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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL www.pontodosconcursos.com.br 1 1. Apresentação Pessoal .......................................................................... 2 2. Raciocínio Lógico para Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil: Objetivo do Curso e Público-Alvo .............................................................. 2 3. Programação do Curso......................................................................... 3 4. Mensagem Final ..................................................................................4 5. Aula Demonstrativa – Números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem; ........................................................................................6 5.1 Proporcionalidade direta e inversa .................................................... 6 5.1.1 Regra de Três para Grandezas Diretamente Proporcionais ............ 7 5.1.2 Regra de Três para Grandezas Inversamente Proporcionais .......... 9 5.1.3 Regra de Três Composta ....................................................... 11 5.2 Divisão em partes proporcionais ..................................................... 13 5.2.1 Divisão em partes diretamente proporcionais .............................. 13 5.2.2 Divisão em partes inversamente proporcionais ............................ 14 5.3 Porcentagem ............................................................................... 16 6. Exercícios comentados ....................................................................... 18 7. Memorex ......................................................................................... 29 8. Lista das questões abordadas em aula ................................................. 32 9. Gabarito .......................................................................................... 35 Aula Demonstrativa

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

www.pontodosconcursos.com.br 1

1. Apresentação Pessoal .......................................................................... 2

2. Raciocínio Lógico para Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil: Objetivo do Curso e Público-Alvo .............................................................. 2

3. Programação do Curso ......................................................................... 3

4. Mensagem Final .................................................................................. 4

5. Aula Demonstrativa – Números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem; ........................................................................................ 6

5.1 Proporcionalidade direta e inversa .................................................... 6 5.1.1 Regra de Três para Grandezas Diretamente Proporcionais ............ 7 5.1.2 Regra de Três para Grandezas Inversamente Proporcionais .......... 9 5.1.3 Regra de Três Composta ....................................................... 11

5.2 Divisão em partes proporcionais ..................................................... 13 5.2.1 Divisão em partes diretamente proporcionais .............................. 13 5.2.2 Divisão em partes inversamente proporcionais ............................ 14

5.3 Porcentagem ............................................................................... 16

6. Exercícios comentados ....................................................................... 18

7. Memorex ......................................................................................... 29

8. Lista das questões abordadas em aula ................................................. 32

9. Gabarito .......................................................................................... 35

Aula Demonstrativa

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1. Apresentação Pessoal

Oi, tudo bem?

Meu nome é Karine Waldrich. Nasci Blumenau, Santa Catarina. Sou Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovada em 39o lugar, no concurso de 2009.

Depois comentarei um pouco mais sobre isso, mas, por hora, vamos aos detalhes do curso.

2. Raciocínio Lógico para Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil: Objetivo do Curso e Público-Alvo

O objetivo deste curso é ensinar Raciocínio Lógico-Quantitativo para os aspirantes ao cargo de ATRFB.

Meus cursos aqui no Ponto seguem duas premissas principais:

1) Eu não sou teórica da matéria. Sou uma aprovada em concurso que estudou muito para passar e tem uma boa ideia do que as bancas cobram e como cobram. Por isso, não me aprofundo em teorias desnecessárias ao entendimento e que não caem em concursos.

2) Acho que mais explicação é melhor do que menos, portanto procuro esmiuçar o conteúdo, pois na época em que eu estudava preferia professores que fizessem isso. Nada ficará subentendido.

O curso se propõe a ser desenvolvido com base em teoria e questões comentadas. O objetivo é ver tudo desde o começo. Mesmo que não possui conhecimento algum na matéria possui condição de acompanhar as aulas.

A banca deste concurso é a ESAF. Vamos resolver todas as questões da ESAF dos anos de 2011, 2010 e 2009 (referentes ao assunto do edital de AFRFB, é claro). Quando as questões destes 3 últimos anos não forem suficientes, utilizarei também questões mais antigas. Mas, prioritariamente, utilizaremos apenas questões recentes.

Assim, mais do que aprenderem a matéria, vocês aprenderão o jeito que a ESAF cobra a matéria. Faremos uma análise precisa de como está sendo cobrado o Raciocínio Lógico-Quantitativo pela ESAF.

Ao final de cada aula, será apresentado um esquema dos pontos mais importantes – uma espécie de Memorex – para que vocês revisem o assunto de forma rápida.

Para este curso, vamos seguir o edital do concurso de ATRFB 2009.

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No edital deste concurso, Raciocínio Lógico-Quantitativo contava com 10 questões. O edital do concurso dizia:

RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO: 1. Estruturas Lógicas. 2. Lógica de Argumentação. 3. Diagramas Lógicos. 4. Trigonometria. 5.Matrizes e Determinantes 6. Álgebra elementar. 7. Probabilidade e Estatística Descritiva. 8. Geometria Básica. 9. Juros Simples e Compostos, Taxas de Juros e Desconto. 10. Compreensão e elaboração da lógica das situações por meio de: raciocínio matemático (que envolvam, entre outros, conjuntos numéricos racionais e reais - operações, propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; conjuntos numéricos complexos; números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem); raciocínio sequencial; orientação espacial e temporal; formação de conceitos; discriminação de elementos.

Todos esses tópicos serão vistos no nosso curso, claro.

3. Programação do Curso

Estruturei o nosso curso para possuir 7 aulas, mais a aula demonstrativa (esta). Agrupei os conteúdos nas aulas de acordo com sua semelhança, para que seja mais fácil de eu explicar e vocês o assimilarem. O cronograma encontra-se na tabela abaixo:

AULA DATA ASSUNTO AULA 0 Números e grandezas proporcionais; razão e

proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem;

AULA 1 30/05/2012 Matrizes, Determinantes. AULA 2 06/06/2012 Conjuntos numéricos racionais e reais - operações,

propriedades, problemas envolvendo as quatro operações nas formas fracionária e decimal; conjuntos numéricos complexos; 6. Álgebra elementar.

AULA 3 16/06/2012 4. Trigonometria. 9. Geometria Básica. AULA 4 20/06/2012 10. Juros Simples e Compostos, Taxas de Juros,

Desconto. Probabilidade. AULA 5 27/06/2012 Estatística Descritiva AULA 6 04/07/2012 1. Estruturas Lógicas. 2. Lógica de Argumentação.

3. Diagramas Lógicos. AULA 7 11/07/2012 11. Compreensão e elaboração da lógica das

situações por meio de: raciocínio matemático (que envolvam, entre outros, raciocínio sequencial; orientação espacial e temporal; formação de conceitos; discriminação de elementos.

Além disso, teremos o Fórum de dúvidas, tradicional nos cursos do Ponto.

Estou sempre disponível no [email protected]. Antes do curso (mesmo que você não se inscreva), durante o curso (para algum

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assunto que queira tratar de forma pessoal comigo, sem utilizar o fórum) e depois do curso (para alguma dúvida posterior).

4. Mensagem Final

Pessoal, como falei no começo desta apresentação, sou de Blumenau.

Me formei em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008) e em Administração de Empresas pela Escola Superior de Administração e Gerência da Universidade do Estado de Santa Catarina (2007).

Quando me formei em Administração, fui fazer o estágio final de Engenharia Química em uma multinacional.

Trabalhei muito, o que nunca me incomodou. Sou o tipo de pessoa “formiga”, que acha que nada cai do céu.

Mas o clima de instabilidade me incomodava demais. Depois de muito refletir, vi que, acima de qualquer aspiração profissional, minha maior vontade era simplesmente ser feliz, com qualidade de vida.

Em 2009, quando saiu a autorização para o concurso da Receita Federal (mais precisamente, no dia 24 de abril de 2009), comecei a estudar para este concurso, para o cargo de Auditor-Fiscal.

Claro que eu tinha um pouco de base das faculdades, mas não sabia nada dos Direitos e comecei do zero. Estudei muito. Em setembro saiu o edital e em dezembro foram as provas.

Fui aprovada em 39o lugar, dentre os 70.000 candidatos. Atualmente, exerço este cargo na Inspetoria da Receita Federal de São Paulo.

Quase gabaritei a prova de Raciocínio Lógico deste concurso, acertando 19 das 20 questões. A única questão que errei defendo que deveria ter sido anulada (inclusive já debati esse assunto em uma coluna no site do Ponto). Gosto muito da matéria e, por isso, hoje em dia dou aula dela no Ponto.

Falando sobre meu estudo, Blumenau é uma cidade de 300.000 habitantes, sem muita opção de estudo para concursos. Estudei basicamente em casa, numa escrivaninha velha do lado da minha cama. Utilizei alguns cursos do Ponto, especialmente depois do edital, e foi o que salvou, por serem específicos para o concurso que eu estava pretendendo (naquele caso, o da Receita).

Independente disso, o que foi determinante para a minha aprovação, sem dúvidas, foi a força de vontade. Foi estudar muito. Eu queria muito passar, queria muito sair daquela escrivaninha.

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Concurso público não pede foto para inscrição. Não importa se você é bonito ou feio, preto ou branco, rico ou pobre, gordo ou magro. O que importa é se você:

1) Quer passar; 2) Estudar muito para passar.

Se você quer passar, e estudar muito para passar, já tem 90% das chances de ser aprovado.

Espero que possamos ter um excelente curso, e conto com vocês para isso.

Agora vamos ao conteúdo desta aula demonstrativa, propriamente dito.

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5. Aula Demonstrativa – Números e grandezas proporcionais; razão e proporção; divisão proporcional; regra de três simples e composta; porcentagem;

5.1 Proporcionalidade direta e inversa

De início, um esclarecimento: o que é Grandeza?

Grandeza é todo valor que, ao ser relacionado a outro, varia quando este outro também sofre variação.

Por exemplo, depois do concurso vocês irão passear bastante, e espero que viajem para Santa Catarina (minha terra).

O trajeto entre Blumenau e Florianópolis leva, em média, 2 horas para ser realizado de carro, a uma velocidade de 90km/h. Mas, se a velocidade do veículo for aumentada, o tempo de viagem diminui.

Perceberam a relação entre velocidade e tempo? Neste caso, temos duas grandezas relacionadas.

As grandezas podem ser diretamente proporcionais e inversamente proporcionais.

Grandezas diretamente proporcionais são aquelas que, quando uma aumenta, a outra também aumenta, e quando uma diminui, a outra também diminui.

Por exemplo, o peso de uma pessoa é diretamente proporcional à quantidade de comida que ingere (quanto mais come, normalmente maioro seu peso).

Ou então, a quantidade de gasolina colocada no tanque de um automóvel é diretamente proporcional à distância que o carro pode percorrer (quando mais gasolina, maior a distância).

Já as grandezas inversamente proporcionais são aquelas que, quando uma aumenta, a outra diminui, e quando uma diminui, a outra aumenta.

Temos o exemplo que falei acima: quanto maior a velocidade, menor o tempo para percorrer um trajeto.

Numa fábrica, quanto maior a quantidade de trabalhadores, menor a carga de trabalho para cada um deles.

Existem infinitas relações de proporcionalidade. Veremos algumas durante nossa aula, principalmente nas questões.

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Para resolver questões com grandezas proporcionais (direta ou inversamente), temos que aprender a Regra de Três. O princípio é o mesmo, só a maneira de calcular muda um pouco, para o caso de Grandezas Diretamente e Inversamente proporcionais.

5.1.1 Regra de Três para Grandezas Diretamente Proporcionais

Se colocamos 20 litros de combustível no tanque do carro, ele anda 250 kilômetros.

E se colocarmos 30 litros?

Quantidade de combustível no tanque e distância percorrida com o combustível são grandezas diretamente proporcionais, como vimos.

Portanto, temos:

Assim, se eu colocar 30 litros, ando quanto? Vamos montar a Regra de Três, seguindo o esquema abaixo:

Quantidade de combustível

Distância percorrida

Grandezas Diretamente Proporcionais

Quantidade de Combustível

Distância Percorrida

Assim como:

Está para Grandeza A

Inicial Grandeza B

Inicial

MONTAGEM DA REGRA DE TRÊS

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No nosso caso, temos:

Para resolver a Regra de Três, o passo é “multiplicar em cruz”. Vejamos abaixo:

Para o nosso caso, fica:

x

x

Está para Grandeza A Final

Grandeza B Final

Grandeza A Inicial

Grandeza B Inicial

Grandeza A Final

Grandeza B Final

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS

Multiplicar em Cruz

Assim como: Está para

Está para 20 litros 250

kilômetros

30 litros X kilômetros

MONTAGEM DA REGRA DE TRÊS

x 20 250

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS

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Ou seja:

20.x = 30.250

x = 30.250

37520

= km

Portanto, colocando 30 litros, ando 375km.

Vamos ver como funciona o cálculo para as Grandezas Inversamente Proporcionais.

5.1.2 Regra de Três para Grandezas Inversamente Proporcionais

No início da aula, falei que, a uma velocidade de 90km/h, se leva 2 horas para percorrer a distância entre Blumenau e Florianópolis.

E se fizermos uma velocidade de 100km/h?

Existe uma relação entre velocidade e tempo:

No entanto, a relação entre elas é inversamente proporcional: quando uma aumenta, a outra diminui:

Velocidade Tempo

x 30 x

Multiplicar em Cruz

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A Regra de Três correspondente a uma relação de grandezas inversamente proporcionais é chamada Regra de Três Inversa. Ela é calculada da seguinte maneira:

No exemplo, temos que, viajando-se a 90km/h, percorre-se a distância entre Blumenau e Florianópolis em 2 horas. Para saber em quanto tempo se chega viajando-se a 100km/h:

Portanto:

Grandezas Inversamente Proporcionais

Velocidade Tempo de

Trajeto

x

x Grandeza A

Inicial 1___

Grandeza B Inicial

Grandeza A Final

1___ Grandeza B

Final

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS INVERSA

Multiplicar em Cruz

90km/h 1_ 2

horas

100km/h 1_ x

horas

x

x

Multiplicar em Cruz

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1 190. 100.

290

50

901,8

50

x

x

x horas

=

=

= =

O trajeto é completado em 1,8 horas. Para saber o quanto 0,8 hora representa em minutos, podemos até fazer outra regra de três, pois 1 hora possui 60 minutos. Quanto mais horas, mais minutos:

1 hora--------60minutos 0,8 hora -----x minutos

Multiplicando em cruz:

x = 0,8.60 = 48 minutos.

Portanto, com o aumento da velocidade, o tempo de trajeto entre Floripa e Blumenau diminui 12 minutos (passou de 2 horas para 1 hora e 48 minutos).

Passamos agora para uma variação da Regra de Três Simples. É a Regra de Três Composta:

5.1.3 Regra de Três Composta

A regra de três composta é utilizada no caso de termos 3 grandezas interligadas.

Por exemplo: em uma mecânica com 10 funcionários, a folha de pagamento é de 15000 reais, e o salário é proporcional também à quantidade de carros consertados por mecânico, que é de 3 carros por dia.

O dono da mecânica quer aumentar o faturamento da oficina. Quer que a quantidade de carros consertados por mecânico seja de 4 carros. E quer contratar 5 mecânicos.

A folha de pagamento, nesse caso, passa a ser de quanto?

Existe uma relação entre essas três grandezas: quanto maior o número de entregados e maior a quantidade de carros consertados por empregado, maior a folha de pagamento.

Em sumo:

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Para descobrir o valor da Folha, fazemos a Regra de Três Composta:

Na Regra de Três Composta, é importante atentar para as grandezas inversamente proporcionais. Assim como na Regra de Três Inversa, este tipo de grandeza deve ser dividido por um.

Outro aspecto importante da Regra de Três Composta é que não há “multiplicação em cruz”. Então, essa Regra segue o que chamo de “Esquema do Grude”:

Assim como: Assim como: Está para

Está para Grandeza A

Inicial Grandeza B

Inicial

Grandeza A Final

Grandeza B Final

MONTAGEM DA REGRA DE TRÊS COMPOSTA

Grandeza C Inicial

Grandeza C Final

Está para

Está para

Se a grandeza for inversamente

proporcional, não esqueça de dividi-

la por 1

Quantidade de funcionários

Qtde. de carros por mecânico

Folha de pagamento

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Portanto, no exemplo da mecânica, temos:

10 3 15000.

15 4

30 1500060

1 150002

30000

X

X

X

X

=

=

=

=

Portanto, a folha dobrou, passou para 30.000 reais. Se a folha dependesse apenas da quantidade de funcionários (que variou de 10 para 15), não teria dobrado.

5.2 Divisão em partes proporcionais 5.2.1 Divisão em partes diretamente proporcionais

O assunto “divisão em partes proporcionais” nada mais é do que uma continuação da Regra de 3 direta e inversa.

__________________ __________________ ________________ x

Grandeza A Inicial

Grandeza B Inicial

Grandeza A Final

Grandeza B Final

Grandeza C Inicial

Grandeza C Final

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS COMPOSTA “ESQUEMA DO GRUDE”

=

__________________ __________________ ________________ x

10 mecânicos 3 carros por mecânico

15 mecânicos

4 carros por mecânico

Folha: 15000 reais

X reais =

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O que ele ensina, na verdade, é uma técnica matemática que ajuda a estabelecer divisões proporcionais. Dividir um número N em partes diretamente proporcionais aos números a, b ec é o mesmo que determinar os números x, y e z, de maneira que: - as seqüências (x, y, z) e (a, b, c) sejam diretamente proporcionais - x + y + z = N

Neste caso, podemos usar uma técnica matemática, que é:

Se

x y za b c= =

, então

x y z N x y za b c a b c a b c+ +

= = = =+ + + +

Por exemplo. Temos 12 reais em notas de 1, e queremos dividir de forma proporcional à idade de 3 crianças, que possuem 5, 4 e 3 anos. Neste caso, temos:

5 4 3x y z= =

Assim:

121

5 4 3 12x y z+ +

= =+ +

Portanto:

15

5

x

x

=

= Da mesma forma, y = 4 e z = 3. As criança de 5 anos receberá 5 reais, a de 4 anos receberá 4 reais, e a de 3 anos receberá 3 reais. 5.2.2 Divisão em partes inversamente proporcionais

No exemplo anterior, digamos que, ao invés de notas de 1 real, tenhamos uma quantia de 3000 reais para dividir entre jovens de 12, 15 e 20 anos, para que eles façam um intercâmbio. Só que queremos dividir de forma inversamente proporcional: o jovem com menos idade recebendo mais dinheiro para viajar, assim por diante. Um número N dividido em partes inversamente proporcionais aos números a, b e c, significa fazer a divisão de N em partes diretamente proporcionais aos inversos de a, b e c, sendo a.b.c ≠ 0. Ou seja:

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Se 1 1 1x y z

a b c

= = , então 1 1 1 1 1 1x y z x y z

a b c a b c

+ += = =

+ +

No caso dos jovens, temos:

30001 1 1 1 1 112 15 20 12 15 20

x y z= = =

+ +

Na aula de álgebra veremos a fundo como funciona a soma de frações. Mas, já adianto que precisamos encontrar o Mínimo Múltiplo Comum, ou seja, um número que seja divisível por 12, 15 e 20. Já adianto que é o 60, mas não se preocupem, pois veremos isso mais a frente:

3000 3000 3000 60.30005.3000 15000

1 1 1 5 4 3 12 1212 15 20 60 60

= = = = =+ +

+ +

Portanto:

15000112

12 15000

1250

x

x

x

=

=

=

15000115

15 15000

1000

y

y

y

=

=

=

15000120

20 15000

750

z

z

z

=

=

=

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5.3 Porcentagem

O que é percentual?

Aula de português: Per-centual... “Per cem”... dividido por 100.

Um número percentual, portanto, é um número que não se encontra de forma absoluta, e sim dividido por 100. Por exemplo:

Todo número percentual pode ser expresso em decimais:

A teoria é relativamente simples, mas na prática várias questões podem ser capciosas...

Isso porque, na hora de resolver uma questão, muitas pessoas se esquecem do seguinte (vamos chamar de Regra Fundamental do Percentual):

O percentual é um número relativo. Ele não está sozinho, não pode ser tratado em uma equação como um número sozinho.

Por exemplo: “pagava 100 reais por dia para uma Senhora limpar minha casa, mas agora ela vai cobrar 25% a mais.” Quanto passarei a pagar?

A resposta é fácil, intuitiva: 100 + 25 por cento é igual a 125.

Mas e se acontecesse o contrário?

“Pago 125 para uma senhora limpar minha casa. Agora vou pagar 25% a menos. Quanto passarei a pagar?”.

15% = 15100

15% = 0,15

Regra fundamental do Percentual

O percentual não está sozinho

100 + 25%?

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Neste caso, estaria certo “mudar o 25% de lado” na equação, chegando ao 100 que chegamos na equação anterior? A resposta é NÃO.

O percentual não está sozinho. Ou seja, quando falamos 125 – 25%, na verdade estamos querendo dizer:

Quando dizemos “25% de 125”, estamos querendo pegar uma parcela do 125, um pedaço, uma fração, um... percentual. Já vimos acima que o percentual equivale a algo dividido por 100. Então a expressão acima fica:

Perceberam a diferença?

Portanto, a resposta da equação 125 – 25% não é 100, e sim 93,75.

Esse entendimento é muito importante, e grande parte das “pegadinhas” nas questões de percentual se baseia nisso...

No mais, para verificar a variação percentual em um período, utilizamos a seguinte equação:

Variação percentual = Valor Final - Valor Inicial

100Valor Inicial

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

125 – 25% = 100

125 – (25% de 125)

125 – 25100

. 125

125 – 0,25. 125

125 – 31,25 = 93,75

ERRADO!!!

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6. Exercícios comentados

Questão 1 – ESAF/MPOG/EPPGG/2009

Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape? a) 60 b) 50 c) 40 d) 70 e) 80

Vejam que a questão fornece uma relação: são necessários 25 litros para o carro fazer 100 km de percurso.

Quantidade de combustível e percurso são, portanto, grandezas diretamente proporcionais.

Se a distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km, para saber a quantidade de combustível gasta basta fazer uma regra de três simples:

25 litros -------- 100 km x litros ---------- 500 km

100x = 25.500 100x = 12500 x = 125 litros.

A questão diz que esta quantidade corresponde a 2,5 tanques de combustível. Portanto, com mais uma regra de três, descobrimos a capacidade do tanque:

2,5 tanque --------- 125 litros 1 tanque ----------- x litros

2,5x = 125 x = 50 litros.

Portanto, cabem 50 litros de combustível no tanque do carro.

Resposta: Letra B.

Questão 2 – ESAF/MPOG/EPPGG/2009

Dois pintores com habilidade padrão conseguem pintar um muro na velocidade de 5 metros quadrados por hora.

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Se fossem empregados, em vez de dois, três pintores com habilidade padrão, os três pintariam: a) 15 metros quadrados em 3 horas. b) 7,5 metros quadrados em 50 minutos. c) 6 metros quadrados em 50 minutos. d) 7,5 metros quadrados em 30 minutos. e) 5 metros quadrados em 40 minutos.

No início, temos 2 pintores. Os dois, juntos, pintam o muro a 5 metros quadrados por hora.

Precisamos saber quanto pinta um pintor, apenas. A partir daí, saberemos quantos metros quadrados 3 pintam.

A metragem é diretamente proporcional à quantidade de pintores. Se 2 pintam 5 metros quadrados, 1 pintará, apenas, 2,5 metros quadrados.

E 3, pintarão, portanto, 3 x 2,5 = 7,5 metros quadrados por hora.

Cada alternativa fala uma coisa, em um tempo diferente. Precisamos saber qual fala um valor equivalente ao que encontramos: 7,5 metros quadrados por hora.

Vamos analisar as alternativas:

a) 15 metros quadrados em 3 horas.

Se são 7,5 metros quadrados por hora, então, em 3 horas, são 3x7,5 = 22,5 metros quadrados.

Alternativa falsa.

b) 7,5 metros quadrados em 50 minutos.

7,5 metros quadrados são pintados em uma hora, o que equivale a 60 minutos.

Alternativa falsa.

c) 6 metros quadrados em 50 minutos.

Vamos fazer uma regra de três para saber quanto tempo leva para pintar 6 metros quadrados:

7,5 metros quadrados ------ 60 minutos 6 metros quadrados -------- x minutos

7,5x = 360 x = 48 minutos

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Portanto, leva-se 48 minutos, e não 50. Alternativa falsa.

d) 7,5 metros quadrados em 30 minutos.

Já sabemos que 7,5 metros quadrados são pintados em 60 minutos, e não em 30. Alternativa falsa.

e) 5 metros quadrados em 40 minutos.

Esta provavelmente é a alternativa correta, porque as outras estão erradas. Vamos comprovar por regra de três:

7,5 metros quadrados ------- 60 minutos 5 metros quadrados --------- x minutos

7,5x = 5.60 7,5x = 300 x = 40 minutos.

Resposta: Letra E.

Questão 3 – ESAF/MF/ATA/2009

Existem duas torneiras para encher um tanque vazio. Se apenas a primeira torneira for aberta, ao máximo, o tanque encherá em 24 horas. Se apenas a segunda torneira for aberta, ao máximo, o tanque encherá em 48 horas. Se as duas torneiras forem abertas ao mesmo tempo, ao máximo, em quanto tempo o tanque encherá? a) 12 horas b) 20 horas c) 16 horas d) 24 horas e) 30 horas

Para facilitar nossos cálculos, vamos chutar um valor para a capacidade do tanque. Vamos dizer que a capacidade do tanque é de 100.

Vocês vão me ver fazendo isso durante o curso todo. Chutando valores, quando eles não interferem no resultado da questão. Vejam aqui, por exemplo: como o que importa é a relação entre as duas torneiras, não importa o tamanho do tanque. Se chutarmos que ele mede 1, 100 ou 1000, não muda nada.

Se só a primeira torneira for aberta, o tanque (que dissemos que a capacidade é de 100) encherá em 24 horas.

Se só a segunda torneira for aberta, o tanque encherá em 48 horas.

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Portanto, se abrirmos as duas torneiras ao mesmo tempo, durante 24 horas, a primeira encheria o tanque (com 100), e a segunda estaria na metade (pois, se a segunda enche 100 em 48 horas, então encherá 50 em 24 horas).

Assim, em 24 horas, as duas enchem 150. Mais do que o tanque precisa.

Portanto, vamos fazer uma regra de três para ver em quanto tempo as duas, juntas, enchem os 100 do tanque:

24 horas ------ 150 x horas ------- 100

150x = 2400 x = 16 horas.

Assim, as duas, juntas, levam 16 horas para encher o tanque.

Resposta: Letra C.

Questão 4 – ESAF/MF/ATA/2009

Com 50 trabalhadores, com a mesma produtividade, trabalhando 8 horas por dia, uma obra ficaria pronta em 24 dias. Com 40 trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia, com uma produtividade 20% menor que os primeiros, em quantos dias a mesma obra ficaria pronta? a) 30 b) 16 c) 24 d) 20 e) 15

Percebam que temos 4 grandezas:

- número de trabalhadores; - horas por dia; - produtividade; - dias de trabalho.

Os dias de trabalho são inversamente proporcionais ao número de trabalhadores (ou seja, quanto mais trabalhadores, menos dias de trabalho), às horas por dia (ou seja, quanto mais horas por dia, menos dias de trabalho) e à produtividade (quanto maior a produtividade, menos dias de trabalho).

Assim, podemos fazer uma regra de três composta que relacione as 4 grandezas no início e no final (vamos chamar o início de 1 e o final de 2). Os valores dos trabalhadores, da produtividade e das horas por dia deverão estar divididos por 1, por são inversamente proporcionais.

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Como não temos dados da produtividade, só sabemos que ela diminui 20%, vamos supor que no início ela valia 1 e no final valia 0,8:

Colocando os valores, temos:

Assim:

1 11 2450 8. .

1 1 140 0,8 10

x=

Vamos fazer novamente o “extremos pelos meios” para resolver as frações dentro das frações (repito que veremos isso, em detalhes, na aula de álgebra):

40 0,8 10 24. .

50 1 8 x=

Percebam que, quando a grandeza tiver proporcionalidade inversa, basta colocar na fração de maneira “trocada” (o que se refere ao início vai no denominador, e o que se refere ao final vai no numerador).

Continuando:

320 24400

320 9600

30

x

x

x

=

=

=

______________ __________________ ________________ x

Trabalhadores 1

Trabalhadores 2

= _____________ x

Horas por dia 1 Produtividade 1

Grandeza B Final

Horas por dia 2

Número de dias 1

Número de dias 2

______________ __________________ ________________ x

1/50

1/40 = _____________ x

1/8 1/1

1/0,8 1/10

24

X

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Resposta: Letra A.

Questão 5 – ESAF/SUSEP/Analista Técnico/2010

Um pai deseja dividir uma fazenda de 500 alqueires entre seus três filhos, na razão direta da quantidade de filhos que cada um tem e na razão inversa de suas rendas. Sabendo-se que a renda do filho mais velho é duas vezes a renda do filho mais novo e que a renda do filho do meio é três vezes a renda do mais novo, e que, além disso, o filho mais velho tem três filhos, o filho do meio tem dois filhos e o filho mais novo tem dois filhos, quantos alqueires receberá o filho do meio?

a) 80 b) 100 c) 120 d) 160 e) 180

O pai deseja dividir a fazenda de 500 alqueires entre os 3 filhos.

Mas não é para dividir igualmente. A divisão deve ser na razão direta (ou seja, diretamente proporcional) à quantidade de filhos que cada um tem e na razão inversa (ou seja, inversamente proporcional) às suas rendas.

Diante disso, a questão dá diversas relações entre as rendas e o número de filhos dos 3 filhos do pai. Vamos colocar tudo na tabela abaixo, para que a gente não se perca:

Filho Filho 1 Filho 2 Filho 3 Renda Número de Filhos

A questão diz: “Sabendo-se que a renda do filho mais velho é duas vezes a renda do filho mais novo, e que a renda do filho do meio é três vezes a renda do mais novo”.

Poderíamos, como fizemos na questão anterior, chamar a renda do filho mais novo (filho 3) de 100. Se a renda do filho mais novo é fosse 100, e a renda do filho mais velho (filho 1) é de 2x a do filho mais novo, a renda do filho mais velho seria de 200. E, da mesma forma, a renda do filho do meio (filho 2) seria de 3x100 = 300. Mas, será muito mais fácil trabalhar com número menores, portanto vamos utilizar apenas 2, 3 e 1.

Filho Filho 1 Filho 2 Filho 3 Renda 2 3 1 Número de Filhos

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A questão também diz: “o filho mais velho tem três filhos, o filho do meio tem dois filhos e o filho mais novo tem dois filhos”. Vamos completar na tabela:

Filho Filho 1 Filho 2 Filho 3 Renda 2 3 1 Número de Filhos

3 2 2

A questão pergunta quantos alqueires receberá o filho do meio.

Isso será diretamente proporcional à quantidade de filhos do filho 2 (que tem 2 filhos) e inversamente proporcional à sua renda (ele ganha 3).

Portanto, vamos “juntar” a divisão diretamente proporcional e a divisão inversamente proporcional. Temos a seguinte relação:

3 2 22 3 1

x y z= =

Assim:

500 500 500.63 2 2 9 4 12 252 3 1 6

= =+ +

+ +

Desta forma:

500.62 253

3 500.62 25

500.6.2 500.2.280

25.3 25

y

y

y

=

=

= = =

Resposta: Letra A.

Questão 6 – ESAF/SMF/Agente de Fazenda/2010

O PIB de um país que entrou em recessão no fim de 2008 tinha crescido 10% no primeiro trimestre de 2008, 5% no segundo trimestre, tinha ficado estável no terceiro trimestre e tinha caído 10%

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no último trimestre daquele ano. Calcule a taxa de crescimento do PIB desse País, em 2008. a) 1,25%. b) 5%. c) 4,58%. d) 3,95%. e) -5%.

Vamos usar a equação da variação percentual para calcular a variação a cada trimestre.

Como já viemos fazendo, vamos determinar um valor inicial para o PIB, que facilite os cálculos. Em questões de percentagem, o melhor valor é o próprio 100. Temos:

Variação percentual = Valor Final - Valor Inicial

100Valor Inicial

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

Para o primeiro trimestre, o PIB cresceu 10%. Temos:

Valor Final - 10010 100

100

Valor Final - 1000,1

100

10 Valor Final - 100

Valor Final=100+10=110

x⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠

=

=

No segundo trimestre, o PIB cresceu 5%:

Valor Final - 1105 100

110

Valor Final - 1100,05

110

5,5 Valor Final - 110

Valor Final=115,5

x⎛ ⎞= ⎜ ⎟⎝ ⎠

=

=

No terceiro trimestre, ficou estável, e no quarto, caiu 10%, ou seja, a variação percentual foi de –10%. Assim:

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Valor Final - 115,510% 100

115,5

Valor Final - 115,50,1

115,5

11,55 Valor Final - 115,5

Valor Final=115,5-11,55 = 103,95

x⎛ ⎞

− = ⎜ ⎟⎝ ⎠

− =

− =

Assim, o valor do PIB, que era de 100, passou para 103,95. Quando o Valor Inicial é 100, o aumento percentual sai diretamente. Portanto, o aumento foi de 3,95%.

Resposta: Letra D.

Questão 7 – ESAF/SMF/Agente de Fazenda/2010

Dois trabalhadores, trabalhando 8 horas por dia cada um, durante 15 dias, colhem juntos 60 sacos de arroz. Três outros trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia cada um, colhem juntos 75 sacos de arroz em 10 dias. Em média, quanto um trabalhador do primeiro grupo é mais ou menos produtivo que um trabalhador do segundo grupo?

a) O trabalhador do primeiro grupo é 10% menos produtivo. b) O trabalhador do primeiro grupo é 10% mais produtivo. c) O trabalhador do primeiro grupo é 25% mais produtivo. d) As produtividades dos trabalhadores dos dois grupos é a mesma. e) O trabalhador do primeiro grupo é 25% menos produtivo.

Na situação 1, temos 2 trabalhadores trabalhando 8 horas por dia durante 15 dias. Portanto, eles trabalham 8 * 15 = 120 horas, cada um.

Colhem, juntos, 60 sacos de arroz. Portanto, cada um colhe 30 sacos.

Assim, a produtividade é de 30/120 = 0,25 sacos por hora, por trabalhador.

Na situação 2, temos 3 trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia, em 10 dias. Ou seja, eles trabalham 100 horas cada um.

Como colhem 75 sacos, colhem 75/3 = 25 sacos cada.

Assim, a produtividade deles é de 25/10 = 0,25 sacos por hora.

Desta forma, a produtividade dos dois grupos é a mesma.

Resposta: Letra D.

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Questão 8 – ESAF/RFB/ATRFB/2009

Em um determinado período de tempo, o valor do dólar americano passou de R$ 2,50 no início para R$ 2,00 no fim do período. Assim, com relação a esse período, pode-se afirmar que: a) O dólar se desvalorizou 25% em relação ao real. b) O real se valorizou 20% em relação ao dólar. c) O real se valorizou 25% em relação ao dólar. d) O real se desvalorizou 20% em relação ao dólar. e) O real se desvalorizou 25% em relação ao dólar.

Percebam que o enunciado desta questão fala da desvalorização do dólar (afinal, ele passou de 2,50 para 2,00), mas a maioria das alternativas fala da valorização/desvalorização do real.

Vamos ver o que aconteceu com o dólar:

Variação percentual = Valor Final - Valor Inicial

100Valor Inicial

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

Variação percentual = 2 - 2,5

1002,5

⎛x

⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

Variação percentual = -0,5

1002,5

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

= -20%

Portanto, o dólar se desvalorizou 20%.

Vamos ver o que aconteceu com o real. Precisamos saber quanto valia 1 real no início e no final, em termos de dólar.

Se, no início, 1 dólar valia 2,5 reais, quanto valia 1 real? Por regra de 3, temos:

1 dólar ------- 2,5 reais x dólar ------- 1 real

2,5x = 1 x = 1/2,5 = 0,4 dólar.

No final, 1 dólar valia 2 reais. Um real, portanto:

1 dólar ------- 2 reais x dólar ------- 1 real

x = 1

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x = 1/2 = 0,5 dólar.

Assim, a variação percentual do real foi:

Variação percentual = Valor Final - Valor Inicial

100Valor Inicial

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

Variação percentual = 0,5 - 0,4 0,1

100 100 0,25 100 25%0,4 0,4

x x x⎛ ⎞

= = =⎜ ⎟⎝ ⎠

Assim, o real se valorizou 25% frente ao dólar.

Resposta: Letra C.

Até a próxima aula, pessoal. Abraços Karine

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7. Memorex

x

x Grandeza A

Inicial 1___

Grandeza B Inicial

Grandeza A Final

1___ Grandeza B

Final

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS INVERSA

Multiplicar em Cruz

x

x Grandeza A

Inicial Grandeza B

Inicial

Grandeza A Final

Grandeza B Final

RESOLUÇÃO DA REGRA DE TRÊS

Multiplicar em Cruz

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Divisão diretamente proporcional:

Assim como: Assim como: Está para

Está para Grandeza A

Inicial Grandeza B

Inicial

Grandeza A Final

Grandeza B Final

MONTAGEM DA REGRA DE TRÊS COMPOSTA

Grandeza C Inicial

Grandeza C Final

Está para

Está para

Se a grandeza for inversamente

proporcional, não esqueça de dividi-

la por 1

Regra Fundamental da Regra de Três:

Cada lado em uma unidade!!!

Antes de começar a Regra de Três, escolha trabalhar com:

• Gigabyte OU Megabyte OU Byte; • Hora OU minuto OU segundo; • Km OU metro; • Ano OU meses OU dias. • Dentre outros.

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Se

x y za b c= =

, então

x y z N x y za b c a b c a b c+ +

= = = =+ + + +

Divisão inversamente proporcional:

Se 1 1 1x y z

a b c

= = , então 1 1 1 1 1 1x y z x y z

a b c a b c

+ += = =

+ +

Variação percentual = Valor Final - Valor Inicial

100Valor Inicial

x⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

Regra fundamental do Percentual

O percentual não está sozinho

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8. Lista das questões abordadas em aula

Questão 1 – ESAF/MPOG/EPPGG/2009

Uma picape para ir da cidade A para a cidade B gasta dois tanques e meio de óleo diesel. Se a distância entre a cidade A e a cidade B é de 500 km e neste percurso ele faz 100 km com 25 litros de óleo diesel, quantos litros de óleo diesel cabem no tanque da picape? a) 60 b) 50 c) 40 d) 70 e) 80

Questão 2 – ESAF/MPOG/EPPGG/2009

Dois pintores com habilidade padrão conseguem pintar um muro na velocidade de 5 metros quadrados por hora. Se fossem empregados, em vez de dois, três pintores com habilidade padrão, os três pintariam: a) 15 metros quadrados em 3 horas. b) 7,5 metros quadrados em 50 minutos. c) 6 metros quadrados em 50 minutos. d) 7,5 metros quadrados em 30 minutos. e) 5 metros quadrados em 40 minutos.

Questão 3 – ESAF/MF/ATA/2009

Existem duas torneiras para encher um tanque vazio. Se apenas a primeira torneira for aberta, ao máximo, o tanque encherá em 24 horas. Se apenas a segunda torneira for aberta, ao máximo, o tanque encherá em 48 horas. Se as duas torneiras forem abertas ao mesmo tempo, ao máximo, em quanto tempo o tanque encherá? a) 12 horas b) 20 horas c) 16 horas d) 24 horas e) 30 horas

Questão 4 – ESAF/MF/ATA/2009

Com 50 trabalhadores, com a mesma produtividade, trabalhando 8 horas por dia, uma obra ficaria pronta em 24 dias. Com 40 trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia, com uma produtividade 20% menor que os primeiros, em quantos dias a mesma obra ficaria pronta? a) 30 b) 16 c) 24

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d) 20 e) 15

Questão 5 – ESAF/SUSEP/Analista Técnico/2010

Um pai deseja dividir uma fazenda de 500 alqueires entre seus três filhos, na razão direta da quantidade de filhos que cada um tem e na razão inversa de suas rendas. Sabendo-se que a renda do filho mais velho é duas vezes a renda do filho mais novo e que a renda do filho do meio é três vezes a renda do mais novo, e que, além disso, o filho mais velho tem três filhos, o filho do meio tem dois filhos e o filho mais novo tem dois filhos, quantos alqueires receberá o filho do meio?

a) 80 b) 100 c) 120 d) 160 e) 180

Questão 6 – ESAF/SMF/Agente de Fazenda/2010

O PIB de um país que entrou em recessão no fim de 2008 tinha crescido 10% no primeiro trimestre de 2008, 5% no segundo trimestre, tinha ficado estável no terceiro trimestre e tinha caído 10% no último trimestre daquele ano. Calcule a taxa de crescimento do PIB desse País, em 2008. a) 1,25%. b) 5%. c) 4,58%. d) 3,95%. e) -5%.

Questão 7 – ESAF/SMF/Agente de Fazenda/2010

Dois trabalhadores, trabalhando 8 horas por dia cada um, durante 15 dias, colhem juntos 60 sacos de arroz. Três outros trabalhadores, trabalhando 10 horas por dia cada um, colhem juntos 75 sacos de arroz em 10 dias. Em média, quanto um trabalhador do primeiro grupo é mais ou menos produtivo que um trabalhador do segundo grupo?

a) O trabalhador do primeiro grupo é 10% menos produtivo. b) O trabalhador do primeiro grupo é 10% mais produtivo. c) O trabalhador do primeiro grupo é 25% mais produtivo. d) As produtividades dos trabalhadores dos dois grupos é a mesma. e) O trabalhador do primeiro grupo é 25% menos produtivo.

Questão 8 – ESAF/RFB/ATRFB/2009

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Em um determinado período de tempo, o valor do dólar americano passou de R$ 2,50 no início para R$ 2,00 no fim do período. Assim, com relação a esse período, pode-se afirmar que: a) O dólar se desvalorizou 25% em relação ao real. b) O real se valorizou 20% em relação ao dólar. c) O real se valorizou 25% em relação ao dólar. d) O real se desvalorizou 20% em relação ao dólar. e) O real se desvalorizou 25% em relação ao dólar.

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9. Gabarito

1 – B

2 – E

3 – C

4 – A

5 – A

6 – D

7 – D

8 – C

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Olá!

Seja bem-vindo ao nosso curso completo de Direito Administrativo (teoria e exercícios), que tem por objetivo prepará-lo para o concurso da Receita Federal do Brasil, mais precisamente para o cargo de Analista Tributário da Receita Federal.

