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Audiência Pública – Brasília/DF Endividamento do Setor Rural Brasileiro (26/08/09) Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR

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Page 1: Audiência Pública – Brasília/DF Endividamento do Setor ... · custo de produção, sem necessidade do governo formar estoques reguladores, remunerando a diferença entre o custo

Audiência Pública – Brasília/DFEndividamento do Setor Rural Brasileiro

(26/08/09)

Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural - CAPADR

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1. Fatores do Endividamento do Setor

Arrozeiro

2. O porque de uma política diferenciada

3. Importância das Entidades

4. Sugestões da Federarroz para a Política

Agrícioa para o Setor

5. Considerações Finais

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• Setor produtivo gera renda, mas nem sempre se apropria da mesma;

• Quando o produtor compra insumos e máquinas, pergunta quanto custa -

o governo não intervém nos monopólios (Petrobrás) ou oligopólios (adubos);

• Quando o produtor vende sua produção, pergunta quanto o mercado paga

(fica a mercê das Indústrias, Cooperativas e agentes de mercado);

• Arroz a depósito nas indústrias gera capital de giro permanente as

mesmas (estima-se que mais de 45% da produção estão nestas condições);

• Descasamento entre os custos de produção e os preços ao produtor;

• Falta incentivo a armazenagem (apenas 28% tem armazenagem própria);

1.1. Fatores relacionados ao mercado interno:1.1. Fatores relacionados ao mercado interno:

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• Custo de Produção Safra 2008/2009 do IRGA (RS);

• Custo por saco de 50 kg = R$ 33,07R$ 33,07• Valor mercado saco 50kg = R$ 26,60R$ 26,60 R$ -6,47R$ -6,47

prejuprejuíízo/sacozo/sacoFonte: Cepea Esalq (24/08/09)Fonte: Cepea Esalq (24/08/09)

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• Custo de Produção Safra 2008/2009 da CONAB (Pelotas)

• Custo por saco de 50 kg = R$ 37,01R$ 37,01• Valor mercado saco 50kg = R$ 26,60R$ 26,60

R$ -10,41R$ -10,41prejuprejuíízo/sacozo/saco

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• Evolução dos preços adubo e da uréia em U$$ - Dez últimos anos

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• Relações de Troca (Saco de Arroz x Insumos)

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• Preços ao produtor a partir de 15/02/09 do CEPEA-ESALQ

- 16/02/2009 – R$ 31,27

- 02/03/2009 – R$ 29,46

- 16/03/2009 – R$ 28,66

- 02/04/2009 – R$ 27,79

- 16/04/2009 – R$ 27,54

- 04/05/2009 – R$ 27,19

- 18/05/2009 – R$ 26,25

- 02/06/2009 – R$ 25,01

Comportamento do mercado na safraComportamento do mercado na safra

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Renda Atividade OrizRenda Atividade Orizíícolacola

Em 20 anos, 13 deram resultado negativo (65%) Em 20 anos, 13 deram resultado negativo (65%)

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DesequilDesequilííbrio Margens da Cadeiabrio Margens da Cadeia

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Comparativo EndividamentoComparativo EndividamentoBrasil x Rio Grande do Sul Brasil x Rio Grande do Sul (todas culturas)(todas culturas)

Fonte: BACEN

Arroz: 4 bilhões (estimativa extra-oficial)Arroz: 4 bilhões (estimativa extra-oficial)Arroz: 4 bilhões (estimativa extra-oficial)Arroz: 4 bilhões (estimativa extra-oficial)

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• Com a crise econômica mundial o crédito ficou mais escasso

e restrito;

• Cotação do dólar frente ao real refletem nas importações

e exportações;

• Países desenvolvidos subsidiam pesadamente o arroz;

• Menor competitividade do arroz nacional frente aos

grandes exportadores, pois consideram o arroz um produto

sensível e estratégico (EUA, Tailândia, Europa).

