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Artigo original

Participação do fisioterapeuta na equipe multiprofissional de auditoria em saúde

Physical therapist participation in a multiprofessional audit health team

Fabiane Costa Santos1, Ítalo Ricardo Santos Aleluia2, Itana Nascimento Santos3, Lucila Gomes Ferreira Moura4, Milene de Andrade Carvalho5

1 Especialista em Auditoria de Sistemas e Serviços de Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) – Salvador (BA), Brasil.

2 Pós-Graduando em Saúde Pública da Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.3 Graduada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) – Salvador (BA), Brasil.4 Pós-Graduando em Docência do Ensino Superior pela FTC – Salvador (BA), Brasil. 5 Pós-Graduando em Saúde Pública pela Universidade Estácio de Sá – Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Endereço para correspondência: Ítalo Ricardo Santos Aleluia – Alameda Piatã – Cond. Vale das Flores – Ed. Tulipa, 16, Apt.

1.203 – CEP: 40275-010 – Salvador (BA) – Brasil – E-mail: [email protected]

RESUMOA auditoria visa avaliar e controlar as organizações de saúde no intuito de garantir a qualidade dos serviços prestados à população, devendo ser realizada em todas as áreas da assistência. Este trabalho teve como objetivo sistematizar o conhecimento sobre os fatores que podem justificar a participação do fisioterapeuta na equipe multiprofissional de auditoria em saúde. Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos e documentos nacionais e internacionais, publicados entre 1995 e 2009. Observou-se que os gastos e atendimentos com fisioterapia ambulatorial têm crescido anualmente, que a atividade de auditoria é multiprofissional e envolve a participação de vários profissionais de saúde e que é necessária como um dos requisitos mais importantes do auditor, a competência técnica para executá-la. Sabendo que os gastos com fisioterapia aumentam substancialmente, é preciso destacar a importância de um controle maior e uma auditoria mais criteriosa, por meio da participação do fisioterapeuta.

ABSTRACTThe audit is a tool for assessment and monitoring used by health organizations in order to ensure the quality of services rendered to population, and it should be held in all areas of assistance. This study aimed to systematize knowledge about factors that could justify the participation of the physical therapist in the multiprofessional team of health audit. This is a bibliographic review of scientific articles and national and international documents, published between 1995 and 2009. It was observed that expenses and care with outpatient physical therapy have grown annually, that the audit activity is multidisciplinary and involves the participation of several health professionals, it is necessary as one of the most important requirements of the auditor, i.e., the technical expertise to run it. Knowing that physical therapy expenses substantially increase, we must emphasize the importance of greater control and a more thorough audit in order to the involvement of the physical therapist.

Palavras-chaveAuditoria

Sistemas de saúdeFisioterapia

Equipe interdisciplinar de saúde

KeywordsAudit

Health systemsPhysical therapy

Patient care team

Recebido em: 09/01/2011

Aprovado em: 21/02/2011

Conflito de interesse: nada a declarar

Fonte de financiamento: nenhuma

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INTRODUÇÃOA avaliação dos sistemas de saúde constitui o elemen-

to de maior importância na caracterização de um sistema desejável e economicamente acessível ao país. Nessa perspectiva, a auditoria tem funcionado como ferramenta essencial na estrutura regimental dos serviços privados e públicos de saúde. É utilizada com o objetivo de melhorar a qualidade da gestão e política dos serviços e sistemas de saúde, tornando-se necessária a partir da crescente preo-cupação das organizações de saúde com a otimização de seus serviços e recursos destinados ao financiamento destas ações1. Segundo Brito e Ferreira2, controlar, fiscali-zar, analisar resultados prontuários e informar corretamente sobre os gastos dos serviços prestados estão entre as ações de competência da auditoria.

