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ATIVIDADES - REFUGIADOS SÍRIOS Nunca se falou tanto sobre direitos humanos... Paradoxalmente, neste mesmo tempo, parte da raça humana horroriza-se com as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes sírios em decorrência do desrespeito a esses direitos por parte de outra parcela da humanidade. Os textos que se seguem, assim como as questões que a eles se referem se apresentam com o propósito de dar conhecimento e propiciar reflexão sobre esse fato, recorrentemente na mídia, a fim de fomentar a mobilização para minimizar o sofrimento desse povo. http://www.imagenstop.net/imagens-mapa-mundi-2/ Acesso em 19 out. 2015

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ATIVIDADES - REFUGIADOS SÍRIOS

Nunca se falou tanto sobre direitos humanos... Paradoxalmente, neste mesmo tempo, parte da raça humana horroriza-se com as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes sírios em decorrência do desrespeito a esses direitos por parte de outra parcela da humanidade.

Os textos que se seguem, assim como as questões que a eles se referem se apresentam com o propósito de dar conhecimento e propiciar reflexão sobre esse fato, recorrentemente na mídia, a fim de fomentar a mobilização para minimizar o sofrimento desse povo.

http://www.imagenstop.net/imagens-mapa-mundi-2/ Acesso em 19 out. 2015

TEXTO I Entenda mais sobre o conflito na Síria 04/09/2013 - 19h29min

Dois anos e meio de conflito, mais de 110 mil mortes e uma intervenção cada vez mais iminente dos Estados Unidos após um ataque químico em Damasco. O que acontece na Síria é extremamente importante, mas pode ser muito confuso e difícil de acompanhar. Por isso, separamos algumas dúvidas comuns sobre o enfrentamento entre o regime de Bashar al-Assad contra os rebeldes e contextualizamos o conflito para que qualquer um possa entender. Quais as suas dúvidas sobre o conflito na Síria? 1) O que é a Síria? A Síria é um país no Oriente Médio. Com cerca de 185 mil km² de área, tem 3/4 do tamanho do Estado de São Paulo, mas pouco mais da metade da população — 22 milhões. O país faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte. É um país muito diversificado, tanto étnica quanto religiosamente, mas a maioria dos sírios é da etnia árabe e segue o ramo sunita do Islã, assim como na Arábia Saudita e no Egito (o país também tem em suas minorias muçulmanos xiitas e alauítas, além de cristãos). Em sua história, estão os fenícios, civilização mercantil que promoveu grandes navegações ao redor da África e que também inventou o conceito do alfabeto. Integrou o Império Otomano de 1516 a 1918 — depois do final da I Guerra Mundial, foi dividida em duas partes: uma sob comando da França, que compreendia Síria e o atual Líbano, e outra, sob comando britânico, composta por Palestina, Transjordânia (que atualmente compreende Israel e Jordânia) e Iraque. O país conseguiu a independência em 1964. Depois de numerosos golpes militares e um conflito com Israel em 1948, em 1964 proclamou-se a República Popular da Síria, sob o comando do Partido Baath, socialista e nacionalista. De 1971 até 2000, o país foi liderado pelo alauíta Hafez al-Assad. Depois de sua morte, a presidência foi transmitida a seu filho, Bashar. 2) Como o conflito começou? A Primavera Árabe de 2011 no Egito e na Tunísia inspirou os sírios a tomarem as ruas, em março de 2011, em protestos contra o regime de Bashar al-Assad. Os sírios expuseram seu descontentamento com o processo político estagnado e pediam uma reforma democrática. Os protestos não foram bem aceitos pelo governo, que respondeu com medidas extremas. Manifestantes foram sequestrados, torturados e mortos. As tropas do governo começaram a abrir fogo contra civis, que disparavam de volta. Forças rebeldes formadas por civis surgiram, e começaram a se armar para combater a violência do governo, o que levou a embates que destruíram cidades inteiras. A tensão crescente entre os dois grupos criou o atual estado de guerra civil e, até o final de agosto, em cerca de dois anos e meio de conflito, 110 mil pessoas morreram, 2 milhões buscaram refúgio fora da Síria e 4 milhões estão deslocadas.

3) Para onde vão esses refugiados?

4) Como o conflito evoluiu até chegar em 110 mil mortes? Veja aqui uma linha do tempo com material publicado por ZH:

5) Quem são os rebeldes sírios? O governo, apoiado por milícias e pelo Hezbollah, milícia libanesa, luta contra a oposição, reunida na Coalizão Nacional Síria — a cara política dos rebeldes. No governo: Bashar al- Assad No poder desde 2000, dá continuidade à ditadura que começou com seu pai, Hafez al- Assad, em 1971. Exército conta com 295 mil homens e 314 mil reservistas. Milícias (Shabija) Conta com cerca de 10 mil milicianos. Hezbollah O grupo xiita libanês, apoiado pelo Irã, tem milhares de combatentes lutando em território sírio.

Khalil Ashawi/Reuters

Oposição Coalizão Nacional Síria: Cara política dos rebeldes. É reconhecida como interlocutora por países como EUA, Turquia e Grã- Bretanha.

Exército Sírio Livre: Coligação de 34 brigadas, formada em 2011 por oficiais do exército que desertaram. A ideia é de uma Síria democrática e laica. Teria 50 mil integrantes. Grupos armados Os rebeldes se dividiram em múltiplas organizações, muitas adversárias. Estima- se que tenham mais de 100 mil combatentes. Veja as principais: Frente Síria Islâmica de Libertação ( FSIL) Maior coalizão de islâmicos moderados, formada em meados de 2012. Estão sob seu guarda- chuva 20 brigadas. Teria 37 mil integrantes. Movimento Islâmico Ahrar Al- Sham Facções islâmicas variadas. Têm forte atuação humanitária. Frente al- Nusra Braço da Al- Qaeda. Vista como força de combate mais eficaz entre os rebeldes sírios e pode representar um quarto dos combatentes de oposição. Definida como grupo terrorista pelos EUA. Fatah al- Islam Grupo fundamentalista sunita ligado à Al- Qaeda com base no Líbano. 6) E por que só agora se pensa em agir contra a Síria? Há propostas de paz para o conflito sírio desde novembro de 2011. Em fevereiro de 2012, o enviado especial da ONU Kofi Annan propôs um plano de paz para a Síria, considerado a tentativa internacional mais séria até a data de resolver o conflito sírio no Oriente Médio. Em março de 2012, Kofi Annan foi até Moscou para assegurar apoio da Rússia, maior aliada do regime de Damasco, aos esforços para promover um cessar-fogo e tentar chegar a uma solução política. Uma missão da ONU se estabeleceu em Damasco, mas, em junho, foi suspensa por conta da "violência escalante". O fracasso do cessar-fogo provocou a renúncia de Kofi Annan ao cargo e a entrada do diplomata argelino Lakhdar Brahimi em seu lugar. No entanto, em 21 de agosto de 2013, um suposto ataque químico com agentes neurotóxicos deixou cerca de 1,3 mil mortos, segundo rebeldes sírios (1.429, segundo relatório do governo americano e 281, segundo a inteligência francesa) chocou a comunidade internacional, uma vez que o uso de armas químicas é proibido, inclusive em situação de guerra. A Síria não é signatária da Convenção de Armas Químicas de 1993, que proíbe a produção e armazenamento de armas químicas. No entanto, o país é membro do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas na guerra. Segundo Ralf Trapp, especialista nesse tipo de armamento, há também um consenso de que o uso de químicos é proibido sobre a lei internacional, uma vez que está no rol de crimes do Tribunal Penal Internacional.

7) Há países que apoiam a Síria? A Rússia e o Irã são aliados importantes de Bashar al-Assad. Moscou impede que o Conselho de Segurança da ONU passe resoluções sobre a Síria. É por isso que os Estados Unidos teriam que passar por cima da ONU caso queira intervir. A Rússia manda muitas armas para a Síria, o que dificulta uma operação de outros países. O país comandado por Vladimir Putin também tem grandes interesses na Síria: além de não defender intervenções internacionais em outros países — algo encarado como imperialismo ocidental no estilo Guerra Fria —, a Rússia tem uma base naval na Síria, que não só é importante estrategicamente quanto é a última do país fora da antiga União Soviética. A Síria também compra muitos artigos militares da Rússia, que precisa desse dinheiro. O apoio do Irã à Síria é mais direto. O país percebe Israel e Estados Unidos como uma ameaça existencial e usa a Síria como proteção, enviando por meio de Damasco armamentos aos grupos militantes Hezbollah, no Líbano, e Hamas, na Faixa de Gaza. O Irã já está de certa forma isolado no cenário nacional por conta de seu programa nuclear. Caso Al-Assad chegue a cair, o país perde um grande aliado. 8) E por que ninguém interviu ainda? Porque é muito difícil. As opções militares não ajudam: enviar armas aos rebeldes, mesmo que ajude a derrubar Al-Assad, acabaria dando poder aos islâmicos fundamentalistas e pioraria a briga entre os rebeldes, o que levaria a caos generalizado e, possivelmente, uma segunda guerra civil. Derrubar Al-Assad provavelmente faria a mesma coisa, abrindo um vácuo de poder. Uma intervenção como a promovida pelos Estados Unidos no Iraque aceleraria as mortes, custaria a vida de muitos soldados estrangeiros e exacerbaria o antiamericanismo no mundo árabe. O governo Obama, junto à França, planeja uma "intervenção cirúrgica", com bombardeios em áreas militarmente estratégicas na Síria. Enquanto isso, o regime de Al-Assad pede à Síria a negociação de uma solução política para o conflito. Contraditoriamente, não há indicação de que nenhum dos lados — governo e rebeldes — estejam interessados em dialogar. http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2013/09/entenda-mais-sobre-o-conflito-na-siria-4257844.html

1ª questão Consulte o texto II para indicar a negligência aos direitos humanos que se infere do fragmento a seguir.

