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AUDITORIA DE PROCESSO: ESTUDO DE CASO EM UMA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA Emilio Elias Santana (UFG) [email protected] Lie Yamanaka (UFG) [email protected] Uma exigência cada vez maior pode ser encontrada em termos necessidade de resposta ao mercado na promoção de melhorias de desempenho em qualidade, flexibilidade, custos. Na indústria automobilística, existe um mercado altamente competitivoo em que tal realidade é ainda mais presente. Assim, conhecer e aplicar novas metodologias e ferramentas nesse setor ocorre de maneira constante. Este trabalho tem como objetivo apresentar a Auditoria de Processos , baseada na norma alemã VDA 6.3, como ferramenta para melhoria de desempenho, em uma indústria automobilística do interior do estado de Goiás. Para tanto foi realizado um estudo de caso que demonstrou a realidade dos processos, bem como identificou os pontos a serem melhorados para a implementação definitiva da ferramenta. Palavras-chaves: auditoria de processo, qualidade, VDA 6.3 XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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AUDITORIA DE PROCESSO: ESTUDO

DE CASO EM UMA INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICA

Emilio Elias Santana (UFG)

[email protected]

Lie Yamanaka (UFG)

[email protected]

Uma exigência cada vez maior pode ser encontrada em termos

necessidade de resposta ao mercado na promoção de melhorias de

desempenho em qualidade, flexibilidade, custos. Na indústria

automobilística, existe um mercado altamente competitivoo em que tal

realidade é ainda mais presente. Assim, conhecer e aplicar novas

metodologias e ferramentas nesse setor ocorre de maneira constante.

Este trabalho tem como objetivo apresentar a Auditoria de Processos ,

baseada na norma alemã VDA 6.3, como ferramenta para melhoria de

desempenho, em uma indústria automobilística do interior do estado de

Goiás. Para tanto foi realizado um estudo de caso que demonstrou a

realidade dos processos, bem como identificou os pontos a serem

melhorados para a implementação definitiva da ferramenta.

Palavras-chaves: auditoria de processo, qualidade, VDA 6.3

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

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1.0Introdução

A disputa acirrada por um lugar de destaque no mercado atual faz com que as empresas

busquem constantemente o aperfeiçoamento dos seus sistemas de gestão da qualidade. Para

conseguir este objetivo, toda a cadeia produtiva precisa estar interligada através de um ciclo

de melhoria contínua, sob a visão de processos. Atendendo a tal tendência a auditoria de

processo se apresenta como um instrumento particular, com mecanismos e objetivos

específicos, representando uma ferramenta efetiva para a prevenção e correção de falhas em

processos produtivos (REBELATO, FERREIRA e RODRIGUES, 2006; WYNNE e

MANNERS, 2001).

Em se tratando de auditorias de processos, o VDA é um guia para o gerenciamento da

qualidade que objetiva estabelecer diretrizes comuns para o desenvolvimento de Sistemas da

Qualidade para a indústria automobilística. A auditoria de processos faz parte da estratégia

VDA, volume 3, e tem como finalidade avaliar a eficácia da qualidade, tendo como resultado

processos mais eficientes e controlados.

Apesar das auditorias de processos se mostrarem eficazes na detecção, prevenção e

eliminação de não conformidades no processo produtivo, elas são pouco empregadas no

segmento automotivo (FERREIRA et al, 2008), verificando-se por isso a necessidade de

entender melhor essa ferramenta.

De acordo com esta proposta, o presente artigo tem por objetivo apresentar os resultados de

implementação da auditoria de processos, com referência na norma VDA 6.3, na linha de

montagem de chassi em uma montadora de automóveis situada no interior do estado de Goiás.

Para isso, este trabalho está dividido em 6 tópicos. . No próximo tópico é apresentado o

Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com as normas certificadoras. O tópico 3 comenta

a respeito das auditorias e suas subdivisões. Complementando o tema anterior, o tópico 4

detalha a auditoria de processos de acordo com a norma VDA 6.3. Por fim, os tópicos 5 e 6

detalham o processo de implementação da auditoria de processos e as considerações finais

para a implementação definitiva.

