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##PORTARIA Nコ 518/GM Em 25 de março de 2004. ## Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências. O MINISTRO DE ESTADO DA SAレDE, INTERINO, no uso de suas atribuições e considerando o disposto no Art. 2コ do Decreto nコ 79.367, de 9 de março de 1977, RESOLVE: Art. 1コ Aprovar a Norma de Qualidade da チgua para Consumo Humano, na forma do Anexo desta Portaria, de uso obrigatório em todo território nacional. Art. 2コ Fica estabelecido o prazo máximo de 12 meses, contados a partir da publicação desta Portaria, para que as instituições ou órgãos aos quais esta Norma se aplica, promovam as adequações necessárias a seu cumprimento, no que se refere ao tratamento por filtração de água para consumo humano suprida por manancial superficial e distribuída por meio de canalização e da obrigação do monitoramento de cianobactérias e cianotoxinas. Art. 3コ ノ de responsabilidade da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal a adoção das medidas necessárias para o fiel cumprimento desta Portaria.

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##PORTARIA Nº 518/GMEm 25 de março de 2004.

## Estabelece osprocedimentos eresponsabilidadesrelativos aocontrole evigilância daqualidade da águapara consumohumano e seupadrão depotabilidade, e dáoutrasprovidências.

O MINISTRO DE ESTADO DASAÚDE, INTERINO, no uso de suasatribuições e considerando o dispostono Art. 2º do Decreto nº 79.367, de 9 demarço de 1977,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma deQualidade da Água para ConsumoHumano, na forma do Anexo destaPortaria, de uso obrigatório em todoterritório nacional.

Art. 2º Fica estabelecido o prazomáximo de 12 meses, contados a partirda publicação desta Portaria, para queas instituições ou órgãos aos quais estaNorma se aplica, promovam asadequações necessárias a seucumprimento, no que se refere aotratamento por filtração de água paraconsumo humano suprida pormanancial superficial e distribuída pormeio de canalização e da obrigação domonitoramento de cianobactérias ecianotoxinas.

Art. 3º É de responsabilidade daUnião, dos Estados, dos Municípios edo Distrito Federal a adoção dasmedidas necessárias para o fielcumprimento desta Portaria.

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Art. 4º O Ministério da Saúdepromoverá, por intermédio da Secretariade Vigilância em Saúde – SVS, arevisão da Norma de Qualidade daÁgua para Consumo Humanoestabelecida nesta Portaria, no prazo de5 anos ou a qualquer tempo, mediantesolicitação devidamente justificada deórgãos governamentais ou nãogovernamentais de reconhecidacapacidade técnica nos setores objetodesta regulamentação.

Art. 5º Fica delegada competênciaao Secretário de Vigilância em Saúdepara editar, quando necessário, normasregulamentadoras desta Portaria.

Art. 6º Esta Portaria entra emvigor na data de sua publicação.

Art. 7º Fica revogada a Portarianº 1469, de 29 de dezembro de 2000,publicada no DOU nº 1-E de 2 dejaneiro de 2001 , Seção 1, página nº19.

##ASS GASTÃO WAGNER DESOUSA CAMPOS

NORMA DE QUALIDADE DAÁGUA PARA CONSUMO HUMANO

Capítulo IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Norma dispõe sobreprocedimentos e responsabilidadesinerentes ao controle e à vigilância daqualidade da água para consumohumano, estabelece seu padrão depotabilidade e dá outras providências.

Art. 2º Toda a água destinada aoconsumo humano deve obedecer aopadrão de potabilidade e está sujeita àvigilância da qualidade da água.

Art. 3º Esta Norma não se aplicaàs águas envasadas e a outras, cujosusos e padrões de qualidade sãoestabelecidos em legislação específica.

Capítulo II

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DAS DEFINIÇÕES

Art. 4º Para os fins a que sedestina esta Norma, são adotadas asseguintes definições:

I - água potável – água paraconsumo humano cujos parâmetrosmicrobiológicos, físicos, químicos eradioativos atendam ao padrão depotabilidade e que não ofereça riscos àsaúde;

II - sistema de abastecimento deágua para consumo humano – instalaçãocomposta por conjunto de obras civis,materiais e equipamentos, destinada àprodução e à distribuição canalizada deágua potável para populações, sob aresponsabilidade do poder público,mesmo que administrada em regime deconcessão ou permissão;

III - solução alternativa deabastecimento de água para consumohumano – toda modalidade deabastecimento coletivo de água distintado sistema de abastecimento de água,incluindo, entre outras, fonte, poçocomunitário, distribuição por veículotransportador, instalações condominiaishorizontal e vertical;

IV - controle da qualidade da águapara consumo humano – conjunto deatividades exercidas de forma contínuapelos responsáveis pela operação desistema ou solução alternativa deabastecimento de água, destinadas averificar se a água fornecida àpopulação é potável, assegurando amanutenção desta condição;

V - vigilância da qualidade da águapara consumo humano – conjunto deações adotadas continuamente pelaautoridade de saúde pública, paraverificar se a água consumida pelapopulação atende à esta Norma e paraavaliar os riscos que os sistemas e assoluções alternativas de abastecimentode água representam para a saúdehumana;

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VI - coliformes totais (bactérias dogrupo coliforme) - bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbiosfacultativos, não formadores de esporos,oxidase-negativos, capazes dedesenvolver na presença de sais biliaresou agentes tensoativos que fermentam alactose com produção de ácido, gás ealdeído a 35,0 ± 0,5oC em 24-48 horas,e que podem apresentar atividade daenzima ß -galactosidase. A maioria dasbactérias do grupo coliforme pertenceaos gêneros Escherichia, Citrobacter,Klebsiella e Enterobacter, emboravários outros gêneros e espéciespertençam ao grupo;