“A Primavera Árabe de 2011 no Egito e na Tunísia inspirou os sírios a tomarem as ruas, em março de 2011, em protestos contra o regime de Bashar al-Assad. Os sírios expuseram seu descontentamento com o processo político estagnado e pediam uma reforma democrática. Os protestos não foram bem aceitos pelo governo, que respondeu com medidas extremas. Manifestantes foram sequestrados, torturados e mortos. As tropas do governo começaram a abrir fogo contra civis, que disparavam de volta. ”

2ª questão Releia o fragmento transcrito a seguir e explique o valor argumentativo da palavra “gangues”, no contexto em que se insere.

3ª questão Pesquise e explique o que seria o veto que condenava a Síria.

4ª questão Analise os diferentes grupos que compõem a oposição na Síria para explicar por que potências como Estados Unidos não estão interferindo na guerra civil da Síria.

ATIVIDADES

5ª questão Pesquise se houve investigações com resultados que possibilitem a supressão do advérbio em destaque no fragmento a seguir.

“No entanto, em 21 de agosto de 2013, um suposto ataque químico com agentes neurotóxicos deixou

cerca de 1,3 mil mortos, segundo rebeldes sírios (1.429, segundo relatório do governo americano e 281, segundo a inteligência francesa) chocou a comunidade internacional, uma vez que o uso de armas químicas é proibido, inclusive em situação de guerra.”

6ª questão Volte ao texto e explique a expressão referencial do pronome em destaque abaixo.

“A Rússia e o Irã são aliados importantes de Bashar al-Assad. Moscou impede que o Conselho de

Segurança da ONU passe resoluções sobre a Síria. É por isso que os Estados Unidos teriam que passar

por cima da ONU caso queira intervir.”

7ª questão Liste os países que apoiam o governo da Síria contra os rebeldes e sintetize as razões de cada um deles.

Fragmento para resolução da 8ª e 9ª questões

“O governo Obama, junto à França, planeja uma "intervenção cirúrgica", com bombardeios em áreas militarmente estratégicas na Síria. ”

8ª questão Indique a figura de linguagem a partir da qual se constrói a expressão em destaque.

9ª questão Explique o efeito de sentido que decorre dessa expressão, no contexto em que se insere.

Para dar continuidade às nossas leituras, é indispensável que se considere a “Declaração dos Direitos Humanos”, que é a base da luta universal contra a opressão e a discriminação, defende a igualdade entre as pessoas e reconhece direitos humanos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) foi aprovada em 1948 na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento é a base da luta universal contra a opressão e a discriminação, defende a igualdade e a dignidade das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser aplicados a cada cidadão do planeta.

Os direitos humanos são os direitos essenciais a todos os seres humanos, sem que haja discriminação por raça, cor, gênero, idioma, nacionalidade ou por qualquer outro motivo (como religião e opinião política). Eles podem ser civis ou políticos, como o direito à vida, à igualdade perante a lei e à liberdade de expressão. Podem também ser econômicos, sociais e culturais, como o direito ao trabalho e à educação e coletivos, como o direito ao desenvolvimento. A garantia dos direitos humanos universais é feita por lei, na forma de tratados e de leis internacionais, por exemplo.

TEXTO II

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Versão na Íntegra

CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,

CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade,

CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,

CONSIDERANDO ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,

CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,

CONSIDERANDO que os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais do homem e a observância desses direitos e liberdades,

CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclama a presente "Declaração Universal dos Direitos do Homem" como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Artigo 1

Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

Artigo 2

I) Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. II) Não será também feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

Artigo 3

Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Artigo 4

Ninguém será mantido em escravidão ou servidão; a escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

Artigo 5

Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

Artigo 6

Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.

Artigo 7

Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8

Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9

Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Artigo 10

Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.

Artigo 11

I) Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias a sua defesa. II) Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituiam delito perante o direito nacional ou internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

Artigo 12

Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação. Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

Artigo 13

I) Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. II) Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

Artigo 14

I) Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. II) Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 15

I) Todo homem tem direito a uma nacionalidade. II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artigo 16

I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

Artigo 17

I) Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. II) Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Artigo 18

Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Artigo 19

Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.

Artigo 20

I) Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. II) Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artigo 21

I) Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. II) Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. III) A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.

Artigo 22

Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indipensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento de sua personalidade.

Artigo 23

I) Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. II) Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. III) Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. IV) Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

Artigo 24

Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

Artigo 25

I) Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à seguranca em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. II) A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

Artigo 26

I) Todo o homem tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. II) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do homem e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. III) Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

Artigo 27

I) Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios. II) Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.

Artigo 28

Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.

Artigo 29

I) Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.

II) No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática. III) Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

Artigo 30 Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos. http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/integra.htm Acesso em 20 set 15.

10ª questão Pesquise textos jornalísticos que relatem sobre os refugiados sírios no Brasil e na Europa e indique 2 direitos humanos que não estão sendo observados em relação a eles. Indique o direito e fundamente sua resposta com fragmentos dos textos pesquisados. Lembre-se de indicar a referência dos fragmentos utilizados na fundamentação de seu texto. TEXTO III

Guia para entender o drama dos refugiados sírios na Europa GUSTAVOCHACRA 01 Setembro 2015 | 10:31

1. Há dois grupos de pessoas tentando entrar ou permanecer na Europa – os refugiados e os imigrantes. Os refugiados são pessoas que fogem de guerras, como na Síria, ou de regimes opressores, como na Eritreia. Os imigrantes são de diferentes partes do mundo, incluindo de países europeus mais pobres, como Kosovo ou Macedônia, que imigram em busca de uma vida economicamente melhor 2. As duas rotas principais para entrar na Europa são cruzando o Mediterrâneo, a partir da Líbia e chegando à Itália, ou por terra, atravessando a Turquia por terra até atingir a Grécia 3. Parte deles recorre a traficantes de pessoas, muitas vezes da Bulgária e da Romênia, que os amontoam em caminhões, como aquele que resultou na morte de mais de 70 pessoas. O mesmo vale para os que cruzam pelo mar Mediterrâneo, com milhares morrendo apenas neste ano em barcos clandestinos, super lotados e sem segurança

http://www.taringa.net/posts/imagenes/17325933/De-Eritrea-a-Lampedusa.html Acesso em 15 set. 2015

4. Os imigrantes, pela lei europeia, devem ser deportados para os seus países de origem assim que forem capturados na Europa 5. Os refugiados precisam aplicar para asilo político no primeiro país da União Europeia que pisarem. Naturalmente, a maioria teria de pedir o asilo na Grécia ou na Itália. Estes dois países, porém, não têm condições de dar abrigo a todos os refugiados 6. Um dos problemas é diferenciar refugiado de imigrante. Por exemplo, um imigrante tunisiano pode fingir ser sírio para ter asilo político. E mesmo os sírios podem ter dificuldades para provar suas origens, visto que muitos deles não possuem documentos 7. A Alemanha decidiu conceder asilo político a todos os refugiados sírios que chegarem ao país, independentemente de terem passado por outras nações da União Europeia. Ao mesmo tempo, o governo alemão tem pedido para outros países europeus fazerem mais pelos refugiados 8. No caminho para a Alemanha, os refugiados precisam cruzar por outros países europeus, alguns deles com grupos abertamente xenófobos e não membros da União Europeia, como a Sérvia ou a Macedônia, que têm prendido refugiados e imigrantes. A Hungria, que é o primeiro país da união no caminho, construiu uma barreira na fronteira com a Sérvia e não permite que os refugiados cruzem. Também proibiu que eles embarquem em trens em direção à Alemanha 9. Mesmo quando atingem seu destino, os refugiados precisam esperar meses até seus pedidos de asilo serem aprovados. Apenas depois disso podem começar a trabalhar legalmente 10. Na Europa, a Alemanha e a Suécia são os países que mais têm ajudado os refugiados. No mundo, o Líbano, Jordânia e Turquia são os que mais concedem abrigo aos refugiados. Cada um deles recebeu mais de 1 milhão de sírios. No caso libanês, isso equivale a um terço da população do país. http://internacional.estadao.com.br/blogs/gustavo-chacra/guia-para-entender-o-drama-dos-refugiados-sirios-na-europa/ Acesso em 14 out 2015

11ª questão Releia os excertos a seguir e levante uma hipótese que justifique a diferença de tratamento dado aos imigrantes em relação aos refugiados

“4. Os imigrantes, pela lei europeia, devem ser deportados para os seus países de origem assim que forem capturados na Europa

5. Os refugiados precisam aplicar para asilo político no primeiro país da União Europeia que pisarem. Naturalmente, a maioria teria de pedir o asilo na Grécia ou na Itália. Estes dois países, porém, não têm condições de dar abrigo a todos os refugiados” [...]

