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RADIOGRAFIA DO CRÉDITO E DO ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: COMPARAÇÕES 2011 - 2013 Junho Altamiro Carvalho 2014 Pesquisa Este documento faz parte do Sistema de Gestão da Qualidade da Fecomercio SP 1 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução RADIOGRAFIA DO CRÉDITO E DO ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS: COMPARAÇÕES 2011 - 2013 JUNHO 2014

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RADIOGRAFIA DO CRÉDITO E DO

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS

CAPITAIS BRASILEIRAS: COMPARAÇÕES 2011 -

2013

Junho Altamiro Carvalho

2014 Pesquisa

Este documento faz parte do Sistema de Gestão da Qualidade da Fecomercio SP

1 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução

RADIOGRAFIA DO CRÉDITO E DO ENDIVIDAMENTO DAS

FAMÍLIAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS:

COMPARAÇÕES 2011 - 2013

JUNHO 2014

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EMENTA

Em sua quarta edição anual, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresenta o estudo cujo objetivo é realizar

uma avaliação detalhada dos efeitos da política de crédito adotada nos últimos anos

sobre as condições financeiras das famílias das capitais brasileiras.

Nesta edição, o período abrange os anos de 2011 até 2013. Em relação aos estudos

anteriores, foi introduzido, além da análise tradicional sobre o crédito total no Brasil

(e não apenas nas capitais), um capítulo onde se avalia o comportamento e as

dimensões da inadimplência das pessoas físicas, calculados a partir dos dados oficiais

de crédito do Banco Central.

Para melhor compreensão, o estudo faz avaliações em duas esferas: uma, baseada em

dados nacionais, sem segmentação regional, tomando por base as informações oficiais

de crédito mensalmente divulgadas pelo Banco Central.

Na segunda parte, é feita uma avaliação detalhada baseada nos dados da Pesquisa de

Endividamento e Inadimplência (PEIC), produzidos pela Confederação Nacional do

Comércio nas 27 capitais brasileiras e que sedimentam os diagnósticos sobre as

diferenças dos comportamentos regionais sobre o uso do crédito.

Assim, o trabalho é dividido em cinco capítulos:

1. Uma introdução contendo os esclarecimentos sobre os objetivos, a

metodologia, fontes primárias, critérios e premissas adotadas para o estudo.

2. O comportamento agregado do crédito sob uma visão macroeconômica em

2011 no Brasil, tendo como objetivo analisar sua administração como

instrumento de política econômica, sua dimensão, custo e tendência, tomando

como base as séries de dados compilados pelo Banco Central no Brasil.

3. Uma avaliação específica sobre o comportamento da inadimplência no Brasil

nos últimos três anos, suas dimensões relativas e monetárias e a evolução ao

longo do período.

4. Análise dos resultados obtidos pela Pesquisa de Endividamento e

Inadimplência (PEIC) em todas as 27 capitais brasileiras, bem como seus

resultados totais. São demonstradas nesse capítulo todas as principais variáveis

que mostram a dinâmica do comportamento das famílias na administração do

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crédito, como comprometimento da renda, nível de endividamento, média

mensal de dívidas e capacidade de quitação das mesmas em todas as capitais.

5. Conclusão sobre os principais resultados obtidos nesses três últimos anos

sobre a realidade do endividamento das famílias nas capitais, bem como sobre

o papel que o crédito vem representando no nível de consumo doméstico.

A análise desses três anos é particularmente importante para se compreender o exato

papel do crédito no processo de desaceleração nítida do consumo que foi iniciado em

2012, como parte importante do fraco desempenho do nível geral das atividades

verificado nesses últimos anos.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 5

2. OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO BRASIL (MACRODADOS DO BANCO

CENTRAL) .................................................................................................................... 6

3. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INADIMPLÊNCIA NO BRASIL 2011-2013 ..... 9

4. RADIOGRAFIA DO USO DO CRÉDITO PELAS FAMÍLIAS NAS CAPITAIS

BRASILEIRAS ENTRE 2010 E 2012 ........................................................................ 11

5. CONCLUSÃO – O IMPACTO DA POLÍTICA DE CRÉDITO ENTRE 2011 E

2013 NO ENDIVIDAMENTO E NO NÍVEL DE INADIMPLÊNCIA DAS

FAMÍLIAS BRASILEIRAS ........................................................................................ 15

ANEXOS ..................................................................................................................... 17

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1. INTRODUÇÃO

1.1. OBJETIVOS E METODOLOGIA

Este estudo avalia os principais aspectos, dimensões e efeitos da política de crédito no

Brasil no período entre 2011, quando ocorreram restrições monetárias, com intuito de

conter as pressões inflacionárias, em 2012 quando se observaram os menores níveis

de taxas de juros para os consumidores e 2013, onde a persistência inflacionária

passou a mostrar a necessidade de se retomar uma política de juros mais agressiva e

de contenção do ritmo da atividade interna.

A exemplo dos anteriores, este trabalho apresenta os principais indicadores mensais

de taxa endividamento, número de famílias com dívidas, seus valores totais e médios

e nível de comprometimento da renda com empréstimos, em todas as capitais, nos três

últimos anos, por meio de índices médios mensais comparativos entre 2011 e 2013.

Foram usadas as seguintes bases de dados primários:

Para os macrodados relativos às operações de crédito e de inadimplência em nível

agregado nacional, utilizou-se a base de dados do Banco Central do Brasil que,

infelizmente, não mostra nenhuma segmentação regional.

Para as análises relativas às capitais brasileiras, foram utilizados:

INPC, contagem populacional, Pesquisa mensal de emprego e POF, todas do IBGE e

as taxas de mensais de endividamento, comprometimento da renda e taxa de famílias

com contas em atraso constantes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência dos

Consumidores (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

A PEIC, realizada pela Confederação Nacional do Comércio em todas as capitais

brasileiras, entrevista mensalmente 17,8 mil pessoas nessas cidades, produzindo, de

forma direta, mais de 213 mil questionários por ano com dados informados de

maneira direta pelos consumidores sobre a sua realidade de endividamento,

capacidade de pagamento e perfil e situação de suas dívidas. Trata-se, portanto, de um

acervo de informações sem paralelo e com grande qualidade e precisão, pois a

margem de erro para os valores totais das 27 capitais têm uma margem de erro de

apenas 0,73 ponto percentual. Ao utilizar como base do presente estudo algumas das

variáveis da PEIC nas capitais, na realidade a FecomercioSP está se valendo de uma

base consolidada de dados com mais de 640 mil entrevistas feitas com consumidores

ao longo de 2011, 2012 e 2013, o que permite se contar com um grau de

confiabilidade nos resultados bastante elevado.