A palavra auditoria tem sua origem no latim, audire, que significa ouvir. É um conjunto de técnicas que visa avaliar processos, resultados e aplicação de recursos financeiros, mediante ao confrontamento entre uma situação encontrada com determinados critérios técnicos, operacionais ou legais. Esse termo ainda pode ser caracterizado como um processo avaliativo de grande importância para o redirecionamento das ações, visto que, após análise do serviço e verificação das inconformidades, podem ser tomadas decisões corre-tivas, punitivas ou preventivas. Esta tem como principal função, a verificação formal ou fiscalização de contas, registros e atividades operacionais de desempenho de uma organização, em todas as áreas, sendo imprescindível no âmbito da saúde3-6. Pois com a incorporação tecnológica compulsória na saúde, surge o desafio de assegurar bom desempenho na qualidade das ações e utilização eficiente dos recursos, uma vez que a assimetria entre a informação do usuário (principal interessado) versus os recursos comple-xos contribui para a delegação de poder às organizações e aos seus interessados (administradores, acionistas etc.).

Na saúde, a auditoria surgiu em um trabalho realizado pelo médico George Gray Ward, em Nova York (EUA), em 1918. Seu objetivo era verificar a qualidade da assistência prestada ao cliente, baseada em registros do prontuário médico1,3-5. Em saúde, a auditoria consiste no exame sistemático e independente dos fatos, obtidos por meio da observação, medição, ensaio ou outras técnicas apro-priadas de uma atividade, elemento ou sistema. Verifica-se a adequação dos requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e, assim, é determinado se as ações de saúde e seus resultados estão de acordo com as disposições planejadas. Inclui aspectos de avaliação do

cumprimento de metas previstas em planos de saúde e de trabalho, além da apuração de resultados e comprovação da qualidade, que precisam ser levados em consideração para o cumprimento das atividades de controle financei-ro, contábil e patrimonial das instituições conveniadas e gestoras. A sua finalidade mais importante é melhorar a qualidade da prestação de cuidados em saúde1,3,6-10.

As principais auditorias aplicadas no âmbito da saúde se classificam em analítica e operacional, quanto ao tipo, podendo ser ainda uma atividade de controle interno ou externo, quanto à forma. A analítica se constitui em um conjunto de atividades que procuram analisar a formulação, implementação e os resultados de uma política visando reformulá-la ou reorientá-la. A operacional consiste na veri-ficação in loco das atividades, procedimentos e condições estruturais. Auditoria interna é uma atividade de avaliação independente dentro da organização, que se propõe a revi-sar tanto as operações como os serviços prestados a uma administração. A externa é realizada por profissionais libe-rais, sem vínculos com a organização a ser auditada2,4,11.

A implantação do processo de auditoria no Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu por meio da lei 8.080, de 19 de setembro de 1990, que estabeleceu a necessidade de criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA) como instrumento fiscalizador, atribuindo-lhe uma coordenação da avaliação técnica e financeira do SUS em todo o terri-tório. No entanto, a consolidação deste sistema ocorreu apenas em 27 de julho de 1993, pelo art. 6º da lei 8.689, e sua regulamentação se concretizou pelo Decreto n. 1.651, de 28 de setembro de 199512-15.

Em uma pesquisa realizada por Antonini16 nas empre-sas privadas que prestam serviços de auditoria para as organizações de saúde, evidenciou-se que a estrutura de pessoal alocado nos setores de auditoria das mesmas é representada por diversos profissionais como médicos, enfermeiros, administradores, assistentes sociais, contado-res, advogados, dentistas e psicólogos. Com isso, pode-se notar vários profissionais que exercem essa atividade, o que a caracteriza como multiprofissional.

Tal informação coincide na área da saúde pública, também com a atuação de médicos, enfermeiros, assis-tentes sociais e, mais recentemente, odontólogos e farma-cêuticos, na qual, no entanto, existem categorias como a fisioterapia, que ainda não atua nestas equipes, estando a fiscalização do exercício profissional e serviços prestados pelos fisioterapeutas, submetidos a auditorias realizadas por profissionais de outras categorias da área da saúde.