Fragmento para resolução da 12ª, 13ª e 14ª questões.

“A Alemanha decidiu conceder asilo político a todos os refugiados sírios que chegarem ao país, independentemente de terem passado por outras nações da União Europeia. Ao mesmo tempo, o governo alemão tem pedido para outros países europeus fazerem mais pelos refugiados” [...]

12ª questão

Justifique, com base no texto em estudo, o uso do advérbio em destaque.

13ª questão

Levante uma hipótese, fundamentada na história, que justifique a decisão da Alemanha.

14ª questão Indique 2 hipóteses que justifique, o pedido do governo alemão: “para outros países europeus fazerem mais pelos refugiados”.

15ª questão

“A Hungria, que é o primeiro país da união no caminho, construiu uma barreira na fronteira com a Sérvia e não permite que os refugiados cruzem. Também proibiu que eles embarquem em trens em direção à Alemanha”

Pesquise sobre a legalidade e as razões da ação da Hungria.

16ª questão Justifique a afirmação de que Grécia ou na Itália são as principais portas de entrada dos refugiados sírios, mas estes dois países não têm condições de dar abrigo a todos os refugiados

17ª questão “Um dos problemas é diferenciar refugiado de imigrante. Por exemplo, um imigrante tunisiano pode fingir ser sírio para ter asilo político. E mesmo os sírios podem ter dificuldades para provar suas origens, visto que muitos deles não possuem documentos” [...]

Sugira uma ação que possa resolver ou atenuar a dificuldade apontada. 18ª questão

“Na Europa, a Alemanha e a Suécia são os países que mais têm ajudado os refugiados. No mundo, o Líbano, Jordânia e Turquia são os que mais concedem abrigo aos refugiados. Cada um deles recebeu mais de 1 milhão de sírios. No caso libanês, isso equivale a um terço da população do país.”

Indique 2 consequências possíveis da ação da Líbia para o país.

TEXTO IV

Refugiados na Europa: a crise em mapas e gráficos 6 setembro 2015

Alemanha continua a ser destino mais popular para refugiados | Fotos: AP/Reuters/EPA

As solicitações de asilo para a Europa se multiplicaram neste ano – só a Alemanha e a Hungria, por exemplo, já receberam mais pedidos nos últimos meses do que em todo o ano passado. No total, 438 mil refugiados pediram asilo em países do bloco até o fim de julho deste ano – comparados com os 571 mil para 2014. De acordo com números divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Alemanha continua sendo o destino mais procurado por imigrantes que chegam à Europa. Foi o país que recebeu o maior número de pedidos de asilo, com mais de 188 mil até o fim de julho deste ano – 15.416 a mais do que o ano passado todo. Mas a Hungria já ocupa o segundo lugar, com mais e mais imigrantes recorrendo ao país para entrar na Europa Ocidental pelo meio terrestre – a estação de trem de Budapeste chegou a fechar no início da semana, com milhares de imigrantes acampando do lado de fora à espera de um trem para o oeste do continente europeu. Na noite desta sexta-feira, a Hungria afirmou que mandaria ônibus para transportar os mais de mil imigrantes que haviam iniciado uma marcha rumo à Áustria.

E, apesar de a Alemanha ter o maior número de solicitações de asilo, a Suécia fica no topo dessa lista quando os números são considerados proporcionalmente à população – são oito pedidos de asilo a cada mil habitantes suecos.

De onde vêm os imigrantes?

O conflito na Síria continua sendo o maior motivador dessa onda migratória. Mas a violência constante no Afeganistão e na Eritreia, assim como a pobreza no Kosovo também têm levado pessoas dessas regiões a procurar asilo em outros países.

A União Europeia deve ter uma reunião de emergência em Bruxelas no fim deste mês – o bloco tem sido criticado pela inércia diante da crise da imigração. Uma proposta para cotas de distribuição de refugiados foi rejeitada e a tensão tem crescido por causa do sobrecarregamento de alguns países que recebem um grande número de refugiados. O Reino Unido, por exemplo, rejeitou o sistema de cota e, de acordo com números oficiais, aceitou 216 refugiados sírios desde janeiro de 2014 no esquema de "Realocação de Pessoas Vulneráveis" – foram cerca de 4.300 sírios aceitos nos últimos quatro ano, segundo o governo britânico. A Hungria construiu um muro de 175km ao longo de toda a fronteira com a Sérvia para tentar diminuir o fluxo de pessoas buscando asilo no norte da Europa. Apesar do grande número de pessoas pedindo asilo em outros países, a quantidade de pessoas que são acolhidas por eles é bem menor. Em 2014, países da União Europeia ofereceram asilo a 184.665 refugiados. No mesmo ano, mais de 570 mil imigrantes entraram com pedido de asilo nesses países – é importante pontuar, porém, que o processo para solicitar asilo pode demorar, então alguns dos refugiados contemplados no ano passado podem ter entrado com o pedido muitos anos antes.

Como imigrantes chegam à Europa?

A Organização Internacional de Migração (IOM, na sigla em inglês) estima que mais de 350 mil imigrantes tenham sido registrados nas fronteiras de países europeus entre janeiro e agosto de 2015, comparados com os 280 mil do ano todo de 2015. Esses números podem ser ainda maiores.

A força externa de fronteira europeia, Frontex, monitora as diferentes rotas de imigração e contabiliza as pessoas que chegam às fronteiras do continente.

A rota do Mediterrâneo oriental superou a rota central como a mais comum usada neste ano – sendo que os sírios são, de longe, o maior grupo de imigrantes.

Dos mais de 350 mil imigrantes registrados neste ano nas fronteiras europeias, quase 235 mil chegaram na Grécia e cerca de 115 mil chegaram na Itália. Outros 2.100 desembarcaram na Espanha. A maioria dos que vão para a Grécia tentam fazer isso por uma viagem mais curta da Turquia para as ilhas de Kos, Chios, Lesbos e Samos – essas rotas costumam ser feitas em condições precárias, em barcos pequenos ou botes de madeira.

Mortes

A viagem da Líbia para a Itália é mais longa e perigosa. De acordo com a IOM, mais de 2,5 mil imigrantes morreram tentando fazer essa travessia neste ano – e, no total, 2.643 pessoas morreram no Mediterrâneo em 2015. Os meses de verão no hemisfério Norte são, em geral, os com o maior número de vítimas fatais, já que é o período mais comum para imigrantes tentarem chegar à Europa. O pior mês do ano em termos de números de mortos, porém, foi abril, quando um barco carregando 800 imigrantes virou no mar da Líbia. O fato de ele transportar muito mais pessoas do que a capacidade permitia é uma das razões para a tragédia.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_graficos_imigracao_europa_rm Acesso em 02 out 15.

19ª questão Releia o subtítulo:

As solicitações de asilo para a Europa se multiplicaram neste ano – só a Alemanha e a Hungria, por exemplo, já receberam mais pedidos nos últimos meses do que em todo o ano passado.

Se a guerra civil na Síria iniciou-se em 2011, justifique o fato de a procura por asilo haver crescido tanto em 2015. Caso não tenha conhecimentos necessários, pesquise sobre a evolução da guerra na Síria. 20ª questão

“De acordo com números divulgados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), a Alemanha continua sendo o destino mais procurado por imigrantes que chegam à Europa. Foi o país que recebeu o maior número de pedidos de asilo, com mais de 188 mil até o fim de julho deste ano – 15.416 a mais do que o ano passado todo.”

Justifique, com base nos textos anteriores, o fato de a Alemanha ser o principal destino dos refugiados.

Gráfico para resolução da 21ª, 22ª, 23ª e 24ª questões.