VII - coliformes termotolerantes -subgrupo das bactérias do grupocoliforme que fermentam a lactose a44,5 ± 0,2oC em 24 horas; tendo comoprincipal representante a Escherichiacoli, de origem exclusivamente fecal;

VIII - Escherichia Coli - bactériado grupo coliforme que fermenta alactose e manitol, com produção deácido e gás a 44,5 ± 0,2oC em 24 horas,produz indol a partir do triptofano,oxidase negativa, não hidroliza a uréia eapresenta atividade das enzimas ßgalactosidase e ß glucoronidase, sendoconsiderada o mais específico indicadorde contaminação fecal recente e deeventual presença de organismospatogênicos;

IX - contagem de bactériasheterotróficas - determinação dadensidade de bactérias que são capazesde produzir unidades formadoras decolônias (UFC), na presença decompostos orgânicos contidos em meiode cultura apropriada, sob condiçõespré-estabelecidas de incubação: 35,0, ±0,5oC por 48 horas;

X - cianobactérias -microorganismos procarióticosautotróficos, também denominadoscomo cianofíceas (algas azuis), capazesde ocorrer em qualquer manancialsuperficial especialmente naqueles com

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elevados níveis de nutrientes(nitrogênio e fósforo), podendo produzirtoxinas com efeitos adversos à saúde; e

XI - cianotoxinas - toxinasproduzidas por cianobactérias queapresentam efeitos adversos à saúde poringestão oral, incluindo:

a) microcistinas - hepatotoxinasheptapeptídicas cíclicas produzidas porcianobactérias, com efeito potente deinibição de proteínas fosfatases dostipos 1 e 2A e promotoras de tumores;

b) cilindrospermopsina - alcalóideguanidínico cíclico produzido porcianobactérias, inibidor de sínteseprotéica, predominantementehepatotóxico, apresentando tambémefeitos citotóxicos nos rins, baço,coração e outros órgãos; e

c) saxitoxinas - grupo de alcalóidescarbamatos neurotóxicos produzido porcianobactérias, não sulfatados(saxitoxinas) ou sulfatados(goniautoxinas e C-toxinas) e derivadosdecarbamil, apresentando efeitos deinibição da condução nervosa porbloqueio dos canais de sódio.

Capítulo IIIDOS DEVERES E DASRESPONSABILIDADES

Seção IDo Nível Federal

Art. 5º São deveres e obrigaçõesdo Ministério da Saúde, por intermédioda Secretaria de Vigilância em Saúde -SVS:

I. - promover e acompanhar avigilância da qualidade da água, emarticulação com as Secretarias de Saúdedos Estados e do Distrito Federal e comos responsáveis pelo controle dequalidade da água, nos termos dalegislação que regulamenta o SUS;

II - estabelecer as referênciaslaboratoriais nacionais e regionais, paradar suporte às ações de maior

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complexidade na vigilância daqualidade da água para consumohumano;

III - aprovar e registrar asmetodologias não contempladas nasreferências citadas no artigo 17 destaNorma;

IV - definir diretrizes específicaspara o estabelecimento de um plano deamostragem a ser implementado pelosEstados, Distrito Federal ouMunicípios, no exercício das atividadesde vigilância da qualidade da água, noâmbito do Sistema Único de Saúde –SUS; e

V - executar ações de vigilância daqualidade da água, de formacomplementar, em caráter excepcional,quando constatada, tecnicamente,insuficiência da ação estadual, nostermos da regulamentação do SUS.

Seção IIDo Nível Estadual e Distrito Federal

Art. 6º São deveres e obrigaçõesdas Secretarias de Saúde dos Estados edo Distrito Federal:

I - promover e acompanhar avigilância da qualidade da água em suaárea de competência, em articulaçãocom o nível municipal e os responsáveispelo controle de qualidade da água, nostermos da legislação que regulamenta oSUS;

II - garantir, nas atividades devigilância da qualidade da água, aimplementação de um plano deamostragem pelos municípios,observadas as diretrizes específicas aserem elaboradas pela SVS/MS;

III - estabelecer as referênciaslaboratoriais estaduais e do DistritoFederal para dar suporte às ações devigilância da qualidade da água paraconsumo humano; e

IV - executar ações de vigilânciada qualidade da água, de formacomplementar, em caráter excepcional,

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quando constatada, tecnicamente,insuficiência da ação municipal, nostermos da regulamentação do SUS.

Seção IIIDo Nível Municipal

Art. 7º São deveres e obrigaçõesdas Secretarias Municipais de Saúde:

I - exercer a vigilância daqualidade da água em sua área decompetência, em articulação com osresponsáveis pelo controle de qualidadeda água, de acordo com as diretrizes doSUS;

II - sistematizar e interpretar osdados gerados pelo responsável pelaoperação do sistema ou soluçãoalternativa de abastecimento de água,assim como, pelos órgãos ambientais egestores de recursos hídricos, emrelação às características da água nosmananciais, sob a perspectiva davulnerabilidade do abastecimento deágua quanto aos riscos à saúde dapopulação;

III - estabelecer as referênciaslaboratoriais municipais para darsuporte às ações de vigilância daqualidade da água para consumohumano;

IV - efetuar, sistemática epermanentemente, avaliação de risco àsaúde humana de cada sistema deabastecimento ou solução alternativa,por meio de informações sobre:

a) a ocupação da bacia contribuinteao manancial e o histórico dascaracterísticas de suas águas;

b) as características físicas dossistemas, práticas operacionais e decontrole da qualidade da água;

c) o histórico da qualidade da águaproduzida e distribuída; e

d) a associação entre agravos àsaúde e situações de vulnerabilidade dosistema.