Como é de conhecimento geral, a Escola de Administração Fazendária – ESAF será a responsável pela organização e elaboração das respectivas provas. Desse modo, nada mais prudente do que conhecer a fundo a forma de abordagem da banca examinadora em relação aos principais tópicos do Direito Administrativo, o que lhe proporcionará a prerrogativa de gabaritar a prova, assegurando todos esses preciosos pontos.

Em nosso curso será apresentada toda a parte teórica do Direito Administrativo, relações de questões comentadas, Resumo de Véspera de Prova (contendo os pontos cruciais que devem ser recordados pelo candidato) e diversos exercícios de fixação do conteúdo (apenas com o gabarito), o que o tornará um verdadeiro especialista em ESAF.

Para facilitar a assimilação do conteúdo, iremos privilegiar questões da ESAF durante todo o nosso curso. Entretanto, também utilizaremos algumas questões do CESPE para exemplificar temas geralmente não abordados por aquela banca.

Como ainda não conhecemos o conteúdo que será cobrado no próximo concurso da Receita Federal do Brasil, iremos utilizar o edital referente ao certame de 2009, que, por sinal, é bastante completo. Todavia, deve ficar claro que faremos todas as adaptações necessárias caso o edital seja publicado durante o decorrer do curso e apresente eventuais tópicos que, a princípio, não seriam abordados em nossas aulas.

A propósito, muito prazer, meu nome é Fabiano Pereira e atualmente exerço as funções de Analista Judiciário no Tribunal Regional Eleitoral do Estado de Minas Gerais. Paralelamente às atribuições desse cargo público, também ministro aulas em universidades e cursos preparatórios para concursos públicos em várias cidades brasileiras.

Aqui no Ponto dos Concursos, ministro cursos teóricos e de exercícios na área do Direito Administrativo e Direito Eleitoral.

Nesses últimos anos, tive a oportunidade de sentir “na pele” a deliciosa sensação de ser nomeado em razão da aprovação em vários concursos públicos. Entretanto, sou obrigado a confessar que a minha realização profissional está intimamente atrelada à docência.

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A convivência virtual ou presencial com os alunos de todo o país e a possibilidade de abreviar o caminho daqueles que desejam ingressar no serviço público é o que me inspira no cotidiano.

Assim, tenho procurado reservar um tempinho para uma de minhas grandes paixões: escrever para candidatos a concursos públicos.

Até o momento, foram publicados pela Editora Método os seguintes livros de minha autoria:

1) “Direito Administrativo – Questões comentadas do CESPE”;

2) “Direito Administrativo – Questões comentadas da ESAF -ESAF”;

3) “Direito Administrativo – Questões comentadas da FCC”.

4) “1001 Questões Comentadas de Direito Eleitoral – FCC”.

Esses livros possuem uma linguagem acessível, objetiva e direta, abordando o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal em relação aos temas mais importantes do Direito Administrativo e Eleitoral. Vale à pena conferir!

Se você ainda não teve o privilégio de ser nomeado para um cargo ou emprego público, mantenha-se firme nesse propósito, pois, certamente, a sua aprovação virá. Trata-se apenas de uma questão de tempo e perseverança!

Quantos anos de braçadas foram necessários para que Cesar Cielo chegasse ao ouro olímpico? Será que o ouro foi obtido no primeiro mergulho na piscina? Tenho certeza que não!

Como esta é apenas uma aula demonstrativa, não irei apresentar, neste momento, o cronograma contendo as datas de disponibilização das aulas. Todavia, deve ficar claro que abordaremos os seguintes tópicos:

Direito Administrativo: 1. Conceito e fontes do Direito Administrativo. 2. Regime jurídico administrativo. 3. A Administração Pública: Conceito. Poderes e deveres do administrador público. Uso e abuso do poder. Organização administrativa brasileira: princípios, espécies, formas e características. Centralização e Descentralização da atividade administrativa do Estado. Concentração e Desconcentração. Administração Pública Direta e Indireta, Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista. Entidades paraestatais. Organizações Sociais. Contratos de Gestão. 4. Poderes Administrativos: poder vinculado, poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder regulamentar e poder de polícia. 5. Atos Administrativos: fatos da Administração Pública,

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atos da Administração Pública e fatos administrativos. Conceito, formação, elementos, atributos e classificação. Mérito do ato administrativo. Discricionariedade. Ato administrativo inexistente. Atos administrativos nulos e anuláveis. Teoria dos motivos determinantes. Revogação, anulação e convalidação do ato administrativo. 6. Serviços Públicos: conceitos: classificação; regulamentação; controle; permissão; concessão e autorização. 7. Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União: provimento e vacância de cargos públicos, remoção, redistribuição, direitos e vantagens, licenças e afastamentos e seguridade social do servidor (Lei n. 8.112, de 11/12/1990, atualizada). 8. Responsabilidade civil do Estado. Ação de Indenização. Ação Regressiva. 9. Controle da Administração Pública: Conceito. Tipos e Formas de Controle. Controle Interno e Externo. Controle Prévio, Concomitante e Posterior. Controle Parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle Jurisdicional. Meios de Controle Jurisdicional. 10. Constituição Federal: Título III, Capítulo VII – Da Administração Pública. 11. Lei nº 8.429, de 02/6/1992 – Lei da Improbidade Administrativa. 12. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal – Decreto nº 1.171, de 22/6/1994. 13. Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal (Decreto nº 6.029, de 1º/2/2007). 14. Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784, de 29/1/1999).

Use e abuse do nosso fórum de dúvidas, enviando-nos todos os questionamentos que surgirem durante os seus estudos. Lembre-se de que o objetivo deste curso é tentar garantir que você gabarite a prova, isto é, acerte todas as questões de Direito Administrativo na prova para o cargo de Analista Tributário da Receita Federal do Brasil.

Se você possui alguma dificuldade nessa disciplina, eis a grande oportunidade de superá-la de uma vez por todas, facilitando, assim, a sua gratificante jornada rumo ao cargo ou emprego público desejado.

No mais, lembre-se sempre de que o curso está sendo desenvolvido para atender às suas necessidades, portanto, as críticas e sugestões serão prontamente acatadas, caso sirvam para aumentar a produtividade das aulas que estão sendo ministradas.

Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou funcionamento do curso, fique à vontade para esclarecê-las através do e-mail [email protected].

Até a próxima aula!

Fabiano Pereira

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PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

1. Considerações iniciais .......................................................... 06

1.1. Princípios expressos e implícitos .................................. 07

1.2. Colisão entre princípios ...................................................... 10

1.3. Princípios Básicos ................................................................. 10

2. Princípios constitucionais expressos

2.1. Princípio da legalidade ........................................................ 11

2.2. Princípio da impessoalidade ............................................... 15

2.3. Princípio da moralidade ...................................................... 18

2.4. Princípio da publicidade .................................................... 23

2.5. Princípio da eficiência ......................................................... 26

3. Princípios implícitos

3.1. Princípio da supremacia do interesse público sobre o privado....................................................................................... 28

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3.2. Princípio da indisponibilidade do interesse público ............ 30

3.3. Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade .............. 31

3.4. Princípio da autotutela ........................................................ 33

3.5. Princípio da tutela ............................................................... 36

3.6. Princípio da segurança jurídica ........................................... 37

3.7. Princípio da continuidade dos serviços públicos ................. 38

3.8. Princípio da motivação ....................................................... 40

3.9. Princípio da especialidade .................................................. 42

4. Super R.V.P ............................................................................... 44

5. Questões comentadas ............................................................... 46

6. Questões para fixação do conteúdo ........................................... 64

7. Lista das questões que foram comentadas ................................. 69

PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

1. Considerações iniciais

Os princípios administrativos estruturam, orientam e direcionam a edição de leis administrativas e a atuação da Administração Pública, pois não existe um sistema jurídico formado exclusivamente de leis.

Os princípios contêm mandamentos com um maior grau de abstração, já que não especificam ou detalham as condutas que devem ser seguidas pelos agentes públicos, pois isso fica sob a responsabilidade da lei. Entretanto, no momento de criação da lei, o legislador deverá observar as diretrizes traçadas nos princípios, sob pena de sua invalidação.

Como bem afirma o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, “[...] violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e corrosão de sua estrutura mestra. Isso porque, por ofendê-lo, abatem-se as vigas que o sustêm e alui-se toda a estrutura nelas esforçada”1.

Para que fique nítida a importância dos princípios, basta analisar o conteúdo do inciso III, artigo 1º, da Constituição Federal de 1988, que prevê a dignidade da pessoa humana como um fundamento da República Federativa do Brasil.

Mas o que significa isso? Significa que todas as leis criadas em nosso país, assim como todos os atos e condutas praticados pela Administração

1 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008.

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Pública e pelos particulares, devem orientar-se pelo respeito à dignidade da pessoa humana.

O princípio da dignidade da pessoa humana assegura que o ser humano tem direito a um “mínimo existencial”, ou seja, o direito a condições mínimas de existência para que possa sobreviver dignamente. Inseridos nesse “mínimo existencial” estariam, por exemplo, o direito à alimentação, a uma renda mínima, à saúde básica, ao acesso à justiça, entre outros.

Para se garantir o efetivo cumprimento dos direitos relativos ao “mínimo existencial”, não é necessário aguardar a criação de uma ou várias leis. A simples existência do princípio no texto constitucional, por si só, é capaz de assegurar a necessidade de seu cumprimento.

Assim, sempre que um indivíduo sentir-se violado em sua dignidade humana em virtude de uma ação ou omissão do Estado, poderá recorrer ao Judiciário para exigir as providências cabíveis.

O Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, no julgamento do Recurso Especial 950.725/RS2, garantiu a um paciente portador de grave doença muscular o recebimento gratuito de medicamento, mesmo não integrante da listagem do SUS.

Ao determinar que a Administração fornecesse o medicamento ao paciente, o STJ fundamentou a sua decisão no princípio da dignidade humana, já que não existia nenhuma regra expressa (lei) que garantisse a gratuidade do medicamento ou a sua inclusão na lista geral do SUS.

1.1. Princípios expressos e implícitos

A responder às questões da ESAF, lembre-se sempre de que os princípios administrativos se dividem em expressos e implícitos.

Princípios expressos são aqueles taxativamente previstos em uma norma jurídica de caráter geral, obrigatória para todas as entidades políticas (União, Estados, Municípios, Distrito Federal e seus respectivos órgãos públicos), bem como para as entidades administrativas (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista).

Não interessa se a norma jurídica de caráter geral possui status constitucional ou infraconstitucional, mas sim se é de cunho obrigatório para toda a Administração Pública, em todos os níveis.

É possível encontrarmos princípios expressos previstos em nível constitucional, como constatamos no caput do artigo 37 da Constituição Federal. Esse dispositivo estabelece a obrigatoriedade de a Administração respeitar os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Da mesma forma, existem princípios que estão expressos somente na legislação infraconstitucional. É o que se constata na leitura do artigo 3º da Lei de licitações, que determina a obrigatoriedade de respeito aos princípios

2 Recurso Especial nº. 950.725/RS, rel. Ministro Luiz Fux. Superior Tribunal de Justiça. Julgado em 06.05.2008 e publicado no DJU em 18.06.2008.

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da legalidade, moralidade, publicidade, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo, dentre outros.

Esses princípios são considerados expressos porque é possível identificar, claramente, o “nome” de cada um deles no texto legal ou constitucional. É o que acontece, por exemplo, com o princípio da moralidade. O nome desse princípio não é “princípio do respeito à ética e à moral”, mas sim MORALIDADE, com todas as letras!

Em alguns casos, os princípios estarão expressos em leis que não são de observância obrigatória para toda a Administração Pública brasileira, mas somente para determinado ente político. Podemos citar como exemplo a Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito federal.

Em seu artigo 2º, a lei 9.784/99 declara que a Administração Pública obedecerá, entre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, segurança jurídica, eficiência, do interesse público e do contraditório.

Tais princípios são considerados expressos somente para a Administração Pública Federal (União, seus respectivos órgãos e entidades da administração indireta), pois estão previstos em uma norma jurídica que é de observância obrigatória apenas para a Administração Pública Federal.

Os princípios previstos no artigo 2º da Lei 9.784/99 não podem ser considerados expressos para o Distrito Federal ou para o meu maravilhoso município de Montes Claros – MG (terra da carne de sol com pequi), pois a referida lei é federal.

O Estado de Minas Gerais, por exemplo, possui uma lei própriaregulando os processos administrativos que tramitam no âmbito estadual (lei 14.184/02). Assim, os princípios previstos no artigo 2º da Lei 9.784/99 não serão expressos em relação ao Estado de Minas Gerais, pois não têm caráter obrigatório em relação a este.

Da mesma forma, no artigo 2º da lei estadual mineira está previsto que a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, finalidade, motivação, razoabilidade, eficiência, ampla defesa, do contraditório e da transparência.

Observe que na lei federal não consta a obrigatoriedade de respeito ao princípio da transparência, que somente será expresso em relação ao Estado de Minas Gerais.

Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão previstos expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois são consequência dos estudos doutrinários e jurisprudenciais.

São princípios cujos nomes não irão constar claramente no texto constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma, vinculam as condutas e atos praticados pela Administração Pública.

Um bom exemplo para facilitar o entendimento é o princípio da eficiência. Esse princípio somente foi introduzido no caput, do artigo 37, da Constituição Federal de 1988, a partir de 04 de junho de 1998, com a

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promulgação da Emenda Constitucional 19. Apenas a partir dessa data é que esse princípio passou a ser expresso.

Apesar disso, antes mesmo de ter sido incluído expressamente no caput do artigo 37 da Constituição Federal, tal princípio já era considerado implicitamente obrigatório para toda a Administração Pública brasileira pelos Tribunais do Poder Judiciário.

O Ministro Luiz Vicente Cernichiaro, do Superior Tribunal de Justiça, em 1996, ao julgar o Recurso em Mandado de Segurança – RMS 5.590-6/DF3, declarou que a “Administração Pública é regida por vários princípios. Além dos arrolados no art. 37, da Constituição da República: legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, outros se evidenciam na mesma Carta Política. Sem dúvida, não se contesta, urge levar em conta ainda o princípio da eficiência, ou seja, a atividade administrativa deve voltar-se para alcançar resultado e interesse público”.

Assim, constata-se que mesmo antes de ser incluído no texto constitucional (em 04 de junho de 1998), o princípio da eficiência tinha caráter obrigatório para toda a Administração Pública brasileira, mas era considerado implícito, porque ainda não estava “escrito” no caput, do artigo 37, da CF/1988.

1.2. Colisão entre princípios

Não há hierarquia entre os princípios administrativos, apesar de vários autores afirmarem que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado é o princípio fundamental do Direito Administrativo.

Isso não significa que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado se sobreponha aos demais princípios, mas apenas que irá amparar e fundamentar o exercício das atividades finalísticas da Administração Pública.

Diante de uma aparente colisão entre princípios, o intérprete (administrador ou o juiz) deverá considerar o peso relativo de cada um deles e verificar, no caso concreto em análise, qual deverá prevalecer. A solução da colisão dar-se-á através da ponderação entre os diversos valores jurídicos envolvidos, pois os princípios possuem um alcance (peso) diferente em cada caso concreto e aquele que possuir maior abrangência deverá prevalecer.

Não é correto afirmar que o princípio “x” sempre deverá prevalecer em face do princípio “y”, ou vice-versa. Somente ao analisar o caso em concreto é que o intérprete terá condições de afirmar qual princípio deve prevalecer. Para a ponderação de princípios, o intérprete poderá valer-se de outros princípios, principalmente o da proporcionalidade.

No caso em concreto, o juiz irá analisar se a aplicação de ambos os princípios é adequada e necessária e, se realmente for, não irá excluir

3 Recurso em Mandado de Segurança 5.590/95 DF, rel. Ministro Luiz Vicente Cernicciaro. Superior Tribunal de Justiça. Diário da Justiça, Seção I, p. 20.395.

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totalmente a incidência de um em detrimento do outro. Deverá, sim, reduzir o alcance de um princípio ou, em alguns casos, de ambos, a fim de se chegar a uma decisão que atenda às expectativas de ambas as partes e mantenha os efeitos jurídicos de ambos.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: Os princípios da Administração Pública se aplicam, em igual medida e de acordo com as ponderações determinadas pela situação concreta, a todas as entidades integrantes da Administração direta e indireta.

1.3. Princípios básicos

Segundo a doutrina majoritária, PRINCÍPIOS BÁSICOS da Administração Pública são aqueles previstos expressamente no art. 37 da Constituição Federal, a saber: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência (o famoso L.I.M.P.E.). Nesse sentido, os demais princípios poderiam ser classificados como GERAIS, pois estão previstos em leis esparsas ou são fruto do entendimento doutrinário e jurisprudencial.

Analisando-se os últimos editais publicados pela ESAF, constata-se que a banca tem o hábito de incluir no programa de Direito Administrativo o seguinte tópico: “Administração Pública - princípios básicos”.

Todavia, é importante destacar que as questões elaboradas pela ESAF não se restringem aos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência. As questões também abrangem os demais princípios implícitos impostos à Administração Pública, a exemplo do Princípio da Segurança Jurídica, Princípio da Razoabilidade, Princípio da Proporcionalidade, entre outros.

Desse modo, ao se deparar com o tópico “Administração Pública: princípios básicos” nos editais da ESAF, aconselho que você estude todos os princípios gerais do Direito Administrativo, evitando, assim, eventuais surpresas desagradáveis no momento da prova.

2. Princípios constitucionais expressos

2.1. Princípio da legalidade

Historicamente, a origem do princípio da legalidade baseia-se na Magna “Charta Libertatum”, imposta pelos barões ingleses ao rei João Sem–Terra, no ano de 1215, caracterizando-se como o primeiro esforço inglês de tentar restringir o poder absolutista do rei.

No referido documento estava expresso que "nenhum homem livre será detido ou sujeito à prisão, ou privado de seus bens, ou colocado fora da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado, e nós não procederemos nem mandaremos proceder contra ele senão mediante um julgamento regular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do país".

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Atualmente, o princípio da legalidade pode ser estudado sob dois enfoques distintos: em relação aos particulares e em relação à Administração Pública.

Em relação aos particulares, o princípio da legalidade está consagrado no inciso II, artigo 5º, da Constituição Federal de 1988, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei".

Isso significa que, em regra, somente uma lei (ato emanado do Poder Legislativo) pode impor obrigações aos particulares.

Segundo o saudoso professor Hely Lopes Meirelles, “enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não veda, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza”.

Para ficar mais fácil o entendimento do princípio da legalidade em relação aos particulares, imaginemos o seguinte: Após ter sido aprovado no concurso para o cargo de Analista de Comércio Exterior, você decidiu comemorar a sua vitória em uma churrascaria. Depois de muitos “refrigerantes” e muita carne consumida, foi solicitado ao garçom o valor da conta, que a apresentou no montante de R$ 330,00 (trezentos e trinta reais), sendo R$ 300,00 (trezentos reais) de consumo e mais R$ 30,00 (trinta reais) relativos ao famoso “10%”.

Como não tivemos o atendimento merecido (faltou agilidade e, principalmente, qualidade no serviço), imediatamente você decidiu informar que não pagaria o valor de R$ 30,00 (trinta reais) constante na nota, pois aquela cobrança não seria justa.

Com o objetivo de exigir o pagamento, o gerente da churrascaria compareceu à mesa e afirmou que a referida cobrança estava informada, com letras garrafais, no cardápio. Além disso, alegou também que tal cobrança estava amparada em Convenção Coletiva firmada entre o Sindicato dos restaurantes, churrascarias, bares, meios de hospedagem e similares e o Sindicato dos Garçons.

Pergunta: Nesse caso, você poderá ou não ser obrigado a pagar o valor de R$ 30,00 (10%) calculado sobre o montante do consumo? (Antes de responder à pergunta, é necessário que você saiba que Convenção Coletiva não é lei, pois não foi votada no Poder Legislativo).

Muito simples. Você não é obrigado a pagar o valor de R$ 30,00 porque essa exigência não foi estabelecida através de lei. E, conforme previsto no inciso II, artigo 5º, da CF/1988, para obrigar alguém a fazer alguma coisa é imprescindível o respaldo legal.

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no julgamento da Apelação 2001.01.00.037891-8/DF4, declarou a abusividade da cobrança de gorjeta do particular sem previsão legal.

4 Apelação Cível AC 2001. 01.00.037891-8/DF, rel. Desembargador Federal Souza Prudente. Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Publicado em 13/10/2008.

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CONSTITUCIONAL, CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. COBRANÇA DE ACRÉSCIMO PECUNIÁRIO (GORJETA). PORTARIA Nº. 4/94 (SUNAB). VIOLAÇÃO AO PRINCÍPO DA LEGALIDADE E AO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

I - O pagamento de acréscimo pecuniário (gorjeta), em virtude da prestação de serviço, possui natureza facultativa, a caracterizar a ilegitimidade de sua imposição, por mero ato normativo (Portaria nº. 4/94, editada pela extinta SUNAB), e decorrente de convenção coletiva do trabalho, cuja eficácia abrange, tão-somente, as partes convenientes, não alcançando a terceiros, como no caso, em que se pretende transferir ao consumidor, compulsoriamente, a sua cobrança, em manifesta violação ao princípio da legalidade, insculpido em nossa Carta Magna (CF, art. 5º, II) e ao Código de Defesa do Consumidor (Lei nº. 8.078/90, arts. 6º, IV, e 37, § 1º), por veicular informação incorreta, no sentido de que a referida cobrança estaria legalmente respaldada.

Atenção: O princípio da legalidade, em relação aos particulares, também é conhecido como princípio da autonomia da vontade, pois é assegurada a liberdade para os indivíduos agirem da maneira que entenderem mais conveniente, salvo na existência de proibição legal.

Em relação à Administração, o princípio da legalidade assume um enfoque diferente. Nesse caso, está previsto expressamente no caput, do artigo 37, da Constituição Federal de 1988, significando que a Administração Pública somente pode agir se existir uma norma legal autorizando.

Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, o princípio da legalidade “implica subordinação completa do administrador à lei. Todos os agentes públicos, desde o que ocupe a cúspide até o mais modesto deles, devem ser instrumentos de fiel e dócil realização das finalidades normativas”.

Num primeiro momento, pode até parecer que a necessidade de autorização legal para que a administração possa agir estaria “engessando” a atividade administrativa, além de incentivar o ócio. Entretanto, não é esse o objetivo do referido princípio.

Na verdade, o princípio da legalidade é uma exigência que decorre do próprio Estado de Direito, que impõe a necessidade de submissão ao império da lei. A Administração Pública somente poderá atuar quando autorizada ou permitida por lei. A vontade da Administração é a que decorre da lei e, portanto, os agentes públicos somente poderão fazer o que a lei permitirou autorizar.

O professor Celso Antônio Bandeira de Mello afirma que o princípio da legalidade pode sofrer constrições (restrições) em função de circunstâncias excepcionais, mencionadas expressamente no texto constitucional, como no caso da edição de medidas provisórias, decretação de estado de defesae, ainda, a decretação de estado de sítio pelo Presidente da República.

Assim, é correto concluir que, em situações excepcionais, os particulares podem ser obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa também em virtude de medida provisória ou decretos que instituem estado de defesa ou estado de sítio. Porém, tal obrigação somente ocorre em caráter

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excepcional e em virtude de tais instrumentos possuírem força de lei, apesar de não serem lei em sentido formal.

Pergunta: Mas o que é lei em sentido formal?

É aquela que, em regra, origina-se no Poder Legislativo, com a participação do Poder Executivo e em conformidade com o processo legislativo previsto no texto constitucional. Para que seja caracterizada como formal é irrelevante o conteúdo da lei, basta que tenha surgido do Poder Legislativo.

Pergunta: Aproveitando a oportunidade, o que seria, então, a lei em sentido material?

Lei em sentido material é aquela cujo conteúdo possui caráter genérico(aplicável a um número indefinido e indeterminável de pessoas) e abstrato(aplicável a um número indefinido e indeterminável de situações futuras), independentemente do órgão ou entidade que a tenha criado. Nesse caso, não interessa o processo ou o órgão de criação, mas o seu conteúdo, que deve ser normativo.

Em sentido material, podemos incluir tanto as leis em sentido formalcomo qualquer ato normativo com caráter geral e abstrato, independente de sua origem.

É necessário ficar atento aos comentários dos professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, que afirmam que a atividade administrativa não pode ser contra legem (contra a lei) nem praeter legem (além da lei), mas apenas secundum legem (segundo a lei). Sendo assim, os atos eventualmente praticados em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e, portanto, podem ter sua invalidade decretada pela própria Administração que o haja editado ou pelo Poder Judiciário.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: Em face da sistemática constitucional do Estado brasileiro, regido que é pelo fundamento do Estado Democrático de Direito, a plenitude da vigência do princípio da legalidade (art. 37, caput, da CF) pode sofrer constrição provisória e excepcional (Procurador/PGDF 2007/ESAF).

2.2. Princípio da impessoalidade

O princípio da impessoalidade pode ser analisado sob vários aspectos distintos, a saber:

1º) dever de tratamento isonômico a todos os administrados;

2º) imputação dos atos praticados pelos agentes públicos diretamente às pessoas jurídicas em que atuam;

3º) dever de sempre agir com o intuito de satisfazer o interesse público.

Sob o primeiro aspecto, o princípio da impessoalidade impõe à Administração Pública a obrigação de conceder tratamento isonômico a todos os administrados que se encontrarem em idêntica situação jurídica. Assim, fica vedado o tratamento privilegiado a um ou alguns indivíduos em

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função de amizade, parentesco ou troca de favores. Da mesma forma, o princípio também veda aos administradores que pratiquem atos prejudiciaisao particular em razão de inimizade ou perseguição política, por exemplo.

Nesse caso, tem-se o princípio da impessoalidade como uma faceta do princípio da isonomia, e a obrigatoriedade de realização de concurso público para ingresso em cargo ou emprego público (artigo 37, II), bem como a obrigatoriedade de realização de licitação pela Administração (artigo 37, XXI), são exemplos clássicos de tal princípio, já que proporcionam igualdade de condições para todos os interessados.

O Supremo Tribunal Federal5, por diversas vezes, considerou inconstitucionais dispositivos legais que concediam tratamentos diferenciados a candidatos em concursos públicos.

DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PROVAS DE CAPACITAÇÃO FÍSICA E INVESTIGAÇÃO SOCIAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO PARÁGRAFO 6° DO ART. 10 DA LEI N° 699, DE 14.12.1983, ACRESCENTADO PELA LEI N° 1.629, DE 23.03.1990, AMBAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, COM ESTE TEOR: "§ 6º - Os candidatos integrantes do Quadro Permanente da Polícia Civil do Estado ficam dispensados da prova de capacitação física e de investigação social a que se referem o inciso, I, "in fine", deste artigo, e o § 2°, "in fine", do artigo 11".

1. Não há razão para se tratar desigualmente os candidatos ao concurso público, dispensando-se, da prova de capacitação física e de investigação social, os que já integram o Quadro Permanente da Polícia Civil do Estado, pois a discriminação implica ofensa ao princípio da isonomia.

2. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente pelo Plenário do STF

Em relação ao segundo aspecto, o princípio da impessoalidade determina que os atos praticados pela Administração Pública não podem ser utilizados para a promoção pessoal do agente público, mandamento expresso na segunda parte, do § 1º, artigo 37, da Constituição Federal de 1988:

§ 1º. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Os atos praticados pelos agentes púbicos devem ser imputados à entidade política ou administrativa às quais se encontram vinculados, portanto, não poderão ser utilizados para a promoção pessoal de quem quer que seja.

Pergunta: O prefeito da minha cidade, cujo apelido é Tamanduá, pode eleger como símbolo da administração municipal um tamanduá (animal), com uma enxada nas costas, e colocar um adesivo em cada veículo do município?

Penso que não! Nesse caso, qualquer administrado que olhar para o adesivo em um veículo público estará vendo a “imagem” do prefeito, que tem

5 Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 1.072/RJ, rel. Ministro Sydney Sanches. Supremo Tribunal Federal. Noticiado no Informativo nº. 308.

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como apelido o mesmo nome do animal que foi “escolhido” como símbolo da administração municipal.

Outra pergunta: É possível que um Governador de Estado apareça nas propagandas institucionais veiculadas na televisão e pagas com recursos públicos, noticiando que “ele” foi o responsável pela construção da escola “y”, do asfaltamento da estrada “z”, pela reforma do hospital “X”, etc?

Também não, pois, nesse caso, ele estaria se auto-promovendo através de propaganda custeada com recursos públicos. Ademais, os atos praticados durante a sua gestão devem ser imputados ao Estado e não à figura do Governador.

PARA RESPONDER AS QUESTÕES DA ESAF: É decorrência do princípio da impessoalidade a proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos (Analista em Planejamento/SEFAZ SP 2009/ESAF).

Sob um terceiro aspecto, o princípio da impessoalidade pode ser estudado como uma aplicação do princípio da finalidade, pois o objetivo maior da Administração deve ser sempre a satisfação do interesse público.

A finalidade deve ser observada tanto em sentido amplo quanto em sentido estrito. Em sentido amplo, a finalidade dos atos editados pela Administração Pública sempre será a satisfação imediata do interesse público. Em sentido estrito, é necessário que se observe também a finalidade específica de todo ato praticado pela Administração, que estará prevista em lei.

Pergunta: Qual é a finalidade em sentido amplo, por exemplo, de um ato administrativo de remoção de servidor?

Satisfazer o interesse público, assim como todo e qualquer ato editado pela Administração.

Outra pergunta: E qual seria a finalidade, em sentido estrito, do mesmo ato de remoção de servidor?

Suprir a carência de servidores em outra localidade.

Assim, é possível concluir que quando um ato administrativo de remoção for editado com o objetivo de “punir” um servidor faltoso, estará sendo violado o PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE, já que a remoção não é uma das hipóteses de penalidade que podem ser aplicadas ao servidor público.

Apesar de a Administração ter por objetivo alcançar o interesse público, é válido ressaltar que, em alguns casos, poderão ser editados atos com o objetivo de satisfazer o interesse particular, como acontece, por exemplo, na permissão de uso de um certo bem público (quando o Município, por exemplo, permite ao particular a possibilidade de utilizar uma loja do Mercado municipal para montar o seu estabelecimento comercial).

Nesse caso, o interesse público também será atendido, mesmo que secundariamente. O que não se admite é que um ato administrativo seja

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editado para satisfazer exclusivamente o interesse particular, portanto, fique atento às questões de concurso sobre o tema.

Para responder às questões da ESAF: Lembre-se sempre de que o princípio da impessoalidade pode aparecer como “sinônimo” de princípio da finalidade ou princípio da isonomia.

O professor Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina que o princípio da impessoalidade “traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismos nem perseguições são toleráveis. Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação administrativa”. Afirma ainda o professor que “o princípio em causa não é senão o próprio princípio da igualdade ou isonomia.”

Por outro lado, o professor Hely Lopes Meirelles informa que “o princípio da impessoalidade, referido na Constituição de 1988 (art. 37, caput), nada mais é que o clássico princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal é unicamente aquele que a norma de Direito indica expressamente ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal”.

2.3. Princípio da moralidade

O princípio da moralidade, também previsto expressamente no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades da Administração devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral, pois nem tudo que é legal é honesto.

Como consequência do princípio da moralidade, os agentes públicos devem agir com honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia e demais preceitos éticos.

É válido destacar que a moral administrativa é diferente da moral comum, pois, conforme Hauriou, a moral comum é imposta ao homem para a sua conduta externa, enquanto a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação, que é a satisfação do interesse público.

Em razão de tal princípio, veda-se à Administração Pública qualquer comportamento que contrarie os princípios da lealdade e da boa-fé. Além disso, observe-se que o princípio deve ser respeitado não apenas pelos agentes públicos, mas também pelos particulares que se relacionam com a Administração Pública. Em um processo licitatório, por exemplo, é muito comum o conluio entre licitantes com o objetivo de violar o referido princípio, conforme informa a professora Di Pietro.

Afirma ainda a professora que, em matéria administrativa, sempre que se verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de

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justiça e de equidade, além da ideia comum de honestidade, haverá ofensa ao princípio da moralidade administrativa.

Em virtude de o conceito de moral administrativa ser um pouco vago, impreciso, cuidou-se o legislador de criar a Lei 8.429/92, estabelecendo hipóteses que caracterizam improbidades administrativas, bem como estabelecendo as sanções aplicáveis a agentes públicos e a terceiros, quando responsáveis pela prática de atos coibidos pelo texto normativo.

A doutrina majoritária entende que a “probidade administrativa” seria uma espécie do gênero “moralidade administrativa”, já que estaria relacionada mais propriamente com a má qualidade de uma administração, não se referindo, necessariamente, à ausência de boa-fé, de lealdade e de justeza do administrador público.

Fique atento às questões de concursos, pois, a qualquer momento, você pode se deparar com uma questão em prova afirmando que “probidade” e “moralidade” são expressões idênticas, informação que, segundo a doutrina majoritária, não procede.

Entre os atos de improbidade administrativa coibidos pela lei 8.429/92, estão aqueles que importam enriquecimento ilícito, os que causam prejuízos ao erário e os que atentam contra os princípios da Administração Pública, conforme podemos observar a seguir:

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam Enriquecimento Ilícito

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;

II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado;

III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;

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VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público;

VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza;

X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado;

XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei;

XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Causam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei;

II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;

IV - permitir ou facilitar alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado;

V - permitir ou facilitar aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado;

VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;

VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;

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VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente;

IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento;

X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;

XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular;

XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente;

XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades.

XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº. 11.107, de 2005)

XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº. 11.107, de 2005)

Dos Atos de Improbidade Administrativa que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

I - praticar ato visando a fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência;

II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;

III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo;

IV - negar publicidade aos atos oficiais;

V - frustrar a licitude de concurso público;

VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;

VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

O parágrafo 4º, artigo 37, da CF/1988, não se descuidou de assegurar o respeito à moralidade administrativa, asseverando que:

§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Ainda com o objetivo de resguardar a moralidade administrativa, a Constituição Federal também contemplou, em seu inciso LXXIII, artigo 5º, a Ação Popular, regulada pela Lei 4.717/65. Por meio dessa ação constitucional

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qualquer cidadão pode deduzir a pretensão de anular atos praticados pelo poder público e que estejam contaminados de imoralidade administrativa.

É importante esclarecer também que, na maioria das vezes, quando um ato praticado pela Administração viola um princípio qualquer, como o da impessoalidade, legalidade, publicidade, eficiência, entre outros, estará violando também, consequentemente e num segundo plano, o princípio da moralidade.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: O ato administrativo em consonância com a lei, mas que ofende os bons costumes, as regras da boa administração e os princípios de justiça, viola o princípio da moralidade Analista em Planejamento/SEFAZ SP 2009/ESAF).

2.4. Princípio da publicidade

O princípio da publicidade impõe à Administração Pública a obrigatoriedade de conceder aos seus atos a mais ampla divulgação possível entre os administrados, pois só assim estes poderão fiscalizar e controlar a legitimidade das condutas praticadas pelos agentes públicos.

Ademais, a publicidade de atos, programas, obras e serviços dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social.

O referido princípio encontra amparo no caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, bem como no inciso XXXIII, artigo 5º, que declara expressamente:

XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Conforme é possível constatar da leitura do citado inciso, nem toda informação de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral serão disponibilizadas aos interessados, pois foram ressalvadas aquelas que coloquem em risco a segurança da sociedade e do Estado.

Exemplo: Suponhamos que você tenha formulado uma petição administrativa destinada ao Ministro de Estado da Defesa e que, no seu texto, você tenha solicitado as seguintes informações: quantidade de tanques de guerra que estão em atividade no Brasil; número do efetivo de homens da Marinha, Exército e Aeronáutica, e os endereços dos locais onde ficam guardados os equipamentos bélicos das Forças Armadas.

Pergunta: Será que o Ministro de Estado da Defesa irá lhe fornecer as informações solicitadas?

É lógico que não, pois tais informações são imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado. Imagine o que pode acontecer ao nosso país se essas informações forem parar em mãos erradas? (Hugo Chávez, por exemplo... brincadeira...)

No mesmo sentido, o inciso IX, artigo 93, da CF/1988, estabelece que todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos,

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entretanto, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e aos seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Em decorrência do inciso IX, artigo 93, da CF/1988, as ações que versem sobre direito de família (divórcio, separação judicial, alimentos, investigação de paternidade, entre outras) tramitarão no Poder Judiciário protegidas pelo sigilo, ou seja, as informações serão restritas somente às partes.

Além disso, no caso em concreto, quando o juiz vislumbrar a existência de interesse público, poderá determinar o “segredo de justiça” em um determinado processo judicial a fim de se garantir a efetiva prestação jurisdicional e o princípio da duração razoável do processo (assegurados no inciso LXXVIII, artigo 5º, da CF/88).

A divulgação oficial dos atos praticados pela Administração ocorre, em regra, mediante publicação no Diário Oficial, isso em relação à União, aos Estados e ao Distrito Federal. Em relação aos Municípios, pode ser que algum não possua órgão oficial de publicação de seus atos (Diário Oficial). Nesse caso, a divulgação poderá ocorrer mediante afixação do ato na sede do órgão ou entidade que os tenha produzido.

Exemplo: Caso o ato seja de titularidade do Poder Executivo, poderá ser afixado no quadro de avisos localizado no saguão da Prefeitura. Caso o ato tenha sido editado pelo Poder Legislativo, poderá ser afixado no saguão da Câmara de Vereadores, em um quadro de avisos, a fim de que todos os interessados possam ter acesso e consultá-los quando necessário.

Pergunta: O que pode ser feito quando um indivíduo solicita informações perante órgãos ou entidades públicas e essas informações são negadas ou sequer o pedido é respondido?

Bem, nesse caso, é necessário que analisemos as diversas situações:

1ª) Se as informações requeridas são referentes à pessoa do requerente (informações particulares) e foram negadas pela Administração, será possível impetrar um habeas data (inciso LXXII, artigo 5º, da CF/1988) perante o Poder Judiciário para se ter acesso obrigatório a tais informações;

2ª) Se as informações requeridas são de interesse pessoal do requerente, mas relativas a terceiros (um amigo, por exemplo) e forem negadas pela Administração, será possível impetrar um mandado de segurança perante o Poder Judiciário para se ter acesso obrigatório a tais informações;

3ª) Caso tenha sido requerida a expedição de uma certidão de contagem de tempo de serviço perante o INSS, relativa à pessoa do requerente, e a entidade administrativa tenha se recusado a fornecê-la, a ação constitucional cabível não mais será o habeas data, mas sim o mandado de segurança. Nesse caso, violou-se o direito líquido e certo à certidão e não o direito à informação.

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Destaca-se ainda que a Lei 9.051/95 determina que a Administração tem o prazo de 15 dias para emitir a certidão. Esgotado esse prazo, já é possível impetrar o mandado de segurança para ter acesso à certidão.

Para as questões de concursos públicos, é importante destacar ainda que a publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de sua validade, mas sim condição de eficácia e moralidade.

Somente a partir da publicação é que o ato começará a produzir os seus efeitos jurídicos, mesmo que há muito tempo já esteja editado, aguardando apenas a sua divulgação.

Atenção: Alguns atos administrativos, a exemplo dos atos internos, podem ser divulgados nos boletins internos existentes no interior de vários órgãos e entidades administrativas. Por outro lado, os atos externos devem ser publicados em Diário Oficial, exceto se a lei estabelecer outra forma.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: Se a lei não exigir a publicação em órgão oficial, a publicidade terá sido alcançada com a simples afixação do ato em quadro de editais, colocado em local de fácil acesso do órgão expedidor.

2.5. Princípio da eficiência

Conforme já foi destacado anteriormente, o princípio da eficiência somente foi introduzido no texto constitucional em 1998, com a promulgação da Emenda Constitucional nº. 19. Antes disso, ele era considerado um princípio implícito.

O professor Diógenes Gasparini informa que esse princípio é conhecido entre os italianos como “dever de boa administração” e impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento.

Informa ainda o professor que é a relação custo / benefício que deve presidir todas as ações públicas. Exemplo: não se deve estender rede de energia elétrica ou de esgoto por ruas onde não haja edificações ocupadas; nem implantar redes de iluminação pública em ruas não utilizadas, pois, nesses casos, toda a comunidade arcaria com os seus custos, sem qualquer benefício.

Nesse sentido, o princípio da eficiência está relacionado diretamente com o princípio da economicidade, que impõe à Administração Pública a obrigatoriedade de praticar as atividades administrativas com observância da relação custo-benefício, de modo que os recursos públicos sejam utilizados de forma mais vantajosa e eficiente para o poder público. Esse princípio traduz-se num compromisso econômico com o cumprimento de metas governamentais, objetivando-se sempre atingir a melhor qualidade possível, atrelada ao menor custo.

Parte da doutrina entende que economicidade seria um gênero, do qual a eficiência, a eficácia e a efetividade seriam suas espécies.

Fique atento às dicas fornecidas pelas bancas examinadoras nos concursos públicos. Quando a questão referir-se à relação custo/benefício ou

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resultado/qualidade com menor investimento, primeiramente, tente encontrar entre as alternativas o princípio da economicidade. Caso não o encontre, busque estão o princípio da eficiência como resposta.

Segundo a professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, o princípio da eficiência pode ser estudado sob dois aspectos: em relação ao modo de atuação do agente público e em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública.

Em relação ao primeiro aspecto (atuação do agente público), é importante que você entenda que a introdução do princípio da eficiência no texto constitucional repercutiu diretamente nas relações entre servidores e Administração Pública.

Exemplo: Antes da promulgação da Emenda Constitucional nº. 19/98, constava no artigo 41 da CF/88 que os servidores públicos estáveis somenteperderiam o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe fosse assegurada ampla defesa.

Atualmente, após a promulgação da referida EC 19/98, introduziu-se no artigo 41 da CF/88 mais uma hipótese que pode ensejar a perda do cargo pelo servidor público: procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, desde que assegurada a ampla defesa.

Além disso, o mesmo artigo 41 da CF/88 passou a prever também a obrigatoriedade de o servidor submeter-se a uma avaliação especial de desempenho, realizada por comissão instituída para essa finalidade, como condição para a aquisição da estabilidade.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: O modo de atuação do agente público, em que se espera melhor desempenho de suas funções, visando alcançar os melhores resultados e com o menor custo possível, decorre diretamente do princípio da eficiência (Analista em Planejamento/SEFAZ SP 2009/ESAF).