21ª questão Informe-se sobre a atual economia da Grécia e explique por que, embora sendo uma das principais portas de entradas dos refugiados sírios para a Europa, o número de solicitação de refúgio neste país seja tão pequeno em relação aos demais países representados no gráfico. 22ª questão Indique o país que recebeu o maior número de pedidos de asilo em 2014 e em 2015. 23ª questão Aponte o que apresentou maior aumento de solicitações neste ano, em relação ao ano passado. 24ª questão Indique o país que apresentou maior redução em 2015 em relação a 2014. 25ª questão Identifique o país que manteve equilíbrio entre os dois anos representados no gráfico. 26ª questão Analise o gráfico a seguir e responda ao que se pede.

Síria Afeganistão Kosovo Eritrea Sérvia

POPULAÇÃO em 2015

23 183 586 32 006 000 1 849 978 6 719 352 7 096 174

Considere a população de cada um desses países para analisar qual seria, proporcionalmente, o país do qual origina o maior número de solicitação de refúgio junto à União Europeia. 27ª questão A Hungria construiu um muro de 175 km ao longo de toda a fronteira com a Sérvia para tentar diminuir o fluxo de pessoas buscando asilo no norte da Europa. Considere as possíveis razões da Hungria para a ação relatada, a Declaração dos Direitos Humanos e a situação vivida pelos refugiados Sírios para julgar a medida adotada pelo referido país. 28ª questão Compare os dois mapas reproduzidos a seguir e indique qual seria a rota mais utilizada pelos sírios. Fundamente sua resposta.

29ª questão Analise se os gráficos a seguir confirmam a resposta dada à questão anterior. Atenha-se à equivalência da cor de cada um destes gráficos às rotas indicadas no mapa anterior.

30ª questão Analise se as 2 rotas nas quais ocorreram o maior número de mortes em 2014 são as mesmas nas quais morreram mais migrantes em 2015.

TEXTO V

A família do menino Aylan Kurdi, encontrado morto em uma praia turca, vinha de onde?

Desde 2011, mais de 4 milhões de pessoas deixaram a Síria, cerca de um quarto da população. Aylan Kurdi, o menino cuja fotografia comoveu o mundo, havia fugido com sua família de Kobane, cidade síria palco de violentos confrontos entre militantes do Estado Islâmico e forças curdas no início do ano. http://www.cartacapital.com.br/internacional/perguntas-e-respostas-crise-imigratoria-na-europa-9337.html Acesso em out. 15.

TEXTO VI

Internacional

Imigração

A foto do menino Aylan e o poder das imagens

Registro da criança síria morta numa praia turca provocou reações intensas e influenciou o debate político. Mas por que algumas fotografias nos tocam mais que outras e acabam entrando para história? por Deutsche Welle — publicado 10/09/2015 05h59

Nilufer Demir/ Dogan News Aagency/ AFP

O tabloide Bild, jornal de maior circulação na Alemanha, dispensou o uso de imagens em uma edição pela primeira vez em sua história. "Dessa forma, queremos mostrar como as fotos são importantes no jornalismo", afirmou a redação do diário. Mas nem todas as fotos são iguais: há imagens que ficam guardadas na memória. E há outras, por mais fortes que sejam, que não tocam tanto o espectador e desaparecem rapidamente de sua mente. Mas o que transforma uma foto num ícone? Como a fotografia consegue captar não apenas um momento, mas é capaz de eternizar o zeitgeist ou contextos complexos numa única imagem?

As imagens de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca, provocaram reações e emoções intensas nas mídias sociais. O debate político em torno da política de refugiados da Europa mudou após a publicação da fotografia.

Guarda turco ao lado do corpo de Aylan Kurdy, encontrado morto próximo a cidade de Bodrum

O historiador da arte e curador Felix Hoffmann acredita na força das imagens. Para ele, fotos podem influenciar e mudar o pensamento e a ação. Mas somente se elas perdurarem por determinado tempo e se fixarem nas mentes das pessoas. Na galeria de arte c/o Berlim, ele pesquisou as fotos apocalípticas do 11 de setembro e se ocupou da questão de por que algumas dessas imagens permanecem em nossa memória.

Segundo Hoffmann, a fotografia possui a capacidade de personificar catástrofes, de lhes dar um rosto. Sem tais imagens, muitas pessoas não poderiam compreender a dimensão da guerra e de catástrofes.

"As fotos de Aylan Kurdi são um bom exemplo da força das imagens", explica. "A Europa se encontra agora num momento de extrema gravidade. Agora resta a pergunta de quanto tempo essa foto permanecerá na mídia."

Hoffmann, que também é pai, afirmou ter ficado "emocionalmente chocado" com a imagem do menino de três anos, encontrado morto na praia de Bodrum. Segundo o historiador, a onda de refugiados, que se vê diariamente na mídia, ganha assim um história pessoal. Além disso, muitas pessoas acabaram se identificando com a imagem e disseram: "Poderia ser meu filho."

Mais forte que a TV Historiadores como ele, diz Hoffmann, foram treinados para investigar os mecanismos de ação das imagens. O especialista explica que o fotojornalista francês Henri Cartier-Bresson já chamava a sua profissão de "negócio com o momento decisivo".

"Fotografar significa levar cabeça, olho e coração para a mesma linha de visão", afirma o jornalista e cofundador da agência de fotografia Magnum.

Cartien-Bresson também trabalhou em zonas de guerra e fez história com suas fotos. Mas através da cobertura ao vivo, a relação entre o espectador e o jornalista mudou, diz Hoffmann. Ele recorda os Jogos Olímpicos de Munique em 1972, que foram ofuscados pelo assassinato de atletas israelenses tomados como reféns.

"Pela primeira vez na história, os espectadores puderam assistir ao vivo a um atentado na TV", lembra. O terrorismo adentrou, por assim dizer, as salas de estar da população, explica o historiador.

Mas, apesar da cobertura ao vivo ininterrupta e do burburinho permanente nas redes sociais, a foto continua o meio de comunicação mais intenso para captar uma tragédia, afirma Hoffmann. Diante da enxurrada de informações, também depende da qualidade da imagem, ressalta.

Empatia pelo fotografado Ninguém pendurou em suas paredes de sua sala de estar imagens de catástrofes ou tragédias humanas, como o assassinato de John F. Kennedy, em 1963, ou a menina de nove anos Kim Phùc, no Vietnã, fotografada nua com queimaduras graves na pele, enquanto fugia do ataque de bombas napalm em 1972. Mesmo assim, tais imagens se tornaram ícones.

Elas formam a decoração da narrativa de nossa era, explica o historiador, acrescentando que ninguém pode se lembrar com exatidão de quando viram tais imagens, mas elas se tornaram parte de uma memória visual coletiva – ao menos no Ocidente.

"Isso está bastante ligado à forma como lidamos com histórias e fotos. Você pode observar por toda parte o poder que as imagens podem ter", continua Hoffmann.

Segundo ele, algumas vezes, sentimos empatia somente quando entramos numa espécie de relação amorosa ambivalente com uma fotografia, mesmo no caso da morte de alguém. Na avalanche de imagens de sofrimento, dor ou paixão, tornam-se ícones somente aquelas que provocam em nós um sentimento de dó, também por estarem mostrando a realidade dos acontecimentos.

http://www.cartacapital.com.br/internacional/a-foto-do-menino-aylan-e-o-poder-das-imagens-9036.html Acesso em 17 out. 2015.

Fragmento para resolução da 31ª, 32ª, 33ª e 34ª questões.

“O tabloide Bild, jornal de maior circulação na Alemanha, dispensou o uso de imagens em uma edição pela

primeira vez em sua história. "Dessa forma, queremos mostrar como as fotos são importantes no

jornalismo", afirmou a redação do diário.

Mas nem todas as fotos são iguais: há imagens que ficam guardadas na memória. E há outras, por mais

fortes que sejam, que não tocam tanto o espectador e desaparecem rapidamente de sua mente.”

31ª questão

Indique a que se refere a expressão emoldurada.

32ª questão Substitua o verbo sublinhado por outro que não altere o efeito da modalização epistêmica. 33ª questão Justifique a presença da conjunção em destaque. 34ª questão Explicite a voz que se busca silenciar a partir da inserção da conjunção em destaque. 35ª questão “Como a fotografia consegue captar não apenas um momento, mas é capaz de eternizar o zeitgeist ou contextos complexos numa única imagem?” Considere a fotografia que ilustra o texto em análise e o contexto em que foi produzida para responder a essa questão. 36ª questão

“As imagens de Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca provocaram reações e emoções intensas nas mídias sociais. O debate político em torno da política de refugiados da Europa mudou após a publicação da fotografia.”

Produza um parágrafo argumentativo em que justifique esse efeito da foto em análise. TEXTO VII

http://pt.slideshare.net/markoabreu/os-refugiados-e-a-crise-migratria Acesso em 20 out 2015

37ª questão Indique a que fato histórico cada uma das imagens que compõem o texto VII referem-se. 38ª questão O historiador da arte e curador, Felix Hoffmann, (texto VI) acredita na força das imagens. Para ele, fotos podem influenciar e mudar o pensamento e a ação. Mas somente se elas perdurarem por determinado tempo e se fixarem nas mentes das pessoas. Explique se o texto VII confirma ou refuta o pensamento do historiador da arte e curador Felix Hoffmann. 39ª questão Segundo Hoffmann, a fotografia possui a capacidade de personificar catástrofes, de lhes dar um rosto. Sem tais imagens, muitas pessoas não poderiam compreender a dimensão da guerra e de catástrofes.

