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1 AUDITORIA-GERAL DO INSS RELATÓRIO FINAL DO PROGRAMA DE AUDITORIA Nº 15 DE 2010: BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE DE LONGA DURAÇÃO COM CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS F 1.Dados administrativos do Programa 1.1 - Nome e Número do Programa: Benefícios por Incapacidade de Longa Duração (BILD) com Código Internacional de Doenças (CID) F (Transtornos Mentais), Programa nº 15 do PAINT 2010. 1.2 - Tipo de Ação: Ordinária. 1.3 - Unidade Auditada: 35 Gerências Executivas da Previdência Social. 1.4 - Período Previsto: 01/03/2010 a 31/12/2010. 1.5 - Carga Horária Prevista: 21.057 horas (20 servidores médicos) 1.6 - Fundamentação Legal: Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991 Decreto nº.1.171, de 22/06/1994 Decreto nº. 3.048 de 06/05/1999 Resolução nº.10 de 23/12/1999 Resolução nº.161 INSS/DC, de 22/06/2004 Resolução INSS/PRES Nº.14, DE 26/06/2006 Resolução nº 62 INSS/PRES, DE 09/12/2008 Resolução CFM Nº.1.851 de 2008 Instrução Normativa 20 INSS/PRES de 11/10/2007 Portaria Interministerial nº.2.998 MPAS/MS, de 23/08/2001

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AUDITORIA-GERAL DO INSS

RELATÓRIO FINAL DO PROGRAMA DE AUDITORIA Nº 15 DE 2010: BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE DE LONGA DURAÇÃO COM CÓDIGO INTERNACIONAL DE

DOENÇAS F

1.Dados administrativos do Programa

1.1 - Nome e Número do Programa: Benefícios por Incapacidade de Longa Duração (BILD) com Código Internacional de Doenças (CID) F (Transtornos Mentais), Programa nº 15 do PAINT 2010.

1.2 - Tipo de Ação: Ordinária.

1.3 - Unidade Auditada: 35 Gerências Executivas da Previdência Social.

1.4 - Período Previsto: 01/03/2010 a 31/12/2010.

1.5 - Carga Horária Prevista: 21.057 horas (20 servidores médicos)

1.6 - Fundamentação Legal:

• Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991

• Decreto nº.1.171, de 22/06/1994

• Decreto nº. 3.048 de 06/05/1999

• Resolução nº.10 de 23/12/1999

• Resolução nº.161 INSS/DC, de 22/06/2004

• Resolução INSS/PRES Nº.14, DE 26/06/2006

• Resolução nº 62 INSS/PRES, DE 09/12/2008

• Resolução CFM Nº.1.851 de 2008

• Instrução Normativa 20 INSS/PRES de 11/10/2007

• Portaria Interministerial nº.2.998 MPAS/MS, de 23/08/2001

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• Portaria nº16 AUDGER/INSS de 16/05/2006

• Portaria nº 296 MPS de 09/11/2009

• Orientação Interna nº.104 INSS/DIRBEN, de 08/12/04

• Nota Técnica PFE/INSS Nº.03 de 2007

• Orientação Interna nº 138 INSS/DIRBEN, de 11/05/2006

• Orientação Interna nº.01 INSS/AUDGER, de 26/06/2006

• Orientação Interna nº. 104 INSS/DIRBEN, de 08/12/04

• Orientação Interna nº.38 INSS/DIRBEN, de 08/08/2000

• Orientação Interna Conjunta nº.76 INSS/PFE/DIRBEN de 18/09/2003

• Orientação Interna INSS/DIRBEN nº. 54, de 2001

• Orientação Interna nº.73 INSS/DIRRH/DIRBEN, de 11/08/2003

• Orientação Interna INSS/DIRBEN Nº110, de 03/03/2005

• Orientação Interna Nº 117 INSS/DIRBEN, DE 01/06/2005

• Manuais do Sistema SABI (Controle Operacional (CO) e GESTÃO)

2. INTRODUÇÃO

A Auditoria do INSS incluiu no Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna – PAINT/2010 o programa Benefícios por Incapacidade de Longa Duração (BILD) com Código Internacional de Doenças (CID) F (Transtornos Mentais).

A Coordenação-Geral de Auditoria em Benefícios, mediante aplicação da Matriz de Risco, identificou a necessidade da realização de Ação de Auditoria, considerando trabalhos de prospecção efetuados pela Auditoria-Geral, com a análise de informações extraídas do Sistema Único de Informações de Benefícios (SUIBE). Esses estudos prospectivos indicaram crescimento da ordem de 6,3% de estoque a partir de 2008 de benefícios por incapacidade com manutenção maior que dois anos, chegando a algumas Gerências a 13%. Os BILD com mais de três anos em manutenção representavam, em novembro de 2009, 28,75% dos benefícios por incapacidade da espécie 31. O CID F representa 15% do total destes BILD.

3. OBJETO DE AUDITORIA

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Benefícios por Incapacidade de Longa Duração com mais de três anos em manutenção e com CID F.

4. OBJETIVOS DE AUDITORIA

4.1. Avaliar a qualidade do trabalho médico-pericial por meio do laudo médico-pericial quanto a:

· Fundamentação da fixação da data do inicio da doença (DID) e data do início da incapacidade (DII);

· Isenção de carência;

· Fundamentação da incapacidade laboral;

· Conclusão médico-pericial.

4.2. Avaliar a evolução da manutenção dos BILD a partir de 2004 no Brasil.

4.3. Avaliar as causas da longa manutenção dos benefícios por incapacidade com CID F, nas GEX e APS selecionadas.

4.4. Verificar o atendimento às recomendações estratégicas/gerenciais de programas anteriores de Auditoria Médica.

4.5. Avaliar a gestão dos Serviços/Seções de Saúde do Trabalhador (SST) e do Perito Médico Previdenciário (PMP) portariado no Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB) das GEX selecionadas.

4.6. Avaliar a Reabilitação Profissional quanto à adesão ao MC CGBENIN nº 03 de 20/03/09 – Critérios para encaminhamento de segurados para a Reabilitação Profissional.

4.7. Avaliar o tempo de demora nas etapas operacionais da Reabilitação Profissional (RP).

4.8. Avaliar a aplicação pelos Peritos Médicos Previdenciários (PMP) da OI DIRBEN/AMB nº 203 de 19/11/2008 nas APS selecionadas.

5.METODOLOGIA

5.1. Na Pré-Auditoria 5.1.1. Levantamento de dados com utilização da ferramenta SUIBE.

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5.1.2. Levantamento da evolução do quantitativo de BILD em manutenção desde 2004.

5.1.3. Levantamento das recomendações estratégicas/gerenciais dos Programas de auditoria em perícia médica dos anos de 2006, 2007 e 2008.

5.1.4. Elaboração de Questionário de Avaliação de Controle Interno (QACI) dos laudos médico-periciais iniciais (AX1) e subsequentes.

5.1.5. Elaboração de questionário de entrevista com a finalidade de avaliar a gestão do trabalho da Perícia Médica do INSS para: Chefias do SST e PMP do MOB e questionário de entrevista ao Responsável Técnico da Reabilitação Profissional (RTRP).

5.1.6. Elaboração de questionário de entrevista aos Gerentes de APS e PMP de APS.

5.1.7. Elaboração de questionário de entrevista para a Diretoria de Benefícios (DIRBEN)/Diretoria de Saúde do Trabalhador (DIRSAT)/Diretoria de Recursos Humanos (DIRRH) e Gerentes Executivos para avaliação do atendimento às recomendações de auditoria.

