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ATOS ADMINISTRATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO I SEMANAS 9 E 10

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  • 1. DIREITO ADMINISTRATIVO ISEMANAS 9 E 10

2. ATOS ADMINISTRATIVOS1. Introduo2. Conceito3. Elementos4. Caractersticas5. Mrito Administrativo6. Formas e Efeitos7. Classificao8. Espcies de atos9. Motivao dos atos: Teoria dos Motivos Determinantes10. Controle da discricionariedade11. Procedimento administrativo12. Extino dos atos administrativosa) Invalidao ou anulaob) Revogaoc) Teoria da convalidao 3. INTRODUOConceitos fundamentaisFatos administrativosTm repercusso na Administrao.Podem ser naturais e voluntrios.Tambm so compreendidos comorealizaes materiais daAdministrao.Atos da AdministraoTodos aqueles praticados pelaAdministrao PblicaContratos administrativosNegcios jurdicos bilaterais,regidos pelo Direito Pblico,celebrados entra Administrao eadministrado. 4. INTRODUO Existem atos regidos pelo Direito Pblico que estofora da Administrao? Quando a concessionria corta o fornecimento doservio por falta de pagamento, esse ato atoadministrativo? Sim, so atos administrativos, mas no so atos daAdministrao. So os atos praticados porconcessionrias, permissionrias, sob regime dedireito pblico. 5. ATO ADMINISTRATIVOCONCEITOa exteriorizao da vontade de agentes daAdministrao ou de seus delegatrios, nessacondio, que, sob regime de direito pblico, vise produo de efeitos jurdicos, com o fim de atenderao interesse pblico.Jos dos Santos Carvalho Filho 6. ATO ADMINISTRATIVOCONCEITOato administrativo a declarao do Estado ou quem lhefaa as vezes (pode ser praticado pelo Poder Executivo,Poder Legislativo e Poder Judicirio), expedida em nvelinferior lei a ttulo de cumpri-la (distingue o atoadministrativo da lei), sob regime de direito pblico(distingue do ato administrativo do ato de direito privado)e sujeita a controle de legitimidade por rgo jurisdicional(distingue o ato administrativo do ato jurisdicional).Fernanda Marinela 7. ELEMENTOS OU REQUISITOS DOATO ADMINISTRATIVO1. Competncia (sujeito)2. Finalidade3. Forma4. Motivo5. Objeto (contedo)Fundamento: art. 2, Lei 4.717/75 8. COMPETNCIA/SUJEITO1. Quem pode ser sujeito do ato administrativo?O agente pblico, que pode estar dentro ou fora daAdministrao, com ou sem remunerao, comvnculo permanente ou temporrio.2. Qualquer agente pode praticar ato administrativo?Desde que pratique ato compatvel com a regra decompetncia. Ele precisa ser o agente competente paraa prtica do ato. 9. COMPETNCIA/SUJEITO1. Caractersticas da competncia Depende de previso na lei ou na CF, de exerccio obrigatrio, irrenuncivel, imodificvel, no admite transao, Imprescritvel, Improrrogvel, Delegao e avocao, por exceo e comjustificativa (arts. 11 a 17, da Lei 9.784/99) 10. COMPETNCIA/SUJEITO A lei probe delegao de competncia em trscircunstncias:Art. 13. No podem ser objeto de delegao:I - a edio de atos de carter normativo;II - a deciso de recursos administrativos;III - as matrias de competncia exclusiva do rgo ouautoridade. 11. FORMA somente a prevista em lei, sendo em regra porescrito, admitindo-se de outra maneira quando a leiassim autorizar. O ato administrativo est sujeito ao princpio dasolenidade, exigindo-se:a) formalidades especficas,b) procedimento administrativo prvio ec) motivao ( diferente de motivo, a correlaolgica entre os elementos do ato e a lei; em regraobrigatria e deve ser realizada antes ou durante aprtica do ato). 12. MOTIVO razes de fato e de direito que justificam a edio doato. Para que esse motiva seja legal e no comprometa avalidade do ato ele deve ser:a) verdadeiro,b) estar compatvel com a previso legal ec) compatvel com o resultado do ato. 13. TEORIA DOS MOTIVOSDETERMINANTES relaciona-se com o motivo do ato administrativo, aquela que prende o administrador no momento daexecuo do ato aos motivos que ele alegou no momentode sua edio, sujeitando-se demonstrao de suaocorrncia, de tal modo que, se inexistentes ou falsos,implicam em sua nulidade. O Poder Pblico pode desapropriar um imvel paraconstruir um hospital, e depois resolver construir umaescola, ou um frum? Sim, TREDESTINAO mudana de motivoautorizada, legal, desde que mantida a razo de interessepblico. 