Em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, o princípio da eficiência consolidou o fim da administração burocrática, preocupada mais com o Estado em si e submetida “cegamente” ao texto legal e à excessiva fixação de regras para se alcançar o objetivo inicialmente pretendido. Isso acabava concedendo aos meios uma importância mais acentuada que os próprios fins almejados pela Administração.

A administração gerencial, consequência do princípio da eficiência, relaciona-se com os conceitos de boa administração, flexibilização, controle finalístico, contrato de gestão, qualidade e cidadão-cliente, voltando-se para as necessidades da sociedade, enfatizando mais os resultados que os próprios meios para alcançá-los.

3. Princípios implícitos

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3.1. Princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado

Apesar de não estar previsto de forma expressa no texto constitucional, o princípio da supremacia do interesse público perante o interesse privado pode ser encontrado no artigo 2º da Lei 9.784/99. Assim, como a citada lei é federal, esse princípio somente pode ser considerado expresso para a Administração Pública Federal.

Respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público, a Administração irá atuar com superioridade em relação aos demais interesses existentes na sociedade. Isso significa que será estabelecida uma relação jurídica “vertical” entre o particular e a Administração, já que esta se encontra em situação de superioridade.

Apesar de tal supremacia, o interesse público não se sobrepõe de forma absoluta ao interesse privado, pois o próprio texto constitucional assegura a necessidade de obediência ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (artigo 5º, XXXVI).

A doutrina majoritária considera esse princípio como o basilar do denominado “regime jurídico-administrativo”. Mas o que é isso? Nesse momento, entenda o regime jurídico-administrativo apenas como o conjunto de normas que concede à Administração Pública uma série de prerrogativas, ou seja, benefícios que não existiriam em uma relação jurídica entre particulares.

Para fins de concursos públicos, é importante destacar a existência das denominadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos, que possibilitam à Administração, por exemplo, modificar ou rescindir unilateralmente o contrato;

Exemplo: Imagine que um determinado Município tenha firmado contrato administrativo com a Construtora Cimentão, após regular processo licitatório, para a construção de 100 (cem) casas populares. Entretanto, em função da crise econômica mundial (que tem sido desculpa para tudo), o Município decidiu diminuir em 20% (vinte por cento) a quantidade de casas que seriam construídas, alterando unilateralmente o contrato.

Pergunta: No exemplo apresentado, o Município pode alterar unilateralmente o contrato, reduzindo para 80 (oitenta) o número de casas a serem construídas?

Sim, pois a Lei 8.666/93 (Lei geral de Licitação) estabelece tal possibilidade no parágrafo 1º de seu artigo 65, que declara que “o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos”.

No exemplo citado, é fácil perceber que a redução do número de casas construídas está amparada no interesse público. No momento da assinatura

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do contrato, a economia brasileira e a mundial estavam em ritmo acelerado, com fartura de crédito e investimentos nacionais e internacionais. Contudo, em virtude da crise mundial, o interesse público passou a exigir do Município certa cautela, o que, em tese, justificou a redução do número de construção de casas inicialmente estabelecido.

Sendo assim, é possível concluir que o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado consiste, basicamente, no exercício de prerrogativas públicas (vantagens) que afastam ou prevalecem sobre os interesses particulares, em regra.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: O princípio da finalidade, ou da supremacia do interesse público, está presente no momento da elaboração da lei, condicionando a atuação do legislador, bem como no momento da sua execução em concreto pela Administração Pública (Procurador de Estado/PGJ RN 2001).

O professor Celso Antônio Bandeira de Mello nos ensina que o “princípio da finalidade impõe que o administrador, ao manejar as competências postas ao seu encargo, atue com rigorosa obediência à finalidade de cada qual. Isto é, cumpre-lhe cingir-se não apenas à finalidade própria de todas as leis, que é o interesse público, mas também à finalidade específica abrigada na lei a que esteja dando execução.”

Alguns autores afirmam que o princípio da finalidade nada mais é do que o próprio princípio da supremacia do interesse público. Isso porque tanto o legislador, no momento da elaboração da lei, quanto o administrador, no momento de sua execução, devem sempre vislumbrar a satisfação do interesse coletivo. A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, por exemplo, afirma que os princípios da supremacia do interesse público e o da finalidade são um só.

Esse é o entendimento que deve ser adotado no momento da resolução das provas da ESAF.

3.2. Princípio da indisponibilidade do interesse público

O princípio da indisponibilidade do interesse público pode ser estudado sob vários aspectos, mas todos eles estabelecendo restrições e limitações à disponibilidade do interesse público. São as denominadas sujeições administrativas.

Como os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem aos seus agentes, mas sim à coletividade, criam-se instrumentos (sujeições) que tenham por fim resguardá-los, permitindo-se que tais bens e interesses sejam apenas gerenciados e conservados pelo Poder Público.

A obrigatoriedade de realização de licitação e concursos públicos são exemplos de instrumentos criados com o objetivo de evitar que os agentes públicos, cujas condutas são imputadas ao Estado, disponham do interesse público.

Com tais sujeições o administrador público fica impedido, por exemplo, de contratar os “colegas” e “indicados” para exercer funções inerentes a

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titulares de cargos de provimento efetivo, sem a realização de concurso público. A obrigatoriedade de realização de concurso público é uma sujeição, uma restrição que se impõe à Administração Pública.

Pergunta: Por que o concurso público é considerado uma sujeição ou restrição?

É simples. Imagine um Prefeito que tenha acabado de tomar posse e esteja iniciando o seu primeiro mandado. Imagine agora que durante a campanha eleitoral o Prefeito “prometeu” fornecer trabalho para a “metade” da cidade. Diante das promessas, após assumir o cargo de Prefeito, qual seria a conduta imediata do representante do povo?

Prover cargos públicos com os “chegados” que o auxiliaram na campanha, os famosos “cabos eleitorais”. Portanto, a exigência de concurso público impede que o Prefeito possa contratar esses seus “apadrinhados”, dispondo do interesse público.

Da mesma forma acontece com a obrigatoriedade de licitação. Suponhamos que o Município necessite adquirir 50 (cinquenta) computadores. Imaginemos agora que o filho do Prefeito tenha uma loja de informática e que possua, de pronta entrega, todos os computadores que o Município precisa adquirir. Ora, seria muito fácil para o Prefeito ligar para o filho dele e solicitar a entrega dos computadores no local indicado, sem precisar fazer licitação.

Entretanto, nesse caso, o Prefeito estaria dispondo do interesse público, o que é vedado pelo princípio em estudo. Para adquirir os referidos computadores, o Município terá que se sujeitar à licitação.

Como consequência da indisponibilidade do interesse público, veda-se ainda que a Administração renuncie ao recebimento de multas, tributos, receitas, entre outros, exceto se houver previsão legal.

Não se admite, por exemplo, que um Auditor Fiscal da Receita Federal realize um “acordo” com um contribuinte qualquer, concedendo-lhe desconto de 50% sobre o total que a União tem a receber, caso o pagamento seja efetuado à vista.

Ora, o agente público somente pode negociar “descontos” com o particular se existir previsão legal. Caso contrário, estará violando expressamente o princípio da indisponibilidade do interesse público, pois abriu mão de recursos que obrigatoriamente deveriam ser pagos pelo contribuinte.

No mesmo sentido, o artigo 2º da Lei 9.784/99 determina que a administração deve sempre perseguir o interesse coletivo ou geral, sendo vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei.

(Analista de Finanças e Controle/CGU 2006/ESAF) Entre os princípios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que são inalienáveis os direitos concernentes ao interesse público.

3.3. Princípios da razoabilidade e da proporcionalidade

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Grande parte da doutrina afirma que os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são sinônimos. Outra parte afirma que tais princípios são autônomos, apesar do fato de a proporcionalidade ser um dos elementos da razoabilidade.

Sendo assim, apresentarei ambos os princípios conjuntamente, mas citando as peculiaridades de cada um para que você não se confunda no momento de responder às questões de prova.

O princípio da razoabilidade está diretamente relacionado ao senso comum do homem médio, do aceitável, do justo, do mediano. Em respeito a tal princípio, as condutas administrativas devem pautar-se no bom senso, na sensatez que guia a atuação do homem mediano, pois, caso contrário, serão invalidadas.

O princípio da razoabilidade tem origem no sistema jurídico anglo-saxão, mas foi no Direito norte-americano que se desenvolveu e ganhou autonomia, como consequência do devido processo legal, servindo de parâmetro obrigatório para a conduta tanto dos administradores quanto do legislador.

Eis aqui uma importante informação que você deve guardar: o princípio da razoabilidade, que é considerado um princípio implícito, deriva do princípio do devido processo legal, este previsto expressamente no inciso LIV, artigo 5º, da CF/1988.

O princípio da razoabilidade, assim como o da proporcionalidade, é considerado implícito, já que não está previsto em uma norma jurídica de caráter geral. Entretanto, é válido destacar que ambos os princípios estão previstos no artigo 2º da Lei 9.784/99, sendo considerados expressos para a Administração Pública Federal.

Da mesma forma, o princípio da razoabilidade também é considerado expresso para o Estado de Minas Gerais, já que a Constituição Estadual Mineira, em seu artigo 13, o consagrou entre os princípios de observância obrigatória para a Administração Pública Estadual.

Art. 13 – A atividade de administração pública dos Poderes do Estado e a de entidade descentralizada se sujeitarão aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e razoabilidade.

A professora Lúcia Valle Figueiredo, na tentativa de distinguir a proporcionalidade da razoabilidade, informa que a proporcionalidade pressupõe a adequação entre os atos e as necessidades, ou seja, “só se sacrificam interesses individuais em função dos interesses coletivos, de interesses primários, na medida da estrita necessidade, não se desbordando que seja realmente indispensável para a implementação da necessidade pública6”.

O princípio da proporcionalidade também pode ser entendido como princípio da “proibição de excesso”, já que o fim a que se destina é justamente limitar as ações administrativas que ultrapassem os limites adequados. Em outras palavras, significa dizer que tal princípio impõe à Administração Pública 6 FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008.

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a necessidade de adequação entre meios e fins, sendo vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (inciso VI, artigo 2º, da Lei 9.784/99).

Para fins de concurso público, que é o nosso foco principal, é importante que você saiba as características tanto da razoabilidade quanto da proporcionalidade, pois algumas bancas examinadoras elaboram questões como se ambos fossem sinônimos. Analisando-se as provas da ESAF, constata-se que a banca costuma se referir individualmente aos citados princípios.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do princípio da proporcionalidade (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF).

3.4. Princípio da autotutela

A Administração Pública, no exercício de suas atividades, frequentemente pratica atos contrários à lei e lesivos aos particulares (o que não é desejável, claro!). Entretanto, na maioria das vezes, a ilegalidade somente é detectada pela Administração depois que o ato administrativo já iniciou a produção de seus efeitos, mediante provocação do particular.

Apesar de ser comum o fato de o particular provocar a Administração para informá-la sobre a prática de um ato ilegal, exigindo a decretação de sua nulidade, tal revisão também pode ser efetuada de ofício, pela própria Administração, independentemente de provocação. É o que afirma a Súmula 346 do Supremo Tribunal Federal:

Súmula nº. 346 - A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

Na verdade, entende a doutrina que não se trata de uma faculdade, uma possibilidade, mas sim um dever da Administração anular o ato quando for ilegal, porque dele não se originam direitos.

Esse dever da Administração está expresso no artigo 53 da Lei 9.784/99:

Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

Ademais, não pode a Administração permanecer inerte diante de uma situação de ilegalidade de que já tem conhecimento, sendo então obrigada a agir, nem que seja para convalidar (corrigir) o ato, quando possível.

A prerrogativa de correção (convalidação) do ato ilegal está prevista no artigo 55 da Lei 9.784/99, que declara:

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

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A possibilidade de a Administração controlar a legalidade de seus próprios atos não afasta a atuação do Poder Judiciário. Caso a Administração se depare com uma situação de ilegalidade e não adote as providências cabíveis, poderá o particular ingressar com uma ação judicial para pleitear a anulação da situação de ilegalidade, se for de seu interesse.

Não são somente os atos ilegais que podem ser revistos pela Administração, mas também os atos legais, quando forem inoportunos e inconvenientes. Neste último caso, o ato está em perfeita conformidade com a lei, mas a Administração decide revogá-lo, pois a sua manutenção não atende mais ao interesse público.

Exemplo: Após ter sido aprovado no estágio probatório, um servidor público federal compareceu ao Departamento de Recursos Humanos do órgão público em que trabalha e pleiteou uma licença para o trato de interesses particulares (iremos estudá-la posteriormente), por 02 (dois) anos. Após analisar o pedido, já que se trata de ato discricionário, a Administração Pública decidiu concedê-lo, pois era um momento oportuno (já que existia uma quantidade razoável de servidores trabalhando – cinco – enquanto a média dos últimos anos sempre foi três). Além disso, também era conveniente conceder a licença, pois, segundo informações informais do servidor, o prazo de dois anos seria utilizado para dedicar-se exclusivamente à conclusão de uma pós-graduação lato sensu, sobre tema relacionado à sua área de atuação no serviço público.

Todavia, assim que a licença foi concedida, coincidentemente, várias situações inesperadas ocorreram. Dos quatro servidores que continuaram exercendo as suas funções no órgão público, um foi escalar o pico Everest nas férias (servidor recém-aprovado no concurso da Receita Federal do Brasil e que não estava conseguindo gastar a integralidade dos vencimentos, sendo obrigado a inventar “moda”) e morreu congelado. Outro decidiu abrir uma pousada em Monte Verde/MG (lugarzinho gostoso para sentir frio, comer e descansar) e pediu exoneração do serviço público. Todos esses acontecimentos ocorreram no curto espaço de 06 (seis) meses após o início da licença para o trato de interesses particulares, solicitada pelo primeiro servidor.

Pergunta: Diante da legalidade da licença, inicialmente concedida pelo prazo de dois anos, poderia a Administração posteriormente revogá-la, alegando inconveniência e inoportunidade em sua manutenção?

É lógico que sim! Nesse exemplo, está claro que no momento da concessão da licença o órgão possuía 05 (cinco) servidores em seu quadro (contando com o servidor licenciado), mas agora, em função dos acontecimentos, restam apenas dois, que não estão conseguindo atender à demanda pelos serviços públicos ofertados pelo órgão.

Nesse caso, é perfeitamente legal e legítima a revogação da licença, pois existe interesse público superveniente que fundamenta a decisão. Esse também é o entendimento da súmula 473 do Supremo Tribunal Federal:

A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por

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motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

PARA RESPONDER AS QUESTÕES DA ESAF: É necessário ficar atento para não confundir o princípio da tutela com o princípio da autotutela, pois são muitas as questões elaboradas pelas bancas com o objetivo de tentar induzir o candidato ao erro, inclusive a ESAF.

O princípio da tutela é consequência do princípio da especialidade. A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro nos informa que, “para assegurar que as entidades da Administração Indireta observem o princípio da especialidade, elaborou-se outro princípio: o do controle ou tutela, em consonância com o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as atividades dos referidos entes, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais”.

Por outro lado, o princípio da autotutela é aquele que assegura à Administração a prerrogativa de controlar os seus próprios atos, anulando-os, quando ilegais, ou revogando-os, quando inconvenientes ou inoportunos.

3.5. Princípio da tutela

O princípio da tutela, também conhecido como “princípio do controle”, permite à Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) controlar a legalidade dos atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Pública Indireta (autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas).

Trata-se de controle de legalidade da atuação administrativa, através da verificação do cumprimento dos programas definidos pelo Governo e determinados em lei, não possuindo fundamento hierárquico, porque não há subordinação entre a entidade controladora e a controlada.

Atenção: Entre a Administração Pública Direta e Indireta existe apenas vinculação, jamais subordinação.

3.6. Princípio da segurança jurídica

Para que o homem possa conduzir os atos de sua vida civil, familiar e profissional, necessita de certo grau de estabilidade, de confiança e de certeza de que as decisões tomadas no dia a dia não serão alteradas unilateralmente, por terceiros, em momento posterior. Assim, é possível programar o futuro e estabelecer projetos a curto, médio e longo prazo.

A necessidade de estabilidade, certeza e confiança se mostra ainda mais latente nas relações entre a Administração e os administrados.

Conforme nos informa a professora Di Pietro, é muito comum, na esfera administrativa, haver mudança de interpretação de determinadas normas

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legais, com a consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior.

Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém, gera uma grande insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação pela própria Administração Pública.

Daí a regra que proíbe a aplicação retroativa de nova interpretação, prevista no artigo 2º, XIII, da Lei 9.784/99:

Art. 2º, parágrafo único: Nos processos administrativos, serão observados, entre outros, os critérios de:

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

Desse modo, a nova interpretação somente poderá ser aplicada a casos futuros, não prejudicando situações que já estavam consolidadas com base na interpretação anterior.

A Constituição Federal de 1988 vai ainda mais longe, pois declara em seu artigo 5º, XXXVI, que nem mesmo a lei poderá prejudicar ato jurídico perfeito, direito adquirido e a coisa julgada.

PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: princípio que melhor se vincula à proteção do administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica, é o da segurança jurídica (Analista de Planejamento/MPOG 2005/ESAF).

3.7. Princípio da continuidade dos serviços públicos

O princípio em estudo declara que o serviço público deve ser prestado de maneira contínua, o que significa dizer que, em regra, não é passível de interrupção, em virtude de sua alta relevância para toda a coletividade. Podemos citar como exemplo de serviços públicos que não podem ser interrompidos a segurança pública, os serviços de saúde, transporte, abastecimento de água, entre outros.

Apesar da obrigatoriedade de prestação contínua, é válido ressaltar que os serviços públicos podem sofrer paralisações ou suspensões, conforme previsto no § 3º, artigo 6º, da Lei 8.987/1995, em situações excepcionais:

§ 3º. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:

I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,

II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Para que o serviço seja prestado de forma contínua, não é necessário que seja prestado todos os dias, mas sim com regularidade.

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O exemplo cotidiano de serviço prestado com regularidade, mas não todos os dias, é o de coleta de lixo. É muito comum encontramos localidades em que o lixo somente é recolhido duas vezes por semana, mas a população tem plena ciência da frequência do serviço, o que não lhe retira a eficiência, a adequação e a continuidade.

Todos aqueles que prestam serviços públicos estão submetidos a certas restrições necessárias à manutenção de sua continuidade, entre elas é possível citar:

1ª) Restrição ao direito de greve: Segundo o artigo 37, VII, da Constituição Federal de 1988, os servidores públicos somente podem exercer o direito de greve nos termos e nos limites definidos em lei específica. Todavia, é válido destacar que até o momento a referida lei específica não foi criada, mas, no julgamento dos mandados de injunção 670, 708 e 712, o Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores públicos poderão utilizar a Lei 7.783/89, que regula a greve dos trabalhadores celetistas, até que o Congresso Nacional providencie a criação da lei a que se refere o artigo 37, VII, da CF/88.

2º) Impossibilidade de alegação da exceção do contrato não cumprido em face da Administração Pública: Em regra, o particular não pode interromper ou suspender a execução de serviços públicos que estejam sob a sua responsabilidade, mesmo que o contrato esteja sendo desrespeitado pela Administração, como acontece na falta dos pagamentos devidos. A impossibilidade de interrupção ou suspensão decorre da aplicação restrita da exceção do contrato não cumprido (“exceptio non adimpleti contratus”) nas relações jurídicas amparadas pelo regime jurídico-administrativo, já que este tem o objetivo de assegurar à Administração prerrogativas que facilitem a satisfação do interesse público. Somente em situações especiais, a exemplo de atraso nos pagamentos devidos por prazo superior a 90 dias, o particular poderá alegar a cláusula da exceção do contrato não cumprido em face da Administração.

Desse modo, é importante esclarecer que a impossibilidade de o particular alegar que a Administração não cumpriu a sua obrigação no contrato, para deixar de prestar o serviço público, não é absoluta.

Com o objetivo de evitar abusos e arbitrariedades por parte da Administração, o legislador estabeleceu, no artigo 78, incisos XIV, XI e XVI, da Lei de Licitações, hipóteses nas quais o particular poderá rescindir o contrato ou optar pela suspensão dos serviços:

• A suspensão de execução do contrato, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvoem caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;

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• O atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidospela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;

• A não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto;

3.8. Princípio da motivação

O princípio da motivação impõe à Administração Pública a obrigação de apresentar as razões de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as razões de direito (o dispositivo legal) que a levaram a praticar determinado ato.

A necessidade geral de motivação dos atos administrativos não está prevista expressamente no artigo 37 da Constituição Federal de 1988, mas consta no artigo 93, X (em relação aos atos administrativos editados pelo Poder Judiciário) e 129, § 4º (em relação aos atos administrativos editados pelo Ministério Público).

Em termos gerais, o princípio da motivação pode ser considerado implícito, pois não existe previsão expressa na Constituição Federal de 1988 de que os atos editados pelo Poder Executivo também devam ser motivados. É claro que se a Constituição Federal impõe a obrigatoriedade de motivação dos atos administrativos do Poder Judiciário e do Ministério Público, implicitamente, também a estende aos atos editados pelo Poder Executivo, que é aquele que possui na edição de atos administrativos a sua função principal, típica.

A Lei 9.784/99, inciso VII, artigo 2º, declara expressamente que nos processos administrativos federais serão indicados os pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão.

Além disso, afirma no § 1º, do artigo 50, que a motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato, o que a doutrina convencionou chamar de motivação aliunde.

A imposição de que a motivação seja explícita, clara e congruente deriva, dentre outros, dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa.

Para que o administrado ou mesmo os agentes públicos (nos casos em que estiverem respondendo a um processo administrativo, por exemplo) possam contestar ou defender-se dos atos administrativos praticados pela Administração, é necessário que tenham pleno conhecimento de seu conteúdo.

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Sendo assim, no momento de motivar o ato, o administrador não pode limitar-se a indicar o dispositivo legal que serviu de base para a sua edição. É essencial ainda que o administrador apresente, detalhadamente, todo o caminho que percorreu para chegar a tal conclusão, bem como o objetivo que deseja alcançar com a prática do ato.

Agindo dessa maneira, o administrador estará permitindo que os interessados possam exercer um controle efetivo sobre o ato praticado, que deve respeitar as diretrizes do Estado Democrático de Direito, o princípio da legalidade, da razoabilidade, proporcionalidade, do devido processo legal, entre outros.

Pergunta: Será que todos os atos administrativos devem ser motivados?

Diante do que escrevi até o momento, parece que sim, não é? Bem, para fins de concursos públicos, devemos ficar atentos a essa pergunta. Embora renomados professores como Diógenes Gasparini e Maria Sylvia Zanella Di Pietro, por exemplo, entendam que todos os atos administrativos devam ser motivados, sejam eles vinculados ou discricionários, é válido destacar que existe uma exceção muito cobrada em concursos públicos: a nomeação e exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão (cargos de confiança).

No momento de nomear um cidadão para ocupar cargo público em comissão (aquele em que não é necessário ser aprovado em concurso público e que possui atribuições de direção, chefia e assessoramento, como o cargo de Secretário Municipal, por exemplo), a autoridade competente não está obrigada a apresentar os motivos, por escrito, que a levaram a optar pelo cidadão “a”, em vez do cidadão “b”.

Da mesma forma, acontece na exoneração. A autoridade competente não está obrigada a apresentar, por escrito, os motivos que a levaram a “dispensar” o ocupante do cargo em comissão, independentemente de quais sejam.

Sendo assim, como o nosso objetivo é ser aprovado em um concurso público, fique atento a essa exceção que comprova que nem todos os atos administrativos devem ser motivados.

Por fim, não confunda o motivo do ato administrativo (que iremos estudar posteriormente) com a necessidade de motivação. O primeiro é a razão de fato e de direito que justificou a edição do ato. O segundo nada mais é que a exposição dos motivos, por escrito, detalhadamente.

Exemplo: Imagine que o Departamento de Recursos Humanos de um determinado órgão público tenha solicitado ao servidor “X” a apresentação de algumas informações e documentos para proceder à atualização de seus dados cadastrais. Contudo, apesar da solicitação formal da Administração, imotivadamente, o servidor se recusou a fornecê-los. Diante do exposto, o servidor será punido com uma advertência em virtude de não ter apresentado as informações e documentos solicitados (motivo), mas, no momento da aplicação da penalidade, a Administração deverá explicar por escrito o “porquê” de ter sido aplicada a referida advertência (motivação).

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PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES DA ESAF: À luz do Princípio da Motivação, a validade do ato administrativo depende do caráter prévio ou da concomitância da motivação pela autoridade que o proferiu com relação ao momento da prática do próprio ato (Procurador/PGDF 2007/ESAF).

3.9. Princípio da especialidade

A Administração Pública brasileira, conforme estudaremos posteriormente, divide-se, didaticamente, em direta e indireta. A Administração Direta é formada pelas entidades estatais, também chamadas de entidades políticas (União, Estados, Municípios e DF), bem como pelos seus respectivos órgãos públicos.

A Administração Indireta é constituída pelas denominadas “entidades administrativas” (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista), que são criadas pelas entidades estatais, por lei ou mediante autorização legal, para exercerem atividades administrativas de forma descentralizada, mas vinculadas às entidades estatais responsáveis pela criação.

Ao criar ou autorizar a criação de uma entidade administrativa, a lei estabelece previamente a sua área de atuação (a sua finalidade), isto é, a sua especialidade. Sendo assim, como a capacidade específica da entidade administrativa foi determinada por lei, somente esta pode alterá-la. Caso os administradores decidam alterar, por conta própria, a especialidade da entidade administrativa na qual atuam, poderão ser responsabilizados nos termos da lei.

Exemplo: A Lei Federal 7.735/89, em 1989, criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Em seu artigo 2º, a lei determinou que o IBAMA teria a natureza jurídica de uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira, e que seria vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Afirmou ainda a lei que a finalidade, ou seja, a especialidade do IBAMA seria exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de meio ambiente; executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a legislação ambiental vigente, dentre outras.

Ora, nesse contexto, caso o Presidente do IBAMA decida emitir ordens no sentido de direcionar a atuação da entidade para uma finalidade diferente daquela prevista na lei, estará violando expressamente o princípio da especialidade, dentre outros.

E aí? Moleza, né!

Essa é a parte teórica relativa aos “Princípios do Direito Administrativo”. Doravante, iremos resolver algumas questões

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cobradas em concursos anteriores da ESAF para que você possa conhecer a nossa forma de abordagem.

Para as próximas aulas teremos um número maior de questões comentadas, já que esta é apena uma AULA DEMONSTRATIVA.

Bons estudos!

Fabiano Pereira

SUPER R.V.P.

1. Não existe hierarquia entre os diversos princípios administrativos. Caso ocorra uma colisão entre princípios, o juiz deverá ponderar, em cada caso, conforme as circunstâncias, qual princípio deve prevalecer;

2. Para responder à questões sobre o princípio da legalidade, lembre-se: enquanto os indivíduos, no campo privado, podem fazer tudo o que a lei não proíbe, o administrador público só pode atuar onde a lei autoriza;

3. O princípio da legalidade, em relação aos particulares, também é conhecido como princípio da autonomia da vontade;

4. Nas campanhas publicitárias dos órgãos e entidades integrantes da Administração Pública não poderão constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos;

5. É muito comum você encontrar em provas questões que se referem à remoção de servidores com o objetivo de punição ou aplicação de penalidade a servidores. Entretanto, a remoção não possui essas finalidades, mas sim o objetivo de suprir a necessidade de pessoal. Portanto, caso seja usada para punir um servidor, restará caracterizado, nesse caso, o famoso “desvio de finalidade” ou “desvio de poder”;

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6. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível (Essa é certa na prova!);

7. A publicação do ato administrativo em órgão oficial de imprensa não é condição de sua validade, mas sim condição de eficácia;

8. Nem todas as informações constantes em bancos de dados públicos serão disponibilizadas aos cidadãos, pois existem algumas que são imprescindíveis à segurança da sociedade e do Estado e, portanto, serão sigilosas;

9. O princípio da eficiência está relacionado diretamente com o princípio da economicidade, que impõe à Administração Pública a obrigatoriedade de praticar as atividades administrativas com observância da relação custo-benefício;

10. Respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público, a Administração irá atuar com superioridade em relação aos demais interesses existentes na sociedade. Isso significa que será estabelecida uma relação jurídica “vertical” entre o particular e a Administração, que se encontra em situação de superioridade;

11. O ato discricionário pode ser revisto pelo Poder Judiciário caso viole os princípios da razoabilidade ou da proporcionalidade;

12. De uma forma geral, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade são considerados implícitos;

13. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial;

14. Os serviços públicos devem ser prestados de forma contínua, sem interrupções, exceto nos casos de emergência ou mediante aviso prévio, quando for necessário, por exemplo, efetuar a manutenção técnica (Princípio da continuidade dos serviços públicos);

15. Em regra, todos os atos administrativos devem ser motivados. Todavia, para fins de concursos públicos, lembre-se que a motivação não é obrigatória nos atos de nomeação e exoneração para os cargos de confiança.

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QUESTÕES COMENTADAS

01. (Analista em Planejamento/SEFAZ SP 2009/ESAF) Quanto aos princípios direcionados à Administração Pública, assinale a opção correta. a) O princípio da legalidade significa que existe autonomia de vontade nas relações travadas pela Administração Pública, ou seja, é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. b) O ato administrativo em consonância com a lei, mas que ofende os bons costumes, as regras da boa administração e os princípios de justiça, viola o princípio da moralidade. c) É decorrência do princípio da publicidade a proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos. d) A Administração Pública pode, por ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados. e) O modo de atuação do agente público, em que se espera melhor desempenho de suas funções, visando alcançar os melhores resultados e com o menor custo possível, decorre diretamente do princípio da razoabilidade.

Comentários

a) O princípio da legalidade pode ser estudado sob dois enfoques distintos: em relação aos particulares e em relação à Administração Pública.

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Em relação aos particulares, o princípio da legalidade está consagrado no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal de 1988, segundo o qual "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei". Isso significa que, em regra, somente uma lei (ato emanado do Poder Legislativo) pode impor obrigações aos particulares, sendo possível afirmar que ao particular é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe (princípio da autonomia da vontade). Por outro lado, em relação à Administração Pública, o princípio da legalidade impõe a obrigatoriedade de que os atos e condutas praticados no âmbito administrativo sejam respaldados por lei, conforme preceitua o caput do artigo 37 da CF/88.

É possível constatar que a banca examinadora simplesmente inverteuas definições do princípio da legalidade em relação à Administração Pública e em relação aos particulares. A assertiva está incorreta porque o princípio da autonomia da vontade se aplica nas relações travadas pelos particulares e não pela Administração.

b) O princípio da moralidade, previsto expressamente no caput do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, determina que os atos e atividades da Administração Pública devem obedecer não só à lei, mas também à própria moral, pois nem tudo que é legal é justo e honesto.

A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro nos informa que “sempre que em matéria administrativa se verificar que o comportamento da Administração ou do administrado que com ela se relaciona juridicamente, embora em consonância com a lei, ofende a moral, os bons costumes, as regras de boa administração, os princípios de justiça e de equidade, a idéia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao princípio da moralidade.” Por isso, está correta a assertiva.

c) A proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos é uma decorrência do princípio da impessoalidade e não do princípio da publicidade.

Isso porque os atos e condutas praticados pelos agentes públicos no exercício da função pública devem ser atribuídos aos órgãos ao qual estão vinculados e não a si próprios. É o que impõe a teoria do órgão, formulada pelo alemão Otto Gierke.

d) O princípio da legalidade impede que a Administração Pública conceda direitos ou imponha vedações e obrigações aos administrados através de ato administrativo. O inciso II do artigo 5º da CF/88 estabelece expressamente que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Portanto, está incorreta a assertiva.

e) O princípio da eficiência, denominado pelos italianos de “dever de boa administração”, impõe aos agentes públicos um modo de atuação pautado no aumento da produtividade, na perfeição dos atos praticados e no bom trato com os administrados.

Desse modo, está incorreta a assertiva ao afirmar que o princípio da razoabilidade cria em relação ao agente público uma exigência de melhor desempenho de suas funções, visando alcançar os melhores resultados e com

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o menor custo possível. Na verdade, essa é uma exigência imposta pelo princípio da eficiência.

GABARITO: LETRA B.

02. (Analista de Finanças e Controle/STN 2008/ESAF) O art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princípios da administração pública brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Consagra-se, com o princípio da publicidade, o dever de a administração pública atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgação possível de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e às repercussões desse princípio, assinale a assertiva incorreta. a) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. b) É assegurada a todos a obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. c) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderá constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo. d) Cabe habeas data a fim de se assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. e) É garantido ao usuário, na administração pública direta e indireta, na forma disciplinada por lei, o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observadas as garantias constitucionais de sigilo.

Comentários

a) Esse é o teor do inciso XXXIII do artigo 5º da CF/88. É importante esclarecer que o direito à informação, assim como os demais direitos fundamentais, não pode ser considerado absoluto. Isso porque as informações que sejam imprescindíveis à segurança do Estado e da sociedade poderão ser conservadas em sigilo e, portanto, está correta a assertiva.

O artigo 2º do Decreto Federal nº 4.553/02 declara que “são considerados originariamente sigilosos, e serão como tal classificados, dados ou informações cujo conhecimento irrestrito ou divulgação possa acarretar qualquer risco à segurança da sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das pessoas”.

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b) O direito de obter certidão para a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal também está assegurado expressamente no inciso XXXIV do artigo 5º da CF/88, o que torna a assertiva correta.

Para responder às questões de concursos públicos, lembre-se sempre de que a negativa por parte dos órgãos e entidades públicas em fornecer a certidão requerida pelos administrados, independentemente do pagamento de taxas, pode ensejar a propositura do mandado de segurança. É muito comum encontrar assertivas em provas afirmando incorretamente que a ação constitucional cabível para se ter acesso a certidões negadas pela Administração é o habeas data, portanto, fique atento.

c) Como conseqüência do princípio da impessoalidade, na divulgação dos atos e programas dos órgãos públicos não poderá constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Portanto, está incorreta a assertiva.

d) O texto da assertiva está em conformidade com o teor do inciso LXXII do artigo 5º da CF/88. Ademais, é importante destacar ainda que o habeas data também poderá ser proposto para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

e) A participação do usuário na administração pública direta e indireta está garantida no § 3º do artigo 37 da CF/88 e deverá ser regulamentada por lei, que, dentre outras situações, deverá prever o procedimento para as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços e a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. Assertiva correta.

GABARITO: LETRA C

03. (Especialista em Políticas Públicas/MPOG 2008/ESAF) A Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, introduzida no direito brasileiro em decorrência do movimento da globalização. Destarte, assinale qual princípio da administração pública, especificamente, que as autarquias ou fundações governamentais qualificadas como agências executivas visam observar nos termos do Decreto n. 2.487/98: a) eficiência b) moralidade c) legalidade d) razoabilidade e) publicidade

Comentários

A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva poderá ser conferida mediante iniciativa do Ministério responsável pela sua

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área de atuação, com anuência do Ministério do Planejamento, que verificará o cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos seguintes requisitos:

1º) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor;

2º) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional, voltado para a melhoria da qualidade da gestão e para a redução de custos, já concluído ou em andamento.

O plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional das entidades candidatas à qualificação como Agências Executivas contemplará vários objetivos, todos eles arrolados no artigo 2º do Decreto Federal 2.487/98. Dentre esses objetivos é possível citar o reexame dos processos de trabalho, rotinas e procedimentos, com a finalidade de melhorar a qualidade dos serviços prestados e ampliar a eficiência e eficácia de sua atuação.

De uma forma em geral, é possível constatar que as autarquias e fundações públicas que se qualificam como Agências Executivas vislumbram sempre o aumento da eficiência no exercício de suas atividades administrativas.

GABARITO: LETRA A.

04. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) Quanto à aplicação de princípios constitucionais em processos administrativos, é entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal, constituindo súmula vinculante para toda a administração e tribunais inferiores, que, nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa a) mesmo quando da decisão não resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. b) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, sem exceção. c) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. d) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive na apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. e) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, exceto reforma e pensão.

Comentários

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O texto da súmula vinculante nº 3, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal em 30/05/2007, afirma que “nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão”.

Perceba que o próprio texto da súmula vinculante apresenta a ressalva de que não é necessário assegurar o contraditório e a ampla defesa no procedimento de apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que o ato administrativo de concessão de aposentadoria configura-se como complexo, isto é, somente está apto a produzir a plenitude de seus efeitos com o registro no Tribunal de Contas. Antes do controle de legalidade do Tribunal de Contas, o ato administrativo de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão ainda não está completo, sendo considerado um ato imperfeito. Nas palavras do professor Hely Lopes Meirelles, ato imperfeito “é o que se apresenta incompleto na sua formação ou carente de um ato complementar para tornar-se exeqüível e operante”.

Lembre-se sempre de que o ato de concessão de aposentadoria, reforma ou pensão somente completa o seu ciclo de formação após o registrorealizado no Tribunal de Contas, portanto, não há que se falar em contraditório e ampla defesa no período compreendido entre a concessão de aposentadoria pela Administração e o controle de legalidade exercido pelo Tribunal de Contas.

GABARITO: LETRA C.

05. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública: a) Publicidade. b) Moralidade. c) Legalidade. d) Proporcionalidade. e) Impessoalidade.

Comentários

O art. 37 da CF/1988 apresenta um rol de princípios expressos que devem ser obrigatoriamente observados no âmbito da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a exemplo da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

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Todavia, é importante esclarecer que a atuação administrativa também se submete a diversos outros princípios implícitos, a exemplo do princípio da proporcionalidade, que deriva do princípio do devido processo legal.

Nas palavras do professor José dos Santos Carvalho Filho, “para que a conduta estatal observe o princípio da proporcionalidade, há de revestir-se de tríplice fundamento: 1) adequação, significando que o meio empregado na atuação deve ser compatível com o fim colimado; 2) exigibilidade, porque a conduta deve ter-se por necessária, não havendo outro meio menos gravoso ou oneroso para alcançar o fim público, ou seja, o meio escolhido é o que causa o menor prejuízo possível para os indivíduos; 3) proporcionalidade em sentido estrito, quando as vantagens a serem conquistadas superarem as desvantagens”.

Diante dos comentários apresentados, constata-se que a observância da adequação e da exigibilidade constitui fundamento da proporcionalidade.

GABARITO: LETRA D.

06. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) Relativamente à necessidade de estabilização das relações jurídicas entre os cidadãos e o Estado, há dois princípios que visam garanti-la. Assinale a resposta que contenha a correlação correta, levando em consideração os aspectos objetivos e subjetivos presentes para a estabilização mencionada.

( ) Boa-fé; ( ) Presunção de legitimidade e legalidade dos atos da Administração; ( ) Prescrição; ( ) Decadência.

(1) Segurança Jurídica - aspecto objetivo. (2) Proteção à confiança - aspecto subjetivo.

a) 1 / 1 / 2 / 2. b) 2 / 1 / 2 / 1. c) 2 / 2 / 1 / 1. d) 1 / 1 / 1 / 2. e) 2 / 2 / 2 / 1.

Comentários

O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que “no direito comparado, especialmente no direito alemão, os estudiosos se têm dedicado à necessidade de estabilização de certas situações jurídicas, principalmente em virtude do transcurso do tempo e da boa-fé, e distinguem os princípios da segurança jurídica e da proteção à confiança. Pelo primeiro, confere-se relevo ao aspecto objetivo do conceito, indicando-se a inafastabilidade da estabilização jurídica; pelo segundo, o realce incide sobre o aspecto

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subjetivo, e neste se sublinha o sentimento do indivíduo em relação a atos, inclusive e principalmente do Estado, dotados de presunção de legitimidade e aparência de legalidade”.

A boa-fé e a presunção de legitimidade e legalidade dos atos da Administração estão relacionados com o aspecto subjetivo da estabilização das relações jurídicas, enquanto a prescrição e a decadência referem-se ao aspecto objetivo, pois fixam um prazo específico para que a Administração possa anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários, por exemplo.

GABARITO: LETRA C.

07. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) O princípio constitucional do Direito Administrativo, cuja observância forçosa, na prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da a) legalidade. b) publicidade. c) impessoalidade. d) razoabilidade. e) moralidade.

Comentários

O princípio da impessoalidade está previsto expressamente no caput do art. 37 da CF/1988 e impõe que os atos praticados pela Administração tenham por finalidade a satisfação do interesse público, vedando, assim, que a atuação administrativa seja direcionada com o objetivo de beneficiar ou prejudicar pessoas determinadas.

É importante destacar que o § 1º do art. 37 da CF/1988 apresenta outra manifestação do princípio da impessoalidade, ao afirmar que “a publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”

Isso significa que o texto constitucional proíbe que o agente público utilize-se do aparelhamento estatal para realizar sua promoção pessoal, como acontece, por exemplo, quando afirma que foi ele o responsável pela construção de determinada rodovia, pela reforma do hospital municipal, pela arborização do parque, etc. Lembre-se sempre de que os atos praticados pelos agentes públicos devem ser imputados à pessoa jurídica a qual estão vinculados, e não a si próprios.

GABARITO: LETRA C.

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08. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) Assinale a opção que elenque dois princípios norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9.784/99. a) Legalidade / moralidade. b) Motivação / razoabilidade. c) Eficiência / ampla defesa. d) Contraditório / segurança jurídica. e) Finalidade / eficiência.

Comentários

O art. 37 da CF/1988 prevê que “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

Esses princípios são considerados expressos, pois é possível identificar, claramente, o “nome” de cada um deles no texto constitucional. É o que acontece, por exemplo, com o princípio da moralidade. O nome desse princípio não é “princípio do respeito à ética e à moral”, mas sim MORALIDADE, com todas as letras!

Por outro lado, princípios implícitos são aqueles que não estão grafados expressamente em uma norma jurídica de caráter geral, pois derivam dos estudos doutrinários e da jurisprudência. São princípios cujos nomes nãoirão constar claramente no texto constitucional ou legal, mas que, de qualquer forma, vinculam as condutas e atos praticados pela Administração Pública.

Um bom exemplo a ser citado é o princípio da razoabilidade. Perceba que não existe qualquer dispositivo constitucional que determine, expressamente, que as atividades administrativas sejam razoáveis, isto é, pautadas no bom senso. Isso porque o princípio da razoabilidade encontra-se implícito no texto constitucional, sendo uma conseqüência do princípio do devido processo legal, este sim previsto expressamente no inc. LIV do art. 5º da CF/1988.