1.2. Fatores relacionados ao mercado Externo:1.2. Fatores relacionados ao mercado Externo:

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Atingindo a auto suficiência - quadro de oferta e demanda últimos 4 anos;

   A n o C o m e r c ia l (m a r ç o a f e v e r e i r o )A n o C o m e r c ia l (m a r ç o a f e v e r e i r o ) 2 0 0 5 /0 62 0 0 5 /0 6 2 0 0 6 /0 72 0 0 6 /0 7 2 0 0 7 /0 82 0 0 7 /0 8 *2 0 0 8 /0 9*2 0 0 8 /0 9

0 1 . E S T O Q U E IN IC IA L 3 .5 3 2 ,1 2 .8 7 9 ,3 2 .0 2 2 ,7 1 .0 8 2 ,3

0 2 . P R O D U Ç Ã O 1 1 .9 7 1 ,7 1 1 .3 1 5 ,9 1 2 .0 5 9 ,6 1 2 .6 5 0 ,9

0 3 . IM P O R T A Ç Ã O 8 2 7 ,8 1 .0 6 9 ,6 5 9 0 ,0 9 5 0 ,0

0 4 . S U P R IM E N T O 1 6 .3 3 1 ,6 1 5 .2 6 4 ,8 1 4 .6 7 2 ,3 1 4 .6 8 3 ,2

0 5 . C O N S U M O T O T A L 1 3 .0 0 0 ,0 1 2 .9 2 9 ,0 1 2 .8 0 0 ,0 1 2 .9 0 0 ,0

0 6 . E X P O R T A Ç Ã O 4 5 2 ,3 3 1 3 ,1 7 9 0 ,0 5 0 0 ,0

0 7 . D E M A N D A T O T A L 1 3 .4 5 2 ,3 1 3 .2 4 2 ,1 1 3 .5 9 0 ,0 1 3 .4 0 0 ,0

0 8 . E S T O Q U E F IN A L (2 8 d e F e v ) 2 .8 7 9 ,3 2 .0 2 2 ,7 1 .0 8 2 ,3 1 .2 8 3 ,2

0 9 . R E L . E S T . F IN A L X C O N S U M O T O T A L 2 1 ,4 1 5 ,3 8 ,0 9 ,6

1 0 . E s t o q u e p ú b l ic o f in a l 1 .2 6 0 ,0 1 .4 1 0 ,0 5 2 0 ,0 5 2 0 ,0

1 1 . E s t o q u e p r iv a d o 1 .6 1 9 ,3 6 1 2 ,7 5 6 2 ,3 7 6 3 ,2

1.3. Excedente de produção com Mercosul1.3. Excedente de produção com Mercosul

15.449,8015.449,80

14.195,2014.195,20

14.082,3014.082,30

13.733,2013.733,20

Arroz: 4 bilhões (estimativa extra-oficial)

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• Importações do MERCOSUL;

• Assimetrias: insumos, máquinas e equipamentos mais baratos, e Leg.

Ambiental e Fiscal (reintegro nas exportações);

• Tabela exportações x importações safra 02/03 a 07/08.

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• A lavoura de arroz é 100% outorgada e licenciada;

• Evoluiu p/ produção mais limpa, redução uso da água e insumos;

• Reserva Legal lei 1.965 propõe 20% das áreas saiam do proc. prod.;

• Estatuto da Terra de 30/11/64 - Lei 4.504 - Seção VII - Da Assistência

à Comercialização - Artigo 85: “1° Para fixação do preço mínimo se tomará por base o custo efetivo da produção, acrescido das despesas de transporte para o mercado mais próximo e da margem de lucro do produtor, que não poderá ser inferior a trinta por cento”.

CP (R$ 33,07) x ML (30%) = R$ 43,00CP (R$ 33,07) x ML (30%) = R$ 43,00

1.4. Fatores relacionados a Legislação Ambiental1.4. Fatores relacionados a Legislação AmbientalCusto para cumprimento da legislaçãoCusto para cumprimento da legislação

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• Falta de recursos para atender a demanda;

• Apenas 1/3 dos produtores tem acesso ao crédito oficial;

• Demais buscam o financiamento no mercado (juros mais caros, troca-

troca, financiamento nas revendas, venda antecipada, etc);

• Resultando em excesso de oferta antes, durante e imediatamente a

safra, pressionando os preços para baixo;

• Todas as renegociações de dividas (securitização, PESA, custeios e

investimentos safras 03/04 a 05/06) retiram o produtor do crédito

oficial, ou seja, dão com uma mão e retiram com a outra;

• Excesso de burocracia e exigências p/ liberação.

