atividades laborais e exerc[cios de relaxamento -...

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Vilse Mara Zanetti Rezende ATIVIDADES LABORAIS E EXERC[CIOS DE RELAXAMENTO NA CONTRIBUI<;AO DA SAUDE DE ALUNOS DE CU OS DE ESPECIALlZA<;Ao Curitiba 2005 10

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Vilse Mara Zanetti Rezende

ATIVIDADES LABORAIS E EXERC[CIOS DE RELAXAMENTONA CONTRIBUI<;AO DA SAUDE DE ALUNOS DE CU OS

DE ESPECIALlZA<;Ao

Curitiba2005

10

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Vilse Mara Zanetti Rezende

ATIVIDADES LABORAIS E EXERCiclOS DE RELAXAMENTONA CONTRIBUiCAo DA SAUDE DE ALUNOS DE CURSOS DE

ESPECIALIZACAo

Trabalho de Conclusao do Curso deEduca<;ao Fisica, Faculdade de CienciasBiologicas e da Saude, UniversidadeTuiuti do Parana, sob a Orienta9ao doProfessor Eduardo Mendon93 Scheeren.

Curitiba2005

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CI~NCIAS BIOL6GICAS E DA SAUDE

CURSO DE EDUCA<;AO FlslCA

A COMiSsAo EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA APROVA 0 TRABALHO DECONCLUSAo DE CURSO.

ATIVIDADES LABORAIS E EXERCiclOS DE RELAXAMENTO NACONTRIBUIC;:AO DA SAUDE DE ALUNOS DE CURSOS DE ESPECIALIZAC;:AO

ELABORADA POR:

VILSE MARA ZANETTI REZENDE

COMO REQUISITO PARA OBTENC;:AO DE lICENCIADO EM EDUCA<;Ao FislCA,APROFUNDAMENTO EM TREINAMENTO DESPORTIVO.

COMissAO EXAMINADORA

PROF. MS EDUARDO MENDON<;A SHEERENORIENTADOR

==-:k\ (

~P~OF. DR. ARNO KRUGDtCIPLINA DE T.O.C.C.

PROF'. NVIDADA GIZELLE CRISTIANIUJE SOUZA

CURITIBA, 30 DE MAIO DE 2005.

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AGRADECIMENTOS

A realizayao deste estudo consistiu numa trajet6ria, ande momentos de

angustia, solida-c, mas tambem compreensao e companheirismo se fizeram

presentes. Ao chegar a conclusao a sensayao que tenho, como disse Gandhi, que "a

chegada nao e nada comparada ao caminho", E neste caminho permeado de

dificuldades e incertezas, algumas pessoas foram fundamentais, contribuindo com

suas criticas construtivas, apoio e solidariedade. Oesta forma tenlarei agradecer a

estas pessoas que contribulram neste esforyo.

Agrade<;o a Deus pela presen<;a em lodos as momentos de minha vida,

principal mente nos mais dificeis, e por ter me permitido chegar ate aquL

Ao rneu esposo Denis, que com carinho e solidariedade Esteve sempre

presente nesta caminhada. Tenho certeza que nao leria chegado ate aqui sem 0 seu

amor e sua compreens~o.

Ao meu orientador Prof. Eduardo Mendonga Scheeren que acompanhou cada

passo desta trajet6ria, com dedicayao e reflexOes que me proporcionaram a

concretizagao deste projeto.

Ao meu amigo Aurelio, que sempre esteve do meu lade nos momentos mais

dificeis que passeL

As minhas amigas Paola e Fernanda, que com seu born humor me apoiaram,

com palavras carinhosas e otimistas.

A lodos a meu Muilo Obrigado!

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SUMARIO

INTRODU~AO

1.1 JUSTIFICATIVA

1.2 PROBLEMA

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVOGERAL

1.3.2 OBJETIVOSESPECIFICOS

2 REVISAO DE LlTERATURA

2.1 SA(JDEDEALUNOS

2.1.1 DOR NASCOSTAS

2.1.2 LESOESEDISTORBIOS

2.1.3 DISTORBIDSNASAUDEDOESlUDANTEEEXERCICIOFIsICO

2.2 ATIVIDADESLABORAIS

2.2.1 ATIVIDADELABORALCOMPENSATOOIAOUDEPAUSA

2.2.2 ATIVIDADELABORALPREPARATQRIA

2.3 ExERCICIOSDERElAXAMENTO

2.3.1 ESTRESSE

2.3.2 TECNICASDERElAXAMENTO

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DEPESQUISA

3.2 POPULAc;:Ao

3.3 AMOSTRA

3.4 INSTRUMENTO

3.5 COLETAEANALISEDOS[)ADOS

3.6 liMITA<;:OES

4 DISCUssAo DOS RESULTADOS

4.1 ANALISESQUANTITATIVASEQUALITATIVAS

5 CONCLUSAO

5.1 CONTRIBUI<;:OES

5.2 TRABIALHOSFUlUROS

REFERENCIAS

APENDICE 1

APENDICE 2

APENDICE 3

88

10

10

10

10

121214

15

171819212122242626

26

2727272729293839394144

4647

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LlSTA DE QUADROS E GRAFICOS

QUADRO 1 - FATORES DE RISCO PREDISPONENTES A DORT. 16QUADRO 2 - 0 ALARME DAS REA<;OES EMOCIONAIS... .. 23QUADRO 3 - 0 ALARME DAS Al TERA<;OES FISIOl6GICAS.... .. 23QUADRO 4 - SEXO DOS AlUNOS.. .. 29QUADRO 5- FAIXA ETARIA DOS AlUNOS.. .. 30QUADRO 6 - EXERCiclO FisICO DOS AlUNOS.. .. 31QUADRO 7 - POSTURA DOS AlUNOS 31QUADRO 8 - POSI<;AO DOS P~S DOS AlUNOS.. .. 32QUADRO 9 - POSSIVEIS DORES DOS AlUNOS . 33QUADRO 10 - TENSAo E DESCONFORTO DOS AlUNOS 34QUADRO 11 - RElAXAMENTO DURANTE A AULA... . 34QUADRO 12 - RElAXAMENTO NO INTERVAlO DE AULA. .. 35QUADRO 13 -AMBIENTE DA SALA DE AULA 36

