pranaatua junto a fraternidade branca, sendo um dos senhores do carma. temos como principal objetivo...

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  • Prana2

    O TAOS é uma Fraternidade Místico-Espiritualista Orientalista sem fins lucrativos.Fundado em 2008, temos como Mentor Espiritual o Bem Amado Mestre Shidha queatua junto a Fraternidade Branca, sendo um dos Senhores do carma.Temos como principal objetivo despertar o melhor em cada ser, pela unificação detodas as religiões, filosofias, tradições e culturas, a fim de que todos adquiram as fer-ramentas necessárias para a assimilação das Sete Leis da Evolução.O nosso propósito, através de estudos filosóficos e espiritualistas, é o de expandir aConsciência Cósmica, o EU SOU, elevando a percepção de cada ser, para que juntospossamos fazer a diferença: construindo um mundo melhor reconhecendo a nossaUnidade Cósmica.Temos como base filosófica e espiritualista a Cabalah, o Essenismo, o Budismo, oHinduísmo e o Cristianismo.

    TAOS – TEMPLO DOS ANJOS DA ORDEM DE SHIDHA

    NOVO ENDEREÇO: Rua Duque de Caxias, 129 - Vila Isabel

    Tel (21) 2221-2467 - Email: [email protected]

    Site: www.templodosanjos.wordpress.com

    � SESSÃO PÚBLICA DE CURA – SPC Quinta-feira às 19h e Sábado às 16h� RITUAL DO ARCANJO MIGUEL Todo dia 29 às 18h� SESSÃO DE CHAMA VIOLETA Quinta-feira às 18h e Sábado às 15h� SESSÃO DE CHAVES DE ENOCH Quarta-feira às 20h� SESSÃO DE AUTO REALIZAÇÃO Toda 1º quarta-feira do mês às 18h

    Obs.: Chegar para as sessões com 30 minutos de antecedência.

    Recomenda-se o uso de roupas claras

    SESSÕES PÚBLICAS

    “Quem Mais Serve É Quem Mais Será Servido”Mestre Shidha

    IRISDIAIRISDIAIRISDIAIRISDIAIRISDIAGNOSE E TERAPIASGNOSE E TERAPIASGNOSE E TERAPIASGNOSE E TERAPIASGNOSE E TERAPIAS

    Abdon Ferre ira�IRÍSDIAGNOSE (orgânica e psicossomática) �FLORAIS DE BACH E OUTROS

    SISTEMAS �FITOTERAPIA �AURICULOTERAPIA �ORIENTAÇÃOALIMENTAR �DRENAGEM LINFÁTICA �TÉCNICAS CORPORAIS

    (SHIATSU, ESPONDILOTERAPIA E TERAPIA BIWA)

    Sublocamos salas no Centro

    ATENDIMENTO: CENTRO- COPACABANA - LGO DO MACHADO - SAQUAREMA (BACAXA)Tel: 2246-4508 / 99892-3338 / [email protected]

    www.abdonferreira.naturoterapia.com.brYoutube: TNN. Brasil/abdon ferreira

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    Jornal Prana

    Tels: (21) 9.8333-5307 whatsappE-mail: [email protected]

    Direção: Boris Zainotti

    Distribuição Gratuita: Centro, Copacabana, Ipanema, Botafogo, Humaitá, Jardim Botânico,

    Flamengo, Lgo Machado, Catete, Tijuca, Grajaú,Vila Isabel, Méier,

    Jacarepaguá, Barra, Recreio e Miguel Pereira.

    EDIÇÃO ON-LINE GRATUITAw w w . j o r n a l p r a n a . c o m . b r

    Oh Tu que vives na imensidão do espaçoNa escuridão da vidaQue andas, mas não sabe por onde caminhasQue olhas, mas não sabes definir o que vêsIncapaz de definirO teu EuÉs um vago bicho sem destinoQue nascestes em cima desta terraSem saber porque nem para que.

    Vais saber, lendo o livro UNIVERSO EM DESENCANTO

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  • 03 Universo Holístico -MAIO - 2020

    Na Quarentena do Covid-19

    Se estivermos atentos, todas as crises e obstáculos setornam oportunidades para ampliar o entendimento sobrenós mesmos e sobre o mundo, como veremos a seguir.

    Dramas reais

    Antônio, aposentado, tem hoje 84 anos. Com a rotina deprofissional dedicado, desenvolveu hábitos como acordarbem cedo, ir à padaria para comprar o pão e tomar umaxicara de café. Depois seguia para o trabalho, saindosempre às 17:00h. Voltava a pé, conversando com um eoutro, encontrando os amigos. Hoje faz parte do grupo derisco. Tornou-se agressivo com os familiares que o impedemde cumprir uma rotina de 62 anos... Antes, chamava todospelo nome e discutia política com os companheiros de todauma vida. Hoje, mente confusa, não conseguecompreender porque lhe cerceiam a liberdade...

    Thereza tem 26 anos. Muito ativa e responsável, sentiagrande prazer e alegria na convivência com os amigos defaculdade e do trabalho. Agora angustiada, inquieta,perambula pela sala e da sala para o quarto, sem conseguirproduzir nada. Imagina que a qualquer momento adoeceráe, mesmo sem sair de casa, lava-se frequentemente,recusando-se a falar com os colegas até por meioseletrônicos, “pois podem estar contaminados e meinfectar”.

    Mariana, vendedora, está com 45 anos, sente que a vidacarece de sentido e que tudo que era aguardado com boaexpectativa perdeu a cor e a graça: “não sei cozinhar, nãosei fazer mais nada. A vida acabou para mim”. Sentindodores pelo corpo todo, a jovem senhora permanece todoo tempo na cama, sem conseguir realizar qualquer umade suas tarefas habituais: “não quero mais viver”.

    Buscando por ajuda

    Entre tantos sofrimentos emocionais escondidos por trásdas janelas, trancados na quarentena, estas são apenasalgumas histórias reais. Profissionais até entãoresponsáveis, pais, filhos e amigos equilibrados e gentis,em função do isolamento, do excesso de notícias sobredoença e morte, podem tornar-se ansiosos, inquietos,depressivos e até delirantes. Isso porque podem entrarem ressonância com memórias traumáticas muito antigas,seja da família de origem e/ou de vidas passadas a fim deque a ordem seja restabelecida.

    O profissional, seja médico ou psicólogo, em consultasonline ou presenciais, poderá ajudar essas pessoas asuperar os momentos difíceis, possibilitando um novo

    entendimento e identificando os recursos para odesenvolvimento de novas estratégias.

    Aprender e desaprender com a crise

    Meu filho Gustavo, doutor em filosofia e professor na UFJF,escreveu um livro sobre as dificuldades que nos sãoapresentadas por esta crise. Reproduzo um trecho do seulivro:

    “A história nos mostra que todos os momentos de criseprofunda são, dialeticamente, também momentos degrande reinvenção.

    O que precisamos aprender com o tempo da crise?

    E mais importante: o que precisamos desaprender?

    Nesta época de clausura, converso com alguns amigos que,em suas casas, têm tido dificuldade de conviver com osseus parceiros de vida e com os seus filhos.

    Alguns desses amigos já perceberam que o problema nãoestá nos membros da família, mas em si mesmos. Eles nãoconseguem lidar é com a sua própria presença incômoda.

    Acostumados à rotina de trabalho durante a semana e aatividades e passeios nos fins-de-semana, não perceberamque, aos poucos, a sua identidade pessoal se confundiucom a sua personalidade social e profissional.

    Eles não mais sabem ser simplesmente eles mesmos, nãomais conseguem lidar suave e graciosamente com osproblemas e com as frustrações simples da vida: o parceiroque reclama da louça suja, a criança inquieta que faz birra,a insegurança de todos diante do futuro.

    Talvez seja preciso desaprender a sustentar a personalidadedo profissional competente e focado, essa máscara que,de tão usada, já se confunde com o próprio rosto. Talvezseja preciso voltar a vivenciar a leveza e a graça dosproblemas comuns, talvez seja necessário desaprender agravidade das coisas e reaprender a rir de si mesmo. Nãoé essa a maravilhosa lição do último diálogo de Mozartcom Harry em O Lobo da Estepe?”

    O livro do Gustavo, chamado “Pandemia: crise e aporia”,está à venda na Amazon.