1.5. Fatores relacionados ao acesso ao CR e recursos1.5. Fatores relacionados ao acesso ao CR e recursos

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• Defasagem de 22% do preço mínimo em relação ao custo de

produção (25,80 x 33,07) R$ 7,27R$ 7,27;

• Dificuldade de acesso a PGPM (Armazenagem credenciada);

• Governo forma estoques através da PGPM (AGF, OPÇÕES) e

quando os preços sobem desovam os estoques pressionando o

mercado para baixo (dos 14 produtos da CB, 11 valem + que

arroz);

• Acesso ao crédito de comercialização (poucos tem acesso);

• Certidões negativas municipais, estaduais e federais.

1.6. Fatores relacionados a Política de Preços Mínimos:1.6. Fatores relacionados a Política de Preços Mínimos:

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• A produção é a céu aberto, não se tem controle sobre o clima;

• O produtor não põe preço no seu produto, o mercado põe;

• Enfrenta monopólios e oligopólios (3 redes varejistas dominam 40% do

mercado e 10 indústrias dominam 50% do mercado);

• Concorrência MERCOSUL e pesados subsídios agrícolas países desen.

• Juros diferenciados, garantia de crédito p/ produzir, comercializar e investir, garantindo renda na atividade;

• Medidas compensação por crise climática e de mercado (a própria lei do

crédito rural dá este direito).

Em razão disto os produtores necessitam:Em razão disto os produtores necessitam:

2. O porque de uma Política 2. O porque de uma Política DiferenciadaDiferenciada

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• Ação conjunta: FEDERARROZ, FARSUL, IRGA, SAA, Parlamentares Estaduais e Federais

identificados com o setor;

•A atuação tem sido fundamental p/ atenuar as dificuldades, mas são medidas

paliativas, pois não resolvem o foco do problema;

• Na safra 2008/2009 obtivemos várias medidas do Governo e dos Bancos

(recursos da ordem de R$ 1,12 bilhões equivalentes a 2,12 milhões de toneladas -

25% da safra Gaúcha);

• Vários mecanismos de comercialização (EGF, OPÇÕES, AGF, PAA);

• Nos Bancos: adiamento dos custeios (BB e Banrisul) e amortização c/ os

Contratos de Opções, mais prazo p/ pgto do EGF, redução das garantias do EGF

entre outras.

3. A importância das Entidades3. A importância das Entidades

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10. Eficiência do Setor e da Cadeia:10. Eficiência do Setor e da Cadeia:Aumento de Produtividade Aumento de Produtividade

41% (10 anos) 41% (10 anos) 2.22 ton/ha2.22 ton/ha

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Exportação 2004 a 2009Exportação 2004 a 20092,647 milhões/ton.2,647 milhões/ton.

Média 529 mil/ton/ano (5 anos)Média 529 mil/ton/ano (5 anos)

• Organização de Exportação de arroz em 2004 (Start das Grandes Exportações);

• Participação Missões Comerciais (Peru, México e África do Sul);• Recepção Missões Comerciais (Nigéria, Chile, Peru, Venezuela,

Costa Rica, Panamá, Cuba, Benin e Emirados Árabes)• Ação política p/ manutenção e adequação do terminal portuário da

CESA Porto de Rio Grande;• Apoio político aos terminais privados Termasa/CCGL p/ liberação

de investimentos no Porto de R. Grande;• Aproximação entre potenciais importadores c/ operadores de

mercado, Indústrias e Cooperativas Gaúchas.

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4.1. Volume de Recursos: 4.1. Volume de Recursos: • Aumentar recursos e liberar na época certa;

• Aumento do limite das exigibilidades e da poupança rural;

• Criar mecanismos de acompanhamento e fiscalização das

aplicações dos recursos no crédito rural, estabelecidos por lei;

• Liberar o volume anunciado (safra 08/09 apenas 83% dos

recursos anunciados foram liberados (78 bilhões x 64 bilhões

liberados - BC).

4. Sugestões para a Política Agrícola para 4. Sugestões para a Política Agrícola para o Setor Arrozeiroo Setor Arrozeiro

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Redução p/ 3% ao ano p/ custeio, investimento e

comercialização.

