atuação da fisioterapia no pré e pós-operatórios … fisioterapia respiratória é...

58
Atuação da Fisioterapia no Pré e Pós-Operatórios de Cirurgia Cardíaca Prof.º Michel Belmonte Fisioterapia na Saúde do Adulto II

Upload: vuhuong

Post on 13-Nov-2018

240 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Atuação da Fisioterapia no Pré e Pós-Operatórios de Cirurgia Cardíaca

Prof.º Michel Belmonte

Fisioterapia na Saúde do Adulto II

• As doenças cardiovasculares são a principal causade morte no mundo.

• Em 2013, mais de 100.00 brasileiros morreram emdecorrência de doenças isquêmicas do coração.

• Em 2015, foram realizadas mais de 25 mil cirurgiasde revascularização do miocárdio e/ou de trocavalvar no Brasil.

CIRURGIA CARDÍACA – INDICAÇÕES

• Trocas valvares devido insuficiências e estenosesdas valvas cardíacas;

• Revascularização do miocárdio devido doençaarterial coronariana;

• Correção de cardiopatias congênitas (CIA e CIV);

• Aneurismectomia para correção de aneurismas(vasos ou ventrículo).

DOENÇA VALVAR

• ESTENOSE:• abertura incompleta da valva, gerando um gradiente

pressórico entre os lados da valva

• INSUFICIÊNCIA:• é o fluxo retrógrado de sangue pela valva, que não se

fecha adequadamente.

Diástole Sístole

Valva Normal

Estenose Mitral

Estenose de Valva Aórtica

Valva Aórtica Normal

TROCA VALVAR

Tipos de Próteses

Prótese Valvar

Doença Arterial Coronariana

• Angina Instável

• Infarto Agudo do Miocárdio

Angioressonância

Cateterismo

Tem como objetivo promover a reperfusão do miocárdio

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

• Apesar de inúmeras alternativas para o tratamento dadoença arterial coronariana, a RM é uma opção com bonsresultados

• Proporciona a remissão dos sintomas de angina

• Contribui para o aumento da expectativa e melhoria daqualidade de vida dos pacientes com doença coronariana

REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Obtenção da veia safena magna através de acesso minimamente invasivo pararevascularizações miocárdicas. Rev Bras Cir Cardiovasc 2001; 16(2): 105-13.

3 pontes de safena

Sutura Mamária-Coronária

CARDIOPATIAS CONGÊNITAS

ANEURISMA DE VENTRÍCULO

Aspecto cirúrgico de um volumoso aneurisma pós infarto de VE

ANEURISMECTOMIA

ETIOLOGIA DA DISFUNÇÃO PULMONAR

• Anestesia

• Incisão cirúrgica

• Circulação extracorpórea (CEC)

• Drenos

• Parada cardíaca

• Tempo de cirurgia

• Tempo de ventilação mecânica

• Diminuição da CRF

• Atelectasias

• Aumento do shuntintrapulmonar

• Hipoxemia

• Dor

• Edema

INCISÃO CIRÚRGICA

INCISÃO CIRÚRGICA – COMPLICAÇÕES

CIRCULAÇÃO EXTRACORPÓREA (CEC)

CIR

CU

LAÇ

ÃO

EX

TRA

CO

RP

ÓR

EA (

CEC

)CIRURGIA CARDÍACA

CEC

Passagem do sangue por superfície não epitelizada

Reações Inflamatórias

Extravasamento de água extravascularpulmonar - edema

Inativação do surfactante pulmonar -

atelectasia

Alteração V/Q e diminuição da complacência pulmonar

Aumento do trabalho respiratório

Complicações respiratórias

DRENOS

DISFUNÇÃO PULMONAR PÓS-OPERATÓRIA

• Limitação do padrão respiratório

• Redução dos volumes e capacidades pulmonares

• Alterações na mecânica respiratória

• Diminuição na complacência pulmonar

• Aumento do trabalho respiratório

• Alterações nas trocas gasosas: hipoxemia e diminuição na

capacidade de difusão

COMPLICAÇÕES PULMONARES NO PO

• Atelectasias: a incidência de atelectasia varia de 95 a 100%,acarretando em redução da CRF de até 25% no quarto dia, comparadoaos valores pré-operatórios.