Explique como a foto do pequeno Aylan personificou a catástrofe que envolve os refugiados sírios.

40ª questão “Hoffmann, que também é pai, afirmou ter ficado "emocionalmente chocado" com a imagem do menino de três anos, encontrado morto na praia de Bodrum.”

Indique duas outras razões, além das que teriam levado Hoffmann a ficar chocado frente à foto de Aylan que teriam provocado comoção nos internautas.

41ª questão "Fotografar significa levar cabeça, olho e coração para a mesma linha de visão", afirma o jornalista e cofundador da agência de fotografia Magnum, Henri Cartier-Bresson.

Explique o significado das palavras de Henri Cartier-Bresson.

42ª questão Avalie a adequação (ou não) da sequência de conjunções sublinhada no excerto a seguir.

“‘Pela primeira vez na história, os espectadores puderam assistir ao vivo a um atentado na TV’, lembra. O terrorismo adentrou, por assim dizer, as salas de estar da população, explica o historiador.

Mas, apesar da cobertura ao vivo ininterrupta e do burburinho permanente nas redes sociais, a foto continua o meio de comunicação mais intenso para captar uma tragédia, afirma Hoffmann.”

43ª questão

A charge, na maioria das vezes, se vale da ironia para veicular uma denúncia social. As que reproduzimos a seguir, relacionadas à morte Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca, entretanto exploraram outra estratégia. Analise-as.

Cartunista oferece conforto a Aylan Kurdi que descansa na beira da praia

Menino sírio morto afogado vira anjo caído em charge

Barco de papel navega próximo a corpo de menino morto afogado nesta charge

Crianças são retratadas dormindo junto ao mar em memória dos refugiados mortos durante a travessia para a Europa

http://noticias.uol.com.br/album/2015/09/03/charges-reagem-a-morte-de-menino-refugiado.htm#fotoNav=1 Acesso em 20 out. 15

44ª questão Indique a estratégia comum a esses chargistas na denúncia da morte de crianças no mar Mediterrâneo, em decorrência da travessia de sírios em condições precárias. 45ª questão Justifique a utilização da estratégia apontada na questão anterior e não da ironia, tendo em vista o fato que motivou a denúncia veiculada pelas charges em análise. 46ª questão Explique um dos efeitos que pode decorrer da escolha em relação às estratégias utilizadas nos textos em estudo.

TEXTO VIII

http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/04/internacional/1441358353_987844.html

TEXTO IX

Charge atribui morte de menino sírio a um muro protegendo as fronteiras europeias

http://noticias.uol.com.br/album/2015/09/03/charges-reagem-a-morte-de-menino-refugiado.htm#fotoNav=1

44ª questão

Explique se a voz que se infere do texto VIII é confirmada pela que se enuncia no texto IX.

45ª questão Considere as fotos a seguir e os textos VIII e IX para explicar a dimensão metonímica de que se reveste Aylan Kurdi, o menino sírio de três anos de idade que morreu afogado no Mediterrâneo e foi encontrado na costa turca.

http://bandaid.colband.blog.br/ Acesso em 20 out 2015

http://www.culturainquieta.com/es/inspiring/item/7813-10-000-islandeses-ofrecen-sus-casas-para

-alojar-refugiados-sirios.html Acesso em 20 out 2015

46ª questão

http://operamundi.uol.com.br Acesso em 22 out. 2015

Explicite 3 críticas que se infere da charge acima.

47ª questão Explique a hipérbole a partir da qual se constrói o humor na charge a seguir.

By RENATO MACHADO in CHARGES

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TEXTO X

16/09/2015 07h00 - Atualizado em 16/09/2015 08h27

Europa apoia terrorismo e é responsável por refugiados, diz Assad

Presidente sírio criticou europeus por classificar rebeldes de 'moderados'. Ele deu entrevista a canais russos.

Do G1, em São Paulo O presidente da Síria, Bashar al-Assad, atribuiu à Europa a responsabilidade pela crise dos refugiados, já que "apoiou, apoia e dá cobertura ao terrorismo", em uma entrevista divulgada nesta quarta-feira (16) por vários meios da imprensa da Rússia.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, durante entrevista com a revista francesa Paris Match, em

Damasco, em 2014 (Foto: SANA/Divulgação via Reuters) "A Europa é responsável, porque apoiou, apoia e dá cobertura ao terrorismo", disse o líder sírio, que acrescentou que "a Europa chama de 'moderados' os terroristas e os divide em grupos, quando, na realidade, são todos extremistas". Assad comentou que agora a Europa tenta "apresentar o assunto como se sua culpa fosse apenas não ter disponibilizado os recursos necessários para garantir uma migração organizada, o que fez com que refugiados morressem afogados em sua tentativa de cruzar o Mediterrâneo". "Sentimos dor por todas as vítimas inocentes, mas por acaso a vida de uma pessoa afogada no mar tem mais valor que a de uma morta na Síria? Como se pode lamentar a morte de uma criança no

mar e fazer pouco caso de milhares de crianças, mulheres e idosos vítimas do terrorismo na Síria?", questionou o líder sírio. Para Assad, isto é uma demonstração clara e "vergonhosa" de "dois pesos e duas medidas" da União Europeia. O presidente sírio afirmou que a Europa apenas conseguirá diminuir a "avalanche" de refugiados "se deixar de apoiar os terroristas", que são a "origem do problema". "Se os europeus estão preocupados com o destino dos refugiados, que deixem de apoiar os terroristas", insistiu Assad. Além disso, o líder do regime fez um pedido a todos os sírios "para que se unam na luta contra o terrorismo, porque é o caminho para se conseguir os objetivos políticos que os sírios querem, através do diálogo e de um processo político". "Se hoje perguntamos a qualquer sírio o que ele quer, sua primeira resposta será: segurança e estabilidade para todos e cada um de nós. Desta maneira, todas as forças políticas, tanto no governo como fora dele, devem se unir em torno das exigências do povo sírio", ressaltou o presidente. Permanência no poder Assad reiterou que sua permanência ou não no poder é um assunto que cabe ao povo da Síria, através de eleições, "e não aos Estados Unidos, ao Conselho de Segurança da ONU e à Convenção de Genebra". "Sobre o presidente, ele chega ao poder com o consentimento do povo por meio de eleições, e se ele sair, ele sai se o povo quiser isso, não por causa do julgamento dos Estados Unidos, do Conselho de Segurança da ONU, da Conferência de Genebra ou do Comunicado de Genebra", disse Assad nesta quarta-feira. "Se o povo quiser que ele fique, o presidente fica. Do contrário, ele deve renunciar logo", acrescentou. O presidente sírio negou que unidades militares iranianas estejam combatendo ao lado das forças governamentais, mas assinalou que Teerã lhe fornece armamento. A ajuda do Irã, que tem fornecido tecnologia militar, tem sido crucial no combate ao terrorismo na Síria, segundo Assad. Mas Teerã não enviou unidades militares a Damasco, acrescentou. Assad disse ainda que a coalizão liderada pelos EUA não tem sido capaz de enfraquecer os militantes islâmico até o momento. O presidente sírio enfrenta uma guerra civil há mais de quatro anos e meio contra seu regime. Nesta terça, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que Moscou seguirá apoiando o regime sírio com ajuda militar em sua luta contra grupos terroristas, como o Estado Islâmico. O chefe do Kremlin negou que o apoio de Moscou ao regime de Assad seja a causa da crise dos refugiados e, por outro lado, ressaltou que, se estivesse apoiado Damasco, o número de deslocados seria ainda maior. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/europa-apoia-terrorismo-e-e-responsavel-por-refugiados-diz-assad.html Acesso em 21 out. 2015

48ª questão Considere os grupos que compõem a oposição a Assad (ver texto I) para justificar a seguinte afirmativa do presidente.

“Europa apoia terrorismo e é responsável por refugiados, diz Assad” 49ª questão

“Presidente sírio criticou europeus por classificar rebeldes de 'moderados'. Ele deu entrevista a canais russos.”

Fundamente, com base no texto I, o fato de Assad haver concedido entrevista a canais russos e a crítica desse presidente aos europeus.

Fragmento para resolução da 50ª e 51ª questões

“Assad comentou que agora a Europa tenta ‘apresentar o assunto como se sua culpa fosse apenas não ter disponibilizado os recursos necessários para garantir uma migração organizada, o que fez com que refugiados morressem afogados em sua tentativa de cruzar o Mediterrâneo’”.