2.0Sistemas de Gestão da Qualidade

Com a competição acirrada dos mercados globais, as empresas perceberam a necessidade de

reavaliar seus sistemas de gestão. Para alcançar os benefícios da qualidade, as organizações

implementam um sistema de gestão da qualidade, que apresenta elementos inter-relacionados

para gestão da qualidade e da organização.

Até a primeira metade do século passado a prática da gestão da qualidade era limitada ao

processo de fabricação, voltada para a inspeção. Entretanto, nas últimas décadas a gestão da

qualidade ganhou nova dimensão, envolvendo toda a organização e não somente a área

produtiva (TOLEDO e CARPINETTI, 2000).

A partir da década de 80, a gestão da qualidade ficou bastante associada aos sistemas ISO

9000, que propõem a padronização, a abordagem sistêmica para a gestão e o foco no cliente

(ISO, 2008). A ISO é uma organização não-governamental (ONG) sediada em Genebra, na

Suíça e atua em 148 países. Foi criada oficialmente no dia 23 de fevereiro de 1947 com o

objetivo de facilitar a coordenação internacional e a unificação de padrões técnicos. Possui

alta representatividade na emissão de normas internacionais de âmbito global, atualmente

atingindo148 países (VALLS, 2004).

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A série ISO 9000 foi publicada inicialmente em 1987 e sofreu revisões em 1994, 2000 e 2008.

Uma mudança significativa em relação a norma aconteceu no ano de 2000, que com foco

anterior em assegurar a qualidade do produto, passou a incluir a necessidade de demonstrar

sua capacidade de atingir a satisfação do cliente, com a aplicação da melhoria contínua de

seus processos e da prevenção de não conformidades. Em vez de um sistema de garantia da

qualidade, a norma passa a ser caracterizada como um sistema de gestão da qualidade

(CARPINETTI, MIGUEL E GEROLAMO, 2010).

As normas ISO são classificadas por “famílias”, que são especificadas de acordo com a área

de aplicação, conforme tabela 1.

Norma Descrição

ISO 9000

Sistema de gestão da qualidade -

Fundamentos e Vocabulário

Estabelece termos e definições fundamentais

usados nas normas da família ISO 9000,

necessários para evitar interpretações errôneas

durante seu uso

ISO 9001

Sistema de gestão da qualidade –

Requisitos

Avalia a capacidade da organização em atender os

requisitos do cliente e os regulamentos aplicáveis

para, assim, satisfazer esses clientes

ISO 9004

Sistema de gestão da qualidade -

Diretrizes para melhoria de

desempenho

Fornece orientação para atingir sucesso sustentado

para qualquer organização em um ambiente

complexo, exigente e de constante mudança,

provendo um foco mais amplo sobre a gestão da

qualidade do que a norma ISO 9001

TABELA 1: Classificação das normas ISO 9001. Fonte: Carpinetti, Miguel e Gerólamo (2010)

A ISO 9001 é a norma que traz os requisitos para implantação do sistema da qualidade e que é

utilizada para implementação e, se for o caso, certificação da empresa, sendo divida em cinco

principais requisitos: requisitos gerais e de documentação, responsabilidade da direção, gestão

de recursos, realização do produto e por fim medição, análise e melhoria. Esses 5 requisitos

são representados de uma maneira sistêmica, e por uma visão de processo, conforme

demonstrado na figura 1.

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FIGURA 1 – Requisitos da ISO 9001. Fonte: ABNT ISO (2008)

A família ISO 9000 está embasada em oito princípios que refletem uma visão atual sobre a

gestão da qualidade vista de maneira estratégica. Entre estes princípios está a visão de

processos. No entanto, pelo fato da norma ISO 9000 ser genérica, uma vez que pode ser

aplicada a diferentes setores e diferentes tipos de empresa, muitas vezes se faz necessário

complementá-la. Assim, somente a ISO 9000 é considerada pelas montadoras de automóveis

insuficiente como padrão normativo para a qualidade e referenciais normativos próprios

foram desenvolvidos, dentre eles a norma desenvolvida para o sistema da qualidade

automotiva ISO TS 16949 e a norma alemã Verband der Automobiliindustrie (VDA 6.3), que

apresenta instruções específicas para a realização de auditorias em processos.

