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VIII ENCONTRO DE AUDITORES E PERITOS DO ES Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES. Klaus Xavier de Oliveira.

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Page 1: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

VIII ENCONTRO DE AUDITORES E PERITOS DO ES

Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES.

Klaus Xavier de Oliveira.

Page 2: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

As opiniões ou interpretações do presente trabalho são deAs opiniões ou interpretações do presente trabalho são deinteira responsabilidade do autor e não representamnecessariamente a interpretação do CFC/CRC.

Page 3: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor;

2 - Ambiente legal e normativo;

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria;

4 - Atendimento ao Ato Normativo nº 3/12.

5 – Caso de Responsabilização de auditores;

6 – Postura e Desafios para os Auditores.

Page 4: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

1º Setor: ESTADO (Questões Sociais);

2º Setor: MERCADO (Questões individuais)

3º Setor: ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS (Questões de Caráter público e social)

Page 5: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Alguns dados:

• 800 mil (69%) empresas brasileiras com um ou mais empregadosdeclara realizar, em caráter voluntário, algum tipo de ação socialdeclara realizar, em caráter voluntário, algum tipo de ação socialpara a comunidade. Destas, dois terços afirmam que a práticasocial é habitual.

• Juntas, essas 482 mil empresas aplicaram, em 2010,aproximadamente R$ 8,4 bilhões.

Fonte: IPEA/GIFE: Grupo de Institutos Fundações e Empresas.

Page 6: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Alguns dados:

• Contribuem com o PIB em 1,4% (estimativa via dados IPEA/IBGE), ou R$ 32 bilhões.

• De 2006 a 2010: O Número de fundações privadas e associações sem fins lucrativos cresceu 16,8%; passando de 276 mil para 338 sem fins lucrativos cresceu 16,8%; passando de 276 mil para 338 mil.

Fonte: IBGE.

• De acordo com o Sistema de Informações do Conselho Nacional de Assistência Social no Espírito Santo existem cerca de 400 entidades registradas;

Page 7: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Formas de constituição:

• Associações: União de pessoas (at. 53 do C.C);

• Fundações: Constituídas por bens livres do doador (Fundador)

(art. 62 do C.C)(art. 62 do C.C)

Vela pelas Fundações o Ministério Público (Art. 66 do C.C)

• Termo “ONG”: Utilizado de forma inapropriada. Nem todaorganização privada não lucrativa é uma ONG: Clubes esportivose recreativos, movimentos sociais, entidades ecumênicas, etc.

Page 8: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor.

As Entidade de Interesse Social:

• Sem finalidade de lucros;

• Não distribuição dos seus resultados;

• Atua em benefício da sociedade;

• Atividades sociais: (art. 2º Lei 8.742/93): Proteção à família, infância, adolescência e à velhice. Saúde, Educação. Etc.

Page 9: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Entidade de TERCEIRO SETOR

Entidade Beneficente de Assistência Social

Abrangência mais restrita/ ausência da assistência social.

Assistência Social

Utilidade Pública

Page 10: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

TRIBUTAÇÃO

IMUNIDADE

“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aocontribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios:

(...)

VI – instituir impostos sobre:

(...)

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusivesuas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, dasinstituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos,atendidos os requisitos da lei”. (CF)

Page 11: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Alcance da imunidade (exemplos):

FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL

Imposto de Renda Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços

Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana

Imposto sobre produtos industrializados

Imposto sobre a propriedade de veículos automotores

Imposto sobre serviços de qualquer natureza

Imposto Territorial Rural

Imposto sobre Transmissão Causa Mortis

Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis

Page 12: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Concessão de registros e títulos:

Utilidade Pública Federal: (Ministério da Justiça):

A) receber subvenções, auxílios e doações da União;A) receber subvenções, auxílios e doações da União;

B) realizar sorteios (Lei nº 5.768/71, art. 4º);

C) receber doações de empresas, dedutíveis em até dois por cento dolucro operacional da pessoa jurídica doadora, antes de computada asua dedução, conforme inciso III do parágrafo 2º do art. 13 da Lei n°9.249/95;

Page 13: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Concessão de registros e títulos:

Certificado de Entidade Beneficente (Lei 12.101/09)

Não há mais necessidade do registro prévio. Além dos demaisbenefícios, pode:

Art. 1o A certificação das entidades beneficentes de assistência sociale a isenção de contribuições para a seguridade social serãoconcedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem finslucrativos, reconhecidas como entidades beneficentes de assistênciasocial com a finalidade de prestação de serviços nas áreas deassistência social, saúde ou educação, e que atendam ao dispostonesta Lei....