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Segundo o Ministério da Saúde (MS), a fisioterapia é um procedimento que se enquadra no nível de média complexidade (MC) de atenção à saúde17. De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a fisioterapia é uma ciência da saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, traumas e doenças adquiridas. De acordo com a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, o processo de Auditoria em Fisioterapia visa assegurar a continuidade dos cuidados e correspon-der aos requisitos legais, nos quais os processos clínicos devem ser pertinentes e corresponder à prática clínica6.

O presente trabalho serve de embasamento teórico, por meio da construção de argumentos que propõem refle-xões para incentivar discussões no âmbito da Auditoria em Fisioterapia e, desta forma, auxiliar a regulamentação da atividade para os fisioterapeutas. Trata-se de uma revisão bibliográfica que tem como objetivo sistematizar o conheci-mento sobre os fatores que podem justificar a participação do profissional fisioterapeuta na equipe multiprofissional de auditoria em saúde.

MATERIAL E MÉTODOSTrata-se de uma pesquisa exploratória e com aborda-

gem qualiquantitativa. A coleta de dados correspondeu ao período de abril a dezembro de 2009, estando o período de seleção dos artigos e documentos compreendido entre 1995 e 2009, com a inclusão de trabalhos nos idiomas português e espanhol. A revisão bibliográfica foi iniciada por meio do levantamento de artigos publicados nas bases de dados Lilacs e Scielo. Foram utilizados como outras fontes documentos eletrônicos e relatórios do Ministério da Saúde, da Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, da Socieda-de Nacional de Auditoria, monografias e dissertações de mestrado relacionadas ao tema e resoluções dos conse-lhos federais das profissões de saúde e contabilidade.

Como critério de seleção e análise dos artigos e docu-mentos, considerou-se relevante a abordagem sobre as avaliações de um serviço ou sistema de saúde; o aumento na demanda de assistência e gastos com fisioterapia; a equi-pe multiprofissional na auditoria; o perfil e as características do auditor necessárias para o exercício da auditoria, além das atribuições do fisioterapeuta que se relacionem com habilidades de gestão inerentes a atividades de auditoria.

As análises dos dados quantitativos, referentes a números de atendimentos e gastos ambulatoriais com

fisioterapia, corresponderam apenas aos dados ambula-toriais do SUS, pelo Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), devido a não-disponibilidade desses dados no Sistema de Informação Hospitalar (SIH).

As palavras-chave utilizadas foram: auditoria, sistemas de saúde, fisioterapia e equipe interdisciplinar de saúde. De acordo com os critérios estabelecidos, foram selecionadas 8 monografias e dissertações, 18 artigos e 20 documentos eletrônicos.

Dentre os fatores que podem justificar a participação do fisioterapeuta na equipe multiprofissional de auditoria em saúde, definiu-se: os gastos ambulatoriais e aumento da assistência fisioterapêutica, o caráter multiprofissional da auditoria em saúde e o conhecimento específico neces-sário em auditoria de saúde versus a formação profissional do fisioterapeuta.

Como limitação metodológica deste estudo, teve-se a escassez de trabalhos na área de auditoria em saúde e, sobretudo, a inexistência de literatura sobre auditoria em fisioterapia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Gastos ambulatoriais e aumento da assistência fisioterapêutica

A MC é definida pelo MS como as ações e os serviços que visam atender aos principais problemas de saúde e agravos da população, cuja prática clínica demanda disponibilidade de profissionais especializados e uso de recursos tecnológicos de apoio, diagnóstico e tratamento. A fisioterapia, por sua vez, encontra-se inserida no 10º grupo, referente aos serviços que compõem o SIA do SUS17.

A partir da coleta dos dados de assistência fisiote-rapêutica no SIA/SUS18, a Tabela 1 permite comparar o comportamento das taxas de produção ambulatorial no

Tabela 1. Evolução da assistência fisioterapêutica ambulatorial no SUS de 1955–2007.