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    Por Dra. Laís Bertoche é médica Psiquiatra, Homeopata, Hipnoterapeuta Regressiva, Consteladora e criadora da

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  • Prana04

    Tanto a curto como a longo prazo, aenergia e o tempo disponíveis sãoelementos decisivos na vida. Fingir que eles são infinitos é um errofatal. Eles são ilimitados em simesmos, mas não para nós. Perceber que podemos usar de modocada vez mais correto a energia deque dispomos na vida permiteexpandir as nossas possibilidadesmais elevadas. Ao contrário do tempoindividual, tais potencialidades nãotêm limite. Já que é nosso dever criar ascondições para que a semente dasabedoria divina germine, vale a penafazer um auto-exame com relação aouso do tempo e da energia em nossasvidas. Por exemplo: 1) Que forças e substâncias estãodisponíveis para mim, nos váriosníveis dos mundos físico, vital,emocional e mental? E de quaisenergias do meu eu superior eu tenhouma consciência pensante? 2) Qual a verdadeira meta da minhavida neste momento? E qual deveriaser ela? 3) De que modo posso empregareficientemente o conjunto de energiasvitais disponíveis, de modo a criar aolongo do tempo um ritmo de vidacriativo e durável? 4) Será que tenho os “músculos”necessários para tomar em minhaspróprias mãos o rumo da minha vida,

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    A ARTE DE PARAR O TEMPO Investigando o Caráter Ilimitado da Nossa Potencialidade

    Por Carlos Cardoso Aveline - www.filosofiaesoterica.com

    das minhas energias vitais, e do meutempo? Em outras palavras, consigoser o autor do roteiro da minha própriaexistência? A Linha de Tempo de Cada Um O tempo individual é um segmentoprovisório daquela dimensãosilenciosa da Natureza que Helena P.Blavatsky chama de (infinita)Duração. Este segmento constitui umpatrimônio extremamente valioso, doponto de vista de um eu superior quedesperta para a ação. Quem deseja tornar-se um habitantelivre e auto-responsável da DuraçãoInfinita, ou tempo eterno, deve tomardecisões voluntárias em relação aouso da sua força vital no espaço e notempo. Para fortalecer estahabilidade, um procedimento útilconsiste em desligar-se regularmentedo tempo linear, provocando umaruptura da sua continuidade aparente. Rompendo a Ilusão deContinuidade

    Parar ou transcender o tempopsicológico linear constitui umanecessidade para quem pretendedefinir por si mesmo o rumo da suavida. Quando um indivíduo dorme, apassagem consciente do tempo éinterrompida. Isso não é suficiente. Séculos atrás, a vida era mais lenta.As pessoas tinham maisoportunidades de romper e deixar delado a consciência unilinear do tempo.Atualmente, a arte de parar o tempovoluntariamente surge como umaalternativa à aceleração da vida, e nosdevolve a possibilidade de libertar-nosdas rotinas impostas de fora paradentro. É possível parar o tempo a qualquermomento. “E se nesse instante a horafosse cinco minutos mais tarde?” Podemos interromper neste precisoinstante toda e qualquer atividadepara dedicar cinco minutos àcontemplação do não-tempo. “Pararo tempo” é sinônimo de “parar omundo”, porque o tempo e o espaçosão um só. Até mesmo um minuto de absolutaimobilidade nos permite ter novaspercepções da vida e enxergar coisasaté agora desapercebidas. O não-tempo contém o tempo eterno.A duração infinita está presente emcada instante. Ao romper a rotinaexterna grosseira e a sua ilusão decontinuidade, vamos além do tempounilinear e alcançamos uma percepçãoda potencialidade infinita do futuro,tal como ela existe em semente aquie agora.

  • Universo Holístico - MAIO/2020 05

    Os estudos sobre os benefícios da alimentaçãovegetariana para a saúde dos seres humanos e oequilíbrio do planeta são cada vez mais numerosos.Ainda que lentamente, a ciência começa a ir aoencontro da sabedoria universal neste aspecto. Muitos seguem o regime alimentar vegetariano comoforma de fortalecer a vitalidade. Alguns terapeutas dasmedicinas alternativas, como a naturopatia, defendema ideia de que o consumo de carne implica assimilaras emoções do animal. Para eles a agressividade doser humano aumenta com o consumo de produtosanimais. Ao comer um bife, o indivíduo ingere não sóproteínas mas um conjunto de hormônios e outrassubstâncias que escapam ao olhar. A adrenalina que oanimal produz enquanto sofre estresse e morte violentaé um exemplo. Quando ingerimos alimentos,ingerimos emoções. Vendo como a maior parte dosalimentos é produzida hoje em dia podemos constatarque as emoções que “ingerimos” nem sempre são asmais saudáveis. Ao longo da história da humanidade o vegetarianismotem sido defendido pelos sábios. “Ísis Sem Véu” dizo seguinte: “Zeller afirma que Xenócrates proibia o consumo decarne animal, não porque ele visse nos animais algumasemelhança com o homem, já que lhes atribuía umapálida consciência de Deus, mas ‘pela razão contrária,por temer que a irracionalidade das almas animaisassim pudesse obter uma certa influência sobre nós’.Mas acreditamos que foi antes porque, como Pitágoras,ele teve os sábios hindus por mestres e por modelos.Cícero mostra-nos Xenócrates desdenhando de tudo,salvo da virtude superior; e descreve a pureza e a severaausteridade de seu caráter. ‘Nosso problema é libertar-nos da sujeição da vida dos sentidos, e vencer oselementos titânicos de nossa natureza terrena por meioda natureza divina’. Zeller fá-lo dizer: ‘Mesmo nosdesejos secretos de nosso coração, a pureza é o maiordever, e apenas a filosofia e a iniciação nos mistériosnos permitem atingir tal objetivo’.” [1] Optar pelo vegetarianismo é acima tudo uma questãode ética. À medida que o contato com a alma imortalé fortalecido, surge o respeito pela vida. Massacraranimais para satisfação do paladar ou como forma decanalizar a energia destrutiva deixa de fazer qualquersentido. Podemos ler no texto “A Ética da AlimentaçãoVegetariana”: “O surgimento de novas teorias alimentares, que noslevam a abandonar o hábito de matar animais paracomer carne, é uma das grandes bênçãos que hoje sederramam sobre o difícil caminho da humanidade.Pode ser um dos fatores fundamentais para eliminar aviolência de dentro e de fora do indivíduohumano.” [2]

    A DIETA QUE RESPEITA A VIDAA Forma como Tratamos os Outros Seres Reflete o Tratamento Que Damos à Alma

    Por Joana Maria Pinho

    Criar animais para o consumo humano é umacontradição. Como se pode cuidar e tratar os animaispara depois os matar e devorar? Alguns podem alegarque os animais são sacrificados para que o homemtenha o que comer e possa cumprir seu propósito. Masesse ritual é uma traição à própria vida, umcomportamento que demonstra a ignorância humanae não sua “superioridade” em relação aos animais. Cuidar dos animais, dar-lhes abrigo, em alguns casosafeto, alimentá-los e depois matá-los demonstra o ladomais sombrio da humanidade, um lado sádico que osanimais não têm. Ser “superior” a eles é acima de tudorespeitá-los e cumprir o dever de os proteger e osauxiliar no caminho evolutivo. Helena Blavatskyescreveu: “…A natureza física, a grande combinação decorrelações físicas de forças que avançam em direçãoà perfeição (…) modela e remodela enquantoprossegue e, terminando a sua obra no homem,apresenta-o apenas como um tabernáculo apropriadoao obscurecimento do espírito Divino. Mas este nãodá ao homem o direito de vida e de morte sobre osanimais inferiores a ele, na escala da natureza, ou odireito de os torturar. Exatamente o contrário. Alémde ser dotado de uma alma – que qualquer animal, emesmo qualquer planta, também possui mais ou menos-, o homem tem uma alma imortal racional, ounous,que deveria torná-lo pelo menos igual emmagnanimidade ao elefante, que caminhacuidadosamente para não esmagar os animais maisfrágeis do que ele.” [3] A alimentação física reflete a nutrição que damos aoeu interior. A forma como tratamos os outros seresespelha o tratamento que damos à alma. E Paracelsoensinou: “O homem come e bebe dos elementos, para o sustentodo seu sangue e da sua carne, mas dos astros vêm osustento do intelecto e os pensamentos de suaalma.” [4] Reconhecendo a dimensão divina da vida e dando àalma o alimento correto surgem o respeito e acompreensão. Assim a paz e a benevolência passam aser realidades concretas. NOTAS: [1] ”Ísis Sem Véu”, de Helena P. Blavatsky, Ed.Pensamento, SP, Vol. I, 341 pp., p. 79. [2] Do texto “A Ética da Alimentação Vegetariana”,de Carlos Cardoso Aveline. [3] Da obra “Ísis Sem Véu”, de Helena P. Blavatsky,Ed. Pensamento, Vol. III, 301 pp., p. 244.