A Entidade passa também a ter que cumprir as Normas do ConselhoNacional de Assistência Social. Além do Ministério Competente.

Page 14: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Concessão de registros e títulos:

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP

(Lei 9.790/99)

Vantagens: Vantagens:

Termo de parceria : Poder Público e Sociedade Civil;

Pode Remunerar Diretores;

Desvantagem: Terá que pagar a quota patronal do INSS (Lei 12.101/09).

Page 15: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Concessão de registros e títulos:

Organizações Sociais: (Lei 9.637/98).

Vantagem: Acesso aos bens públicos (móveis ou imóveis)através do Contrato de Gestão.

Page 16: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

1 - Conceitos e informações do Terceiro Setor

Concessão de registros e títulos:

Importante: Termo de Parceria e Contrato de Gestão: Alvo de críticaspor conta da não licitação (não ocorreu uma contratação). (Decreto6.170/07):6.170/07):

Art. 4º A celebração de convênio ou contrato de repasse comentidades privadas sem fins lucrativos será precedida dechamamento público a ser realizado pelo órgão ou entidadeconcedente, visando à seleção de projetos ou entidades que tornemmais eficaz o objeto do ajuste.

Page 17: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo:

A - Lei 10.406/02 (Código Civil);

B - Decreto 6.170/07 e 7.568/11(Transferência de recursos daUnião);

C - Lei 9.790/99: (Organizações da Sociedade Civil de InteressePúblico);

D - Lei 9.637/98 (Organizações Sociais);

E - Lei 8.742/93 (Organização da assistência social);

Page 18: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo:

F - Lei 12.101/09 (certificação das entidades beneficentes deassistência social);

G - Lei 8.212/91 (Organização da Assistência Social);

H - Decreto 7.237/10: (Regulamenta a Lei no 12.101, de 27 denovembro de 2009, para dispor sobre o processo de certificação dasentidades beneficentes de assistência social).

Determina auditoria: ...para entidade com receita bruta superior a R$360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais).

Page 19: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

2.1 – Normas Contábeis: Lacuna entre 2010 e 2012.

Norma Assunto Vigência

NBC T 3 Conceito Conteúdo Estrutura Demonstrações Contábeis

Revogada 2010

NBC T 6 Divulgação das DC’s Revogada em 2010NBC T 6 Divulgação das DC’s Revogada em 2010

NBC T 4 Aspectos Contábeis entidades diversas: Fundações

Revogada em 2012

NBC T 10.18 Aspectos Contábeis Entidades Sindicais

Revogada em 2012

NBC T 10.19 Aspectos Contábeis Entidades sem finalidade lucrativa

Revogada em 2012

NBC TG 07 Subvenção e assistência Governamentais

Em vigor

Page 20: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

2.1- Normas Contábeis: Mudança relevante entre em 2012.

Lacuna entre 2010 e 2012:

Na ausência da NBC T 3 (Conceito Conteúdo EstruturaNa ausência da NBC T 3 (Conceito Conteúdo EstruturaDemonstrações Contábeis)

Aplicou-se qual norma?

Page 21: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12):

Alcance:

[...][...]

4. Aplicam-se à entidade sem finalidade de lucros osPrincípios de Contabilidade e esta Interpretação. Aplica-se também a NBC TG 1000 – Contabilidade paraPequenas e Médias Empresas ou as normas completas(IFRS completas) naqueles aspectos não abordados poresta Interpretação.

[...]

Page 22: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

Alguns destaques Relativos à Alcance e Aplicabilidade. A ITG 2002 (Resolução 1.409/12)

...fundação de direito privado, associação, organização social, organização religiosa, partido político e entidade sindical.

Entidade de assistência social, saúde, educação, técnico-científica, esportiva, religiosa, política, cultural, beneficente, social e outras, administrando pessoas, coisas, fatos e interesses coexistentes, e coordenados em torno de um patrimônio coisas, fatos e interesses coexistentes, e coordenados em torno de um patrimônio com finalidade comum ou comunitária.