• Hipoxemia e Hipercapnia

• Tosse (seca ou produtiva)

• Dispnéia

• Broncoespasmo

• Derrame pleural

• Pneumonia

• Pneumotórax

• Reintubação e insuficiência respiratória

COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AO TEMPO DE INTERNAÇÃO

• Desconforto

• Estresse

• Depressão

• Inquietação

• Tédio

• Exacerbação da dor

• Ansiedade

A fisioterapia respiratória é frequentemente utilizada na

prevenção e tratamento de complicações pós-operatórias

FISIOTERAPIA

Redução do tempo de internação

Melhora do quadro clínico

Redução das complicações pulmonares

Melhora da ventilação pulmonar

Melhora da mecânica respiratória

PRECAUÇÕES APÓS ESTERNOTOMIA

• Não pegar, puxar ou levantar peso

• Evitar movimentos dos membros superiores emcaso de dor

• Não dormir com as mãos atrás da cabeça

• Abraçar um travesseiro no peito para lembrar-se denão usar os MMSS e para auxiliar a tosse

Vídeo

FISIOTERAPIA PRÉ-OPERATÓRIA

• Avaliação funcional• Volumes e capacidades

• Força muscular respiratória

• Verificar possíveis riscos de complicações no PO

• Orientação dos procedimentos a seremrealizados:• Receber orientação sobre a cirurgia, PO e importância

sobre a realização da fisioterapia respiratória edeambulação precoce

VNI Pré-Operatória: restabelecer volumes e capacidades em caso de doença pulmonar associada.

AD

MIS

SÃO

DO

PA

CIE

NTE

NA

UTI

/UC

OFI

SIO

TER

AP

IA

ADMISSÃO NA UTI/UCO

AVALIAÇÃO

AUSCULTAMONITORIZAÇÃO

RESPIRATÓRIA

AJUSTES VENTILATÓRIOSINTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA

DESMAME VENTILATÓRIO

EXTUBAÇÃO PRECOCE

DIMINUIÇÃO DO RISCO DE COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS

VC: 6-8ml/kg

VCV ou PCV

FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA

• ADMISSÃO/PO imediato – UCO

• Ventilação Mecânica:

• Modo: VCV (assisto-controlada)

• PCV se pressão platô maior que 30 cmH2O

• VC: 6 a 8 ml/Kg

• FR: 12 a 16 rpm (PCO2 de 35 a 45 mmHg)

• PEEP: 5 a 7 cmH2O

• FiO2: ≤ 60% (evitar atelectasia por absorção)

DESMAME E EXTUBAÇÃO

1. Paciente acordado, respondendo a comandos verbais

2. Hemodinamicamente estável

3. Elevar cabeceira da cama de 30° a 45°

4. Parâmetros ventilatórios mínimos

5. Aspiração do TOT

6. Aspiração de VAS

7. Extubação

8. Oxigenoterapia por macronebulização

9. Gasometria

FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA

• ADMISSÃO/PO imediato – UCO

• AUSCULTA PULMONAR

• Verificar posição do TOT (Seletivo? Tracionado?)

• Ruídos de resistência e/ou complacência

• EXTUBAÇÃO PRECOCE

• Modo PSV

• PS: 7 cmH2O

• FiO2: ≤ 40%

• PEEP: 5 cmH2O

• Oxigenoterapia pós extubação

FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA

• 1º PO – UTI/UCO

• Expansão pulmonar

• Incentivadores

• Ventilação não-invasiva (CPAP ou BiPAP)

• Padrões ventilatórios

• Higiene brônquica

• Flutter/Shaker

• Tosse assistida (auto-assistida)

• Mobilização/cinesioterapia

FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA

• 2º PO – UTI/UCO

• Manter recursos do 1º PO

• Retirada dos drenos

• Retirar paciente do leito

• Alta para enfermaria

FISIOTERAPIA PÓS-OPERATÓRIA

• 3º PO ATÉ ALTA HOSPITALAR – ENFERMARIA

• Cicloergômetro

• Deambulação

• Cinesioterapia ativa

• Higiene brônquica

• Expansão Pulmonar

Obrigado!!!