    Abençoado seja o Filho da Luz queconhece sua Mãe Terra...Pois é Ela a doadora da vida.Sabe que a sua Mãe Terra está em ti e tuestás Nela.Foi Ela quem te gerou e quem te deu avida...E te deu este corpo que um dia tu lhedevolverás.

    Sabe que o sangue que corre nas tuasveiasNasceu do sangue da tua Mãe Terra.O sangue Dela cai das nuvens, jorra doventre Dela,Borbulha nos riachos das montanhas...E flui abundantemente nos rios dasplanícies.

    Sabe que o ar que respiras nasce darespiração da tua Mãe Terra.O alento Dela é o azul celeste das alturasdo céu...E os sussurros das folhas da floresta.

    Sabe que a dureza dos teus ossos foicriada dos ossos de tua Mãe Terra.Sabe que a maciez da tua carne nasceu dacarne de tua Mãe Terra.A luz dos teus olhos e o alcance dos teusouvidos...Nasceram das cores e dos sons da tua MãeTerra,Que te rodeiam feito as ondas do marcercando o peixinho.

    Como o ar sustenta o pássaro,Em verdade te digo, tu és um com tua MãeTerra.Ela está em ti e tu estás Nela.Dela tu nasceste, Nela tu vives - e paraEla voltarás novamente.

    Segue, portanto, as Suas leisPois teu alento é o alento Dela.Teu sangue, o sangue Dela.Teus ossos, os ossos Dela.Tua carne, a carne Dela.Teus olhos e teus ouvidos são Delatambém.

    Aquele que encontra a paz na sua MãeTerra,Não morrerá jamais.Conhece esta paz na tua mente.Deseja esta paz ao teu coração.Realiza esta paz com o teu corpo.

    - Evangelho dos Essênios -

    ORAÇÃO À MÃE TERRA(Uma Oração Essênia)

  • Prana06

    Amigos, eu gostaria que fizessem uma descoberta viva, não umadescoberta induzida pela descrição de outros. Se alguém, por acaso,lhes tivesse falado sobre este cenário, teriam vindo com as vossas mentespreparadas para tal descrição, e talvez ficassem depois desapontadospela realidade. Ninguém pode descrever a realidade. Devemexperimentá-la, vê-la, sentir toda a sua atmosfera. Quando virem asua beleza e graciosidade, experimentarão uma renovação, umaaceleração na alegria.

    A maioria das pessoas que pensam que estão à procura da verdadeprepararam já suas mentes para a receber estudando descrições doque procuram. Quando se examinam religiões e filosofias, descobrir-se-á que todas elas tentaram descrever a realidade; tentaram descrevera verdade para vossa orientação.

    Não vou tentar descrever o que é para mim a verdade, já que issoseria um intento impossível. Não se pode descrever ou transmitir aoutro a amplitude de uma experiência. Cada um deve vivê-la por sipróprio.

    Como a maioria das pessoas, vocês leram, ouviram e imitaram;tentaram descobrir o que os outros disseram sobre a verdade e sobreDeus, sobre a vida e a imortalidade. Possuem, portanto, uma imagemna mente, e querem agora comparar essa imagem com o que eu voudizer. Ou seja, a vossa mente procura apenas descrições; não tentamdescobrir de novo, tentam apenas comparar. Mas como eu não voutentar descrever a verdade, porque ela não pode ser descrita, haveránaturalmente confusão na vossa mente.

    Quando retêm uma imagem que vão tentar copiar, ou se atêm aum ideal que vão tentar seguir, jamais poderão enfrentar umaexperiência completamente; nunca serão francos, nunca serãoverdadeiros no que respeita a vocês mesmos e às vossas ações; estãosempre a se autoproteger com um ideal. Se realmente sondarem avossa mente e o vosso coração, descobrirão que vêm aqui para obteralgo novo; uma ideia nova, uma sensação nova, uma nova explicaçãoda vida, de forma a poderem moldar a vossa própria vida de acordocom ela. Por isso estão realmente à procura de uma explicaçãosatisfatória. Não vieram com uma atitude de frescura, para que com avossa própria percepção, a vossa própria intensidade, pudessemdescobrir a alegria da ação natural e espontânea. Muitos de vocêsprocuram apenas a explicação descritiva da verdade, pensando que seconseguirem descobrir o que é a verdade, poderão então moldar asvossas vidas de acordo com essa luz eterna.

    Se for esse o motivo da vossa procura, então não se trata de umaprocura da verdade. É mais propriamente uma procura de consolo, deconforto; não é mais que uma tentativa de escapar aos inumeráveisconflitos e batalhas que têm que enfrentar todos os dias.

    Do sofrimento nasceu o impulso de buscar a verdade; no sofrimentoreside a causa da inquirição insistente, da procura da verdade. Noentanto quando sofrem – pois todos sofrem – procuram remédio econforto imediatos. Quando sentem uma dor física momentânea, obtêmum paliativo na farmácia mais próxima para atenuar o vosso sofrimento.Da mesma forma, quando experimentam uma angústia mental ouemocional momentânea, procuram consolo, e imaginam que tentarencontrar alívio para a dor é a procura da verdade. Dessa forma estãocontinuamente à procura de uma compensação para as vossas dores,uma compensação pelo esforço que são assim obrigados a fazer. Evitama causa principal do sofrimento e vivem portanto uma vida ilusória.

    Portanto, essas pessoas que estão sempre a proclamar que estãona busca da verdade estão, na verdade, a deixá-la escapar. Chegaram

    à conclusão que as suas vidas são insuficientes, incompletas, com faltade amor, e pensam que tentando procurar a verdade encontrarãosatisfação e conforto. Se tiverem a franqueza de dizer a vocês própriosque vão apenas à procura de consolo e compensação pelas dificuldadesda vida, serão capazes de procurar resolver o problema de formainteligente.

    Mas enquanto fingirem que estão à procura de algo mais que desimples compensação, não poderão ver a questão com clareza. Aprimeira coisa a descobrir, portanto, é se estão realmente à procura,fundamentalmente à procura da verdade.

    Um homem que procura a verdade não é um discípulo da verdade.Suponham que me dizem: “Não tive amor na minha vida; foi uma vidapobre, uma vida de constante sofrimento; por isso, para obter conforto,procuro a verdade.” Devo então chamar a atenção para o facto de quea vossa procura de conforto é uma total ilusão. Na vida não existe issode conforto e segurança. A primeira coisa a perceber é que devem serabsolutamente francos.

    Mas vocês próprios não estão certos do que realmente querem:querem conforto, consolação, compensação, e no entanto, ao mesmotempo, querem algo que é infinitamente maior que a compensação e oconforto. A vossa mente está tão confusa que num momento vocêsconfiam numa autoridade que lhes oferece compensação e conforto e,no momento seguinte, voltam-se para outra que lhes nega conforto. Avossa vida portanto torna-se numa refinada e hipócrita existência, umavida de confusão. Tentem descobrir o que realmente pensam; não finjampensar o que acham que devem pensar; então, se estiverem conscientes,totalmente vivos no que estão a fazer, saberão por vocês próprios, semautoanálise, o que realmente desejam. Se forem totalmenteresponsáveis nos vossos atos, saberão então sem autoanálise o querealmente procuram. Este processo de descoberta não precisa de grandeforça de vontade, de grande vigor, mas apenas de interesse em descobriro que pensam, descobrir se realmente são honestos ou se vivem numailusão.

    Ao falar com grupos de ouvintes em todo o mundo, descubro quecada vez mais pessoas parecem não compreender o que eu digo porquevêm com ideias fixas; ouvem com a sua atitude tendenciosa, sem tentardescobrir o que tenho para dizer, mas apenas esperando descobrir oque secretamente desejam. É inútil dizer, “Aqui está um novo idealpelo qual devo moldar-me”. Descubram de preferência o que realmentesentem e pensam.

    Como é que podem descobrir aquilo que realmente sentem epensam? Do meu ponto de vista, só o poderão fazer tendo consciênciade toda a vossa vida. Descobrirão então até que ponto são escravos dosvossos ideais, e ao descobri-lo, verão que criaram ideais apenas paravossa consolação.

    Onde existe dualidade, onde existem opostos, deve haver aconsciência de incompletude. A mente está presa entre opostos, taiscomo castigo e recompensa, bom e mau, passado e futuro, ganho eperda. O pensamento é apanhado nesta dualidade, e por isso háincompletude na ação. Esta incompletude gera sofrimento, o conflitoda escolha, esforço e autoridade, e a fuga do não essencial para oessencial.