O mesmo ocorre em relação ao princípio da motivação. Não existe qualquer dispositivo constitucional que determine, expressamente, que a Administração Pública esteja obrigada a motivar os seus atos administrativos. Tal obrigatoriedade constitucional restringe-se aos atos administrativos editados pelo Poder Judiciário (art. 93, X, CF/1988) e aos atos administrativos editados pelo Ministério Público (129, § 4º, CF/1988). De qualquer forma, entende a doutrina majoritária que o princípio da motivação deve ser considerado implícito em relação aos demais órgãos e entidades integrantes da Administração Pública.

Apesar de não constarem expressamente no texto constitucional, é importante esclarecer que os princípios da motivação e da razoabilidade estão explícitos no art. 2º da Lei 9.784/99, que é claro ao afirmar que “a Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,

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finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.”

GABARITO: LETRA B.

09. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Assinale a opção correta relativa à Administração Pública na Constituição Federal de 1988. a) A Constituição Federal não proíbe a nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) Em obediência ao princípio da publicidade, instituição financeira não pode invocar sigilo bancário para negar ao Ministério Público informações e documentos sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos com recursos subsidiados pelo erário, em se tratando de requisição para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público. c) A lei que posteriormente é declarada inconstitucional perece mesmo antes de nascer, por isso, os efeitos eventualmente por ela produzidos não podem incorporar-se ao patrimônio dos administrados, ainda que se considere o princípio da boa-fé. d) Antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na segunda etapa do processo seletivo, mas a Administração Pública não pode, enquanto não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie. e) Os bens e o interesse público são indisponíveis, porque pertencem à coletividade. O Administrador é mero gestor da coisa pública e não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, que não pode ser atenuado.

Comentários

a) O texto da assertiva está incorreto, pois contraria o conteúdo da súmula vinculante nº 13, aprovada pelo Supremo Tribunal Federal em 21/08/2008.

Lembre-se sempre de que “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na

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administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”

b) No julgamento do Mandado de Segurança 21.729-4/DF, que teve como redator do acórdão o Ministro Néri da Silveira, o Supremo Tribunal Federal decidiu que, em respeito ao princípio da publicidade, “não cabe ao Banco do Brasil negar, ao Ministério Público, informações sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos pela instituição, com recursos subsidiados pelo erário federal, sob invocação do sigilo bancário, em se tratando de requisição de informações e documentos para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público.”

Desse modo, constata-se que o texto da assertiva simplesmente reproduziu o entendimento do Supremo Tribunal Federal, e, portanto, deve ser considerado correto.

c) Ao julgar o Agravo Regimental no Recurso Extraordinário 359.043-0/AM, em 03/10/2006, o Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento de que “embora a lei inconstitucional pereça mesmo antes de nascer, os efeitos eventualmente por ela produzidos podem incorporar-se ao patrimônio dos administrados, em especial quando se considere o princípio da boa-fé”. Com fundamento em tal princípio, o Supremo Tribunal Federal permitiu que um servidor público do Estado do Amazonas continuasse a receber a integralidade de seus proventos de aposentadoria, mesmo com a declaração de inconstitucionalidade da lei estadual que lhe assegurava a incorporação de uma vantagem pecuniária prevista em seu texto.

Para tentar confundir o candidato, a ESAF inverteu o sentido do entendimento do Supremo Tribunal Federal, tornando incorreta a assertiva.

d) No julgamento do Recurso Extraordinário 290.346, de relatoria do Ministro Ilmar Galvão, o Supremo Tribunal Federal decidiu que “em face do princípio da legalidade, pode a Administração Pública, enquanto não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie, visto que, antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na segunda etapa do processo seletivo." Assertiva incorreta.

e) O Supremo Tribunal Federal, ao decidir o Recurso Extraordinário 253885-0/MG, de relatoria da Ministra Ellen Gracie, decidiu que “em regra, os bens e o interesse público são indisponíveis, porque pertencem à coletividade. E, por isso, o Administrador, mero gestor da coisa pública, não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização. Todavia, há casos em que o princípio da indisponibilidade do interesse público deve ser atenuado, mormente quando se tem em vista que a solução adotada pela Administração é a que melhor atenderá à ultimação deste interesse”.

No citado Recurso Extraordinário, o Município de Santa Rita do Sapucaí/MG tentava desconstituir acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais que manteve sentença homologatória de transação (acordo) celebrada

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entre alguns servidores e o respectivo Município, consistente no pagamento de verbas remuneratórias devidas e atrasadas. Após ter realizado o “acordo”, o Município concluiu que não poderia tê-lo feito, diante da inexistência de lei que autorizasse tal conduta, e, nesse sentido, tentou desfazê-lo.

Todavia, o Supremo Tribunal Federal entendeu que, no caso em concreto, não seria necessária a existência de lei para autorizar a transação realizada pelo Município, pois o acordo celebrado não era oneroso e nem comprometia bens, afetação de verbas ou gerava aumento de despesas para a municipalidade. Na verdade, tratava-se apenas de um mero ressarcimento decorrente de sua responsabilidade administrativa, isto é, pagamento de “salários” devidos.

Sendo assim, deve ficar claro há casos em que o princípio da indisponibilidade do interesse público pode ser atenuado, o que invalida a assertiva.

GABARITO: LETRA B.

10. (Processo Seletivo/União 2009/ESAF) Nos termos da Constituição da República, são princípios a serem obedecidos pela administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto: a) impessoalidade. b) legalidade. c) eficiência. d) essencialidade. e) moralidade.

Comentários

Eis uma questão muito simples, que exigiu do candidato o conhecimento do teor do art. 37 da CF/1988, que impõe à administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios o respeito ao aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (o famoso L.I.M.P.E.)

Perceba que o texto constitucional não faz qualquer referência ao “princípio da essencialidade” (que eu desconheço), portanto, deve ser marcada como resposta a letra “d”.

GABARITO: LETRA D.

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RELAÇÃO DE QUESTÕES COMENTADAS – COM GABARITOS

01. (Analista em Planejamento/SEFAZ SP 2009/ESAF) Quanto aos princípios direcionados à Administração Pública, assinale a opção correta. a) O princípio da legalidade significa que existe autonomia de vontade nas relações travadas pela Administração Pública, ou seja, é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. b) O ato administrativo em consonância com a lei, mas que ofende os bons costumes, as regras da boa administração e os princípios de justiça, viola o princípio da moralidade. c) É decorrência do princípio da publicidade a proibição de que conste nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos em divulgação de atos, programas ou campanhas de órgãos públicos.

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d) A Administração Pública pode, por ato administrativo, conceder direitos de qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados. e) O modo de atuação do agente público, em que se espera melhor desempenho de suas funções, visando alcançar os melhores resultados e com o menor custo possível, decorre diretamente do princípio da razoabilidade.

02. (Analista de Finanças e Controle/STN 2008/ESAF) O art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princípios da administração pública brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Consagra-se, com o princípio da publicidade, o dever de a administração pública atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgação possível de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e às repercussões desse princípio, assinale a assertiva incorreta. a) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. b) É assegurada a todos a obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. c) Da publicidade dos atos e programas dos órgãos públicos poderá constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos, desde que tal iniciativa possua caráter educativo. d) Cabe habeas data a fim de se assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. e) É garantido ao usuário, na administração pública direta e indireta, na forma disciplinada por lei, o acesso a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observadas as garantias constitucionais de sigilo.

03. (Especialista em Políticas Públicas/MPOG 2008/ESAF) A Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, introduzida no direito brasileiro em decorrência do movimento da globalização. Destarte, assinale qual princípio da administração pública, especificamente, que as autarquias ou fundações governamentais qualificadas como agências executivas visam observar nos termos do Decreto n. 2.487/98: a) eficiência b) moralidade c) legalidade d) razoabilidade e) publicidade

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04. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) Quanto à aplicação de princípios constitucionais em processos administrativos, é entendimento pacificado no Supremo Tribunal Federal, constituindo súmula vinculante para toda a administração e tribunais inferiores, que, nos processos perante o Tribunal de Contas da União, asseguram-se o contraditório e a ampla defesa a) mesmo quando da decisão não resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. b) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, sem exceção. c) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. d) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive na apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. e) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, inclusive a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, exceto reforma e pensão.

05. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública: a) Publicidade. b) Moralidade. c) Legalidade. d) Proporcionalidade. e) Impessoalidade.

06. (Analista de Planejamento e Orçamento/MPOG 2010/ESAF) Relativamente à necessidade de estabilização das relações jurídicas entre os cidadãos e o Estado, há dois princípios que visam garanti-la. Assinale a resposta que contenha a correlação correta, levando em consideração os aspectos objetivos e subjetivos presentes para a estabilização mencionada.

( ) Boa-fé; ( ) Presunção de legitimidade e legalidade dos atos da Administração; ( ) Prescrição; ( ) Decadência.

(1) Segurança Jurídica - aspecto objetivo.

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(2) Proteção à confiança - aspecto subjetivo.

a) 1 / 1 / 2 / 2. b) 2 / 1 / 2 / 1. c) 2 / 2 / 1 / 1. d) 1 / 1 / 1 / 2. e) 2 / 2 / 2 / 1.

07. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) O princípio constitucional do Direito Administrativo, cuja observância forçosa, na prática dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse público, é o da a) legalidade. b) publicidade. c) impessoalidade. d) razoabilidade. e) moralidade.

08. (Analista de Finanças e Controle/CGU 2008/ESAF) Assinale a opção que elenque dois princípios norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9.784/99. a) Legalidade / moralidade. b) Motivação / razoabilidade. c) Eficiência / ampla defesa. d) Contraditório / segurança jurídica. e) Finalidade / eficiência.

09. (Analista Administrativo/ANA 2009/ESAF) Assinale a opção correta relativa à Administração Pública na Constituição Federal de 1988. a) A Constituição Federal não proíbe a nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. b) Em obediência ao princípio da publicidade, instituição financeira não pode invocar sigilo bancário para negar ao Ministério Público informações e documentos sobre nomes de beneficiários de empréstimos concedidos com recursos subsidiados pelo erário, em se tratando de requisição para instruir procedimento administrativo instaurado em defesa do patrimônio público. c) A lei que posteriormente é declarada inconstitucional perece mesmo antes de nascer, por isso, os efeitos eventualmente por ela produzidos

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não podem incorporar-se ao patrimônio dos administrados, ainda que se considere o princípio da boa-fé. d) Antes do provimento do cargo, o candidato tem mera expectativa de direito à nomeação ou, se for o caso, à participação na segunda etapa do processo seletivo, mas a Administração Pública não pode, enquanto não concluído e homologado o concurso público, alterar as condições do certame constantes do respectivo edital, para adaptá-las à nova legislação aplicável à espécie. e) Os bens e o interesse público são indisponíveis, porque pertencem à coletividade. O Administrador é mero gestor da coisa pública e não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, que não pode ser atenuado.

10. (Processo Seletivo/União 2009/ESAF) Nos termos da Constituição da República, são princípios a serem obedecidos pela administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exceto: a) impessoalidade. b) legalidade. c) eficiência. d) essencialidade. e) moralidade.

GABARITO

01.B 02.C 03.A 04.C 05.D 06.C 07.C 08.B

09.B 10.D

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Apresentação

Olá! É com grande prazer que iniciamos nosso curso para Analista da

Receita Federal do Brasil.

Meu nome é Décio Terror Filho. Atuo no ensino da Língua Portuguesa

para concurso público há doze anos e venho estudando as principais

estratégias de abordagem de prova das diversas bancas. Sou professor

concursado na área federal. Tenho alguns artigos publicados em revistas

direcionadas para concurso público e portais de ensino.

Nossa estratégia é que você NÃO DECORE NADA e este curso vai lhe

provar isso, com base nas questões de provas anteriores comentadas durante

as aulas. Nosso estudo segue o último edital e quem promoveu o curso foi a

banca ESAF.

Na Seleção do material para nossas aulas, focarei as questões apenas

da banca ESAF de nível superior, podendo ocorrer, em determinados temas,

algumas questões de nível médio, para aprofundarmos nos assuntos e

praticarmos mais.

Você terá uma base teórica e em seguida a aplicação em questões

comentadas. Ao final serão elencadas as mesmas questões para sua revisão,

porém sem o comentário.

A partir da aula 1, haverá questões de CERTO e ERRADO e de marcação

de alternativas. Isso ocorre porque a banca ESAF, em apenas uma questão,

explora, muitas vezes, 5 temas diferentes. Então ficaria difícil abordar uma

questão sem que tivéssemos explicado todos os assuntos. Por isso, destaquei

das questões de vários temas o que é importante para cada aula. A partir da

quinta aula, em que teremos mais volume de matéria, as questões de cinco

alternativas estarão mais presentes.

Português p/ Analista RFB (teoria e questões comentadas)

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Outra coisa importante a ser comentada: as questões em concurso são

cíclicas! O que quero dizer com isso? Em concurso, não podemos estudar ou

enfatizar provas que caíram só neste ano. É natural que enfatizemos as provas

mais atuais, mas não desvalorizemos provas antigas; pois aprendemos muito

com elas e há forte tendência por determinados tipos de cobrança voltarem.

Isso é normal.

Veja o programa previsto no edital anterior.

1. Compreensão textual.

2. Ortografia.

3. Semântica.

4. Morfologia.

5. Sintaxe.

6. Pontuação.

A distribuição dos assuntos nas aulas foi feita de maneira a abordar mais

facilmente a matéria e a resolução das questões, por isso não seguiremos

fielmente a ordenação, nem aprofundaremos demais em assuntos que não

tenham tantas ocorrências nas provas anteriores, pois o que importa neste

módulo é a prática daquilo que REALMENTE cai. Assim, o conteúdo será

esquematizado para ser exercitado.

Críticas ao material e à abordagem do professor são sempre bem-vindas

e não há qualquer melindre em recebê-las, mesmo porque o FOCO é seu

aproveitamento e VOCÊ TEM TODO O DIREITO DE SUGERIR, QUESTIONAR,

SOLICITAR MAIS EXPLICAÇÕES, MAIS QUESTÕES etc.

Conteúdo Programático:

Aula 00: Apresentação do curso e Ordenação de frases.

Aula 01: Pontuação (com os termos coordenados e com os termos subordinados adverbiais) e conjunções.

Aula 02: Sintaxe da oração, do período composto por subordinação substantiva e adjetiva e pontuação.

Aula 03: Concordância Verbal e Nominal.

Aula 04: Regência Verbal e Nominal.

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Aula 05: Crase e interpretação de texto.

Aula 06: Emprego das classes de palavras.

Aula 07: Significação das palavras e continuação coesa e coerente.

Aula 08: Ortografia, acentuação gráfica (Reforma Ortográfica) e interpretação de texto.

Aula 09: Provas comentadas na íntegra.

Veja que acrescentei interpretação de texto em duas aulas, para que possamos ter mais espaço para trabalharmos esse assunto de grande relevância.

Então, vamos à nossa aula demonstrativa!!!!

(Ordenação de frases)

Este é um tema típico da ESAF. Ele é simples, mas muitas pessoas perdem tempo ou não entendem a sua estrutura e acabam errando durante a prova.

Para a resolução das questões de ordenação de frases, tomemos por base a seguinte questão:

Questão 1: MPOG 2005 Analista de Planejamento e Orçamento Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a sequência correta.

( ) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

( ) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

( ) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

( ) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º

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e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

SEMPRE SIGA OS SEGUINTES PASSOS PARA ESTE TIPO DE QUESTÃO:

1º Procure a frase que possa iniciar o texto. Sabemos que a frase que inicia um texto não possui palavras que façam

referência a uma frase anterior, pois ela é a inicial. Assim, neste tipo de questão, evite as palavras que traduzam uma referência a vocábulo supostamente dito anteriormente.

Dessa forma, a frase iniciada por “Por exemplo” precisa de um fato ou afirmação anterior, para ser exemplificado(a). Então não se pode iniciar o texto com essa frase.

Na frase iniciada por “Como superar essa dificuldade”, o pronome demonstrativo “essa” necessita de um referente em frase anterior. Portanto não se pode iniciar o texto com essa frase.

A frase iniciada por “Como instrumento de integração econômica” não possui elemento que faça referência a alguma frase anterior. Ela transmite uma ideia geral que será desenvolvida posteriormente. Assim, possivelmente esta será a frase inicial do texto.

A frase iniciada por “São avanços que exigem tempo” necessita de uma frase anterior que tenha falado de algum avanço, crescimento etc. Portanto essa frase também não pode iniciar o texto.

A expressão “Dessa forma” que inicia a última frase desta questão definitivamente não pode iniciar um texto, pois necessita de alguma afirmação anterior.

Assim, verificamos que realmente a frase iniciada por “Como instrumento de integração econômica” é a que inicia o texto. Então, coloque nela o ordinal “1º”. 2º Note a sequência que se formou:

( ) ( ) (1º) ( ) ( )

Para visualizarmos essa sequência na resposta, temos que “deitá-la”, como a sequência abaixo:

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Passo 1 Passo 2 ( ) ( ) (1º) ( ) ( )

( ) ( ) (1º) ( ) ( )

Passo 3 Passo 4

( ) ( ) (1º) ( )

( )

( ) ( ) (1º) ( ) ( )

3º Vá às respostas e procure eliminar as alternativas que não possuam a sequência acima.

a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

4º Todo o seu trabalho agora será executado pelas respostas, pegue na sequência cada uma das alternativas possíveis (as que não foram eliminadas) e veja se a ordenação é coerente:

De acordo com a alternativa A (2º, 4º, 1º, 5º, 3º), a frase que viria na sequência seria a iniciada por “Por exemplo”. Isso está coerente, porque a exemplificação que se fará nesta frase confirma que “os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos”.

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(2°) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

( ) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

(1°) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

( ) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)

a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

Como a alternativa se fez coerente, continuemos com sua sequência:

Segundo essa alternativa, a frase sequencial seria a iniciada por “Dessa forma”, pois essa expressão faz referência aos regimes de câmbio diferenciados e às moedas com trajetórias distintas, causando desequilíbrios que afetam a “competitividade”. Esta palavra foi retomada na outra frase por “competição”.

Veja:

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(2°) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

( ) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

(1°) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

(3°) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

Observação: Note que, a partir de agora, já está claro que a alternativa correta é a

(A). Daqui você já partiria para a resolução da outra questão. Mas, por motivos didáticos, vamos comentar o restante desta questão.

O vocábulo “atritos” é retomado pela frase iniciada por “Como superar essa dificuldade?”.

Veja:

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(2°) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

(4°) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

(1°) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

(3°) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

Na última frase, podemos ver que os “avanços” se referem a “ação mais coordenada”:

(2°) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

(4°) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

(1°) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

(5°) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

(3°) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

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(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

Veja uma outra questão passo a passo!!!!

Questão 2: MPOG 2005 Analista de Planejamento e Orçamento Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e assinale a sequência correta.

( ) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão condicionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país.

( ) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do investidor, a redução dos custos de registro das operações, o aumento da concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM.

( ) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes.

( ) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, contribuiria para acelerar o crescimento econômico.

(Editorial, O Estado de S. Paulo,19/6/2005)a) 4º, 2º, 1º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 4º c) 1º, 4º, 3º, 2º d) 3º, 1º, 2º, 4º e) 4º, 3º, 1º, 2º

A resolução desta questão segue os passos da anterior. Por isso vamos direto ao ponto. Qualquer dúvida volte à sequência demonstrada na anterior.

Para acharmos a primeira frase na ordenação, não pode haver referência a termo dito anteriormente. Assim, na primeira frase “esse mercado” necessita de referente anterior. Na frase 2, a expressão “O plano” faz referência a algum plano dito anteriormente. A frase 3 não possui referente a elemento anterior. Na frase 4, a expressão “tal mercado” pede referente.

Portanto, a primeira frase da ordenação é a iniciada por “A Comissão de Valores”.

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A partir de agora, você elimina as alternativas divergentes (C, D) e procura a primeira das alternativas (A) que possua essa frase inicial, para seguir sua sequência. Veja o esquema abaixo:

( ) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão condicionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país.

( ) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do investidor, a redução dos custos de registro das operações, o aumento da concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM.

(1°) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes.

( ) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, contribuiria para acelerar o crescimento econômico.

(Editorial, O Estado de S. Paulo,19/6/2005)a) 4º, 2º, 1º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 4º c) 1º, 4º, 3º, 2º d) 3º, 1º, 2º, 4º e) 4º, 3º, 1º, 2º

Segundo a alternativa A, a segunda frase na sequência seria a iniciada por “O plano”. Realmente a expressão “o plano” (com artigo definido) retoma a expressão “um plano” (com artigo indefinido, o qual generaliza, por ser a primeira vez que aparece o vocábulo “plano” e havia sido inserido de maneira generalizante.)

( ) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão condicionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país.

(2°) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do investidor, a redução dos custos de registro das operações, o aumento da concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM.

(1°) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes.

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( ) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, contribuiria para acelerar o crescimento econômico.

(Editorial, O Estado de S. Paulo,19/6/2005)a) 4º, 2º, 1º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 4º c) 1º, 4º, 3º, 2º d) 3º, 1º, 2º, 4º e) 4º, 3º, 1º, 2º

Ainda, segundo a alternativa (A), a terceira frase é a iniciada por “Um tal mercado externo”. Essa expressão retoma a expressão “mercado de capitais e a modernização da própria CVM”, constante na frase 2.

A última frase possui a expressão “esse mercado”, que retoma ”Um tal mercado acionário”.

Veja:

(4°) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão condicionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país.

(2°) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do investidor, a redução dos custos de registro das operações, o aumento da concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM.

(1°) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes.

(3°) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, contribuiria para acelerar o crescimento econômico.

(Editorial, O Estado de S. Paulo,19/6/2005)a) 4º, 2º, 1º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 4º c) 1º, 4º, 3º, 2º d) 3º, 1º, 2º, 4º e) 4º, 3º, 1º, 2º

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Tranquilo, não é???? Vamos a mais algumas questões!!!

Questão 3: Receita Federal 2009 Analista-Tributário Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Muniz Sodré (As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política), mas estão desordenados. Ordene-os, indique a ordem dentro dos parênteses e assinale a opção que corresponde à ordem correta.

( ) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidade ocidental.

( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa.

( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamente comunicativas.

( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente o alargamento da ação política.

( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motor político do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.

a) 2, 4, 1, 3, 5 b) 2, 1, 5, 4, 3 c) 1, 2, 4, 5, 3 d) 2, 1, 3, 5, 4 e) 3, 5, 1, 2, 4

Para acharmos a primeira frase na ordenação, não pode haver referência a termo dito anteriormente. Assim, na primeira frase, iniciada por “Ao redor do que”, não há pronome ou substantivo que exija um referente anterior, por isso não se pode descartar esta frase como possível introdução do texto.

A frase dois, iniciada por “O espaço público”, não possui referente a elemento anterior, portanto pode também ser a primeira do texto; mas isso deve ser confirmado com as outras frases.

Na frase três, a conjunção “contudo” marca contraste, oposição ao que foi dito anteriormente. Assim, não pode iniciar o texto.

Na frase quatro, a conjunção “Assim”, marca ideia de conclusão ao que foi dito anteriormente, portanto não pode ser a primeira do texto.

A frase 5, iniciada pela expressão “Por outro lado”, sinaliza uma outra visão, diferente de alguma vista anteriormente. Assim, não pode iniciar o texto.

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Portanto, a primeira frase da ordenação pode ser tanto a iniciada por “Ao redor do que”, quanto a iniciada por “O espaço público”.

A partir de agora, você elimina as alternativas divergentes (A, E) e procura a primeira das alternativas (B) que possua uma dessas frases iniciais, para seguir sua sequência.

Segundo a alternativa (B), a segunda frase na sequência seria a iniciada por “Ao redor do que”. Pode-se observar que a expressão “imprensa de opinião” retoma “papel da imprensa”, constante na frase anterior. Com essa ligação, entende-se que realmente a primeira frase da ordenação é a iniciada por “O espaço público” e a segunda na sequência é a iniciada por “Ao redor do que”. Poderíamos eliminar a alternativa (C), mas é importante a confirmação pela sequência das outras frases.

Veja o esquema:

(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidade ocidental.

(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa.

(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamente comunicativas.

( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente o alargamento da ação política.

( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motor político do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.

a) 2, 4, 1, 3, 5 b) 2, 1, 5, 4, 3 c) 1, 2, 4, 5, 3 d) 2, 1, 3, 5, 4 e) 3, 5, 1, 2, 4

Ainda segundo a alternativa (B), a terceira frase na sequência seria a iniciada por “Por outro lado, vem definhando”. Essa locução verbal estaria no contexto retomando “os espaços públicos”, mas há uma incoerência, pois a locução verbal está no singular, o que nos prova que não há sequência lógica nesta terceira frase.

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Entendendo que a sequência das duas primeiras frases está correta, resta agora a alternativa (D). Segundo ela, a terceira frase na ordem é a iniciada por “É preciso deixar claro”.

Nessa sequência, entendemos uma oposição, expressa pela conjunção “contudo”, sobre a afirmação de que os espaços públicos são organizados ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, afirmando que, mesmo sendo importante, a imprensa não define o espaço público. Assim, os vocábulos “imprensa” e “espaço público” possuem os referentes na frase anterior. Esta terceira frase é uma ampliação do que foi dito na segunda, por meio do contraste. Isso ratifica que a alternativa (D) pode ser a correta.

(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidade ocidental.

(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa.

(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamente comunicativas.

( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente o alargamento da ação política.

( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motor político do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.

a) 2, 4, 1, 3, 5 b) 2, 1, 5, 4, 3 c) 1, 2, 4, 5, 3 d) 2, 1, 3, 5, 4 e) 3, 5, 1, 2, 4

Ainda segundo a alternativa (D), a frase iniciada por “Por outro lado vem definhando” é a quarta na sequência. A expressão “Por outro lado” é o desenvolvimento da expressão “a imprensa não define o espaço público”, por isso a locução verbal “vem definhando” encontra-se no singular, tendo em vista concordar com o substantivo “imprensa”.

A conjunção “Assim” arremata o texto com uma conclusão. Por isso a alternativa (D) é a correta.

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(2°) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidade ocidental.

(1°) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa.

(3°) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamente comunicativas.

(5º) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente o alargamento da ação política.

(4º) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motor político do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.

a) 2, 4, 1, 3, 5 b) 2, 1, 5, 4, 3 c) 1, 2, 4, 5, 3 d) 2, 1, 3, 5, 4 e) 3, 5, 1, 2, 4

Questão 4: Receita Federal 2009 Analista-Tributário Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Globo, Editorial, 14/10/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a sequência correta.

(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas.

(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria.

(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de longo prazo.

(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores estrangeiros.

a) 2, 1, 3, 5, 4 b) 5, 3, 4, 1, 2 c) 4, 5, 2, 3, 1 d) 3, 2, 1, 4, 5 e) 4, 1, 2, 3, 5

Para acharmos a primeira frase na ordenação, não pode haver referência a termo dito anteriormente. Assim, na primeira frase, iniciada por “Esse quadro”, o pronome “Esse” possui referente em frase anterior, por isso não pode ser a introdução do texto. A frase iniciada por “Apesar de a economia brasileira” não possui vocábulo que necessita de referente anterior, por isso esta pode ser a frase inicial do texto. As frases iniciadas por “Além desse equilíbrio” e “Tal promoção” possuem os pronomes “desse” e “Tal”, os quais exigem referentes em frases anteriores. A frase iniciada por “Assim” possui uma conjunção conclusiva que não pode iniciar um texto.

Portanto, a primeira frase na ordenação do texto só pode ser a iniciada por “Apesar de a economia brasileira”. Com isso, devem-se eliminar as alternativas (B, C, D).

Veja o esquema:

(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas.

(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria.

(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de longo prazo.

(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores estrangeiros.

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a) 2, 1, 3, 5, 4

b) 5, 3, 4, 1, 2 c) 4, 5, 2, 3, 1 d) 3, 2, 1, 4, 5 e) 4, 1, 2, 3, 5

Sabendo-se que a resposta está entre as alternativas a (A) e (E), o critério é começar pela ordem alfabética, por isso se deve seguir a ordenação da alternativa (A).

Conforme a alternativa (A), a segunda frase na sequência seria a iniciada por “Esse quadro”. Essa expressão retoma o quadro dito anteriormente, que é o Brasil ser muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria. Pode-se observar que a expressão “desse equilíbrio”, que se encontra na frase apontada pela alternativa (A) como a terceira na ordenação, retoma “razoável equilíbrio”, constante na frase anterior. Com essa sequência, já se pode concluir que a alternativa (A) é a correta. Mas por motivos didáticos, vamos continuar a sequência.

A frase iniciada por “Tal promoção” retoma a ideia veiculada pelo verbo “promoveram”, ratificando a alternativa (A) como correta. Veja:

(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas.

(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria.

(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de longo prazo.

(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores estrangeiros.

a) 2, 1, 3, 5, 4 b) 5, 3, 4, 1, 2 c) 4, 5, 2, 3, 1 d) 3, 2, 1, 4, 5 e) 4, 1, 2, 3, 5

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Questão 5: MPOG 2010 Analista de Planejamento e Orçamento Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula e o mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado em VEJA, de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, numerada como (1), de modo a formar um parágrafo coeso e coerente.

(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.

( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.

( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.

( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.

( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.

A sequência obtida é

a) (1) (2) (4) (5) (6) (2)

b) (1) (3) (2) (6) (4) (6)

c) (1) (4) (2) (6) (5) (3)

d) (1) (3) (5) (4) (2) (6)

e) (1) (2) (6) (4) (3) (5)

Note que nesta ordenação a prova já inseriu a primeira frase da sequência. Basta, agora, observar quais termos referenciais retomam o que é dito na frase (1): “Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.”

Logicamente deve ser uma frase que tenha a ver com “Mudanças culturais” ou “sucesso dos atuais países ricos”. Assim, a frase “De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.” não alude ao que foi dito na primeira frase, por isso eliminamos as alternativas (A) e (E).

A frase seguinte “Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.” pode ser a conclusão a partir dos dados da frase 1, por isso não a eliminamos.

Na frase “Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.”, ainda não ocorreu o substantivo “instintos” ou algum sinônimo que possa ser retomado por esta estrutura. Por isso se pode eliminar esta frase da

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sequência. Note que nas repostas não há esta frase como segunda na sequência, por isso não se pode eliminar nenhuma alternativa.

A frase “Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.” pode ser a sequência da frase 1, pois “elas” pode retomar contextualmente “Mudanças culturais”.

A frase “Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.” também pode retomar “Mudanças culturais”.

Assim, ficamos entre as alternativas (B), (C) e (D). Vamos trabalhar com as repostas, começando pela alternativa (B).

Segundo ela, a ordenação seria a seguinte:

(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.

(2) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

(3) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.

(4) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.

(6) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.

(6) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.

Houve uma repetição da frase (6), naturalmente não é essa a resposta. Eliminamos mais uma. Assim, partamos para a alternativa (C). Segundo ela, a sequência é:

(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.

(2) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

(3) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.

(4) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.

(5) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.

(6) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.

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A ordenação é falha a partir da frase 4, pois “lutas corporais” passou a ser exemplo de sociedade bem-sucedida, além de se entender da frase 5 que “Elas(“as lutas corporais”) os fizeram abandonar instintos primitivos...”

Sobra, então a última alternativa (D):

(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.

(2) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.

(3) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.

(4) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.

(5) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

(6) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.

Agora, sim. As “lutas corporais” passaram a ser exemplo do que se diz na frase 2: abandonar instintos primitivos. A frase 4 diz que “esses instintos” (da frase 3: “as lutas corporais”) “foram substituídos por hábitos fundamentais”, por isso na sequência se diz que a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

Como consequência, a classe média cresceu.

Bom! Dada a importância desse assunto e ser esta aula apenas uma amostra de como trabalharemos em nosso curso, nas próximas aulas vamos apontar mais algumas questões deste tema, que sempre cai nas provas da ESAF.

Ficamos por aqui, pessoal! Qualquer dúvida, é só perguntar no fórum, ok!!!????

Abraço. Terror

Lista de questões

Questão 1: MPOG 2005 Analista de Planejamento e Orçamento Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a sequência correta.

( ) Por exemplo: os regimes de câmbio, hoje, são diferenciados, e as moedas de cada país-membro têm trajetórias, às vezes, muito distintas uma das outras, causando desequilíbrios que afetam a competitividade das empresas.

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( ) Como superar essa dificuldade? No futuro, os bancos centrais do Mercosul precisarão promover ação mais coordenada. Sistemas tributários terão de ser ajustados. E os mercados de crédito não poderão limitar-se às fronteiras nacionais.

( ) Como instrumento de integração econômica do Cone Sul, ainda há um longo caminho a percorrer pelo Mercosul, até porque os países-membros têm de concluir processos de ajustes internos que lhes permitam, mais adiante, ter políticas articuladas.

( ) São avanços que exigem tempo e amadurecimento político. Pelos passos já dados, o Mercosul está predestinado a avançar, e não voltar atrás.

( ) Dessa forma, no lugar de complementaridade do sistema produtivo, capaz de proporcionar ganhos de escala para a conquista de terceiros mercados, a competição se acirra dentro do próprio bloco, gerando atritos.

(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2005)a) 2º, 4º, 1º, 5º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 5º, 4º c) 4º, 3º, 2º, 1º, 5º d) 3º, 2º, 1º, 4º, 5º e) 5º, 1º, 3º, 4º, 2º

Questão 2: MPOG 2005 Analista de Planejamento e Orçamento Os trechos abaixo constituem um texto, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e assinale a sequência correta.

( ) Mas esse mercado ainda é pequeno, quando comparado com as necessidades financeiras das empresas brasileiras, e seu desempenho e sua expansão estão condicionados a diferentes fatores, alguns dos quais externos, como a confiança dos investidores internacionais no futuro da economia do país.

( ) O plano tem, como metas principais, a melhora da fiscalização, a educação do investidor, a redução dos custos de registro das operações, o aumento da concorrência no mercado de capitais e a modernização da própria CVM.

( ) A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de assegurar o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações, aprovou, pela primeira vez desde que foi criada há 28 anos, um plano que, a ser posto em prática até 2007, revela-se importante por seu ineditismo e por suas diretrizes.

( ) Um tal mercado acionário eficiente, que negocie um volume crescente de papéis, atraia mais investidores e ofereça às empresas uma fonte de obtenção de capitais menos onerosa do que os financiamentos bancários, contribuiria para acelerar o crescimento econômico.

(Editorial, O Estado de S. Paulo,19/6/2005)a) 4º, 2º, 1º, 3º b) 3º, 2º, 1º, 4º

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c) 1º, 4º, 3º, 2º d) 3º, 1º, 2º, 4º e) 4º, 3º, 1º, 2º

Questão 3: Receita Federal 2009 Analista-Tributário Os trechos abaixo constituem um texto adaptado de Muniz Sodré (As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política), mas estão desordenados. Ordene-os, indique a ordem dentro dos parênteses e assinale a opção que corresponde à ordem correta.

( ) Ao redor do que se tem chamado de “imprensa de opinião” ou de “publicismo”, organizaram-se os espaços públicos das democracias inaugurais na modernidade ocidental.

( ) O espaço público realiza, modernamente, a mediação dos interesses particulares da sociedade civil, visando principalmente a preservar as garantias dos direitos individuais frente ao poder do Estado. É aí fundamental o papel da imprensa.

( ) É preciso deixar claro, contudo, que, a despeito de sua grande importância, a imprensa não define o espaço público. Ele não é um puro espaço de comunicação e, sim, uma potência de conversão do individual em comum, o que não deixa de comportar zonas de sombras ou de opacidades não necessariamente comunicativas.

( ) Assim, a ampliação técnica da tradicional esfera pública pelo advento da mídia ou de todas as tecnologias da informação não implica necessariamente o alargamento da ação política.

( ) Por outro lado, vem definhando a representação popular, que era o motor político do espaço público e base da sociedade democrática, fenômeno que remonta ao século XIX, quando a experiência da soberania popular se converteu em puro diálogo, senão em mera encenação espetacular.

a) 2, 4, 1, 3, 5 b) 2, 1, 5, 4, 3 c) 1, 2, 4, 5, 3 d) 2, 1, 3, 5, 4 e) 3, 5, 1, 2, 4

Questão 4: Receita Federal 2009 Analista-Tributário Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de O Globo, Editorial, 14/10/2009, mas estão desordenados. Ordene-os nos parênteses e indique a sequência correta.

(2º) Esse quadro se alterou significativamente: em volume, a produção nacional de petróleo vem se mantendo próxima aos patamares de consumo doméstico. A redução dessa dependência no campo da energia foi acompanhada por um salto expressivo nas exportações brasileiras (que cresceram uma vez e meia na última década), com razoável equilíbrio entre produtos básicos e manufaturados na pauta de vendas.

(1º) Apesar de a economia brasileira ter ainda um grau de abertura relativamente pequeno para o exterior — se comparado à média internacional —, o câmbio sempre foi apontado com um dos fatores

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mais vulneráveis do país. No passado, o Brasil era muito dependente de petróleo importado e de insumos essenciais para a indústria.

(3º) Além desse equilíbrio, os programas de ajuste macroeconômico têm garantido uma estabilidade monetária que ampliou o horizonte de investimentos e as possibilidades de um desenvolvimento sustentável de longo prazo.

(5º) Tal promoção foi reforçada pela capacidade de reação da economia brasileira à recente crise financeira, a mais grave que o mundo atravessou desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

(4º) Assim, as principais agências classificadoras de risco promoveram a economia brasileira para a categoria daquelas que não oferecem risco cambial aos investidores estrangeiros.

a) 2, 1, 3, 5, 4 b) 5, 3, 4, 1, 2 c) 4, 5, 2, 3, 1 d) 3, 2, 1, 4, 5 e) 4, 1, 2, 3, 5

Questão 5: MPOG 2010 Analista de Planejamento e Orçamento Numere em que ordem os trechos abaixo, adaptados do ensaio Lula e o mistério do desenvolvimento, de Maílson da Nóbrega (publicado em VEJA, de 26 de agosto, 2009), dão continuidade à oração inicial, numerada como (1), de modo a formar um parágrafo coeso e coerente.

(1) Mudanças culturais estão na origem do sucesso dos atuais países ricos.

( ) De fato, as lutas mortais dos gladiadores, entre si e com as feras, divertiam os romanos; execuções públicas eram populares na Inglaterra até o século XVIII.

( ) Por isso, a alfabetização disseminada e habilidades aritméticas, antes irrelevantes, adquiriram importância para a Revolução Industrial.

( ) Esses instintos foram substituídos por hábitos fundamentais para o desenvolvimento: trabalho, racionalidade e valorização da educação.

( ) Elas os fizeram abandonar instintos primitivos de violência, impaciência e preguiça.

( ) Como consequência dessas mudanças, a classe média cresceu; valores como poupança, negociação e disposição para o trabalho se firmaram nas sociedades bem-sucedidas.

A sequência obtida é

a) (1) (2) (4) (5) (6) (2)

b) (1) (3) (2) (6) (4) (6)

c) (1) (4) (2) (6) (5) (3)

d) (1) (3) (5) (4) (2) (6)

e) (1) (2) (6) (4) (3) (5)

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Gabarito

1A 2A 3D 4A 5D

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??

1. Princípios fundamentais da Constituição de 1988

I. INTRODUÇÃO 125

II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 126

III. QUESTÕES DA AULA 153

IV. GABARITO 162

V. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 163

Olá futuros Analistas-Tributários da Receita Federal!

Prontos para o SEU salário de R$ 7.996,07?

Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso, sou Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União aprovado no concurso de 2007 e pós-graduado em Auditoria e Controle da Gestão Governamental. No Tribunal, exerço a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de Processos. Sou também palestrante de técnicas de aprendizagem acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de trabalhar na Corte de Contas, fui Agente da Polícia Federal e Técnico Judiciário do TJDFT.

Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de Polícia Federal Regional – 2004, Agente de Polícia Civil do DF – 2004, Ministério das Relações Exteriores – Oficial de Chancelaria – 2004 e Escriturário do BRB – 2001.

Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se você estiver com pressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa à matéria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRÓXIMAS PÁGINAS. Elas economizarão um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencial entre o tão sonhado cargo de Analista-Tributário da Receita Federal ou mais uma reprovação.

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Afiar o machado. É exatamente isso que faremos AGORA.

O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS

Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocês que o processo de estudo para concursos públicos pode ser dividido em três etapas: aprendizado do conteúdo, revisão da matéria por meio de esquemas e mapas mentais e, por fim, a aplicação do conhecimento e mensuração do nível de aprendizagem por meio de resolução de exercícios e provas anteriores.

Nosso curso se dedica aos três passos:

Exposição teórica do conteúdo completo da matéria de forma simples e objetiva, com a linguagem mais acessível possível.

Esquemas com a matéria abordada para facilitar o estudo e a revisão.

Mais de 200 exercícios da ESAF resolvidos e comentados! (De forma complementar, poderão ser utilizados exercícios de outras bancas).

Não há exigência de conhecimentos prévios. O curso é voltado tanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucional quanto para o aluno mais avançado, que quer adquirir conhecimentos profundos sobre o tema.

"Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado."

(Abraham Lincoln)

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METODOLOGIA

Meu caro aluno e futuro Analista-Tributário da Receita Federal, no desenvolvimento desse material, para que você entenda melhor os conceitos, utilizarei a linguagem mais fácil e acessível possível, sem me prender ao “juridiquês”. No entanto, tenha em mente que a linguagem jurídica é muito importante e é ela que provavelmente cairá em sua prova.

Primeiramente, farei a exposição do conteúdo. Logo em seguida, sempre que necessário, trarei um esquema para que você possa revisar a matéria com mais rapidez. Por último, trarei uma bateria de exercícios comentados relacionados ao tema.

Em um primeiro momento, você poderá ficar apreensivo em relação ao número de páginas de algumas das nossas aulas (essa está bem tranquila). No entanto, esse material foi desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja bastante rápida. Para você ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS 7 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável!

COMO FAZER EXERCÍCIOS?

1- Faça as questões uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE. Caso tenha alguma dúvida, procure saná-la de pronto. Evite fazer um bloco inteiro para somente depois conferir. Você acaba sem sanar todas as suas dúvidas e perdendo informações valiosas.

2- Ao terminar a bateria, calcule quantos itens você acertou, quantos errou e qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa, estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que, Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter um parâmetro de autoavaliação.

3- Faça e refaça várias vezes a mesma lista de exercícios. Dois fatores são responsáveis pela memória solidificada. O primeiro é a associação do conhecimento a uma forte emoção. É por isso que sempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da

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primeira vez que nós.......você entendeu.... Como é difícil associar o Direito a uma forte emoção, devemos recorrer ao próximo fator.