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V - auditar o controle da qualidadeda água produzida e distribuída e aspráticas operacionais adotadas;

VI - garantir à populaçãoinformações sobre a qualidade da águae riscos à saúde associados, nos termosdo inciso VI do artigo 9 desta Norma;

VII - manter registros atualizadossobre as características da águadistribuída, sistematizados de formacompreensível à população edisponibilizados para pronto acesso econsulta pública;

VIII - manter mecanismos pararecebimento de queixas referentes àscaracterísticas da água e para a adoçãodas providências pertinentes;

IX - informar ao responsável pelofornecimento de água para consumohumano sobre anomalias e nãoconformidades detectadas, exigindo asprovidências para as correções que sefizerem necessárias;

X - aprovar o plano de amostragemapresentado pelos responsáveis pelocontrole da qualidade da água desistema ou solução alternativa deabastecimento de água, que deverespeitar os planos mínimos deamostragem expressos nas Tabelas 6, 7,8 e 9;

XI - implementar um plano própriode amostragem de vigilância daqualidade da água, consoante diretrizesespecíficas elaboradas pela SVS; e

XII - definir o responsável pelocontrole da qualidade da água desolução alternativa.

Seção IVDo Responsável pela Operação deSistema e/ou Solução Alternativa

Art. 8º Cabe aos responsáveis pelaoperação de sistema ou soluçãoalternativa de abastecimento de água,exercer o controle da qualidade da água.

Parágrafo único. Em caso deadministração, em regime de concessão

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ou permissão do sistema deabastecimento de água, é aconcessionária ou a permissionária aresponsável pelo controle da qualidadeda água.

Art. 9º Aos responsáveis pelaoperação de sistema de abastecimentode água incumbe:

I - operar e manter sistema deabastecimento de água potável para apopulação consumidora, emconformidade com as normas técnicasaplicáveis publicadas pela ABNT -Associação Brasileira de NormasTécnicas e com outras normas elegislações pertinentes;

II - manter e controlar a qualidadeda água produzida e distribuída, pormeio de:

a) controle operacional dasunidades de captação, adução,tratamento, reservação e distribuição;

b) exigência do controle dequalidade, por parte dos fabricantes deprodutos químicos utilizados notratamento da água e de materiaisempregados na produção e distribuiçãoque tenham contato com a água;

c) capacitação e atualizaçãotécnica dos profissionais encarregadosda operação do sistema e do controle daqualidade da água; e

d) análises laboratoriais da água,em amostras provenientes das diversaspartes que compõem o sistema deabastecimento.

III - manter avaliação sistemáticado sistema de abastecimento de água,sob a perspectiva dos riscos à saúde,com base na ocupação da baciacontribuinte ao manancial, no históricodas características de suas águas, nascaracterísticas físicas do sistema, naspráticas operacionais e na qualidade daágua distribuída;

IV - encaminhar à autoridade desaúde pública, para fins decomprovação do atendimento a estaNorma, relatórios mensais com

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informações sobre o controle daqualidade da água, segundo modeloestabelecido pela referida autoridade;

V - promover, em conjunto com osórgãos ambientais e gestores derecursos hídricos, as ações cabíveis paraa proteção do manancial deabastecimento e de sua baciacontribuinte, assim como efetuarcontrole das características das suaságuas, nos termos do artigo 19 destaNorma, notificando imediatamente aautoridade de saúde pública sempre quehouver indícios de risco à saúde ousempre que amostras coletadasapresentarem resultados em desacordocom os limites ou condições darespectiva classe de enquadramento,conforme definido na legislaçãoespecífica vigente;

VI - fornecer a todos osconsumidores, nos termos do Código deDefesa do Consumidor, informaçõessobre a qualidade da água distribuída,mediante envio de relatório, dentreoutros mecanismos, com periodicidademínima anual e contendo, no mínimo,as seguintes informações:

a) descrição dos mananciais deabastecimento, incluindo informaçõessobre sua proteção, disponibilidade equalidade da água;

b) estatística descritiva dos valoresde parâmetros de qualidade detectadosna água, seu significado, origem eefeitos sobre a saúde; e

c) ocorrência de nãoconformidades com o padrão depotabilidade e as medidas corretivasprovidenciadas.

VII - manter registros atualizadossobre as características da águadistribuída, sistematizados de formacompreensível aos consumidores edisponibilizados para pronto acesso econsulta pública;

VIII - comunicar, imediatamente, àautoridade de saúde pública e informar,adequadamente, à população a detecção

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de qualquer anomalia operacional nosistema ou não conformidade naqualidade da água tratada, identificadacomo de risco à saúde, adotando-se asmedidas previstas no artigo 29 destaNorma; e

IX - manter mecanismos pararecebimento de queixas referentes àscaracterísticas da água e para a adoçãodas providências pertinentes.