A norma ISO TS 16949 é uma especificação técnica ISO que busca equalizar e substituir as

normas existentes do sistema da qualidade automotivo americano, alemão, francês e italiano,

QS-9000 (Quality System Requirements), VDA 6.1 (Verband der Automobiliindustrie -

Associação de Fabricantes para a Indústria Automobilística da Alemanha), EAQF (Evaluation

Aptitude Qualité Fournisseur - Avaliação do Sistema da Qualidade do Fornecedor) e AVSQ

(ANFIA Valutazione Sistemi Qualità - Avaliação de Sistema da Qualidade da ANFIA),

respectivamente. Possui requisitos baseados na norma ISO 9001, complementados com

elementos específicos da indústria automobilística.

Os sistemas de gestão da qualidade baseados na norma ISO/TS 16949 têm como

características marcantes o aperfeiçoamento do processo de melhoria contínua, prevenção de

falhas, redução da variação e do desperdício, combinado com o aumento da confiabilidade e

da capabilidade dos processos.

3. Auditorias

De acordo com O´Hanlon (2005) a auditoria é um exame formal de contas por meio de

referências às testemunhas e aos comprovantes e que de acordo com a ABNT ISO 9000

(2005) é um processo sistemático, documentado e independente para obter a evidência de

auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão em que os critérios de auditoria

são atendidos.

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As auditorias de qualidade têm por objetivo verificar a conformidade de um sistema em

relação ao que foi determinado, sejam em normas, procedimentos, legislações, entre outros

(FERREIRA et al, 2008). A auditoria pode ser classificada em três tipos. Uma delas é a

auditoria interna, ou de primeira parte, quando conduzidas pelos próprios membros da

organização. A auditoria de segunda parte é quando o cliente audita um fornecedor em algum

ponto na cadeia de suprimento. E por último a auditoria externa ou de terceira parte, é feita

geralmente com a finalidade de certificação por representantes de organizações independentes

(O´HANLON, 2005). Em VDA (1998), as auditorias de qualidade são divididas em três

tipos:

a) Auditoria de Produto: avaliação das características da qualidade;

b) Auditoria do Sistema da Qualidade: esta auditoria é realizada baseando-se em uma

norma de gestão, como a ISO 9001:2000 ou a QS 9000, por exemplo. Esta auditoria consiste

em verificar a aplicação das recomendações da norma e a conformidade da execução do

trabalho com relação ao seu procedimento, visando a certificação no atendimento aos

requisitos de uma norma de Gestão da Qualidade.

c) Auditoria de Processo: esse tipo de auditoria procura identificar as falhas no processo,

através da análise de parâmetros operacionais e do conhecimento técnico dos auditores.

Cada uma destas auditorias da qualidade diferencia-se por suas características, abrangência e

efeitos. As auditorias de produto têm como objetivo avaliar a conformidade do produto

comparado aos requisitos estabelecidos. As falhas detectadas requerem ações corretivas, e

posteriormente ações preventivas abrangentes que impeçam a reincidência da mesma não-

conformidade; possuem um caráter corretivo em relação à qualidade. Já as auditorias de

sistemas são tipicamente auditorias de conformidades, buscam avaliar a aplicação dos

requisitos da norma de referência aos processos definidos no escopo da organização.

As auditorias de processo por sua vez verificam o cumprimento de instruções e procedimentos

operacionais e especificações do processo, entre outros aspectos, como organização e

limpeza, treinamento, logística. Este tipo de auditoria possui caráter preventivo, pois tem

como principal objetivo a prevenção das falhas no produto, através da avaliação de falhas no

processo (VDA, 1998; FERREIRA et al, 2008).

4. Auditoria de Processo Segundo a Norma VDA 6.3

A Verband der Automobilindustrie (VDA) – ou Associação da Indústria Automobilística

Alemã – foi criada em 1901, na cidade de Eisenach, Alemanha. Tem como filosofia que

grande parte dos problemas de qualidade está ligada à administração, organização e estruturas

das organizações, não representam exclusivamente problemas de natureza técnica. Uma das

ferramentas para avaliar a eficácia da qualidade é a auditoria de processos. A norma VDA

(1998) afirma que “as auditorias de processos servem para avaliar a eficácia da qualidade.