    Quando se sentem incompletos, sentem-se vazios, e dessesentimento de vazio surge o sofrimento; devido a essa incompletudevocês criam padrões, ideias, para sustentá-los no vosso vazio, eestabelecem esses padrões e ideais como sendo a vossa autoridadeexterna. Qual é a causa interior da autoridade externa que criam para

    Palestra de Krishnamurti sobre a verdadeItália, 01 de Julho de 1933 na cidade da Alpino

  • 7 Universo Holístico - MAIO/2020

    si mesmos? Primeiro, sentem-se incompletos e sofrem por causa dessaincompletude. Enquanto não compreenderem a causa da autoridade,não passarão de uma máquina imitativa, e onde existe imitação nãopode existir a preciosa realização da vida. Para compreender a causada autoridade deverão acompanhar o processo mental e emocional quea cria. Em primeiro lugar sentem-se vazios e para se livrarem dessesentimento fazem um esforço; ao fazer esse esforço estão somente acriar opostos; criam uma dualidade que apenas aumenta a incompletudee o vazio. Vocês são responsáveis por autoridades externas tais comoreligião, política, moralidade, por autoridades tais como padrõeseconômicos e sociais. Devido ao vosso vazio, a vossa incompletude,criaram estes padrões externos dos quais tentam agora se libertar.Evolucionando, desenvolvendo, crescendo longe deles, querem criaruma lei interna para vocês próprios. À medida que vão compreendendoos padrões externos, querem libertar-se deles e desenvolver o vossopróprio padrão interno. Este padrão interno, a que vocês chamam de“realidade espiritual”, vocês identificam-no como uma lei cósmica, oque significa que não criaram senão outra divisão, outra dualidade.

    Portanto, primeiro criam uma lei externa, e depois procuram selibertar dela desenvolvendo uma lei interna que identificam com ouniverso, com o todo. É isso o que está a acontecer. Continuamconscientes do vosso egotismo que agora identificam como uma grandeilusão, chamando-lhe cósmica. Portanto, quando dizem, “Eu obedeçoà minha lei interna”, não estão senão a utilizar uma expressão paraencobrir o vosso desejo de se libertarem. Para mim, o homem queesteja ligado seja a uma lei externa seja a uma interna está enclausuradonuma prisão; está dominado por uma ilusão. Por isso, um homem assimnão pode compreender a ação espontânea, natural e saudável.

    Ora bem, porque é que criam leis internas para vocês próprios?Não será porque a luta da vida diária é tão grande, tão inarmônica, quequerem se libertar dela e a criação de uma lei interna torna-se o vossoconforto? E tornam-se escravos dessa autoridade interna, desse padrãointerno, porque rejeitaram somente a imagem exterior, e criaram noseu lugar uma imagem interior à qual se escravizaram.

    Por este método não alcançarão o verdadeiro discernimento, e odiscernimento é completamente diferente de escolha. A escolha temque existir onde houver dualidade. Quando a mente está incompleta eestá consciente dessa incompletude, tenta libertar-se dessaincompletude e em consequência cria o oposto a essa incompletude.Esse oposto pode ser um padrão tanto externo como interno, e umavez estabelecido esse padrão, julga cada ação, cada experiência poresse padrão, e vive assim num estado contínuo de escolha. A escolhanasce somente da resistência. Se não houver discernimento, não háesforço.

    Portanto para mim toda esta ideia de fazer um esforço em direçãoà verdade, em direção à realidade, esta ideia de efetuar um esforçocontinuado, é absolutamente falsa. Enquanto estiverem incompletosexperimentarão sofrimento, e por isso estarão comprometidos com aescolha, o esforço, a luta incessante por aquilo a que chamam de“conhecimento espiritual”. Por isso eu digo que quando a mente ficaaprisionada na autoridade não pode ter compreensão verdadeira,pensamento verdadeiro. E uma vez que as mentes da maioria das pessoasestão aprisionadas na autoridade – que não é mais que uma evasão àcompreensão, ao discernimento – não poderão experimentarcompletamente a experiência da vida. Por esse motivo vivem uma vidadupla, uma vida de fingimento, de hipocrisia, uma vida na qual nãoexiste nenhum momento de plenitude.

    De algum tempo que o termo resiliência se tornou popular nos textos ereflexões que abordam questões psicológicas. Oriundo da Física, significaa capacidade que alguns metais têm de receber e absorver um impacto,retornando à sua forma original.

    No âmbito psicológico, o conceito está ligado à habilidade psíquica de lidarcom frustrações, absorver e elaborar suas ações traumáticas, aceitar oinevitável e alterar o que for possível, retornando a um estado deharmonização interior.

    Apesar da aparente novidade, a ideia é antiga, tendo Freud defendido queuma mente saudável precisa ter um ego forte e flexível, justamente omesmo sentido do conceito resiliência. Um ego forte possui capacidade deenfrentar e alterar os estímulos indesejáveis, internos e externos, e, porser flexível, tem a habilidade de absorver os impactos, adaptando-se àsnovas situações que surgem sem grandes afetações.

    Vale ressaltar que a ideia de força egóica não pressupõe rigidez. Issoacontece mesmo a nível biológico com a musculatura do corpo humanoque pode ter força mesclada com flexibilidade. Na verdade, na maioria dasvezes, um ego rígido não tende a ser forte, mas se esconde, na sua rigidez,de uma fragilidade com a qual não consegue lidar. São aqueles tipos depessoas tão temerosas das mudanças e variáveis da vida que tentam imporsua vontade inexorável ao destino que, com certeza, não se curva a estescaprichos. Acabam por adoecer psicologicamente como forma de fuga deuma realidade que frustrou seus desejos imaturos e com a qual não sabemlidar.

    A falta de resiliência vem, então, acompanhada de sentimentos de revoltacontra as adversidades. Esta revolta é fruto do orgulho narcísico que quercontrolar a vida, concretizar seus desejos ao longo do caminho sem nenhumafrustração. E é aí que surge o que chamamos de dor secundária, típica dosrevoltados, que se sobrepõe a uma dor primária. Se a dor primária éinevitável, por força das contingências da realidade impermanente em quevivemos, a dor secundária é opcional, fruto da não aceitação que faz comque qualquer problema se torne pior do que poderia ser.

    Baseados nessas premissas, podemos dizer, sem medo de errar, que pessoasresilientes são mais felizes do que as revoltadas, porque aceitam as doresprimárias enquanto as outras geram uma nova dor que se encontra narevolta.

    Se você quebrou suas duas pernas e não pode andar, ainda assim te restamopções: aproveitar a imobilidade para fazer coisas interessantes como ler,atualizar contatos, ver alguns filmes, ou se revoltar na lamentação do quenão pode fazer diante da incapacitação momentânea. A escolha é sua.

    É claro que, a meu ver, alcançar níveis mais satisfatórios de resiliênciapressupõe algumas habilidades psíquicas. Uma delas será mudar o pontode vista. Quando você observa a vida pelo ângulo restrito de uma sóexistência fica mais fácil se sujeitar ao desejo do gozo absoluto – já quetudo vai acabar um dia e não existe sentido maior para nada – e difícil lidarcom a sua frustração. A percepção espiritual, sob qualquer foco religiosoou filosófico, aumenta a sensação de impermanência, de uma relatividadeexistencial que ressignifica os fatos do cotidiano dentro de uma dimensãomuito mais ampla, portanto menos fatalista.

    Não é por acaso que os conceitos atuais de saúde, mesmo os materialistas,envocam a necessidade de satisfação física, social, psicológica e espiritual.Não espiritual enquanto doutrina espiritualista ou sectarismo religioso, masa dedicação a reflexões de religiosidade que tragam novas compreensõesexistenciais.

    Quando o antigo Mestre da Galiléia recomendou a humildade como requisitopara se herdar a terra prometida, de paz e ventura, na verdade recomendavauma maior aceitação dos fatos da vida. Não a aceitação passiva que oEstado cristão nos impôs, com interesses de dominação, mas uma aceitaçãoativa, resiliente, sem revoltas, promotora de força e flexibilidade egóicaspara os enfrentamentos e transformações do caminho.