14. OBJETO/CONTEDO o resultado prtico do ato. Exige-se que sejaa) lcito (previsto em lei),b) possvel ec) determinado. 15. FINALIDADE s pode ser uma razo de interesse pblico que serdefinido por lei. O desrespeito ao interesse pblico compromete o atocom o vcio de desvio de finalidade ( vcioideolgico, vcio subjetivo). Desvio de finalidade vcio no motivo e nafinalidade 16. ELEMENTOS VINCULADOS EDISCRICIONRIOS COMPETNCIA, FORMA E FINALIDADEa) So elementos sempre vinculados, seja nos atosvinculados, seja nos atos discricionrios. MOTIVO E OBJETOa) Nos atos vinculados - so elementos vinculados;b) Nos atos discricionrios so elementosdiscricionrios. 17. MRITO ADMINISTRATIVO O que o mrito do ato administrativo?Mrito a liberdade, juzo de valor, a discricionariedadedo administrador. Onde est a discricionariedade do ato discricionrio?Est no motivo e no objeto (elementos discricionrios). Mrito administrativo o motivo e o objeto do ato?No. Poder Judicirio pode rever o mrito do atoadministrativo?No, em regra. Mas o Judicirio de vez em quando atinge omrito administrativo por controle de legalidade emsentido amplo. 18. CARACTERSTICAS/ATRIBUTOSDO ATO ADMINISTRATIVO presuno de legitimidade ou de veracidade; autoexecutoriedade (executoriedade e exigibilidade), imperatividade e, para alguns autores, a tipicidade. 19. PRESUNO DE LEGITIMIDADEOU DE VERACIDADE Essa presuno absoluta ou relativa? Presume-se oqu? LEGITIMIDADE + LEGALIDADE + VERACIDADE Presuno de legitimidade - obedincia s normasmorais Presuno de legalidade obedincia lei Presuno de Veracidade corresponde com averdade. 20. PRESUNO DE LEGITIMIDADEOU DE VERACIDADE relativa ou iuris tantum. De quem o nus da prova? O nus da prova do administrado, ele que tem queprovar. O administrado obrigado a provar ato negativo?Ex. comprovar que no recebeu a notificao? Pacfico no STJ e STF, de que no possvel exigir doadministrado a prova de fato negativo. aAdministrao que tem que comprovar quenotificou o administrado. 21. AUTOEXECUTORIEDADE A Administrao executando diretamente os seusatos. Sem precisar de autorizao judicial. S possvel quando expressamente previsto em lei,ou quando se trata de medida urgente. Todo ato administrativo executvel?Falso, obrigaes pecunirias no so autoexecutveis.Exemplo: pagamento de um imposto, multas e outraspenalidades administrativas. As obrigaes pecuniriasso exigveis, mas no so autoexecutveis, poisnecessitam o Poder do Judicirio. 22. IMPERATIVIDADE (OUCOERCIBILIDADE) significa que os atos administrativos so cogentes,obrigando a todos quantos se encontrem em seucrculo de incidncia (ainda que o objetivo a ser porele alcanado contrarie interesses privados), naverdade o nico alvo da Administrao o interessepblico. Fundamento? Princpio da supremacia do interesse pblico sobre oprivado. 23. TIPICIDADE O ato administrativo deve corresponder s figuraspreviamente definidas em lei ou pelo Direito. Ele est fundamentado no Princpio da Legalidadeque afasta a possibilidade da Administrao praticaratos inominados; alm disso representa uma garantia para oadministrado pois impede a Administrao depraticar atos imperativos e autoexecutveis sem quehaja previso legal. 24. CLASSIFICAOQUANTO AOS DESTINATRIOS: Atos gerais - servem para regular determinadasituao, por isso tm destinatrios indeterminados.Exemplo: decreto que regulamenta o imposto derenda. Atos individuais regulam situaes concretas edestinam-se a pessoas especficas, mesmocoletivamente. Exemplo: portaria de nomeao paracargo em comisso; licena para construo; umdecreto expropriatrio. Ato individual singular (um) Ato individua plrimo (mais de um) 25. CLASSIFICAOQUANTO AOS DESTINATRIOS: Observaes: Atos individuais podem ser impugnadosdiretamente pelos interessados quanto legalidade, quer na via administrativa, quer navia judicial. necessrio contraditrio e ampla defesa apenasno caso de anulao de ato individual. O ato individual que d origem a direitosadquiridos torna-se irrevogvel, o que noacontece com o ato geral. 