata) No

Brasil, os problemas ambientais decorrentes da degradação

urbana acarretam custos sociais que atingem mais

acentuadamente a população pobre.

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Muitos alunos erram essa questão e depois me questionam por

que os pobres são mais atingidos pela degradação ambiental. Eu

gosto de responder com a seguinte situação: imaginem uma chuva

torrencial em São Paulo. Casas desabam, ruas inundam, famílias

perdem seus bens. Vocês imaginaram alguém rico ou alguém

pobre? Com toda certeza alguém pobre. Isso porque nas áreas mais

pobres há menor infraestrutura, de maneira que a degradação

ambiental impacta com mais força essa população. Questão correta.

25) (CESPE – 2005 – Instituto Rio Branco – Diplomata) A

reflexão sobre o meio ambiente, com o objetivo de se

alcançar o desenvolvimento sustentável, exige o

estabelecimento de paradigmas que alterem a relação

homem/natureza verificada desde o período colonial.

A questão está correta, pois de fato há a necessidade de

adoção de um paradigma que tenha a ideia de desenvolvimento

sustentável como cerne e não o desenvolvimento predatório

verificado desde o período colonial. Questão correta.

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3. Lista de questões

1) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para os cargos de 1 a 5 e 7 a 9) O

aquecimento global é considerado atualmente um problema

de dimensão preocupante por envolver mudanças climáticas

que afetam a vida no planeta.

2) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) Além de contar com o

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a

Organização das Nações Unidas tem-se notabilizado por

organizar grandes conferências mundiais voltadas para as

questões ambientais e para a promoção do desenvolvimento

sustentável.

3) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) O êxito da campanha

mundial em favor do desenvolvimento sustentável pode ser

mensurado por algumas vitórias significativas, como, por

exemplo, a redução da produção e do consumo de plástico

em escala universal.

4) (CESPE - 2012 - MPE-PI - Cargos de Nível Superior -

Conhecimentos básicos para o cargo 6) Em decorrência da

poluição atmosférica, que atingiu níveis bastante elevados,

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as posições e os interesses de especialistas, organizações

sociais e políticos em geral convergiram nos últimos anos.

5) (CESPE - 2012 - TJ-AL - Analista Judiciário - Área

Judiciária - Conhecimentos Básicos - adaptada) O termo

sustentabilidade — cunhado em 1987 pela Organização das

Nações Unidas (ONU), no documento Nosso Futuro Comum —

foi incorporado definitivamente ao vocabulário mundial

contemporâneo. O conceito de uso sustentável da natureza,

por exemplo, já compõe a base de diversos programas,

projetos e ações voltados para a preservação ambiental.

Considerando essas informações, assinale a opção que

apresenta a síntese da definição de sustentabilidade.

a) Os recursos naturais devem ser explorados, visto que a

vida humana no planeta depende dessa exploração, estando

irremediavelmente inviabilizada ou condenada à estagnação

caso a natureza mantenha-se intocada.

a) Os recursos naturais exigem proteção absoluta, razão

pela qual a ONU assumiu a responsabilidade de

monitorar as atividades produtivas e comerciais em

escala global.

b) Os recursos naturais devem ser usados de modo que a

natureza os possa repor, assegurando-se, dessa forma,

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o atendimento das necessidades das gerações atuais e

futuras.

c) Os recursos naturais devem ser preservados pelos

países classificados como emergentes, já que não é

possível aos mais ricos retrocederem no tempo e

modificarem seu modelo econômico.

d) Os recursos naturais devem ser preservados em

qualquer situação, o que pressupõe o abandono de

atividades econômicas comprometidas

primordialmente com a obtenção de lucro material e

secundariamente com a preservação ambiental.

6) (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico -

Conhecimentos Básicos para os Cargos de 1 a 15) Um dos

aspectos que atraíram a atenção global para a Rio+20 foi o

fato de ela ter sido a primeira conferência de âmbito

internacional promovida pela ONU para tratar do meio

ambiente desde 1992.

7) (CESPE - 2012 - Banco da Amazônia - Técnico Científico) A

Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de

realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco-

92.

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8) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos

Básicos) A emissão demasiada de gases poluentes originou

um fenômeno inédito na natureza, o efeito estufa.

9) (CESPE - 2012 - TJ-RR - Nível Médio - Conhecimentos

Básicos) Os efeitos do desequilíbrio ambiental e do consumo

desenfreado atingirão homogeneamente o planeta, igualando

países desenvolvidos e não desenvolvidos como alvos de um

mesmo problema.

10) (CESPE - 2013 - Ibama - Analista Ambiental) A

conferência Rio + 20 foi marcada pela assinatura da Agenda

21, em que vinte e sete princípios relativos ao

desenvolvimento sustentável foram assumidos por todos os

Estados-membro presentes.

11) (CESPE - 2013 - Ibama - Analista Ambiental) O direito ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado é considerado um

direito fundamental de terceira geração, em razão de ser

baseado no interesse comum que liga e une as pessoas e ter

caráter universal.

12) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo – 2014) A

poluição atmosférica é um dos mais graves problemas do

mundo contemporâneo e, caso nada seja feito para reduzi-la

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ou impedir sua expansão, colocará em risco a própria

sobrevivência no planeta.