Esta Interpretação aplica-se às pessoas jurídicas de direito privado sem finalidade de lucros, especialmente entidade imune, isenta de impostos e contribuições para a seguridade social, beneficente de assistência social e atendimento aos Ministérios que, direta ou indiretamente têm relação com entidades sem finalidade de lucros e, ainda, Receita Federal do Brasil e demais órgãos federais, estaduais e municipais.

Page 23: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12): Práticas Contábeis: Reconhecimento de Receitas.

Item 9 da ITG 2002: As doações e subvenções recebidas para custeio e investimentodevem ser reconhecidas no resultado, observado o disposto na NBC TG 07 – Subvenção eAssistência Governamentais.

Item 11 da ITG 2002: Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento noItem 11 da ITG 2002: Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento noresultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição para custeio e investimento, bemcomo de isenção e incentivo fiscal registrados no ativo, deve ser em conta específica dopassivo.

Item 12 da NBC TG 07: Uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receitaao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em basesistemática, desde que atendidas as condições desta Norma. A subvenção governamentalnão pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido.

Page 24: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12):

Exemplos de Reconhecimento de Receitas

Registro Contábil:

Doações para custeio: Reconhece o ativo e receita.

Doações específicas (Já recebeu masainda não pode reconhecer receita):

Reconhece rubrica de ativo e passivo.À medida em que incorrem asdespesas há o reconhecimento dareceita e também a baixa no ativo.

Observe que ocorre o recebimento mas não se reconheceu receita.

Page 25: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12):

Exemplos de Reconhecimento de Receitas

Registro Contábil:

Doações para custeio: Reconhece o ativo e receita.

Doações específicas (Já recebeu masainda não pode reconhecer receita):

Reconhece rubrica de ativo e passivo. Àmedida em que incorrem as despesas háo reconhecimento da receita e também abaixa no ativo.

Item 8 NBC TG 07: O simples recebimento da subvenção não é provaconclusiva de que as condições a ela vinculadas tenham sido ou serãocumpridas.

Page 26: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12):

2 - Ambiente legal e normativo

Plano de contas e divulgação:

Segregação das Receitas (item 12):

As receitas decorrentes de doação,contribuição, convênio, parceria, auxílio esubvenção por meio de convênio, editais,contratos, termos de parceira e outrosinstrumentos, para aplicação específica,instrumentos, para aplicação específica,mediante constituição, ou não, de fundos, e asrespectivas despesas devem ser registradasem contas próprias, inclusive as patrimoniais,segregadas das demais contas da entidade

Divulgação e prestação de contas (Item 17):

Os registros contábeis devem ser segregadosde forma que permitam a apuração dasinformações para prestação de contas exigidaspor entidades governamentais, aportadores,reguladores e usuários em geral.

Page 27: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 (Resolução 1.409/12):

Gratuidades

Item 16 O benefício concedido como gratuidade por meio da prestação de serviços deve ser reconhecido pelo valor efetivamente praticado.

Item 19 O trabalho voluntário deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro.

Obs.:

1) Apêndice A da norma: Traz tais rubricas no modelo sugerido.

2) O Manual de Procedimentos Contábeis para Fundações e Entidades deInteresse Social (CFC -2007), já sugeria tal reconhecimento.

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2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 traz também reflexos por conta da NBC TG 1000 :

• Práticas Contábeis: Traz os principais conceitos da contabilidade internacional também para o 3º Setor: Primazia da Essência sobre a forma...Relevância/Compreensibilidade/Materialidade.....

• Demonstração dos Fluxos de Caixa;• Demonstração dos Fluxos de Caixa;

• Abrangência das notas explicativas: A ITG 2002 + NBC TG 1000.

• Aplicação dos conceitos de valor justo e redução ao valor recuperávelde ativos.

Dúvida sobre aplicação do teste de impairment também para as Entidades do Terceiro Setor.

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2 - Ambiente legal e normativo

A ITG 2002 traz também reflexos por conta da NBC TG 1000 :

Práticas Contábeis:

Item 20: Aplica-se aos ativos não monetários a Seção 27 daNBC TG 1000, que trata da redução ao valor recuperável deativos e a NBC TG 01, quando aplicável.

Seção 27: ...Uma perda por desvalorização ocorre quando ovalor contábil de ativo excede seu valor recuperável...

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3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Reflexos do ambiente normativo e Regulatório:

Planejamento:

NBC TA 300:

• Identificar as características do trabalho para definir o seualcance;

• Obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e oambiente regulatório aplicável à entidade e como aentidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura.