    RESILIÊNCIA, A ARTE DE VIVERPor João Carvalho Neto

  • Prana08

    “Osho, por favor, ajude-me a ser feliz, a sercomum. Eu descobri que todas as minhaspreocupações, conflitos e tormentos, têm aver com esse desejo de ser especial e nadamais. ”Sudha, é impossível ajudá-la, porquevocê não é comum - ninguém o é, ninguémpode ser.Todo mundo é único eextraordinário. O problema surge quandovocê começa a tentar ser aquilo que você jáé. Aí você fracassa. Se você fosse comum,não haveria nenhuma dificuldade emalcançar o extraordinário. Haveria todapossibilidade. Mas, o peixe está no oceanoe ele está tentando estar no oceano. Ofracasso será total, ele está condenado afracassar. Como você pode ser comum? Toda essaexistência é extraordinária. Cada grão deareia numa praia é extraordinário, cadafolhinha de grama é extraordinária. E eu nãoestou falando apenas de lótus e rosas -naturalmente, elas também sãoextraordinárias - mas uma flor comum deum capim não é comum. Tudo o que existe édivino, como pode ser comum? Não tente ser comum, caso contráriovocê vai fracassar e você irá criar misériapara si mesma. Eu mesmo não posso ajudar,eu não posso ir contra o Tao, contra a leifundamental da vida. Deus só cria oextraordinário. Toda essa existência éespecial. Essas gotas de chuva, essa manhã,as pessoas ao seu redor - este momento éextraordinário, ele não pode ser repetidonovamente, não, nunca, nem mesmo emtoda a eternidade ele poderá ser repetidonovamente. Você nunca encontrará essasgotas de chuva caindo novamente, esse som,essa manhã, essas pessoas. Toda essasituação é extraordinária. Ela só aconteceuma vez. Em todo o mundo você não encontraráuma outra Sudha. Você pode seguirprocurando, e não apenas neste momentopresente, mesmo no passado ou no futuro,e nenhuma Sudha jamais será repetida. Éassim que nós somos. E se você começar atentar ser extraordinária, você estará emdificuldades. Aceite a si mesma como você é, eaceite o todo como ele é - se você pudercompreender que tudo é extraordinário -então você terá se tornado comum. Sudha, não é que você queira serextraordinária, você quer serespecial comparada com as outras pessoas.

    O Comum e o Extraordinário

    Isso também é absurdo, nenhumacomparação é possível. Como você pode sercomparada com outro alguém? Ninguém écomo você. Você não compara um cachorrocom um papagaio, ou compara? Não háqualquer similaridade, não há qualquersemelhança, como você pode comparar umcachorro com um papagaio? Ou uma árvorecom um homem? Ou uma pedra com um rio?Na verdade, dois indivíduos não são iguais,por isso eles são incomparáveis. Você é vocêe o outro é o outro. Compreender isso é ser ambos: comume extraordinário. Extraordinário no sentidode que a existência somente cria pessoasúnicas, e comum no sentido de que todomundo é extraordinário. Não há nadaextraordinário em ser extraordinário, todomundo é. A comparação desaparece equando não há comparação, não existepossibilidade de ego. Você me pede: por favor, ajude-me aser feliz... Eu só posso ajudá-la a não sermiserável. Eu não posso ajudar você a serfeliz. Mas se você não for miserável, vocêserá feliz. Mas nenhum caminho direto épossível para fazê-la feliz. Se isso fossepossível, eu já teria feito você feliz há muitotempo atrás. Eu não sou miserável, eu játeria dado isso a você se fosse possível. Masnão há qualquer possibilidade. A felicidade não é algo que possaacontecer com você a partir de fora. Umavez que você pare de ser miserável, afelicidade acontece, a felicidade brotadentro do seu ser. Ela simplesmente crescea partir de você, você começa a florescer eos obstáculos são removidos. E esse parece ser o seu maiorobstáculo: você quer ser extraordinária. Eulhe declaro: Sudha, você é extraordinária.Mas lembre-se de que todo mundo tambémé. Por isso, agora não há necessidade de sepreocupar. Eu lhe garanto, você não precisaprovar isso. Deixe que esse obstáculodesapareça. Aceite a sua qualidade de serextraordinária, curta isso, celebre isso. WaltWhitman diz ‘Eu celebro a mim mesmo, eucanto a mim mesmo...’ Celebre e cante. Vocêé extraordinária. Deus não fez outra pessoacomo você e nunca fará outra pessoa comovocê. Somente por uma vez Deus existe comovocê, em você, nessa forma. Essa forma nãose repete. Então, o que está faltando? Toda asua miséria está surgindo porque você estátentando se tornar extraordinária. E essa jáé a qualidade do seu ser. Tornar-se, não seaplica neste caso. E então, de repente, você

    verá... Se você puder ver o ponto... Nãopense a respeito disso, simplesmente veja oponto - ele é tão cristalino - e um grandefardo sobre o seu peito irá desaparecer.Assim, você é extraordinária! Respire fundo,relaxe e, de repente, a felicidade está ali. Felicidade não é alguma coisa quetenhamos que fazer ou produzir por ela. Elaé natural, ela é espontânea. Eu posso ajudá-la a não estar na miséria. A miséria é criaçãosua, enquanto a felicidade é criação de Deus.Miséria é um presente que você tem dado asi mesma, enquanto felicidade é umpresente que Deus tem lhe dado. Mas vocêse agarra à miséria e quando você se agarra,você a alimenta com esse agarrar.Abandoneisso. Comece a dançar e cantar e celebrar.Ponha um fim nisso agora. E não diga‘amanhã’, porque o amanhã nunca vem. Enão diga ‘eu vou pensar mais sobre isso’.Pensar não vai ajudar. Isso é um fato simples.Ou você compreendeu ou você perdeu oponto. Deixe-me repetir de novo: todo mundoé extraordinário, assim, ninguém precisatentar. Não sofra com essa inferioridadedesnecessária. E se sofrer com isso, vocêpoderá seguir sofrendo anos e anos, e vocêcontinuará criando, e você continuaráencontrando novas maneiras e meios.Alguém tem um nariz mais comprido que oseu, aí você se sentirá inferior. Alguém temo cabelo louro, aí você se sentirá inferior.Alguém tem aqueles belos olhos, aí você sesentirá inferior. Alguém é mais inteligente,aí você se sentirá inferior. Alguém é umpouco mais alto, aí você se sentirá inferior.Se você continuar procurando e buscandomiséria, ela estará disponível. Você podeencontrá-la em qualquer pessoa com quemvocê cruze, você encontrará uma coisa ououtra que está faltando em você. Mas é essasua maneira de ver as coisas que cria amiséria. Esqueça todo mundo e simplesmenteolhe dentro de você, as dádivas que Deustem lhe dado. E a gratidão irá surgir. Naverdade não existe razão alguma, nenhumarazão para essa existência existir, nenhumarazão para essa chuva, para essa manhã,para essa melodia, para essa bela cançãoque as nuvens estão cantando ao seu redor.Se essas coisas não estivessem aí, nós nãopoderíamos reclamar. Se essas coisas nãoestivessem aí, nós não poderíamos solicitarque elas estivessem. Essas coisassimplesmente estão aí, sem a nossasolicitação. Elas estão aí. Nós nem mesmotemos que bater na porta, e a porta estáaberta. E milhões de dádivas estão sendo

  • 09Universo Holístico - ABRIL/2020

    derramadas sobre você, simplesmente olhepara essas dádivas e você se surpreenderá.Você se surpreenderá ao ver como você temperdido essas coisas. Só a alegria de respiraré suficiente para estar agradecido, só aalegria de encontrar um amigo é suficientepara estar agradecido, só a alegria de sesentar em silêncio, sem nada fazer... Aalegria de uma manhã ou de um entardecer,a alegria de uma noite... Simplesmente sigaprocurando por essas alegrias e você asencontrará. Você só encontra aquilo que vocêprocura. Você tem estado procurando pormiséria, daí você ter criado misérias. Hojeestá chovendo e amanhã não estaráchovendo, então amanhã você poderá sesentir miserável. Você dirá: ‘porque não estáchovendo hoje?’ E quando estava chovendo,você não estava agradecido. Comece a se sentir agradecido. Afelicidade estará cada vez mais próxima,quanto mais você se tornar agradecido. Agratidão funciona como um magnetismo. Amente reclamante repele a felicidade, elafecha as portas. Tudo depende de você. Euposso mostrar para você o caminho, mas évocê que terá que caminhar nele. Buda disse‘os budas podem apenas apontar o caminho,eles não podem caminhar por você. Vocêterá que caminhar. Eu estou mostrando avocê o caminho, mas você se tornou muitoesperta, eficiente em criar miséria para vocêmesma. Mude a direção de sua energia,canalize-a em direção à alegria, à beleza...esse cuco cantando lá longe. E pouco a poucovocê verá tantas coisas que sempreestiveram ali, mas que você não as estavavendo. Seus olhos estavam cheios de miséria,por isso você estava perdendo tudo isso. Seusolhos estavam anuviados, eles estavamnebulosos, nevoentos. É por isso que vocêestava perdendo tudo isso. E a pessoa pode perder por umapontinha, a pessoa pode perder por umpequeno pensamento. Um pequenopensamento pode se tornar uma barreira evocê pode perder toda a beleza do vastoHimalaia. Você pode estar ali, observandoos belos picos do Himalaia e o sol se pondosobre as neves do Himalaia espalhando umdourado por toda parte, e um pensamentovem à sua mente e o Himalaia desaparece,o pensamento anuvia você. Você se lembrade alguma coisa: no outro dia alguém haviainsultado você e isso foi o bastante. Ou vocêcomeça a fazer planos para o futuro:‘amanhã eu vou ter que partir’ e, aí, oHimalaia desaparece. E o pensamento era