5.1.8. Elaboração de questionário de entrevista para verificação da gestão dos BILD nas APS selecionadas.

5.1.9. Elaboração de questionário de entrevista para verificação do conhecimento dos PMP das APS selecionadas quanto ao conteúdo da OI DIRBEN/AMB nº 203 de 19/11/2008.

5.1.10. Elaboração de questionário de entrevista para avaliação do trabalho dos PMP da Auditoria nas GEX.

5.2. Na Auditoria 5.2.1. Foram aplicados QACI em laudos de exame médico-pericial inicial (AX1) e

subsequentes de 31 (trinta e um) benefícios, de cada uma das 35 (trinta e cinco) GEX selecionadas.

5.2.2. Foram aplicados questionários/entrevistas às Chefias do SST, aos Responsáveis Técnicos da Reabilitação Profissional (RTRP) e aos PMP do Monitoramento Operacional de Benefício (MOB) por ocasião da ação local em cada GEX auditada.

5.2.3. Foram aplicados questionários/entrevistas às Chefias de APS e PMP destas APS por ocasião da ação local em cada uma das 70 (setenta) APS selecionadas.

5.2.4. Foi analisada a qualidade do trabalho médico-pericial nas GEX por meio de

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laudos médicos constantes do SISTEMA SABI incluídos os BILD concedidos e/ou mantidos por decisão judicial.

5.2.5. Foi verificada no registro médico (DID/DII e isenção de carência) nos laudos médico-periciais iniciais a legalidade da concessão.

5.2.6. Foram analisados as respostas e resultados do QACI e entrevistas.

5.2.7. Foram apresentadas conclusões, sugestões e recomendações de Auditoria para a Perícia Médica do INSS.

5.3 - PLANO AMOSTRAL

5.3.1 Método de Amostragem:

Inicialmente, foi extraído do SUIBE o total de benefícios por incapacidade de longa duração (BILD) com CID do grupo F (transtornos mentais) mantidos no INSS em nível nacional por Gerência Executiva, totalizando 38.681 (trinta e oito mil e seiscentos e oitenta e um) benefícios.

Foi utilizada a Técnica de Amostragem Aleatória Estratificada, sendo objeto de auditoria apenas os BILD com CID do grupo F.

Para o cálculo do tamanho da amostra, foi considerado um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 3%, resultando numa amostra de 1085 (mil e oitenta e cinco) benefícios a serem auditados.

A seleção das Gerências Executivas (GEX) que foram avaliadas neste Programa de Auditoria foi realizada através da quantidade de BILD mantidos por GEX que apresentaram quantitativo maior que a média nacional.

5.3.2 Universo da ação:

Foram selecionadas as 35 (trinta e cinco) GEX com BILD maiores que 3 (três) anos acima da média nacional (410):

GEX Total de BILD por CID F

mantidos Total da amostra por GEX

Araraquara 438 31

Bauru 593 31

Belo Horizonte 821 31

Blumenau 589 31

6

GEX Total de BILD por CID F mantidos

Total da amostra por GEX

Campinas 932 31

Campos 496 31

Canoas 900 31

Cascavel 523 31

Caxias do Sul 462 31

Chapecó 559 31

Contagem 462 31

Criciuma 555 31

Curitiba 1379 31

Distrito Federal 503 31

Duque de Caxias 805 31

Florianópolis 740 31

Governador Valadares 512 31

Guarulhos 756 31

Joinville 423 31

Juiz de Fora 602 31

Maceió 683 31

Niterói 1319 31

Novo Hamburgo 802 31

Osasco 747 31

Passo Fundo 811 31

Porto Alegre 1787 31

Presidente Prudente 507 31

RJ - Centro 983 31

RJ - Norte 478 31

Salvador 904 31

Santos 1716 31

São João da Boa Vista 489 31

7

GEX Total de BILD por CID F mantidos

Total da amostra por GEX

São José do Rio Preto 645 31

SP - Sul 769 31

Volta Redonda 428 31

Em cada GEX foram avaliados benefícios das duas Agências da Previdência Social (APS) com maior quantidade de BILD mantidos. Os benefícios que avaliados foram extraídos do SUIBE em janeiro de 2010, selecionados por Técnica de Amostragem Aleatória Simples e com reserva de 8 (oito) benefícios por GEX. De cada APS selecionada foram entrevistados aleatoriamente 4 (quatro) PMP (exceto quando a APS tiver quantitativo menor) com a finalidade de verificar o conhecimento da norma.

APS SELECIONADAS:

GEX APS 1 TOTAL APS 2 TOTAL

Araraquara Aps São Carlos 149 Aps Araraquara 111

Bauru Aps Bauru 186 Aps Botucatu 172

Belo Horizonte Aps Belo Horizonte/Oeste 203 Aps Belo Horizonte/Floresta 182

Blumenau Aps Blumenau 257 Aps Brusque 94

Campinas Aps Campinas 271 Aps Santa Barbara do Oeste 236

Campos Aps Campos dos Goytacazes 126 Aps Macaé 104

Canoas Aps Canoas 220 Aps Gravataí 141

Cascavel Aps Foz do Iguaçu 148 Aps Realeza 72

Caxias do Sul Aps Caxias do Sul 191 Aps Bento Gonçalves 147

Chapecó Aps Chapecó 104 Aps Capinzal 93

Contagem Aps Contagem 180 Aps Ribeirão das Neves 136

Criciúma Aps Tubarão 221 Aps Criciúma 189

Curitiba Aps Curitiba-XV de Novembro

350 Aps Curitiba -Hauer 270

Distrito Federal Aps Brasília-Taguatinga 200 Aps Brasília -Plano Piloto 77

Duque de Caxias Aps Nova Iguaçu 203 Aps Duque de Caxias 157

Florianópolis Aps Florianópolis-Centro 251 Aps Palhoça 151

Governador Valadares Aps Caratinga 155 Aps Ipatinga 123

Guarulhos Aps Guarulhos 334 Aps Suzano 210

Joinville Aps Joinville-Centro 221 Aps Jaraguá do Sul 101

8

GEX APS 1 TOTAL APS 2 TOTAL

Juiz de Fora Aps Juiz de Fora-Largo do Riachuelo

188 Aps Juiz de Fora - São Dimas 159

Maceió Aps Maceió - Ary Pitombo 213 Aps Maceió -Monte Maquinas 128

Niterói Aps São Gonçalo 708 Aps Niterói -Bairro de Fátima 165

Novo Hamburgo Aps São Leopoldo 156 Aps Sapiranga 139

Osasco Aps Osasco 309 Aps Barueri 211

Passo Fundo Aps Passo Fundo 516 Aps Carazinho 107

Porto Alegre Aps BI Porto Alegre 1483 Aps Viamão 105

Presidente Prudente Aps Presidente Prudente 172 Aps Presidente Epitácio 138

RJ - Centro Aps Rio de Janeiro-Centro 290 Aps Rio de Janeiro -Méier 155

RJ - Norte Aps Rio de Janeiro-Campo Grande

112 Aps Rio de Janeiro - Padre Miguel

96

Salvador Aps Salvador -Comércio 210 Aps Salvador -Mercês 200

Santos Aps São Vicente 692 Aps Santos 397

São João da Boa Vista

Aps Moji-Mirim 129 Aps Mogi -Guacu 106

São José do Rio Preto Aps Barretos 174 Aps São José do Rio Preto 136

SP - Sul Aps São Paulo -Vila Mariana 295 Aps São Paulo -Santo Amaro 231

Volta Redonda Aps Volta Redonda 153 Aps Barra do Pirai 90

6. CONSTATAÇÕES

6.1. Estudo da evolução da manutenção dos BILD a partir de 2004 no Brasil. Foi extraído do PLENUS/INFGER no dia 27/10/2010 o número total de BILD com dois ou mais anos em manutenção de espécies 31 e 91, exceto os judiciais, dos anos de 2004 a 2009, no Brasil, para o presente estudo. Espécie 2004 2005 2006 2007 2008 2009

31 246298 326802 298957 381683 290386 304830 91 39188 43605 33877 34338 27213 30808

Total Brasil

285486 370407 332834 416021 317599 335638

9

GRÁFICO 1

BILD 31+91 BRASIL 2004 a 2009

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

1

2004 a 2009

QU

AN

TIT

AT

IVO

DE

BIL

D

Foi extraído do SUIBE dia 21/10/2009 dados dos BILD com três anos ou mais, por categoria de CID, no Brasil.