GRAFICO 1 - SEXO DOS AlUNOS. .. 30GRAFICO 2 - FAIXA ETARIA DOS AlUNOS.. .. 30GRAFICO 3 - EXERCiclO FisICO DOS AlUNOS.. .. 31GRAFICO 4 - POSTURA DOS AlUNOS . 32GRAFICO 5 - POSI<;AO DOS P~S DOS AlUNOS .. . 32GRAFICO 6 - POSSIVEIS DORES DOS ALUNOS 33GRAFICO 7 - TENSAo E DESCONFORTO DOS AlUNOS.. .. 34GRAFICO 8 - RElAXAMENTO DURANTE A AULA.. .. 35GRAFICO 9 - RElAXAMENTO NO INTERVAlO DE AULA ..35GRAFICO 10 -AMBIENTE DA SALA DE AULA.. .. 36

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RESUMO

ATIVIDADES LASORAIS E EXERCiclOS DE RELAXAMENTO NACONTRISUI<;:AO DA SAUDE DE ALUNOS DE CURSOS DE ESPECIALlZA<;:AO

Autora: Vilse Mara Zanetti RezendeOrientador: Prof. Eduardo Mendon9a ScheerenCurso de Educa<;llo FisicaUniversidade Tuiuti do Parana

o objetivo deste trabalho e verificar subsldios e indicadores para propor um

programa de atividades laborais e de exercicios de relaxamento nos Gursos de

especializac;ao. A pesquisa se caracterizou de forma descritiva. Para este estudo foi

utilizada urna arnostra de 43 alunos de 3 cursos de 2 instituiyOes privadas de ensine

superior localizadas em Curitiba. Foi utilizado um questionario contendo 10

perguntas fechadas com possibilidade de complementar as respostas. 0

questioniuio foi validado por tr~s professores, com 0 objetivo de busear informayOes

necessarias para identifiear necessidades de atividades laborais e de exercicios de

relaxamento junto aos alunos, verifiear as principais problemas de postura em sala

de aula dos alunos, detectar passive is dares relacionadas a postura desses alunos,

verificar se as mesmas realizam algum tipo de exercicio de relaxamento durante e

nos intervalos das aulas. a questionario foi aplicado com explicat;ao sobre as

atividades laborais e exercicios de relaxamento. A partir dos dados colhidos

elaborou~se uma proposta para a implanta~o de urn programa de atividades

laborais e exercicios de relaxamento. As contribuiylles dessa pesquisa estao na

identificayao de problemas e necessidades de condi¢es favoraveis a saude dos

alunos respondentes e com a possibilidade das instituiyOes participantes estudar as

dados diagnosticados e utilizar as informat;oes geradas em outros cursos.

Palavras-chave: atividades laborais; exercicios de relaxamento; saude de alunos decursos de especializat;ao.

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INTRODU<;:AO

ATIVIDADES LABORAIS E EXERciclOS DE RELAXAMENTO NACONTRIBUI<;:AO DA SAUDE DE ALUNOS DE CURSOS DE ESPECIALlZA<;:AO

1.1 Justificativa

Muitas pessoas buscam no seu cotidiano a sua saude integral. A saude

integral e uma forma de sobreviv~ncia que nem sempre 0 corpo fisico e muito menos

a corpo mental sao contemplados como fatores relevantes. A vida tumultuada dos

centres urbanos, 0 excesso de preocupayAo, no trabalho, na rela9aO afetiva na

familia. nos afazeres dornesticos, na concentra~o para estudar, cria um ritmo

mental acelerado e uma constante tensao emocional e fisica. Da mesma forma,

essas pessoas nem sempre consideram que as atividades laborais e os exercicios

de relaxamento podem, de alguma forma, contribuir com a seu bem estar. No caSD

dos alunos de cursos de especializayao, essas dificuldades relacionadas com a sua

saude fisica e mental acabam se tornando bastante evidentes.

As atividades laborais e os exercicios de relaxamento que geram e promovem

a bem estar, deveriam ser mais procurados pelos alunos para diminuiyao de seus

disturbios de sauda, de seus estresses e demais problemas que podem interferir na

sua qualidade de vida. Nesse sentido, os professores de educayao fisica podem

contribuir positivamente.

A promo<;i'io da saude e a melhora das condi90es fisicas dos alunos de

cursos de especializayao podem ser facilitadas pelas atividades laborais e pelos

exercicios de relaxamento em sala de aula. Tambem podem contribuir na

preparayao biopsicossocial dos participantes, colabarar direta e indiretamente para a

melharia do relacionamento interpessoal, sem falar no aumento da quatidade de vida

(OLIVEIRA. 2002).

Essas atividades e esses exercicios podem ser entendidos como a cria9aO de

urn espayo onde as pessoas possam par livre e esponttmea vontade, exercer varias

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atividades e diversos exercicios que estimulam a autoconhecirnento e levam a

ampliayao da auto-estima e, conseqGentemente, proporcionam urn melhor

relacionamento oon5igo, com as outros e com 0 meio (CANETE, 1996;

SHARKEY,1998).

A educa,M fisica tern um papel e grande importancia na vida das pessoas

par ser responsavel nos movimentos corporais com qualidade e no relaxamento comefetividade. Nestas areas as atividades laborais e os exercicios de relaxamento

pod em diminuir as tensOes musculares e a estresse, bern como, contribuir para 0

bem estar das pessoas.

Em muitas faculdades e universidades, 0 relaxamento e considerado quase

uma testa com expressao corporal em movimento. Os alunos sao estimulados a se

tocarem. a soltarem 0 corpo e relaxarem (CASTANHO, 2004). 0 relaxamento pode

ser urneficiente aliado para equilibrar os alunos com estresse (MITCHELL, 1983).

o relaxamento e as atividades laborais podem promover a libera,ao de

substAncias calmantes produzidas pelo organismo, tais como, noradrenalina,

serotonina e dopamina. Em conseqO~ncia, podem melhorar a disposiyao das

pessoas e contribuir positivamente na depressao e na ansiedade dos alunos

(COSTA,2002).