Art. 10. Ao responsável porsolução alternativa de abastecimento deágua, nos termos do inciso XII do artigo7 desta Norma, incumbe:

I - requerer, junto à autoridade desaúde pública, autorização para ofornecimento de água apresentandolaudo sobre a análise da água a serfornecida, incluindo os parâmetros dequalidade previstos nesta Portaria,definidos por critério da referidaautoridade;

II - operar e manter soluçãoalternativa que forneça água potável emconformidade com as normas técnicasaplicáveis, publicadas pela ABNT -Associação Brasileira de NormasTécnicas, e com outras normas elegislações pertinentes;

III - manter e controlar a qualidadeda água produzida e distribuída, pormeio de análises laboratoriais, nostermos desta Portaria e, a critério daautoridade de saúde pública, de outrasmedidas conforme inciso II do artigoanterior;

IV - encaminhar à autoridade desaúde pública, para fins decomprovação, relatórios cominformações sobre o controle daqualidade da água, segundo modelo eperiodicidade estabelecidos pelareferida autoridade, sendo no mínimotrimestral;

V - efetuar controle dascaracterísticas da água da fonte deabastecimento, nos termos do artigo 19desta Norma, notificando,

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imediatamente, à autoridade de saúdepública sempre que houver indícios derisco à saúde ou sempre que amostrascoletadas apresentarem resultados emdesacordo com os limites ou condiçõesda respectiva classe de enquadramento,conforme definido na legislaçãoespecífica vigente;

VI - manter registros atualizadossobre as características da águadistribuída, sistematizados de formacompreensível aos consumidores edisponibilizados para pronto acesso econsulta pública;

VII - comunicar, imediatamente, àautoridade de saúde pública competentee informar, adequadamente, àpopulação a detecção de qualqueranomalia identificada como de risco àsaúde, adotando-se as medidas previstasno artigo 29; e

VIII - manter mecanismos pararecebimento de queixas referentes àscaracterísticas da água e para a adoçãodas providências pertinentes.

Capítulo IVDO PADRÃO DE POTABILIDADE

Art.11. A água potável deve estarem conformidade com o padrãomicrobiológico conforme Tabela 1, aseguir:

Tabela 1

Padrão microbiológico de potabilidadeda água para consumo humano

PARÂMETRO VMP(1)

Água para consumo humano(2)

Escherichia coli oucoliformestermotolerantes(3)

Ausência em 100ml

Água na saída do tratamentoColiformes totais Ausência em 100mlÁgua tratada no sistema de distribuição (reservatórios erede)Escherichia coli oucoliformes

Ausência em 100ml

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termotolerantes(3)

Coliformes totais Sistemas que analisam 40 ou maisamostras por mês:Ausência em 100ml em 95% dasamostras examinadas no mês;Sistemas que analisam menos de 40amostras por mês:Apenas uma amostra poderáapresentar mensalmente resultadopositivo em 100ml

NOTAS:(1) Valor Máximo Permitido.(2) água para consumo humano em todae qualquer situação, incluindo fontesindividuais como poços, minas,nascentes, dentre outras.(3) a detecção de Escherichia coli deveser preferencialmente adotada.

§ 1º No controle da qualidade daágua, quando forem detectadas amostrascom resultado positivo para coliformestotais, mesmo em ensaios presuntivos,novas amostras devem ser coletadas emdias imediatamente sucessivos até queas novas amostras revelem resultadosatisfatório.

§ 2º Nos sistemas de distribuição,a recoleta deve incluir, no mínimo, trêsamostras simultâneas, sendo uma nomesmo ponto e duas outras localizadasa montante e a jusante.

§ 3º Amostras com resultadospositivos para coliformes totais devemser analisadas para Escherichia coli e,ou, coliformes termotolerantes,devendo, neste caso, ser efetuada averificação e confirmação dosresultados positivos.

§ 4º O percentual de amostras comresultado positivo de coliformes totaisem relação ao total de amostrascoletadas nos sistemas de distribuiçãodeve ser calculado mensalmente,excluindo as amostras extras (recoleta).

§ 5º O resultado negativo paracoliformes totais das amostras extras(recoletas) não anula o resultadooriginalmente positivo no cálculo dos

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percentuais de amostras com resultadopositivo.

§ 6º Na proporção de amostrascom resultado positivo admitidasmensalmente para coliformes totais nosistema de distribuição, expressa naTabela 1, não são tolerados resultadospositivos que ocorram em recoleta, nostermos do § 1º deste artigo.

§ 7º Em 20% das amostrasmensais para análise de coliformestotais nos sistemas de distribuição, deveser efetuada a contagem de bactériasheterotróficas e, uma vez excedidas 500unidades formadoras de colônia (UFC)por ml, devem ser providenciadasimediata recoleta, inspeção local e, seconstatada irregularidade, outrasprovidências cabíveis.

§ 8º Em complementação,recomenda-se a inclusão de pesquisa deorganismos patogênicos, com o objetivode atingir, como meta, um padrão deausência, dentre outros, de enterovírus,cistos de Giardia spp e oocistos deCryptosporidium sp.

§ 9º Em amostras individuaisprocedentes de poços, fontes, nascentese outras formas de abastecimento semdistribuição canalizada, tolera-se apresença de coliformes totais, naausência de Escherichia coli e, ou,coliformes termotolerantes, nestasituação devendo ser investigada aorigem da ocorrência, tomadasprovidências imediatas de carátercorretivo e preventivo e realizada novaanálise de coliformes.

Art. 12. Para a garantia daqualidade microbiológica da água, emcomplementação às exigências relativasaos indicadores microbiológicos, deveser observado o padrão de turbidezexpresso na Tabela 2, abaixo:

Tabela 2

Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré-desinfecção

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TRATAMENTO

DA ÁGUA

VMP(1)

Desinfecção (águasubterrânea)

1,0 UT(2) em 95%das amostras

Filtração rápida(tratamentocompleto oufiltração direta)

1,0 UT(2)

Filtração lenta 2,0 UT(2) em 95%das amostras

NOTAS:(1) Valor máximo permitido.(2) Unidade de turbidez.