Estas devem conduzir a processos mais eficientes e controlados, robustos a ponto de não

estarem sujeitos a interferências”.

A VDA é dividida em 19 manuais que abrangem todas as questões relacionadas à qualidade

na indústria automobilística. Os principais volumes publicados e seus respectivos assuntos

são:

VDA 1: Evidências de Conformidade.

VDA 2 : Asseguramento da Qualidade de Fornecimentos.

VDA 3: Confiabilidade do Automóvel - Fabricantes e Fornecedores.

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VDA 4.1 / 4.2 / 4.3: Asseguramento da Qualidade antes do inicio da Série.

VDA 6: Princípios para Auditorias da Qualidade / Auditoria e Certificação

VDA 6.1: Auditoria de Sistemas de Qualidade / Indústria

VDA 6.2: Auditoria de Sistemas de Qualidade / Serviços

VDA 6.3: Auditoria do Processo

VDA 6.4: Auditoria de Meios de Produção / Ferramentas

VDA 6.5: Auditoria de Produto

VDA 6.6: Auditoria de Serviços.

VDA 7: Princípios para troca de informações de Qualidade

VDA 8: Guia de Asseguramento da Qualidade para Fabricantes de Trailers, Containers ou

Estruturas Similares.

VDA 9 : Asseguramento da Qualidade de Emissões, Sistemas de Exaustão e Consumo de

Combustível.

A VDA 6 – Parte 3 é o guia que informa sobre o significado e a área de aplicação da auditoria

de processos de manufatura ou serviços e esclarece a relação entre auditorias de sistemas,

processos e produtos. É utilizada para avaliar e monitorar a implementação dos processos e

assegurar a sua confiabilidade, e em caso de discrepâncias tomar as medidas apropriadas para

as correções necessárias.

A VDA 6.3 é dividida em duas partes principais: a parte A, que aborda questões específicas

relacionadas ao processo de criação do produto e a parte B, que aborda questões relacionadas

à aplicação em série. Cada uma das partes é subdividida em elementos do processo, conforme

se verifica:

Parte A: Processo de Desenvolvimento de Produtos

1: Planejamento do desenvolvimento dos produtos

2: Concretização do desenvolvimento dos produtos

3: Planejamento do desenvolvimento do processo

4: Realização do desenvolvimento do processo

Parte B: Produção em Série

5: Fornecedores / Matéria Prima6: Produção

6.1: Pessoal / Qualificação

6.2: Meios de produção / Instalações

6.3: Transporte / Manuseio de peças / Armazenamento / Embalagem

6.4: Análise das falhas / Ações corretivas / Melhoria contínua

7: Assistência ao cliente / Satisfação do cliente

Cada elemento do processo é avaliado através de questões específicas, onde uma nota é

atribuída de acordo com o grau de atendimento comprovado ao estabelecido pela norma VDA

6.3, conforme ilustrado pela tabela 2.

PONTOS

AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DE EXIGÊNCIAS

ISOLADAS

10 Exigências cumpridas completamente

8 Exigências cumpridas em sua maioria; poucas divergências

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6 Exigências cumpridas em parte; deficiências maiores

4 Exigências cumpridas insatisfatoriamente; deficiências graves

0 Exigências não foram cumpridas

TABELA 2 – Avaliação dos elementos do processo. Fonte: VDA(1998)

Caso a exigência seja totalmente cumprida, o processo auditado recebe 10 pontos para a

questão avaliada. Tem-se como base que o cumprimento comprovado da exigência é a medida

base para a pontuação, ou seja, caso o processo obtenha uma pontuação inferior a 10, faz-se

necessária a elaboração de medidas de melhoria com prazos determinados.

A taxa total de conformidade Ep para a auditoria de processo é calculada utilizando a equação

1:

%avaliadas processo do etapas de Número

E%

de kpgzpe

p

EEEEE

onde os elementos relacionados na equação acima são avaliados separadamente e

correspondem aos seguintes assuntos para a fabricação de produtos:

Ede: Desenvolvimento de Produtos (Elementos 1 e 2)

Epe: Desenvolvimento de Processo (Elementos 3 e 4)

Ez: Matéria-prima / Peças Adquiridas (Elemento 5)

Epg: Valor médio das Etapas do processo (Elemento 6)

Ek: Assistência ao cliente / Satisfação do cliente (Elemento7)

Devido às diferentes etapas do processo produtivo dos respectivos grupos de produtos, no

elemento “Produção” é necessária a elaboração de um resumo das etapas do processo (Epg),

que é calculado com uso da equação 2:

%avaliadas processo do etapas de Número

...% 21 n

pg

EEEE

onde E1, E2, ..., En são etapas avaliadas do processo.