Os cursos de especializayao, tambem chamados de cursos de p6s-gradua,ao

/ato sensu, t~m durayao minima de 360 haras, naa computando 0 tempo de estudo

individual ou em grupo, sem assistlmcia docente e aquele destinado a elaborayao de

monografia ou trabalho de conclusao de curso. Oferecidos aos portadores de

diploma de curso superior, t~m usualmente urn objetivo tecnico-profissional

especifico, nao abrangendo 0 campo t.otal do saber em que se insere a

especialidade. Direcionado ao treinamento nas partes de que se compOe urn ramo

profissional ou cientifico, 0 curso confere certificado a seus concluintes (PINTO,

2003).

As aulas de muitos desses cursos sao ministradas nos finais de semana com

a durac;ao de 8 a 12 horas, onde os alunos se encontram relativamente cansados,

estressados e indispostos, dificultando assim a concentra9a.o. Na maioria do tempo

os alunos ficam sentados e sem movimentos.

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A principal razao deste projeto e a de que 0 mesmo possa trazer alguma

colabora9~o no que diz a respeite as atividades laborais e as exercicios derelaxamento na contribuiyao da saude de alunos de cursos de especializayao.

1.2 Problema

Oiante do quadro anteriormente apresentado caleca-se 0

seguinte problema: qual e 0 comportamento dos alunos em relayBo aos exerciciosfisicos, postura, possiveis dares e exercicios de relaxamento, segundo a percepc;aode estudos de alunos de cursos de especializa<;ao.

1.3 Objetivos

as objetivos desse projeto podem ser divididos em gara] e especificos.

1.3.1 Objetivo geral

A presente pesquisa tern par objetivo garal 0 seguinte desafio: verificar

subsidios e indicadores para proper urn programa de atividades laborais e deexerclcios de relaxament.o nos cursos de especializac;ao.

1.3.2 Objetivos especificos

Os objetivos especificos sao:

• identificar necessidades de atividades laborais e de exercicios de relaxamentojunto aos alunos de um curso de especializa~o, por meio de urn questionario;

• verificar as principais problemas de postura em sala de aula dos alunos decursos de especializayao;

• detectar possiveis dores relacionadas a postura dos alunos de cursos deespecializa9lio;

• verificar se os alunos de cursos de especializaC;:8orealizarn algum tipa deexercicia de relaxamento durante as aulas enos intervalos das aulas.

Com esse projeto, faz-se uma avaliagaodiagnostica na sala de aula com as

alunas de cursos de especializac;:ao par meio de urn questiontuio, englabando as

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atividades laborais e as exercicios de relaxamento, para posteriormente documentar

os resultados auferidos, a fim de buscar alternativas para contribuir na saude des

alunos.

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REVISAO DE LlTERATURA

A revisao de literatura que representa importante etapa da pesquisa

referencia as teorias de base na qual a pesquisa se apoiou, informa acerca das

fontes compulsadas, relata 0 que foi publicado sobre 0 assunta em questaa e que

aspectos ja foram abordados sobre os temas relativos ao trabalha elaborada. Para

objetivar a Westado da arte", na revisao de literatura 0 pesquisador aponta as lacunas

e posiciona-se a respeito (GIL, 1999).

2.1 Saude de alunos

o e5tilo de vida das pessoas e conseqOentemente dos alunos mudou muito

da era agricola para era industrial. Passaram de urna vida fisicamente ativa para

uma predominantemente sedentaris. A automa~o e a tecnologia dos computadores

tern dispensado muitas vezes, as tarefas fisicas mais intensas. 0 que, sob muito!

aspectos, parecia ser urns ben9ao, ameary8 transforma-se em maldi~o, po is as

enfermidades provenientes ds faits de movimento eslao cada vez rna is freqOenles

(FARIAS JUNIOR, 1990).

Nao se ima,ginava que, com a industrializaC;Bo e a urbanizaC;ao, ocorressem

aumenta de casas de cancer, dist(nbios mentais, afecyOes cardiovasculares,

altera<;Oesdas gorduras sangOineas, problemas com drogas, alcool e daenyas

nutricionais e osteoarticuJares. Varios sao os fatores que envolvem 0 aparecimento

destas doenc;as, porem ° sedentarismo e as tenyaes da vida moderna, representam

causas comuns a todas elas (COSTA, 1990).

Os Centros para Controle e Prevenyao de Doenc;as dos Estados Unidos

(CDC) e 0 Calegia Americana de Medicina do Esporte relalaram que

aproxirnadamente, 250.000 vidas sao perdidas por anD devido a urn estilo de vida

sedentario. Sharkey (1998) complementa afirmando que a falta de atividade fisica econsiderada urn tator de risco determinante para a saLide das pessoas. De acordo

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com trabalho publicado no suplemento especial da revista Veja (2001), 0

sedentarismo esta relacionado com 37% das mortes de cancer, 54% dos cbitos por

distUrbios cardiovasculares e 50% dos derrames fatais.

Muitas pessoas passam horas em condi¢es limitadas de movimento em pede frente a bancada de trabalho ou sentados em cadeiras de escrit6rios. Oa mesma

forma que a maiaria das vezes usam seu tempo livre de maneira passiva com a

televisao, internet e jogos eletr6nicos. Com esse comportamento sedentario,

provocam urna serie de manifestat;:Oes no sistema cardiovascular, sistema

vegetativo e nas glandulas end6crinas, provocando doenyas hipocineticas (NAHAS,

2001).

Ainda de acordo com a autor acima citado, a atividade fisica par meic do lazer

e urna maneira que 0 homem mademo tern de compensar as haras de inatividade

fisica no trabalho e veneer a desafio de tirar proveito dos avan90s tecnol6gicos sem

prejudicar a saude. 0 Serviyo Social da Industria (SESI) de Santa Catarina em

parceria com 0 Nucleo de Pesquisa em Atividade Fisica e Saude - ( NUPAF/UFSC)

lanyou em 2000 urna cartilha com programa lazer ativa nas empresas com a objetivo

de sensibilizar os alunos as atividades de lazer que envolvam movlmentos corporals.