AnoTotal da produção ambulatorial por localidade

Salvador Bahia Nordeste Brasil

1995 1.734,215 3.315,655 8.875,362 32.372,814

1998 2.112,732 3.891,846 8.931,376 29.642,820

2001 3.533,865 5.850,954 11.847,036 37.076,237

2004 3.384,488 5.598,942 14.026,994 42.971,995

2007 2.958,936 6.068,527 15.872,046 51.124,062

Total 13.724,24 24.725,92 59.552,81 193.187,93

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/ SUS).

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município de Salvador, no estado da Bahia, na região Nordeste e no Brasil.

No município de Salvador, a assistência fisioterapêutica apresentou crescimento gradativo com maior valor registra-do em 2001, redução discreta nos anos posteriores, porém, mantendo valores ainda acima dos registrados em 1995 e 1998. A produção ambulatorial neste município, nos anos expostos acima, parece ser responsável por uma parcela considerável dos atendimentos de fisioterapia evidencia-dos no estado da Bahia.

A Bahia se caracterizou com crescimento contínuo da assistência, maior pico em 2007 e significativa contribuição para o total de procedimentos evidenciados no Nordeste. A região Nordeste e o Brasil apresentaram aumentos importantes na assistência, com maior valor registrado também em 2007.

Na Tabela 2, pode-se analisar o comportamento dos recursos públicos destinados ao financiamento da assistên-cia com fisioterapia. Estão apresentados os valores brutos (em reais) pagos por sessão e compilados anualmente.

Em Salvador, houve aumento considerável e maior valor evidente em 2001. No estado da Bahia, região Nordeste e no Brasil, os dados permitem evidenciar o quanto a fisioterapia contribui de forma significativa e crescente para os gastos com saúde.

Diante de tais dados, é possível identificar que a fisioterapia demonstrou crescimento nos indicadores tanto de atendimento quanto de custos. Esses aumentos tornaram-se consideráveis, estando os aumentos dos custos estreitamente relacionados com a demanda da produção ambulatorial. Tais números servem para demons-trar a importância que esta especialidade tem assumido na assistência à saúde e como este serviço de MC consome altas parcelas dos recursos financeiros destinados à saúde pública, o qual, entretanto, ainda não conta com a partici-

pação do fisioterapeuta nas auditorias de saúde para que estas sejam mais criteriosas e específicas.

Esses achados corroboram com trabalhos que consi-deram o aumento dos custos com saúde, uma preocu-pação tanto dos financiadores privados como do grande financiador público, pois estes gastos têm crescido em ritmo acelerado, sendo que uma parcela importante dos recursos é descentralizada e destinada para os serviços de média e alta complexidade, nos quais o atendimento ambulatorial se destaca como o principal responsável por esses aumentos19-22.

Soma-se a isso, a necessidade crescente dos pacien-tes que precisam de atendimento fisioterapêutico no Brasil e o interesse na busca de soluções efetivas que, invaria-velmente, passam pelas alternativas de reorganização das relações entre oferta e demanda dos recursos financeiros do SUS destinados às atividades de fisioterapia21. Sobre-tudo, no SIA/SUS, encontram-se várias patologias e condi-ções que se encaixam nas diversas áreas de domínio da fisioterapia, isto talvez venha contribuir para o aumento da demanda de atendimentos e custos que este serviço vem assumindo22. Gil et al. por Correa23 atentam para o desafio que tal especialidade representa na avaliação dos servi-ços de saúde ocupando lugar de destaque, pois, com o processo de globalização em curso, cresce a necessidade de cuidados e atenção à saúde por esta profissão.

Portanto, torna-se relevante um controle rigoroso e mais específico dos recursos públicos destinados aos serviços de fisioterapia, desde que este seja exercido por um profissional desta categoria, a fim de verificar, de forma mais criteriosa, os fatores que agem nessa demanda bem como as estratégias de gestão que possam viabilizar maior qualidade na prestação deste serviço à população.