GRÁFICO 2

Frequência de BILDs mantidos por categoria de CID, em setembro de 2010.

CID F15%

CID M30%

CID I9%

Demais CIDs46%

10

A partir do objetivo de avaliar a qualidade do trabalho médico-pericial por meio do laudo médico-pericial quanto a fundamentação da fixação da data do inicio da doença (DID) e data do início da incapacidade (DII), isenção de carência, fundamentação da incapacidade laboral e conclusão médico-pericial, foram analisados de cada um dos 1085 (mil e oitenta e cinco) BILD da amostra o primeiro, segundo e último laudos médico-periciais, totalizando 3.255 (três mil, duzentos e cinquenta e cinco).

O Quadro nº. 01 demonstra os resultados encontrados, ressaltando-se que os laudos iniciais referem-se a perícias executadas antes de fevereiro de 2007.

Os percentuais foram aplicados sobre o número de laudos válidos para cada uma das questões, excluídos aqueles que não se prestavam para a análise específica (não aplicável - NA).

A questão de número 06 foi considerada inválida para análise tendo em vista que todos os benefícios analisados são de longa duração e deveriam ser tratados de forma conclusiva e qualquer prazo que tenha sido concedido é considerado irregular.

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6.2 QUADRO 01 ANÁLISE DE 3.255 LAUDOS MÉDICO PERICIAIS

12

6.2.1. A análise do quadro 01, questões 02 e 04 (laudos realizados após a emissão do Parecer), demonstra no que tange ao Parecer do CFM nº 08 de 08/2008, que 23,7% de 1085 (mil e oitenta e cinco) laudos não apresentavam coerência entre história/exame físico e diagnóstico e 15,5% não apresentavam coerência entre história/exame físico e caracterização da incapacidade laborativa; 6.2.2. Com relação às questões 07, 08, 09 e 10, que interferem na decisão do direito inicial ao benefício, observa-se que à época da elaboração dos primeiros laudos (anteriores a 2007) constatou-se insuficiência ou falta de fundamentação de DID de 66,8% e na DII de 62,3%, não havendo correção no segundo exame em 95,1% e 98,8% respectivamente. 6.2.3. O erro em isenção de carência foi de 5,2% e não foi corrigido em 92,7% no segundo exame médico pericial. 6.2.4. Dos 900 (novecentos) BILD analisados na questão 13 observa-se que não houve a devida revisão em 81,2% e na questão 17 não foram revistos 90,4% dos 239 (duzentos e trinta e nove) BILD reativados judicialmente. 6.2.5. Nos 851 (oitocentos e cinquenta e um) laudos elaborados após 19/11/2008, 43,6% não tinham prazo concedido de acordo com o sugerido pelas Diretrizes Médicas em Transtornos Mentais. 6.2.6. Na questão 18 dos 165 (cento e sessenta e cinco) BILD encaminhados com sugestão de aposentadoria por invalidez, 44,9% não tiveram fundamentação na homologação pelos responsáveis. 7. INFORMAÇÕES RELEVANTES

Com a finalidade de cumprir os objetivos de: a) avaliar as causas da longa manutenção dos benefícios por incapacidade com CID F, nas GEX e APS selecionadas; b) avaliar a gestão dos Serviços/Seções de Saúde do Trabalhador (SST) e do Perito Médico Previdenciário (PMP) portariado no Monitoramento Operacional de Benefícios (MOB) das GEX selecionadas; c) avaliar a Reabilitação Profissional quanto à adesão ao MC CGBENIN nº 03 de 20/03/09 – Critérios para encaminhamento de segurados para a Reabilitação Profissional e o tempo de demora nas etapas operacionais da Reabilitação Profissional; d) avaliar a aplicação pelos PMP da OI DIRBEN/AMB nº 203 de 19/11/2008 (Diretrizes de Apoio à Decisão Médico Pericial em Transtornos Mentais) nas APS selecionadas; e) verificar o atendimento às recomendações estratégicas/gerenciais de programas anteriores de Auditoria Médica, foram realizadas entrevistas cujos resultados são demonstrados abaixo.

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7.1. QUADRO 02 RESULTADOS DE ENTREVISTAS COM GERENTES DE APS·

7.1.1. Observa-se através das respostas às questões 01 e 03 e constatação no trabalho de campo que as condições de trabalho médico pericial são inadequadas em 30% das 70 (setenta) APS por deficit de consultórios e em 37,1% por condições inadequadas para realização do ato pericial. 7.1.2. 61,4% dos gestores das APS não disponibilizam tempo na agenda médica para a realização de reuniões técnicas para discussão de casos e uniformização de condutas. 7.1.3. Em relação à questão 07 observa-se que 51,4% dos Gerentes das APS não têm controle do quantitativo de perícias em trânsito realizadas nas APS, nem em 24,3% sobre o trabalho de servidores fora do horário de expediente e dias não úteis, conforme evidencia a questão 08.

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7.2. QUADRO 03 RESULTADO DA ENTREVISTA COM OS CHEFES DE SST

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7.2.1. Em 54,3% das 35 (trinta e cinco) GEX avaliadas, não há supervisão sistemática ou controle “in loco” nas APS, por parte dos SST, em relação aos BILD e nem controle através das ferramentas de gestão SABI ou SUIBE em 42,9%. 7.2.2. 51,4% dos SST relatam falta de controle dos BILD com duração superior a 03 (três) anos. 7.2.3. A informação de que são feitas revisões regulares dos benefícios mantidos por decisões judiciais em 77,1% das GEX, não é coerente com os 239 (duzentos e trinta e nove) BI judiciais analisados, onde 90,4% não haviam sido revistos. 7.2.4. Constatou-se que 60% dos SST avaliados não providenciaram capacitação acerca das Diretrizes Médicas de Transtornos Mentais e 40% reconhecem que os conhecimentos das Diretrizes não tem sido aplicada pelos PMP em seus laudos. No entanto as capacitações em relação à DID/DII relatadas atingiram 91,4% dos SST avaliados. 7.2.5. Observa-se que o registro das atividades no âmbito do SST não é feito em 71,4% das GEX da amostra.

7.3. QUADRO 04 RESULTADO DA ENTREVISTA COM OS PMP DO MOB

7.3.1 Durante os trabalhos de campo foram entrevistados os PMP portariados para desenvolverem as atividades pertinentes ao MOB, sendo que das 35 (trinta e cinco) GEX selecionadas somente em 22 (vinte e dois), ou seja, 62,9% existia PMP designado para a função.

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7.3.2. Observa-se que na questão 06 houve, em média para o ano de 2009, 2,4 avaliações da qualidade técnica do trabalho médico pericial somente nas GEX onde havia PMP portariado para atuar no MOB. 7.3.3. Das 1218 (mil duzentos e dezoito) denúncias/reclamações junto à Ouvidoria encontradas nas 35 (trinta e cinco) GEX selecionadas, 681 (seiscentos e oitenta e um), que correspondem a 55,9% referiam-se a comportamento/atendimento. 7.3.4. Destas 681 (seiscentos e oitenta e um), 27 (vinte e sete), que correspondem a 3,9% foram encaminhadas às Comissões de Ética Médica.