Apesar de varios estudos terem demonstrado a importllncia da atividade fisica

para a saude e da divulgaya.o por meio da midia desses beneficios, muitas pessoas

ainda adotam habitos sedentarios. Rego (1990) realizou urn estudo no municipio de

sao Paulo com uma amostra de 1.479 pessoas adultas e verificou que 57% dos

homens e 80% das rnulheres nao praticavam atividades fisicas dando urn total de

69,3% da populayao totalmente sedentaria.

Germignani (1996) eita que algumas empresas estao implantando programas

de atividades fisicas no local de trabalho com 0 objetivo de estimular as pe550as

para urna vida ativa e com iS50 reduzir 0 absenteismo par doen9as e os custos com

assistEmcia medica.

Sharkey (1998) afirma que 0 estilo de vida alivo e urn importante determinante

para a saude das pessoas uma vez que funciona como urn ima atraindo

comportamentos saudaveis e eliminando comportamentos negativos tais como:

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2.1.1 Dar nas costas

Uma das principais queixas dos alunos e a dar nas costas. Sete em cada dez

brasileiros sofrem com esse disturbio, na maloria das vezes, sua principal causa euma postura inadequada. A atividade laboral sentada, associ ada a falta de

exercicios fisicos, a piora ainda rnais (Especial Veja, 2001).

Pesquisas tern demonstrado que dar nas costas e a segunda causa de

afastamento do trabalho perdendo somente para problemas cardiovasculares.

Pessoas com dares nas costas tern menor rendimento profissional quando

comparadas com pessoas assintomaticas, pais a dar limita as movimentos e,

conseqOentemente, diminui a produtividade no trabalho. A ergonomia e as

exercicios fisicos sao excelentes meies de preven~o. De acordo com Castro,

Nunes e Silva (2000), a col una vertebral tern curvaturas fisiol6gicas que absorvem

os choques e diminuem a pressao exercida sabre a esqueleto. As mas posturas

aparecem quando as curvaturas aumentam ou diminuem em rela9:1o aos limites de

normalidades fazendo com que haja uma sobrecarga na coluna. Achour Junior.

(1995) complementa que a col una vertebral suporta uma carga maior com a

conserva9ao da curvatura normal, onde as pressOes dos discos vertebrais serao

menores com a posiy:io correta.

Passar muito tempo sentado pode levar ao encurtamento dos m0sculos

isquiotibiais e psoasillaco Jevando a uma hiperlordose, urn dos fatores responsaveis

pela dor nas costas.

Pessoas com pouca f1exibilidade tern dificuJdade em manter uma postura

correta. Podem estressar os discos vertebra is, reduzindo 0 fornecimento nutricional

dos tecidos, ficando mais predispostas a lesOes da caJuna 0 que ocorre devido 0

encurtamento muscular. Oai a import~ncia dos exercfcios de alongamento. M0sculos

fortes e flexiveis estressam menos os discos vertebrais comprometendo men os a

postura. Exercicios de alongamento e forya sao importantes para prevenir problemas

na coJuna, muscuJos fracos fadigam rapido. A postura sentada causa urna pressao

de aproximadamente 150kg no terceiro disco lombar, 0 que podera trazer transtorno

no trabaJho, principalmente 0 surgimento de lombalgias.

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Musculos abdomina is fortes possibililam urna prensa intra-abdominal que

alivia a carga dos discos vertebrais, a musculatura fraca pade provocar desajuste da

posi9iio do quadril aumen1andoa lordose (Salminem, 1992).

Complementam Bennett e Murphy (1995) que a musculatura do abd6men

precisa ser forte, pois tem a responsabilidade de estabiliza9iio do quadril para

garantir urna boa postura. A musculatura do quadril, abd6men e costas funcionam

como urn colete de protey:io da coluna. Esses museu los devem ser exercilados.

Musculos fracos se contraem mais para cumprir sua func;ao de sustentayao,

dificultando a circulayao sangOlneae propiciando 0 surgimento da dor.

Estudos recentes demostram que a incidfmcia de dores na cotuna e maior em

mulheres do que em homens, confirmando estudos feitos por Han et al. (1987), que

concluiram ser a dar na coluna mais freqOente no sexo feminino.

A maioria dos autores concorda que musculos fortes, alongados e f1exiveis

apresentam melhor funcionalidade e menor risco a les~o. Para Achour Jr, (1995, p.

43) e importante compreender que, s6 fazer exercicios nao e suficiente "enecessaria a ciencia do exercicio fisico, para estruturar 0 programa de

desenvolvimento da aptidao fisica, a tecnica correta do movimento·, assim como a

prescric;ao dos exercicios flsicos. Os exercicios se nao forem feitos de forma correta,

podem acarretar maior prejuizo do que beneficios a coluna.

2.1.2 Les6es e disturbios

As lesOes se constituem num conjunto de afec90es do aparelho locomotor

provocado pela sobrecarga de urn grupo muscular. Tem maior incid~ncia nos

membros superiores e ocorre devido a utilizac;ao biomecanica incorreta destes, que

resultam em dor, queda do desempenho no trabalho. fadiga e incapacidade

funcional temporaria que podem levar a sindrome dolorosa cr6nica (Couto, 1994).

Urna das causas apontadas para 0 aumento dessas afe~Oes e a modernizac;aa do

trabalho com caracteristicas de atividades fragmentadas, repetitivas, mon6tonas,

realizadas em curto cicio de tempo com fitmo de trabalho impasto pel a maquina au

padrao de produtividade.

A nomenclatura Lesao por Esfor90 Repetitivo (LER), foi substituida por

Disturbios Osteomusculares (DORT) relacionado ao trabalho, em 5 de agosto de

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1998, por meio da Ordem de Serviyo 606 dada pelo Ministerio da Previdencia e

Assistl!ncia SociaL A mudanya ocorreu por motivos previdenciiuios, para pagamento

de beneficios e reconhecimento da doen"". 0 diagnostico da LER pode ser dado

independente do local onde foi adquirida, ate em casa fazendo, atividades

domesticas. Entretanto, a DORT s6 pode ser diagnosticada, quando a lesao for

adquirida por atividades relacionadas ao ambiente de trabalho.