O segundo fator é a repetição. Quando repetimos tanto alguma ação que ela se torna automática, aí sim, nosso conhecimento estará solidificado. E é exatamente por isso que você deve revisar a matéria várias vezes, fazer muitos exercícios e fazer as mesmas listas várias vezes!

4- Quando atingir entre 80% e 90% (líquido), PARABÉNS! E VÁ ESTUDAR OUTRA MATÉRIA! Não tente chegar aos 100%, pois o custo benefício desse conhecimento é baixo. Lembre-se: seu objetivo é passar na prova e não virar doutor em Direito Constitucional.

Apesar de saber que ESAF (sua banca examinadora) usará, na sua prova, somente questões de múltipla escolha, faremos, algumas vezes, questões de Certo ou Errado. Isso ocorrerá por motivos de caráter didático: é que não convém misturar assuntos enquanto estamos treinando. Assim, se uma questão de múltipla escolha tiver assuntos diferentes, ela será desmembrada em várias questões de certo/errado.

COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE

A grande maioria das pessoas não busca maneiras de se melhorar ou de melhorar seu método de estudo. Assim, elas se esquecem de que, se continuamos a ter sempre as mesmas ações, vamos obter sempre os mesmos resultados...

Eu sei que é difícil sair da nossa zona de conforto. Mas é necessário que façamos isso! Antes de continuar, assista a esse vídeo. Dura 6 minutos. http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM.

“Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas esperando obter resultados diferentes”

(Albert Einstein)

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Gostaram do vídeo? Muitas pessoas estudam para concursos públicos por dois, três, quatro anos e não passam. Você sabe por quê? Será que essas pessoas não são inteligentes?

Eu garanto que elas são inteligentes sim! E muito! Mas talvez o método de estudo dessas pessoas não esteja sendo tão eficiente quanto poderia. Vou dar algumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse método funcionou até agora para mim e para TODOS os meus alunos que estudaram dessa forma, sem exceções. Espero que ajude você também.

1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seu caderno (ou mapa mental).

Tudo o que você aprender nas aulas presenciais, coloque no caderno. Tudo o que você ler nos livros e for importante, coloque no caderno. Todos os exercícios que você fizer e que a informação não esteja no caderno, coloque lá. Até mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu caderno (ou mapa mental).

Com o tempo, seu caderno vai ficar bastante completo e a informação estará do seu jeito, com as suas palavras e com a sua cara.

2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque a informação no seu caderno.

É muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 páginas de livro correspondem, em média a 10 de caderno. E é muito mais rápido ler 10 páginas escritas do seu jeito do que 100 páginas de linguagem rebuscada.

3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mínimo três vezes por mês, ou seja, a cada 10 dias).

O conhecimento é como um objeto colocado na superfície da água: ele vai caindo devagar em direção ao fundo. Se aprendermos alguma coisa nova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso cérebro entende que aquilo não é importante e descarta a informação. Dessa forma, devemos então mesclar o estudo de novas matérias com as revisões do que já foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na superfície e não deixarmos que ele afunde.

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Por isso, a revisão periódica é FUNDAMENTAL! É aqui que você realmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimento no cérebro. Se você deixar para revisar na última hora, não vai adiantar nada.

É exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitos exercícios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu já aprendi. E, para que o estudo seja eficiente, devemos ter uma forma ágil de resgatar e revisar a informação: o caderno ou o mapa mental.

Revisar a matéria direto nos livros, mesmo com o realce / marca-texto / sublinhados etc. não é a forma mais eficiente de resgatar a informação.

Vocês perceberão nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em três cores para sistematizar o conteúdo. O meu caderno é EXATAMENTE desse jeito. Esses esquemas são praticamente a digitalização das minhas anotações.

CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES

A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bom caderno; se é melhor fazê-lo em meio físico ou digital, sobre o tamanho ideal...

Se os resumos no computador funcionam para você, não há problema algum. Se o formato vai ser eletrônico ou físico, vai depender de pessoa para pessoa. Os meus, por exemplo, eram físicos. Mas volto a dizer que não há problema algum em ser eletrônico.

Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo de aproximadamente 120 páginas para TODA a matéria de Direito Constitucional está de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO é uma matéria ENORME! Na grande maioria das outras matérias, o seu resumo será bem menor que isso.

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O grande segredo dos resumos e esquemas é o seguinte:

Se os seus esquemas contemplarem esses cinco passos, você já terá um excelente resumo. Assim, um caderno eficaz é aquele que te permite:

a) Acessar a informação de maneira rápida (bateu o olho, viu preto, já sabe que é estrutura!). É por isso que o tamanho não é tãããããão importante assim. Se você revisa rápido 100 páginas, está tudo certo. Claro que também não pode ficar grande demais...

b) Anotar de maneira rápida (por isso as frases curtas com a essência da ideia).

Lembre-se de que ter um caderno muito bom e não revisá-lo, não adianta NADA.

1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) os conectores. Deixe somente a essência das informações;

2) Sempre use frases curtas;

3) Divida a informação: coloque uma ideia em cada frase e cada frase em uma linha separada (na medida do possível). Assim, elas sempre ficarão curtas e bem distribuídas;

A memória é composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentos mais importantes, teremos uma melhor compreensão do todo;

4) Faça uma diagramação visual. Jamais escreva em seu caderno de forma linear, fica muito mais difícil resgatar a informação;

5) Use cores (sem exageros). Cada cor deve ter um significado. Os esquemas que trarei para vocês funcionam assim:

• Preto = estrutura • Azul = informação • Vermelho = realce (não necessariamente importante)

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FOCO NO ESTUDO

Um dos maiores conselhos que você pode receber de mim e da grande maioria das pessoas que já passaram em um concurso público é o seguinte: O FOCO É ESSENCIAL!

Não adianta nada ficar correndo atrás de edital. Foque em apenas um concurso. É claro que você vai também fazer as outras provas que forem aparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso.

Quando digo foco, não quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos para passar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2 meses e passar em um excelente concurso. O que não costuma dar muito certo é ficar correndo atrás de edital...

ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO

Outra coisa: eu ouço muita gente dizendo assim: “estou estudando para o próximo concurso...é muita matéria....para esse não vai dar...mas já vou adiantando o estudo né?...ahhh você sabe como é... é difícil né?....”

Jamais estude para o próximo concurso. Estude SEMPRE para ESSEconcurso! Se você fala para você mesmo que está estudando para o próximo, seu cérebro recebe o seguinte comando: “não preciso aprender agora, pois esse conhecimento não me será útil.”

Por outro lado, se você estudar para o ESSE concurso, você dá o comando para que o seu cérebro aprenda AGORA e não deixe nada para depois. Além disso, se você diz para você mesmo que está estudando para ESSE concurso, as suas atitudes são de alguém que vai passar NESSE concurso:

“Para quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”

(Lewis Carroll)

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• Quando eu tiver alguma dúvida, eu vou saná-la imediatamente, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso dessa informação AGORA: eu vou passar NESSE concurso;

• Quando bater aqueeeeeela preguiça, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passar NESSE concurso;

• Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso;

• Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabeça, as costas, o bumbum e até os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso;

Se você estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essas são infinitamente maiores. Estudar para o próximo concurso é o mesmo que se enganar.

NÃO ACREDITE NO QUE VOCÊ ACABOU DE LER

Não acredite e nem duvide nessas e em outras técnicas repassadas por mim ou por qualquer outro professor. TESTE você mesmo e veja se funciona ou não.

Faço agora o meu segundo pedido a você: Teste direito! Faça bem feito!

RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MÁGICAS:

• Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria?

• Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como é que eu estudaria?

• Se eu fosse estudar direito e para ESSE concurso, como é que eu estudaria?

• Se eu fosse morrer se eu não passar nesse concurso, como é que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria?

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Se você testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver alguma dúvida, critica ou sugestão, fique à vontade para me mandar um email ([email protected]). Tenho certeza de que essa troca de experiências será muito enriquecedora para todos nós.

É justamente a atitude de se melhorar constantemente que te fará um vencedor!

É como disse o vídeo: O que faz alguém ser bom em algo? Dedicação. Trabalho duro. E fazer isso com a direção e metodologia corretas. Se você fizer isso, de qualquer jeito, você será bom.

Mas o que faz alguém ser profissional em alguma coisa? É pegar aquela pequena decisão que você tomou e executá-la, levando isso mais longe do que a sua imaginação pode levar. É dedicar cada respiração do seu corpo, cada pensamento, cada momento, para aquela causa. É dar absolutamente o seu MELHOR e não se acomodar por nenhum motivo. Não é talento, não é inteligência, é simplesmente, “o tamanho do seu apetite pelo sucesso”.

SUCESSO!!

Roberto Troncoso

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FALANDO SOBRE A SUA PROVA

A matéria de Direito Constitucional é de importância fundamental para a sua aprovação. Ela está na parte de conhecimentos gerais, tem peso dois e vale aproximadamente 20% dessa prova objetiva. Além disso, pode ser tema da sua prova discursiva! Dessa forma, você deve dar muita atenção a essa disciplina!

O conteúdo do nosso curso se baseia no edital do último concurso. Se vocês já tiveram a oportunidade de analisá-lo, verão que ele não é tão extenso, o que requer um esforço extra da nossa parte, uma vez que, quanto menor a matéria, com mais profundidade ela tende a ser cobrada. Vejam só o seu edital, na ordem em que será visto em nossas aulas:

Aula 00 1. Princípios fundamentais da Constituição de 1988

Aula 01 30/05 2. Direitos e deveres individuais e coletivos

Aula 02 06/06 3. Direitos sociais. 4. Nacionalidade brasileira

Aula 03 13/06 Remédios constitucionais

Aula 04 19/06 5. A organização nacional. União. Estados. Distrito Federal. Municípios. Competências

A programação será seguida com a maior fidelidade possível ao calendário e ao conteúdo programático. No entanto, ela não será rígida e poderá haver alterações no decorrer do curso.

Abordaremos os pontos mais importantes e que, a nosso ver, têm maior possibilidade de cair na sua prova.

Não trataremos do tema 6. Administração Pública: princípios constitucionais, uma vez que pertence à disciplina Direito Administrativo.

Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, comentários sobre o material, erros de digitação etc. para o Fórum ou email [email protected].

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Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do Ponto dos Concursos.

Conheçam também meu blog, com questões comentadas e dicas de concursos: http://robertoconstitucional.blogspot.com.

Facebook: Roberto Troncoso

Twitter: @troncosoroberto

Finalizada a parte introdutória, vamos ao estudo!

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I. INTRODUÇÃO

Para melhor entendermos o que estamos estudando, é necessário que coloquemos o conhecimento na “gaveta” correta do nosso cérebro. Assim, sempre que estiver estudando algum conteúdo, é necessário saber em qual parte do todo ele se encaixa. É como se, primeiramente, sobrevoássemos de avião para ver o terreno em que vamos pisar. Uma vez visto o terreno de cima, aí sim, pousamos e vamos ver as peculiaridades de cada pedacinho dele.

Essa é uma das possíveis estruturas do Direito Constitucional, observe-a bem e sempre a utilize para se orientar em seus estudos.

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II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Meu caro aluno e futuro Analista-Tributário da Receita Federal, quando se fala em princípio, no que você pensa? Se você pensou: “início, acertou em cheio! Os princípios são o início / de onde começam as coisas / as bases / os fundamentos. Da mesma forma, os princípios fundamentais são as bases, os pressupostos, os valores máximos, as diretrizes da República Federativa do Brasil.

Os princípios podem estar escritos na Constituição (princípios explícitos), ou podem ser interpretados a partir da leitura do texto constitucional (princípios implícitos).

1. FORMA DE ESTADO (FEDERAÇÃO) E A FORMA DE GOVERNO (REPÚBLICA)

Os princípios fundamentais foram trazidos pela Constituição logo no início de seu texto: nos artigos 1° ao 4°. No art. 1°, a CF estabelece a forma de Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito.

Adicionalmente, o Brasil possui, como Sistema de Governo, o presidencialismo.

2. FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Observe o art. 1º da Constituição:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...)

I - a soberania;

II - a cidadania

III - a dignidade da pessoa humana;

IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;

V - o pluralismo político.

Federaçã

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Pronto! Você já acabou de aprender os FUNDAMENTOS da República Federativa do Brasil (RFB). Para facilitar o seu estudo, existe um mnemônico para os fundamentos (sílabas em vermelho no seu esquema): SO-CI-DI-VA-PLU

No entanto, para que você não confunda se o mnemônico é dos fundamentos ou dos objetivos (estudaremos daqui a pouco) ou dos princípios nas relações internacionais (também estudaremos daqui a pouco), basta colocar mais uma sílaba no seu mnemônico. E ainda vai rimar!

(leia as 3 primeiras sílabas e depois as 3 últimas, acentuando a letra “U”)

SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

Fundamentos

3. TITULARIDADE DO PODER E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

Observe agora o parágrafo único do art. 1º da CF88:

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Nesse dispositivo, são trazidos mais dois princípios muito importantes: a titularidade do poder (do povo) e o da democracia.

O Brasil é um Estado democrático de Direito: significa que o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). O governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas públicas (o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda em:

a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 180 milhões de brasileiros mandando e-mails para se discutir como será a atuação do governo na saúde, por exemplo).

b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas.

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c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil.

No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder:

Lembre-se:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO

• Forma de Governo: República

• Sistema de Governo: Presidencialismo

• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

4. SEPARAÇÃO DOS PODERES

Em seu artigo 2º, a Constituição nos traz um importante princípio: o da separação dos poderes. Observe o referido artigo:

Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos.

Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta.

No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes, sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências uns nos outros.

• Sufrágio universal • Voto direto, secreto e igualitário • Plebiscito • Referendo • Iniciativa popular de lei

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Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além de suas funções típicas, funções atípicas:

• Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).

• Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

• Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita, como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao Poder Executivo a elaboração de uma lei.

Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo “fiscalizar e controlar” os outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta.

ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a independência (relativa) dos poderes.

• Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário.

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• Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário.

• Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites).

• Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar). Assim como essas, existem uma série de “interferências” de um poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo.

Por fim, lembre-se de que o DF não tem judiciário próprio, sendo o poder judiciário do DF organizado e mantido pela União.

5. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

Continuando a leitura da Constituição, encontramos no artigo 3º os objetivos fundamentais. Eles visam a assegurar a igualdade material aos brasileiros, possibilitando iguais oportunidades a fim de concretizar a democracia econômica, social e cultural e tornar efetivo o fundamento da dignidade da pessoa humana. Os objetivos fundamentais são metas que o Estado brasileiro deve perseguir e alcançar. Observe:

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

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Fique atento! São 4 os objetivos e todos eles começam com um verbo!

6. PRINCÍPIOS QUE REGEM O BRASIL EM SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

No artigo 4º, a Constituição nos traz como o Brasil deve atuar quando for se relacionar com outros Estados. Esses princípios podem ser divididos, para fins didáticos, em 3 grupos:

- Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

- Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político

- Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo

7. INTEGRAÇÃO DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA

Finalmente, o parágrafo único do art. 4° nos diz que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Observe que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América LATINA! Não é América do Sul, não é do MERCOSUL e não é da América! Essa questão cai bastante em provas!

ESQUEMATIZANDO:

1 – Princípios ligados à independência nacional

2 – Princípios ligados à pessoa humana

3 – Princípios ligados à paz

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• Forma de Estado: FEDERAÇÃO

• Forma de Governo: República

• Sistema de Governo: Presidencialismo

• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

• Titularidade do Poder: POVO

• Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa:

- o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente)

• Separação - Sistema de freios e contrapesos dos poderes - Os poderes são - independentes

- harmônicos entre si - O judiciário do DF é organizado e mantido pela União (o DF não possui judiciário próprio) - Os poderes possuem funções típicas e atípicas - Funções TÍPICAS - Executivo: Administração

- Judiciário: Jurisdição - Legislativo - Legislar

- Fiscalizar

- construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

• Sufrágio universal • Voto direto, secreto e igualitário • Plebiscito • Referendo • Iniciativa popular de lei

Objetivos fundamentais

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Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais

- Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

- Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político

- Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo

1 – Princípios ligados à independência nacional

2 – Princípios ligados à pessoa humana

3 – Princípios ligados à paz

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EXERCÍCIOS

1. (ESAF - 2004 - MPU - Analista - Administração) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro.

Errado. O princípio republicano é a FORMA DE GOVERNO. Já o sistema de governo é o PRESIDENCIALISMO. Vamos revisar:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO

• Forma de Governo: República

• Sistema de Governo: Presidencialismo

• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

2. (ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro Municipal) Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil expressamente previsto na Constituição Federal que confere amparo constitucional a importantes programas do governo federal que se concretizam por meio da política nacional de assistência social integrando as esferas federal, estadual e municipal.

a) Garantir a prevalência dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

b) Promover o desenvolvimento internacional.

c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

d) Erradicar o terrorismo e o racismo.

e) Promover a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

Gabarito: C. Essa era fácil! Vamos recordar os objetivos da República Federativa do Brasil:

- construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

Objetivos fundamentais

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- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

Errado. A livre iniciativa é um fundamento da República Federativa do Brasil (RFB) e não um princípio das relações internacionais. Lembre-se dos fundamentos da RFB:

• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

4. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

Errado. O Pluralismo Político está previsto expressamente como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil no art. 1º.

5. (ESAF/AFC-CGU/2006) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica.

Errado. Realmente, garantir o desenvolvimento nacional é um dos objetivos fundamentais elencados no art. 3º. No entanto, a busca da autossuficiência econômica não está prevista no mencionado dispositivo, estando aí o erro da questão.

6. (ESAF/MRE/2004) O exercício de uma das funções do poder político do Estado por um determinado órgão se dá sob a forma de exclusividade, com vistas à preservação do equilíbrio no exercício desse poder.

Errado. Cada poder realmente possui sua função típica. No entanto, todos eles possuem funções atípicas. Assim, por exemplo, o poder executivo possui função típica de administrar e funções atípicas de julgar e legislar. Dessa forma, nenhuma função é exercida com exclusividade, como afirma a questão.

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7. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) A Constituição acolhe uma sociedade conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-145, com adaptações). Assinale a opção que indica com exatidão o fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na Constituição, a que faz menção o texto transcrito.

a) Soberania.

b) Pluralismo político.

c) Dignidade da pessoa humana.

d) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

e) Cidadania.

Gabarito: B. O texto fala de vários grupos que estão em permanente negociação entre si para buscar seus interesses. São os partidos políticos. Lembre-se também que o pluralismo político é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

8. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) No que diz respeito aos princípios fundamentais, na Constituição de 1988, marque a única opção correta.

a) Os valores sociais do trabalho e do livre capital são fundamentos da República Federativa do Brasil.

b) O Estado brasileiro adota, como um dos seus fundamentos, a soberania popular, a qual pode ser exercida de forma indireta ou direta, nos termos definidos na Constituição Federal de 1988.

c) A garantia do pluralismo político é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

d) A redução das desigualdades regionais é um dos princípios que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

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e) A Constituição Federal de 1988 traz a determinação de que o Brasil deverá buscar a integração econômica na América do Sul por meio da formação de um mercado comum de nações sulamericanas.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa é que são fundamentos da RFB (e não do livre capital).

Item B – CERTO. No artigo 1º, parágrafo único, a Constituição diz que todo poder pertence ao povo. Diz também que existem duas formas de exercício do poder pelo povo:

• Indireta: quando o povo elege representantes e estes exercem o poder (sempre representando o povo).

• Direta: quando o próprio povo exerce o poder sem intermediação de ninguém. Isso ocorre das seguintes formas: sufrágio universal, voto direto, secreto e igualitário, plebiscito, referendo e iniciativa popular de lei.

Item C – ERRADO. O pluralismo político é um dos FUNDAMENTOS da RFB.

Item D – ERRADO. A redução das desigualdades regionais é um dos OBJETIVOS da República Federativa do Brasil. Vamos lembrar os demais:

- construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Item E – ERRADO. O parágrafo único do art. 4° nos diz que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

9. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal.

Objetivos fundamentais

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Errado. No artigo 1º, parágrafo único, a Constituição diz que todo poder pertence ao povo. Diz também que existem duas formas de exercício do poder pelo povo:

• Indireta: quando o povo elege representantes e estes exercem o poder (sempre representando o povo).

• Direta: quando o próprio povo exerce o poder sem intermediação de ninguém. Isso ocorre das seguintes formas: sufrágio universal, voto direto, secreto e igualitário, plebiscito, referendo e iniciativa popular de lei.

10. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados.

Errado. O princípio da igualdade entre os Estados é um princípio ligado à independência funcional e que está expressamente previsto na CF art. 4º, V. Vamos revisar:

Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais

- Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

- Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político

- Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo

11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico Administrativo (ATA) Marque a opção correta.

a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina.

b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

1 – Princípios ligados à independência nacional

2 – Princípios ligados à pessoa humana

3 – Princípios ligados à paz

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c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil.

d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

Gabarito: E.

Item A – ERRADO. O Brasil buscará a integração ECONÔMICA, POLÍTICA, SOCIAL E CULTURAL (geográfica e educacional não!) dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Item B – ERRADO. Esse é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

Item C – ERRADO. Esse é um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais.

Item D – ERRADO. Esse é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

Item E – CERTO. Conforme art. 4º, VIII.

12. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da Informação) Sobre Teoria Geral do Estado e princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta.

a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

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e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica.

Gabarito: D.

Item A – ERRADO. Uma das características da federação é justamente a descentralização do poder, tendo como pressuposto a entidade central (União) e outras entidades “periféricas” (estados).

Itens B e C – ERRADOS. Esses dois são fundamentos da RFB. Vamos revisá-los:

• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

Item D – CERTO. Essas são as principais características da república: os representantes do povo são eleitos por período de tempo determinado para garantir a alternância de poder. Além disso, como o titular do cargo representa o povo, ele deve prestar contas ao dono do poder.

Item E – ERRADO. A garantia do desenvolvimento nacional, de fato, é um dos objetivos fundamentais da RFB. No entanto a busca da autossuficiência econômica não o é.

13. (ESAF - 2006 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Na condição de fundamento da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana tem seu sentido restrito à defesa e à garantia dos direitos pessoais ou individuais de primeira geração ou dimensão.

Errado. A dignidade da pessoa humana alcança os direitos de todas as gerações. Esse princípio é tão importante que alguns autores classificam-no com um princípio de hierarquia supraconstitucional (que está acima da própria Constituição). Cuidado! Essa doutrina não é a majoritária!

14. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é

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estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro.

Certo. Cada poder realmente possui sua função típica. No entanto, todos eles possuem funções atípicas. Assim, o poder executivo, por exemplo, possui função típica de administrar e funções atípicas de julgar e legislar. Dessa forma, nenhuma função é exercida com exclusividade.

15. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Assinale a opção em que não consta princípio que, segundo a Constituição, rege o Brasil nas suas relações internacionais.

a) Independência nacional.

b) Defesa da paz.

c) Concessão de asilo político.

d) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

e) Prevalência dos interesses econômicos nacionais.

Gabarito: E. O correto seria prevalência dos DIREITOS HUMANOS. Vamos revisar os princípios que regem o Brasil nas relações internacionais:

Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais

- Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade

- Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político

- Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo

1 – Princípios ligados à independência nacional

2 – Princípios ligados à pessoa humana

3 – Princípios ligados à paz

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16. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União.

Errado. Realmente, a federação tem como características uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União. No entanto, a Federação é uma Forma de Estado e não uma forma de Governo.

17. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

Errado. Estão vendo como essa questão é recorrente? Por isso trouxe várias desse tipo para você fixar! Lembre-se:

• Forma de Estado: FEDERAÇÃO

• Forma de Governo: República

• Sistema de Governo: Presidencialismo

• Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia.

18. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos.

Errado. No artigo 1º, parágrafo único, a Constituição diz que todo poder pertence ao povo. Diz também que existem duas formas de exercício do poder pelo povo:

• Indireta: quando o povo elege representantes e estes exercem o poder (sempre representando o povo).

• Direta: quando o próprio povo exerce o poder sem intermediação de ninguém. Isso ocorre das seguintes formas: sufrágio universal, voto direto, secreto e igualitário, plebiscito, referendo e iniciativa popular de lei.

19. (ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

Errado. A livre iniciativa é um fundamento da República Federativa do Brasil (RFB) e não um princípio das relações internacionais. Lembre-se dos fundamentos da RFB:

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• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

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20. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional.

Errado. Realmente, cada poder possui sua função típica e essas, em regra, são indelegáveis. No entanto, todos eles possuem funções atípicas, podendo haver exceções. Assim, por exemplo, o poder executivo possui função típica de administrar e funções atípicas de julgar e legislar.

21. (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário) NÃO é considerada exceção ao princípio da separação de poderes no Estado brasileiro, entre outras, a

a) fiscalização contábil, financeira e orçamentária consistente no controle externo de natureza técnica ou numérico-legal exercido pelos Tribunais de Contas.

b) permissão para que Deputados Federais e Senadores exerçam funções de Ministros de Estado.

c) convocação de Ministros de Estado, perante o plenário das Casas do Congresso Nacional e de suas comissões.

d) adoção pelo Presidente da República de medidas provisórias, com força de lei, em casos de relevância e urgência.

e) autorização, na forma de resolução, de delegação de atribuições legislativas ao Presidente da República.

Gabarito: A. A fiscalização é uma das funções típicas do poder legislativo. Lembre-se: legislar e fiscalizar! Todas as demais funções citadas são funções atípicas.

22. (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário) Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada

a) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.

b) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos.

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c) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais.

d) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

e) pela integração econômica, política e social de todos os Estados.

Gabarito: A. Caput do art. 1º! Vamos relembrar? “A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...)

23. (FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que

a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos.

b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais.

c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político.

d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional.

e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. A Constituição não traz qualquer previsão parecida. O item viajou total!

Item B – CERTO. Está de acordo com o art. 3º, III. Lembre-se que os objetivos começam sempre com verbos!

Item C – ERRADO. Entre os fundamentos da CF88 temos o pluralismo político, e não uma vedação a ele.

Item D – ERRADO. Um dos princípios que regem as relações internacionais do Brasil se encontra a independência nacional, e não a dependência.

Item E – ERRADO. Exatamente ao contrário. No parágrafo único do art. 4º temos o seguinte disposto: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos

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da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações”

24. (FCC - 2009 - TJ-PI - Técnico Judiciário) No que concerne aos Princípios Fundamentais, considere:

I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito.

II. Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvimento nacional.

III. A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, além de outros, pelo princípio da concessão de asilo político.

IV. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) II e III.

e) I e III

Gabarito: B. A única incorreção está na assertiva I, devido ao termo “dissolúvel”. Observe que o termo correto trazido no caput do art. 1º é “união INdissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal”. Todas as outras assertivas estão corretas.

25. (FCC - 2009 - TCE-GO - Técnico de Controle Externo) Considere as seguintes afirmações sobre os princípios fundamentais da Constituição da República:

I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal.

II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente, nos termos da Constituição.

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III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) II, apenas.

d) III, apenas.

e) I e II, apenas.

Gabarito: A. Todas as assertivas estão corretas. Aproveite para se familiarizar bastante com estes artigos iniciais, pois eles podem trazer importantes pontos para a sua prova!

26. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Soberania, cidadania e pluralismo político, de acordo com a Constituição Federal, constituem

a) fundamentos da República Federativa do Brasil.

b) princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

c) objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

d) direitos políticos coletivos.

e) garantias fundamentais.

Gabarito: A. Se olharmos atentamente o art. 1º da Constituição, veremos os fundamentos da República Federativa do Brasil. São eles:

• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

27. (FCC - 2009 - MPE-AP - Técnico Administrativo) A Constituição Federal, no capítulo reservado aos princípios fundamentais, estabelece que a República

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Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outras hipóteses, pelo princípio da

a) não intervenção.

b) dependência nacional condicionada.

c) determinação dos povos quanto à dignidade da pessoa humana.

d) solução bélica e não arbitral dos conflitos.

e) vedação de asilo e de exílio político-partidário.

Gabarito: A. É o inciso IV do artigo 4º, que traz os princípios que regem as relações internacionais do Brasil. Observe que a nossa querida FCC gosta muito de cobrar a literalidade desta parte da Constituição. Vamos ler e reler os 4 primeiros artigos!

Item B – ERRADO. O correto seria “independência nacional”

Item C – ERRADO. O correto seria “autodeterminação dos povos”.

Item D – ERRADO. O correto seria “solução pacífica dos conflitos”

Item E – ERRADO. O Brasil concede asilo político, segundo o art. 4º, X.

28. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário) NÃO constitui princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, previsto na Constituição Federal:

a) concessão de asilo político.

b) independência nacional.

c) repúdio ao terrorismo e ao racismo.

d) autodeterminação dos povos.

e) busca de integração econômica.

Gabarito: E. A alternativa ficou incompleta, havendo prejuízo no sentido da norma. Vamos ver o texto correto? No parágrafo único do art. 4º temos o seguinte disposto: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-

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americana de nações”. Todas as outras alternativas são reproduções de incisos do art. 4º.

29. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado) No Brasil, as funções atípicas, relacionadas à teoria da separação de poderes,

a) são consideradas inconstitucionais, pois ferem a harmonia e a independência dos Poderes.

b) só poderão ser realizadas mediante expressa previsão legal.

c) possibilitam ao Senado Federal julgar o Presidente da República por crime de responsabilidade.

d) permitem aos Tribunais Superiores aprovar súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário.

e) garantem ao Poder Executivo prerrogativa para apurar fato determinado e por prazo certo com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

Gabarito: C.

A separação dos poderes é um dos pilares do Estado brasileiro, mas não é absoluta. A própria Constituição prevê algumas interferências dos poderes uns nos outros. Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além de suas funções típicas, funções atípicas:

• Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas).

• Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

• Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e

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a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.).

30. (FCC - 2009 - TJ-MS - Juiz) Relativamente aos princípios fundamentais da Constituição brasileira de 1988, é INCORRETO afirmar que

a) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

b) a República Federativa do Brasil tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

c) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio dos seus representantes nos Poderes Executivo (Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos municipais), Legislativo (parlamentares) e Judiciário (juízes).

d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político.

Gabarito: C. Os juízes não são representantes do povo eleitos por voto. Eles ingressam no Poder Judiciário por meio de concurso público! É o erro da assertiva. As alternativas A, C, D e E trazem a literalidade de dispositivos da parte introdutória da CF88 (arts. 1º ao 4º).

31. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) a garantia do desenvolvimento nacional.

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b) a não intervenção.

c) a defesa da paz.

d) a igualdade entre os Estados.

e) o pluralismo político.

Gabarito: E. Os fundamentos da República Federativa do Brasil são arrolados no art. 1º da CF88. Vamos a eles?

• Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político.

• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ

Preste bastante atenção nestes primeiros artigos da Constituição! As bancas adoram cobrá-los de todas as formas, chamando fundamentos de objetivos, objetivos de princípios, trocando expressões, misturando um com o outro, etc. O jeito é estar com esta parte inicial bem consolidada para a hora da prova! Nada de errar isso, hein?

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Meus caros Analistas-Tributários da Receita Federal, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci). Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

“Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão.”

(Henry Ford)

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III. QUESTÕES DA AULA

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

1. (ESAF - 2004 - MPU - Analista - Administração) Nos termos da Constituição de 1988, o Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, portanto, o princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado brasileiro.

2. (ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro Municipal) Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil expressamente previsto na Constituição Federal que confere amparo constitucional a importantes programas do governo federal que se concretizam por meio da política nacional de assistência social integrando as esferas federal, estadual e municipal.

a) Garantir a prevalência dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

b) Promover o desenvolvimento internacional.

c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.

d) Erradicar o terrorismo e o racismo.

e) Promover a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

3. (ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

4. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

5. (ESAF/AFC-CGU/2006) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica.

6. (ESAF/MRE/2004) O exercício de uma das funções do poder político do Estado por um determinado órgão se dá sob a forma de exclusividade, com vistas à preservação do equilíbrio no exercício desse poder.

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7. (ESAF - 2008 - MPOG - Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental) A Constituição acolhe uma sociedade conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes desses grupos (SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-145, com adaptações). Assinale a opção que indica com exatidão o fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na Constituição, a que faz menção o texto transcrito.

a) Soberania.

b) Pluralismo político.

c) Dignidade da pessoa humana.

d) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.

e) Cidadania.

8. (ESAF - 2004 - MPU - Técnico Administrativo) No que diz respeito aos princípios fundamentais, na Constituição de 1988, marque a única opção correta.

a) Os valores sociais do trabalho e do livre capital são fundamentos da República Federativa do Brasil.

b) O Estado brasileiro adota, como um dos seus fundamentos, a soberania popular, a qual pode ser exercida de forma indireta ou direta, nos termos definidos na Constituição Federal de 1988.

c) A garantia do pluralismo político é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

d) A redução das desigualdades regionais é um dos princípios que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

e) A Constituição Federal de 1988 traz a determinação de que o Brasil deverá buscar a integração econômica na América do Sul por meio da formação de um mercado comum de nações sulamericanas.

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9. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal.

10. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Analista Tributário da Receita Federal) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados.

11. (ESAF - 2009 - Receita Federal - Técnico Administrativo - Agente Técnico Administrativo (ATA) Marque a opção correta.

a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina.

b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil.

d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

12. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da Informação) Sobre Teoria Geral do Estado e princípios fundamentais na Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta.

a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas.

b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.

d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração pública.

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e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica.

13. (ESAF - 2006 - MTE - Auditor Fiscal do Trabalho) Na condição de fundamento da República Federativa do Brasil, a dignidade da pessoa humana tem seu sentido restrito à defesa e à garantia dos direitos pessoais ou individuais de primeira geração ou dimensão.

14. (CESPE/PGE-AL/2008) O poder soberano é uno e indivisível e emana do povo. A separação dos poderes determina apenas a divisão de tarefas estatais, de atividades entre distintos órgãos autônomos. Essa divisão, contudo, não é estanque, pois há órgãos de determinado poder que executam atividades típicas de outro.

15. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Assinale a opção em que não consta princípio que, segundo a Constituição, rege o Brasil nas suas relações internacionais.

a) Independência nacional.

b) Defesa da paz.

c) Concessão de asilo político.

d) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

e) Prevalência dos interesses econômicos nacionais.

16. (CESPE/Analista-SERPRO/2008) A federação é uma forma de governo na qual há uma nítida separação de competências entre as esferas estaduais, dotadas de autonomia, e o poder público central, denominado União.

17. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A federação é o sistema de governo cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais.

18. (CESPE/Técnico-TCU/2009) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos.

19. (ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o princípio da livre iniciativa.

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20. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) A teoria da 'tripartição de poderes' confirma o princípio da indelegabilidade de atribuições, por isso qualquer exceção, mesmo advinda do poder constitucional originário, deve ser considerada inconstitucional.

21. (FCC - 2009 - TRT - 3ª Região (MG) - Analista Judiciário) NÃO é considerada exceção ao princípio da separação de poderes no Estado brasileiro, entre outras, a

a) fiscalização contábil, financeira e orçamentária consistente no controle externo de natureza técnica ou numérico-legal exercido pelos Tribunais de Contas.

b) permissão para que Deputados Federais e Senadores exerçam funções de Ministros de Estado.

c) convocação de Ministros de Estado, perante o plenário das Casas do Congresso Nacional e de suas comissões.

d) adoção pelo Presidente da República de medidas provisórias, com força de lei, em casos de relevância e urgência.

e) autorização, na forma de resolução, de delegação de atribuições legislativas ao Presidente da República.

22. (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Técnico Judiciário) Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada

a) pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.

b) pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos.

c) pelo conjunto de cidadãos aos quais são garantidos os direitos fundamentais.

d) pela união dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

e) pela integração econômica, política e social de todos os Estados.

23. (FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Técnico Judiciário) Sobre os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, é correto afirmar que

a) foi acolhido, além de outros, o princípio da intervenção para os conscritos.

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b) dentre seus objetivos está o de reduzir as desigualdades regionais.

c) um dos seus fundamentos é a vedação ao pluralismo político.

d) o Brasil rege-se nas suas relações internacionais, pela dependência nacional.

e) a política internacional brasileira veda a integração política que vise à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

24. (FCC - 2009 - TJ-PI - Técnico Judiciário) No que concerne aos Princípios Fundamentais, considere:

I. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito.

II. Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil garantir o desenvolvimento nacional.

III. A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, além de outros, pelo princípio da concessão de asilo político.

IV. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

Está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) II e III.

e) I e III

25. (FCC - 2009 - TCE-GO - Técnico de Controle Externo) Considere as seguintes afirmações sobre os princípios fundamentais da Constituição da República:

I. A República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e Distrito Federal.

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II. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes ou diretamente, nos termos da Constituição.

III. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, dentre outros, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a garantia do desenvolvimento nacional.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III.

b) I, apenas.

c) II, apenas.

d) III, apenas.

e) I e II, apenas.

26. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Técnico Judiciário) Soberania, cidadania e pluralismo político, de acordo com a Constituição Federal, constituem

a) fundamentos da República Federativa do Brasil.

b) princípios que regem a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais.

c) objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil.

d) direitos políticos coletivos.

e) garantias fundamentais.

27. (FCC - 2009 - MPE-AP - Técnico Administrativo) A Constituição Federal, no capítulo reservado aos princípios fundamentais, estabelece que a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais, dentre outras hipóteses, pelo princípio da

a) não intervenção.

b) dependência nacional condicionada.

c) determinação dos povos quanto à dignidade da pessoa humana.

d) solução bélica e não arbitral dos conflitos.

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e) vedação de asilo e de exílio político-partidário.

28. (FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário) NÃO constitui princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, previsto na Constituição Federal:

a) concessão de asilo político.

b) independência nacional.

c) repúdio ao terrorismo e ao racismo.

d) autodeterminação dos povos.

e) busca de integração econômica.

29. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado) No Brasil, as funções atípicas, relacionadas à teoria da separação de poderes,

a) são consideradas inconstitucionais, pois ferem a harmonia e a independência dos Poderes.

b) só poderão ser realizadas mediante expressa previsão legal.

c) possibilitam ao Senado Federal julgar o Presidente da República por crime de responsabilidade.

d) permitem aos Tribunais Superiores aprovar súmula com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário.

e) garantem ao Poder Executivo prerrogativa para apurar fato determinado e por prazo certo com poderes de investigação próprios das autoridades judiciais.

30. (FCC - 2009 - TJ-MS - Juiz) Relativamente aos princípios fundamentais da Constituição brasileira de 1988, é INCORRETO afirmar que

a) a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.

b) a República Federativa do Brasil tem como fundamentos a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político.

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c) todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente ou por meio dos seus representantes nos Poderes Executivo (Presidente da República, Governadores de Estado e Prefeitos municipais), Legislativo (parlamentares) e Judiciário (juízes).

d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: independência nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz, solução pacífica dos conflitos, repúdio ao terrorismo e ao racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político.

31. (FCC - 2010 - AL-SP - Agente Legislativo de Serviços Técnicos e Administrativos) Constitui um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988,

a) a garantia do desenvolvimento nacional.

b) a não intervenção.

c) a defesa da paz.

d) a igualdade entre os Estados.

e) o pluralismo político.

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IV. GABARITO

Princípios Fundamentais

1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. E 7. B 8. B 9. E 10. E

11. E 12. D 13. E 14. C 15. E 16. E 17. E 18. E 19. E 20. E

21. A 22. A 23. B 24. B 25. A 26. A 27. A 28. E 29. C 30. C

31. E

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V. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. Ed. Impetus

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do Ponto (ebook)

www.stf.jus.br

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.concursosfmp.com.br

http://www.fujb.ufrj.br

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GREETINGS, GREETINGS EVERYONE!! WELCOME ABOARD! Parabéns por ter saído na frente! Começar a estudar com antecedência é uma estratégia fundamental para garantir o sucesso!! A bit about me... Para aqueles que ainda não me conhecem....it´s NICE meeting you!! Meu nome é Vladia Mattar Hudson e estaremos juntos na preparação para o concurso da Recita Federal. Nasci na praia, mas vim parar em Brasília em 1998 e aqui estou até hoje. Yes!! I miss living near the beach!. Sou graduada em Letras-Inglês pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Além da graduação, tenho 3 diplomas de proficiência no idioma Inglês (FCE e CAE "Cambridge University" e CPE "Michigan University"). Tenho mais de 14 anos de experiência como professora em instituições de renome em Brasília. Tenho vivência em países de língua inglesa onde fiz cursos voltados para o ensino da língua inglesa (“EFL Teaching”) e cultura americana e britânica. Também, já ministrei palestras e organizei workshops na área. Bom, acho que posso dizer que: Teaching English is already part of me!

Digo-lhes, sinceramente, que mais do que saber o idioma, é necessário um treinamento específico para resolver a prova de inglês de concursos e isso exige dedicação e estratégias de estudo. Então, vamos às nossas estratégias! About the course... O domínio pleno de um idioma estrangeiro pressupõe desenvolver quatro habilidades fundamentais: speaking, listening, writing and reading. O foco do nosso curso será reading comprehension ( Interpretação de Textos ), pois é a habilidade cobrada em concursos.

Veja o último edital: INGLÊS: Interpretação de Textos. ( foram 10 questões )

ATENÇÃO!! A abordagem do curso será instrumental, visa a compreensãoescrita da língua. O curso não é para o aprendizado do idioma!

Como iremos desenvolver reading comprehension?

• Praticando com questões de provas passadas da ESAF; • Praticando com questões pertinentes de outras bancas; • Praticando com questões inéditas baseadas em textos da área de

interesse do concurso; • Enriquecendo o vocabulário (Word formation, false cognates, common

words, connectors, phrasal verbs and others); • Estudando as dicas gramaticais (Sentence formation, verb tense, parts of

speech and others); • Desenvolvendo estratégias de leitura (skimmimg and scanning); e • Usando o fórum para dirimir suas dúvidas.

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As provas de inglês da ESAF são geralmente composta de 3 textos extraídos de revistas e jornais estrangeiros sobre assuntos pertinente ao órgão que promove o concurso. Tem sido assim, mas isso pode mudar. Então para enriquecer nossas aulas utilizarei, além das questões da ESAF, as de outras bancas com perfil similar ou que julgar interessante, e as INÉDITAS (questões elaboradas por mim). Teremos, então, uma variedade maior de textos para explorarmos itens gramaticais, vocabulário, expressões idiomáticas...

Em cada aula teremos:

Textos e exercícios de provas – gabaritados e comentados; Exercícios Inéditos – gabaritados e comentados; Dicas; Lista das questões da aula, sem comentários e com gabarito, para

treino.