O grau de cumprimento EE de um processo é calculado de acordo com a equação 3:

%100corretas questões as para possíveis pontos os todosde Soma

corretas questões as para atingidos pontos os todosde SomaEE

Através da análise da taxa total de conformidade Ep, o processo pode ser classificado. Os

critérios e faixas de classificação são padronizados de acordo com a tabela 3.

GRAU TOTAL DE AVALIAÇÃO DOS DENOMINAÇÃO DA

(1)

(2)

(3)

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CONFORMIDADE (EP) PROCESSOS CLASIFICAÇÃO

90 até 100 Atendido A

80 até abaixo de 90 Atendido na maioria AB

60 até abaixo de 80 Atendido com limitações B

Abaixo de 60 Não atendido C TABELA 3 – Critérios de Classificação. Fonte: VDA (1998)

Quando o valor do grau de conformidade calculado está localizado entre 90 a 100%, os

processos são considerados atendidos e recebem uma classificação “A”. Se este valor está

entre 80 a 89%, os processos são considerados atendidos em sua maioria e recebem uma

classificação “AB”. Para valores de Ep de 60 a 79%, os processos avaliados são considerados

atendidos, porém com limitações e são classificados como “B”. Caso o valor total de

conformidade se encontre abaixo de 60%, os processos são considerados não atendidos e

classificados como “C”.

VDA (1998) destaca as seguintes observações:

1. Processos que ultrapassem um grau de conformidade de 90% ou 80%, mas que em um

ou vários elementos atinjam um grau de conformidade abaixo de 75%, são classificadas

de A para AB ou de AB para B.

2. Se algumas questões forem avaliadas com a pontuação zero, cujo não cumprimento

possa ser decisivo na qualidade do produto ou processo, o processo pode ser

reclassificação de A para AB, ou de AB para B. Em casos especiais é possível uma

reclassificação para C.

5.0Processo de implementação da auditoria de processo

Esta pesquisa envolveu o acompanhamento de um processo de implementação da auditoria de

processos, segundo a norma VDA 6.3 em uma indústria automobilística do interior do estado

de Goiás. A escolha da empresa se deu pelo fato da mesma estar iniciando a implantação da

auditoria de processos referenciados na norma supracitada que até então realizava a auditoria

segundo critérios próprios da empresa.

A pesquisa pode ser classificada como uma pesquisa aplicada de ordem qualitativa, pois tem

como objetivo principal interpretar o fenômeno a ser observado. No que diz respeito aos

procedimentos técnicos se trata de um estudo de caso. De acordo com Yin (2005), o estudo de

caso é um estudo empírico que investiga o fenômeno atual dentro do seu contexto de

realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e

no qual são utilizadas várias fontes de evidência. O estudo de caso único foi escolhido devido

à necessidade de priorização na aplicação dos conceitos no processo mais crítico da impresa e

também por trazer como vantagens: a possibilidade de estudar o caso em profundidade;

enfatizar o contexto em que ocorrem os fenômenos e permitir a compreensão do fenômeno

sob a perspectiva dos membros do grupo ou organização (GIL, 2009).

Os dados utilizados neste estudo de caso são obtidos por meio de observação participante,

entrevistas e análise de documentos em uma auditoria piloto realizada em uma das linhas de

montagem da empresa, na qual é feita a montagem dos itens agregados ao chassi do veículo,

neste trabalho denominada como “Linha A”. A escolha foi feita para análise por ser uma área

crítica da empresa, pois depende de fornecedores internacionais e assim exige uma maior

necessidade de que os processos internos sejam controlados e se consiga identificar se o

problema parte de um processo interno ou do fornecedor.

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A sistemática da auditoria de processo foi determinada de acordo com o fluxo especificado na

figura 2.