50ª questão Indique a quem ou a que se refere o pronome “sua”. 51ª questão Explicite, a partir dos modalizadores em destaque, a avaliação de Assad em relação à Europa.

Fragmento para resolução da 52ª e 53ª questões

‘“Sentimos dor por todas as vítimas inocentes, mas por acaso a vida de uma pessoa afogada no mar tem mais valor que a de uma morta na Síria? Como se pode lamentar a morte de uma criança no mar e fazer pouco caso de milhares de crianças, mulheres e idosos vítimas do terrorismo na Síria?’, questionou o líder sírio.”

52ª questão Indique a que fato Assad faz alusão. 53ª questão A conjunção “mas”, no fragmento, marca mais que uma oposição de ideias expressas nas orações. Ela aponta para uma estratégia a partir da qual Assad tenta construir sua inocência em relação à morte de crianças que atravessam o mar Mediterrâneo, fugindo da violente guerra civil que assola a Síria. Fundamente essa afirmativa.

54ª questão Considere o fragmento a seguir para explicar quem seriam, na visão do ditador, os responsáveis pelas mortes de vulneráveis na guerra da síria e nos fatos que dela decorrem.

“A Primavera Árabe de 2011 no Egito e na Tunísia inspirou os sírios a tomarem as ruas, em março de 2011, em protestos contra o regime de Bashar al-Assad. Os sírios expuseram seu descontentamento com o processo político estagnado e pediam uma reforma democrática. Os protestos não foram bem aceitos pelo governo, que respondeu com medidas extremas. Manifestantes foram sequestrados, torturados e mortos. As tropas do governo começaram a abrir fogo contra civis, que disparavam de volta. Forças rebeldes formadas por civis surgiram, e começaram a se armar para combater a violência do governo, o que levou a embates que destruíram cidades inteiras. A tensão crescente entre os dois grupos criou o atual estado de guerra civil e, até o final de agosto, em cerca de dois anos e meio de conflito, 110 mil pessoas morreram, 2 milhões buscaram refúgio fora da Síria e 4 milhões estão deslocadas.” http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2013/09/entenda-mais-sobre-o-conflito-na-siria-4257844.html

55ª questão Para Assad, isto é uma demonstração clara e "vergonhosa" de "dois pesos e duas medidas" da União Europeia. (4º parágrafo) Volte ao texto X e indique o que é, segundo Assad uma demonstração clara e "vergonhosa" de "dois pesos e duas medidas" da União Europeia. 56ª questão Explique, no contexto em que insere, quais seriam os "dois pesos e duas medidas" da União Europeia a que Assad faz referência.

Fragmento para resolução da 57ª e 58ª questões

Releia:

"Se os europeus estão preocupados com o destino dos refugiados, que deixem de apoiar os terroristas", insistiu Assad.

Além disso, o líder do regime fez um pedido a todos os sírios "para que se unam na luta contra o terrorismo, porque é o caminho para se conseguir os objetivos políticos que os sírios querem, através do diálogo e de um processo político".

57ª questão Explique o que o presidente Sírio considera terrorismo, no contexto de guerra em seu país. 58ª questão Explique, a partir do excerto, por que o presidente Assad refere-se aos rebeldes como terroristas e não como parte do povo sírio. 59ª questão

"Sobre o presidente, ele chega ao poder com o consentimento do povo por meio de eleições, e se ele sair, ele sai se o povo quiser isso, não por causa do julgamento dos Estados Unidos,

do Conselho de Segurança da ONU, da Conferência de Genebra ou do Comunicado de Genebra", disse Assad nesta quarta-feira.

"Se o povo quiser que ele fique, o presidente fica. Do contrário, ele deve renunciar logo", acrescentou.

Avalie se há coerência entre o discurso e a prática de Assad. PROPOSTAS DE REDAÇÃO

PROPOSTA I

Considere os textos seguir e seus conhecimentos sobre o tema para produzir um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema INSERÇÃO DOS REFUGIADOS SÍRIOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA, apresentando proposta de ação social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

INSTRUÇÕES:

- o rascunho da redação deve ser feita no espaço apropriado;

- o texto definitivo deve ser feito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas;

- o texto com até 7 linhas será considerado insuficiente e receberá zero;

- a redação que fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

TEXTO I

Brasil acolhe mais sírios que países na rota europeia de refugiados Luís Guilherme Barrucho e Camilla Costa Da BBC Brasil em Londres e em São Paulo

9 setembro 2015

Image copyrightReutersImage captionSegundo dados do Conare, 2.077 sírios receberam asilo do governo brasileiro de 2011

até agosto deste ano Desde o início da crise na Síria, o Brasil vem concedendo refúgio a mais sírios do que os principais portos de destino de refugiados na Europa. Segundo dados do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, 2.077 sírios receberam status de refugiados do governo brasileiro de 2011 até agosto deste ano. Trata-se da nacionalidade com mais refugiados reconhecidos no Brasil, à frente da angolana e da congolesa. O número é superior ao dos Estados Unidos (1.243) e ao de países no sul da Europa que recebem grandes quantidades de imigrantes ilegais ─ não apenas sírios, mas também de todo o Oriente Médio e da África ─ que atravessaram o Mediterrâneo em busca de refúgio, como Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal (15). Os dados da Eurostat, a agência de estatísticas da União Europeia, referem-se ao total de sírios que receberam asilo, e não aos que solicitaram refúgio. Nas últimas semanas, a crise humanitária na Síria voltou a ganhar projeção na imprensa internacional, com levas de refugiados abandonando o país em direção, principalmente, à Europa. A imagem de um menino sírio morto em uma praia da Turquia virou símbolo da tragédia. Apesar da distância ─ 10 mil quilômetros separam Brasil e Síria, o governo brasileiro vem mantendo uma política diferente da de muitos países europeus em relação a refugiados sírios. Há cerca de dois anos, o Conare publicou uma normativa facilitando a concessão de vistos a imigrantes daquele país.

Image copyright Reuters Image caption Síria vive crise humanitária sem precedentes

Desde então, muitos sírios daquele país vem escolhendo o Brasil como destino para fugir de guerras, perseguições e pobreza. Segundo fontes ouvidas pela BBC Brasil no Ministério das Relações Exteriores, o número de vistos concedidos por mês a cidadãos sírios em apenas uma das embaixadas brasileiras no Oriente Médio é hoje quatro vezes maior do que antes do início da crise, em 2011. [...]

Comparação

Solicitações de refúgio concedidas*

Brasil - 2.077 Argentina - 233 Uruguai - 44 Chile - 10 EUA - 1.243 Canadá - 2.374 Reino Unido - 4.035 Grécia - 1.275 Espanha - 1.335 Itália - 1.005 Portugal - 15 Noruega - 2.995 França - 4.975 Bélgica - 5.430 Suécia - 39.325 Alemanha - 65.075 *Estimativas até o 2º trimestre de 2015

**Nota: Os dados referentes a Grécia, Espanha e Portugal são até o 1º trimestre de 2015. A estimativa da Argentina é até 2014 e os dados do Canadá são de 2014 a 2015, apenas. Fontes: Conare brasileiro, Conare argentino, Ministério do Interior chileno, Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, Departamento de Estado americano, Eurostat, Citizenship and Immigration Canadá

O Brasil também é o país que mais concedeu asilo a refugiados sírios na América Latina. No continente americano, só perde para o Canadá ─ que recebeu 2.374 refugiados entre janeiro de 2014 e janeiro deste ano. Especificamente na comparação com os vizinhos sul-americanos, contudo, o número de solicitações concedidas pelo governo brasileiro é consideravelmente superior. [...] Na outra ponta, contudo, o Brasil recebeu menos do que Alemanha (65.075), Suécia (39.325), Noruega (2.995), Bélgica (5.430), França (4.975) e Reino Unido (4.035), segundo dados da Eurostat. [...]

Facilidade

Em entrevista à BBC Brasil, o representante da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), Andrés Ramirez, elogiou a iniciativa do governo brasileiro, que classificou como uma "importante mensagem humanitária e de direitos humanos". "O Brasil tem mantido uma política de portas abertas para os refugiados sírios. O número ainda é baixo, em muito devido à localização geográfica. Mas sem dúvida se trata de um exemplo a ser seguido a nível mundial", afirmou ele. Ramirez lembrou que no Brasil, diferentemente de outros países, enquanto espera pela concessão, o refugiado pode trabalhar e ter acesso à saúde e à educação. Ele criticou, entretanto, a demora no processamento de pedidos. Segundo ele, o Conare vem tendo dificuldades para atender à demanda crescente das solicitações. "Temos realizado conversas com o governo no sentido de modernizar a estrutura do órgão, face à nova realidade. Houve um aumento substancial no número de pedidos de refúgio no mundo. Com o Brasil não foi diferente. É necessário agilizar a dinâmica do Conare, mas sem perder de vista a qualidade. Isso significa desde aumentar o número de funcionários a melhorar a organização interna", explicou. "Outro desafio é integrar esse refugiado à sociedade brasileira, tanto social quanto econômica e culturalmente", acrescentou. http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150904_brasil_refugiados_sirios_comparacao_internacional_lgb acesso em 21 out 2015.