Caráter multiprofissional da auditoria em saúdeConsiderando que a auditoria em saúde constitui

uma importante ferramenta para controle e avaliação nas organizações de saúde, que visa a melhoria na qualidade e resolubilidade dos serviços prestados e que requer o conhecimento técnico de diversas profissões, isso tem tornado tal atividade um campo de saber e prática multi-profissional com considerável grau de complexidade20-22.

A legitimidade desta informação é ratificada por meio das resoluções dos respectivos Conselhos Federais de algumas profissões que atualmente desempenham ativi-dades de auditoria em saúde, e que enfatizam em seus incisos a importância da integração multiprofissional nesta

Tabela 2. Evolução dos custos com assistência Fisioterapêutica ambulatorial no SUS de 1955–2007.

AnoTotal de custo por localidade

Salvador Bahia Nordeste Brasil

1995 3.232.491,00 6.269.031,00 16.364.680,3 59.811.325,49

1998 4.496.871,00 8.290.327,29 18.892.866,41 63.114.666,89

2001 8.197.884,00 13.693.870,18 27.523.898,38 86.505.087,46

2004 7.840.454,00 13.020.696,44 32.536.958,44 100.166.095,56

2007 7.666.581,00 15.690.261,05 41.143.085,07 134.656.394,41

Total 31.434,281 50.757.845,27 121.733.276,33 444.253.569,81

Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/ SUS).

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atividade. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), resolução nº 781/95, atenta para o relacionamento do auditor interno, afirmando que este pode realizar trabalhos de forma compartilhada com profissionais de outras áreas, situação em que a equipe fará a divisão de tarefas, segun-do a habilitação técnica e legal de seus participantes24.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), resolução nº 1.614, de 8 de fevereiro de 2001, afirma que o médi-co, na função de auditor, quando integrante da equipe multiprofissional de auditoria, deve respeitar a liberdade e independência dos outros profissionais25.

Concomitantemente, o Conselho Federal de Enfer-magem, resolução nº 266/2001, que regulamenta as atri-buições do enfermeiro auditor, ao designar sob o prisma ético, afirma que o mesmo deverá participar da interação interdisciplinar e multiprofissional, contribuindo para o bom entendimento e desenvolvimento da auditoria de enfermagem e auditoria em geral, contudo, sem delegar ou repassar o que é privativo do enfermeiro auditor. Este Conselho afirma ainda que, quando integrante da equipe multiprofissional, deve preservar sua autonomia, liberdade de trabalho, o sigilo profissional, bem como respeitar a auto-nomia e liberdade de trabalho dos membros da equipe26.

Por fim, o Conselho Federal de Farmácia, resolução nº 508/2009, que dispõe sobre o exercício do farmacêutico em atividades de auditoria, designa que compete a este profissional, na função de auditor líder, várias atribuições, destacando-se a de definir procedimentos, metodologias e técnicas a serem utilizadas na atuação da auditoria e a sua interação com os demais profissionais da equipe, no processo de organização e realização de auditorias27.

Corroborando com o que foi exposto, trabalhos demonstraram diversas categorias profissionais que desempenham a atividade de auditoria de saúde. Dentre os profissionais citados, encontram-se médicos, enfermeiros, odontólogos, contadores, administradores, assistentes sociais, advogados, psicólogos, dentre outros3,4,7,16.

Assim, pode-se notar que a complexidade da auditoria de saúde exige a articulação dos saberes diversos por meio da participação de diferentes profissionais.

A relevância da integração multiprofissional nas audi-torias de saúde é ilustrada pelos próprios auditores como sendo um ponto determinante para o bom desempenho da atividade. Pinto7 retrata tal situação por meio de depoi-mentos de auditores da esfera estadual. Os depoimentos ratificam a predominância de profissionais médicos e de enfermagem exercendo as ações de auditoria. Porém,

ressaltam a significância de todos os profissionais que executam o cuidado ao usuário, para que a respectiva auditoria corresponda à análise e emissão do parecer de cada um sobre sua especialidade. Os auditores consideram que, para auditar, é necessário ser perito no assunto que é objeto de análise, visto que sempre haverá necessidade de utilizar os conhecimentos provenientes da formação específica.