No Brasil as pessoas que mais apresentam 0 diagn6stico de DORT, sao os

digitadores par exercerem tarefas, sempre na mesma funyao e terem movimentos

rapidos e repetitivos. A incid~nciano sexo feminino e maior devida a questOes

hormonal, dupla jornada de trabalho, falta de prepar~ muscular para algumas tarefas

e aumentado do numero de mulheres no mercado de trabalho.

A DORT pode ser classificada em 4 estagios de acordo com a localiza~ao da

dor e com fatares que possam descrev~-Ias ou agrava-Ias: sensac;::io de peso e

desconforto no membra afetado; dor mais persistente e intensa, que aparece

durante a jornada de trabalho de forma nao-contlnua; dar persistente e forte, com

irradia~o mais definida; dor forte e continua, por vezes insuportavel (CUNHA et ai,

1992, p. 49).

o desenvolvimento da DORT e multi casual, sendo importante analisar os

fatores de risco. Segundo Barreira (1994), estes podem ser classificados em tr~s

categorias: fatares biomecanicos; fatares psicossociais; fatares administrativos

(Quadro 1).

QUADRQ 1 - FATORES DE RISCO PREDISPONENTES A DORT

Sobrecarga estatica

Falta de interayflo corn Noo observtlncia ao uscos Cole<J8S inadequado de eauioamentos

Trabalhope:sadoe Falla de programasde prevenc;:aoinconsciente

Fator" biomeca.nicos Fatores psicossociais Fatores administrativosMovimenlos repetitivos Trabalho mon6l0n0 Jomada de trabalho excessivaMovimentos manuaiscom empreqo de fOfca

Grande pl'ess.oo no trabalho Falla de intervalo para pausa

Postura inadequada desmembros suPeriOfe5PressJk)meclnica parcontato sobre 0 tecido

POUCQcentrale sobre 0 NAo observ~ncia ao ambiootetrabalho fisicodo trabalho,comocalor,

frio, vibrciyao.

Fonte. Adaptadode Barrelra (1994)

A cura da DORT depois de ter iniciado a II fase e mais complicado. Portanto

necessaria se faz. aue as emoresarias tomem medidas oreventivas oara imoedir a

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evoluyao do quadro clinico dos alunos, que ja manifestaram os sintomas e prevenir

as que ainda nao manifestararn. A primeira caisa que deve ser feito nurn programa

de prevenc;ao e analise dos fatores de risco, para que estes sejam controlados

(Barreira, 1994).

Coury (1994) menciona a importancia das pausas tanto ativa como passiva

como meio de preven9<')o.Kolling (1982), por meio de urn estudo comparativo com

operarios de duas fabricas de acess6rios para calyados, concluiu que a pausa ativa

diminuiu significativamente 0 indice de fadiga periferica.

2.1.3 Disturbios na saude do estudante e exercicio fisico

Saude segundo a defini9<')odada pela Organiza9~o Mundial da Saude e 0

estado de completo bern estar fisico, mental, social e espiritual. Nahas (2001)

classifica a saude como dais p610s sendo urn positiv~ e a Dutro negative. A saudepositiva se caraeteriza com urna vida satisfat6ria e confirmada com a sensByaO do

bern estar geral, a sat'Jde negativa com a doenya e, no seu extrema, com a marte

prematura. Blair et al (1994) mencionam que a saude nao e apenas a ausencia de

doen98s, e a capacidade de desenvolver as atividades da vida diaria desfrutando-as

semfadiga.

Conforme a literatura urn dos problemas que mais tern afetado as empresas

sao os disturbios na saude dos funcionarios. Na maieria das vezes, ocasionadas

devido a uma organizac;ao do trabalhe que envolve tarefas repetitivas, pressao

constante por produtividade, jornada prolongada alem de tarefas fragmentadas,

mon6tonas que reprime 0 funcionamento mental das pessoas. Esses distUrbios

trazem como conseqU~ncia dor e sofrimento para os alunos e para os empresarios

traz onerosas despesas com assistencia medica e pagamento de seguros.

Os tres principais disturbios que mais tern influenciado as funcionarios a

procurarem a atividade laboral como meio de prevenyao e manuten9ao a sua saude

sao: a ingestao de bebidas alc06licas, a fumo em excesso e a alimentayao

desequilibrada.

A ingestao de alcool diminui os reflexos, a capacidade de julgamento,

prejudicando 0 trabalho e pando em risco a vida de pessoas. 0 con sumo excessivo

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de bebidas alco61icas danifica a cerebra, 0 fig ado, sistema irnunol6gico e tambem eum dos fatores que contribui para 0 surgimento do c~ncer (Buchaila et aI., 2001).

o fumo e 0 principal fator para 0 surgimento do cancer de pulmao. Alunos

fumantes contraem cinco vezes mais gripes que as nao fumantes e adoecem com

mais freqO~ncia (Costa, 1994).

Alimenta~o da sociedade industrial foi tipicamente cal6rica, baseada no

consumo exagerado de carboidratos e comidas gordurosas, provocando pessoascom excesso de peso. No Brasil, de cada dez brasileiros adultos, quatro estao aeirna

do peso (Especial Veja, 2001). No inicio da decada de noventa foi introduzido uma

proposta para a alimenta<;ao, enfatizando mais a ingestAo de cereais integrais, frutasverduras. A dieta deve ser variada para garantir a ingestao dos principais nutrientestais como as vitaminas, protefnas, carboidratos, garduras, riboflavina. niacina,

tiamina, calcio e ferro (Nahas 2001). Sharkey (1998), afirma que estudos

epidemiol6gicos mostram que alunos com dieta pobre em fibras tern urna incidemcia

maiar de doenyas cardiacas e cancer.