TEXTO II

Sírios no Brasil podem se tornar alvo de redes de exploração de trabalho, alerta ONG Fabíola Ortiz De Nova York para a BBC Brasil 29 setembro 2015

Image copyright Reuters Image caption Famílias sírias devem ser incluídas em políticas básicas fundamentais pelo

governo, segundo diretor de ONG Na busca desesperada pela sobrevivência nas cidades brasileiras, os sírios que chegam ao Brasil podem ser alvos fáceis para redes de exploração de trabalho escravo. A advertência é do diretor-executivo da organização ActionAid Internacional, Adriano Campolina, nas Nações Unidas. O brasileiro de 46 anos lidera a ONG com sede na África do Sul e está nesta semana em Nova York para acompanhar a Cúpula do Desenvolvimento Sustentável e a 70ª Assembleia Geral da ONU. Em entrevista à BBC Brasil, Campolina afirmou que ainda falta uma política mais estruturada de acolhimento a refugiados e imigrantes no Brasil. "Um refugiado ou um imigrante é mais vulnerável à superexploração", afirma. "É preciso construir e reforçar uma política em relação aos refugiados e imigrantes que seja mais integrada e baseada em direitos humanos e num acolhimento solidário". Campolina acredita que o Brasil é um dos principais destinos para solicitação de refúgio de sírios por ser percebido como um "país de muitas oportunidades", além de não ter envolvimento em guerras ou conflitos armados étnico-religiosos. Mas lembra que a mesma reação de pânico vista na Europa ante a massa de sírios que chegam diariamente também ocorreu no Brasil quando haitianos começaram a cruzar as fronteiras.

Image copyrightFabiola OrtizImage caption"O Brasil é percebido pelo mundo

inteiro como um país de muitas oportunidades", afirma Campolina

Segundo Campolina, o Brasil é percebido pelo mundo inteiro como um país de muitas oportunidades. É visto como estável com um Estado democrático consolidado, não tem terremotos ou furacões e não está envolvido em guerras ou conflitos armados religiosos nem étnicos. A convivência entre religiões é muito boa, embora haja um racismo endêmico e profundo na sociedade brasileira. Mas a percepção fora é de um país que oferece condições, oportunidades e estabilidade. Tudo o que um refugiado quer é estabilidade. O Brasil é o que mais está recebendo sírios na América Latina. De 2011 e 2015, foi pouco mais de 2 mil. E ainda há uma comunidade considerável de origem sírio-libanesa e palestina. Em geral, os refugiados tendem a ir aonde existe alguma conexão com a comunidade. É natural que passemos a ver uma concentração de famílias em São Paulo ou em Foz do Iguaçu. Para o entrevistado, existe a necessidade de compreender (a chegada dos imigrantes), recebê-los e tratá-los bem. Um refugiado ou um imigrante é mais vulnerável à superexploração, pois não sabe seus direitos, tem problemas de língua e pode sofrer preconceitos até raciais. E, no desespero de busca pela sobrevivência, essas pessoas podem acabar entrando em redes que exploram. Há o risco de os sírios se tornarem uma mão de obra para trabalhos forçados.

Só ter CPF não leva ao acesso dos serviços públicos, precisa haver uma acolhida em situações de trauma, como uma criança síria que chega de uma família traumatizada. O desafio é incluir as políticas básicas fundamentais, como moradia - que é crucial -, emprego e inserção se a pessoa não fala a língua. Na minha opinião, o desafio é como aprofundar a capacidade e a possibilidade de as pessoas que estão chegando terem acesso aos direitos coletivos no Brasil. O governo adotou uma medida importante de facilitar o visto e prorrogar o prazo. É muito positivo, pois simplificará o processo de concessão. Ao mesmo tempo, a sociedade brasileira vai ter que ter uma conversa mais séria sobre qual é o papel do Brasil em relação aos refugiados.

Image copyrightGabriel A. I BBC BrasilImage captionSem moradia, refugiados sírios em São Paulo vivem em

ocupação no centro da cidade

É preciso haver um debate interno de como a sociedade brasileira reconstruirá a sua identidade entendendo que o Brasil tem um papel internacional a jogar, como potência emergente e responsabilidade internacional. A medida do visto foi positiva, mas para além, a questão é como construir e reforçar uma política em relação aos refugiados e imigrantes que seja mais integrada baseada em direitos humanos e num acolhimento solidário. A prorrogação da regra é uma medida correta e sinaliza que o Brasil compreende que tem um papel internacional cada vez maior e, que esse papel, vem com responsabilidades. Segundo Campolina, o Estado e a sociedade brasileira estão começando a se preparar para receber os refugiados sírios. Tampouco diria que estão completamente despreparados. Ainda falta uma política mais estruturada, mas já começou a dar passos certos. O Brasil é um país que tem uma cultura acolhedora, mas existem grupos radicais quase fascistas que podem polarizar esse assunto. Está no rumo certo, mas tem que andar mais rápido em termos de alocação de recursos e de prioridade política.

Deveríamos como país receber esses imigrantes de braços abertos e com todos os direitos que o Estado brasileiro provê. O país não enfrenta uma enxurrada (de pedidos de refúgio), é uma proporção pequena e fará bem ao Brasil do ponto de vista geopolítico, para um país que ambiciona um papel internacional cada vez maior. Poder vem com responsabilidade. Se o Brasil quer um poder maior nas relações internacionais tem que ter mais responsabilidade em questões como a migração de refugiados. Se conseguir construir e reforçar uma capacidade de resposta que demonstre compromisso com direitos humanos e um compromisso moral, vai fortalecer a sua liderança.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/09/150929_sirios_exploracao_trabalho_fo_cc acesso em 21 out 2015.

TEXTO III

Sem programa específico para refugiados, Brasil põe centenas de sírios no Bolsa Família Luiza Bandeira Da BBC Brasil em Londres 14 outubro 2015

Image copyrightBBC Brasil Image caption Programador sírio, que chegou ao país com mulher e três filhos, diz que dinheiro que

recebe do Bolsa Família dá para comprar comida e fraldas, 'mas só isso'

O programador Ali*, de 34 anos, era um homem rico na Síria. Ganhava US$ 4 mil (cerca de R$15 mil) por mês, tinha carro e foi um dos melhores alunos da sua pós-graduação. "Aqui no Brasil, sou pobre", conta ele, que se mudou há um ano e sete meses para o país sul-americano fugindo da guerra civil. Sem renda, a solução foi recorrer a um programa criado originalmente para retirar brasileiros da miséria: o Bolsa Família. Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O número se refere a

julho. A pasta não informou o valor específico recebido pelos sírios – o benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família. Após facilitar a entrada de refugiados sírios, o Brasil passou a ser o país que mais recebeu pessoas desse grupo na América Latina. Segundo dados do Ministério da Justiça, 2.097 refugiados sírios vivem no país atualmente – o maior grupo entre os 8.530 refugiados do Brasil, à frente dos angolanos, que são 1.480.

Mas, sem falar a língua e em meio à crise econômica, muitos deles – apesar de terem qualificação profissional – não conseguem emprego. O governo brasileiro, diferentemente de outros países, não tem um programa específico apenas para refugiados que ofereça diretamente ajuda financeira a eles.

'Renda zero'

O número de sírios no Bolsa Família tem crescido desde 2013, ano em que o Brasil facilitou a concessão de vistos. Em dezembro daquele ano, sete famílias com pelo menos um sírio – ou cerca de 25 pessoas ─ estavam entre os beneficiários do programa. Hoje, são 163 famílias. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pelo programa, usa o número de famílias, e não de pessoas, para a comparação. No total, 15.707 famílias com estrangeiros estão no programa.

Para Larissa Leite, da Cáritas-SP, que atende refugiados, o número de sírios incluídos fica abaixo do esperado. "Principalmente no período da chegada, os sírios têm renda zero. É preciso analisar o que está acontecendo." O secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério, Helmut Schwarzer, diz acreditar que o número de sírios no programa irá crescer. "Possivelmente a gente ainda vai ter algum aumento. À medida que a documentação das famílias for ficando pronta, que o direito de residência for concedido, pode ser que mais famílias solicitem o benefício."

Segundo a pasta, todo estrangeiro em situação regular no país pode ter acesso ao programa se atender os critérios para inclusão. "O Bolsa Família nunca teve um proibição de participação de estrangeiros. A lei não os distingue dos brasileiros", disse o secretário.