7.4 QUADRO 05 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM OS RTRP

*Um ou mais RTRP não responderam à questão **11 (onze) GEX não têm PMP exclusivo na RP e 4 (quatro) não responderam ***Em 17 GEX não há acompanhamento e 4 (quatro) RTRP não responderam

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7.4.1 Dos dados colhidos nas entrevistas com os RTRP, são relevantes: - o tempo médio entre o encaminhamento do segurado à Reabilitação Profissional (RP) e a avaliação sócio-profissional é de 138 (cento e trinta e oito) dias e o tempo médio entre a eleição e a finalização da RP é de 376 (trezentos e setenta e seis) dias; - a média percentual de encaminhamentos inadequados nas 35 (trinta e cinco) GEX foi de 19%; - a média percentual dos segurados efetivamente reabilitados na 35 (trinta e cinco) GEX no ano de 2009 foi de 24%; - observa-se que 20,5% dos PMP da RP não têm atuação resolutiva na fase de primeira avaliação dos encaminhados à RP.

7.5 QUADRO 06 RESULTADOS DA ENTREVISTA COM OS PMP DAS APS

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Foram entrevistados 704 (setecentos e quatro) PMP e não o número anteriormente previsto de 280 (duzentos e oitenta). 7.5.1. Observa-se nas questões 01, 02, 03, 07 e 10 que 82,8% dos PMP declararam conhecer as Diretrizes em Transtornos Mentais, 79,8% relatam não terem participado de treinamento acerca de sua utilização, 66% as usam em suas decisões médico periciais, 57,6% usam os prazos sugeridos pelas Diretrizes para a recuperação da capacidade laboral e 68% consideram que as Diretrizes auxiliam no reconhecimento de simulações. 7.5.2. Observa-se ainda que 69,6%, 40,2% e 62% dos PMP têm dificuldade de reconhecer, respectivamente, esquizofrenia, depressão e transtornos bipolares, as patologias mais frequentes de CID F do cotidiano médico pericial. 7.5.3. Nota-se que 55,8% dos PMP entrevistados têm dificuldade em sugerir aposentadoria por invalidez e 59% de cessar os BILD de CID F mesmo com auxílio das Diretrizes. 7.5.4. Observa-se que 53% dos PMP costumam discordar do diagnóstico informado pelos médicos assistentes e destes, 71,3% reformam o diagnóstico no laudo.

7.5.5. QUESTÃO 13 - SIM - RESPOSTA DOS PMP COMO CAUSA DE AVALIAÇÃO PERICIAL SUFICIENTE EM CID F – ANEXO 1

BOM ATO MÉDICO PERICIAL

USO DAS DIRETRIZES CONHECIMENTO DA MATÉRIA

DISCUSSÃO COM COLEGAS

12,7% 10,6% 9,6% 8,6%

- 704 (setecentos e quatro) PMP responderam à questão 13 dos quais 197 (cento e noventa e sete), 25% consideraram o segurado bem avaliado.

7.5.6. QUESTÃO 13 - NÃO - RESPOSTA DOS PMP COMO CAUSA DE AVALIAÇÃO PERICIAL INSUFICIENTE EM CID F – ANEXO 1

FALTA CAPACITAÇÃO

SIMULAÇÃO POUCO TEMPO NA PERÍCIA

ATESTADOS GRACIOSOS

55,6% 34,7% 28,8% 28,2%

- 704 (setecentos e quatro) PMP responderam à questão 13 dos quais 507 (quinhentos e sete), 75% consideraram o segurado mau avaliado.

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7.5.7. QUESTÃO 14 - SIM - MEIOS UTILIZADOS PELOS PMP PARA DEFINIÇÃO DOS BILD COM CID F

JUNTA MÉDICA SIMA LITERATURA PRONTUÁRIO

43,1% 27,4% 25,1% 23,1%

- 489 (quatrocentos e oitenta e nove) PMP, 69,4%, responderam positivamente à questão 14 e citaram os meios utilizados.

7.5.8. QUESTÃO 15 - SUGESTÕES DE MEDIDAS PARA FACILITAR AS DECISÕES PERICIAIS

CAPACITAÇÃO JUNTA MÉDICA FORMAL OU INFORMAL

AVALIAÇÃO SOCIAL OU PESQUISA

EXTERNA

REUNIÃO TÉCNICA MENSAL

E DE APS

INIBIR FRAUDES E ATESTADOS GRACIOSOS

62,2% 40,5% 23,9% 12,9% 7,9%

- Responderam à questão 15, 643 (seiscentos e quarenta e três) PMP, correspondendo a 91,3% do total de entrevistados.

7.6. QUADRO 07 ENTREVISTA COM O DIRETOR DO RH

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7.6.1. O Diretor de RH relata que, em parceria com a DIRSAT está elaborando o Projeto de Treinamento Comportamental para os PMP, aguardando ocasião oportuna para ser realizado. 7.6.2. Os Chefes de SST já realizaram capacitação em Gestão Pública à distância e tiveram um Workshop de consolidação do aprendizado. 7.6.3. As duas primeiras recomendações foram parcialmente atendidas visto que houve treinamento de PMP ainda que sem ênfase em CID M, F e I, e treinamento em fixação de DID/DII e isenção de carência.

7.7. QUADRO 08 ENTREVISTA COM A DIRETORA DA DIRSAT

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7.7.1. Muitas das respostas de implementação das recomendações de auditoria foram consideradas atendidas em virtude da recente publicação da RESOLUÇÃO Nº 112 /INSS/PRES, DE 18 DE OUTUBRO DE 2010, que aprova o Manual de Gestão do Serviço/Seção de Saúde do Trabalhador.

7.8. QUADRO 09 RESULTADOS DO ATENDIMENTO DAS GEX ÀS RECOMENDAÇÕES

7.8.1. Observa-se na resposta à questão 03 que, somados os percentuais de recomendação com atendimento parcial e as não atendidas obteremos 51,4% das GEX sem arquivos adequados para a guarda dos documentos consignatórios das datas de direito inicial ao benefício. 7.8.2. A questão 05 demonstra que 48,5% das GEX realizam de forma sistemática as reuniões mensais com os gestores de APS e SST. 7.8.3. Está evidenciado na questão 06 que 42,9% das GEX não dispõem de consultórios para todos os PMP.