26. CLASSIFICAOQUANTO AO GRAU DE LIBERDADE: Ato vinculado sem liberdade Ato discricionrio com liberdade 27. CLASSIFICAOQUANTO AO ALCANCE: Ato interno produz efeitos somente dentro daAdministrao. Ato externo produz efeitos dentro e fora daAdministrao. 28. CLASSIFICAOQUANTO VONTADE ADMINISTRATIVA: Atos simples tm apenas uma manifestao de vontade, mesmo queseja emitida por rgo coletivo. Ex. regimento interno de um tribunal,que aprovado pela maioria absoluta dos desembargadores. Adeciso coletiva, mas expressa uma vontade nica. Atos complexos so formados por duas ou mais manifestaes devontade, provenientes de rgos diversos. Exemplo: investidura decargo pblico, que depende da nomeao realizada pelo Chefe doPoder Executivo e da posse, feita pelo chefe da repartio. Atos compostos so os que resultam da vontade de umrgo(vontade autnoma), mas dependem da verificao por parte deoutro (verificao de legitimidade do ato de contedo prprio), parase tornarem exequveis. O segundo ato pode ser aprovao,ratificao, visto ou homologao. Exemplo: uma autorizao quedependa de visto de uma autoridade superior. Em tal caso, aautorizao o ato principal, e o visto o ato complementar que lhed exequibilidade. 29. CompetnciaConceitoconjunto das atribuies de um agente,rgo ou entidade pblica.Determinada portexto expresso da CF, lei e normasadministrativas.CaracteresIrrenuncivel, inderrogvel, intransfervel,mas pode ser delegada ou avocada (arts.11 a 17, Lei 9.784/99)Quanto ao regramento Elemento vinculadoInfrao administrativaExecutar ato para o qual no tematribuio (excesso de poder) ou deixar deexecutar as atribuies (omisso).CrimesAbandono de funo (art. 323, CP);exerccio funcional ilegalmenteantecipado ou prorrogado (art. 324, CP); eusurpao de funo pblica (art. 328, CP).Convalidao de ato com vciona competnciaDenominada ratificao. possvel se acompetncia no for exclusiva. 30. FinalidadeDefinio objetivo a ser alcanado pelo ato.Espciesfinalidade genrica (satisfao dointeresse pblico) e especfica(prpria de cada ato).Quanto ao regramento elemento vinculadoInfrao administrativadesvio de finalidade ou desvio depoderCrimespeculato-desvio (art. 312, CP);emprego irregular de verbas pblicas(art. 315, CP); prevaricao (art.319, CP); e advocacia administrativa(art. 321, CP).Convalidao vedada. 31. FormaDefinio revestimento do ato administrativoFormalidadeconjunto dos ritos que devem serobedecidos para que o ato tenhavalidade.Formalismonfase exacerbada da forma emdetrimento do contedo.Forma normal escritaPrincpio do paralelismo dasformas (ou da homologia)deve ser utilizada a mesma formapara criar e extinguir o ato.Base legal Lei 9.784/99, art. 22Classificao quanto aoregramentoelemento vinculadoConvalidao de ato com vciona formapermitida quando a forma no essencial. 32. MotivoDefiniofundamentos de fato e de direito do atoadministrativo.Obrigatoriedadetodo ato administrativo deve ter um motivolcito.Classificao quanto ao regramentonos atos discricionrios, elementodiscricionrio.Vcios relativos ao motivoinexistncia de motivo e incompatibilidadecom o objeto do ato.Convalidao no possvel.MotivaoDefinio exposio do motivoObrigatoriedade apenas nos casos expressos em lei.Requisitosa motivao deve ser explcita, clara,congruente, prvia ou posterior ao ato.Teoria dos Motivos Determinanteso ato administrativo somente vlido sesua motivao for verdadeira.Vcios relativos motivaoinexistncia, quando obrigatria; edesobedincia aos requisitos. 33. ObjetoDefinioefeitos jurdicos imediatos do atoadministrativo.O objeto deve ser lcito, possvel e determinado.Classificao quanto aoregramentonos atos discricionrios, elemento discricionrio.Objetobem ou relao jurdica atingidapelo ato administrativo.