Page 31: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

NBC TA 200:

• Identifique e avalie os riscos de distorção relevante,• Identifique e avalie os riscos de distorção relevante,independentemente se causados por fraude ou erro, combase no entendimento da entidade e de seu ambiente,inclusive o controle interno da entidade (NBC TA 200).

Page 32: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Reflexos do ambiente normativo e Regulatório:

Nos honorários: Impacto na quantidade de horas e naescolha equipe necessária;escolha equipe necessária;

Honorários Muito Baixos: Proibido pelo Artigo 8 do nossocódigo de ética.

A doação (honorários R$ 0) de um serviço de auditoriaindependente à uma entidade, não é permitido.

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3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Reflexos do ambiente normativo e Regulatório:

Aparência de independência (NBC PA 290)

Evitar fatos e circunstâncias que sejam tão significativos aponto de que um terceiro com experiência, conhecimento ebom senso provavelmente concluiria, ponderando todos osfatos e circunstâncias específicas, que a integridade, aobjetividade ou o ceticismo profissional da firma, ou demembro da equipe de auditoria ficaram comprometidos.

Page 34: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Reflexos do ambiente normativo e Regulatório:

As ameaças à independência:

• ameaça de interesse próprio é a ameaça de que interessefinanceiro ou outro interesse influenciará de forma nãofinanceiro ou outro interesse influenciará de forma nãoapropriada o julgamento ou o comportamento do auditor;

• ameaça de defesa de interesse do cliente é a ameaça de que oauditor promoverá ou defenderá a posição de seu cliente a pontoem que a sua objetividade fique comprometida;

• ameaça de familiaridade: ....., devido ao relacionamento longo oupróximo com o cliente, o auditor tornar-se-á solidário aosinteresses dele ou aceitará seu trabalho sem muitoquestionamento.

Page 35: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Reflexos na avaliação de Fraudes:

NBC TA 240:

Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos daadministração, dos responsáveis pela governança,empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção devantagem injusta ou ilegal.

Page 36: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

Fraude cometida pela administração:

... A administração está em posição privilegiada paraperpetrar fraudes em função de sua capacidade paraperpetrar fraudes em função de sua capacidade paramanipular registros contábeis e elaborar demonstraçõescontábeis fraudulentas, burlando controles que sob outrosaspectos parecem funcionar de forma efetiva. Embora o níveldo risco de burlar controles pela administração varie deentidade para entidade, o risco, não obstante, está presenteem todas as entidades.

Page 37: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

• Reflexos na avaliação de Fraudes:

• Medidas:

• O auditor deve avaliar se variações inesperadas ou não usuaisque foram identificadas durante a aplicação dos procedimentosque foram identificadas durante a aplicação dos procedimentosde revisão analítica, inclusive aqueles relacionados com asreceitas, podem indicar riscos de distorção relevante decorrentede fraude.

• Revisão analítica ;

• Preços de mercado (fraude em valores);

Page 38: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

• Extensão dos testes substantivos;

• Corroborar afirmações obtidas através de indagação à• Corroborar afirmações obtidas através de indagação àAdministração.

Page 39: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

• Reflexos na avaliação de Fraudes:

• Avaliar os aspectos relativos à aceitação e Manutenção docliente e do trabalho de auditoria específico (NBC TA 300 ecliente e do trabalho de auditoria específico (NBC TA 300 e220).

• Considerar declinar do trabalho.

Page 40: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

3 - Principais pontos a serem destacados no trabalho de auditoria

• Reflexos no risco da Auditoria :

• O Ambiente normativo das NBC TA: Considerar sempre• O Ambiente normativo das NBC TA: Considerar sempreseu nível de conhecimento;

• Riscos perante órgãos reguladores: Ministérios Público daJustiça;

• Setor suscetível à fraudes;

Page 41: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

4 – Atendimento ao Ato Normativo nº 3/12

O Ministério Público do ES (Ato normativo nº 3/12):

Art.7º. Deverão acompanhar a prestação de contas os seguintesdocumentos:

...