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8. CONCLUSÕES

As constatações obtidas no QACI e evidências encontradas nas respostas às entrevistas realizadas em trabalho de campo bem assim as constatações advindas de inspeção e comprovações documentais permitem concluir:

8.1. Causas evidenciadas da longa manutenção dos benefícios 8.1.1. Na questão 04 do QACI de que existem 15,5% de laudos médicos nos quais não foi caracterizada a incapacidade laborativa em benefícios que foram mantidos aponta uma das causa da longa duração, além de uma disfunção técnica na conclusão pericial que manteve em benefício um segurado que já recuperou sua capacidade laboral. 8.1.2. Da mesma forma a questão 14 do QACI informa que no último laudo dos BILD analisados houve caracterização da definição (capacidade ou incapacidade definitiva) em 42,6% dos laudos sem que houvesse a conclusão adequada, o que indica mais uma causa da longa duração e disfunção técnica. 8.1.3. As questões 13 e 17 do QACI que tratam das revisões de BILD normais e judiciais constatam que em 81,2% e 90,4% respectivamente, as mesmas não existiram evidenciando outra causa da longa manutenção que é reforçado pelas questões 01, 08 e 14 da entrevista com Chefias de SST que não realizam controle “in

loco” de BILD em 54,3%, não tem controle dos quantitativos de BILD com mais de três anos em 51,4% e não mantém atualizadas as revisões dos benefícios judiciais em 22,9%. 8.1.4. A falta de controle dos BILD, relatada em 51,4% dos SST, além de que uma das funções do PMP do MOB é o controle qualitativo da atividade médico pericial e que no ano de 2009 foram feitas, em média, 2,4 avaliações de qualidade de laudos dos PMP somente em 22 (vinte e duas) GEX (63% da GEX contempladas) deixa transparecer a ineficiência destes controles internos, permitindo que se mantenham as causas acima referidas. 8.1.5. Especificamente nos BILD de CID F a subutilização das Diretrizes foi apontada na análise de laudos elaborados após 19/11/2008, nos quais se encontrou 43,6% cujos prazos estavam em conformidade com os sugeridos pelas Diretrizes Médicas em Transtornos Mentais. 8.1.6. Os PMP entrevistados, às questões 08 e 09, em 55,8% têm dificuldade em sugerir aposentadoria por invalidez e 59% de cessar os BILD de CID F mesmo com auxílio das Diretrizes o que indica que a falta de capacitação dos PMP na matéria é uma causa da manutenção prolongada. A informação da questão 02 que 66% dos PMP usam as Diretrizes, e mesmo assim tem dificuldade, leva á conclusão de ser necessária capacitação acerca do seu conteúdo e direcionam para a necessidade de revisão das mesmas.

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8.1.7. O tempo médio entre encaminhamento do caso e avaliação sócio-profissional na RP de 138 (cento e trinta e oito) dias e o tempo médio para finalização da RP de 376 (trezentos e setenta e seis) dias constituem fatores contribuintes da longa manutenção dos benefícios. QUADRO 10

CAUSAS DA LONGA DURAÇÃO DOS BI

1-15,5% DOS LAUDOS MÉDICOS SEM CARACTERIZAÇÃO DE

INCAPACIDADE LABORATIVA

2- 42,6% DOS ÚLTIMOS LAUDOS AVALIADOS APRESENTAVAM DADOS SUFICIENTES PARA

DEFINIÇÃO DO BENEFICIO, SEM ACONCLUSÃO ADEQUADA

3- EM 81,2% DOS BILD E EM 90,4% DOS BILD JUDICIAIS NÃO HOUVE

REVISÃO

4- 51,4% DOS SST NÃO FAZEM CONTROLE DOS BILD E O MOB EM MÉDIA EFETUOU 2,4 AVALIAÇÕES DE QUALIDADE TÉCNICA EM 2009

5- 43,6% DOS LAUDOS EFETUADOS APÓS A VIGÊNCIA DAS DIRETRIZES

NÃO MOSTRARAM PRAZOS COMPATÍVEIS COM AS MESMAS

6- 55,8% E 59% DOS PMP TEM DIFICULDADE PARA

RESPECTIVAMENTE APOSENTAR OU CESSAR BILD COM CID F

MESMO COM USO DAS DIRETRIZES

7- O TEMPO MÉDIO PARA TODAS AS FASES DA RP É DE 556 DIAS

QUESTÃO 04 QACI

QUESTÃO 14 QACI

QUESTÕES 13 E 17 QACI

ENTREVISTAS SST E MOB

QUESTÃO 15 QACI

ENTREVISTA COM PMP

ENTREVISTA RTRP

8.2. Causas evidenciadas da fragilidade dos pontos de controles da gestão do SST e do MOB.

8.2.1. A falta de fundamentação de DID de 66,8% e na DII de 62,3% nos primeiros laudos, e o que é mais grave, a inexistência de retificação no segundo exame em 95,1% e 98,8% respectivamente reforçam a necessidade da melhoria dos controles internos do SST e MOB, bem assim a isenção de carência não retificada no segundo exame. 8.2.2. Constata-se a fragilidade da gestão na questão 18 do QACI evidenciada por 44,9% de homologações sem fundamentação em 165 (cento e sessenta e cinco) benefícios encaminhados para aposentadoria por invalidez. 8.2.3. Ressalta-se que os laudos iniciais referem-se a perícias executadas

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antes de fevereiro de 2007 e que os resultados de análise de exames iniciais do Programa de Auditoria nº 16/2009 resultaram em falta de fundamentação de DID em 31,17% e de DII em 23,6%, muito melhores, mas ainda muito aquém do que se espera da qualidade dos registros médico-periciais. 8.2.4. Foi constatado que 60% dos SST avaliados não providenciaram capacitação acerca das Diretrizes e que 40% reconhecem que os conhecimentos das Diretrizes não têm sido aplicados pelos PMP. Tal informação nos leva a concluir que não houve conscientização para a importância do uso desta ferramenta como instrumento de uniformização de condutas. Conclusão condizente com a opinião emitida pelos PMP quando na questão 13, apenas 10,6% dos que acreditam que a perícia médica em patologias psiquiátricas é bem feita imputam este fato à utilização das Diretrizes. As respostas às questões 01, 02, 03, 07 e 10 da entrevista com os PMP da APS reforçam esta conclusão. 8.2.5. As questões 13 e 17 do QACI que tratam das revisões de BILD normais e judiciais constatam que em 81,2% e 90,4% respectivamente, as mesmas não existiram o que é reforçado pelas questões 01, 08 e 14 da entrevista com Chefias de SST que não realizam controle “in loco” de BILD em 54,3%, não tem controle dos quantitativos de BILD com mais de três anos em 51,4% e não mantém atualizadas as revisões dos benefícios judiciais em 22,9%. 8.2.6. Os sistemas corporativos de gestão não são utilizados pelos SST em 42,9% em relação ao SABI GESTÃO e SUIBE e 20% em relação ao PLENUS como evidenciado nas questões de 04 a 06 da entrevista com os Chefes de SST. 8.2.7. As questões 04 onde 12,9% dos gerentes de APS reconhecem que não interagem com os Chefes de SST e 05 onde 61,4% dos gestores de APS não disponibilizam tempo na agenda médica para a realização de reuniões técnicas para discussão de casos e uniformização de condutas além de mostrar a fragilidade da gestão do SST evidenciam ainda a baixa interação entre os setores da gestão. 8.2.8. Observa-se que na questão 06 houve, em média para o ano de 2009, apenas 2,4 avaliações da qualidade técnica do trabalho médico pericial. 8.2.9. Verificou-se nas questões 03 e 04 da entrevista com o PMP do MOB que das 681 (seiscentas e oitenta e uma) denúncias/reclamações contra a perícia médica que se referiam a comportamento/atendimento, apenas 3,9% foram encaminhadas às Comissões de Ética Médica indicando uma subutilização das mesmas.

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QUADRO 15

CAUSAS DE FRAGILIDADE DOS PONTOS DE CONTROLE DA SST E

MOB

1-FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DE DID EM 66,8% E DII EM 62,3% DOS LAUDOS INICIAIS SEM CORREÇÃO

2- 44,9% DAS INDICAÇÕES DE APOSENTADORIAS SEM FUNDAMENTAÇÃO DAS HOMOLOGAÇÕES

3- 60% DOS SST NÃO CAPACITARAM EQUIPE NO USO DAS DIRETRIZES E 40% RECONHECE A FALTA DE

USO DAS MESMAS PELOS PMP

4- FALTAM REVISÕES DOS BILD COM CID F EM 81,2% DOS BI E EM 90,4% DOS BI REATIVADOS

JUDICIALMENTE

5- 42,9% DOS SST NÃO USA SISTEMAS DE GESTÃO SABI E SUIBE E 20% NÃO USA PLENUS

6- 12,9% DOS GERENTES DE APS NÃO INTERAGEM COM SST E 61,4% NÃO DISPONIBILIZAM TEMPO

PARA REUNIÕES DOS PMP NA APS.