Image copyright Getty Image caption Ali* não quis tentar cruzar o mar com destino à Europa

Para entrar no programa, é preciso que a família tenha renda mensal de até R$ 77 por pessoa ou de até R$ 154, se houver crianças ou adolescentes. Ali*, que não quis ter o nome revelado porque não se sente confortável com sua situação, descobriu que podia entrar no programa com a ajuda de um vizinho. Ele veio para o Brasil porque não queria fugir ilegalmente pelo mar (rumo à Europa), o que seria perigoso e o deixaria a mercê de traficantes de pessoas. Além disso, queria "um segundo país", e não "um lugar em que fosse ser tratado como refugiado para sempre". Ficou em dúvida entre Turquia e Brasil, mas optou pelo último porque achou que aprender português, uma língua latina e com algumas palavras de origem árabe, seria mais fácil. Para chegar ao país, gastou mais de US$ 10 mil (cerca de R$ 37 mil). Ficou em um hotel quando chegou, mas suas economias estavam se esgotando muito rapidamente. Com isso, se mudou para um apartamento, onde soube do Bolsa Família.

Image copyrightGabriel A. l BBC BrasilImage captionSem dinheiro para aluguel, alguns sírios vivem em ocupação

em São Paulo Ali* ganha R$ 386 por mês para sustentar, além dele, a mulher e três filhos – que entraram em escolas brasileiras, uma das exigências do programa. O valor é 2,5% do salário que recebia na Síria. Ali* diz que o dinheiro dá para comprar comida e fraldas. "Mas só para isso." "O maior problema é pagar o aluguel. O Brasil deveria ter uma bolsa refugiado, porque o aluguel é muito caro aqui", diz ele. A reclamação de falta de apoio é comum entre refugiados sírios. "Mas tentamos fazer eles entenderem que a inclusão deve ser dentro da realidade local. Estamos em crise. Estamos todos em crise", diz Larissa Leite, da Cáritas-SP. Larissa afirma, no entanto, que os valores do programa ficam abaixo da necessidade dos refugiados. "A inclusão de refugiados no Bolsa Família é super positiva – sinal de que há um esforço manter igualdade. Mas, em algumas circunstâncias, essas pessoas precisam de apoio maior, porque não falam o idioma, não conhecem a realidade brasileira", diz ela.

Image copyright Getty Image caption Vigília por refugiados sírios no Rio; Brasil foi o país que mais recebeu sírios na

América Latina "Não estamos defendendo qualquer tipo de diferenciação em relação à população brasileira. Mas se o Brasil tem compromisso de proteção, essa proteção tem que ser na área social também", afirma. O Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), ligado ao Ministério da Justiça, afirma que a assistência específica aos refugiados no país é feita por meio de repasses para Estados, municípios e organizações da sociedade civil que fornecem auxílio com moradia, aulas de português, cursos profissionalizantes, assistência jurídica e psicossocial e, se for preciso, ajuda financeira. O Conare anunciou na semana passada a liberação de R$ 15 milhões de crédito extraordinário para assistência a refugiados e imigrantes. Além de serem enviados a estes parceiros, os recursos, de acordo com o órgão, também servirão para "consolidar uma rede de centros de referência e acolhida para imigrantes e refugiados".

Sem tempo para planos

A inclusão de refugiados sírios no programa divide especialistas. Sonia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), acha que os refugiados não deveriam estar no Bolsa Família. "Isso mascara o problema e tira o foco. Precisamos de mecanismos próprios para refugiados nas instituições", diz ela.

"A pobreza deles é temporária – a situação se aproxima muito mais daquela de quem perde o emprego e ganha o seguro-desemprego do que de quem é extremamente pobre e precisa de um programa de combate à miséria." "É uma situação conjuntural, não estrutural."

Já a coordenadora do Centro de Estudos sobre Desigualdade e Desenvolvimento da Universidade Federal Fluminense, Celia Kerstenetzky, avalia que a situação deve ser vista no contexto da "mais profunda crise mundial de refugiados em décadas." Para ela, como as condições são emergenciais e o Brasil não tem tradição de receber refugiados, "uma resposta imediata humanitária possível me parece ser, sim, incluir essas famílias no nosso principal programa público de transferência de renda." "Não há tempo para planos e muita racionalidade", afirma. "Os sírios podem ter boas oportunidades no mercado de trabalho no médio ou talvez até mesmo no curto prazo, mas enquanto eles continuarem dentro da faixa de renda prevista para o Bolsa Família, o benefício vai continuar sendo pago", conclui o secretário Helmut Schwarzer. *nome fictício Colaborou Luis Kawaguti, da BBC Brasil em São Paulo

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151013_bolsa_familia_sirios_lab acesso em 21 out 2015.

PROPOSTA II Apresentamos a seguir um texto sobre a xenofobia de parte dos alemães em relação aos imigrantes sírios e um material teórico sobre o gênero discursivo “carta aberta”. Considere-os para produzir uma carta aberta a ser veiculada pelas redes sociais, manifestando repúdio às

ações de neonazistas contra imigrantes sírios na Alemanha e conclamando a sociedade brasileira a abrigar essa gente que tem passado por tantos sofrimentos. O texto deve ter o mínimo de 20 e o máximo de 30 linhas e ser produzido em registro padrão.

A história se repete em onda de xenofobia alemã

Manifestações da sociedade civil se misturam à mensagem de ódio de grupos neonazistas que se aproveitam da situação crítica dos imigrantes para espalhar mensagens racistas e islamofóbicas por Niklas Franzen — publicado 03/09/2015 04h38

Manifestação antifascista em Dresden

Berlim Freital, Heidenau, Tröglitz. Essas cidades pequenas tornaram-se símbolos nos últimos dias de uma onda de racismo na Alemanha. É difícil abrir os jornais sem ler sobre um novo ataque racista que varia de incêndios em albergues para refugiados a manifestações de "cidadãos preocupados" contra a imigração. Destaque dessa ofensiva racista foram os acontecimentos em Heidenau, cidade no estado da Saxônia, no leste do país, nos dias 22 e 23 de agosto. Após uma manifestação com mais de mil participantes – organizada por um político local do partido neonazista NPD – um grupo atacou um prédio planejado para hospedar 250 refugiados. A polícia não conseguiu controlar a violência a noite inteira. Em vez disso, brutalmente reprimiu uma contramanifestação de antifascistas. No dia seguinte, a violência xenófoba repetiu-se. http://www.cartacapital.com.br/internacional/a-historia-se-repete-na-xenofobia-alema-8168.html 1ª questão Explicite o ponto de vista do enunciador em relação à atuação da polícia em manifestações relacionadas à imigração para este país. Fundamente sua resposta explorando as palavras e expressões a partir das quais fez sua inferência. CARTA ABERTA

A carta aberta, diferentemente da pessoal, aborda assuntos de interesse público, uma vez que,

na maioria das vezes, trata de um problema de senso comum.

Ela tem natureza argumentativa/persuasiva, pois seu signatário expõe um ponto de vista frente a

uma situação problema e apresenta argumentos com o propósito de buscar adesão para o que

enuncia.

Diferentemente da carta pessoal, a carta aberta não traz local e data, vocativo, fechamento e

assinatura e a linguagem utilizada é formal. Os elementos estruturais que a compõem são os

seguintes:

Título – no qual se evidencia o destinatário;

CARTA ABERTA DE ARTISTAS BRASILEIROS SOBRE A DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA

Introdução – em que se situa o leitor quanto ao problema a ser abordado;

Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos:

17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos

16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três estados de São Paulo. Não há motivo para

comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais

importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco

milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os

raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e

auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Desenvolvimento – onde se apresenta a situação problema, o ponto de vista do enunciador

fundamentado por argumentos;

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às

suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim

e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de

implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a

devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de

harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos

da floresta “pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para

viver”, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a

devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser

vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos,

campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte

inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo

irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de

compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semiabandonada, pode

dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente

que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos

naturais

Conclusão – na qual se clama por uma solução para a situação problema exposta ou convoca-

se para alguma ação coletiva;

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase

irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição

Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de

condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos

recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO

IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!

Disponível em: http://www.amazoniaparasempre.com.br/ Acesso em 20 jan. 2014.

O meio de veiculação mais recorrente de cartas-abertas é a imprensa, mas pode ocorrer de elas

circularem via panfletos ou outros meios.

PROPOSTA III Diante do drama ocasionado pela guerra civil na Síria, a Alemanha decidiu conceder asilo político a todos os refugiados sírios que chegarem ao país, independentemente de terem passado por outras nações da União Europeia. Ao mesmo tempo, o governo alemão tem pedido para outros países europeus fazerem mais pelos refugiados.

Produza um texto argumentativo, a ser assinado por Angela Merkel, chefe do governo alemão,

apelando para que os demais países europeus abram suas fronteiras aos refugiados sírios.

Considere que o texto será lido em uma assembleia da União Europeia.

Mínimo de 20 e máximo de 30 linhas.