O início do processo de preparação da auditoria é marcado pela formação da equipe de

auditoria, da qual fazem parte representantes da área de produção, com experiência de mais de

dois anos coordenação dos processos, bem como representantes das áreas suporte (Recursos

Humanos, Saúde e Segurança, Manutenção e Gestão Ambiental). Esta equipe é responsável

por todas as etapas da auditoria de processos, desde a preparação até a verificação da eficácia

das ações.

Tipo de

auditoria

Auditoria regularAuditoria extraordinária

orientada para um fato

Início

Fim

Preparação e documentação

Realização

Avaliação

Reunião final

Relatório da auditoria e

documentação

Deficiência

Plano de ações

Executar ações

Inspeção de eficácia /

Acompanhamento

Eficácia

comprovada?

Necessidade

de outras

auditorias

Elaborar / Alterar plano de

auditoria

SIM

NÃO

NÃOSIM

SIM

NÃO

FIGURA 2 – Diagrama de Fluxo do Plano de Auditoria. Fonte VDA (1998)

Após a formação da equipe de auditoria, ainda na fase de preparação, acontece a definição do

processo a ser avaliado (Linha A). Em seguida, é feita a estruturação dos processos

(subdivisão do processo em etapas) e a determinação das interações e dos parâmetros que

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exercem influência sobre eles, baseado dos “6Ms” (Método, Meio-ambiente, Medição, Mão

de obra, Máquina, Material). A partir disso, é feito levantamento das “entradas” (inputs) e

“saídas” (outputs), de acordo com modelo definido na figura 3.

Após a conclusão da estruturação dos processos, a equipe de auditoria inicia a elaboração do

questionário (check list), que tem como referência o Manual da Qualidade da empresa, os

procedimentos, instruções de trabalho específicas e indicadores de qualidade. Além das

questões sugeridas pela norma VDA 6.3, o questionário também contém questões específicas

aplicáveis a determinadas etapas do processo.

FIGURA 3 – Modelo para Estruturação de Processos.

Finalizada toda a fase de preparação, a próxima etapa é a de realização da auditoria, que foi

denominada auditoria “piloto”, pois a partir dela serão levantadas todas as necessidades de

melhoria. O início desta etapa é marcado pela reunião inicial, na qual são apresentados o

objetivo da auditoria de processo, o plano de auditoria e a equipe auditora, e esclarecidas

questões pendentes. Conforme definido anteriormente, a auditoria é realizada com base no

“check list”, porém outras questões podem surgir durante a auditoria. Estas questões serão

inseridas como observações e serão avaliadas posteriormente quanto à necessidade de serem

acrescentadas a uma nova revisão do check list.

Concluída a realização da auditoria de processos, é feita a avaliação parcial atribuindo a nota

de avaliação para cada uma das questões, obedecendo ao critério definido pela norma VDA

(tabela 2). Várias deficiências foram levantadas, sendo que as mais representativas estão

listadas na tabela 4:

Todos os apontamentos da auditoria piloto de processos fazem parte do relatório, que contém

a avaliação final (Figura 4), definida com base nos critérios de classificação anteriormente

citados.

As médias E1, E2 e E3 se referem à nota média obtida na avaliação das questões que compõem

cada elemento (Pessoal/Qualificação, Meios de Produção e Instalação, Transporte / Manuseio

/ Armazenamento / Embalagem de Peças, Análise das falhas / Correções / Melhoria Contínua)

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em cada uma das 3 etapas do processo da linha A. Os percentuais EU1, EU2, EU3 e EU4

representam o percentual de atendimento do respectivo elemento, e o grau de conformidade

do processo E (%) é determinado pela média aritmética entre os percentuais de atendimento

dos elementos EU1 a EU4, obtendo a classificação A.