12) (UNEAL) O conceito de Desenvolvimento Sustentável

parte do princípio de que

a) para sustentar o consumo da população mundial, a

destruição do meio ambiente deveria ser contida nos países

pobres.

b) o atendimento às necessidades básicas das populações,

no presente, não deve comprometer os padrões de vida das

gerações futuras.

c) o padrão básico de vida populacional tem esgotado os

recursos naturais e a alternativa seria rever o modo de viver

nas grandes cidades.

d) o desenvolvimento industrial deve diminuir, adaptando

um novo modo de vida às gerações atuais e otimizando o uso

de produtos artesanais.

e) a diminuição da retirada de recursos naturais renováveis e

não renováveis buscam estabelecer novas formas de convívio

com o meio agropecuário.

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14) (Cespe – MDIC – Agente Administrativo - 2014) A

emissão de gases poluentes a atmosfera, como os

resultantes da queima de combustíveis fósseis, contribui

decisivamente para as alterações climáticas com as quais o

mundo contemporâneo vem convivendo há algum tempo.

15) (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) O

objetivo central da Agenda 21 é:

a) Cada nação é responsável por seu desenvolvimento e pela

solução dos problemas ambientais por ela causados.

b) Os problemas ambientais globais serão melhor

equacionados se as diferentes nações pensarem em conjunto

e não individualmente.

c) Os problemas ambientais globais devem ser resolvidos

pelas nações mais ricas, já que elas são, em grande parte, as

responsáveis por eles.

d) Os problemas ambientais globais serão melhor

equacionados se cada país solucionar seus próprios

problemas ambientais.

e) Não é responsabilidade das nações pobres resolver

questões ambientais globais, pois elas não dispõem de

recursos financeiros para essa tarefa.

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16) (FADESP - 2010 - Prefeitura de Juruti - PA – Enfermeiro)

Em relação à Agenda 21, é correto afirmar que

a) é um plano de ação estratégico, que constitui a mais

ousada e abrangente tentativa já feita de promover, em

escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento.

b) trata-se de decisão consensual extraída de documento de

quarenta capítulos, para o qual contribuíram governos e

instituições da sociedade civil de 170 países.

c) é um ato internacional, com caráter mandatório e ampla

adesão aos seus princípios, que tem favorecido a inserção de

novas posturas frente aos usos dos recursos naturais.

d) é um compromisso firmado entre os países durante a

realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento em 2002, no Rio de Janeiro.

17) (CRSP - PMMG - 2013 - PM-MG) A ideia de

desenvolvimento sustentável tem sido cada vez mais

discutida junto às questões que se referem ao crescimento

econômico.” De acordo com esse conceito, marque a

alternativa CORRETA que caracteriza a ideia de

desenvolvimento sustentável.

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a) São as riquezas acumuladas nos países ricos em prejuízo

das antigas colônias, durante a expansão colonial, que

devem, hoje, sustentar o crescimento econômico dos povos.

b) O meio ambiente é fundamental para a vida humana e,

portanto, deve ser intocável.

c) Os países subdesenvolvidos são os únicos que praticam

esta ideia, pois, por sua baixa industrialização, preservam

melhor o seu meio ambiente do que os países ricos.

d) Se deve buscar uma forma de progresso socioeconômico

que não comprometa o meio ambiente sem que, com isso,

deixemos de utilizar os recursos nele disponíveis.

18) (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata)

Embora a implantação de sistemas agropastoris e o

reflorestamento contribuam para o alcance das metas do

Protocolo de Quioto, considera-se mais importante para o

alcance dessas metas o desenvolvimento de políticas

públicas de incentivo à utilização de combustíveis

provenientes de fontes renováveis, objeto da criação de um

mecanismo de desenvolvimento limpo.

19) (CESPE - 2010 - MPU – Analista - Geografia) As

atividades de extensão ambiental têm por objetivo

disseminar, para diversos setores da sociedade, os

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conhecimentos e as experiências produzidos pelas

instituições de pesquisa, de controle e de promoção

ambiental.

20) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) A

conscientização da sociedade acerca da importância da

natureza como parte do sistema ambiental deve ser o único

foco das ações de educação ambiental.

21) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) Os

problemas ambientais são controlados porque os seus custos

são internalizados pelo mercado.

22) (CESPE - 2010 - MPU - Analista – Geografia) De acordo

com os fundamentos da economia ambiental, os recursos

naturais não são finitos, portanto, a impossibilidade de se

manter, no futuro, o ritmo das atividades produtivas não

causa preocupação.

23) (CESPE - 2009 - Instituto Rio Branco – Diplomata) O

conceito de reserva tem sido internacionalmente adotado,

como forma de se destacar a necessidade de conservação,

recuperação, desenvolvimento sustentável e,

consequentemente, melhoria da qualidade de vida.

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24) (CESPE - 2005 - Instituto Rio Branco – Diplomata) No

Brasil, os problemas ambientais decorrentes da degradação

urbana acarretam custos sociais que atingem mais

acentuadamente a população pobre.

25) (CESPE – 2005 – Instituto Rio Branco – Diplomata) A

reflexão sobre o meio ambiente, com o objetivo de se

alcançar o desenvolvimento sustentável, exige o

estabelecimento de paradigmas que alterem a relação

homem/natureza verificada desde o período colonial.

4. Gabarito

1 – c 2 – c 3 – e 4 – e 5 – c

6 – e 7 – c 8 – e 9 – e 10 – e

11 – c 12 – d 13 – b 14 – c 15 – b

16 – a 17 – d 18 – e 19 – c 20 – e

21 – e 22 – e 23 – c 24 – c 25 – c

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