2.2 Atividades laborais

As atividades laborais se constituern em atividades fisicas praticadas nurn

determinado local, por exemplo, ernpresa, escola au outro local qualquer, nurn

deterrninado horario e de forma voluntaria. Tais atividades labarais pod em ser

preparatorias (quando realizadas no inicio das aulas ou do expediente) au

compensatorias (quando realizadas no meio intervalo das aulas ou do expediente).

Essas atividades tambem 58 constituem nurn programa de prevenyAo e

compensaC;:io, cujo objetivo e a promoc;ao da saude dos alunas par meio de uma

preparayAo bio-psicco-social. As atividades laborais sao compastas por exercicios

especificos de curta durac;ao, que podem ser realizados na propria sala de aula au

urn deterrninado local de trabalho. Essas atividades atuam de forma preventiva e

terapeutica, visando despertar a carpa, reduzir acidentes, prevenir daenc;as par

traumas cumulativas, corrigir vicios pasturais, aumentar a dispasiC;ao para 0

trabalho, promover integra,ao entre os alunos e evitar a fadiga gerada pelo trabalho

(GUERRA, 1995).

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Por exemplo, num programa de atividade laboral nos alunos do Serviyo

Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), foi observado que os exercicios

puderam contribuir na percepyao corporal dos alunos, fazendo com que eles

adotassem posturas mais adequadas (REGO, 1990). Em outros programas, alguns

beneficios foram adquiridos, tais como, rnelhor disposiylio para as atividades,

diminuit;ao do cans8yo fisico no final do dia, aumento do clima de amizade e espiritode grupo, tornando as alunos mais unidos e comprometidos com seus

compromissos.

Alguns beneficios que a atividade laboral pode trazer para os alunos sao:

aumento da produtividade; reduyllo do estresse e alivio das tensOes; melhoria do

relacionamento interpessoal; diminui<;ao de enfermidades; men ores 9ast05 com

despesas medicas; mar1<etingsocial; reduyllo do indice de absenteismo dos alunos;

reduyao dos numeros de erras e falhas, pois os alunos ficam mais espertos e

motivados; rnelhora da auto-imagem; redu9110das dores; aumento da disposiylio e

motivaylio para os estudos; melhoria da saude !isica, mental e espiritual (CANETE,

1996; DIAS, 1994). Para Canete (1996) a atividade laboral pode fomecer todos

esses beneficios, dependendo da compet~ncia, grau de conscientizayao e postura

etica adotada pel os profissionais que a conduzem. A atividade fisica pede ser uma

~arma de dais gumes", dependendo do profissional que a oriente, pode ser um

instrumento de alto valor educativo promovendo a saude au, se cair em maos

incompetentes, podenl produzir lesoes e qualidades fisicas e morais negativas.

2.2.1 Alividade laboral campensat6ria au de pausa

Sao exereicios fisioos realizados no meio de atividades, seja do intervalo de

aulas ou do expediente de trabalho. Agem de forma terapeutiea, para relaxar os

museu los que trabalham em excesso durante uma jornada de atividades. Essa

ginastica tambern permite a quebra de retinas, despertando as alunos e prevenindo

desta maneira problemas, dificuldades e ate mesma, acidentes. 0 primeiro registro

desta atividade data de 1925 na PolOnia, onde e chamada de ginastica de pausa e

destinada a operarios. Qutros estudos que contemplaram exercicios de pausa

(dinamico, estatica e de relaxamento) observaram que os exercicios estaticos, ap6s

a pausa, reduzem ° tempo de reaC;ao e aumentam a rendimento dos alunos

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envolvidos. Os exercicios din.amicos apresentaram as mesmos efeitos, porem 05

exercicios de relaxamento ao contra rio dos Qutros dais, aumentam 0 tempo de

rea9aOe reduzem 0 rendimento nas atividades dos alunos (CANETE, 1995).

No Brasil a primeira tentativa de implanta~o da atividade laboral

compensat6ria foi em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sui em 1973. Com urn

projeto da Escola de Educa9M Fisica da FEEVALE que estabelecia a cria,ao de

centros de educaya.o fisica junto aos nucleos fabris, para desenvolver atividade fisica

de compensa9ao e recrea9ao (KOLLING, 1982).

Qutras pesquisas t~m sido feitas para identificar 0$ efeitos da ginastica de

pausa (ou atividade laboral compensat6ria) sobre os alunos (FARIA JUNIOR, 1990).

Esses estudos podem ser divididos para efeitos didaticos em:

a) Estudos sobre a influ~ncia da ginastica de pausa para 0 estado fisico e

psicol6gico das pessoas. Nestes estudos as pesquisas sao realizadas por meio de

experimento. Na Belgica, Bulgaria e URSS estudos mostraram que 0 tempo de

rea~o visuo-matara nos praticantes de atividade laboral de pausa melhorararn de

42% a 65%. Nifontova aplicou testes de atentyao em mecan6grafos participantes e

n30 participantes do programa de atividade laboral e constatou que a numero de

erros era maior nos mecan6grafos que nao participavam da ginaslica (FARIA

JUNIOR, 1990). No Brasil, Kolling (1982) realizou urn estudo com operarios de duas

fabricas de acess6rios para cah;;ados da cidade de Novo Hamburgo e as resultados

mostraram que a aplicayao da atividade laboral diminuiu significativarnente a indice

de fadiga periferica do grupo experimental em comparat;ao com a grupo de contra Ie.

Martins (2000) implantou urn programa de atividade laboral compensat6ria na reitoria

da Universidade Federal de Santa Catarina, e ap6s cinqOenta e quatro sessOes,

observou uma melhoria significante da flexibilidade dos alunos.

b) Estudo sobre as influ~ncias subjetivas da ginastica de pausa. Neste caso

as pesquisas sao investigadas por meio das impressoes e sentimentos dos

participantes da ginastica. Na Suecia, Gieseke aplicou ap6s urn ana de participayao

da ginastica de pausa, questionarios aos alunos da cornpanhia de seguros Folksam.