QUESTÃO ASSUNTO DEFICIÊNCIAS AVALIAÇÃO

6.2.4

Meios de

Produção /

Instalações e

Equipamentos

Instrução de Inspeção encontra-

se desatualizada, conforme os

exemplos:

* Falta informar a checagem do

número de identificação do cardã

traseiro

* Não cita a verificação do tipo

de porca fixada

* Não consta a verificação do

tipo de barra de torção

4

6.2.6

Meios de

Produção /

Instalações e

Equipamentos

O Plano de Controle de

Manutenção Preventiva de

Equipamentos da área está

desatualizado

6

6.2.7

Meios de

Produção /

Instalações e

Equipamentos

O dispositivo da Altura do

Limitador do Ângulo de Giro da

Roda está com calibração

vencida

4

6.2.7

Meios de

Produção /

Instalações e

Equipamentos

Etiquetas de identificação dos

dispositivos com visualização

ruim.

6

6.3.2

Transporte /

Manuseio /

Armazenamento

/ Embalagem

Eixo da caixa de direção -

divergência na identificação

entre dispositivo de

armazenamento e folha de

processo

4

6.3.2

Transporte /

Manuseio /

Armazenamento

/ Embalagem

Deficiência no armazenamento

do item "Tubulações de Freio de

Combustível"

6

6.3.2

Transporte /

Manuseio /

Armazenamento

/ Embalagem

Excesso de pré-montagem do

item "Bomba de Vácuo do

Diferencial Traseiro", podendo

ocasionar quedas e gerar danos

nas mesmas.

6

6.4.2

Análise das

falhas /

Correções /

Melhoria

Contínua

Não há operações planejadas na

Carta de Versatilidade para

operadores que vieram de outras

áreas e que ainda não possuem

treinamento em 04 operações

4

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diferentes

TABELA 4 – Avaliação parcial da auditoria de processos (Piloto)

A avaliação final e as constatações são apresentadas na reunião final da auditoria. Todos os

apontamentos são definidos após o consenso entre auditor e auditado. Para todas as

deficiências verificadas foi solicitado plano de ação para a implementação das ações

corretivas, que serão elaborados pelos responsáveis de cada etapa do processo, visto que o

objetivo é a melhoria continua para alcançar graus de conformidades mais próximos a 100%.

XXX

Linha A

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6

10 10 10 10 10 10 10 10 4 10 6 4 10 4 10 10 10 10 4 10 10 10 10 E1 88

10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 6 10 6 10 10 10 10 10 10 10 10 10 E2 97

10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 6 10 10 10 10 10 10 10 10 10 E3 98

Montagem dos sub-elementos (Processo Médio):

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 6

10 10 10 10 10 10 10 10 8 10 9 7 10 5 10 10 10 10 8 10 10 10 10

EU1 (%) 100 EU2(%) 90 EU3(%) 91 EU4(%) 97

Média do grau de conformidade E (%) = E1 + E2 + ... + E20 = 94 %

No. de elementos avaliados

Relatório nº: 01/2010

Processo 1:

Processo 2:

Processo 3:

PRODUÇÃO

6.1 Pessoal/

Qualificação

6.2 Meios de Produção e

Instalação

6.3 Transporte/

manuseio/

armazenamento/

embalagem de peças

6.4 Análises das falhas/

ações corretivas/

melhoria contínua

MÉDIA

AUDITORIA INTERNA DE PROCESSO

Empresa auditada:

Área:

FIGU

FIGURA 4 – Avaliação final da auditoria de processo

A eficácia das ações estabelecidas será acompanhada através de auditorias de verificação no

processo. Caso a eficácia das ações não possa ser comprovada satisfatoriamente, o plano de

ação deve ser revisado e apresentado posteriormente para nova verificação, até que a eficácia

seja plenamente comprovada.

6.0Considerações Finais

A auditoria de processos tem como objetivo a prevenção de falhas no produto, através da

identificação das falhas no processo, por meio da análise de parâmetros operacionais, tais

como procedimentos operacionais, especificações de processo, entre outros. Em se tratando

de padrões normativos, a utilização da norma VDA 6.3 como referência para a realização da

auditoria mostra-se como sendo de grande relevância, tendo em vista que a norma ISO

9001:2008 possui requisitos abrangentes e aplicáveis a diversos tipos de empresa e tem como

característica a certificação. A norma VDA 6.3 apresenta instruções específicas para a

indústria automobilística, o que representa uma ferramenta de apoio para implementação de

sistemas de gestão da qualidade baseados na norma ISO TS 16949, tendo em vista seu caráter

preventivo, através do acompanhamento de cada fase do processo.