§ 1º Entre os 5% dos valorespermitidos de turbidez superiores aosVMP estabelecidos na Tabela 2, olimite máximo para qualquer amostrapontual deve ser de 5,0 UT, assegurado,simultaneamente, o atendimento aoVMP de 5,0 UT em qualquer ponto darede no sistema de distribuição.

§ 2º Com vistas a assegurar aadequada eficiência de remoção deenterovírus, cistos de Giardia spp eoocistos de Cryptosporidium sp.,recomenda-se, enfaticamente, que, paraa filtração rápida, se estabeleça comometa a obtenção de efluente filtradocom valores de turbidez inferiores a 0,5UT em 95% dos dados mensais e nuncasuperiores a 5,0 UT.

§ 3º O atendimento ao percentualde aceitação do limite de turbidez,expresso na Tabela 2, deve serverificado, mensalmente, com base emamostras no mínimo diárias paradesinfecção ou filtração lenta e a cadaquatro horas para filtração rápida,preferivelmente, em qualquer caso, noefluente individual de cada unidade defiltração.

Art. 13. Após a desinfecção, aágua deve conter um teor mínimo decloro residual livre de 0,5 mg/L, sendoobrigatória a manutenção de, nomínimo, 0,2 mg/L em qualquer pontoda rede de distribuição, recomendando-

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se que a cloração seja realizada em pHinferior a 8,0 e tempo de contatomínimo de 30 minutos.

Parágrafo único. Admite-se autilização de outro agente desinfetanteou outra condição de operação doprocesso de desinfecção, desde quefique demonstrado pelo responsávelpelo sistema de tratamento umaeficiência de inativação microbiológicaequivalente à obtida com a condiçãodefinida neste artigo.

Art. 14. A água potável deve estarem conformidade com o padrão desubstâncias químicas que representamrisco para a saúde expresso na Tabela 3,a seguir:

Tabela 3

Padrão de potabilidade parasubstâncias químicas que representamrisco à saúdePARÂMETRO UNIDADE VMP(1)

INORGÂNICAS

Antimônio mg/L 0,005Arsênio mg/L 0,01Bário mg/L 0,7Cádmio mg/L 0,005Cianeto mg/L 0,07Chumbo mg/L 0,01Cobre mg/L 2Cromo mg/L 0,05Fluoreto(2) mg/L 1,5Mercúrio mg/L 0,001Nitrato (comoN)

mg/L 10

Nitrito (comoN)

mg/L 1

Selênio mg/L 0,01ORGÂNICAS

Acrilamida µg/L 0,5Benzeno µg/L 5Benzo[a]pireno µg/L 0,7Cloreto deVinila

µg/L 5

1,2 µg/L 10

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Dicloroetano1,1Dicloroeteno

µg/L 30

Diclorometano µg/L 20Estireno µg/L 20Tetracloreto deCarbono

µg/L 2

Tetracloroeteno µg/L 40Triclorobenzenos

µg/L 20

Tricloroeteno µg/L 70AGROTÓXICOS

Alaclor µg/L 20,0Aldrin eDieldrin

µg/L 0,03

Atrazina µg/L 2Bentazona µg/L 300Clordano(isômeros)

µg/L 0,2

2,4 D µg/L 30DDT (isômeros) µg/L 2Endossulfan µg/L 20Endrin µg/L 0,6Glifosato µg/L 500Heptacloro eHeptacloroepóxido

µg/L 0,03

Hexaclorobenzeno

µg/L 1

Lindano (-BHC)

µg/L 2

Metolacloro µg/L 10Metoxicloro µg/L 20Molinato µg/L 6Pendimetalina µg/L 20Pentaclorofenol µg/L 9Permetrina µg/L 20Propanil µg/L 20Simazina µg/L 2Trifluralina µg/L 20

CIANOTOXINAS

Microcistinas(3) µg/L 1,0DESINFETANTES E PRODUTOSSECUNDÁRIOS DADESINFECÇÃOBromato mg/L 0,025

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Clorito mg/L 0,2Cloro livre (4) mg/L 5Monocloramina mg/L 32,4,6Triclorofenol

mg/L 0,2

TrihalometanosTotal

mg/L 0,1

NOTAS:(1) Valor Máximo Permitido.(2) Os valores recomendados para aconcentração de íon fluoreto devemobservar à legislação específica vigenterelativa à fluoretação da água, emqualquer caso devendo ser respeitado oVMP desta Tabela.(3) É aceitável a concentração de até 10µg/L de microcistinas em até 3 (três)amostras, consecutivas ou não, nasanálises realizadas nos últimos 12(doze) meses.(4) Análise exigida de acordo com odesinfetante utilizado.

§ 1º Recomenda-se que as análisespara cianotoxinas incluam adeterminação de cilindrospermopsina esaxitoxinas (STX), observando,respectivamente, os valores limites de15,0 µg/L e 3,0 µg/L de equivalentesSTX/L.

§ 2º Para avaliar a presença dosinseticidas organofosforados ecarbamatos na água, recomenda-se adeterminação da atividade da enzimaacetilcolinesterase, observando oslimites máximos de 15% ou 20% deinibição enzimática, quando a enzimautilizada for proveniente de insetos oumamíferos, respectivamente.

Art. 15. A água potável deve estarem conformidade com o padrão deradioatividade expresso na Tabela 4, aseguir:Tabela 4

Padrão de radioatividade para águapotável

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PARÂMETRO UNIDADE

VMP(1)

Radioatividadealfa global

Bq/L 0,1(2)

Radioatividadebeta global

Bq/L 1,0(2)

NOTAS:(1) Valor máximo permitido.(2) Se os valores encontrados foremsuperiores aos VMP, deverá ser feita aidentificação dos radionuclídeospresentes e a medida das concentraçõesrespectivas. Nesses casos, deverão seraplicados, para os radionuclídeosencontrados, os valores estabelecidospela legislação pertinente da ComissãoNacional de Energia Nuclear - CNEN,para se concluir sobre a potabilidade daágua.