Os resultados mostraram que 87% dos respondentes achavam que a gimistica era

urn estimulante de ordem psicol6gica, 76% achavam que 0 trabalho se realizava

mais facilmente ap6s a ginastica e 60,7% acreditavam que a ladiga diminuiu (FARIA

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JONIOR, 1990). No Brasil, Canete (1995) realizou uma pesquisa com cinco

empresas do Rio Grande do Sui e concluiu par meio de entrevista com alunos de

diferentes n!veis hierarquicos que a atividade laboral reduz significativamente as

afastarnentos par doenyas ocupacionais e as faltas devido aos eteitos de

relaxamento, descontrayao e eliminayao de dores que a atividade laboral

proporciona.

2.2.2 Atividade laboral preparat6ria

sao exercicios fisicos que podem $er realizados pelos alunos na propria sal a

de aula antes de iniciarem suas tarefas diarias. Esses exercicios atuam de forma

preventiva aquecendo a musculatura e despertando 0 corpa, aquecendo 0 aIuno,

prevenindo eventuais acidentes, distensoes museulares e futuras doenc;as

ocupacionais (DIAS, 1994). As pesquisas de Padao e Monteiro (1992)

complementam que a atividade laboral preparat6ria pode beneficiar 0 aluno nas

atividades diarias de estudos, ativando a circulayao geral e 0 aparelho respirat6rio.

A ginastica laboral preparat6ria leve origem no Japao, onde, desde 1928, os

funcionarios do correia japon~s, freqOentavam sessOes de ginastica, visando adescontrayao e 0 cultivo da saude. Essa ginastica foi trazida para 0 Brasil em 1969,

pelos executivos nip6nicos da Ishikavajima Estaleiros, no Rio de Janeiro (JARDIM,

1992).

2.3 Exercicios de relaxamento

Homem do mundo maderno, vivendo sob diversos tipos de pressOes internas

e externas, facilmente se torna vitima do Mstress", cujos efeitos poderao acarretar

serias perturba90es fisico-psicol6gicas, casa nao aprenda a reagir pelo reflexo do

relaxamento.

Inicialmente pode-se dizer que 0 relaxar e 0 combate ao estresse, reforyando

a homeostase , diminuindo assim a angustia a tensa.o, a fadiga e proporcionando

assim a unificayao dos elementos do organismo.

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As teenieas de relaxamento tem por objetivo permitir e ativar 0 jogo natural do

sistema protetDr contra superdosagem das estimulayOes, e varios disturbios

relacionados com 0 estresse.

2.3.1 Estresse

Conforme Rodrigues (1992), 0 termo estresse no campo da fisica significa

grau de deformidade que urna estrutura sofre quando e submetida a um esforyo. Na

medicina esse termo foi utilizado pela primeira vez por Hans SeJye em 1936, para

determinar urn conjunto de reatyOes que 0 organismo desenvolve ao ser submetido auma situayao que exige um esforyo para adaptayao. Nahas (2001) ressalta que essa

adaptayao se da devido ao efeita regulador do sistema hormonal e nervoso como

resposta para 0 restabelecimento da harmonia no organismo.

Situ890es de estresse provocam reayoes no sistema nervoso simpatico.levando a secrec;:a.o de harmOnics, principalmente adrenalina (epinefrina) e a

norepinefrina. Esses harmOnics entram na corrente sanguinea afteranda reaC;:Oes

bioquimicas e func;:6es org:micas. Com isso, a pressao arterial e freqOl!ncia cardiaca

aumentam, a energia e mobilizada para os musculos e 0 tempo de coagulac;ao do

sangue diminui. Se 0 estresse for muito freqOente podera haver, como conseqO~ncia

problemas a saude (SHARKEY,199B).

o estresse e urn aspecto natural da pr6pria vida. As pessoas estao

constantemente expostas a estirnulos do ambiente tanto extern os como internos.

Vivenciando diferentes sentimentos relativos ao medo, dor, alegria, excita9ao e

frustrayao. A reaC;ao do organismo diante destes estlmulos gera um conjunto de

modificayoes (Sindrome Geral de Adaptayao) que se eonstiluem em tr~s fases: fase

de alerta; fase de resistencia e fase de exaustao.

A fase de alerta e desencadeada cada vez que 0 cerebra entende alguma

situac;ao como amea~dora, liberando hormonio na corrente sanguinea e caracteriza

-se por: aumento da freqOencia cardiaca e da pressao arterial, permitindo que 0

sangue circule mais rapido, levando mais oxiglmio e mais nutrientes aos tecidos; a

bayo se contra;, levando mais gl6bulos vermelhos para a corrente sangUinea, com

isto a sangue fica mais oxigen ado; 0 figado libera 0 glicogl!nio armazenado na

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corrente sangUinea para dar mais energia aos musculos; diminui 0 fluXQ sangOineo

da pele e das visceras, aumentanda para as milsculas e cerebra (SHARKEY,199B).

A rase de resist~ncia se de. com 0 acumulo da tensao que provoca

mudan""s no compartamenta das pessoas. Para Masci (2000) existem alarmes que

indicam a entrada nessa segunda lase (Quadros 2 e 3).

AQitacJ,oQUADRO 2 - 0 ALARME DAS REACCES EMOCIONAIS.

- DesAnimo- Medo ou preocupa:;:ao rom algo nAoidentificado

- Facilidade para se irritar com pequensscoisas

- Preocupac;;ao excessiva com coisas semimport:'ncia

- Expectativa que alga ruim vai acontecer

- Falta de paci~ia, explosao par qualquercoisa

-lnsOnia

Fonte. AdClPtado de Masa (2000)

Apatia

- Tristeza, vazio e can5a90

- Falta de disposiyao para fazer qualquerOOsa

- Sens.ay:io de incapacidade falta de sentidona vida.

- Choro por pequenas coisas sem motivo- Sonol!ncia-Isolamento

VcgetativosQUADRO 3 - 0 ALARME DAS AL TERACCES FISIOLQGICAS.