    tão pequeno, e o Himalaia tão grande... Masmesmo um pequeno pensamento podeimpedir. O pensamento está tão próximo devocê e ele pode se colocar no meio. Umasimples partícula de pó pode cair em seusolhos, e só uma pequena partícula, quaseinvisível, pode tornar você cego, e você nãoconsegue abrir os olhos e não pode ver o solbrilhando. Sudha, faça apenas uma coisa: comecea abandonar esse conceito de inferioridade,esse conceito de que você tem que serextraordinária. Veja que mesmo essa suapergunta contém isso. Você assinou apergunta assim: ...uma buda comum,Sudha. Mesmo ali, o ego está reivindicandoque ‘eu não sou algum buda comum. Eu souum buda comum”. Você consegue perceber?‘Os budas são pessoas extraordinárias. Eunão sou como eles. Eu sou um buda comum.’Isso é reivindicar ser extraordinário. Ajude-me a ser comum. Você quer ser extraordinariamentecomum. O ego pode continuar jogando, jogossutis. Você terá que olhar completamente,do início ao fim. Simplesmente lembre-sede duas coisas: uma, que você já é aquiloque quer ser, então não há necessidade defazer qualquer coisa para isso. Você podechamar isso de comum ou pode chamar deextraordinário, não faz qualquer diferença.Você já é isso e você não conseguirá ser nadaalém disso. Como você chama isso, nãoimporta. Se você está amando a palavra‘comum’ então todo mundo é comum. Sevocê estiver amando a palavra‘extraordinário’ então todo mundo éextraordinário. Lembre-se de mais umacoisa: o que quer que seja que você estejareivindicando para você, você terá quereivindicar para o todo.E esse é o problema,você gostaria de ser especial, não ser comotodo mundo. Aconteceu... Existe uma bela parábola... Um homem adorava Deus por muitoanos e sempre ele pedia ‘satisfaça apenasum de meus desejos.’ Deus já devia estarcansado, aborrecido. Um dia ele apareceue lhe disse ‘OK, você não me deixa em paz.De manhã, de noite, você segue batendo namesma tecla ‘satisfaça um de meus desejos’.‘OK, eu estou aqui, qual é o seu desejo?’ E o homem disse: ‘o que quer que eupeça, deverá imediatamente ser dado amim, esse é o meu desejo.’ O homem eramuito esperto! Deus, em sua inocência, deveter pensado que ele iria pedir uma só coisa,mas ele pediu tudo. Ele disse que só tinhaum pedido e que era “o que quer que eupeça deverá ser dado imediatamente a

    mim.’ Mas você não pode derrotar Deus,porque a esperteza nunca derrota ainocência. Deus disse ‘perfeitamente certo,será como você pede, mas lembre-se de umacoisa: o que quer que você pedir, ao seuvizinho será dado em dobro.’ Agora o homem estava acabado. Mesesse passaram e Deus retornava sucessivasvezes. ‘Você nada pede...?’ Ele parou derezar e Deus continuava retornar váriasvezes, de manhã, de tarde e ele dizia ‘Oque? Você ainda não pediu?’ E o homem ficoumuito cheio de Deus. Ele pensou e pensou,mas qualquer coisa que ele tivesse, osvizinhos teriam em dobro. ‘Isso não teráfim’. Ele sempre quis ter um belo palácio,“mas qual é o sentido agora? Os vizinhosterão grandes palácios em dobro.’ Umasimples idéia estava esmagando ele, estavamatando ele. Ele perdeu toda a alegria deviver. Agora não havia qualquer possibilidadede um dia ser feliz, e esse Deus voltava demanhã e de tarde para torturá-lo. Assim, umdia ele disse: ‘OK, me dê um belo paláciodourado.’Imediatamente a sua choupana setornou um palácio dourado, e ele viu quetoda a cidade ficou cheia de paláciosdourados - palácios maiores, palácios duplos,todos dourados - e o seu era o mais pobrede todos. Ele procurou então por um advogado,porque a quem você recorre quando algumproblema legal surge? O advogado lhe disse:‘não se preocupe.’ E naturalmente Deus nãopoderia vencer um advogado. O advogadolhe disse: ‘você peça: faça agora um grandepoço em frente à minha casa, sem um muro.’Assim um grande poço apareceu diante deseu palácio e dois poços apareceram diantedos palácios dos demais. O advogado disse:‘agora peça: faça com que um dos meusolhos desapareça.’ O homem disse: ‘o quevocê está dizendo?’ E o advogado disse:‘simplesmente espere. Lei é lei.’ Um de seusolhos desapareceu e ambos os olhos de seusvizinhos desapareceram. Agora, toda acidade ficou cega... e com dois poços diantede cada palácio dourado... as pessoascomeçaram a cair nos poços e as pessoascomeçaram a morrer. E o homem ficou muitofeliz. Ele disse ‘agora o meu desejo foisatisfeito’. Assim, eu sei, Sudha, que você estaráem dificuldades, pois eu declaro que você éextraordinária, mas todo mundo, todos osseus vizinhos, inclusive o Pramod, sãoduplamente extraordinários. E, por favor, não procure por umadvogado!”

    OSHO - The Sun Rises in the Evening -discurso n. 8 - pergunta n. 1

  • Prana10

    Para começarmos, podemos dividir todo tipo de felicidade esofrimento em duas categorias principais: mental e física.Das duas, é a mente que exerce a maior influência em muitosde nós. A menos que estejamos gravemente doentes, ouprivados de nossas necessidades básicas, a condição físicarepresenta um papel secundário na vida.

    Se o corpo está satisfeito, praticamente o ignoramos. Amente, entretanto, registra cada evento, por mais pequenoque seja. Por isso, deveríamos devotar nossos mais sériosesforços à produção da paz mental.

    A partir de minha própria limitada experiência, descobri queo mais alto grau de tranqüilidade interior vem dodesenvolvimento do amor e da compaixão. Quanto mais nosocuparmos com a felicidade alheia, maior se tornará nossasensação de bem-estar. O cultivo de sentimentos amorosos,calorosos e próximos para com os outros automaticamentedescansa a mente. Isto ajuda a remover quaisquer temoresou inseguranças que possamos ter e, nos dá força paraenfrentarmos quaisquer obstáculos que encontramos. É aprincipal fonte de sucesso na vida.

    Enquanto vivemos neste mundo estamos destinados aencontrar problemas. Se, nessas ocasiões, perdemos aesperança e nos desencorajamos, diminuímos nossahabilidade de encarar as dificuldades. Se, por outro lado,nos lembramos que não se trata apenas de nós, mas, quetodos têm de passar por sofrimento, esta perspectiva maisrealista aumentará nossa capacidade e determinação parasobrepujarmos os problemas.

    Na verdade, com essa atitude, cada novo obstáculo podeser encarado como sendo mais uma valiosa oportunidade deaprimorar nossa mente! Desse modo, podemos gradualmentenos esforçar para nos tornarmos mais compassivos, ou seja,podemos desenvolver tanto a genuína empatia pelosofrimento dos outros, quanto a vontade de ajudar a removersua dor. Como resultado, crescerão nossas própriasserenidade e força interior.

    “Como alcançar a felicidade”Por Dalai-Lama

    “Você inevitavelmente encontrará adversidades na vida, seja no nívelpessoal ou - como estamos experimentando agora - no nível coletivo.Se você não se aprofundou o suficiente, se não encontrou nada alémda mente pensante conceitual, então a adversidade, qualquer que seja(neste caso, sabemos o que é), irá devastá-lo. E mesmo se você nãoadoecer ou contrair o vírus, o medo o consumirá, como está consumindomilhões de humanos atualmente.