Art. 16. A água potável deve estarem conformidade com o padrão deaceitação de consumo expresso naTabela 5, a seguir:Tabela 5

Padrão de aceitação para consumohumanoPARÂMETRO

UNIDADE

VMP(1)

Alumínio mg/L 0,2Amônia(como NH3)

mg/L 1,5

Cloreto mg/L 250Cor Aparente uH(2) 15Dureza mg/L 500Etilbenzeno mg/L 0,2Ferro mg/L 0,3Manganês mg/L 0,1Monoclorobenzeno

mg/L 0,12

Odor - Nãoobjetável(3)

Gosto - Nãoobjetável(3)

Sódio mg/L 200Sólidosdissolvidostotais

mg/L 1.000

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Sulfato mg/L 250Sulfeto deHidrogênio

mg/L 0,05

Surfactantes mg/L 0,5Tolueno mg/L 0,17Turbidez UT(4) 5Zinco mg/L 5Xileno mg/L 0,3NOTAS:(1) Valor máximo permitido.(2) Unidade Hazen (mg Pt–Co/L).(3) critério de referência(4) Unidade de turbidez.

§ 1º Recomenda-se que, nosistema de distribuição, o pH da águaseja mantido na faixa de 6,0 a 9,5.

§ 2º Recomenda-se que o teormáximo de cloro residual livre, emqualquer ponto do sistema deabastecimento, seja de 2,0 mg/L.

§ 3º Recomenda-se a realização detestes para detecção de odor e gosto emamostras de água coletadas na saída dotratamento e na rede de distribuição deacordo com o plano mínimo deamostragem estabelecido para cor eturbidez nas Tabelas 6 e 7.

Art. 17. As metodologias analíticaspara determinação dos parâmetrosfísicos, químicos, microbiológicos e deradioatividade devem atender àsespecificações das normas nacionaisque disciplinem a matéria, da ediçãomais recente da publicação StandardMethods for the Examination of Waterand Wastewater, de autoria dasinstituições American Public HealthAssociation (APHA), American WaterWorks Association (AWWA) e WaterEnvironment Federation (WEF), ou dasnormas publicadas pela ISO(International StandartizationOrganization).

§ 1º Para análise de cianobactériase cianotoxinas e comprovação detoxicidade por bioensaios emcamundongos, até o estabelecimento deespecificações em normas nacionais ou

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internacionais que disciplinem amatéria, devem ser adotadas asmetodologias propostas pelaOrganização Mundial da Saúde (OMS)em sua publicação Toxic cyanobacteriain water: a guide to their public healthconsequences, monitoring andmanagement.

§ 2º Metodologias nãocontempladas nas referências citadas no§ 1º e “caput” deste artigo, aplicáveisaos parâmetros estabelecidos nestaNorma, devem, para ter validade,receber aprovação e registro peloMinistério da Saúde.

§ 3º As análises laboratoriais parao controle e a vigilância da qualidade daágua podem ser realizadas emlaboratório próprio ou não que, emqualquer caso, deve manter programade controle de qualidade interna ouexterna ou ainda ser acreditado oucertificado por órgãos competentes paraesse fim.

Capítulo VDOS PLANOS DE

AMOSTRAGEM

Art. 18. Os responsáveis pelocontrole da qualidade da água desistema ou solução alternativa deabastecimento de água devem elaborar eaprovar, junto à autoridade de saúdepública, o plano de amostragem de cadasistema, respeitando os planos mínimosde amostragem expressos nas Tabelas 6,7, 8 e 9.

Tabela 6

Número mínimo de amostras parao controle da qualidade da água desistema de abastecimento, para fins deanálises físicas, químicas e deradioatividade, em função do ponto deamostragem, da população abastecida edo tipo de manancial

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PARÂMETRO

TIPODEMANANCIAL

SAÍDA DOTRATAMENTO (NÚMERODEAMOSTRASPORUNIDADE DETRATAMENTO)

SISTEMA DEDISTRIBUIÇÃO(RESERVATÓRIOS EREDE)População abastecida

<50.000hab.

50.000a250.000 hab.

>250.000hab.

CorTurbidezpH

Superficial 1 10

1 paracada5.000hab.

40 + (1para cada25.000hab.)

Subterrâneo 1 5

1 paracada10.000hab.

20 + (1para cada50.000hab.)

CRL(1)

Superficial 1 (Conforme § 3º do artigo

18).Subterrâneo 1

Fluoreto

SuperficialouSubterrâneo

1 5

1 paracada10.000hab.

20 + (1para cada50.000hab.)

Cianotoxinas

Superficial

1(Conforme § 5ºdo artigo 18)

- - -

Trihalometanos

Superficial 1 1(2) 4(2) 4(2)

Subterrâneo - 1(2) 1(2) 1(2)

Demaisparâmetros(3)

SuperficialouSubterrâneo

1 1(4) 1(4) 1(4)

NOTAS:(1) Cloro residual livre.(2) As amostras devem ser coletadas,preferencialmente, em pontos de maiortempo de detenção da água no sistemade distribuição.(3) Apenas será exigida obrigatoriedadede investigação dos parâmetrosradioativos quando da evidência decausas de radiação natural ou artificial.