7-PMP DO MOB REALIZARAM MÉDIA DE 2,4 AVALIÇÕES DE QUALIDADE TRABALHO TÉCNICO PERICIAL EM 2009 E SUBUTILIZARAM COMISSÕES

DE ÉTICA MÉDICA.

QUESTÕES 7 A 10 QACI

QUESTÃO 18 QACI

ENTREVISTA SST

QUESTÕES 13 E 17 QACI

ENTREVISTA SST

ENTREVISTA COM GERENTE APS

ENTREVISTA PMP DO MOB

8.3. Causas evidenciadas da fragilidade dos pontos de controles da RP 8.3.1. Nas questões 01 a 03, se somados os tempos médios das etapas da RP obtém-se 553 (quinhentos e cinquenta e três) dias de permanência na RP o que contribui para o elevado número de benefícios de longa manutenção. 8.3.2. A média percentual de encaminhamentos inadequados nas 35 (trinta e cinco) GEX foi de 19% ainda demonstrando fragilidade, porém evidenciando acentuada melhora em relação ao resultado de 40,9% encontrado no Programa de Auditoria nº. 05/2007. A média percentual dos segurados efetivamente reabilitados nas 35 (trinta e cinco) GEX no ano de 2009 foi de 24%, enquanto o resultado encontrado no Programa de Auditoria nº. 05/2007 foi de 10,2% corroborando a melhoria vista acima. 8.3.3. Observa-se que 20,5% dos PMP da RP não têm atuação resolutiva na fase de primeira avaliação dos encaminhados à RP gerando retrabalho para a Perícia Médica e contribuindo para saturação de agenda médica na APS.

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QUADRO 16

CAUSAS DE FRAGILIDADE DOS

PONTOS DE CONTROLE DA RP

1-SOMA DOS TEMPOS MÉDIOS DAS ETAPAS DA RP IGUAL A 556 DIAS

2- 19% EM MÉDIA DE ENCAMINHAMENTOS INADEQUADOS

3- 20,5% DOS PMP DA RP NÃO TÊM AVALIAÇÃO RESOLUTIVA NA PRIMEIRA

AVALIAÇÃO

4- 24% TAXA DE SEGURADOS REABILITADOS POR MES

ENTREVISTA RTRP

ENTREVISTA RTRP

ENTREVISTA RTRP

ENTREVISTA RTRP

8.4. Evidências da subutilização das Diretrizes de Apoio à Decisão Médico Pericial em Transtornos Mentais 8.4.1. Nas questões 01, 02, 03, 07 e 10 que 82,8% dos PMP declararam conhecer as Diretrizes em Transtornos Mentais, 79,8% relatam não terem participado de treinamento acerca de sua utilização, 66% as usam em suas decisões médico periciais, 57,6% usam os prazos sugeridos pelas Diretrizes para a recuperação da capacidade laboral e 68% consideram que as Diretrizes auxiliam no reconhecimento de simulações. 8.4.2. Nas questões de 04 a 06 da entrevista com os PMP nota-se que, mesmo com auxílio das Diretrizes 69,6%, 40,2% e 62% dos PMP tem dificuldade de reconhecer, respectivamente, esquizofrenia, depressão e transtornos bipolares, as patologias mais frequentes de CID F no cotidiano médico pericial. 8.4.3. Nas questões 08 e 09 da entrevista com os PMP temos 55,8% dos PMP entrevistados com dificuldade em sugerir aposentadoria por invalidez e 59% de cessar os BILD de CID F, mesmo com auxílio das Diretrizes. 8.4.4. Na questão 10 da entrevista com os PMP somente 68% dos PMP informa o uso das Diretrizes no reconhecimento de simulações. 8.4.5. Na questão 11 da entrevista com as Chefias de SST 40% relatam que as Diretrizes não têm sido aplicadas pelos PMP em sua prática pericial. QUADRO 17 SUBUTILIZAÇÃO DAS DIRETRIZES EM TRANSTORNOS MENTAIS

1- 82,8 DOS PMP CONHECEM AS DIRETRIZES, 66% USAM EFETIVAMENTE, 57,6 CONCORDAM COM OS PRAZOS

ESTIPULADOS E 68% USAM PARA RECONHECER SIMULAÇÃO

2- MESMO COM AUXÍLIO DAS DIRETRIZES 55,8% DOS PMP TEM DIFICULDADE PARA SUGERIR APOSENTADORIA DE

BILD COM CID F E 59% DE CESSAR O BILD

3- 40% DOS SST RELATAM A NÃO APLICAÇÃO DAS DIRETRIZES NA PRÁTICA PERICIAL

ENTREVISTA PMP

ENTREVISTA PMP

ENTREVISTA SST

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8.5. Atendimento às recomendações gerenciais de auditoria 8.5.1. A questão 05 da entrevista com os Gerentes Executivos demonstra que 48,5% das GEX realizam de forma sistemática reuniões mensais com os gestores de APS e SST fato corroborado pelo gerente de APS e que reforça a fragilidade da interação entre os responsáveis pela gestão. 8.5.2. Está evidenciado na questão 06 da entrevista com os Gerentes Executivos que 42,9% das GEX não dispõem de consultórios para todos os PMP, em 2009 eram 50,2% informação do Programa de Auditoria nº 16/2009. 8.5.3. As recomendações de Auditoria foram atendidas por metade das gerências de forma plena, excetuando-se o estímulo à melhoria da qualidade dos registros médicos (reuniões técnicas) atendida por 74,2%. As reuniões técnicas em 2009 estavam em: de GEX mensal 67% e de APS semanal 7,8% segundo informação obtida do Programa de Auditoria nº 16/2009. 8.6. Conclusões baseadas nas questões abertas da entrevista com os PMP 8.6.1. Responderam aos itens abertos vinculados as questões 13 e 14 os 704 (setecentos e quatro)/100% PMP entrevistados durante os trabalhos de campo ou no decorrer das apresentações dos resultados do Programa 16/2009. Desses, 25% consideram o segurado portador de transtorno mental bem avaliado pela perícia médica. Os quatro balizadores mais citados pelos peritos foram bom ato médico pericial (boa técnica, experiência) em 12,7% o uso das diretrizes em 10,6% o adequado conhecimento da matéria em 9,6% e o auxílio de outro colega em 8,6%. 75% dos PMP consideraram o segurado portador de transtorno psiquiátrico mau avaliados e imputaram 04 (quatro) causas mais significativas a deficiência de conhecimento ou capacitação em 55,6%, simulação em 34,7%, pouco tempo pericial para avaliação em 28,8% e atestados graciosos em 28,2%. Considerando-se a total subjetividade do exame mental fica evidenciado a necessidade de capacitação no que tange a matéria especifica e no reconhecimento das simulações, bem como de educação previdenciária e mecanismos de controle dos atestados dos médicos assistentes. 8.6.2. 69,4% dos PMP responderam na questão 14, que buscam outros meios além do exame clínico para definirem os BILD com CID F. Os 04 (quatro) meios mais significativos citados foram juntas médicas formais/informais em 43,1%, SIMA (solicitação de informação de médico assistente) em 27,4%, literatura em 25,1% e prontuário médico em 23,1%. Chama a atenção a necessidade de apoio em outro colega o que reforça a necessidade de capacitação e reforça a importância das reuniões em APS para discussão de casos e uniformização. 8.6.3. Dos 704 (setecentos e quatro) PMP que responderam ao questionário 91,3% sugeriu medidas para facilitar as decisões médico-periciais sendo as mais