Feitas as apresentações, as the Ramones say... “hey ho... let’s go !?”

AULA 0

Parte 1 Studying and Reading strategies (Estratégias de Estudo e Leitura)

Parte 2 Questões: Esaf/CGU/2008; Esaf/RFB/2009 gabaritadas e comentadas

Parte 3 Questões INÉDITAS

Parte 4 Teoria, Dicas e Vocabulary Builder

Parte 5 Lista de questões desta aula e gabarito ‘seco’

Parte 1 Studying and Reading Strategies, ou Estratégias de Estudo e Leitura

Buscar palavra por palavra no dicionário é uma prática desaconselhável, pois além de ser exaustivo, desvia a atenção do leitor porque quebra seu ritmo produtivo devido a interrupções. “Oh Teacher! O que devo fazer então?” Well... Sugiro as estratégias a seguir:

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Oriente-se por meio das palavras cognatas que são aquelas palavras parecidas com as de nossa língua.

Esteja atento às palavras repetidas. Se forem repetidas, é porque muito provavelmente são de maior relevância no texto. Caso não compreenda uma palavra repetida, ou palavra-chave, tente inferir seu significado através do contexto.

Observe todas as indicações tipográficas do texto: palavras escritas com letras maiúsculas, em itálico, com negrito, sublinhadas, símbolos, datas, desenhos, gráficos, figuras, fotos, hipertextos etc. Todos estes recursos são utilizados com o propósito de enfatizar alguma parte do texto.

Freqüentemente, o primeiro e o último parágrafos de um texto são os mais significativos.

Utilize a técnica de leitura Skimming* para ler rapidamente um texto, visando captar seu sentido geral.

Utilize a técnica de leitura scanning* para buscar algo específico no texto. *Veremos essas técnicas a seguir!

Há duas estratégias básicas para leitura rápida: skimmimg e scanning.

“Skimmimg” é uma leitura rápida para captar os conceitos e as idéias principais do texto. É uma exploração global, geral, feita com a leitura do título, autor, figura, fonte do texto e a primeira frase de cada parágrafo. Esta técnica é boa para uma primeira leitura, ou seja, uma leitura superficial.

“Scanning” também envolve uma leitura rápida, porém procura-se por algo específico no texto, seja em resposta a uma pergunta, ou para confirmar uma informação. Ao se encontrar a informação buscada, faz-se a leitura de todo o trecho, ou parágrafo, conforme a necessidade.

Qual você deve usar? Depende do que a questão exige, do tempo do candidato e da complexidade da questão. Podemos usar uma ou outra, ou ambas, ou nenhuma delas. Por exemplo: quando a questão exige interpretação pura, devemos evitar estratégias rápida de leitura. Quando a questão exigir vocabulário, usaremos scanning. Isto significa que você deve localizar a palavra no texto e ler o trecho no qual ela se insere para entender ou deduzir, pelo contexto, seu significado. Já o skimming pode ser usado quando a questão exige tipologia textual, por exemplo. Questões que exigem gramática pura, muitas vezes podem ser respondidas sem releitura do texto ou até mesmo sem leitura do texto ( arriscado, mas verdade! ) Sempre sugiro pelo menos uma leitura superficial= skimming

Como estratégia de estudo para as nossas aulas, sugiro:

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Ter em mãos, ou na tela, um dicionário Inglês-Português ou Inglês-Inglês, conforme seu grau de conhecimento do idioma. Ressalto que o dicionário Inglês-Inglês ajuda enriquecer o vocabulário.

Ao final de cada aula, relacione as novas palavras por assunto. Dessa forma você criará um mapa mental semântico... “your own vocabulary builder” (exemplo ao final da aula).

Aproveite todas as oportunidades para ler em inglês e aprender novas palavras. Vale tudo: cinema, internet, letras de músicas, jogos e outros.

Parte 2 Questões gabaritadas e comentadas

ESAF/RFB/2009 Text 1

REASON WITH HIM

Question (Q) 1: Margolis: When you took office, Brazil was regarded as an underachiever, and the last among the BRIC nations. Now Brazil is considered a star among emerging countries. What´s happened? Lula: No one respects anyone who doesn´t respect themselves. And Brazil always behaved like a second-class country. We always told ourselves we were the country of the future. But we never transformed these qualities into anything concrete. In a globalized world you cannot sit still. You have to hit the road and sell your country. So we decided to make strengthening Mercosul (the South American trading bloc) a priority, and deepened our relations with Latin America in general. We prioritized trade with Africa and went into the Middle East aggressively. Our trade balance today is diversified. This helped us cushion the blow of the economic crisis.

Q2: Margolis: Has Brazil´s success in navigating the economic crisis changed investors´views? Lula: There was no miracle. We had a strong domestic market. We had consumers who wanted to buy cars. We reduced part of the sales tax and asked the companies to offer consumers credit on affordable items. It´s the same case with refrigerators, stoves, washing machines, and with computers and the housing construction.

Q3: Margolis: What are the lessons for other countries? Lula: The great lesson is that the state has an important role to play, and has great responsibility. We don´t want the state to manage business. But it can be an inducer of growth and can work in harmony with society.

Source: www.newsweek.com 22nd Sep, 2009 (Adapted)

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1. ESAF/AFRB/2009 In his answer to question 1, Brazil´s president refers to “strengthening Mercosul as a priority.” In other words, a measure he considered a) risky. b) unattainable. c) pivotal. d) unnecessary. e) advisable.

COMENTÁRIO O caput da questão traz:In other words = em outras palavras. Isso significa que a banca quer o significado da expressão “strengthening Mercosul as a priority” .

• Strengthening = fortalecer/fortalecimento • Priority = prioridade

a) ERRADA.risky. = arriscada b) ERRADA.unattainable. = inatingível c) CERTA. pivotal. Essencial/pivô d) ERRADA.unnecessary. desnecessário e) ERRADA.advisable. aconselhável

GABARITO: C 2- ESAF/AFRFB/2009 In his answer to question 2, Luiz Inácio Lula da Silva says that a) the Brazilian domestic market was frail. b) a miracle did come about in Brazil. c) credit on affordable items was halved. d) part of the sales tax was lowered. e) consumers were not willing to spend.

COMENTÁRIO Vamos ver a resposta do Presidente à pergunta 2:

“...There was no miracle. We had a strong domestic market. We had consumers who wanted to buy cars. We reduced part of the sales tax and asked the companies to offer consumers credit on affordable items. It´s the same case with refrigerators, stoves, washing machines, and with computers and the housing construction...”

• Strong domestic market: mercado doméstico forte • frail: frágil • miracle: milagres • affordable items: itens acessíveis • stoves = fogões • housing = moradia

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a) ERRADA. the Brazilian domestic market was frail. Veja o texto: “We had a strong domestic market.” A alternativa diz que o mercado doméstico brasileiro era frágil (frail), o presidente, na sua resposta, afirma que nós tínhamos um mercado doméstico forte (strong).

b) ERRADA. a miracle did [NOT] come about in Brazil.

No texto: “There was no miracle.” A alternativa está na afirmativa e o texto traz uma negativa, ou seja, nega o milagre (no miracle)”.

c) ERRADA. credit on affordable items was halved. No texto: “(…) asked the companies to offer consumers credit on affordable items.”

O presidente afirmou em sua resposta que pediu (asked) às empresas para oferecer aos consumidores crédito para os itens acessíveis (affordable items). Já a alternativa diz que o crédito para itens acessíveis (affordable items) foi reduzido pela metade ( halved vem de half= metade).

d) CERTA. part of the sales tax was lowered. No texto o presidente diz “(…)We reduced part of the sales tax(…)” , logo, imposto foi reduzido (reduced).

• Lowered (assertiva) = reduced (texto) = baixar/ reduzir • Sales tax = imposto sobre venda

e) ERRADA. consumers were not willing to spend. Veja : “…We had consumers who wanted to buy cars.”

• Not willing to= não dispostos a • Consumers = consumidores • Wanted = queriam • To buy cars = comprar carros • Spend = gastar

GABARITO:D

3. ESAF/AFRFB/2009 Brazil´s president refers to the country´s diversified trade balance as having a) contributed to worsen the global economic crisis. b) resulted from trade with one sole strategic partner. c) been prevented by internal regulations. d) been considered as an unattainable goal.

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e) minimized the adverse effects of the world crisis.

COMENTÁRIO No texto, as palavras “diversified trade balance” aparecem no trecho:

“Our trade balance today is diversified. This helped us cushion the blow of the economic crisis.”

• diversified trade balance = balança comercial diversificada • helped = ajudou • economic crises = crise econômica

Vejamos as alternativas:

a) ERRADA. contributed to worsen the global economic crisis. a balança comercial diversificada ajudou (helped) o país na crise econômica. Worsen = piorar

b) ERRADA. resulted from trade with one sole strategic partner. O texto fala de diversified trade balance e a alternativa fala, erradamente, em trade with one solo strategic partner (comércio com um único parceiro estratégico).

c) ERRADA. been prevented by internal regulations.

• Prevented = evitada/ impedida • internal regulations = regulamentações internas

O presidente trata da balança comercial diversificada como fator que teria ajudado o país na crise e não como tendo sido evitada ou impedida (prevented) por regulamentações internas.

d) ERRADA. been considered as an unattainable goal.

• unattainable goal = objetivo inatingível

e) CERTA. minimized the adverse effects of the world crisis.

• Helped (texto) = minimized (assertiva) =ajudou, minimizou • adverses effects =efeitos adversos

GABARITO:E

4. ESAF/AFRFB/2009 In his answer to question 3, Brazil´s president a) emphasizes the role played by the private sector. b) criticizes initiatives derived from private ownership. c) sees the private sector as an inducer of growth. d) affirms the significance of the state.

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e) disregards duties attributed to the state.

COMENTÁRIO Vamos as Key-words ( palavras-chave) !

“…The great lesson is that the state has an important role to play, and has great responsibility. We don´t want the state to manage business. But it can be an inducer of growth and can work in harmony with society…”

State = estado important role = papel importante great responsibility = grande responsabilidade manage = administrar, gerenciar inducer = indutor growth = crescimento

Analisemos as assertivas:

a)ERRADA. emphasizes the role played by the private sector. O texto fala da responsabilidade do Estado (state) e não do setor privado.

b) ERRADA. criticizes initiatives derived from private ownership.O presidente não critica iniciativas privadas (initiatives derived from private ownership), ele enfatiza a responsabilidade e importância do Estado.

c) ERRADA. sees the private sector as an inducer of growth. O texto não fala de setor privado (private sector) como indutor do crescimento (inducer of growth).

d) CERTA. affirms the significance of the state.

e) ERRADA. disregards duties attributed to the state.

• Disregards = desconsidera • duties = as responsabilidades (do Estado)

GABARITO: D

ESAF/CGU/2008

Text 2

Land of Promise Source: www.economist.com/specialreports

April 12th 2007 (Adapted) 1. In 2003 Goldman Sachs, an investment bank, selected Brazil, along with Russia, India and China, as one of the “BRICs”- the developing countries that would share dominance of the world economy by 2050.

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2. In some ways Brazil is the steadiest of the BRICs. Unlike China and Russia it is a full-blooded democracy; unlike India it has no serious disputes with its neighbours. It is the only BRIC without a nuclear bomb. The Heritage Foundation’s “Economic Freedom Index”, which measures such factors as protection of property rights and free trade, ranks Brazil (“moderate free”) above the other BRICs (“mostly unfree”). One of the main reasons why Brazil’s growth has been slower than China’s and India’s is that Brazil is richer and more urbanized.

3. The survey will argue that disgruntlement persists because Brazil is a battleground between progress and inertia. Since independence was proclaimed by the son of the Portuguese king, Brazil has been adding layer upon layer of change rather than sweeping away the old and starting afresh.

5. (ESAF/CGU/2008) In paragraph 1, four countries are referred to as a) unlikely to play a key role in the world economic scenario. b) the slowest-growing economies of the present. c) likely to dominate the world economy in the future. d) the fastest-growing economies over the past 50 years. e) being today’s richest and most prosperous economies.

COMENTÁRIO A questão quer saber o quê o texto traz no parágrafo 1°. Vamos direto lá! A resposta está no trecho:

“…the developing countries that would share dominance of the world economy by 2050.”

Para responder a questão precisamos saber ‘share dominance’= compartilhar odomínio ,e também entender o advérbio likely ( provável ) e seu opostounlikely ( Improvável )

a)Errada. Não é improvável que os 4 países tenham papel chave (key role) no cenário da economia mundial. O parágrafo afirma exatamente o contrário. Prefixo UN expressa contrário, negativo. Veja Teorias e Dicas sobre formação das palavras. b) Errada. Slowest-growing economies = economias de crescimento lento Slowest = mais lento, devagar. c) CERTA d) Errada . Gente o texto fala do future e a alterntiva do passado!! The fastest-growing economies over the past 50 years. e) Errada. O erro está em richest = a(s) mais rica(s). Vale revisar comparativos ! Veja Teorias e Dicas!! Gabarito: Letra C

6. (ESAF/CGU/2008) In paragraph 2, the author compares Brazil’s growth to China’s and India’s and, therefore, defines it as a) not being as fast.

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b) dependent on the latter. c) unexpectedly higher. d) not as stable. e) the least steady.

COMENTÁRIO: Guys, a idéia central tratada neste parágrafo é comparação do crescimento do Brasil ao da China e Índia. O autor descreve o Brasil usando o seguinte vocabulário: The steadiest = o mais estável ( The ...est usado para superlativo ) full-blooded = forte moderate-free = moderadamente livre slower = mais lento (sufixo –er usado para comparativo) richer = mais rico (sufixo –er usado para comparativo) more urbanized = mais urbanizado ( more – para comparativo ) A resposta está no trecho: “One of the main reasons why Brazil’s growth has been slower than China’s and India’s is that Brazil is richer and more urbanized.”

a) not being as fast = não tão rápido b) dependent on the latter = depende do último ( mencionado ) c) unexpectedly higher= inesperadamente maior d) not as stable= não tão estável e) the least steady= o menos estável Gabarito: Letra A

7.(ESAF/CGU/2008)In paragraph 3, progress and inertia are cited as the two a) complementary forces in Brazil’s promising future. b) opposing forces in the Brazilian battleground. c) forces of Brazil’s past growth as a world economy. d) forces that triggered Brazil’s economic growth. e) realities which are likely to coexist in Brazil’s economic scenario.

COMENTÁRIO: Para responder essa questão precisamos saber o significado de algumas palavras-chave do parágrafo em questão:

Temos sorte de encontrar duas palavras cognatas: inertia=inércia, Progress=progresso. Outras palavras pertinentes: disgruntlement: descontentamento battleground: campo de batalha persists: persiste layer= camada change= mudança sweeping away= varrendo

Agora,releia o trecho:

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“The survey will argue that disgruntlement persists because Brazil is a battleground between progress and inertia. Since independence was proclaimed by the son of the Portuguese king, Brazil has been adding layer upon layer of change rather than sweeping away the old and starting afresh.”

a) Errada. Não podemos chamar progress e inertia de complementary forces = (=forças complementares). b) Certa. Elas são opposing forces c) Errada. Não são do passado. d) Errada. Não são forças que desencadearam ( triggered) o crescimento econômico do Brasil. e) Errada. O erro está em likely ( provável ). Elas não são prováveis decoexistir no cenário econômico. Elas coexistem!!

Gabarito: Letra B

QUADRIX/ DATAPREV/2010

Text 3

Natalie du Toit wins Laureus award Brad Morgan 11 March 2010

South African swimmer Natalie du Toit was named the Laureus World Sportsperson of the Year with a Disability at a gala ceremony in Abu Dhabi on Wednesday evening. She is one of only five athletes to have competed in the Olympics and Paralympics.

South African Sport Confederation and Olympic Committee (Sascoc) president Gideon Sam told the Sascoc website: "Natalie has done us proud over the years," he said. "All South Africans can be proud of her spirit and her never-say-die attitude."

'A true inspiration'

"She is a true inspiration to each and every athlete in this country, indeed the world, and we are hoping that she can build on this prestigious award as we look ahead to the 2012 Olympics and Paralympics in London.

"It's people like Natalie that provide the incentive for the youngsters to aspire to greatness, he continued. "She fully deserves this acknowledgement."

8-QUADRIX/ DATAPREV/2010 According to the extract above, it is right to say that. A) Natalie is the only one who has competed in the Olympics and Paralympics. B) The website president said…”Natalie has made us proud over the years”. C) Gideon Sam said that people like Natalie. D) Gideon Sam said that Natalie deserves the prize. E) Natalie du Toit was named after Laureus.

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COMENTÁRIO A questão começa com “according to the extract above”, isso significa que não faremos inferência. A informação está no texto, não nas entrelinhas. É um texto curto e podemos aqui usar a estratégia scanning, ler as alternativas identificando palavras chaves que deverão ser buscadas no texto. Exemplo: alternativa “a” traz as palavras Olympics and Paralympics, então vá direto à linha 5 e leia a frase completa para a resposta.

A) ERRADA – Natalie não foi a única (the only one) participante como afirma a assertiva. Ela é uma das cinco atletas que participaram (one of only five). A pegadinha está no uso de ‘the only one’ que significa a única. E, “one of only” significa uma entre as poucas.

B) ERRADA – O presidente disse ao website (...president Gideon Sam told the Sascoc website: Natalie ...) e não o presidente do website disse, como afirma o item (the president of the website said...).

C) ERRADA – O item indica que o verbo ‘like’ foi usado no sentido de gostar, apreciar. Na verdade trata-se de ‘like’ como uma preposição que significa, neste caso, ‘like” = similar, igual a, como.

D) CERTA – Gideon Sam diz: “She fully deserves this acknowledgement”. E) ERRADA – “named after” significa receber o nome de. O texto traz que

Natalie “was named”, ( voz passiva ) que significa ser nomeada (para um prêmio, Laureous...)

GABARITO: D

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9)QUADRIX/DATAPREV/2010

COMENTÁRIO

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Atenção!!!! O enunciado diz “cannot be said” (“cannot” expressa impossibilidade). Estamos procurando a resposta errada! A questão aborda o conhecimento dos termos: encourage, persuade, convince e make. Encourage (motivar), persuade (persuadir) e Convince (convencer) expressam os objetivos da campanha de doação de sangue. Só com a técnica “skimmimg” é possível resolver a questão. A mensagem principal do anúncio (“ad”) não é persuadir o leitor a visitar o site e sim a doar sangue.

GABARITO: D.

Parte 3 QUESTÕES INÉDITAS

Text 4

The International Organisation of Supreme Audit Institutions (INTOSAI) operates as an umbrella organisation for the external government audit community. For more than 50 years it has provided an institutionalised framework for supreme audit institutions to promote development and transfer of knowledge, improve government auditing worldwide and enhance professional capacities, standing and influence of member SAIs in their respective countries. In keeping with INTOSAI's motto, 'Experientia mutua omnibus prodest', the exchange of experience among INTOSAI members and the findings and insights which result, are a guarantee that government auditing continuously progresses with new developments.

INTOSAI is an autonomous, independent and non-political organisation. It is a non-governmental organisation with special consultative status with the Economic and Social Council (ECOSOC) of the United Nations.

INTOSAI was founded in 1953 at the initiative of Emilio Fernandez Camus, then President of the SAI of Cuba. At that time, 34 SAIs met for the 1st INTOSAI Congress in Cuba. At present INTOSAI has 189 Full Members and 4 Associated Members. Fonte: www.Intosai.org

Based on the text, judge the items below

10- VLADIA/INÉDITA/2012

_____The word “umbrella organisation” ( line 2 ) resfers to INTOSAI .

COMENTÁRIO: Vocabulário interessante de business English . “Umbrella organization” pode ser traduzido com organização de cúpula , central, de apoiol .

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E aí, estão familiarizado com o termo INTOSAI ? Em português é: Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores.

Operate as= atuar como

GABARITO: CERTA

11- VLADIA/INÉDITA/2012

____Emilio Fernandes Camus is the founder INTOSAI and the president of SAI Cuba. COMENTÁRIO Essa requer atenção!! O Emilio é realmente o fundador da INTOSAI, mas uma palavrinha no texto expressa que ele era o presidente do SAI de Cuba na época em que ele fundou INTOSAI. Então ele não é (= is) HOJE como afirma a assertiva. Já sabe qual é a palavrinha?? Vamos ao trecho: INTOSAI was founded in 1953 at the initiative of Emilio Fernandez Camus, then President of the SAI of Cuba. Acertou quem pensou em then (=depois) GABARITO: ERRADA

Text 5

Social insurance is any government-sponsored program with the following characteristics:

• explicit provision is made to account for the income and expenses (often through a trust fund);

• it is funded by taxes or premiums paid by (or on behalf of) participants (although additional sources of funding may be provided as well).

12-Vladia/INÉDITA/2012 “government-sponsored program”(line 1) is a program that:

A) sponsors the government B) gives support to the government C) whose funds come from government D) gives funds to the government E) the government is responsible for its foundation

COMENTÁRIO: Importante sabermos que o adjetivo, em inglês, quase sempre está antes do substantivo ou depois do verbo de ligação. No caso da questão, “government-sponsored” é o adjetivo do substantivo “program” e significa que o programa é financiado (sponsored) pelo governo. Atenção para o vocabulário que pode

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aparecer em sua prova: sponsor, support and fund (financiar, apoiar financeiramente e custear)

A) ERRADA. Exatamente o contrário do que afirma o texto. B) ERRADA. Exatamente o contrário do que afirma o texto. C) CORRETA. “Whose” que expressa possessão e pode ser usado para

coisas também, não apenas para pessoas, como muitos pensam.

Ex.: a) Mary whose father is from Canada won the Nobel Prize; b) The school whose rooms are made of brick and wood is very hot.

D) ERRADA. É o contrário. O governo dá fundos para o programa. E) ERRADA. Olha a confusão entre “fund” e “foundation”. “Foundation” é

fundação.

GABARITO: C

Text 5

BRAZIL The largest Latin-American country, Brazil has an area of 8,5 millions of square kilometers housing more than 175 million people. In 2003, Brazil’s GNP was US$ 493 billions, with a per capita revenue of US$ 2,789.00. Within the Brazilian economy, it is worth mentioning high-developed sectors such as agriculture and cattle breeding and a very complex industrial base. Besides, the country is the leader of Mercosul, an economic block joining Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. Established in 1991, this block emerged as a free trade zone, but its major objective is to become a common market.

13- VLADIA/INÉDITA/2012 Based on the meanings in the text, (A) “...housing...” cannot be replaced by accomodating. (B) “...within...” is the synonym inside. (C) “...revenue...”and income are antonyms. (D) “...Besides...” and “next to” are synonyms. (E) “...developed...” and emerged express similar ideas.

COMENTÁRIO A primeira vista, parece um vocabulário de fácil entendimento. Porém, exige uma contextualização e atenção.

A) ERRADA. “Housing” neste contexto significa acomodar, não moradia. Atenção à negativa “cannot”. “Housing can be replaced by accommodating” neste texto.

B) CERTA. C) ERRADA. “Revenue” e “income” são sinônimos D) ERRADA. Cuidado com “besides” que é diferente de “beside”. “Beside

= next to,” ao lado de. “ Besides = in addition to”, além de. E) ERRADA. Parecem similares, mas não são. “Emerge” carrega o sentido

de surgir (do zero). “Develop”=desenvolver.

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GABARITO: B

Text 6

This Company of Technology and Information from Social Security originated from the centers of data processing of existing security institutes in the 70's. The Purpose of the company is to provide solutions on IT and communication for the implementation and improvement of social policies of the State, serving mainly to the National Social Security Institute. Fonte:(http://www.securities.com/Public/company-Profile/BR/Dataprev_en_2605577.html). Adapted. 14) VLADIA/INÉDITA/2012 The word “data” in text 1 refers to:

A) Time B) Any documents C) Chronological information D) Figures and maps E) Information stored in hardware

COMENTÁRIO

Cuidado com os “false cognates”! São aquelas palavrinhas que nos enganam... Parecem com palavras da nossa língua, mas têm significado totalmente diferente.

Na questão acima, temos 2 falsos cognatos. “Data”, que não significa data e “figure” que não significa figura!

“Data” significa informação, especificamente no texto, informação armazenada no computador.

“Figure” significa símbolo, número, gráfico, mapa.

GABARITO: E

PARTE 4 TEORIA E DICAS

WORD FORMATION

A utilidade de se saber sobre a formação de palavras, do ponto de vista daquele que está desenvolvendo familiaridade com inglês, está no fato de que este conhecimento permite a identificação da provável categoria gramatical (se é um verbo? adjetivo?) mesmo quando não se conhece a palavra no seu

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significado. Essa indentificação é de grande utilidade na interpretação de textos, especialmente para inferir significados de palavras desconhecidas.

• Prefixos: Os prefixos i, im , dis , un expressam negativa, ou seja, NO Exemplo: partial / impartial

Legal / ilegal Respectful / disrespectful Able / unable

• Sufixos:

a) ous, able, ful e less caracterizam adjetivos.

Exemplo: Helpful, jealous, viable, careless

b) hood, ship, ment, ness caracterizam substantivos

Exemplo: neighborhood, scholarship, judgement, happiness

Vocabulary Builder

Após a leitura de cada texto proposto em aula, faça um “Vocabulary Builder” das palavras a ele relacionadas. Esse esquema ajuda memorizar novas palavras. Abaixo, segue o Vocabulary Builder feito do texto 3. Faça os seus de todos os textos que estudamos nesta aula!! Isso serve principalmente para aqueles em que você encontrou mais palavras novas.

Exemplo: Texto 3 / Prova Dataprev 2010

Prize

( prêmio)

award

(prêmio/premiar)

Athete

( atleta)

prestigious

Olympics

acknowledgemt (pretígio)

paralympics

(Reconhecimento)

Incentive (incentivo financeiro)

Sportsperson

(desportista)

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Vocabulário:

• “Never-say-die attitude”: postura de quem não se deixa sucumbir, não se dá por derrotado.

• “Acknowledgement”: palavra grande... mas, não é tão difícil. Olha só: palavras grandes, assim, provavelmente têm sufixos e prefixos. Se você sabe o significado da palavra “know” (saber, conhecer), pelo texto poderá entender o significado desta palavra: reconhecimento. Então, minha dica é: se você se deparar com uma palavra desconhecida, tente identificar sufixos e prefixos. Livrando-se deles, talvez você reconheça a palavra.

COMPARATIVE

Formamos os comparativos, geralmente, acrescentando o sufixo er nos adjetivos curtos, ou seja, adjetivos com uma sílaba.

Exemplos: large- larger, small-smaller, taller, shorter, etc. · Your schoolbag is smaller than Sue's. (Sua mochila é menor que a da Sue) · Mary is taller than Rick. · Ronny is shorter than Mark.

Quando o adjetivo terminar em y usaremos i no seu lugar.

Exemplos: easy- easier; happy-happier

Para adjetivos mais longos, mais de 1 sílaba, colocamos a palavra more antes do adjetivo.

Exemplos:

· Mark is more intelligent than Sue. (Mark é mais inteligente que a Sue) · This TV is more expensive than the one I have at home. · Roses are more beautiful than daisies. · Your car is more powerful than mine.

Atenção: a palavra than ( que ) vem sempre depois dos adjetivos comparativos.

SUPERLATIVE

Usamos o superlativo quando queremos intensificar uma determinada

característica.

Exemplo: Yesteday was the hottest day of the month.

(Onten foi o dia mais quente do mês)

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Formamos o superlativo acrescentando o sufixo est para os adjetivos

monossílabos.

Exemplos: hot - hottest; cheap - cheapest; hard - hardest; Para adjetivos mais longos, que tenham duas sílabas ou mais, colocamos a palavra "most" antes do adjetivo.

The most famous; The most difficult; The most expensive

Atenção: usa-se the antes do adjetivos superlativos !!!!

Exemplos: - I am the tallest in my family. (Sou a mais alta da família).

- She´s the most intelligent girl I know. (Ela é a garota mais inteligente que conheço).

Há aqueles adjetivos que apresentam forma irregular.

ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO

GOOD BETTER THE BEST

BAD WORSE THE WORST

Thats all Folks !!!! for now...

Espero que tenham gostado da aula Demonstrativa. Aguardo vocês na Aula 1 ! Continuaremos nas próximas aulas com muito mais!!!

Qualquer dúvida feel free para perguntar. Estou aqui for you. Pode contar comigo!!!

Em seguida, vejam a lista de questões desta aula com o gabarito ‘seco’.

SEE YOU SOON!!

PARTE 5 LISTA DE QUESTÕES E GABARITO ‘SECO’ ESAF/AFRB/2009

Text 1

Reason with him

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Question (Q) 1: Margolis: When you took office, Brazil was regarded as an underachiever, and the last among the BRIC nations. Now Brazil is considered a star among emerging countries. What´s happened? Lula: No one respects anyone who doesn´t respect themselves. And Brazil always behaved like a second-class country. We always told ourselves we were the country of the future. But we never transformed these qualities into anything concrete. In a globalized world you cannot sit still. You have to hit the road and sell your country. So we decided to make strengthening Mercosul (the South American trading bloc) a priority, and deepened our relations with Latin America in general. We prioritized trade with Africa and went into the Middle East aggressively. Our trade balance today is diversified. This helped us cushion the blow of the economic crisis.

Q2: Margolis: Has Brazil´s success in navigating the economic crisis changed investors´views? Lula: There was no miracle. We had a strong domestic market. We had consumers who wanted to buy cars. We reduced part of the sales tax and asked the companies to offer consumers credit on affordable items. It´s the same case with refrigerators, stoves, washing machines, and with computers and the housing construction.

Q3: Margolis: What are the lessons for other countries? Lula: The great lesson is that the state has an important role to play, and has great responsibility. We don´t want the state to manage business. But it can be an inducer of growth and can work in harmony with society.

Source: www.newsweek.com 22nd Sep, 2009 (Adapted)

1. ESAF/AFRFB/2009 In his answer to question 1, Brazil´s president refers to “strengthening Mercosul as a priority.” In other words, a measure he considered a) risky. b) unattainable. c) pivotal. d) unnecessary. e) advisable.

2. ESAF/AFRFB/2009 In his answer to question 2, Luiz Inácio Lula da Silva says that a) the Brazilian domestic market was frail. b) a miracle did come about in Brazil. c) credit on affordable items was halved. d) part of the sales tax was lowered. e) consumers were not willing to spend.

3. ESAF/AFRFB/2009 Brazil´s president refers to the country´s diversified trade balance as having

a) contributed to worsen the global economic crisis.

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b) resulted from trade with one sole strategic partner. c) been prevented by internal regulations. d) been considered as an unattainable goal. e) minimized the adverse effects of the world crisis.

4. ESAF/AFRFB/2009 In his answer to question 3, Brazil´s president a) emphasizes the role played by the private sector. b) criticizes initiatives derived from private ownership. c) sees the private sector as an inducer of growth. d) affirms the significance of the state. e) disregards duties attributed to the state.

ESAF/CGU/2008

Text 2 Land of Promise

Source: www.economist.com/specialreports April 12th 2007 (Adapted)

1. In 2003 Goldman Sachs, an investment bank, selected Brazil, along with Russia, India and China, as one of the “BRICs”- the developing countries that would share dominance of the world economy by 2050. 2. In some ways Brazil is the steadiest of the BRICs. Unlike China and Russia it is a full-blooded democracy; unlike India it has no serious disputes with its neighbours. It is the only BRIC without a nuclear bomb. The Heritage Foundation’s “Economic Freedom Index”, which measures such factors as protection of property rights and free trade, ranks Brazil (“moderate free”) above the other BRICs (“mostly unfree”). One of the main reasons why Brazil’s growth has been slower than China’s and India’s is that Brazil is richer and more urbanized. 3. The survey will argue that disgruntlement persists because Brazil is a battleground between progress and inertia. Since independence was proclaimed by the son of the Portuguese king, Brazil has been adding layer upon layer of change rather than sweeping away the old and starting afresh.

5. (ESAF/CGU/2008) In paragraph 1, four countries are referred to as a) unlikely to play a key role in the world economic scenario. b) the slowest-growing economies of the present. c) likely to dominate the world economy in the future. d) the fastest-growing economies over the past 50 years. e) being today’s richest and most prosperous economies.

6. (ESAF/CGU/2008) In paragraph 2, the author compares Brazil’s growth to China’s and India’s and, therefore, defines it as a) not being as fast. b) dependent on the latter. c) unexpectedly higher. d) not as stable. e) the least steady.

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7.ESAF/CGU/2008In paragraph 3, progress and inertia are cited as the two a) complementary forces in Brazil’s promising future. b) opposing forces in the Brazilian battleground. c) forces of Brazil’s past growth as a world economy. d) forces that triggered Brazil’s economic growth. e) realities which are likely to coexist in Brazil’s economic scenario.

QUADRIX/ DATAPREV/2010

Text 3

Natalie du Toit wins Laureus award Brad Morgan 11 March 2010

South African swimmer Natalie du Toit was named the Laureus World Sportsperson of the Year with a Disability at a gala ceremony in Abu Dhabi on Wednesday evening. She is one of only five athletes to have competed in the Olympics and Paralympics.

South African Sport Confederation and Olympic Committee (Sascoc) president Gideon Sam told the Sascoc website: "Natalie has done us proud over the years," he said. "All South Africans can be proud of her spirit and her never-say-die attitude."

'A true inspiration'

"She is a true inspiration to each and every athlete in this country, indeed the world, and we are hoping that she can build on this prestigious award as we look ahead to the 2012 Olympics and Paralympics in London.

"It's people like Natalie that provide the incentive for the youngsters to aspire to greatness, he continued. "She fully deserves this acknowledgement."

8)QUADRIX/ DATAPREV/2010

According to the extract above, it is right to say that.

A)Natalie is the only one who has competed in the Olympics and Paralympics. B)The website president said…”Natalie has made us proud over the years”. C)Gideon Sam said that people like Natalie. D)Gideon Sam said that Natalie deserves the prize. E)Natalie du Toit was named after Laureus.

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9)QUADRIX/DATAPREV/2010

Text 4

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The International Organisation of Supreme Audit Institutions (INTOSAI) operates as an umbrella organisation for the external government audit community. For more than 50 years it has provided an institutionalised framework for supreme audit institutions to promote development and transfer of knowledge, improve government auditing worldwide and enhance professional capacities, standing and influence of member SAIs in their respective countries. In keeping with INTOSAI's motto, 'Experientia mutua omnibus prodest', the exchange of experience among INTOSAI members and the findings and insights which result, are a guarantee that government auditing continuously progresses with new developments.

INTOSAI is an autonomous, independent and non-political organisation. It is a non-governmental organisation with special consultative status with the Economic and Social Council (ECOSOC) of the United Nations.

INTOSAI was founded in 1953 at the initiative of Emilio Fernandez Camus, then President of the SAI of Cuba. At that time, 34 SAIs met for the 1st INTOSAI Congress in Cuba. At present INTOSAI has 189 Full Members and 4 Associated Members. Fonte: www.Intosai.org

Based on the text, jugde the items below

10- VLADIA/INÉDITA/2012

_____The word “umbrella organisation” ( line 2 ) resfers to INTOSAI .

11- VLADIA/INÉDITA/2012

____Emilio Fernandes Camus is the founder INTOSAI and the president of SAI Cuba .

Text 5

Social insurance is any government-sponsored program with the following characteristics:

• explicit provision is made to account for the income and expenses (often through a trust fund);

• it is funded by taxes or premiums paid by (or on behalf of) participants (although additional sources of funding may be provided as well).

12-Vladia/INÉDITA/2012 “government-sponsored program” ( line 1) is a program that:

A) sponsors the government B) gives support to the government C) whose funds come from government D) gives funds to the government E) the government is responsible for its foundation

Text 6

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BRAZIL

The largest Latin-American country, Brazil has an area of 8,5 millions of square kilometers housing more than 175 million people. In 2003, Brazil’s GNP was US$ 493 billions, with a per capita revenue of US$ 2,789.00. Within the Brazilian economy, it is worth mentioning high-developed sectors such as agriculture and cattle breeding and a very complex industrial base. Besides, the country is the leader of Mercosul, an economic block joining Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. Established in 1991, this block emerged as a free trade zone, but its major objective is to become a common market.

13- VLADIA/INÉDITA/2012 Based on the meanings in the text, (A) “...housing...” cannot be replaced by accomodating. (B) “...within...” is the synonym inside. (C) “...revenue...”and income are antonyms. (D) “...Besides...” and “next to” are synonyms. (E) “...developed...” and emerged express similar ideas.

Text 5 This Company of Technology and Information from Social Security originated from the centers of data processing of existing security institutes in the 70's. The Purpose of the company is to provide solutions on IT and communication for the implementation and improvement of social policies of the State, serving mainly to the National Social Security Institute. Fonte:(http://www.securities.com/Public/company-Profile/BR/Dataprev_en_2605577.html). Adapted.

14-VLADIA/INÉDITA/2012 The word “data” in text 1 refers to:

A) Time B) Any documents C) Chronological information D) Figures and maps E) Information stored in hardware

GABARITO ‘SECO’ ESAF/RFB /2009

ESAF/CGU /2008

Quadrix/ Dataprev/ 2010

VLADIA/ INÉDITAS 2012

1- Letra C 5- Letra C 8- Letra D 10) CERTA 2- Letra D 6- Letra A 9- Letra D 11) ERRADA 3- Letra E 7- Letra B 12)Letra C 4- Letra D 13)Letra B 14)Letra E

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Caro(a) futuro(a) Analista Tributário da Receita Federal do Brasil,

É um imenso prazer ministrar este Curso de Teoria e Exercícios de Direito Tributário para você!!

Deixe-me fazer uma breve apresentação.

Meu primeiro concurso público foi quando tinha 14 anos de idade, quando passei para o Colégio Naval (antigo 2º grau, hoje nível médio). Servi, então, à Marinha do Brasil (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Mecânica, na Escola Naval) como Oficial, por 13 anos.

Sou Auditor-Fiscal Tributário do Município de São Paulo há 14 anos. Atualmente sou o Presidente do Conselho Municipal de Tributos de São Paulo (CMT-SP), Instância máxima do julgamento administrativo municipal tributário, onde estou lotado desde a sua fundação.

Bacharel, Mestre e Doutorando em Direito Tributário pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), também sou Professor de Especialização em Direito Tributário na Faculdade de Direito da USP, na Fundação Getúlio Vargas – SP (GVlaw - Módulos “Tributação no Setor de Serviços” e “Tributação no Setor de Comércio”) e no IBET.

Vamos ao que interessa. Como será o curso? Nesse curso desenvolverei a teoria e resolverei os exercícios de Direito Tributário de boa parte da banca ESAF (inclusive de ATRFB), realizados nos últimos 15 anos, com o objetivo de passar por todo o programa do edital de 2009 (último concurso). Serão aproximadamente 500 questões.

Selecionei as questões conforme o ponto do edital numa ordem que considero mais didática para o seu estudo.

Serei objetivo, não sendo muito extenso, porém procurando enfatizar todos os aspectos do ponto que entendo ser importantes para que você, na hora da prova, saiba marcar a alternativa certa em uma questão sobre o mesmo tema.

Direito Tributário é uma disciplina que o candidato tem que ir para o concurso pensando em gabaritar! O índice de acertos é alto! E por isso mesmo, um aspecto que não vou esquecer no meu curso é considerar a jurisprudência mais importante (e somente a mais importante), em Direito Tributário, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois a ESAF, já faz tempo, tem nos brindado com questões a respeito dessa jurisprudência.

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Segue o conteúdo programático do curso, que cobrirá o programa do último concurso de ATRFB, de 2009.

Aula Conteúdo 00 Competência Tributária 01 Conceito e Classificação de Tributos

02 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar Imunidades Princípios Constitucionais Tributários

03 Impostos de Competência da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

04 Legislação Tributária

05 Vigência da Legislação Tributária Aplicação da Legislação Tributária Interpretação e Integração da Legislação Tributária

06

Obrigação Tributária Principal e Acessória Fato Gerador da Obrigação Tributária Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária Domicílio Tributário

07 Crédito Tributário e Lançamento Tributário Suspensão, Extinção e Exclusão do Crédito Tributário

08 Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas

09 Questões Objetivas Mescladas sobre todo o programa

As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, a que todos os matriculados terão acesso.

Minha missão nesse curso, para o candidato que está começando, é encurtar seu caminho de forma a conseguir fazer frente com seus concorrentes que já estão na estrada há algum tempo; e para o candidato que não é marinheiro de primeira viagem, dotá-lo de um material ao mesmo tempo enxuto e completo, para uma rápida revisão, abordando todos os pontos que já caíram em concursos da ESAF dos últimos 15 anos.

As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected]

Finalmente, não posso deixar de lembrá-lo de que você, concursando, deve lutar e acreditar no seu objetivo, por isso, será fundamental sua perseverança, foco nos estudos e dedicação!

Mãos à obra!

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Conteúdo

1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA 193 2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - DEFINIÇÃO 193 3. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 194

3.1. Facultatividade .......................................................................... 194

3.2. Indelegabilidade ........................................................................ 195

4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ≠ CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA 196 5. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 201

5.1. Privativa .................................................................................. 201

5.2. Comum .................................................................................... 203

5.3. Residual ou Remanescente ......................................................... 204

5.4. Cumulativa ............................................................................... 205

5.5. Concorrente .............................................................................. 210

5.6. Supletiva ou Suplementar ........................................................... 211

5.7. Extraordinária ........................................................................... 212

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1. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA Prevê o art. 6º do Código Tributário Nacional (CTN):

Art.6º. A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.

Por que competência legislativa plena? 1º) Porque o ente federado pode editar leis sobre a instituição (= criação), fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos; e 2º) Porque se um ente federado é competente para instituir tributo, também é competente para conceder qualquer isenção ou benefício fiscal relativos a esse mesmo tributo (quem pode criar tributo, pode majorar ou reduzir tributo);

2. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA - DEFINIÇÃO Daí, extraímos a definição de competência tributária – competência tributária é o poder outorgado (= atribuído) pela Constituição à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (U, E, DF, M) para editar leis sobre a instituição (= criação), fiscalização, cobrança e arrecadação de tributos.

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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 3.1. Facultatividade

Os entes políticos (U, E, DF, M) exercem essa competência tributária se quiserem. Eles não são obrigados a instituir os tributos de sua competência.

Atenção: a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar 101/2000, diz que se o ente político não instituir e efetivamente arrecadar todos os tributos de sua competência, são vedadas transferências voluntárias para este ente.