CLASSIFICAÇÃO DO

GRAU DE

CONFORMIDADE: A

XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no

Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.

13

A partir da realização da auditoria piloto, é possível levantar alguns pontos importantes a

serem considerados para a implementação da Auditoria de Processos, conforme a norma VDA

6.3, em outros setores da empresa. O processo de implementação também pode ser analisado

e comparado a outros processos de implementação que outras empresas possam a vir a

utilizar.

Entre os pontos positivos identificados durante o processo de implementação na empresa,

merece destaque o comprometimento de toda a equipe auditada (supervisor, operadores,

técnicos e engenheiros) com a realização da auditoria de processo. Outro aspecto importante

se refere à verificação da necessidade de melhoria de diversos pontos do questionário (check

list) utilizado na auditoria. Entre as principais oportunidades de melhoria, enfatiza o

redimensionamento do tempo para a realização da auditoria, necessidade de formação de mais

auditores de processo, nomeação de um responsável por receber a auditoria em cada processo.

Com base nestes resultados pode-se perceber a importância da realização da Auditoria de

Processo na busca da melhoria da qualidade dos processos e do produto final, pois através

dela é possível obter os seguintes benefícios:

Reduzir a ocorrência de produtos não-conformes;

Corrigir de forma eficiente e eficaz as deficiências encontradas;

Reduzir perdas;

Reduzir a variação do processo e do produto;

Proporcionar condições favoráveis para a melhoria contínua.

Embora a empresa não tenha utilizado os requisitos da VDA como referência para as

auditorias anteriores à realização da auditoria de processo, verifica-se que ela se adéqua a

norma visto o grau de conformidade apresentado na auditoria. No entanto, se faz necessário

realizar a auditoria em outras partes da empresa para verificar comprovação desse fato. Estas

auditorias serão realizadas após a revisão e melhoria do questionário utilizado. A partir disso

as Auditorias de Processo serão realizadas de maneira sistemática e farão parte do cronograma

de auditorias da empresa, cujos resultados são esperados a médio e longo prazo.

7. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9000: 2005 - Sistemas de gestão da

qualidade – fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro, 2005.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: 2008 - Sistemas de gestão da

qualidade - requisitos. Rio de Janeiro, 2008.

CARPINETTI, L. C. R.; MIGUEL, P.A.C.; GEROLAMO, M.C. Gestão da Qualidade ISO 9001:2008 –

Princípios e Requisitos. 3ª Edição. 2010.

FERREIRA, D.C.; RODRIGUES, A.M.; REBELATO, M.G.; CLETO, M.G. A auditoria de processo como

suporte à melhoria contínua: estudo de caso em uma montadora de automóveis. Revista Produto&Produção, vol.

9, n. 1, p. 76-92, fev. 2008.

GIL, A. C. Estudo de caso: fundamentação científica, subsídios para coleta e análise de dados e como redigir o

relatório. São Paulo: Atlas, 2009.

VDA. Gerenciamento do Sistema da Qualidade na Indústria Automobilística. 1ª Edição, 1998.

O´HANLON, T. Auditoria da Qualidade: com base na ISO 9001- conformidade agregando valor. São Paulo:

Saraiva, 2005.

REBELATO, M.G.; FERREIRA, D.C.; RODRIGUES, A.M. Estudo dos resultados da aplicação da

auditoria de processo em uma montadora automobilística. In: XXVI Encontro Nacional de Engenharia de

Produção – ENEGEP, 2006, Fortaleza, CE. Anais do XXVI ENEGEP. Fortaleza: ABEPRO, 2006.

TOLEDO, J.C.; CARPINETTI, L.C.R. Gestão da Qualidade na Fábrica do Futuro. In: ROZENFELD, H. A

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VALLS, V.M. O enfoque por processos da NBR ISO 9001 e sua aplicação nos serviços de informação. Ci. Inf.,

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WYNNE, D.; MANNERS, P. Process audit: for project improvement, not punishment. Quality Audit

Conference Transactions, Atlanta, v.10, n.0, p. 63-73, feb, 2001.

YIN, R. K. Estudo de Caso – Planejamento e Métodos. 3 ed. São Paulo: Bookman, 2005.