• Garantir acesso ao crédito rural oficial p/ todos; • Reavaliar a análise de risco - Resolução 2682 BACEN;• Benefícios da lei 11.775 não seja restritivo ao crédito custeio/investimento;• Criar um canal de comunicação direta com o MAPA para que o produtor apto possa denunciar dificuldades enfrentadas junto ao agente financeiro quando solicitado o crédito e não atendido;• Regulamentar a flexibilização dos limites de crédito unificando o somatório dos limites de custeio e comercialização;• Desburocratizar a tomada dos recursos;

4.2. Taxa de Juros:4.2. Taxa de Juros:

4.3. Acesso ao Crédito:4.3. Acesso ao Crédito:

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• Criar o crédito rotativo visando agilizar a liberação do crédito;

• Ampliar limites da cultura em torno de 30%;

• Possibilitar o retorno ao CR de produtores hoje excluídos do processo

(Securitização, Pesa, custeios, investimentos, e outros);

• Possibilitar o financiamento compatível c/ o custo de produção;

• Penhor de safra como garantia única p/ liberação do custeio na

proporção de um por um;

• Eliminar a exigência de reciprocidade na concessão do crédito e

garantir financiamento 100% de recursos controlados (sem mix);

• Modificar o prazo p/ início de pagamento do custeio alongado a partir

de 90 dias após término da colheita (julho a novembro) em 5 parcelas.

4.4. Crédito Rural de Custeio:4.4. Crédito Rural de Custeio:

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• Garantir renda aos produtores (Estatuto da Terra);

• Readequar a legislação dos preços mínimos (PGPM)

objetivando que os preços mínimos sejam compatíveis ao

custo total de produção;

• Elevar em até 20% o aporte de recursos para política de

regulação e intervenção do Governo Federal;

• Penhor de safra como garantia única para liberação do

crédito de comercialização na proporção de um por um;

• Desburocratizar o credenciamento dos armazéns,

desvinculando de pendências fiscais.

4.5. 4.5. Crédito Rural de ComercializaçãoCrédito Rural de Comercialização

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• No Moderinfra e no Prodecoop, aos investimentos específicos para armazenagem ampliar o prazo de carência de 3 para 5 e também o período para amortização de 8 para 15, destinados a produtores, cooperativas e associações de produtores;

• Estabelecer linha de crédito na modalidade de investimento

com o objetivo de financiar importação de matéria prima

básica (insumos agropecuários) para reduzir custos.

4.6. Programas de Investimento4.6. Programas de Investimento

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• Fiscalizar/orientar os agentes financeiros para que a adesão ao

Seguro Agrícola seja voluntária e não compulsória, garantindo a

livre escolha do produtor sobre a seguradora;

• Validar para a cultura do arroz irrigado do RS o seguro do IRGA

contra o Granizo (decr.25.665 de 11/06/77 e decr.35.372 de

05/07/94);

• Adotar os dados estatísticos de produtividade por município do

IRGA\RS;

• Aumentar o limite de cobertura de cada cultura garantindo o

mínimo de 100% do custo de produção, por hectare;

4.7. Seguro Rural4.7. Seguro Rural

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• Retomar com o EGF COV (com opção de venda);

• Criar o PREÇO META, que possibilita alcançar ao produtor o valor do

custo de produção, sem necessidade do governo formar estoques

reguladores, remunerando a diferença entre o custo de produção e o

valor de mercado, através das bolsas de mercadorias.

4.8. Novos Mecanismos de Comercialização4.8. Novos Mecanismos de Comercialização

• Aumento da dotação orçamentária para apoiar a comercialização da

safra;

• Realização, pelo governo, de leilões de equalização de preço antes do

plantio de forma a garantir a comercialização da safra.