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(4) Dispensada análise na rede dedistribuição quando o parâmetro não fordetectado na saída do tratamento e, ou,no manancial, à exceção de substânciasque potencialmente possam serintroduzidas no sistema ao longo dadistribuição.

Tabela 7

Freqüência mínima de amostragempara o controle da qualidade da água desistema de abastecimento, para fins deanálises físicas, químicas e deradioatividade, em função do ponto deamostragem, da população abastecida edo tipo de manancial.

PARÂMETRO

TIPO DEMANANCIAL

SAÍDA DOTRATAMENTO(FREQÜÊNCIA PORUNIDADEDETRATAMENTO)

SISTEMA DEDISTRIBUIÇÃO(RSERVATÓRIOS EREDE)População abastecida<50.000hab.

50.000a250.000 hab.

>250.000 hab.

CorTurbidezpHFluoreto

Superficial A cada 2 horasMensal Mensa

lMensal

Subterrâneo

Diária

CRL(1) Superficial A cada 2 horas (Conforme § 3º doartigo 18).

Subterrâneo

Diária

Cianotoxinas

Superficial Semanal(Conforme § 5ºdo artigo 18)

- - -

Trihalometanos

Superficial Trimestral Trimestral

Trimestral

Trimestral

Subterrâneo

- Anual Semestral

Semestral

Demaisparâmetros(2)

SuperficialouSubterrâneo

Semestral Semestral(3)

Semestral(3)

Semestral(3)

NOTAS:

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(1) Cloro residual livre.(2) Apenas será exigida obrigatoriedadede investigação dos parâmetrosradioativos quando da evidência decausas de radiação natural ou artificial.(3) Dispensada análise na rede dedistribuição quando o parâmetro não fordetectado na saída do tratamento e, ou,no manancial, à exceção de substânciasque potencialmente possam serintroduzidas no sistema ao longo dadistribuição.

Tabela 8

Número mínimo de amostrasmensais para o controle da qualidade daágua de sistema de abastecimento, parafins de análises microbiológicas, emfunção da população abastecida.

PARÂMETRO

SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO(RESERVATÓRIOS E REDE)População abastecida<5.000hab.

5.000 a20.000hab.

20.000 a250.000 hab.

> 250.000 hab.

Coliformes totais

10 1 paracada 500hab.

30 + (1 paracada 2.000hab.)

105 + (1 paracada 5.000 hab.)Máximo de1.000

NOTA: na saída de cada unidade detratamento devem ser coletadas, nomínimo, 2 (duas) amostra semanais,recomendando-se a coleta de, pelomenos, 4 (quatro) amostras semanais.

Tabela 9

Número mínimo de amostras efreqüência mínima de amostragem parao controle da qualidade da água desolução alternativa, para fins de análisesfísicas, químicas e microbiológicas, emfunção do tipo de manancial e do pontode amostragem.

PARÂM TIPO SAÍDA DO NÚMERO DE FREQÜ

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ETRO DEMANANCIAL

TRATAMENTO(para águacanalizada)

AMOSTRASRETIRADAS NOPONTO DECONSUMO(1)

(para cada 500hab.)

ÊNCIADEAMOSTRAGEM

Cor,turbidez,pH ecoliformes totais(2)

Superficial 1 1 Semanal

Subterrâneo 1 1 Mensal

CRL(2) (3)

Superficial ouSubterrâneo

1 1 Diário

NOTAS:(1) Devem ser retiradas amostras em, nomínimo, 3 pontos de consumo de água.(2) Para veículos transportadores deágua para consumo humano, deve serrealizada 1 (uma) análise de CRL emcada carga e 1 (uma) análise, na fontede fornecimento, de cor, turbidez, PH ecoliformes totais com freqüênciamensal, ou outra amostragemdeterminada pela autoridade de saúdepública.(3) Cloro residual livre.

§ 1º A amostragem deve obedeceraos seguintes requisitos:

I - distribuição uniforme dascoletas ao longo do período; e

II - representatividade dos pontosde coleta no sistema de distribuição(reservatórios e rede), combinandocritérios de abrangência espacial epontos estratégicos, entendidos comoaqueles próximos a grande circulaçãode pessoas (terminais rodoviários,terminais ferroviários, etc.) ou edifíciosque alberguem grupos populacionais derisco (hospitais, creches, asilos, etc.),aqueles localizados em trechosvulneráveis do sistema de distribuição(pontas de rede, pontos de queda depressão, locais afetados por manobras,sujeitos à intermitência deabastecimento, reservatórios, etc.) e

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locais com sistemáticas notificações deagravos à saúde tendo como possíveiscausas agentes de veiculação hídrica.

§ 2º No número mínimo deamostras coletadas na rede dedistribuição, previsto na Tabela 8, nãose incluem as amostras extras(recoletas).

§ 3º Em todas as amostrascoletadas para análises microbiológicasdeve ser efetuada, no momento dacoleta, medição de cloro residual livreou de outro composto residual ativo,caso o agente desinfetante utilizado nãoseja o cloro.

§ 4º Para uma melhor avaliação daqualidade da água distribuída,recomenda-se que, em todas asamostras referidas no § 3º deste artigo,seja efetuada a determinação deturbidez.

§ 5º Sempre que o número decianobactérias na água do manancial, noponto de captação, exceder 20.000células/ml (2mm3/L de biovolume),durante o monitoramento que trata o §1º do artigo 19, será exigida a análisesemanal de cianotoxinas na água nasaída do tratamento e nas entradas(hidrômetros) das clínicas dehemodiálise e indústrias de injetáveis,sendo que esta análise pode serdispensada quando não houvercomprovação de toxicidade na águabruta por meio da realização semanal debioensaios em camundongos.