    Se você soubesse quem/aquilo que você é, saberia que não há nada atemer. Somente se você não conhece o seu ser, o medo surge. Torne-seconsciente do seu ser, não o eu conceitual, nao a sua história pessoal,mas tome consciência de si mesmo como presença consciente. Pensarnão o ajuda. Pensar é um obstáculo. Portanto, vá mais fundo do que opensamento e fique completamente desperto e presente, sem atividademental.

    Esse é o começo da realização de sua essência eterna. É uma dimensãomais profunda da consciência, mais do que aquela com a qual vocênormalmente se identifica. Encontre essa base inabalável que estáprofundamente dentro de você, dentro de todos. A adversidade é umaoportunidade maravilhosa, porque força você a ir mais fundo. A vida setorna quase insuportável quando você vive apenas na superfície daspercepções sensoriais e na sua mente conceitual, e então você ouve asnotícias e lê todo tipo de coisa, e todos estão num estado de medo -devido a uma casa construída na areia.

    E este é um convite para despertar para quem você é, porque se não ofizer, sofrerá desnecessariamente. Milhões estão num estado deansiedade. Mas use isso como uma chance de despertar. É umaoportunidade de chegar a essa realização de que você é muito maisprofundo do que conhecia antes. Você deve prestar mais atenção à suaprópria consciência do que aos noticiários ou a seja lá o que for quevocê ouça e assista.

    Use este tempo precioso, faz parte do despertar da humanidade. Osseres humanos não despertam na sua zona de conforto, eles despertamquando são retirados de sua zona de conforto, quando não aguentammais o sofrimento ou a infelicidade.

    Sinta a vitalidade, tome consciência daquela presença que é inseparávelde quem você é. Essa é uma realização incrível! Há mais sobre você doque a pessoa! Essa presença é mais profunda que a pessoa. Você precisada adversidade para encontrá-la ou aprofundar a realização.

    Há um ditado que diz: ‘Quando o ego chora pelo que perdeu, o espíritose alegra com o que encontrou.’ O que parece ruim e muito negativo nasuperfície, como um obstáculo ao bem-estar da humanidade do pontode vista convencional, tem uma função essencial. Portanto, este é ummomento de grandes oportunidades. Use-o. Não o desperdice. Não seperca na mente. Não se perca no medo. Esteja enraizado nesta rochaque é a sua identidade essencial.”

    Eckhart Tolle em Satsang

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    TEMPO DE CORONAVÍRUSPOR ECKHART TOLLE

  • Universo Holístico - MAIO/2020 11

    O ser humano é um animal dotado da capacidade de raciocinar, imitar eimaginar. Mas não só. Ele é também um animal dotado da capacidadede verbalizar e comunicar suas idéias com o propósito depersuadir seusinterlocutores, trocar informações com eles ou, simplesmente, expressar suasemoções.

    A capacidade de se expressar de maneira complexa e argumentada constituium traço distintivamente humano — o qual, ademais, é em grande medidaresponsável pelo nosso progresso civilizatório.

    Mais ainda: a capacidade de se expressar livremente é o mecanismo pormeio do qual o ser humanomantém a sociedade funcionando.

    É em decorrência da liberdade de expressão e da capacidade de articularidéias que as pessoas conseguem apontar problemas, explicá-los, solucioná-los e tentar chegar a um consenso.

    Mas há o outro lado: a transmissão de idéias também representa um focopotencial de conflitos entre os seres humanos. Um determinado conjunto deidéias — sobretudo quando estas não fazem parte de nossa identidade cultural— pode nos parecer rechaçáveis, criticáveis ou mesmo repugnantes. Ou seja,as idéias não só nos seduzem, como também podem nos molestar. E, emocasiões, podem nos molestar sobejamente.

    E isso é inevitável: por ser capaz de pensar e de se expressar, o ser humanosempre poderá soar ofensivo a terceiros.

    A evolução se deu por meio do debate aberto

    Durante séculos, os indivíduos chegaram ao ponto de se enfrentarmutuamente, até o extremo de se aniquilarem, por causa das idéias. As guerrasreligiosas foram, em última instância, guerras sobre idéias: sobre concepçõesheterogêneas (e contrapostas), acerca da transcendência, pelas quais muitosestavam dispostos a morrer e a matar.

    A forma que socialmente descobrimos para evitar nos enfrentarmos e nosagredirmos por causa de nossas idéias díspares foi a tolerância mútua: umprograma ideológico que politicamente se cristalizou naquilo que hojechamamos de ‘liberalismo’ — “uma tecnologia para evitar a guerra civil”,como, de maneira clarividente, definiu o filósofo Scott Alexander.

    As idéias liberais nos ensinaram o segredo para podermos conviver em paz:aceitarmos tolerar mutuamente as idéias díspares e incorrermos emargumentações racionais para resolver nossas discordâncias. Foi assim que acivilização evoluiu.

    A censura estimula a intolerânciaObviamente, nosso desafio sempre foi tolerar aquelas idéias ou expressões

    alheias que nos ofendem, e não aquelas que nos agradam e entusiasmam.Somos tolerantes quando respeitamos o dissenso, e não quando recriamos oconsenso. E somos mais propensos a tolerar as idéias alheias quando os demaistoleram as nossas: se um grupo de pessoas vê suas idéias sendo silenciadas ecensuradas, ele perde toda a razão estratégica para tolerar as idéias alheias.

    Consequentemente, quando um grupo politicamente influente consegueinstituir a censura sobre aquelas idéias alheias que consideram ofensivas, essaação bem-sucedida começa a atrair imitadores: a tendência natural é queoutros indivíduos que também se sentem ofendidos por outras idéias passem aexigir a censura dessas idéias. Como consequência, o debate vai se tornandocada vez mais manietado.

    Pior: quando um grupo vê suas idéias sendo censuradas, a tendência é queele redobre a aposta em suas idéias, tornando-as ainda mais agressivas,podendo se degenerar em violência física.

    Assim, qualquer sociedade que opte pela censura, ainda que branda, estácontinuamente colocando em xeque a resistência de seus pactos implícitosem torno da liberdade de expressão.

    Em última instância, a tolerância mútua é, em certa medida, um equilíbriopotencialmente muito frágil: quando um grupo sente que suas idéias já sãosuficientemente toleradas pelos demais, ele pode, de um lado, se limitar atolerar as idéias alheias; mas, de outro, pode também cair na tentaçãooportunista de tentar censurar marginalmente aquelas idéias ou expressõesde terceiros que lhes ofendem, causando ainda mais distúrbios.

    Esse tem sido o caminho escolhido pelos adeptos do politicamente correto.O politicamente correto como ferramenta de controle

    O adjetivo ‘politicamente correto’ é usado para descrever linguagens ouações que devem ser evitadas por serem vistas como ‘excludentes’ ou‘ofensivas’.

    Em tese, o politicamente correto defende a censura de idéias quemarginalizam ou insultam grupos de pessoas tidos como desfavorecidos oudiscriminados, especialmente grupos definidos por gênero, raça ou preferênciassexuais.

    No entanto, ao defender a censura de idéias consideradas “ofensivas”, opoliticamente correto nada mais é do que uma ferramenta criada para intimidare restringir a liberdade de expressão. Ao proibir a livre manifestação de idéiasa respeito de uma miríade de assuntos, o politicamente correto funciona comouma linha de montagem mecanizada, cujo objetivo é padronizar ehomogeneizar as ideias dos indivíduos, fazendo-os pensar e agir sempre demodo uniforme.

    Para o politicamente correto, um debate aberto e sem censura, além deofensivo para as minorias, é também subversivo, inflamatório e gerador dediscórdias, devendo por isso ser censurado. Mas isso atenta contra a lógicabásica. O debate aberto é algo que, por definição, estimula a análise crítica eimpede a uniformidade (e a hegemonia) intelectual. O debate aberto e semcensura evita a predominância do chamado “pensamento de manada”,garantindo assim uma voz exatamente para os grupos mais marginalizados eexcluídos — os quais, em tese, são o alvo da preocupação do politicamentecorreto.

    Se o indivíduo não mais tiver a liberdade de falar o que pensa, ele não maisserá capaz de pensar. Como bem disse o psicólogo Jordan Peterson, a liberdadede expressão é suprema e está acima do “direito” de alguém de não se sentirofendido. Com efeito, não há o “direito de não ser ofendido” simplesmenteporque isso, caso realmente fosse impingido, levaria à extinção do própriopensamento: o ser humano, por ser capaz de pensar, sempre poderá soarofensivo a alguém. Querer proibir a expressão do pensamento significa proibiro próprio ato de pensar.

    Conclusão (e um teste)No final, o que temos hoje é apenas uma defesa simétrica da liberdade de

    expressão: só é lícito aquilo que me agrada. Aquilo que me ofende deve serproibido.