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Todos os valores foram atualizados para dezembro de 2013, para viabilizar a

comparação entre os mesmos. Também os dados demográficos – população e número

de famílias nas capitais – foram estimados e ajustados mensalmente desde janeiro de

2011. Aqui cabe uma informação importante: O IBGE recentemente reformulou suas

estimativas populacionais, ajustando-as para uma taxa de crescimento maior. Um

exemplo disso é que, nas projeções anteriores, estimava-se que o Brasil atingiria 200

milhões de habitantes entre outubro e novembro de 2014, o que foi de fato alcançado

já em 2013. Com isso, para este estudo foram refeitas todas as estimativas do número

de famílias e de renda familiar desde janeiro de 2011, alterando, portanto, esses dados

divulgados em edições passadas.

De resto, a metodologia permaneceu idêntica à de anos passados: a série massa de

rendimentos das famílias em cada capital foi obtida a partir da renda informada pela

POF 2009 e corrigida pelo INPC para preços de dezembro de 2012, foi mensalmente

estimada e ajustada, inclusive agregando as respectivas variações reais apuradas pelo

IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego nesse indicador.

2. OPERAÇÕES DE CRÉDITO NO BRASIL (MACRODADOS DO BANCO

CENTRAL)

2.1. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO GERAL

Os indicadores consolidados das operações de crédito divulgadas pelo Banco Central

em todo Brasil nestes últimos três anos revela a oscilação da postura das autoridades

monetárias frente às variáveis mais importantes do sistema de empréstimos para

pessoas físicas entre 2011 e 2013, em função principalmente dos sobressaltos da

inflação.

Na tabela acima foram consideradas apenas os valores das operações com recursos

livres que, segundo o Banco Central, se definem como “os financiamentos e

empréstimos com direcionamento e taxas livremente pactuadas entre instituições

PERÍODO

VOLUME DE

CRÉDITO PF - VALOR

REAL (Média/Ano)

R$ Milhões (*)

IPCA 12 MESES

(Em Dez)

JURO PF NOMINAL

(a.a.)

(em Dez)

JURO PF REAL (a.a.)

(Em Dez)

PRAZO MÉDIO DOS

EMPRÉSTIMOS

(meses)

% de INADIMPLÊNCIA

(+ de 90 dias)

(Em Dez)

2011 R$ 679,697 6,5% 39,7% 31,2% 45,6 7,7%

2012 R$ 722,496 5,8% 33,9% 26,5% 45,5 8,0%

2013 R$ 738,209 5,9% 38,0% 30,3% 47,6 6,7%

VARIAÇÃO 2012/2011 6,3% -0,7 p.p. -5,8 p.p. -4,7 p.p. -0,3% 0,2 p.p.

VARIAÇÃO 2013/2012 2,2% 0,1 p.p. 4,1 p.p. 3,8 p.p. 4,6% -1,3 p.p.(*) Operações com Recursos Livres, A Preços de Dez/2013 (IPCA)

Fontes dos Dados Primários: Banco Central / IBGE

Cáculos: FFA Consultoria

CRÉDITO COM RECURSOS LIVRES PARA PESSOAS FÍSICAS - PRINCIPAIS INDICADORES EM 2011-2013

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financeiras e os mutuários, ou seja, a instituição financeira tem autonomia para

decidir em quais setores econômicos ela vai aplicar os recursos captados em

mercado, através de depósitos a prazo, via Certificados de Depósito Bancário (CDB),

captações de mercado no exterior, parte dos depósitos à vista, entre outros

instrumentos.” Nesta definição, excluem-se os recursos direcionados, as operações

das cooperativas de crédito e de leasing.

Um aspecto relevante que se pode notar dos dados acima, além da alternância entre o

rigor e o expansionismo das ações de política monetária do Banco Central, é a

completa anulação das reduções de juros ao consumidor, consequência do ciclo de

dez quedas consecutivas na taxa Selic, adotado pelo Copom em 2013, iniciado em

junho de 2011 e encerrado em abril de 2013. Na tabela se observa que, depois de

encerrar 2012 com a menor taxa anual média real nos empréstimos (26,5% a.a.), em

dezembro de 2013 os juros reais médios se elevaram para 30,3% a.a., patamar similar

os registrado no final de 2011.

Porém, além desses fatos, o fato mais relevante que pode ser obtido da avaliação do

comportamento do consumidor nos últimos três anos reside na forte migração entre as

tomadas de crédito para consumo de bens e serviços e a demanda por financiamentos

imobiliários.

Essa mudança pode ser claramente observada na tabela abaixo:

Enquanto os financiamentos para consumo de bens cresceram apenas 4,14% e 1,59%

em 2012 e 2013, respectivamente, os empréstimos imobiliários registraram altas de

34,8% e 33,7% nos mesmos períodos. Em decorrência disso, na composição dessas

duas categorias de crédito, os financiamentos imobiliários, que em 2010

representavam 21,2% do total, ampliaram essa taxa em final de 2013 para 31,4%. Já

os empréstimos para consumo de bens caíram de 78,8% em 2010 para 68,6% em

2013.

Saldo Em Dez do Volume

Real de Crédito das

operações com recursos

livres* (A)

CONCESSÕES

ACUMULADAS / ANO

TAXA DE JURO MÉDIA

(% a.a.)

Saldo do Volume Real

de Crédito Imobiliário

(B)

CONCESSÕES

ACUMULADAS / ANO

TAXA DE JURO MÉDIA

(% a.a.)