No trabalho de Melo4, auditores consideram funda-mental uma equipe com diversas categorias da saúde, já que isto é um respaldo para que não haja exposições à tempestiva da lei, além de corresponder ao objetivo de melhorar o SUS.

Considerando o caráter multiprofissional da auditoria em saúde, a interdisciplinaridade possibilita a prática de um profissional se reconstruir na prática do outro 21. Oliveira28 considera que todo o trabalho de auditoria, desde seu plane-jamento até a emissão do relatório e o consequente acom-panhamento dos resultados, deve ser multidisciplinar.

Nas auditorias de saúde, Oliveira28 e Caleman, Moreira e Sanchez5 reconhecem que, na operacional, a fase de planejamento ganha relevância em virtude da necessidade de determinar seus objetivos e a formação da equipe de auditoria com especialistas em diversas áreas. Enquanto as analíticas são, no processo geral de auditoria, o conjunto de atividades desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar, visando apro-fundar as análises no sistema de atenção à saúde.

A multiprofissionalidade em auditoria é defendida também por Antonini16, o mesmo salienta a importância de indivíduos com diversas formações e especialidades compondo a equipe de auditoria em saúde, indepen-dentemente do auditor líder, não sendo, portanto, uma exclusividade médica. Soares29 e Almeida et al.21 defen-dem a inclusão do profissional fisioterapeuta na equipe multiprofissional de auditoria, enfatizando a qualidade das informações e consistência ao processo.

O MS30 define o prontuário médico-hospitalar como um documento referente à assistência médica prestada ao paciente que representa uma importante ferramenta para auditoria. Ressalta que sua análise deve ser de competên-cia exclusiva dos médicos e da equipe de saúde, envolven-do a participação de vários profissionais de saúde.

Em contraste, Pinto7 caracteriza a auditoria em saúde como sendo atividade exercida predominantemente por médicos e outros profissionais de saúde, além do pessoal de apoio administrativo, porém, em outro momento, ressal-va que a quantidade de diferentes profissionais contribui

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para a troca de conhecimentos e o bom desempenho na execução da tarefa. Camelo et al.31 afirmam que a equipe de auditoria é composta por diferentes profissionais que realizam a análise qualitativa e quantitativa do prontuário previamente ao faturamento e posterior a ele, verificando as glosas efetuadas e redigindo relatórios finais para a tomada de decisões corretivas ou preventivas.

Desta forma, essas resoluções e trabalhos servem para demonstrar que a auditoria em saúde é uma ativida-de complexa, caracterizada por particularidades de cada serviço avaliado, e que apresenta uma necessidade de atuação multiprofissional com todas as categorias da área de saúde. Todavia, alguns auditores que exercem essa função reconhecem o valor de cada profissional dentro da equipe, sendo que, a formação na área, é fundamental para uma auditoria criteriosa e com mais consistência.

Conhecimento técnico versus formação profissional do fisioterapeuta

A auditoria em saúde é algo que exige conhecimento técnico, pleno e integrado das diversas profissões26,27. Corroborando com isto, as regulamentações para as profissões de Medicina, Odontologia, Farmácia e Contabili-dade destacam questões acerca da capacidade técnica do auditor como um ponto importante no exercício da audito-ria. O CFC ressalta que a amplitude e responsabilidade do auditor interno na execução dos trabalhos estão limitadas à sua área de atuação, assim como a utilização da equipe técnica supõe razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoas com capacitação profissio-nal e treinamento requerido nas circunstâncias e que o contador, na função de auditor, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado (Resolução nº 781/95)24.