A ideia é simples: se o ente não institui e cobra os tributos de sua competência, como quer receber recursos da União por transferências voluntárias?

Mas a LRF fala de transferências voluntárias, e não de repartição constitucional de receitas. Se os Estados, Distrito Federal ou os Municípios não instituírem e efetivamente cobrarem algum tributo de sua competência, apesar de não poderem receber transferências voluntárias, continuam participando da repartição constitucional de receitas, recebendo parte do produto da arrecadação de alguns impostos e da CIDE-Combustíveis. [A repartição constitucional de receitas será abordada quando falarmos de Impostos, dentro do ponto “Classificação de Tributos”, na Aula 01] [CIDE = Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, é uma espécie de tributo, que veremos na também na Aula 01].

Transferências Voluntárias ≠ Repartição Constitucional de Receitas Vamos distinguir então “transferências voluntárias” de “repartição constitucional de receitas”.

Transferências Voluntárias – é a “entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde” (art.25, LRF).

Repartição Constitucional de Receitas – é a previsão, na Constituição, de repartição de parte do produto da arrecadação de alguns impostos federais e estaduais (arts.153, §5º, 157, 158 e 159, I e II, CF/88) e da CIDE-Combustíveis (art.159, III, CF/88).

União Estados DF Municípios

Poder outorga

Instituição

Fiscalização

pela Constituiç

ão

para editar leis

de tributo

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3.2. Indelegabilidade Prevêem os arts.8º e 7º, CTN:

Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...].

Um ente federado não pode delegar a sua competência tributária a outro ente, mesmo que por lei. Por exemplo, não pode a União, caso não esteja mais interessada em instituir leis sobre o Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), delegar essa competência tributária aos Municípios.

Atenção: em relação ao ITR, a Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 não extrapolou a regra da indelegabilidade da competência tributária ao incluir o inciso III do §4º do art.153, CF88, que diz:

III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não de legislarem sobre o ITR.

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – Tecnologia da Informação 2005 ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. (A) F, V, F (B) F, F, V (C) F, V, V

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(D) V, F, V (E) V, V, V

Resolução

Analisemos as afirmações: 1ª afirmação (VERDADEIRA) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. É A PRÓPRIA LETRA DO ART.7º, CTN.

2ª afirmação (FALSA) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. O NÃO EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PELA PESSOA POLÍTICA COMPETENTE NÃO CONFERE A QUALQUER OUTRA PESSOA POLÍTICA ESSA COMPETÊNCIA. É O QUE DISPÕE O ART.8º, CTN.

O PRINCÍPIO DA ISONOMIA, QUE VEREMOS NA AULA 02, NÃO TEM A VER COM A DISTRIBUIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS, MAS SIM COM A PROIBIÇÃO DE U, E, DF, M INSTITUÍREM TRATAMENTO DESIGUAL ENTRE CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO EQUIVALENTE, PROIBIDA QUALQUER DISTINÇÃO EM RAZÃO DE OCUPAÇÃO PROFISSIONAL OU FUNÇÃO POR ELES EXERCIDA, INDEPENDENTEMENTE DA DENOMINAÇÃO JURÍDICA DOS RENDIMENTOS, TÍTULOS OU DIREITOS (ART.150, II, CF88).

3ª afirmação (VERDADEIRA) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. COMO VIMOS, COMO A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É UMA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, A PESSOA POLÍTICA PODE TANTO INSTITUIR OS TRIBUTOS DE SUA COMPETÊNCIA, COMO TAMBÉM AUMENTAR, DIMINUIR OU DAR ISENÇÕES, DESDE QUE OBEDECIDOS OS LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS. ENTRE ESSES LIMITES, VEREMOS, NA AULA 02, AS LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR, PREVISTAS NOS ARTS.150 A 152, CF88.

GABARITO: D

4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ≠ CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA De novo, o art.7º, CTN:

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...].

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§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

Aquele “salvo” do art.7º, CTN, na verdade, não é uma exceção à indelegabilidade da competência tributária, mas se refere sim à capacidade tributária ativa.

Capacidade tributária ativa – é ter as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária.

Essa capacidade tributária ativa pode se manter no ente que detém a competência tributária, ou pode ele delegá-la a outra pessoa jurídica de direito público.

Competência Tributária INDELEGÁVEL LEGISLAR ≠

Capacidade Tributária ativa DELEGÁVEL FISCALIZAR, ARRECADAR E EXECUTAR

Assim, sobre o “Atenção” acima, em relação ao ITR, o que Emenda à Constituição (EC) nº 42/2003 fez, ao incluir inciso o III do §4º do art.153, CF88, foi dar a possibilidade aos Municípios de assumirem, nos termos de lei (federal), a capacidade tributária ativa do ITR.

Segue, novamente, o dispositivo: Art.153, §4º, III – [O ITR] será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.

Como se vê, a possibilidade é de os Municípios fiscalizarem e cobrarem, e não de legislarem sobre o ITR.

02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)Assinale a opção correta. (A) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. (B) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.

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(C) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. (D) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. (E) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o interesse das pessoas envolvidas.

Resolução

Vamos às alternativas. A questão quer a opção correta: (A) CORRETA. A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. CABE RESSALTAR QUE NUMA RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA HÁ DOIS POLOS: POLO ATIVO, ONDE ESTÁ O CREDOR DA RELAÇÃO, QUE TEM DIREITO A RECEBER O TRIBUTO EM DINHEIRO; E POLO PASSIVO, ONDE ESTÁ O DEVEDOR, AQUELE OBRIGADO A PAGAR O TRIBUTO.

(B) ERRADA. A competência tributária CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei. É justamente o contrário. A capacidade tributária ativa é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais. A competência tributária é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei.

(C) ERRADA. A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis É INDELEGÁVEL, ainda que por meio de lei. DAS DUAS SÓ A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL.

(D) ERRADA. A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. NÃO HÁ SITUAÇÕES EM QUE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA SEJA DELEGÁVEL. A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA É DELEGÁVEL.

(E) ERRADA. A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o interesse das pessoas envolvidas DA PESSOA QUE POSSUI A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. ATO DISCRICIONÁRIO É AQUELE LIVRE DE CONDIÇÕES POR PARTE DO REALIZADOR DO ATO. ELE O FAZ QUANDO QUER E PORQUE QUER. ASSIM, A PARTE FINAL DA ASSERTIVA ESTÁ ERRADA PORQUE A DISCRICIONARIEDADE PARA ATRIBUIÇÃO DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, BEM COMO SUA REVOGAÇÃO, É SÓ DAQUELE QUE A ATRIBUI, E NÃO DAQUELE QUE RECEBE A CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA.

GABARITO: A

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03- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A competência tributária, a teor do que dispõe o Código Tributário Nacional, é indelegável. Isso significa que um ente tributante não pode instituir tributo que seja da competência tributária de outro. Não constitui, porém, violação a essa regra (A) a possibilidade de a União cobrar tributo da competência estadual, na hipótese de Estado que não tenha exercitado ainda essa competência. (B) a instituição de lei estadual sobre tributo da competência de seus Municípios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo. (C) a delegação, por um ente tributante, a outro, das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. (D) a instituição de imposto extraordinário de guerra, por qualquer dos entes tributantes, na hipótese de a União não tê-lo feito tempestivamente em estado de guerra iminente. (E) a renúncia em caráter irretratável feita por um ente tributante em favor de outro.

Resolução

(A) ERRADO. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DOS ESTADOS É INDELEGÁVEL. LOGO, NÃO PODE A UNIÃO COBRAR TRIBUTOS ESTADUAIS SÓ PORQUE OS ESTADOS NÃO EXERCERAM SUA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. (B) ERRADO. OS ESTADOS NÃO TÊM COMPETÊNCIA PARA ESTABELECER NORMAS GERAIS SOBRE TRIBUTO DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS. A TEOR DO §3º DO ART.24, CF88, OS ESTADOS PODERÃO ESTABELECER NORMAS GERAIS SOBRE OS IMPOSTOS DE SUA COMPETÊNCIA (ESTADUAIS), NA FALTA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS. (C) CORRETO. ESSA ASSERTIVA TRAZ A POSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA, E NÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, COMO VIMOS ACIMA. (D) ERRADO. A COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA SÓ PODE SER EXERCIDA PELA UNIÃO, CONFORME DISPÕE O ART.154, II, CF88. (E) ERRADO. NÃO INTERESSA O CARÁTER DA RENÚNCIA, ELA NÃO É POSSÍVEL EM MATÉRIA DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA.

GABARITO: C.

04- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.

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III. A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV. A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (A) Apenas as formulações I, II e III são corretas. (B) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. (C) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. (D) Apenas as formulações II e IV são corretas. (E) Todas as formulações são corretas.

Resolução

I. ERRADA NÃO É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. DISPÕE O ART.7º, §3º, CTN, QUE NÃO CONSTITUI DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA O COMETIMENTO, A PESSOAS DE DIREITO PRIVADO, DO ENCARGO OU DA FUNÇÃO DE ARRECADAR TRIBUTOS. PORTANTO, POIS NÃO É VEDADO ESSE COMETIMENTO.

II. CORRETA. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. A DISTRIBUIÇÃO DE RECEITA TRIBUTÁRIA A OUTRA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO – COMO, POR EXEMPLO, NAS REPARTIÇÕES CONSTITUCIONAIS PREVISTAS (ARTS.153, §5º, 157, 158 E 159, I E II, CF/88) E DA CIDE-COMBUSTÍVEIS (ART.159, III, CF/88) – NÃO QUER DIZER QUE A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA LEGISLATIVA TENHA SIDO TAMBÉM DISTRIBUÍDA. ESTA ÚLTIMA É INDELEGÁVEL. ENTÃO ELES CONTINUAM PERTENCENDO À COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DAQUELA A QUE TENHAM SIDO ATRIBUÍDOS PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

III. CORRETA. A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. É A LETRA DO ART.7º, §2º, CTN: ART. 7º. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, SALVO ATRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DE ARRECADAR OU FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVIÇOS, ATOS OU DECISÕES ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA, CONFERIDA POR UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO A OUTRA, [...]. §2º. A ATRIBUIÇÃO PODE SER REVOGADA, A QUALQUER TEMPO, POR ATO UNILATERAL DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO QUE A TENHA CONFERIDO.

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IV. CORRETA. A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. É A LETRA DO ART.7º, §1º, CTN: ART. 7º. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, SALVO ATRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES DE ARRECADAR OU FISCALIZAR TRIBUTOS, OU DE EXECUTAR LEIS, SERVIÇOS, ATOS OU DECISÕES ADMINISTRATIVAS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA, CONFERIDA POR UMA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO A OUTRA, [...]. § 1º A ATRIBUIÇÃO COMPREENDE AS GARANTIAS E OS PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS QUE COMPETEM À PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO QUE A CONFERIR.

GABARITO: B.

5. TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 5.1. Privativa

Quando aquele tributo só pode ser instituído por uma pessoa política.

5.1.1. União - Impostos federais (art.153, CF88):

- II - Imposto de Importação de produtos estrangeiros - IE - Imposto de Exportação, para o exterior, de produtos

nacionais ou nacionalizados - IR - Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza - IPI - Imposto sobre produtos industrializados - IOF - Imposto operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas

a títulos ou valores mobiliários - ITR - Imposto sobre propriedade territorial rural - IGF - Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de lei

complementar

- Empréstimos compulsórios (art.148, CF88) A União pode instituir Empréstimos Compulsórios por dois

fundamentos distintos: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; ou II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.

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(1) Observação: Veremos as regras de Anterioridade na Aula 01.

- Contribuições especiais (art.149, CF88): - Contribuições Sociais: - Contribuições para a Seguridade Social (art.195, CF88)

- Contribuições Sociais Gerais (por exemplo, Contribuições para os Serviços Sociais Autônomos – SENAI, SESI, SESC etc [art.240, CF88]; Contribuição Social do Salário-Educação [art.212, §5º, CF88])

- Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE- Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas – CRM, CREA, CRC, CREFITO, OAB

5.1.2. Estados e Distrito Federal - Impostos Estaduais (art.155, CF88):

- ITCMD - Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos - ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior - IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores

- Contribuições para Previdência Social de Seus Servidores (art.149, §1º, CF88)

5.1.3. Municípios - Impostos municipais (art.156, CF88): - IPTU - Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - ITBI - Imposto sobre transmissão "inter vivos", a qualquer título,

por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição

Empréstimo Compulsório

Despesas Extraordinária

Investimento Público

Calamidade Pública

Guerra Externa ou sua

de Caráter Urgente e de Relevante Interesse

NÃO SE APLICAM as

Anterioridade

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- ISS - Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar

- Contribuições para Previdência Social de Seus Servidores (art.149, §1º, CF88) - Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública(art.149-A, CF88)

5.2. Comum Quando a espécie de tributo é de competência de todas as pessoas políticas.

- Taxas – É competente para cobrar taxa o ente federativo a que a Constituição de 1988 conferiu competência para prestar o respectivo serviço público específico e divisível ou para exercer o respectivo poder de polícia.

Isso fica claro com a leitura do art.77, CTN, que diz “taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições”.

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ou

ou ou

- Contribuições de Melhoria – o ente que realizar a obra pública da qual decorra valorização imobiliária é competente para instituir a respectiva contribuição de melhoria.

Isso é límpido com a leitura do art.81, CTN, que diz “contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições”.

5.3. Residual ou Remanescente Além dos tributos já previstos na CF88, esta confere poder à União de, atendidas determinadas condições, criar novos impostos e novas contribuições para a seguridade social.

5.3.1. União: - Novos Impostos (art.154, I, CF/88), desde que:

- por Lei complementar - sejam não-cumulativos - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos na CF/88

- Novas Contribuições para a Seguridade Social (art.195, §4º, CF/88), desde que: - por Lei complementar - sejam não-cumulativos - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios das contribuições sociais já previstas na CF/88

5.3.2. Estados: Veja o art.25, §1º, CF/88:

Art.25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

Como os Estados possuem competência residual na divisão das competências para realizar obras e serviços (os serviços cuja competência não foi

Taxas

Exercício

regular do

pela Utilizaç

Efetivade

serviços públicos específic

Potencial

prestados ao

contribuint

postos à sua

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expressamente conferida à União, ao Distrito Federal ou aos Municípios), então podemos dizer que a competência deles, quanto à instituição de taxas e contribuições de melhoria também é residual. [ESAF Fiscal PA 2002] ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL DO PARÁ 2002. PARA A FCC, ESTADOS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC!!

5.4. Cumulativa 5.4.1. União - Em Território Federal (art.147, CF/88)

- Impostos Estaduais – ITCMD, ICMS, IPVA - Impostos Municipais, se o Território não for dividido em Municípios – Além dos impostos estaduais, IPTU, ITBI, ISS

5.4.2. Distrito Federal - Impostos Estaduais e Municipais (art.32, c/c arts.155 e 156, CF/88)

05- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a opção correta. V. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. W. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores nos Territórios Federais. X. Imposto não previsto no art. 153 da Constituição Federal, criado por Lei Complementar. Y. Taxa em razão do exercício do poder de polícia. Z. Imposto sobre transmissão inter-vivos, por ato oneroso, de bens imóveis. 1. Tributo da competência privativa da União. 2. Tributo da competência privativa dos Municípios. 3. Tributo da competência comum. 4. Tributo da competência residual da União. 5. Tributo da competência privativa dos Estados e do Distrito Federal. (A) V1 W3 X5 Y2 Z4 (B) V5 W1 X4 Y3 Z2 (C) V2 W4 X3 Y1 Z5 (D) V3 W5 X2 Y4 Z1 (E) V4 W2 X1 Y5 Z3

Resolução

V. ITCMD 5. Privativa dos Estados e do Distrito Federal

W. IPVA nos Territórios Federais 1. Privativa da União X. Imposto não previsto no art. 153 da Constituição Federal, criado por Lei Complementar

4. Tributo da competência residual da União

Y. Taxa em razão do exercício do poder de polícia

3. Tributo da competência comum

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Z. Imposto sobre transmissão inter-vivos, por ato oneroso, de bens imóveis

2. Tributo da competência privativa dos Municípios

Quanto ao IPVA nos Territórios Federais, apesar de normalmente ser classificada como competência cumulativa, não chega a ser errado dizer que é privativa, desde que seja expressa que é nos Territórios Federais.

GABARITO: B.

06- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre a competência residual tributária, prevista na Constituição Federal no art.154, inciso I, é certo afirmar que: (A) Pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos desde que mediante lei complementar estadual (B) Refere-se também as taxas e contribuições de melhoria desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na Constituição Federal (C) Restringe-se a espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito ao princípio da não-cumulatividade (D) Mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir competência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar estadual (E) Requer lei complementar federal que o imposto seja cumulativo e não fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição

Resolução

Com o conhecimento dado na questão anterior, vamos à resolução desta. (A) ERRADA. QUANDO A QUESTÃO FALA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL, JÁ DESCONFIE, PORQUE O CONCURSO É DE AUDITOR-FISCAL FEDERAL, NÃO SENDO OBJETO DO PROGRAMA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL. ALÉM DISSO, A EXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL VAI DEPENDER DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DE CADA ESTADO. DE QUALQUER FORMA, QUANDO A QUESTÃO FALA DA PREVISTA NO ART.154, I, CF88 (TEM QUE CHEGAR UM PONTO DE SEUS ESTUDOS EM QUE VOCÊ JÁ TENHA MEMORIZADO QUE O ART.154, I, CF88 TRATA DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL DA UNIÃO), É SOBRE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL DA UNIÃO. (B) ERRADA. O ART.154, I, CF88, REFERE-SE A NOVOS IMPOSTOS, E NÃO A TAXAS OU CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA. A EXPRESSÃO “DESDE QUE NÃO TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO PRÓPRIO DOS DISCRIMINADOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL” ASSEMELHA-SE AO QUE DISPÕE O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART.77, CTN, QUE DE FATO IMPEDE QUE AS TAXAS TENHAM FATO GERADOR OU BASE DE CÁLCULO AOS DE IMPOSTOS. APROFUNDAREMOS ESSE TEMA NA AULA 01. (C) CERTA. SE A QUESTÃO NÃO PUSESSE A EXPRESSÃO “PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL NO ART.154, INCISO I”, PODERIA SER CONSIDERADA ERRADA, POIS, COMO VIMOS, HÁ UMA COMPETÊNCIA

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RESIDUAL DE TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA PARA ESTADOS E DISTRITO FEDERAL. (D) ERRADA. MESMA JUSTIFICATIVA DA ALTERNATIVA “A”. (E) ERRADA. DOS REQUISITOS PRESENTES NA ALTERNATIVA, ESTÁ ERRADO IMPOSTO SER CUMULATIVO.

GABARITO: C

07- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A competência tributária é delegável. ( ) A capacidade tributária ativa é indelegável. ( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. (A) V, F, V, V (B) F, V, F, V (C) F, F, V, F (D) V, V, V, F (E) F, V, F, F

Resolução

(FALSA) A competência tributária é delegável INDELEGÁVEL. Competência tributária é indelegável, como já visto acima.

(FALSA) A capacidade tributária ativa é indelegável DELEGÁVEL.

(VERDADEIRA) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA PARA INSTITUIR AS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL (ART.195, CF88) É PRIVATIVA DA UNIÃO. NÃO CONFUNDIR COM A COMPETÊNCIA, TAMBÉM PRIVATIVA, DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS DE INSTITUIR CONTRIBUIÇÃO PARA A SEGURIDADE SOCIAL DE SEUS RESPECTIVOS SERVIDORES. A CONTRIBUIÇÃO DE QUE TRATA A ASSERTIVA É AQUELA QUE VISA SER FONTE DESTINADA A GARANTIR A MANUTENÇÃO OU EXPANSÃO DA SEGURIDADE SOCIAL, NAS SUAS TRÊS VERTENTES: SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL.

(FALSA) Lei complementar NÃO pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. COMO JÁ DITO, A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É SEMPRE INDELEGÁVEL, NÃO HAVENDO QUALQUER VEÍCULO NORMATIVO PELO QUAL SEJA POSSÍVEL SUA DELEGAÇÃO.

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GABARITO: C

08- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) A União poderá instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados, mediante: (A) emenda constitucional (B) lei complementar (C) lei ordinária (D) lei delegada (E) resolução do Senado Federal

Resolução

A questão trata da competência tributária residual da União, regulada pelo art.154, I, CF88. Para que ela possa ser exercida, três requisitos têm de ser cumpridos:

- por Lei complementar - sejam não-cumulativos - não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos já previstos na CF/88

Portanto:

GABARITO: B

09- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003 ESAF)A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: (A) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. (B) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. (C) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. (D) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. (E) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

Resolução

(A) ERRADA. aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade

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de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. O IPVA É DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS ESTADOS E AO DISTRITO FEDERAL (ART.155, III, CF88), MAS O ITBI É DE COMPETÊNCIA PRIVATIVA DOS MUNICÍPIOS (ART.156, II, CF88). (B) ERRADA. o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL em que se iniciarem as prestações dos serviços. SE É SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL (ENTRE MUNICÍPIOS DISTINTOS), A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA NÃO É DOS MUNICÍPIOS, MAS SIM DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL, A QUEM COMPETE TRIBUTAR O ICMS – IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO, AINDA QUE AS OPERAÇÕES E AS PRESTAÇÕES SE INICIEM NO EXTERIOR (ART.155, II, CF88). (C) ERRADA. os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. O IPTU É DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS (ART.156, I, CF88). O IMPOSTO SOBRE VENDAS A VAREJO DE COMBUSTÍVEIS LÍQUIDOS E GASOSOS (IVVC) ERA DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS ATÉ 1993, QUANDO ADVEIO A EC 3/1993 E O SUPRIMIU DO ORDENAMENTO. ENTÃO, É ERRADO DIZER QUE, EM 2003, O IVVC ERA DE COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS. ELE NÃO EXISTIA MAIS. (D) CORRETA. AO DISTRITO FEDERAL COMPETE INSTITUIR OS IMPOSTOS QUE CABEM AOS MUNICÍPIOS (ART.147, IN FINE, CF88), SEM PREJUÍZO DA COMPETÊNCIA QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL LHE ASSEGURA PARA INSTITUIR OUTROS IMPOSTOS EXPRESSAMENTE INDICADOS, QUE SÃO OS ESTADUAIS (ART.155, CF88). [IN FINE = NA PARTE FINAL DO DISPOSITIVO]. (E) ERRADA. NÃO EXISTE EMENDA CONSTITUCIONAL PROMULGADA QUE TENHA TRANSFERIDO A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR O ITR DA UNIÃO PARA OS ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL.

GABARITO: D

Será de grande ajuda para abordarmos o tema a transcrição do art.24 e parágrafos, art.30, II, e art.146, III, todos da CF88, nas partes que nos interessam:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, [...]; § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

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§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas geraissuspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Art. 30. Compete aos Municípios: [...] II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;[...] III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,[...];

Art. 146. Cabe à lei complementar: [...] III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) [...]

Então, continuemos com os tipos de competência tributária:

5.5. Concorrente A União deve legislar sobre direito tributário concorrentemente com os Estados, O Distrito Federal e os Municípios (art.24, I, c/c art.30, III, CF/88), limitando-se a União estabelecer normas gerais (art.24, §1º). [c/c = combinado com]

ATENÇÃO: O caput do art.24, CF88, não é expresso quanto aos Municípios também terem essa competência concorrente. Mas assim se interpreta pelos diversos dispositivos constitucionais em matéria tributária. Entre eles o inciso III do art.30, CF88, que diz que compete aos Municípios instituir e arrecadar os tributos de sua competência. Ora, se eles podem fazer isso, obviamente legislam sobre direito tributário. E ESSE É O POSICIONAMENTO DA ESAF!

As normas gerais em matéria tributária são aquelas previstas no art.146, III, CF/88, as quais regulam: - Definição de tributos e suas espécies - Definição de fato gerador, base de cálculo e contribuintes dos impostos previstos na CF/88 - Normas de obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários - Adequado tratamento ao ato cooperativo das sociedades cooperativas

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- Definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e empresas de pequeno porte [ESGOTAREMOS O TEMA QUANDO FALARMOS SOBRE LEI COMPLEMENTAR TRIBUTÁRIA – AULA 06]

5.6. Supletiva ou Suplementar A competência tributária supletiva encontra-se basicamente nos parágrafos do art.24.

Se a União deixar de legislar, total ou parcialmente, sobre normas gerais em matéria de tributária, os Estados e o Distrito Federal podem exercer sua competência suplementar, para atender a suas peculiaridades. (§§2º e 3º do art.24, CF88)

Se sobrevier lei complementar federal posterior, ela suspende a eficácia da lei estadual no que esta for contrário. (§4º do art.24, CF88)

Um exemplo de exercício da competência suplementar se deu com o IPVA, de competência dos Estados. Inserido somente na Constituição de 1988, nunca veio lei complementar para definir fato gerador, base de cálculo e contribuinte do IPVA, como prevê o art.146, III, ‘a’, CF88, definindo as normas gerais a respeito.

Os Estados e o Distrito Federal instituíram suas leis de IPVA fundamentando-se justamente na sua competência suplementar. Inclusive, o STF deu ganho de causa aos Estados nesse tema em vários julgados, entre eles o mais recente RE-AgRg 262.643-MG, de 06.04.2010. [RE-AgRg = Agravo regimento em Recurso Extraordinário. É uma espécie de recurso ao STF]

ATENÇÃO: Competência Suplementar TAMBÉM para os Municípios: Os parágrafos não prevêem que os Municípios possuem competência suplementar sobre normas gerais, mas, à luz do art.30, II, CF88, e considerando que a jurisprudência já admite o exercício da competência legislativa plena também para os Municípios, nada mais natural que admitir que estes também possuem a competência legislativa suplementar.

O STF já decidiu nesse sentido no AI-AgR 167.777, que apesar de tratar do IPVA, fez menção expressa à possibilidade de os Municípios também exercerem sua competência legislativa plena, em caso de ausência de lei complementar estabelecendo norma geral:

AI-AgR 167.777 SP: “IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES – DISCIPLINA. Mostra-se constitucional a disciplina do Imposto sobre Propriedade De Veículos Automotores mediante norma local. Deixando a União de editar normas gerais, exerce a unidade da federação a competência legislativa plena - §3º do artigo 24, do corpo permanente da Carta de 1988 -, sendo que, com a entrada em vigor do sistema tributário nacional, abriu-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a via da edição de leis necessárias à

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respectiva aplicação - §3º do artigo 34 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988.”

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale a assertiva incorreta. (A) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (B) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (C) Não existindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (E) A Constituição não prevê as normas de direito tributário como pertencendo ao âmbito da legislação concorrente.

Resolução

Vamos à resposta da questão. Atente que a questão pede a incorreta: (A) CORRETA. Letra do §1º do art.24, CF88. (B) CORRETA. Letra do §2º do art.24, CF88. (C) CORRETA. Letra do §3º do art.24, CF88. (D) CORRETA. Letra do §4º do art.24, CF88. (E) ERRADA. Basta a leitura do caput do art.24 e seu inciso I, CF88. [caput = cabeça do artigo. É a primeira parte do artigo, o que não é parágrafo, inciso, alínea ou item]

GABARITO: E

5.7. Extraordinária Prevista no art.154, II, CF88, se houver (i) iminência de guerra externa; ou (ii) guerra externa, pode ser instituído imposto extraordinário, mesmo que com fato gerador idêntico ao de imposto estadual ou municipal.

É isso mesmo! E basta lei ordinária. Assim, nessas situações, pode existir, por exemplo, um ISS municipal e um imposto extraordinário cujo fato gerador seja a prestação de serviço de qualquer natureza.

Cessada a causa de sua criação (guerra externa ou sua iminência), o imposto extraordinário será suprimido gradativamente.

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Segundo a Constituição da República, a competência da União para legislar sobre direito tributário é (A) privativa, isto é, dessa competência estão privados quaisquer outras pessoas políticas (B) exclusiva quanto às normas gerais, não podendo os Estados ou os Municípios legislar suplementarmente

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(C) inexistente, quanto às normas gerais, tendo em vista a autonomia constitucional dos Estados e Municípios (D) concorrente com os Estados e os Municípios (E) supletiva da legislação dos Estados e Municípios

Resolução A questão, quando traz a expressão “para legislar sobre direito tributário” já dá a entender que se trata da competência concorrente de que fala o art.24, I, CF88. De qualquer forma temos que conferir alternativa a alternativa, pois numa questão mal feita pode ocorrer de ser correta alternativa que leve à seguinte resposta: “a competência da União para legislar sobre direito tributário é privativa quanto aos impostos federais”, apesar de ser mais comum dizer, nesse caso, ser uma competência tributária privativa, e nãouma competência para legislar sobre direito tributário privativa.

(A) ERRADA. NÃO SÓ UNIÃO LEGISLA SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO. TAMBÉM ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS CRIAM LEIS SOBRE FISCALIZAÇÃO, ARRECADAÇÃO E COBRANÇA DE SEUS TRIBUTOS. POR ISSO A COMPETÊNCIA É CONCORRENTE, SENDO A COMPETÊNCIA DA UNIÃO LIMITADA A ESTABELECER NORMAS GERAIS.

(B) ERRADA. A COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO TAMBÉM NÃO É EXCLUSIVA, POIS OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL E OS MUNICÍPIOS TAMBÉM PODEM SUPLEMENTARMENTE.

(C) ERRADA. A AUTONOMIA CONSTITUCIONAL DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS EXISTE, MAS NÃO AFASTA A COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO.

(D) CORRETA. ART.24, I, CF88. PELA LITERALIDADE DO ART.24, CF88, PODERÍAMOS DIZER QUE OS MUNICÍPIOS NÃO PARTICIPAM DA COMPETÊNCIA CONCORRENTE PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO, MAS, PELOS DISPOSITIVOS SOBRE DIREITO TRIBUTÁRIO NA CONSTITUIÇÃO, VÊ-SE QUE ELES TAMBÉM PODEM LEGISLAR SOBRE A MATÉRIA, ASSIM COMO A UNIÃO, OS ESTADOS E O DISTRITO FEDERAL, ESTES EXPRESSOS NO CAPUTDO ART.24, CF88.

(E) ERRADA. PELO CONTRÁRIO, A COMPETÊNCIA DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS É QUE É SUPLETIVA EM RELAÇÃO À COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE NORMAS GERAIS.

GABARITO: D

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12- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Observe os quadros abaixo e procure relacionar cada uma das alíneas do primeiro quadro com as do segundo. Atente para a possibilidade de haver mais de uma vinculação possível, isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a um mesmo ente tributante ou vice-versa. (1º quadro) Estas competências...

v) instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; w) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre as pessoas políticas; x) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; y) legislar sobre impostos municipais; z) instituir contribuições de seguridade social, mas apenas para seus servidores, destinadas o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. (2º quadro) ... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:

1 - à União. 2 - aos Municípios e ao Distrito Federal ou, excepcionalmente, à União. 3 - aos Municípios, aos Estados, ao Distrito Federal e à União. 4 - ao Distrito Federal e aos Estados. 5 - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

É (são) errada(s) a(s) seguinte(s) vinculação(ções): (A) v1, v2 e v4 (B) w1 (C) x1 (D) z5 (E) y3

Resolução

Para responder a essa questão, além do já exposto acima, temos que acrescentar as duas outras funções da lei complementar tributária do art.146, CF88, presentes em seus incisos I e II:

Art. 146. Cabe à lei complementar:

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I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; [...]

A questão pede as vinculações erradas. (A) v1, v2 e v4 – v1 está CERTA POIS O ITEM 1 NÃO FALA SER EXCLUSIVAMENTE DA UNIÃO A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXA; V2 ESTÁ ERRADA SOMENTE PORQUE DIZ QUE A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXAS SÓ É DADA EXCEPCIONALMENTE À UNIÃO; V4 ESTÁ CERTA POIS O ITEM 4 NÃO FALA SER EXCLUSIVAMENTE DO DISTRITO FEDERAL E DOS ESTADOS A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR TAXA. NEM TODAS AS VINCULAÇÕES ESTÃO ERRADAS, PORTANTO NÃO É ESTA A ALTERNATIVA. (B) w1 – está CORRETA. É EXATAMENTE A LETRA DO ART.146, I, CF88. (C) x1 – está CORRETA. É EXATAMENTE A LETRA DO ART.146, III, ‘B’, CF88. (D) z5 – está CORRETA. À ÉPOCA DA PROVA (2002), ESSA VINCULAÇÃO ESTAVA CORRETA, POIS ERA EXATAMENTE A REDAÇÃO ORIGINAL DO §1º DO ART.195, CF88. COM A EC 41/2003, PASSOU A SER ERRADA A VINCULAÇÃO. ANTES A CONTRIBUIÇÃO ERA PARA CUSTEIO DE SISTEMAS DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL; AGORA, É PARA CUSTEIO DE REGIME PREVIDENCIÁRIO DE QUE TRATA O ART.40, CF88. (E) y3 – está totalmente ERRADA. NA ASSERTIVA, ESTADOS E UNIÃO ESTÃO SOBRANDO, POIS ELES NÃO LEGISLAM SOBRE IMPOSTOS MUNICIPAIS. SE FOSSE A VINCULAÇÃO Y2, PODERIA SER CONSIDERADA CORRETA, POIS MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL LEGISLAM NORMALMENTE SOBRE IMPOSTOS MUNICIPAIS, E UNIÃO, SÓ EXCEPCIONALMENTE, QUE É O CASO DE TERRITÓRIOS FEDERAIS NÃO DIVIDIDOS EM MUNICÍPIOS.

GABARITO (em 2002): E

13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Se no cabeçalho dos quadros da questão anterior estivesse o advérbio “exclusivamente” (“Estas competências a Constituição atribuiu exclusivamente aos seguintes entes”), estaria certa a seguinte vinculação: (A) v2 (B) w3 (C) x1 (D) y5 (E) z3

Repitamos os quadros da questão anterior para facilitar: (1º quadro) Estas competências...

v) instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; w) dispor sobre conflitos de competência, em

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matéria tributária, entre as pessoas políticas; x) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; y) legislar sobre impostos municipais; z) instituir contribuições de seguridade social, mas apenas para seus servidores, destinadas o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. (2º quadro) ... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:

1 - à União. 2 - aos Municípios e ao Distrito Federal ou, excepcionalmente, à União. 3 - aos Municípios, aos Estados, ao Distrito Federal e à União. 4 - ao Distrito Federal e aos Estados. 5 - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

Resolução

(A) v2 - v2 está ERRADA somente porque diz que a competência para instituir taxas só é dada excepcionalmente à União. Instituição de taxas não foi atribuída exclusivamente a nenhuma pessoa política. (B) w3 – a vinculação está ERRADA. Conflito de competência em matéria tributária não é de competência de U, E, DF, M, mas sim da lei complementar tributária (União) (art.146, I, CF88). (C) x1 – está ERRADA porque as normas gerais em matéria de legislação tributária não foram atribuídas exclusivamente à União. Os Estados, Distrito Federal e Municípios podem legislar sobre essas normas gerais suplementarmente. (D) y5 – está ERRADA. Legislar sobre impostos municipais só cabe aos Municípios e ao Distrito Federal, e excepcionalmente à União, no caso de Territórios Federais não divididos em Municípios. (E) z3 – está CORRETA (em 2002). U, E, DF, M podem instituir contribuições de seguridade social, apenas para seus servidores, destinadas ao custeio – até 2002, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social; a partir de 2002, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, CF88.

GABARITO: E

14- (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2002 ESAF) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que: (A) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridade social e taxas.

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(B) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. (C) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. (D) somente a União tem competência residual para instituir impostos. (E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva.

Resolução

(A) ERRADA. A Constituição atribui à União competência residual para instituir novos impostos (art.154, I) e novas contribuições para a seguridade social (art.195, §4º), mas não taxas, cuja competência é comum, ou seja, de todos os entes federativos (U, E, DF, M), conforme a competência que a Constituição confere a cada um para prestar os serviços que dêem ensejo à cobrança da taxa. (B) ERRADA. A competência para instituir empréstimos compulsórios é privativa da União, a qual, de fato, deve se dar por lei complementar. Não há que se falar de lei complementar dos Estados ou do Distrito Federal, pois eles não têm competência para instituir empréstimos compulsórios. (C) ERRADA. De fato, os dois primeiros requisitos para instituir impostos com fundamento na competência residual são, além da competência tributária: (i) veiculação da matéria por lei complementar; (ii) observância do princípio constitucional da não-cumulatividade. O terceiro requisito não é, como propõe a alternativa o princípio da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. Considerando-o como princípio, seria o da não identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. (D) CORRETA. Para instituir impostos, somente a União tem competência residual (art.154, I, CF88). (E) ERRADA. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas e contribuição de melhoria, mas não contribuição de intervenção no domínio econômico, pois esta é de competência privativa da União.

GABARITO: D.

15- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) A Constituição Federal atribui a denominada competência residual ou remanescente, quanto aos impostos __________¹__________, e, no que se refere às taxas e às contribuições de melhoria, __________²__________. (A) ¹ aos Estados-membros, ² à União

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(B) ¹ à União, ² aos Municípios (C) ¹ ao Distrito Federal, ² aos Estados-membros (D) ¹ à União, ² aos Estados-membros (E) ¹ aos Estados-membros, ² aos Municípios

Resolução Essa questão confirma que a ESAF entende que os Estados possuem a competência tributária residual no tocante às taxas e às contribuições de melhoria, isso por conta do art.25, CF88, em que as competências que podem ensejar a cobrança de taxa e contribuição de melhoria são residuais, conforme prescreve o §1º do art.25:

Art.25, § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.

GABARITO: D

16- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)Relativamente às normas gerais de direito tributário, é correto afirmar que: (A) são de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (B) o exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais normas exclui a competência, ainda que suplementar, dos Estados e do Distrito Federal. (C) apenas os Municípios não dispõem de competência para estabelecê-las. (D) em nenhuma hipótese os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena. (E) no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, prevalecem as respectivas leis sobre as leis federais.

Resolução

(A) ERRADA. A competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é para legislar sobre direito tributário. Sobre normas gerais de direito tributário, a competência é da União, e suplementar dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (B) ERRADA. O exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais normas não exclui a competência suplementar dos Estados e do Distrito Federal. (§2º do art.24, CF88) (C) CORRETA. Os Municípios dispõem apenas de competência concorrentee suplementar para legislar sobre direito tributário. Isso não está expresso no art.24, mas é interpretado assim a partir da leitura dos diversos dispositivos constitucionais em matéria tributária. (D) ERRADA. Há hipótese sim em que Estados e Distrito Federal exercerão competência legislativa plena. É quando inexistir lei federal sobre normas gerais. (§3º do art.24, CF88) (E) ERRADA. As leis dos Estados e do Distrito Federal só prevalecem sobre as leis federais quando não forem contrárias a essas leis federais (§4º do art.24, CF88).

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GABARITO: C

17- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: (A) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. (B) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. (C) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário. (D) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. (E) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário.

Resolução

(A) CORRETA. Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. (ART.24, §2º, CF88).

(B) ERRADA. NA AUSÊNCIA DE LEI FEDERAL SOBRE NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO, OS ESTADOS PODERÃO EXERCER A COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PLENA, PARA ATENDER A SUAS PECULIARIDADES (art.24, §3º, CF88).

(C) ERRADA. A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, EXCETO no que lhe for contrário, quando prevalece a lei federal.

(D) ERRADA. No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário A UNIÃO (e não os Estados) só pode legislar sobre normas gerais.

(E) ERRADA. A legislação tributária dos Estados NÃO é aplicada nos respectivos Municípios. Os Municípios possuem competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário.

GABARITO: A

18- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE NATAL RN 2001 ESAF) Em matéria de competência para a instituição de impostos, é correto afirmar-se que: (A) os Municípios dos Territórios Federais são competentes para instituir seus próprios impostos, tal como nos Estados. (B) nos Territórios Federais compete aos Estados dos quais foram desmembrados a instituição dos impostos estaduais.

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(C) compete aos Territórios Federais a instituição de seus impostos, tanto estaduais quanto municipais. (D) os Estados podem instituir impostos extraordinários e temporários, com arrecadação vinculada a fins específicos. (E) os Municípios podem instituir novos impostos, além daqueles expressamente previstos na Constituição Federal.

Resolução

(A) CORRETA. SÓ SE O TERRITÓRIO NÃO FOR DIVIDIDO EM MUNICÍPIOS É QUE COMPETE À UNIÃO OS IMPOSTOS MUNICIPAIS (ART.147, CF88). (B) ERRADA. NOS TERRITÓRIOS FEDERAIS, A INSTITUIÇÃO DOS IMPOSTOS ESTADUAIS NÃO COMPETE AOS ESTADOS DOS QUAIS OS TERRITÓRIOS FEDERAIS FORAM DESMEMBRADOS, MAS COMPETE SIM À UNIÃO (art.147, CF88). (C) ERRADA. OS TERRITÓRIOS FEDERAIS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. A INSTITUIÇÃO DOS IMPOSTOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS NO TERRITÓRIO FEDERAL É DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO(art.147, CF88). (D) ERRADA. A COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS NÃO É DOS ESTADOS, MAS SIM DA UNIÃO. ESSES IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS SÃO TEMPORÁRIOS, POIS O ART.154, II, CF88, DIZ QUE ELES SERÃO SUPRIMIDOS, GRADATIVAMENTE, CESSADAS AS CAUSAS DE SUA CRIAÇÃO. NÃO HÁ VINCULAÇÃO DE SUA ARRECADAÇÃO A FINS ESPECÍFICOS. (E) ERRADA. OS MUNICÍPIOS NÃO PODEM INSTITUIR NOVOS IMPOSTOS, ALÉM DAQUELES EXPRESSAMENTE PREVISTOS NO ART.156 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A COMPETÊNCIA RESIDUAL DE IMPOSTOS SÓ SE APLICA À UNIÃO.