    Só que defender a liberdade de expressão de minhas idéias não é méritonenhum. Tampouco representa qualquer utilidade social. O verdadeiro méritoestá em defender a liberdade de expressão daqueles que nos ofendemprofundamente, e então vencê-los no debate por meio da razão. A censuraprévia é simplesmente o método a que recorrem os intelectualmente incapazes.

    No geral, se você é de esquerda e defende censura e punição àquilo quevocê considera “discurso de ódio da direita”, você está apenas defendendo oprivilégio da sua seita de abolir a expressão das idéias alheias. E vice-versa. Auniversalidade da liberdade de expressão não existe para proteger aquilo quenos agrada, mas sim para proteger da censura aquilo que nos ofende.

    Caso cedamos ao encanto de censurar aquilo que nos desagrada, em vez decriarmos uma plataforma que estimule o desenvolvimento do indivíduo pormeio do raciocínio lógico, do questionamento e dos diálogos estimulantes,estaremos apenas criando robôs com pensamentos padronizados ehomogeneizados.

    Abrir a Caixa de Pandora da censura pode acabar estimulando outros gruposa fazerem exatamente o mesmo, acabando assim com a liberdade geral deexpressão e com toda a nossa capacidade de debate baseado na razão. Comefeito, estaremos atacando a nossa própria capacidade de raciocínio.

    Não há mágica: o livre intercâmbio de informações e idéias é crucial parao progresso de uma sociedade livre. Por isso, toda a forma de “polícia dopensamento” deve ser abolida.

    Por fim, um teste: alguns países europeus, como a Alemanha, transformaramem crime o “discurso de ódio” (hate speech) na internet. Na prática, as mídiassociais (Google, Facebook e Twitter) serão severamente multadas casopermitam que seus usuários façam “discursos de ódio” em suas plataformas.

    Por uma questão de lógica, isso implica que agora é ilegal odiar Hitler e oHolocausto na internet. Também significa que o marxismo — que fomenta oódio dos assalariados aos capitalistas, estimulando o assassinato de capitalistas— se tornou ilegal. Você apóia?

    O Politicamente Correto Ataca um Direito Humano Básico:A Liberdade de Pensamento e de ExpressãoA liberdade de eA liberdade de eA liberdade de eA liberdade de eA liberdade de expressão é o mecanismo por meio do qual a sociedade evoluiuxpressão é o mecanismo por meio do qual a sociedade evoluiuxpressão é o mecanismo por meio do qual a sociedade evoluiuxpressão é o mecanismo por meio do qual a sociedade evoluiuxpressão é o mecanismo por meio do qual a sociedade evoluiu

  • 12 Universo Holístico - MAIO/2020

    Cada pessoa pensa sente, fala e se movimenta da maneira que lhe éprópria e que corresponde à imagem que faz de si mesma. Essa auto-imagem sempre tem aspectos físicos, sociais ou intelectuais. Nem sem-pre, porém, ela reflete essa dimensão múltipla. Com freqüência, mis-turam-se todas as sensações num pacote único, perdendo-se a ampli-tude da personalidade, o que acaba por traduzir uma auto-estima semmuita estima.

    Auto-estima significa gostar de si mesmo. O primeiro passo para isso,portanto, é se conhecer. Não posso amar nem dar valor ao que nãoconheço, pois corro o risco de fazer uma análise ruim da minha pes-soa, se a base vem de valores que não são meus, mas dos outros: sãodo mundo e esse mundo adora pendurar os valores em lugares tãoaltos, que nunca são alcançados.

    E como é fácil para as pessoas caírem nas armadilhas do "eu não valhonada!" Se não possuo o corpo perfeito, se não sou tão inteligente comofulana, se não causo uma impressão em todos os homens da festaquando entro, então não devo ser grande coisa. Não vale a pena gos-tar de mim e nem investir na vida e nas relações.Quando a auto-estima é negativa, baixa, o crescimento fica estagna-do, a coragem diante da vida diminui, desistimos até de arriscar coi-sas novas, de sonhar. Por isso, diz-se que a auto-estima é um valor desobrevivência.

    Se nessa autoconsideração, ao contrário, se consegue ter sentimentosde aceitação e aprovação a respeito da própria aparência, pensamen-tos e capacidades, a predisposição para ser bem aceita e recebidaserá maior. Ao estabelecer contatos, esses sentimentos farão parte danossa atitude. E a nossa crença sobre nós mesmos é o que passamosaos outros. Se eu sei que sei, começo a acreditar nisso e crio confiançapara agir conforme a minha verdade e vou em frente! E daautoconfiança para o auto-respeito é um passo.

    A pessoa com auto-estima elevada é comumente considerada egoísta.Parece que, infelizmente, na nossa língua, ter amor-próprio significaexcesso de vaidade e arrogância, quando deveria ser o mesmo quegostar corretamente...Gosto de uma definição, do psicólogo CarlRogers: pessoa significativa, que conhece o seu próprio significado eSABE que significa muito.

    Saber se dar valor abre um mundo novo de relacionamentos com pes-soas semelhantes, mais respeitosas, confiantes e hábeis, pois nos tor-namos mais abertos e mais claros. Evita-se também assim aqueles com"baixa -estima", que rodeiam a vida, e a intoxicam em vez de alimen-tar.Muita gente querem encontrar a "pessoa certa". Só podemos encon-trar a pessoa, a vida e a atitude certas quando acharmos que nóssomos a pessoa certa!

    Lembre-se: Ame-se primeiro e muito! Se dê colo, força, apoio, façamimos a você se dê conforto e bem estar!Você merece! Tenha certezaque assim, será impossível alguém não amar você! Com mais amorainda, vocês irão somar e não dividir!

    Afinal, amor nunca é demais!!!!

    Um dos focos principais encontrados no empreendedorismocomum é o lucro financeiro.

    Empreendedores consideram que um indicador básico para umaempresa prosperar é a geração de lucro. Empresas “no verme-lho” não são desejáveis, pois o lucro é fundamental. Na soci-edade atual mesmo que uma empresa esteja produzindo algoaltamente desejado pelo consumidor e que ela seja renomada,se ela estiver em vermelho, provavelmente se extinguirá, poisno rol das corporações empresariais que buscam o lucro finan-ceiro, não há lugar para quem gere prejuízo.

    Outro foco do empreendedorismo comum é o sucesso indivi-dual ou da empresa. Um exemplo deste tipo de sucesso podeser encontrado na indústria bélica, onde o projetista se gabado seu sucesso profissional quando consegue criar um modelode arma que mata mais, gastando menos. E até mesmo o tra-balhador mais braçal dessa empresa, pode se sentir orgulhosode contribuir para a fabricação de instrumento que servirá,em tese, para a segurança da pátria.Os dois exemplos citados referem-se a empresas que não ilus-tram o perfil do empreendedorismo evolutivo. No primeirocaso, a empresa foca apenas no lucro financeiro, não dandoimportância para ganhos sociais, ambientais, os quais são pri-oridade para a maioria das Organizações Não Governamentais(ONGs), que visam o bem estar da sociedade em geral. Noexemplo do sucesso individual, o profissional se sente feliz emproduzir algo que serve para tirar a vida, inclusive levar àmatança em massa.

    O que diferencia realmente um tipo de empreendedorismo dooutro é a intenção de beneficiar não apenas um indivíduo ouempresa, mas de contribuir para o bem estar do maior núme-ro possível de pessoas, estejam elas neste país, planeta ou emoutras dimensões físicas e não físicas. O EmpreendedorismoEvolutivo abarca os empreendimentos que geram frutosautossustentáveis paramais de uma vida humana e repercutem na população e naparapopulação, pois considera as interações e a continuidadedas ações realizadas nesta atual vida física, no período entrevidas e nas múltiplas vidas da consciência humana.

    Joaquim Pose e Nerli Vieira são voluntários da Área de Comu-nicação do Instituto Internacional de Projeciologia eConscienciologia (IIPC), instituição sem fins lucrativos, desti-nada à educação e pesquisa científica, que visa estudar a cons-ciência de modo integral considerando os vários corpos demanifestação, o ciclo de múltiplas vidas, as várias dimensõesde atuação, as interações bioenergéticasentre as pessoas e os ambientes e as manifestaçõesparapsíquicas. O I Congresso Internacional deEmpreendedorismo Evolutivo – materializando inovaçõesinterassistenciais ocorreu em novembro de 2011, em Manaus(AM). Mais informações no site www.iipc.org

    O que diferencia o Empreendedorismo

    Evolutivo do empreendedorismo comumAuto-Estima