Art. 19. Os responsáveis pelocontrole da qualidade da água desistemas e de soluções alternativas deabastecimento supridos por manancialsuperficial devem coletar amostrassemestrais da água bruta, junto do pontode captação, para análise de acordo comos parâmetros exigidos na legislaçãovigente de classificação eenquadramento de águas superficiais,avaliando a compatibilidade entre ascaracterísticas da água bruta e o tipo detratamento existente.

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§ 1º O monitoramento decianobactérias na água do manancial, noponto de captação, deve obedecerfreqüência mensal, quando o número decianobactérias não exceder 10.000células/ml (ou 1mm3/L de biovolume),e semanal, quando o número decianobactérias exceder este valor.

§ 2º É vedado o uso de algicidaspara o controle do crescimento decianobactérias ou qualquer intervençãono manancial que provoque a lise dascélulas desses microrganismos, quandoa densidade das cianobactérias exceder20.000 células/ml (ou 2mm3/L debiovolume), sob pena decomprometimento da avaliação deriscos à saúde associados àscianotoxinas.

Art. 20. A autoridade de saúdepública, no exercício das atividades devigilância da qualidade da água, deveimplementar um plano próprio deamostragem, consoante diretrizesespecíficas elaboradas no âmbito doSistema Único de Saúde - SUS.

Capítulo VIDAS EXIGÊNCIAS

APLICÁVEIS AOS SISTEMAS ESOLUÇÕES ALTERNATIVAS DEABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 21. O sistema deabastecimento de água deve contar comresponsável técnico, profissionalmentehabilitado.

Art. 22. Toda água fornecidacoletivamente deve ser submetida aprocesso de desinfecção, concebido eoperado de forma a garantir oatendimento ao padrão microbiológicodesta Norma.

Art. 23. Toda água para consumohumano suprida por manancialsuperficial e distribuída por meio decanalização deve incluir tratamento porfiltração.

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Art. 24. Em todos os momentos eem toda sua extensão, a rede dedistribuição de água deve ser operadacom pressão superior à atmosférica.

§ 1º Caso esta situação não sejaobservada, fica o responsável pelaoperação do serviço de abastecimentode água obrigado a notificar aautoridade de saúde pública e informarà população, identificando períodos elocais de ocorrência de pressão inferiorà atmosférica.

§ 2º Excepcionalmente, caso oserviço de abastecimento de águanecessite realizar programa demanobras na rede de distribuição, quepossa submeter trechos a pressãoinferior à atmosférica, o referidoprograma deve ser previamentecomunicado à autoridade de saúdepública.

Art. 25. O responsável pelofornecimento de água por meio deveículos deve:

I - garantir o uso exclusivo doveículo para este fim;

II - manter registro com dadosatualizados sobre o fornecedor e, ou,sobre a fonte de água; e

III - manter registro atualizado dasanálises de controle da qualidade daágua.

§ 1º A água fornecida paraconsumo humano por meio de veículosdeve conter um teor mínimo de clororesidual livre de 0,5 mg/L.

§ 2º O veículo utilizado parafornecimento de água deve conter, deforma visível, em sua carroceria, ainscrição: “ÁGUA POTÁVEL”.

Capítulo VIIDAS PENALIDADES

Art. 26. Serão aplicadas as sançõesadministrativas cabíveis, aosresponsáveis pela operação dos sistemasou soluções alternativas deabastecimento de água, que não

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observarem as determinações constantesdesta Portaria.

Art. 27. As Secretarias de Saúdedos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios estarão sujeitas a suspensãode repasse de recursos do Ministério daSaúde e órgãos ligados, diante dainobservância do contido nesta Portaria.

Art. 28. Cabe ao Ministério daSaúde, por intermédio da SVS/MS, e àsautoridades de saúde pública dosEstados, do Distrito Federal e dosMunicípios, representadas pelasrespectivas Secretarias de Saúde ouórgãos equivalentes, fazer observar ofiel cumprimento desta Norma, nostermos da legislação que regulamenta oSistema Único de Saúde – SUS.

Capítulo VIIIDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 29. Sempre que foremidentificadas situações de risco à saúde,o responsável pela operação do sistemaou solução alternativa de abastecimentode água e as autoridades de saúdepública devem estabelecerentendimentos para a elaboração de umplano de ação e tomada das medidascabíveis, incluindo a eficazcomunicação à população, sem prejuízodas providências imediatas para acorreção da anormalidade.

Art. 30. O responsável pelaoperação do sistema ou soluçãoalternativa de abastecimento de águapode solicitar à autoridade de saúdepública a alteração na freqüênciamínima de amostragem dedeterminados parâmetros estabelecidosnesta Norma.

Parágrafo único. Após avaliaçãocriteriosa, fundamentada em inspeçõessanitárias e, ou, em histórico mínimo dedois anos do controle e da vigilância daqualidade da água, a autoridade desaúde pública decidirá quanto ao

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deferimento da solicitação, medianteemissão de documento específico.

Art. 31. Em função decaracterísticas não conformes com opadrão de potabilidade da água ou deoutros fatores de risco, a autoridade desaúde pública competente, comfundamento em relatório técnico,determinará ao responsável pelaoperação do sistema ou soluçãoalternativa de abastecimento de águaque amplie o número mínimo deamostras, aumente a freqüência deamostragem ou realize análiseslaboratoriais de parâmetros adicionaisao estabelecido na presente Norma.

Art. 32. Quando não existir naestrutura administrativa do Estado aunidade da Secretaria de Saúde, osdeveres e responsabilidades previstosno artigo 6º desta Norma serãocumpridos pelo órgão equivalente.