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frequentemente citadas foram; a capacitação em 62,2%, as juntas médicas formais ou informais em 40,5%, a avaliação social ou pesquisa externa em 23,9%, a reunião técnica mensal e de APS em 12,9% e a inibição de fraudes e atestados graciosos em 7,9%. Novamente fica evidenciada a necessidade da capacitação e da realização das reuniões técnicas já normatizadas para a perícia médica. Quando correlacionando a citação de atestados graciosos como causa de avaliação pericial insuficiente com a sugestão de inibição de atestados graciosos e a informação na questão 11 da entrevista aos PMP de que 53% discordam do CID informado no atestado médico fica evidenciada a necessidade de instituição de mecanismos de controle dos atestados dos médicos assistentes. 9. RECOMENDAÇÕES 9.1. Recomendações à DIRSAT 9.1.1. Disseminar e conscientizar as Chefias de SST para que quando da realização do Qualitec de laudos médico-periciais for detectada a inobservância ao contido no Parecer nº 08/2008 do CFM tomar providências de acordo com a Nota Técnica PFE/INSS Nº. 03 de 2007. Questões 02 e 04 do QACI. 9.1.2. Implementar mecanismos de controle e acompanhamento dos benefícios restabelecidos por determinação judicial. Questão 17 do QACI 9.1.3. Inserir no laudo do Sistema Específico, campos de preenchimento obrigatório de justificativa para a fixação de DID e DII. Questões 07 a 10 do QACI. 9.1.4. Implementar no sistema Específico marca identificadora dos BILD com mais de 3 (três) anos em manutenção para agendamento em Junta Médica resolutiva, prioritariamente nos de CID F. Questões 13 e 17 do QACI. 9.1.5. Disseminar os normativos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos da União, por meio dos Controles Operacionais e Supervisores do SST no que tange à obrigatoriedade de correção de disfunções encontradas no laudo médico pericial. Questões 08, 10 e 12 do QACI. 9.1.6. Promover revisão dos BILD normais e judiciais com CID F. Questões 13 e 17 do QACI. 9.1.7. Capacitar a perícia médica e estimular os PMP no uso das Diretrizes de Apoio à Decisão Médico Pericial em Transtornos Mentais. Questão 15 do QACI. 9.1.8. Promover treinamento à equipe dos Supervisores na APS, conforme preceitua o Manual de Gestão dos SST, para a correta homologação fundamentada e atividades didáticas. Questão 18 do QACI. 9.2. Recomendações à DIRSAT/DRH Desenvolver juntamente com a DRH plano de educação continuada em fixação e fundamentação de DID, DII e Isenção de Carência. Questões 07 a 12 do QACI.

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10. SUGESTÕES DE MELHORES PRÁTICAS 10.1. DIRBEN/DIRSAT 10.1.1. Dotar as GEX de PMP portariados para o MOB para desenvolvimento de suas atribuições específicas. Item 04, quadro 12. 10.1.2. Normatizar reuniões mensais entre Gerentes de APS e Chefes de SST com objetivo de elaborar diretrizes de revisões de benefícios, gerir agenda médica e difundir e uniformizar condutas na GEX. Item 06, quadro 13. 10.2. DIRSAT 10.2.1. Dotar a RP de meios/condições/recursos humanos necessários para adequar o tempo de permanência do segurado às metas do INSS. Quadro 14; 10.2.2. Inserir no Sistema Específico campo apropriado para anotação do CRM do profissional emissor de atestados médicos capaz de gerar relatório gerencial que auxilie no combate à fraude. Quadros 08 e 10; 10.2.3. Utilizar a qualificação do Serviço Social para avaliação social de segurados com benefícios de longa manutenção, preferencialmente com CID F, com indícios de simulação. Quadro 10; 10.2.4. Viabilizar e garantir as reuniões mensais de GEX para aprimorar a qualidade técnica do trabalho médico pericial, atualizar normas e procedimentos e estudo da Ética. Questões 01, 03 e 04 do Quadro 04, itens 01, 02, 05 e 06 do Quadro 12, itens 01 e 03 do Quadro 13, itens 01, 02 e 03 do Quadro 15; 10.2.5. Viabilizar e garantir reuniões semanais de APS de acordo com MC INSS/DIRSAT nº 08 de 19/11/2009, para aprimorar a qualidade técnica do trabalho médico pericial, discussão de casos e uniformização de condutas. Item 06 do Quadro 12, item 06 do Quadro 13 e item 02 do Quadro 15. 10.3. DIRAT 10.3.1. Disponibilizar informação prévia via sistema de gerenciamento de agenda das perícias em trânsito. Item 07 do quadro 02; 10.3.2. Disponibilizar ferramenta que permita ao gestor identificar atividades fora do horário de expediente e dias não úteis. Item 08 do quadro 02

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11. EQUIPE DE AUDITORIA

COLABORADORES MATRÍCULA ORIGEM TELEFONE

Abnoel Leal de Souza 1.286.766 AUDSAL (71) 3322-7077

Ana Paula Polycarpo Torres dos Santos 1.215.550 AUDRJ (21) 2532-0105

Anellys Emília Lourenço da Costa Moreira 1.502.603 AUDSP (11) 3544-3376

Cláudio Cezar Vallandro 6.927.496 AUDFLO (51) 3214-3200

Faustino de Jesus Almeida Torres 1.288.366 AUDFLO (51) 3214-3200

Hely Gonçalves dos Santos Nascimento 921.816 AUDRJ (21) 2532-0105

Jarbas Simas 938.288 AUDSP (11) 3544-3376

Jamile Coelho Soares Noleto 1.537.722 AUDGER (61) 3313-4581

Luiz Carlos Santos Regueira 1.287.955 AUDREC (81) 3412-5521

Maria da Penha Pereira Melo 1.288.498 AUDBH (31) 3249-4704

Maria do Carmo Barbosa da Mota 1.037.137 AUDREC (98) 3214-5200

Maria Fátima Santos Zuba 1.288.498 AUDBH (31) 3249-4704

Mário Mosca Filho 939.608 AUDSP (11) 3544-3376

Renato Marano Rocha 1.542.152 AUDBSB (61) 3319-2552

Rita de Cássia Caires de Moura Machado 942.509 AUDSP (11) 3544-3376

Sergio Roberto de Moura Machado 941.337 AUDSP (11) 3544-3376

Simone Alice de Oliveira Santana 1.287.963 AUDREC (81) 3412-5521

Sonia Ribeiro Riguetti 1.500.576 AUDRJ (21) 2532-0105

Waldoneli Antonio de Oliveira 239.765 AUDRJ (21) 2532-0105

Yara Fragoso Machado 6.904.849 AUDREC (81) 3412-5521

Brasília, 28 de outubro de 2010.