Crédito de Operações

com Recursos LivresCrédito Imobiliário

2011 704,4 1 474,1 41,5 189,4 68,7 10,5 893,8 78,8 21,2

2012 733,5 1 497,9 37,1 255,4 96,2 8,6 988,9 74,2 25,8

2013 745,2 1 605,5 36,1 341,5 126,6 8,2 1 086,7 68,6 31,4

2012 4,14 1,62 -10,68 34,84 40,03 -18,46 10,65 -5,88 21,86

2013 1,59 7,18 -2,68 33,72 31,61 -4,53 9,89 -7,55 21,68

COMPOSIÇÃO DO CRÉDITO PARA PESSOAS FÍSICAS - EVOLUÇÃO 2011 - 2013

Ano

FINANCIAMENTO DE BENS CRÉDITO IMOBILIÁRIO

Saldo do Volume Real

de Crédito

(A + B)

Composição do Saldo de Crédito (%)

VARIAÇÕES SOBRE ANO ANTERIOR (Taxas Reais %)

*R$ bilhões atualizados para dez/2013

Fontes dos Dados Primários: Banco Central do Brasil / IBGE

Metodologia e Cálculos: FecomercioSP

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Essa alteração expressiva entre empréstimos para consumo e imobiliário pode ser

avaliada nos seguintes aspectos:

A redução na demanda por crédito para consumo nos dois últimos anos

justifica e se mostra coerente com os dados de desaceleração registrados

nas vendas varejistas nesse período;

Com o clima de instabilidade econômica, aumento de juros e maiores

dificuldades para obtenção de crédito de curto prazo, as famílias parecem

ter sentido a oportunidade de explorar as linhas imobiliárias, mais

essenciais e muito mais, acessíveis em termos de juros;

Ao se elevar a demanda por financiamentos de imóveis, as famílias passam

a eliminar o item de despesa corrente de maior peso no orçamento

doméstico, o aluguel e isso tende a proporcionar a elas maior segurança

futura em médio prazo;

Com essa mudança no perfil dos orçamentos domésticos, a tendência no

médio prazo é se contar com um conjunto maior de consumidores em

situação mais saudável para retornar ao mercado.

Em síntese, o cenário do crédito agregado no Brasil em 2013 mostrou:

Um crescimento inexpressivo na oferta de crédito seja na média anual (2,2%)

seja no saldo de final de ano (1,59%);

78,874,2

68,6

21,225,8

31,4

2011 2012 2013

Composição do Saldo de Crédito (%)

Recursos Livres

Financ. Imobiliário

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Aumento substancial na taxa real de juros ao consumidor, anulando toda a

redução conseguida em 2012;

Dilatação nos prazos médios dos empréstimos de 4,6%

Forte migração dos empréstimos para consumo para financiamentos de

imóveis.

Em função desse quadro, aliado a alta da inflação e baixo aumento da renda, o

consumo das famílias mostrou desempenho muito aquém dos padrões dos anos

anteriores, fazendo com que as vendas varejistas apresentassem crescimento pífio em

comparação a 2012.

3. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE INADIMPLÊNCIA NO BRASIL 2011-2013

Este capítulo tem por objetivo analisar o comportamento dos indicadores de

inadimplência segmentada por prazos de atrasos. Visa também dimensionar os valores

totais segmentados da inadimplência das famílias e sua evolução no período. Todos os

indicadores considerados foram fornecidos pelo Banco Central, cujas informações de

operações mensais de crédito do sistema financeiro são as mais abrangentes e

confiáveis para o propósito do trabalho.

Tomando-se por base os dados mensalmente divulgados pelo Banco Central sobre as

operações de crédito no Brasil, foi possível obter alguns indicadores importantes

sobre o comportamento do quadro de inadimplência, nos últimos 36 meses,

compreendendo o período de janeiro de 2011 até dezembro de 2013.

Muito embora existam múltiplos indicadores e estimativas de atraso nos pagamentos

de dívida, as informações do Banco Central são, sem dúvida, as mais confiáveis e

abrangentes.

O BC apura o nível de inadimplência em dois níveis: percentual de atraso entre 15 e

90 dias em relação ao volume total de crédito com recursos livres no mês e percentual

de dividas não pagas com mais de 90 dias de atraso, também em relação ao saldo

existente no mês. No presente documento, considerou-se como inadimplência total a

soma desses dois indicadores, o que significa o percentual do valor em atraso sobre o

volume de crédito e o valor das dívidas atrasadas a partir de 15 dias.

Os cálculos da FecomercioSP visaram obter o valor, em termos atualizados para

dezembro de 2013, do montante da dívida em atraso, nas três óticas: dividas com

atraso entre 15 e 90 dias (inadimplência de curto prazo), dívidas não pagas com mais

de 90 dias de atraso (inadimplência de longo prazo) e volume total não pago, ou seja,

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todas as dívidas com atrasos a partir de 15 dias. A tabela abaixo resume o

comportamento da inadimplência nos últimos anos:

3.1. Aspectos Relevantes Apurados

3.1.1. Aspectos Gerais do Crédito com Recursos Livres

A média do saldo do volume de crédito em 2013 foi de R$ 738,2 bilhões –

cerca de 17% do PIB atual para pessoas físicas

Desse montante, em média 13,9% do total estava com atrasos a mais de 15

dias, o que representa um valor de R$ 102,3 bilhões de dívidas não pagas.

As pessoas físicas (famílias) estavam, em 2013, com um nível de

inadimplência média de curto prazo (entre 15 e 90 dias) de 6,65%,

correspondente a R$ 49,1 bilhões, e de longo prazo (acima de 90 dias) de

7,22%, correspondente a R$ 53,3 bilhões, perfazendo um total médio anual

de R$ 102,3 bilhões de dívidas em atraso, ou 13,87% da carteira total de

crédito para pessoas físicas.

3.1.2. Avaliação do Comportamento do Crédito e Inadimplência no

Período

Muito embora a evolução do crédito tenha se mostrado expressiva nos últimos

anos, ainda assim ela representou no ano passado apenas 17% do PIB para as

pessoas físicas.

Isso demonstra que existe um grande espaço para expansão dos empréstimos

para as pessoas físicas no Brasil, mesmo que se imponham regras de

segurança para evitar o aumento do endividamento acima da realidade da

renda dos brasileiros.

R$ Bilhões(*) (%) R$ Bilhões(*) (%) R$ Bilhões(*) (%) 15-90 diasmais de 90

dias

média-2011 679,7 50,6 7,4% 46,5 6,8% 97,1 14,3% 52,2% 47,8%

média-2012 722,5 53,3 7,4% 58,2 8,1% 111,5 15,4% 47,8% 52,2%média-2013 738,2 49,1 6,6% 53,3 7,2% 102,3 13,9% 47,9% 52,1%

2012/2011 6,3% 5,4% -0,7% 25,0% 17,8% 14,8% 8,1% -8,4% 9,1%

2013/2012 2,2% -8,0% -10,0% -8,4% -10,3% -8,2% -10,2% 0,3% -0,2%

VARIAÇÕES SOBRE ANO ANTERIOR (Taxas Reais %)

Fonte dos dados primários: Banco Central - Cálculo e estimativas: FecomercioSP

*R$ bilhões atualizados para dez/2013

Composição do Tempo da

Inadimplência

PESSOAS FÍSICAS - COMPORTAMENTO DAS VARIÁVEIS DE CRÉDITO E INADIMPLÊNCIA - RESUMO

Data

Saldo do Volume

Real de Crédito das

operações com

recursos livres*

(em Dez)

Carteira de crédito com atraso

entre 15 e 90 dias (A)

Carteira de crédito com atraso

acima de 90 dias (B)

Inadimplência Total

( A + B )*

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A inadimplência das pessoas físicas tem se mantido em padrões aceitáveis e

depois de mostrar uma média de 15,4% em 2012, em dezembro passado

registrou uma queda em relação a esse patamar, situando-se em 13,9%.