GABARITO: A

19- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) ( ) Entidades não estatais, como o SENAI e o SENAC, por exemplo, podem ter o poder de tributar, desde que a lei lho conceda. ( ) A competência tributária pode ser transferida, mediante lei, para entidade estatal distinta ou para pessoa jurídica não estatal. ( ) O poder de expedir normas sobre tributos incumbe primariamente a quem tenha competência para instituí-los. Marque com F a assertiva falsa, e com V a verdadeira. Em seguida, escolha, entre as opções abaixo, a que contém a seqüência correta. (A) V, V, V (B) V, V, F (C) V, F, F (D) F, F, F (E) F, F, V

Resolução

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1ª assertiva – FALSA. O PODER DE TRIBUTAR QUER DIZER O PODER DE EDITAR LEIS SOBRE A INSTITUIÇÃO, FISCALIZAÇÃO, COBRANÇA E ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS. TRATA-SE DA PRÓPRIA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, RESERVADA ÀS PESSOAS POLÍTICAS, A QUAL É INDELEGÁVEL. POR ISSO, SENAI E SENAC NÃO PODEM TER O PODE DE TRIBUTAR. 2ª assertiva - FALSA. DE NOVO, COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É INDELEGÁVEL, NÃO PODENDO SER TRANSFERIDA. 3ª assertiva – VERDADEIRA. SÓ TEM COMPETÊNCIA PARA EXPEDIR NORMAS SOBRE TRIBUTOS QUEM TEM COMPETÊNCIA PARA INSTITUÍ-LOS.

GABARITO: E

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QUADRO TIPOS DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR ENTE FEDERATIVO: Ente

Federativo Tipo de

Competência Para legislar / instituir

União

Concorrente Sobre direito tributário (só normas gerais)

Privativa II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF Empréstimo Compulsório Contribuições Especiais

Comum Taxas Contribuições de Melhoria

Cumulativa

Em Território Federal: Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA Em Território Federal não dividido em Municípios: Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS

Residual Novos impostos (art.154, I) Novas contribuições para a Seguridade Social (art.195, §4º)

Extraordinária Impostos Extraordinários (art.154, II)

Estados e Distrito Federal

Concorrente Legislar sobre direito tributário

Comum / Residual(2) Taxas(1) Contribuições de Melhoria(1)

Supletiva ou Suplementar

Para legislar sobre normas gerais de direito tributário

Privativa ITCMD, ICMS, IPVA Contribuições para Previdência Social de seus Servidores

Distrito Federal

Cumulativa

ITCMD, ICMS, IPVA IPTU, ITBI, ISS Contribuições para Previdência Social de seus Servidores COSIP

Municípios

Concorrente Legislar sobre direito tributário Supletiva ou Suplementar

Para legislar sobre normas gerais de direito tributário

Privativa

IPTU, ITBI, ISS Contribuições para Previdência Social de seus Servidores COSIP

Comum Taxas Contribuições de Melhoria

(1) ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL DO PARÁ 2002. PARA A FCC, ESTADOS NÃO

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POSSUEM COMPETÊNCIA RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC!!

(2) RESIDUAL – SÓ PARA ESTADOS (DF NÃO)

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QUADRO DE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA POR TIPO DE COMPETÊNCIA: Tipo de

Competência Ente Federativo Para legislar / instituir

Concorrente U, E, DF, M Sobre direito tributário (União só normas gerais)

Comum U, E, DF, M Taxas Contribuições de Melhoria

Privativa

U II, IE, IR, IPI, IOF, ITR, IGF Empréstimo Compulsório Contribuições Especiais

E, DF ITCMD, ICMS, IPVA Contribuições para Previdência Social de seus Servidores

M

IPTU, ITBI, ISS Contribuições para Previdência Social de seus Servidores COSIP

Cumulativa

U

Em Território Federal: ITCMD, ICMS, IPVA Em Território Federal Não Dividido em Municípios: Impostos Estaduais: ITCMD, ICMS, IPVA Impostos Municipais: IPTU, ITBI, ISS

DF

ITCMD, ICMS, IPVA IPTU, ITBI, ISS Contribuições para Previdência Social de seus Servidores COSIP

Supletiva ou Suplementar

E, DF, M Legislar sobre normas gerais de direito tributário

Residual U

Novos impostos (art.154, I) Novas contribuições para a Seguridade Social (art.195, §4º)

E Taxas(1) Contribuições de Melhoria(1)

Extraordinária U Impostos Extraordinários (art.154, II) (1) ATENÇÃO: ESSE RACIOCÍNIO SÓ VALE PARA A ESAF, CONFORME CONCURSO FISCAL DO PARÁ 2002. PARA A FCC, ESTADOS NÃO POSSUEM COMPETÊNCIA RESIDUAL, CONFORME CONCURSO AUDITOR DE CONTAS PÚBLICAS TCE PB 2006 FCC!!

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Questões Comentadas e Resolvidas Nesta Aula

01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – Tecnologia da Informação 2005 ESAF) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. (A) F, V, F (B) F, F, V (C) F, V, V (D) V, F, V (E) V, V, V

02- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)Assinale a opção correta. (A) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. (B) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei. (C) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. (D) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. (E) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária ocorre sempre de forma discricionária, de acordo com o interesse das pessoas envolvidas.

03- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) A competência tributária, a teor do que dispõe o Código Tributário Nacional, é indelegável. Isso significa que um ente tributante não pode instituir tributo que seja da competência tributária de outro. Não constitui, porém, violação a essa regra (A) a possibilidade de a União cobrar tributo da competência estadual, na hipótese de Estado que não tenha exercitado ainda essa competência.

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(B) a instituição de lei estadual sobre tributo da competência de seus Municípios, que contenha apenas normas gerais sobre o mesmo tributo. (C) a delegação, por um ente tributante, a outro, das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. (D) a instituição de imposto extraordinário de guerra, por qualquer dos entes tributantes, na hipótese de a União não tê-lo feito tempestivamente em estado de guerra iminente. (E) a renúncia em caráter irretratável feita por um ente tributante em favor de outro.

04- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL RECIFE – PE 2003 ESAF)Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. III. A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV. A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. (A) Apenas as formulações I, II e III são corretas. (B) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. (C) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. (D) Apenas as formulações II e IV são corretas. (E) Todas as formulações são corretas.

05- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) Verifique os quadros abaixo e relacione cada uma das alíneas do primeiro quadro com uma das alternativas do segundo e assinale a opção correta. V. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. W. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores nos Territórios Federais. X. Imposto não previsto no art. 153 da Constituição Federal, criado por Lei Complementar. Y. Taxa em razão do exercício do poder de polícia. Z. Imposto sobre transmissão inter-vivos, por ato oneroso, de bens imóveis. 1. Tributo da competência privativa da União. 2. Tributo da competência privativa dos Municípios. 3. Tributo da competência comum. 4. Tributo da competência residual da União.

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5. Tributo da competência privativa dos Estados e do Distrito Federal. (A) V1 W3 X5 Y2 Z4 (B) V5 W1 X4 Y3 Z2 (C) V2 W4 X3 Y1 Z5 (D) V3 W5 X2 Y4 Z1 (E) V4 W2 X1 Y5 Z3

06- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Sobre a competência residual tributária, prevista na Constituição Federal no art.154, inciso I, é certo afirmar que: (A) Pode ser exercida pelos Estados para instituir tributos desde que mediante lei complementar estadual (B) Refere-se também as taxas e contribuições de melhoria desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprio dos discriminados na Constituição Federal (C) Restringe-se a espécie imposto, é privativa da União e exige o respeito ao princípio da não-cumulatividade (D) Mediante emenda à Constituição Estadual, os Estados podem instituir competência tributária residual a ser exercida mediante lei complementar estadual (E) Requer lei complementar federal que o imposto seja cumulativo e não fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição

07- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A competência tributária é delegável. ( ) A capacidade tributária ativa é indelegável. ( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. (A) V, F, V, V (B) F, V, F, V (C) F, F, V, F (D) V, V, V, F (E) F, V, F, F

08- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF) A União poderá instituir impostos não previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados, mediante: (A) emenda constitucional (B) lei complementar (C) lei ordinária (D) lei delegada (E) resolução do Senado Federal

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09- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003 ESAF)A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: (A) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. (B) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. (C) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. (D) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. (E) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Assinale a assertiva incorreta. (A) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. (B) A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. (C) Não existindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. (D) A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. (E) A Constituição não prevê as normas de direito tributário como pertencendo ao âmbito da legislação concorrente.

11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) Segundo a Constituição da República, a competência da União para legislar sobre direito tributário é (A) privativa, isto é, dessa competência estão privados quaisquer outras pessoas políticas (B) exclusiva quanto às normas gerais, não podendo os Estados ou os Municípios legislar suplementarmente (C) inexistente, quanto às normas gerais, tendo em vista a autonomia constitucional dos Estados e Municípios (D) concorrente com os Estados e os Municípios (E) supletiva da legislação dos Estados e Municípios

12- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Observe os quadros abaixo e procure relacionar cada uma das alíneas do primeiro quadro com as do segundo. Atente para a possibilidade de haver mais de uma vinculação possível, isto é, mais de uma alínea pode estar vinculada a um mesmo ente tributante ou vice-versa. (1º quadro)

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Estas competências...

v) instituir taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; w) dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre as pessoas políticas; x) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; y) legislar sobre impostos municipais; z) instituir contribuições de seguridade social, mas apenas para seus servidores, destinadas o custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social. (2º quadro) ... a Constituição atribuiu aos seguintes entes:

1 - à União. 2 - aos Municípios e ao Distrito Federal ou, excepcionalmente, à União. 3 - aos Municípios, aos Estados, ao Distrito Federal e à União. 4 - ao Distrito Federal e aos Estados. 5 - aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.

É (são) errada(s) a(s) seguinte(s) vinculação(ções): (A) v1, v2 e v4 (B) w1 (C) x1 (D) z5 (E) y3

13- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Se no cabeçalho dos quadros da questão anterior estivesse o advérbio “exclusivamente” (“Estas competências a Constituição atribuiu exclusivamente aos seguintes entes”), estaria certa a seguinte vinculação: (A) v2 (B) w3 (C) x1 (D) y5 (E) z3

14- (AUDITOR-FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2002 ESAF) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que:

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(A) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridade social e taxas. (B) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. (C) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. (D) somente a União tem competência residual para instituir impostos. (E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva.

15- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) A Constituição Federal atribui a denominada competência residual ou remanescente, quanto aos impostos __________¹__________, e, no que se refere às taxas e às contribuições de melhoria, __________²__________. (A) ¹ aos Estados-membros, ² à União (B) ¹ à União, ² aos Municípios (C) ¹ ao Distrito Federal, ² aos Estados-membros (D) ¹ à União, ² aos Estados-membros (E) ¹ aos Estados-membros, ² aos Municípios

16- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFAZ PI 2001 ESAF)Relativamente às normas gerais de direito tributário, é correto afirmar que: (A) são de competência concorrente da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (B) o exercício, pela União, da competência para legislar sobre tais normas exclui a competência, ainda que suplementar, dos Estados e do Distrito Federal. (C) apenas os Municípios não dispõem de competência para estabelecê-las. (D) em nenhuma hipótese os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena. (E) no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, prevalecem as respectivas leis sobre as leis federais.

17- (AGENTE TRIBUTÁRIO ESTADUAL MS 2001 ESAF) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: (A) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. (B) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. (C) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário.

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(D) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. (E) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário.

18- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE NATAL RN 2001 ESAF) Em matéria de competência para a instituição de impostos, é correto afirmar-se que: (A) os Municípios dos Territórios Federais são competentes para instituir seus próprios impostos, tal como nos Estados. (B) nos Territórios Federais compete aos Estados dos quais foram desmembrados a instituição dos impostos estaduais. (C) compete aos Territórios Federais a instituição de seus impostos, tanto estaduais quanto municipais. (D) os Estados podem instituir impostos extraordinários e temporários, com arrecadação vinculada a fins específicos. (E) os Municípios podem instituir novos impostos, além daqueles expressamente previstos na Constituição Federal.

19- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 1998 ESAF) ( ) Entidades não estatais, como o SENAI e o SENAC, por exemplo, podem ter o poder de tributar, desde que a lei lho conceda. ( ) A competência tributária pode ser transferida, mediante lei, para entidade estatal distinta ou para pessoa jurídica não estatal. ( ) O poder de expedir normas sobre tributos incumbe primariamente a quem tenha competência para instituí-los. Marque com F a assertiva falsa, e com V a verdadeira. Em seguida, escolha, entre as opções abaixo, a que contém a seqüência correta. (A) V, V, V (B) V, V, F (C) V, F, F (D) F, F, F (E) F, F, V

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Gabarito

01-D 02-A 03-C 04-B 05-B 06-C 07-C 08-B 09-D 10-E 11-D 12-E 13-E 14-D 15-D 16-C 17-A 18-A 19-E

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AULA DEMONSTRATIVA

Olá alunos,

A proposta desse curso é cobrir na forma de exercícios comentados as

matérias de Comércio Internacional para o cargo de Analista Tributário da

Receita Federal (ATRFB).

Vamos lá: Meu nome é Julia Olzog, sou economista com especialização

em Comércio Exterior e Mestrado em Organismos Internacionais. Também sou

bacharel em Direito e fiz uma especialização sobre os aspectos práticos e

legais da Organização Mundial do Comércio – OMC em Genebra, na Suíça. Sou

servidora pública federal e trabalho com análise de comércio exterior.

Aqui vou abordar temas das quais tenho bastante experiência prática e

teórica, trazendo para vocês uma abordagem completa das matérias do edital

com destaque para os tópicos de maior relevância que são frequentemente

cobrados pelas principais bancas de concursos, principalmente a ESAF.

Resolvendo os exercícios, teremos a oportunidade de revisar as matérias

e comentar os principais aspectos que envolvem a questão. Os comentários de

cada questão serão feitos item a item, o que ajuda melhor a identificar onde

estão os erros e acertos e identificar as pegadinhas.

Serão 14 aulas de Comércio Internacional. As aulas serão semanais,

divididas segundo os tópicos relacionados no último edital, conforme o

cronograma abaixo. Importante: o conteúdo poderá ser ajustado, conforme o

edital previsto para os próximos meses!

Cronograma 2012:

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Nesta aula inaugural vamos resolver questões referentes ao item 2 do

edital: Sistema multilateral de comércio. 2.1. A Organização Mundial do

Comércio (OMC): estrutura e processo decisório. 2.2. O sistema de solução de

controvérsias da OMC. As questões serão vistas em detalhes durante o curso.

Como a normativa de Comércio Internacional é muito dinâmica e muda

constantemente, vou preparar o material segundo as normas vigentes e

atualizações recentes.

Vamos começar, então!

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AULA DEMONSTRATIVA

2: Sistema multilateral de comércio. 2.1. A Organização Mundial do

Comércio (OMC): estrutura e processo decisório. 2.2. O sistema de

solução de controvérsias da OMC.

2. Sistema multilateral de comércio

A formação de um sistema multilateral de comércio foi impulsionada na

metade do século XX, após vários acontecimentos drásticos como a Grande

Depressão e a 2ª Guerra Mundial.

Neste novo ambiente mundial, ocorreu a celebração dos acordos

internacionais de Bretton Woods, nos Estados Unidos, em 1944, dando origem

às seguintes instituições: Banco Internacional para a Reconstrução e o

Desenvolvimento ou Banco Mundial (BIRD ou World Bank) e o Fundo Monetário

Internacional (FMI). Uma terceira instituição, dedicada ao estabelecimento de

um sistema multilateral de comércio, seria a Organização Internacional do

Comércio (OIC), a ser criada em 1947, mas que foi substituída por um acordo

comercial, o Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio – GATT, que vigorou de

1947 a 1994.

2.1. Organização Mundial do Comércio – OMC

A Organização Mundial do Comércio foi criada em 1995, no final da

Rodada Uruguai e foi formalizada pelo acordo de Marrakesch, com o objetivo

de promover a liberalização do comércio mundial, visando alcançar o livre

comércio, ou seja, um estágio onde os bens e serviços teriam livre circulação

no mundo, livres do imposto de importação (barreiras tarifárias) e de

limitações nas quantidades como quotas e embargos.

2.2. O sistema de solução de controvérsias da OMC.

O objetivo central do sistema de solução de controvérsias da OMC é o de

prover segurança e previsibilidade ao sistema multilateral de comércio

Page 236: Aula 00 (1)

PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

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reforçando a observância das normas comerciais multilaterais e a adoção de

práticas compatíveis com os acordos negociados, não havendo o propósito de

punir os membros.

O sistema se aplica a todos os acordos da OMC e permite a qualquer

momento a solução através de um acordo entre as partes. É baseado numa

pluralidade de procedimentos para solucionar as controvérsias: o procedimento

central que é desenvolvido pelo Grupo Especial (Painel) e pelo Órgão de

Apelação, e os chamados procedimentos alternativos, que são os bons ofícios,

a conciliação, a mediação e a arbitragem.

Exercícios (as respostas estão na tabela abaixo)

1. (ESAF - AFRF/2002) Com relação às práticas protecionistas, tal como

observadas nas últimas cinco décadas, é correto afirmar-se que:

a) assumiram expressão preponderantemente não tarifária à medida que, por

força de compromissos multilaterais, de acordos regionais e de iniciativas

unilaterais, reduziram-se as barreiras tarifárias.

b) voltaram a assumir expressão preponderantemente tarifária em razão de

compromisso assumido no âmbito do Acordo Geral de Comércio e Tarifas

(GATT) de tarificar barreiras não tarifárias, com vistas à progressiva redução e

eliminação futura das mesmas.

c) encontram amparo na normativa da Organização Mundial do Comércio

(OMC), quando justificadas pela necessidade de corrigir falhas de mercado,

proteger indústrias nascentes, responder a práticas desleais de comércio e

corrigir desequilíbrios comerciais.

d) recrudesceram particularmente entre os países da Organização de

Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), na segunda metade dos

anos noventa, em razão da desaceleração das taxas de crescimento de suas

economias.

Page 237: Aula 00 (1)

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e) deslocaram-se do campo estritamente comercial para vincularem-se a

outras áreas temáticas como meio ambiente, direitos humanos e

investimentos.

Comentários

Questão 1. a) As sucessivas negociações de redução tarifária e o

compromisso assumido pelos Membros da OMC em repeitar os limites

máximos da tarifas impostas às importações tem levado alguns países a criar

mecanismos, que não a cobrança de impostos, de barrar ou diminuir o volume

de importações. Essas barreiras não tarifárias (BNT) são restrições à entrada

de mercadorias importadas que possuem como fundamento requisitos

técnicos, sanitários, ambientais, laborais, restrições quantitativas (quotas e

contingenciamento de importação), bem como políticas de valoração

aduaneira, de preços mínimos e de bandas de preços, diferentemente das

barreiras tarifárias, que se baseiam na imposição de tarifas aos produtos

importados.

b) A Letra B se refere ao fenômeno da tarificação (tarification). Tarificação é o

processo de transformação de barreiras não tarifárias em tarifas. Foi

amplamente utilizada na agricultura ao final da Rodada Uruguai, como forma

de converter quotas e impostos específicos em tarifas ad valorem. Isso

também contribuiu de certa forma para o aumento da utilização de barreiras

não tarifárias para proteger os mercados, o que reforça a opção A.

c) O protecionismo não é permitido pelas regras da OMC. Existem exceções de

caráter temporário apenas quando quando há surto de importações, com

aplicação de salvaguardas; praticas desleais de comércio, como dumping por

exemplo, quando houver desequilíbrios no Balanço de Pagamentos, que eh

mais amplo que a a balança comercial e para proteger a industria nascente ate

ela se firmar no mercado (art. XVIII GATT). Falha de mercado é um conceito

econômico que envolve qualquer tipo de diferença entre dois mercados, o que

não justifica proteção.

d) A letra D fala que o protecionismo aumentou na segunda metade dos anos

90. Na verdade, a criação da OMC faz com que os países abram mais os seus

mercados permitindo maior entrada de produtos importados.

Page 238: Aula 00 (1)

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e) As barreiras ao comércio podem ser de caráter tarifário e/ou não tarifário. O

foco de proteção para questões ambientais, de direitos humanos etc. que

afetem o comércio exterior são também barreias comerciais de caráter não

tarifário.

2. (ESAF – AFRF/2002) Na Organização Mundial do Comércio (OMC), o

tratamento de temas relativos à simplificação de trâmites aduaneiros ocorre no

âmbito das negociações sobre:

a) obstáculos técnicos ao comércio.

b) acesso a mercados.

c) medidas de facilitação de comércio.

d) subvenções e direitos compensatórios.

e) defesa da concorrência.

Comentários

Questão 2. a) As barreiras técnicas são restrições ao fluxo de comércio

relacionadas às características dos produtos a serem importados (ex. carne

bovina pronta para o consumo) ou ao seu método e processo de produção (ex.

práticas de higiene na produção de carne, requisitos para o abate do animal ou

das embalagens e rótulos). Essas restrições baseiam-se ora no conteúdo do

produto, ora nos testes que indicam a conformidade destes aos padrões

exigidos pelo importador. Representam, na realidade, uma categoria das

barreiras não tarifárias.

b) Acesso a mercado está relacionado aos instrumentos e disciplinas que

afetam a entrada de produtos de um país qualquer em outros países, tais

como as restrições e/ou limitações à importação (tarifas, quotas tarifárias,

quotas de importação, etc), com influência direta na competição entre

produtos importados e seus similares domésticos.

c) A simplificação de trâmites aduaneiros são medidas de facilitação do

comércio. São medidas que visam simplificar e desburocratizar a circulação de

bens e serviços através das fronteiras nacionais, melhorar os possessos para

reduzir os encargos e os custos associados ao comércio e maximizar a

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

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eficiência, salvaguardando legítimos objetivos de regulação. Vários entraves

burocráticos e logísticos geram enormes custos para as empresas como a

apresentação de declarações, preenchimento de inúmeros formulários, controle

das fronteiras, atrasos na liberação de mercadorias, etc. que além de gerarem

custos acabam reduzindo a competitividade e diminuindo oportunidades de

negócios.

d) Subvenção é uma contribuição financeira dos poderes públicos ou uma

forma qualquer de apoio às receitas ou aos preços das empresas, que possa

conferir uma vantagem. O direito compensatório é um mecanismo de defesa

comercial, utilizado para reduzir e fazer cessar o dano à indústria doméstica,

em decorrência de práticas desleais cometidas por empresas estrangeiras que

recebem subsídios ou subvenção governamental.

e) Defesa da concorrência refere-se a políticas que definem determinados

comportamentos das empresas como sendo ilegais, por prejudicarem os

consumidores e/ou diminuírem o bem-estar social.

3. (ESAF - ATRFB/2009) Um dos mais significativos avanços advindos da

criação da Organização Mundial de Comércio está relacionado ao mecanismo

de solução de controvérsias comerciais. Sobre o mesmo é correto afirmar que:

a) o sistema de solução de controvérsias é acionado por comum acordo entre

as partes litigantes que somente podem fazê-lo após terem tentado chegar a

acordo por negociações diretas.

b) qualquer das partes tem direito a apelar das conclusões do Relatório Final

emitido pelo Painel constituído para analisar a controvérsia, sendo a decisão do

Órgão de Apelação irrecorrível e sua implementação obrigatória para a parte

que tenha perdido a causa.

c) o processo se inicia com a consulta, pelo Órgão de Solução de

Controvérsias, a especialistas sobre a questão que dá origem ao litígio

comercial, os quais, na fase seguinte, ouvem as alegações das partes e

elaboram um parecer, que é encaminhado ao Painel, que o acata ou não e

comunicam o resultado às partes litigantes.

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

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d) o atual Órgão de Solução de Controvérsias é originado do Acordo Geral de

Tarifas e Comércio (GATT) de 1947, tendo sido ampliado e aperfeiçoado

durante a Rodada Uruguai e incorporado, finalmente, à Organização Mundial

do Comércio a partir de 1995.

e) à diferença do procedimento de solução de controvérsias existente no marco

do GATT, o atual mecanismo é mais flexível quanto aos prazos limites a serem

observados em cada etapa, sendo que o parecer final de um painel prescinde

de ter a aprovação de todos os membros para ser aplicado, facilitando assim

sua efetiva aplicação.

Comentários:

Questão 3. a) Quando a Rodada Uruguai se iniciou, em 1986, a reforma do

sistema de solução de controvérsias era um dos temas para a negociação. A

abordagem desse tema resultou no Entendimento Relativo às Normas e

Procedimentos sobre Solução de Controvérsias (ESC), que passou a constituir

um dos acordos obrigatórios para os Membros da então criada OMC. O ESC

consolidou uma visão mais legalista (rule-oriented) das relações comerciais

internacionais e, ao mesmo tempo, manteve algumas importantes brechas

para que as soluções negociadas fossem preferíveis ao litígio entre os Membros

da OMC.

b) O Art. 17, parágrafo 4 do Anexo II de Entendimento relativo às Normas e

Procedimentos sobre Solução de Controvérsias diz que apenas as partes em

controvérsia, excluindo-se terceiros interessados, poderão recorrer do relatório

do grupo especial. Os recursos devem basear-se em questões de direito, tais

como interpretação jurídica - não se pode apelar para reexaminar fatos

existentes ou examinar novas questões. O parágrafo 14 do mesmo artigo

completa: “os relatórios do órgão de Apelação serão adotados pelo OSC e

aceitos sem restrições pelas partes em controvérsia a menos que o OSC decida

por consenso não adotar o relatório do órgão de Apelação dentro do prazo de

30 dias contados a partir da sua distribuição aos Membros”.

c) O processo se inicia com as Consultas: as solicitações para a celebração de

consultas são notificadas ao Órgão de Solução de Controvérsias - OSC, para

que sejam comunicadas aos Países Membros; se o país consultado não

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responde ou realiza as consultas nos prazos fixados, o País-Membro

reclamante pode solicitar a formação de um grupo especial.

d) O GATT 1947 não continha regras sobre um sistema para a solução de

controvérsias. Como foro de negociações que era, o GATT 1947 ressaltava a

solução diplomática dos conflitos porventura existentes. Desta forma, o Artigo

XXII direcionava a parte reclamante a buscar consultas com a outra, em

relação a problemas relacionados com o Acordo Geral. Ao fim da rodada Tóquio

(1973-1979), no entanto, um entendimento sobre solução de controvérsias foi

negociado, modificando a prática adotada até então: apresentação da

reclamação a um painel com três membros, que remetia um relatório sobre o

problema para o Conselho do GATT. Na ocasião da Rodada do Uruguai que

criou a OMC, foi estabelecido um órgão de solução de controvérsias que é

usualmente referido como uma contribuição única da OMC para a estabilidade

da economia global. Os entendimentos culminaram no Entendimento sobre

Solução de Controvérsias - ESC (Dispute Settlement Understanding - DSU)

constante do Anexo 2 do Tratado de Marrakesh, que introduziu um modelo

mais claro e organizado de solução de controvérsias que o procedimento

adotado pelo antigo GATT.

e) Para todas as fases na busca de solução há prazos rígidos e não flexíveis. O

relatório do Grupo Especial torna-se decisão ou recomendação ao Órgão de

Solução de Controvérsias no prazo de 60 dias, que só não será adotado se

houver um consenso entre os membros no sentido de rejeitar o relatório. No

sistema de solução de controvérsias, o processo de decisão adota o consenso

negativo, ou seja, um decisão não será adotada se todos os membros não

concordarem.

Respostas

1 2 3

A C B

Durante as aulas veremos muito mais! Então, espero vocês na primeira

aula!!!

Profa. Julia Olzog

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AULA DEMONSTRATIVA

Olá alunos,

A proposta desse curso é cobrir na forma de exercícios comentados as

matérias de Direito Internacional Público para o cargo de Analista Tributário

da Receita Federal (ATRFB).

Vamos lá: Meu nome é Julia Olzog, sou economista com especialização

em Comércio Exterior e Mestrado em Organismos Internacionais. Também sou

bacharel em Direito e fiz um curso sobre os aspectos práticos e legais da

Organização Mundial do Comércio – OMC em Genebra, na Suíça. Sou servidora

pública federal e trabalho com análise de comércio exterior.

Aqui vou abordar temas das quais tenho bastante experiência prática e

teórica, trazendo para vocês uma abordagem completa das matérias do edital

com destaque para os tópicos de maior relevância que são frequentemente

cobrados pelas principais bancas de concursos, principalmente a ESAF.

Resolvendo os exercícios, teremos a oportunidade de revisar as matérias

e comentar os principais aspectos que envolvem a questão. Os comentários de

cada questão serão feitos item a item, o que ajuda melhor a identificar onde

estão os erros e acertos e identificar as pegadinhas.

Serão 10 aulas de Direito Internacional Público. As aulas serão semanais,

divididas segundo os tópicos relacionados no último edital, conforme o

cronograma abaixo. Importante: o conteúdo poderá ser ajustado, conforme o

edital previsto para os próximos meses!

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Cronograma 2012:

Nesta aula inaugural vamos ver, resumidamente, o primeiro tópico de

DIP do edital que é: Fontes. Tratados. Soft Law. Costume Internacional.

Princípios Gerais de Direito. As questões serão vistas com detalhes durante o

curso para ajudar na fixação e compreensão da matéria.

Vamos começar, então!

AULA DEMONSTRATIVA

1. Fontes. Tratados. Soft Law. Costume Internacional. Princípios

Gerais de Direito.

1.1. Fontes do DIP

O Estatuto da Corte Internacional de Justiça (Corte de Haia),

encarregado de resolver litígios entre Estados, relacionou as fontes de direito

internacional como as seguintes: tratados, os costumes e os princípios gerais

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

www.pontodosconcursos.com.br 244

do direito. Fez referência à jurisprudência e à doutrina como meios auxiliares

na determinação das regras jurídicas, e facultou o emprego da equidade.

Outras fontes auxiliares de determinação das normas jurídicas internacionais

incluem os atos unilaterais dos Estados e as decisões tomadas pelas

organizações internacionais.

1.2. Tratados

Por tratado entende-se o ato jurídico por meio do qual se manifesta o

acordo de vontades entre duas ou mais pessoas internacionais.

Até a positivação das fontes, o direito dos tratados apresentava uma

consistência costumeira, assentada em certos princípios gerais, notadamente o

pacta sunt servanda e o da boa fé. Com o crescente positivismo jurídico no

âmbito internacional, os tratados passam a ser a principal fonte de obrigações

do direito internacional.

A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1989, é uma

das mais importantes fontes do DIP, pois nela as regras costumeiras sobre a

matéria foram devidamente codificadas. As Convenções de Viena anteriores,

de 1969 e de 1986, foram complementadas para dispor sobre o Direito dos

Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre Organizações

Internacionais, cujo objetivo foi precisamente o de reconhecer o direito das

organizações internacionais de firmar tratados e convenções.

1.3 Soft Law

As soft law são fruto da relevância e da atuação crescente da diplomacia

multilateral, fortalecimento da cooperação internacional e geralmente nascem

nas organizações internacionais, nos fóruns de negociação multilateral, enfim,

nos eventos internacionais sobre questões relevantes no cenário global. Como

soft law temos as normas exaradas pelas entidades internacionais.

1.4. Costume Internacional

Em virtude de uma sociedade internacional descentralizada, os costumes

internacionais assumem uma grande importância na relação entre os Estados.

Eles surgem de práticas no plano internacional aceitas durante longo período,

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS P/ ANALISTA TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

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tanto assim que o fator tempo é tido como um de seus elementos

constitutivos. A regra consuetudinária (ou costumeira) é o resultado de atos

seguidos capazes de gerar efeitos jurídicos, com ênfase no elemento material

constituído pela repetição durante um período prolongado.

1.5. Princípios Gerais de Direito

Os princípios gerais de direito estabelecem as regras básicas de

convivência organizada. Dentre eles, podemos citar o princípio da boa-fé, da

res judicata, o princípio pacta sunt servanda, o da não agressão, o da auto

determinação dos povos, o da coexistência pacífica, o do desarmamento, o da

proibição da propaganda de guerra, entre outros aplicados no domínio comum

do direito internacional.

Exercícios (as respostas estão na tabela abaixo)

1. (ESAF – AFRF/2003) Sobre as definições constantes da Convenção de

Viena de 1969 (CVDT), pode-se afirmar que:

a) a CVDT determina expressa distinção entre "tratado" e "acordo

internacional".

b) "reserva" é uma declaração unilateral com o objetivo de excluir ou modificar

o efeito jurídico de certas disposições do tratado.

c) "plenos poderes" se refere à capacidade de o Estado negociador impor uma

proposta de texto aos demais Estados participantes.

d) "ratificação" significa um documento expedido pela autoridade competente

de um Estado e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para

representar o Estado na negociação.

e) a definição de "organização internacional" abrange organizações não

governamentais, desde que tenham sua personalidade jurídica criada em um

dos Estados Membros da CVDT.

Comentários

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Questão 1. a) a Convenção de Viena define no Art.2: a) “por tratado

entende-se um acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e

regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento único, quer de

dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação

particular”. (ex: convenção, protocolo, convênio, acordo, declaração, ajuste,

pacto, carta, ato, compromisso, modus vivendi, etc.).

b) Art. 2, d) “reserva” significa uma declaração unilateral, feita por um Estado,

seja qual for o seu teor ou denominação, ao assinar, ratificar, aceitar ou

aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o

efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esse Estado.

c) Art. 2 c): “plenos poderes” significa um documento expedito pela autoridade

competente de um Estado, designando uma ou várias pessoas para representar

o Estado na negociação, adoção ou autenticação do texto de um tratado, para

manifestar o consentimento do Estado em obrigar-se por um tratado ou para

praticar qualquer outro ato relativo a um tratado.

d) Art. 2 b) “ratificação”, “aceitação”, “aprovação” e “adesão” significam,

conforme o caso, o ato internacional assim denominado pelo qual um Estado

estabelece no plano internacional seu consentimento em obrigar-se por um

tratado.

e) i) “organização internacional significa uma organização intergovernamental”.

As ONG’s não são sujeitos de DIP e, portanto, não tem personalidade jurídica.

2. (ESAF – AFRF/2005) Nos termos e na definição da Convenção de Viena

sobre Direito dos Tratados, e para seus fins, a expressão "reserva" tem

significado normativo e características específicas, nomeadamente:

a) a reserva é uma declaração bilateral feita por dois estados, seja qual for o

seu teor ou denominação, ao assinarem, ratificarem, aceitarem ou aprovarem

um tratado, ou a ele aderirem, com o objetivo de excluírem ou modificarem o

efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esses dois

estados. Não pode ser feita a retirada de uma reserva após a comunicação da

mesma, dado que sua comunicação suscita a suspensão dos efeitos do tratado.

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b) a reserva é uma declaração bilateral feita por dois estados, seja qual for o

seu teor ou denominação, ao assinarem, ratificarem, aceitarem ou aprovarem

um tratado, ou a ele aderirem, com o objetivo de incluírem ou modificarem o

efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação a esses dois

estados. A retirada de uma reserva ou de uma objeção a essa reserva deve ser

formulada por escrito, devendo-se aguardar 30 (trinta) dias contados da

comunicação para que a reserva possa surtir seus efeitos.

c) a reserva é uma declaração multilateral feita por mais de dois estados, seja

qual for o seu teor ou denominação, ao assinarem, ratificarem, aceitarem ou

aprovarem um tratado, ou a ele aderirem, com o objetivo de incluírem ou

modificarem o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua aplicação

a esses estados. A aceitação expressa de uma reserva ou sua objeção, feita

antes da confirmação, não produz efeitos até que todos os estados pactuantes

sejam comunicados.

d) a reserva é uma declaração unilateral feita por um estado, seja qual for o

seu teor ou denominação, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado,

ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou modificar o efeito jurídico de

certas disposições do tratado em sua aplicação a esse estado. A reserva, sua

aceitação expressa e sua objeção devem ser formuladas por escrito e

comunicadas aos Estados contratantes e aos outros estados com direito de se

tornarem partes no tratado.

e) a reserva é uma declaração unilateral feita por um estado, seja qual for o

seu teor ou denominação, ao assinar, ratificar, aceitar ou aprovar um tratado,

ou a ele aderir, com o objetivo de incluir ou modificar o efeito jurídico de certas

disposições do tratado em sua aplicação a esse estado. A retirada de uma

reserva ou de uma objeção deve ser formulada por escrito e encaminhada para

conhecimento dos estados pactuantes dentro de 30 (trinta) dias contados da

referida retirada ou objeção.

Comentários

Questão 2. Como vimos na questão 1, a reserva é sempre unilateral. Funciona

como uma ressalva por parte do Estado, para algo negociado com o qual não

consente. Nesse caso, o Estado formula uma reserva, que o desobriga do

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cumprimento da(s) cláusula(s) do tratado que não esta de acordo, ou modifica

seu teor para adaptar a sua realidade, desde que esta não prejudique ou

inviabilize o exercício do conteúdo restante do tratado. Isso já exclui as letras

A, B e C. Agora vamos ver a diferença entre as letras D e E. O Art. 23

Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados trata dos Procedimento Relativo

às Reservas, e diz: “1. A reserva, a aceitação expressa de uma reserva e a

objeção a uma reserva devem ser formuladas por escrito e comunicadas aos

Estados contratantes e aos outros Estados com direito de se tornarem partes

no tratado.” Isso está de acordo com a letra D. Continuamos: o Art. 22 sobre a

Retirada de Reservas e de Objeções às Reservas dispõe: “1. Salvo disposição

em contrário, uma reserva pode ser retirada a qualquer momento, sem que o

consentimento do Estado que a aceitou seja necessário para sua retirada. 2.

Salvo disposição em contrário, uma objeção a uma reserva pode, a qualquer

momento, ser retirada. 3. Salvo disposição ou acordo em contrário: a) a

retirada de uma reserva só produz efeito em relação a outro Estado

contratante quando este Estado receber a respectiva notificação; b) a retirada

de uma objeção a uma reserva só produz efeito quando o Estado que formulou

a reserva receber a notificação dessa retirada.” Isso torna incorreta a letra E.

3. (ESAF – CGU/2008) A respeito das fontes de Direito Internacional,

assinale a opção correta.

a) O desrespeito a um costume internacional não é suficiente para que haja

uma violação ao Direito Internacional. Apenas o desrespeito a um tratado

internacional pode ser considerado uma quebra do Direito Internacional.

b) É possível que um país se vincule a um tratado internacional cuja versão

autêntica não tenha sido adotada em seu próprio idioma.

c) As normas de jus cogens vinculam apenas os países que ratificaram os

tratados internacionais que as contêm.

d) Preâmbulos e anexos de tratados internacionais não criam obrigações

jurídicas para os Estados Partes, servindo apenas de meio para auxiliar a

interpretação da parte dispositiva do tratado internacional.

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e) Emendas a tratados internacionais apenas entram em vigor após o aval da

Organização das Nações Unidas.

Comentários:

Questão 3: a) O Estatuto da Corte Internacional positivou, em seu artigo 38,

algumas das fontes do DIP. Estabelece o referido artigo: 1. A Corte, cuja

função é decidir de acordo com o direito internacional as controvérsias que lhes

forem submetidas, aplicará:

i) as convenções internacionais, quer gerais quer especiais, que estabeleçam

regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;

ii) o costume internacional, como prova de uma prática geral aceita como

sendo direito;

iii) os princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas;

iv) sob ressalva da disposição do art. 59, as decisões judiciárias e a doutrina

dos juristas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a

determinação das regras de direito.

2. A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de uma questão

ex aequo et bono, se as partes com isto concordarem.

Esta lista porém, não é exaustiva e outras fontes auxiliares são admitidas como

os atos unilaterais dos Estados e as decisões tomadas pelas organizações

internacionais.

O desrespeito a qualquer fonte de DIP estatuída no art. 38 do Estatuto da CIJ,

inclusive o costume, constitui-se num ato ilícito e pode ensejar

responsabilidade internacional.

b) Para a celebração de tratados multilaterais, com diversos membros de

diferentes culturas e línguas, é comum que se escolha alguns idiomas

internacionalmente aceitos de comum acordo entre os membros. Em tratados

bilaterais, se houver discrepância em tratado redigido em duas línguas, cada

parte contratante é obrigada apenas pelo texto em sua própria língua, sendo

possível a escolha de uma terceira língua que fará fé. A prática brasileira, em

se tratando de idiomas menos usuais, tem sido a de negociar um terceiro

texto, em inglês, francês ou espanhol, para dirimir futuras dúvidas de

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interpretação. Fica a cargo de cada país a tradução do tratado para o idioma

nacional.

c) Jus cogens (lei coercitiva ou imperativa) serve para designar, no campo do

Direito Internacional, uma norma peremptória geral que tenha o poder de

obrigar os diversos estados e organizações internacionais, devido à importância

que sua matéria contém, sendo esta impossível de se anular. Tal norma,

portanto, regula de modo decisivo o espaço jurídico internacional. Essas

normas não precisam constar de tratados para vincularem os países, pois por

sua própria natureza já constitui em preceito obrigatório a todos os Estados. O

Art. 53 Convenção de Viena sobre a Lei dos Tratados refere-se a ao jus cogens

como “uma norma aceita e reconhecida pela Comunidade de Estados

Internacionais em sua totalidade, como uma norma da qual não é permitida

nenhuma derrogação e que só poderá ser modificada por uma subsequente

norma de lei internacional que tem o mesmo caráter legal”. São exemplos de

normas imperativas: o princípio pacta sunt servanda, o princípio da

autodeterminação dos povos, a proibição do uso ou da ameaça de uso da força,

o princípio que garante a soberania e igualdade dos Estados, soberania sobre

os recursos naturais, a proibição do uso ilegítimo da força (ataque bélico), a

proibição do tráfico de seres humanos, a escravidão, pirataria, genocídio,

crimes contra a humanidade, entre outros.

d) O Artigo 31 da Convenção de Viena dispõe: “1. Um tratado deve ser

interpretado de boa-fé, segundo o sentido comum dos termos do tratado em

seu contexto e à luz de seu objeto e finalidade. 2. Para os fins de interpretação

de um tratado, o contexto compreende, além do texto, seu preâmbulo e

anexos: a) qualquer acordo relativo ao tratado e feito entre todas as partes por

ocasião da conclusão do tratado; b) qualquer instrumento estabelecido por

uma ou várias partes por ocasião da conclusão do tratado e aceito pelas outras

partes como instrumento relativo ao tratado”.

e) Quanto às emendas, o Art. 39 da convenção estabelece que “um tratado

poderá ser emendado por acordo entre as partes. As regras previstas na parte

II aplicar-se-ão a tal acordo, salvo na medida em que o tratado dispuser de

outra forma.” Na parte II da convenção temos, no Art. 24, que: “1. Um tratado

entra em vigor na forma e na data previstas no tratado ou acordadas pelas

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partes. 2. Na ausência de tal disposição ou acordo, um tratado entra em vigor

tão logo o consentimento em obrigar-se por um tratado seja manifestado por

todos os Estados negociadores”.

Respostas

1 2 3

B D B

Durante as aulas veremos muito mais! Então, espero vocês na primeira

aula!!!

Profa. Julia Olzog