Rita de Cassia Caires de Moura Machado AUDREG São Paulo – Mat. 0942509

Sergio Roberto de Moura Machado AUDREG São Paulo – Mat. 0941337

Yara Fragoso Machado AUDREG Recife – Mat. 6904849

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11. ANEXOS ANEXO 1 – QUESTÃO 13 - SIM - RESPOSTA DOS PMP COMO CAUSA DE AVALIAÇÃO PERICIAL SUFICIENTE EM CID F

N° PMP %

BOA PERÍCIA 25 12,69

CONHECIMENTO MATÉRIA 19 9,64

DISCUSSÃO CASOS 17 8,63

SIMA 15 7,61

ANAMNESE 11 5,58

TEMPO SUFICIENTE 9 4,57

RECONHECE ATESTADO FALSO OU GRACIOSO 8 4,06

EXPERIÊNCIA (ANOS) 6 3,05

AVALIAÇÃO MEDICAÇÃO 5 2,54

BOA FORMAÇÃO 5 2,54

RECONHECIMENTO SIMULAÇÃO 5 2,54

JUNTAS MÉDICAS 4 2,03

ANÁLISE DADOS OBJETIVOS 3 1,52

COMPROMETIMENTO PMP 3 1,52

EX.FÍSICO 2 1,02

CONDUTA UNIFORME 2 1,02

CAPACITAÇÕES EXTERNAS 2 1,02

PARÂMETROS BEM DEFINIDOS 2 1,02

CONTROLE CASOS COMPLICADOS 1 0,51

APOIO SST 1 0,51

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ANEXO 2 - QUESTÃO 13 - NÃO - RESPOSTA DOS PMP COMO CAUSA DE AVALIAÇÃO PERICIAL INSUFICIENTE EM CID F

Nº PMP %

FALTA CONHECIMENTO/CAPACITAÇÃO/TREINAMENTO 282 55,62

SIMULAÇÃO 176 34,71

FALTA TEMPO/QUANTIDADE AVALIAÇÃO 146 28,8

ATESTADOS MÉDICOS TENDENCIOSOS/GRACIOSOS/NÃO CONFIÁVEIS 143 28,21

FALTA PSIQUIATRA CONSULTOR 58 11,44

INSEGURANÇA NO LOCAL DE TRABALHO 22 4,34

FALTA UNIFORMIDADE/NORMATIZAÇÃO 22 4,34

SAÚDE MENTAL PÚBLICA INADEQUADA 12 2,37

FALTA AVALIAÇÃO SOCIAL/PESQUISA EXTERNA 6 1,18

FALTA REUNIÃO TÉCNICA 5 0,99

DESCONHECIMENTO DIRETRIZES 5 0,99

FALTA COMPROMETIMENTO PMP 5 0,99

FALTA GESTÃO DO CUMPRIMENTO DE NORMAS/PROCEDIMENTOS PERICIAIS 4 0,79

PRECONCEITO COM PERÍCIA/FALTA EDUCAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 3 0,59

FALTA GESTÃO NO CONTROLE DE QUALIDADE DO AX1 3 0,59

MEDO CONSEQÜÊNCIAS FUTURAS 2 0,39

INTERESSE SECUNDÁRIO/BENEFICIO COMO RENDA 2 0,39

ALTERAÇÃO CID PELO ASSISTENTE 2 0,39

PMP NÃO ALTERA CID 2 0,39

PRESSÃO DO INSS NA NÃO CONCESSÃO DE BI 1 0,2

PRAZOS INADEQUADOS DAS DIRETRIZES 1 0,2

FALTA EXAME FÍSICO/MENTAL 1 0,2

DESESTIMULO 1 0,2

PRECONCEITO DO PMP COM PERÍCIA PSIQUIÁTRICA 1 0,2

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ANEXO 3 - QUESTÃO 14 - SIM - MEIOS UTILIZADOS PELOS PMP PARA DEFINIÇÃO DOS BILD COM CID F

Nº PMP %

SIMA 134 27,4

LITERATURA 123 25,15

**JUNTAS MÉDICAS FORMAIS/INFORMAIS 116 23,72

PRONTUÁRIO MÉDICO 113 23,11

DISCUTIR COM PSIQUIATRA EXTERNO/INTERNO 95 19,43

*PESQUISA EXTERNA/PARECER SOCIAL 58 11,86

ANÁLISE DE ANTECEDENTES 42 8,59

***AVALIAÇÃO MEDICAÇÃO 36 7,36

****ABORDAGEM DO DETRAN 25 5,11

DIRETRIZES 23 4,7

INDÍCIOS DE LABOR NO EXAME FÍSICO/ANÁLISE SIMULAÇÃO 16 3,27

INTERNAÇÕES 16 3,27

INTERROGAR FAMILIARES/ACOMPANHANTES 14 2,86

TEMPO DE AFASTAMENTO 11 2,25

LAUDO DO ASSISTENTE 9 1,84

IDADE 7 1,43

RP 7 1,43

USO DO DSMIV 5 1,02

PROFISSÃO 5 1,02

USO DO CID 4 0,82

CHEFE DE FAMÍLIA OU DEPENDENTE OU CURATELA 4 0,82

ESCOLARIDADE 2 0,41

CURSO EXTERNO/EXPERIÊNCIA 2 0,41

CONHECIMENTO SOCIAL 1 0,2

SITE CRM 1 0,2

PARECER DO ATENDIMENTO 1 0,2

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ANEXO 4 - QUESTÃO 15 - SUGESTÕES DE MEDIDAS PARA FACILITAR AS DECISÕES PERICIAIS

Nº PMP %

CAPACITAÇÃO 400 62,21

PSIQUIATRA CONSULTOR 185 28,77

PESQUISA EXTERNA/AVALIAÇÃO SOCIAL 154 23,95

JIM EM PERÍCIA PSIQUIÁTRICA 60 9,33

MAIOR TEMPO DE PERICIA 58 9,02

GARANTIA DE REUNIÃO TÉCNICA MENSAL 43 6,69

REUNIÃO NA APS PARA DISCUTIR CASOS 40 6,22

SEGURANÇA 26 4,04

INIBIR ATESTADOS GRACIOSOS (INSS E CRM) 24 3,73

REVISÃO DAS DIRETRIZES 22 3,42

NORMATIZAÇÃO /UNIFORMIDADE DE CONDUTAS 22 3,42

EDUCAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 18 2,8

JM PSIQUIÁTRICA 16 2,49

FISCALIZAÇÃO DE CLINICAS PSIQUIÁTRICAS 13 2,02

REUNIÃO MENSAL COM CAPS 12 1,87

INIBIR FRAUDES 12 1,87

RP 7 1,09

LIMITAR TEMPO DE BI CID F 6 0,93

ACESSO DETRAN 5 0,78

NÃO ENTREGAR CRER (CORREIO) 5 0,78

POLICIA PREVIDENCIÁRIA 4 0,62

TREINAMENTO EM SIMULAÇÃO 4 0,62

ALERTA NO SISTEMA DE BI + 2 ANOS 3 0,47

CHECKLIST PERÍCIA PSIQUIÁTRICA 3 0,47

CENTRO DE REFERENCIA DE PSIQUIÁTRICA NO INSS 3 0,47

AVALIAÇÃO DO SIMA VALER UMA PERÍCIA 3 0,47

MAIOR COMPROMETIMENTO PMP 2 0,31

FÁCIL ACESSO REQUERIMENTO INDEFERIDO 2 0,31

RODÍZIO DE FUNÇÃO DO PMP 2 0,31

NADA NECESSÁRIO 2 0,31

DETECTOR MENTIRAS 2 0,31

AX 0 2 0,31

CURSO PSIQUIATRIA FORENSE 2 0,31

LIMITE NO SISTEMA DE PRAZO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS 1 0,16

CURSO DE MEDICINA DO TRABALHO 1 0,16

CURSO DE PERÍCIA PREVIDENCIÁRIA 1 0,16

CONTROLE QUALIDADE PMP 1 0,16

SIMA DETALHADO 1 0,16

PESQUISA DE VÍNCULOS 1 0,16

INDEFERIMENTO NO SISTEMA DE ALGUNS CID 1 0,16

TREINAMENTO DE PESQUISADOR EXTERNO 1 0,16

MUDAR CALCULO VALOR BI 1 0,16

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