As dívidas em atraso das pessoas físicas são levemente menores no intervalo

entre 15 e 90 dias (média de 6,6% em 2013) do que com inadimplência acima

de 90 dias (média de 7,2%).

Essa maior concentração de atrasos com as pessoas físicas faz com que o

volume das dívidas atrasadas das famílias atinja patamares muito

expressivos, média de R$102,3 bilhões em 2013.

Esse volume de R$ 102,3 bilhões de atrasos no pagamento das dívidas das

famílias, para se ter uma noção da sua dimensão, corresponde a cerca de 6,9%

de todo faturamento varejista brasileiro estimado para 2013, que é de R$ 1,5

trilhão, a preços atuais.

Muito embora algumas variáveis de crédito ainda se mostrem instáveis, é possível se

deduzir que a situação em dezembro estava mostrando indicadores mais positivos do

que na média do próprio ano e do ano anterior de 2012.

Notou-se uma estabilização da inadimplência em patamares menores do que em 2012,

quando se observaram picos de crescimento nos atrasos no crédito à pessoa física, fato

ainda mais relevante diante da manutenção do crescimento dos empréstimos.

Em termos de prognósticos, o controle da inflação é elemento crucial e determinante

do comportamento do mercado de crédito nos próximos meses.

4. RADIOGRAFIA DO USO DO CRÉDITO PELAS FAMÍLIAS NAS

CAPITAIS BRASILEIRAS ENTRE 2010 E 2012

Como nos estudos anteriores elaborados pela FecomercioSP sobre as estimativas de

endividamento das famílias nas capitais, as comparações índices e valores foram

calculados em termos das médias dos meses de janeiro a dezembro de 2011, 2012 e

2013, devidamente atualizados monetariamente pelo IPCA e trazidos para preços de

dezembro de 2013.

Da mesma forma, os resultados também estão sintetizados em tabelas com os

principais indicadores de dívidas das famílias, (taxa endividamento, número de

famílias com dívidas, valores totais e médios em reais e nível de comprometimento da

renda com empréstimos), apontando as dez capitais com taxas e valores mais

relevantes, divididas entre as cinco com os maiores resultados e as cinco com os

menores resultados.

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ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS

CAPITAIS BRASILEIRAS: COMPARAÇÕES 2011 -

2013

Junho Altamiro Carvalho

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Do grande acervo de informações produzidas, foram selecionadas algumas

consideradas mais relevantes, em termos gerais, para se ter uma visão clara do que

ocorreu nesses três últimos anos, desde 2011, onde medidas de austeridades

monetárias foram introduzidas desde o início do ano, em 2012, quando a queda

expressiva nas taxas de juros foi a tônica do mercado creditício e 2013, quando

novamente se retomou o ciclo altista da taxa básica de juros.

Principais Variáveis de Endividamento das Famílias nas Capitais – Ranking dos

Cinco Maiores e Menores

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Basicamente, os resultados obtidos mais importantes mostram que:

1. A alternância na política monetária produziu claros efeitos sobre as variáveis

de endividamento e inadimplência das famílias: com a retomada da política de

alta de juros pelo Copom em 2013, o conjunto de endividados nas capitais

retomou o mesmo patamar de 2011, passando de 59% registrado em 2012 para

os mesmos 63% de 2011 – aumento de 770 mil famílias em um ano - anulando

a queda observada em 2012 com o ciclo de juros mais acessíveis.

CAPITAIS 2011 2012 2013 CAPITAIS 2011 2012 2013

João Pessoa 33 37 44 Vitoria 2.906 3.098 3.298

Teresina 36 40 44 Florianópolis 2.491 2.765 3.094

Maceió 37 37 40 Belo Horizonte 2.715 2.905 2.648

Boa Vista 28 34 40 Rio de Janeiro 2.314 2.372 2.416

Manaus 23 33 39 Distrito Federal 1.966 2.255 2.374

MÉDIA CAPITAIS 29 30 30 MÉDIA CAPITAIS 1.746 1.869 1.840

Salvador 30 29 28 Belém 995 1.116 1.185

Belo Horizonte 29 28 26 Boa Vista 733 915 1.053

São Luís 28 28 26 Palmas 864 954 964

Porto Alegre 31 30 25 Rio Branco 769 765 853

Fortaleza 34 33 21 Fortaleza 1.095 1.100 711

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

PARCELA MENSAL COMPROMETIDA

COM DÍVIDA (em %)VALOR MÉDIO DE DÍVIDA POR FAMÍLIA (em R$)

MA

IOR

ESM

ENO

RES

CAPITAIS 2011 2012 2013

São Paulo 2.640.894 2.944.516 3.224.904

Rio de Janeiro 2.768.017 2.670.889 2.885.256

Distrito Federal 963.758 1.226.268 1.567.530

Curitiba 905.153 1.017.512 1.146.066

Belo Horizonte 1.317.261 1.272.077 1.002.251

TOTAL CAPITAIS 14.685.838 14.921.104 16.110.675

Porto Velho 96.272 93.197 99.982

Macapá 87.041 87.367 94.607

Rio Branco 55.913 52.579 57.777

Palmas 33.863 48.295 52.460

Boa Vista 33.080 37.880 52.424

VALOR TOTAL DA DÍVIDA MENSAL DAS FAMÍLIAS

(em R$ mil)

MA

IOR

ESM

ENO

RES

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2. Com esse percentual maior de famílias com endividadas nas capitais entre 2012

e 2013, o valor mensal dessas dívidas aumentou, em valores reais, quase R$ 1,1

bilhão. O total das dívidas mensais das famílias nas capitais passou de R$ 14,9

bilhões em 2012 para R$ 16,1 bilhões no ano passado.