O CFM destaca em parágrafo único ser vedado ao médico, na função de auditor, transferir sua competência a outros profissionais, mesmo quando integrantes de sua equipe (Resolução nº 1.614, de 8 de fevereiro de 2001)25. O Conselho Federal de Farmácia dispõe que dentre as competências do farmacêutico auditor estão as de executar as atividades de auditoria, dentro do seu objetivo, comunicando a quem de direito quando o assunto não for da sua alçada (Resolução nº 508/2009)27. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) descreve que é primordial à função de perito/auditor conhecimento técnico e huma-nístico, formação moral, discrição, idoneidade, impar-cialidade, moderação e dignidade profissional em todas

as circunstâncias, ficando sujeito o infrator às penas do código de ética odontológico (Resolução nº 20/2001)32.

A competência técnica e manutenção dos conhecimen-tos profissionais de auditores é um fator muito importante para as atividades de auditoria. Isto pode ser ilustrado a partir de uma pesquisa sobre os processos de educação continuada das equipes de auditoria do SNA, a qual ilustra a existência da capacitação contínua de seus auditores, o que possibilita talvez associar essa necessidade com o objetivo de melhorias qualitativas sobre a prática de avaliação do serviço ou sistema de saúde. Os resultados mostraram que, na esfera do Departamento Nacional de Auditoria (DENASUS), em 2006, houve quatro processos de educação continuada; na esfera estadual, cinco; e na municipal, dois, representando 11 processos de educação continuada4.

Entretanto, apesar de existirem processos de educação continuada, alguns auditores ressaltam a importância da competência técnica em auditoria e suas dificuldades para auditarem determinados serviços que não fazem parte da formação profissional. Tal situação é retratada por depoimen-tos que consideram amplas as exigências de conhecimento técnico, necessário nesta atividade, demonstrando, assim, a importância de associar a participação de várias categorias profissionais para que haja maior propriedade1,4.

Em outro depoimento, um auditor da esfera federal destaca a relevância da visão holística na auditoria de saúde, já que esta tem muito do conhecimento específico de cada profissão. Ressalta como pontos fundamentais a autonomia, formação e capacidade técnica, independência e ética4.

Sendo assim, percebe-se que estes depoimentos retratam desafios que auditores de saúde enfrentam por necessitarem de amplo conhecimento no âmbito da auditoria, principalmente com serviços que demandam o domínio técnico de outras profissões.

Contudo, o COFFITO afirma que o profissional fisioterapeuta possui habilidades e competências para atuar multiprofissionalmente, interdisciplinarmente e transdisciplinarmente no desempenho das atividades de planejamento, organização e gestão de serviços de saúde público e privados, entre outras, além de asses-sorar, prestar consultorias e auditorias no âmbito de sua competência profissional. Também é ressaltado que estes profissionais devem estar aptos a tomar iniciativas, fazer o gerenciamento e administração tanto da força de trabalho, dos recursos físicos, materiais e de informação, da mesma forma que devem estar aptos a serem empreendedores ou exercerem lideranças na equipe de saúde.

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Referente ao perfil do auditor, a Organização Interna-cional de Instituições Superiores de Auditoria (INTOSAI)33, o SNA34, o Controle Externo do Estado Espanhol35 e outros trabalhos consideram habilidades essenciais a integridade, a independência, a soberania, a objetividade, a imparcia-lidade, a neutralidade política, o segredo profissional, o conhecimento e a competência técnica, a atualização dos conhecimentos técnicos, ética, dentre outros. Devendo o auditor manter sua competência técnica, atualizando-se quanto ao avanço de normas, procedimentos e técnicas aplicáveis à auditoria, no entanto, sem realizar trabalhos para os quais não possuam competência profissional7,14,36-41.

Ahlenius33 afirma que, independentemente da nature-za das auditorias, este trabalho deve ser executado por pessoas cuja formação e experiência sejam correspon-dentes à natureza desta tarefa. Soares29 e Rocha, Filho e Santana3 ressaltam que a auditoria é uma tarefa que requer conhecimentos específicos, realizada por pessoal capacitado, na qual as organizações precisarão se munir de profissionais cada vez mais qualificados na área. De acordo com a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, o fisioterapeuta atualiza seus conhecimentos técnicos, planeja o seu desenvolvimento profissional contínuo e aprendizagem ao longo da vida6.