4.9. Política de apoio a Comercialização4.9. Política de apoio a Comercialização

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• Reescalonamento global da dívida dos produtores (PESA,

securitização, FAT, custeios e investimentos alongados) e

dívididas com fornecedores não incluídas no FAT, com juros de

2% a.a., prazo variável de acordo c/ capacidade de pagamento,

bônus de adimplência e garantia de acesso ao crédito rural

oficial;

4.10. Endividamento:4.10. Endividamento:

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• Aprovar lei c/ taxação do Funrural p/ o arroz importado;

• Aumento da TEC p/ 35% s/ arroz importado outros

continentes que subsidiam pesadamente a produção;

• Retorno da cobrança do PIS-COFINS no arroz importado

industrializado ou semi-industrializado;

• Agilizar o fim da guerra fiscal entre os estados;

• Fiscalização dos estoques de arroz nas indústrias e

cooperativas e entrega de recibos de depósitos estabelecidos

pela lei de armazenagem pelos órgãos competentes;

4.11. Outras medidas:4.11. Outras medidas:

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• Fiscalizar e controlar as empresas coibindo o aumento abusivo dos

preços dos principais insumos agrícolas aos produtores (ex. fertilizantes em 2008);• Permitir livre acesso aos insumos no âmbito do MERCOSUL e

mesmas taxas/impostos, conforme lei do próprio MERCOSUL (Art.1º

e 7º);

• Fomentar exportações do setor produtivo (Ex: CESA/RS);

• Apoio do MAPA p/ programas de aumento de consumo do arroz;

• Incentivar e incrementar a inclusão do arroz e seus derivados nos

programas sociais do governo: Fome Zero, Bolsa Família e Merenda

Escolar etc;

4.11. Outras medidas:4.11. Outras medidas:

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3 3

• Apoio do MAPA p/ potencializar a exportação de arroz, buscando acordos fitossanitários e tarifários com países importadores;

• Estabelecer uma política de redução dos tributos sobre

insumos;

• Reduzir o preço do óleo diesel p/ as atividades agrícolas e

pecuárias;

• Política Ambiental - Revogar o Dec. n° 6.514, de 22.07.2008 e o

Dec. n° 6.686, de 10.12.2008.

• Revisar o Código Florestal;

• Reduzir carga tributária produtos cesta básica (1986-20% -

2009-36%);

4.11. Outras medidas:4.11. Outras medidas:

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3 4

• Incrementar o Programa de Irrigação nas propriedades rurais,

com a eliminação de impostos sobre equipamentos de irrigação;

• Registro e liberação para comercialização dos agroquímicos

genéricos como forma de redução de custo aos produtores;

• Avaliação fitossanitária produtos agrícolas e pecuários

importados;

• Revisar a legislação dos fertilizantes quanto à tolerância e

concentração das formulações, com aumento das penalidades.

4.11. Outras medidas:4.11. Outras medidas:

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• O RS representa 62% da produção nacional , 50% do

MERCOSUL, 76% do arroz irrigado produzido no Brasil e 90%

das exportações;

• 140 municípios tem sua matriz econômica baseadas na

produção de arroz;

• São 18 mil produtores (70% c/ área inferior a 100 ha);

• A orizicultura gera 232 mil empregos, com as famílias

envolvidas chegamos a mais de 1 milhão de pessoas envolvidas.

5. Considerações Finais5. Considerações Finais

Page 36: Audiência Pública – Brasília/DF Endividamento do Setor ... · custo de produção, sem necessidade do governo formar estoques reguladores, remunerando a diferença entre o custo

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• O Arroz é considerado um produto sensível, de cesta básica, de segurança alimentar, portanto de desenvolvimento regional e nacional;• Os Governos devem valorizar o Setor Produtivo diferenciadamente por garantirem o abastecimento interno e gerar divisas para o país;• Segundo a ONU neste momento 20% da população mundial (1 bilhão de pessoas) passam fome (de 2008 p/ 2009 houve um aumento de 100 milhões);• O Brasil é a última fronteira agrícola e pode ajudar a saciar a fome mundial, desde que esteja assegurada a renda na atividade.

5. Considerações Finais5. Considerações Finais

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Os países de primeiro mundo

investem pesadamente na produção

de alimentos.

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Não esqueçamos:

a recuperação dos países destruídos

pela 2ª guerra mundial foi baseada na

agricultura.Nuremberg - Alemanha

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3 9

Obrigado!Obrigado!

Fone: (53) 3243.6002Fone: (53) 3243.6002

E-mail: [email protected]: [email protected]