3. Por outro lado, com a maior seletividade imposta pelo sistema financeiro, o

valor médio real da dívida mensal das famílias passou de R$ 1.869 para R$

1.840, redução média de 1,5% no ano de 2013. Essa queda parece ter sido

essencial para impedir a elevação da taxa de inadimplência média observada no

período, já avaliada em detalhes anteriormente.

4. Pelo quarto ano consecutivo, o nível comprometimento médio da renda mensal

das famílias brasileiras com dívidas permaneceu estatisticamente estável no

mesmo patamar, na casa dos 30%, taxa que pode ser considerada

razoavelmente adequada. Esse comprometimento estável da renda com dívidas

torna baixo o risco da ocorrência no país de uma crise de crédito bancário, pois

além dessa estabilidade da renda comprometida, o padrão de seletividade

adotado pelos bancos na concessão de crédito, aliado à elevada taxa de juros

faz com que o sistema financeiro se torne pouco vulnerável a uma eventual

elevação da inadimplência. A manutenção do baixo nível de desemprego aliado

ao aumento contínuo da renda são fatores essenciais para manutenção desse

cenário.

Considerando também as abrangências geográficas regionais, alguns aspectos da base

de informações gerada, mereceram destaque, tais como:

O total mensal estimado da dívida das famílias nas capitais foi de R$ 16,1

bilhões, valor 8% acima do apurado no levantamento de 2012, em termos reais,

que alcançou R$ 14,9 bilhões. Considerando uma taxa média de 30,3% de juros

para pessoas físicas, pode-se afirmar que cerca de R$ 4,9 bilhões mensais dessa

dívida foram usadas apenas para cobrir o custo dos empréstimos. Em termos das

capitais, registrou-se o maior crescimento do total de dívidas em Manaus (AM),

com elevação de 49% comparado a 2012, e Belo Horizonte (MG) se destaca

como a capital que teve a maior redução no volume de dívida das famílias,

reduzindo em 21% o total de seus débitos em comparação ao ano anterior.

Na capital de São Paulo, que naturalmente detém o maior volume de dívidas, em

decorrência de ter a maior população do país, esse volume em 2013 do total da

divida das famílias alcançou R$ 3,2 bilhões mensais em média. Pelo segundo ano

consecutivo, o montante de endividamento cresceu de forma expressiva, com

expressiva expansão em 2013 de 9,5%, depois de haver mostrado taxa de

crescimento de 11,5% no ano anterior. Isso parece indicar que, como mercado

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preferencial do sistema financeiro, houve estímulo da maior oferta de crédito na

região e, ao lado dos preços menores de bens duráveis com desonerações, levou

os paulistanos a ampliar seu limite de endividamento.

Como na versão anterior, Curitiba permaneceu sendo, em 2012, a capital com o

maior percentual de famílias endividadas (87%); no ano anterior, alcançou a

média de 88%. Já Florianópolis continua a ser a 2ª no ranking (86%), elevando

essa taxa em quatro pontos em relação a 2012. A capital catarinense passou a

deter a segunda maior média mensal de dívida por família, de R$ 3.094, abaixo

apenas de Vitória (ES) que lidera esse ranking com R$ 3.298 de dívida média

mensal. A menor dívida média familiar foi registrada em Fortaleza, com R$ 711,

com uma queda de 35% de redução em relação ao valor apurado em 2012.

Em termos de contas em atraso, a liderança na elevação de famílias endividadas

em Manaus levou a capital amazonense a encabeçar a lista das maiores taxas de

famílias inadimplentes, bem acima da média das 27 capitais que é de 21%. No

sentido oposto, Palmas (TO) foi a capital com o menor percentual de famílias

com contas em atraso, com apenas 8%, vindo logo a seguir o Distrito Federal

com 10% de inadimplentes. O destaque positivo nesse quesito foi Aracaju, que

em 2013 reduziu em 53% o número de famílias inadimplentes, passado de 45%

em 2012 para 20% em 2013.

5. CONCLUSÃO – O IMPACTO DA POLÍTICA DE CRÉDITO ENTRE 2011

E 2013 NO ENDIVIDAMENTO E NO NÍVEL DE INADIMPLÊNCIA DAS

FAMÍLIAS BRASILEIRAS

O cotejo entre as informações da dinâmica do crédito do lado da oferta consolidada

(fornecidas pelo Banco Central) e da demanda nas capitais (PEIC-CNC) apresentam

uma grande convergência, evidenciando que as oscilações da política monetária nos

anos recentes têm produzido impactos importantes, seja no uso e intensidade dos

financiamentos seja no perfil das linhas de crédito ofertadas.

Do lado positivo, pode-se notar a parcimônia na tomada de crédito pelos

consumidores, que se refletiu na queda da inadimplência em comparação a 2012,

quando o incremento observado nessa variável levantou preocupações no sistema

financeiro.

Esse crescimento residual no volume de crédito impactou diretamente os números do

consumo varejista que, em 2013, registrou aumento bem abaixo dos padrões de anos

anteriores e que ainda persistem em 2014.

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Por outro lado, a retomada do ciclo de austeridade monetária, com elevações

sistemáticas na taxa Selic mostrou pouca eficácia em termos de estabilização da

inflação, que ainda persiste ao redor do teto da meta, até mesmo ameaçando supera-la.

O descolamento entre a política monetária contencionista e política fiscal

expansionista acaba impondo apenas os ônus das elevações dos juros, reduzindo

demanda e encarecendo a dívida pública.

Como consequência, muito embora ainda não se verifiquem deterioração importante

no nível do emprego e da renda, o ritmo do nível geral das atividades tem mostrado

forte redução, especialmente na indústria, que neste primeiro trimestre de 2014 entrou

tecnicamente em recessão, após mostrar três trimestres com quedas consecutivas.

A alta dos juros, induzidas pela política monetária anti-inflacionária, de fato

reduziu a velocidade de crescimento da demanda por crédito, cujo volume

cresceu em 2013 apenas 1,59% em termos reais.

O nível de inadimplência foi controlado, depois de mostrar um salto em 2012,

a despeito de haver se registrado elevação no número de famílias endividadas.

Mesmo assim, a dívida média por família se reduziu em 2%, permitindo inferir

a preocupação das famílias com o futuro de médio prazo.