Contudo, nas atribuições do profissional fisioterapeuta, proposto pelo COFFITO, observa-se no inciso V e IX da lei 6.316, de 17 de dezembro de 1975, que este profissional está habilitado a desempenhar auditorias no âmbito de sua competência profissional. No entanto, as organizações que realizam auditorias em saúde e que deveriam priorizar audi-torias de qualidade parecem se preocupar prioritariamente com auditorias de custo, pois não contam com a partici-pação de todas as categorias de saúde remontando para questionamentos sobre qual seria a verdadeira validade, confiabilidade e qualidade das auditorias de fisioterapia, realizadas por equipes de profissionais que não detêm o conhecimento técnico referente à tal especialidade. Simul-taneamente, as grandes parcelas de recursos públicos que atualmente financiam a assistência fisioterapêutica necessitam de análise mais holística, visto que o SUS e as organizações privadas prezam pela qualidade dos serviços prestados à população. Logo, a ausência do fisioterapeuta nas equipes de auditoria contribui para a escassez de respaldo técnico proveniente deste profissional, durante o desempenho das auditorias fisioterapêuticas42,43.

Diante destas informações, a avaliação da qualidade em saúde e a melhoria no desempenho dos cuidados com

o paciente são consideradas dependentes da competência técnica do profissional que foi designado para mensurar e avaliar a efetividade dos serviços prestados, pois o processo de auditoria em saúde requer o conhecimento que o profissional tem sobre as informações relativas aos pacientes, sobre o serviço, a qualidade do atendimento e de como este utiliza a informação para mudar, direcionar sua prática e avaliar o desempenho da equipe10. Conside-rando as auditorias de Fisioterapia, o fisioterapeuta seria o profissional com o conhecimento necessário para que esta apresente caráter mais específico, uma vez que estaria sendo executada por um profissional inserido no âmbito de sua competência técnica.

CONSIDERAÇÕES FINAISA Fisioterapia, como um procedimento de média

complexidade, contribui significativamente para os gastos públicos por meio da assistência ambulatorial, o que justi-fica a implementação de sistemas de controle e avaliações mais específicos, exercidos por um profissional desta cate-goria, pois este possui o conhecimento técnico sobre os procedimentos prestados, que é necessário para melhor efetividade na identificação e prevenção de possíveis fraudes, perdas, malversação dos recursos e, sobretudo, garantir a qualidade da assistência prestada.

Na saúde, a auditoria tem sido executada por diversos profissionais, evidenciando um caráter multiprofissional por envolver o conhecimento inerente a cada serviço auditado e, portanto, requer a participação de todas as categorias da saúde. No entanto, a auditoria, especificamente em Fisioterapia, vem enfrentando desafios, pois o COFFITO atualmente ainda não dispõe de uma regulamentação que atribua a esses profissionais o exercício de tal atividade, sendo, desta forma, necessário recorrer a profissionais com outras formações que não detêm o conhecimento técnico específico desta profissão.

Levando em consideração as características essen-ciais no exercício da auditoria de saúde, tais como, a formação específica e a atualização dos conhecimentos profissionais, o fisioterapeuta é conhecedor das mais diversas áreas de atuação e técnicas empregadas em seu serviço e, portanto, é o mais capacitado para realizar de forma mais específica, criteriosa e efetiva a auditoria de Fisioterapia. Logo, é necessário que o COFFITO, junto aos setores de auditoria, tome conhecimento de tais dados e tente viabilizar a participação do profissional fisioterapeuta nas equipes de auditoria em saúde.

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102 Santos FC, Aleluia IRS, Santos IN, Moura LGF, Carvalho MA

RAS _ Vol. 13, No 51 – Abr-Jun, 2011

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