IV - Cópia do Relatório dos Auditores Independentes sobre asDemonstrações Contábeis, se a Fundação tiver contratado auditoriaindependente por exigência deste Ato Normativo, estatutária,deliberação da fundação ou por exigência legal, contendo a análisesobre a situação administrativa, financeira, econômica, patrimoniale contábil da Fundação, com conclusão definitiva e detalhada sobrea possibilidade de aprovação das contas, com ou sem ressalvas,além dos certificados e demais elementos das auditorias externas[grifo nosso].

Page 42: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

4 – Atendimento ao Ato Normativo nº 3/12.

• Objetivo de uma auditoria (NBC TA 200):

• Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeiscomo um todo estão livres de distorção relevante,independentemente se causadas por fraude ou erro,possibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre sepossibilitando assim que o auditor expresse sua opinião sobre seas demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos osaspectos relevantes, em conformidade com a estrutura derelatório financeiro aplicável.

• ...análise sobre a situação administrativa, financeira, econômica,patrimonial e contábil da Fundação, com conclusão definitiva edetalhada sobre a possibilidade de aprovação das contas, com ousem ressalvas...

Como atender se não faz parte dos objetivos dos trabalhos de auditoria?

Page 43: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

4 – Atendimento ao Ato Normativo nº 3/12

• NBC TSC 4400 - Trabalhos de Procedimentos PreviamenteAcordados.

• O objetivo do trabalho de procedimentos previamente acordadosconsiste na aplicação, pelo auditor independente, deconsiste na aplicação, pelo auditor independente, deprocedimentos de auditoria acordados entre o auditorindependente, a entidade e, eventualmente, terceiros, com aconsequente emissão de relatório com as descobertas de fatosespecificamente constatados (doravante denominado "relatóriocom constatações factuais").

• ... Trabalhos de procedimentos previamente acordados podemenvolver a aplicação pelo auditor de certos procedimentosrelacionados a itens individuais de dados financeiros.

Page 44: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

5 – Caso de responsabilização de auditores

• Reportagem do Valor Econômico, disponível no sitio do TJSP(http://www.tjsp.jus.br/Institucional/Imprensa/Clippings/Clipping.aspx?Id=36354)

• O juiz Carlos Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara de• O juiz Carlos Marcelo Mendes de Oliveira, da 2ª Vara deFalências e Recuperação Judiciais, decidiu não fazer, ao menospor enquanto, o arresto dos bens das auditorias ...., conformetinha sido pedido pelo Ministério Público (MP) de São Paulo, emdenúncia sobre o envolvimento das empresas na quebra dobanco Cruzeiro do Sul entregue no início do mês;

• .. Rombo de rombo de R$ 2,23 bilhões;

Page 45: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

5 – Caso de responsabilização de auditores

• ... Profissionais do setor ficaram perplexos depois de os auditoresterem sido equiparados, em termos de responsabilidade, aoscontroladores e administradores do Cruzeiro do Sul.controladores e administradores do Cruzeiro do Sul.

• ... O entendimento de executivos e técnicos da área é que, se oauditor tiver que dividir igualmente a conta em casos de fraudeou falência de empresas, ninguém mais vai querer prestar oserviço de auditoria. O risco assumido não seria remuneradopelos honorários.

Page 46: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

5 – Caso de responsabilização de auditores

NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em Relação a Fraude, no

Contexto da Auditoria de Demonstrações Contábeis:

• ... O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas deauditoria é responsável por obter segurança razoável de que asdemonstrações contábeis, como um todo, não contém distorçõesdemonstrações contábeis, como um todo, não contém distorçõesrelevantes, causadas por fraude ou erro. Conforme descrito naNBC TA 200, devido às limitações inerentes da auditoria, há umrisco inevitável de que algumas distorções relevantes dasdemonstrações contábeis podem não ser detectadas, apesar de aauditoria ser devidamente planejada e realizada de acordo comas normas de auditoria (NBC TA 200, item 51).

Page 47: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

6 – Postura e Desafios para os Auditores:

• Objetivo social: Cumprimento das normas;

• Em todo o trabalho avaliar e entender a legislação aplicável;

• Considerar quais são os organismos reguladores e asexigências;exigências;

• Especial zelo na avalição dos riscos;

• Relatório aplicável;

• Disclosure: Através de sua atuação, contribuir para elevaçãodo nível;

• Manter diálogo com os reguladores.

Page 48: Auditoria das Demonstrações Contábeis das Fundações no ES

Muito obrigado.

Klaus Xavier de OliveiraKlaus Xavier de Oliveira