Houve forte migração, nos dois últimos anos, da demanda de crédito para

consumo de bens para financiamentos imobiliários. Em longo prazo pode-se

deduzir que o mercado de crédito tende a ser ainda mais saudável, pois o

orçamento familiar tende a ser aliviado de sua maior e a mais insegura despesa

(aluguel), trocada por prestações de imóveis que proporcionam muito mais

garantias para as famílias.

O comprometimento médio da renda com dívidas se manteve na casa dos

30%, patamar considerado saudável. A relativa estabilidade da renda e do

emprego encontra-se na base dessa variável.

A análise conjunta dessas informações permite inferir é que, no Brasil, o

mercado de famílias tomadoras de crédito tende a ficar ao redor de 60% do

total, que essas famílias ainda contam com respaldo da renda e do emprego em

níveis positivos que lhes dê a confiança para expandir o comprometimento do

orçamento com dívidas, seja para consumo seja para quitar dívidas mais caras.

Esse sistema, no entanto, acaba por se tornar vulnerável diante de aumentos

imprevistos da inflação, impondo redução do poder de consumo e elevando o

valor das dívidas em atraso.

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Exatamente no mesmo sentido das observações feitas na edição anterior deste estudo

– “... o Governo precisa e deve urgentemente agir sobre os descontroles de preços de

uma forma mais articulada e não pontual, de forma a preservar a capacidade

financeira das famílias tomadoras de crédito, grandes responsáveis pelo ciclo virtuoso

de expansão do consumo nos últimos anos, e que estão dando claros sinais de

esgotamento. A retomada e manutenção da confiança dos consumidores na

manutenção do emprego e da renda, ao lado de uma inflação sob controle, são pré-

requisitos essenciais para o sucesso de qualquer política econômica, seja fiscal,

monetária ou cambial.”.

Decorrido um ano, o que se observa é que a ausência da adoção de um plano

articulado acabou deteriorando ainda mais os fundamentos econômicos e a

persistência da inflação mostra a sua resistência a instrumentos parciais e estritamente

monetários, ao mesmo tempo em que o ritmo econômico se desacelera, colocando em

risco a manutenção da renda, do emprego e das conquistas sociais recentes.

ANEXOS

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Principais Variáveis do Crédito nas Capitais

UF CAPITAIS 2011 2012 2013 2010 2011 2012 2013

SP São Paulo 47 49 53 1.546.816 1.550.583 1.660.867 1.842.302

RJ Rio de Janeiro 63 59 62 998.194 1.196.178 1.126.090 1.194.228

MG Belo Horizonte 69 62 53 414.178 485.115 437.838 378.498

PR Curitiba 90 88 87 336.545 483.743 480.808 484.761

BA Salvador 66 40 60 578.809 534.995 331.493 512.206

DF Distrito Federal 66 71 84 409.158 490.094 543.760 660.300

AC Rio Branco 77 71 69 63.833 72.709 68.694 67.719

AL Maceió 80 77 74 222.025 219.403 217.172 212.839

AP Macapá 71 67 68 71.372 76.356 74.598 77.480

AM Manaus 60 50 61 299.471 305.603 261.161 329.063

CE Fortaleza 63 52 67 455.940 444.583 370.929 488.112

ES Vitoria 60 67 68 56.142 59.465 67.389 69.550

GO Goiânia 45 43 46 198.091 178.896 173.729 189.212

MA São Luís 77 72 66 184.419 219.616 206.937 194.707

MT Cuiabá 69 75 60 120.498 111.171 121.911 98.241

MS Campo Grande 57 46 65 136.385 134.268 109.762 158.493

PA Belém 71 57 78 276.134 285.879 228.948 315.496

PB João Pessoa 73 71 75 164.111 156.587 156.293 167.290

PE Recife 76 67 63 341.005 350.428 310.333 296.251

PI Teresina 72 70 65 177.935 166.088 161.959 153.265

RN Natal 75 73 74 157.128 179.330 176.811 185.228

RS Porto Alegre 70 66 60 295.501 300.227 288.036 264.472

RO Porto Velho 68 69 61 74.195 84.117 88.919 81.532

RR Boa Vista 59 53 62 42.161 45.140 41.390 49.769

SC Florianópolis 89 82 86 77.688 114.668 108.603 117.209

SE Aracaju 76 69 63 141.570 127.370 119.787 110.875

TO Palmas 61 75 78 38.898 39.178 50.621 54.440

BR TOTAL DAS CAPITAIS 63 59 63 7.878.202 8.411.792 7.984.837 8.753.538

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

Nº DE FAMÍLIAS ENDIVIDADASTAXA DE ENDIVIDAMENTO

MÉDIA (%)

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Principais Variáveis do Crédito nas Capitais

UF CAPITAISMÉDIA

2011

MÉDIA

2012

MÉDIA

2013

MÉDIA

2011

MÉDIA

2012

MÉDIA

2013

MÉDIA

2011

MÉDIA

2012

MÉDIA

2013

SP São Paulo 30 29 29 2.640.894 2.944.516 3.224.904 1.703 1.773 1.750

RJ Rio de Janeiro 29 29 28 2.768.017 2.670.889 2.885.256 2.314 2.372 2.416

MG Belo Horizonte 29 28 26 1.317.261 1.272.077 1.002.251 2.715 2.905 2.648

PR Curitiba 26 29 32 905.153 1.017.512 1.146.066 1.871 2.116 2.364

BA Salvador 30 29 28 862.989 546.263 740.290 1.613 1.648 1.445

DF Distrito Federal 29 33 34 963.758 1.226.268 1.567.530 1.966 2.255 2.374

AC Rio Branco 27 26 29 55.913 52.579 57.777 769 765 853

AL Maceió 37 37 40 285.738 298.924 318.721 1.302 1.376 1.497

AP Macapá 29 29 30 87.041 87.367 94.607 1.140 1.171 1.221

AM Manaus 23 33 39 246.581 305.333 455.532 807 1.169 1.384

CE Fortaleza 34 33 21 487.014 408.135 346.940 1.095 1.100 711

ES Vitoria 28 29 31 172.825 208.798 229.351 2.906 3.098 3.298

GO Goiânia 29 29 31 350.352 351.264 404.264 1.958 2.022 2.137

MA São Luís 28 28 26 277.334 278.583 248.218 1.263 1.346 1.275

MT Cuiabá 31 34 34 151.298 188.891 153.257 1.361 1.549 1.560

MS Campo Grande 30 30 29 186.422 160.605 223.426 1.388 1.463 1.410

PA Belém 26 27 28 284.445 255.498 373.837 995 1.116 1.185

PB João Pessoa 33 37 44 209.725 243.956 311.640 1.339 1.561 1.863

PE Recife 30 29 29 733.099 692.883 644.441 2.092 2.233 2.175

PI Teresina 36 40 44 220.878 247.666 263.893 1.330 1.529 1.722

RN Natal 38 36 35 254.775 245.326 252.898 1.421 1.387 1.365

RS Porto Alegre 31 30 25 582.188 541.475 440.676 1.939 1.880 1.666

RO Porto Velho 27 24 29 96.272 93.197 99.982 1.145 1.048 1.226

RR Boa Vista 28 34 40 33.080 37.880 52.424 733 915 1.053

SC Florianópolis 26 28 32 285.659 300.234 362.690 2.491 2.765 3.094

SE Aracaju 36 37 32 193.266 196.694 157.346 1.517 1.642 1.419

TO Palmas 29 32 33 33.863 48.295 52.460 864 954 964

BR TOTAL DAS CAPITAIS 29 30 30 14.685.838 14.921.104 16.110.675 1.746 1.869 1.840

*Valores reais a preços de Dezembro/2013

VALOR TOTAL DA DÍVIDA DA

FAMÍLIAS (R$ mil)*

VALOR DA DÍVIDA POR

FAMÍLIA (R$ mil)*RENDA/DÍVIDA (%)

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20 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução

Principais Variáveis do Crédito nas Capitais

UF CAPITAISMÉDIA

2011

MÉDIA

2012

MÉDIA

2013

Nº DE

FAMÍLIAS

ENDIVIDADAS

TOTAL DAS

DÍVIDAS DAS

FAMÍLIAS

DÍVIDA POR

FAMÍLIA

FAMÍLIAS COM

DÍVIDAS EM

ATRASO

SP São Paulo 13 16 16 11 10 -1 3

RJ Rio de Janeiro 31 24 22 6 8 2 -6

MG Belo Horizonte 19 25 22 -14 -21 -9 -10

PR Curitiba 25 22 22 1 13 12 5

BA Salvador 34 27 26 55 36 -12 -4

DF Distrito Federal 16 15 10 21 28 5 -33

AC Rio Branco 23 20 18 -1 10 11 -12

AL Maceió 22 26 29 -2 7 9 13

AP Macapá 36 30 32 4 8 4 12

AM Manaus 30 24 35 26 49 18 53

CE Fortaleza 24 15 22 32 -15 -35 48

ES Vitoria 21 23 23 3 10 6 -1

GO Goiânia 18 15 21 9 15 6 43

MA São Luís 36 27 25 -6 -11 -5 -7

MT Cuiabá 25 26 31 -19 -19 1 19

MS Campo Grande 29 21 32 44 39 -4 55

PA Belém 32 15 20 38 46 6 38

PB João Pessoa 19 18 24 7 28 19 30

PE Recife 24 20 22 -5 -7 -3 10

PI Teresina 20 21 18 -5 7 13 -16

RN Natal 28 26 22 5 3 -2 -15

RS Porto Alegre 33 32 21 -8 -19 -11 -34

RO Porto Velho 29 20 17 -8 7 17 -12

RR Boa Vista 25 24 34 20 38 15 46

SC Florianópolis 24 21 25 8 21 12 20

SE Aracaju 42 45 20 -7 -20 -14 -53

TO Palmas 15 11 8 8 9 1 -19

BR TOTAL DAS CAPITAIS 23 21 21 10 8 -2 1

VARIAÇÕES AS MÉDIAS 2013/2012 (%)% FAMÍLIAS QUE TÊM DÍVIDAS

EM ATRASO

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ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS NAS

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2013

Junho Altamiro Carvalho

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21 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução

Principais Variáveis de Endividamento das Famílias nas Capitais – Ranking dos Cinco

Maiores e Menores

Síntese dos Resultados – Principais Variáveis de Endividamento das Famílias nas

Capitais – Ranking dos Cinco Maiores e Menores

CAPITAIS 2011 2012 2013 CAPITAIS 2011 2012 2013

Curitiba 90 88 87 São Paulo 1.550.583 1.660.867 1.842.302

Florianópolis 89 82 86 Rio de Janeiro 1.196.178 1.126.090 1.194.228

Distrito Federal 66 71 84 Distrito Federal 490.094 543.760 660.300

Belém 71 57 78 Salvador 534.995 331.493 512.206

Palmas 61 75 78 Fortaleza 444.583 370.929 488.112

MÉDIA CAPITAIS 63 59 63 TOTAL CAPITAIS 8.411.792 7.984.837 8.753.538

Porto Alegre 70 66 60 Macapá 76.356 74.598 77.480

Cuiabá 69 75 60 Vitoria 59.465 67.389 69.550

São Paulo 47 49 53 Rio Branco 72.709 68.694 67.719

Belo Horizonte 69 62 53 Palmas 39.178 50.621 54.440

Goiânia 45 43 46 Boa Vista 45.140 41.390 49.769

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

TAXA DE ENDIVIDAMENTO

(Nº DE FAMÍLIAS COM DÍVIDAS - %)Nº DE FAMÍLIAS ENVIDADAS

MA

IOR

ESM

ENO

RES

CAPITAIS 2011 2012 2013 CAPITAIS 2011 2012 2013

João Pessoa 33 37 44 Vitoria 2.906 3.098 3.298

Teresina 36 40 44 Florianópolis 2.491 2.765 3.094

Maceió 37 37 40 Belo Horizonte 2.715 2.905 2.648

Boa Vista 28 34 40 Rio de Janeiro 2.314 2.372 2.416

Manaus 23 33 39 Distrito Federal 1.966 2.255 2.374

MÉDIA CAPITAIS 29 30 30 MÉDIA CAPITAIS 1.746 1.869 1.840

Salvador 30 29 28 Belém 995 1.116 1.185

Belo Horizonte 29 28 26 Boa Vista 733 915 1.053

São Luís 28 28 26 Palmas 864 954 964

Porto Alegre 31 30 25 Rio Branco 769 765 853

Fortaleza 34 33 21 Fortaleza 1.095 1.100 711

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

PARCELA MENSAL COMPROMETIDA COM

DÍVIDA (em %)VALOR MÉDIO DE DÍVIDA POR FAMÍLIA (em R$)

MA

IOR

ESM

ENO

RES

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Síntese dos Resultados – Principais Variáveis de Endividamento das Famílias nas

Capitais – Ranking dos Cinco Maiores e Menores

CAPITAIS 2011 2012 2013

São Paulo 2.640.894 2.944.516 3.224.904

Rio de Janeiro 2.768.017 2.670.889 2.885.256

Distrito Federal 963.758 1.226.268 1.567.530

Curitiba 905.153 1.017.512 1.146.066

Belo Horizonte 1.317.261 1.272.077 1.002.251

TOTAL CAPITAIS 14.685.838 14.921.104 16.110.675

Porto Velho 96.272 93.197 99.982

Macapá 87.041 87.367 94.607

Rio Branco 55.913 52.579 57.777

Palmas 33.863 48.295 52.460

Boa Vista 33.080 37.880 52.424

VALOR TOTAL DA DÍVIDA MENSAL DAS FAMÍLIAS

(em R$ mil)

MA

IOR

ESM

ENO

RES

CAPITAIS VAR.% CAPITAIS VAR.% CAPITAIS VAR.% CAPITAIS VAR.%

Salvador 55 Manaus 49 João Pessoa 19 Campo Grande 55

Campo Grande 44 Belém 46 Manaus 18 Manaus 53

Belém 38 Campo Grande 39 Porto Velho 17 Fortaleza 48

Fortaleza 32 Boa Vista 38 Boa Vista 15 Boa Vista 46

Manaus 26 Salvador 36 Teresina 13 Goiânia 43

MÉDIA CAPITAIS 10 MÉDIA CAPITAIS 8 MÉDIA CAPITAIS -2 MÉDIA CAPITAIS 1

Aracaju -7 Fortaleza -15 Belo Horizonte -9 Teresina -16

Porto Alegre -8 Porto Alegre -19 Porto Alegre -11 Palmas -19

Porto Velho -8 Cuiabá -19 Salvador -12 Distrito Federal -33

Belo Horizonte -14 Aracaju -20 Aracaju -14 Porto Alegre -34

Cuiabá -19 Belo Horizonte -21 Fortaleza -35 Aracaju -53

MEN

OR

ES

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

MAIORES E MENORES VARIAÇÕES 2012-2013

Nº FAMÍLIAS ENDIVIDADASTOTAL DAS DÍVIDAS DAS

FAMÍLIASDÍVIDA MÉDIA POR FAMÍLIA

% FAMILIAS QUE TEM DIVIDAS

EM ATRASO

MA

IOR

ES

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IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

Salvador

Campo Grande

Belém

Fortaleza

Manaus

Distrito Federal

Boa Vista

São Paulo

TOTAL DAS CAPITAIS

Goiânia

Florianópolis

Palmas

João Pessoa

Rio de Janeiro

Natal

Macapá

Vitoria

Curitiba

Rio Branco

Maceió

Recife

Teresina

São Luís

Aracaju

Porto Alegre

Porto Velho

Belo Horizonte

54,51

44,40

37,80

31,59

26,00

21,43

20,24

10,92

9,63

8,91

7,92

7,54

7,04

6,05

4,76

3,86

3,21

0,82

-1,42

-2,00

-4,54

-5,37

-5,91

-7,44

-8,18

-8,31

-13,55

Variações das médias de Jan a Dez (2013/2012) do Número de Famílias Endividadas - em %

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Participação por Região na Média Total das Dívidas

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Participação da Renda com Dívida

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27 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução

Valor Médio Mensal da Dívida Familiar – Cinco Maiores

3.098

2.765

2.905

2.3722.255

1.869

3.298

3.094

2.648

2.416 2.374

1.840

1.500

1.700

1.900

2.100

2.300

2.500

2.700

2.900

3.100

3.300

3.500

Vitoria Florianópolis Belo Horizonte Rio de Janeiro Distrito Federal MÉDIA CAPITAIS

VALOR MÉDIO MENSAL DA DÍVIDA FAMILIAR(Médias mensais anuais - em R$)

2012 2013

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28 Elaboração: AJC Cópia Controlada - Proibida a Reprodução

MAPA 1 – Dívida Média Mensal das Famílias nas Cidades

0 + até 55%

55% + 55% a 70%

70% + 70% a 85%

85% + mais de 85%

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

ESCALA

ACAL

AP

AM

BA

CE

ES

GO

MA

MT

MS

MG

PA

PR

PB

PE

PI

RJ

RN

RS

RO

RR

SC

SP

TO

SE

R$ 1.384 R$ 1.185

R$ 1.053

R$ 1.221

R$ 853

R$ 1.226

R$ 1.560

R$ 964

R$ 1.275

R$ 1.722

R$ 711

R$ 1.445

R$ 1.365

R$ 1.863

R$ 2.175

R$ 1.497

R$ 1.419

R$ 2.137

R$ 2.374

R$ 2.648R$ 3.298

R$ 2.416

R$ 1.750R$ 1.410

R$ 2.364

R$ 3.094

R$ 1.666

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MAPA 2- EVOLUÇÃO DO ENDIVIDAMENTO EM 2011, 2012 e 2013

(% de famílias endividadas)

ACAL

AP

AM

BA

CE

ES

GO

MA

MT

MS

MG

PA

PR

PB

PE

PI

RJ

RN

RS

RO

RR

SC

SP

TO

SE

2011

RO

AC

AP

AM

BA

CE

ES

GO

MA

MT

MS

MG

PA

PR

PI

RJ

RS

RR

SC

SP

TO AL

PB

PE

RN

SE

2012

AL

PB

SP

GO

TOAC

AP

AM

BA

CE

ES

MA

MT

MS

MG

PA

PR

PE

PI

RJ

RN

RS

RO

RR

SC

SE

2013

até 55%

55% a 70%

70% a 85%

mais de 85%

SP

PR

RJ

RS

SC

IBGE (IPCA, Pesquisa Mensal de Emprego, Pesquisa de Orçamentos Familiares, Contagem Populacional) e CNC (PEIC)

FONTE DOS DADOS PRIMÁRIOS:

METODOLOGIA, CÁLCULO E ESTIMATIVAS: FECOMERCIO-SP

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Elaborado entre abril e junho de 2014 pela Equipe de analistas econômicos da

FFA Consultoria e Pesquisa Econômica

Al. Santos, 455 – Conjunto 510/511 - São Paulo – SP

CEP 01419-000

www.ffaconsultoria.com.br

E-mail: [email protected]

Fone: 2307-7966