Musculares- Disfu~ intestinal- Suores frios- Sensac;Ao de calor intercalada comfrio- Maos geladas- Transpirat;:Kl abundante- Aumento dos batimentos cardlacos- Respjra~ rapida e curta- Ma digestaoFonte: Adaptado de MaSCI (2000)

- Ten~o muscular- Oores nas costas, principalmentenos ombros e nuca- Dares de cabec;:a- Sen~ de peso nas pernas ebra\X>S

Nahas (2001) ressalta que, se 0 estresse continuar e entrar na fase de

exaustao ocorrera uma queda no mecanismo de defesa do organismo, ocorrendo

doenyas tais como: ulceras digestiva; hipertensao arterial; derrames cerebrais;

infartos agudos do miocardio; cancer; depressao; disturbios nervosos; artrite;

alergias; dores de cabec;:a.

Rodrigues (1992, p. 29), complementa, afirmando que a grande maioria das

doenyas ocupacionais, que hoje sao estudadas, tern uma correlac;:ao com 0 estresse.

Pois K •• 0 desgaste que as pessoas sao submetidas no ambiente e nas relaC;:Oes

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com a trabalho, e urn dos fatores na determina~o de doenyas, dos mais

significativos",

Nahas (2001) e Sharkey (1998) citam que, embora seja impossivel viver sem

o estresse, seu excesso e que pode causar as danos fisicos e emocionais, podendo

intervir na vida dituia resultando na perda de produtividade e afetando 0

relacionamento interpessoal. No Brasil na.o existe estatistica oficial disponivel sabre

o estresse. Exemplos de Qutros paises e que tern demonstrado que 0 aumento de

doenyas ocupacionais relacionados com a estresse tern aumentado.

De accrdo ccm Sharkey (1998), a atividade fisica moderada e regular

minimiza as efeitos do estresse, po is esta e relaxante. Tern demonstrado par meio

de pesquisas, que age contra a tend~ncia de formar ccagulos no sangue e protege 0

sistema imunol6gico. A atividade fisica moderada foi tao eficaz na reduc;aoda tensilo

quanta urn tranqOilizante, sendo que a defeito do exercicio fol mais duradouro.

2.3.2 lecnie.s de relaxamento

Para Sutcliffe (1998) a teenica basica de relaxamento Eo de auto-ajuda para

reduzir 0 estresse acumulado no corpo, contraindo e relaxando gradualmente os

grupos museulares que aeurnularn tensilo. Se de urn lado e essencial para os

nossos rnuseulos manterem certa quantidade de tens~o para suportar a postura e 0

movimento, por outro, quando nossos eorpos tern de se mover de modo nao natural

ou sob estresse, 0 resultado pode ser 0 acumul0 de tensao extra e des necessaria

em certos museulos.

Para romper este processo, e necessario saber como retirar 0 exeesso de

tens~o dos museu los, primeiro passo do relaxamento, usado em todas as teenieas.

No entanto, para que 0 alongamento seja efetivo, deve-se ter uma importante lic;ao

em mente: reconhecer que a maioria do tempo as pessoas tendem a se concentrar

nos acontecimentos do mundo a nossa volta, enquanto a essencia do relaxamento ea concentraya,o no nosso interior, de modo que as pessoas possam se tornar

sensiveis as tensoes internas e comec;ar a alivia-Ias.

Muitas vezes a concentra~o no estudo reflete 0 cansa((o fisico e mental do

estudante. 0 acumular das atividades letivas com a estudo individual e Qutras

tarefas importantes, impede a produtividade. Oai que, antes de iniciar qualquer

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sessao de estudo, au mesmo urn exame, as estudantes devam praticar alguns

exercicios de relaxamento para recuperar as energias perdidas e aumentar a

concentrac;ao.

As tecnicas de relaxamento podem S8 dividir em tecnicas de relaxamento

fisico (alongamenlos, rolayao da cabeya, relaxamenlodos brayos, relaxamenlo das

pernas, relaxamenlo dos pes, relaxamenlo das maos e dos dedos, respirayao) e

lecnicas de relaxamenla menIal (vazio menIal e imagelica). As lecnicas de

relaxamento mental consistem em esvaziar a mente de preocupa<;Oesou angustiaspara que 0 corpo pessa recuperar a energia perdida com a tensa.o ou 0 cansa<;o

acumulada(SUTCLIFFE,1998).

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3 METODOLOGIA

A metodologia de pesquisa define 0 que foi pesquisado e como foi realizado

todo 0 trabalho, desde a conceP9ilo ate a conciusao. A seguir silo relatados os

procedimentos metodol6gicos para a realiza9l!0 dos objetivos propostos.

3.1 Tipo de pesquisa

Do ponto de vista de seus objetivos, a pesquisa dessa pesquisa fai descritiva

(THOMAS; NELSON, 1996; GIL, 1999) quando relatou as caracteristicas da

popula9l!o (alunos de cursos de especializa9l!o) e suas multiplas e diferentes

realidades.

Com rela9ilo a natureza da pesquisa, ela foi aplicada. Pois quando da

aplicay:io dos questionarios ern sala de aula, a pesquisa gerou conhecimentos ute is

para 0 avan90 da ciencia e para aplica9ilo pratica dirigidos a solu9l!o ou facilita9iio

de problemas relativos as atividades laborais e aos exercicios de relaxamento nos

cursos de especializa9ilo (MARCONI; LAKATOS, 1996).

Assim, para atender os objetivos propostos nessa pesquisa, 0 problema foi

abordado com urn estudo explorat6rio descritiva com abordagens quantitativas e

qualitativas. Para a abordagem quantitativa, a pesquisa definiu e verificou as

variaveis numericas. E para a abordagem qualitativa, a pesquisa definiu e verificou

questOesnilo apenas numericas (GIL, 1999).

3.2 Popula9ao

A pesquisa fai realizada com alunos de cursos de especializac;:ao de duas

institui~Oes de ensina superior. Os cursos estao relacionados com formac;ao de

gestao da informa9ao, iogistica industrial e finan98s empresariais.

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3.3 Amos!ra

Foram 43 participantes com diferentes idades e distintas necessidades

relacionadas as atividades laborais e aos exercicios de relaxamento.

3.4 Instrumento

Para operacionalizar a pesquisa foi elaborado 0 levantamento referencial

acerea dos temas fundamentais do trabalho (descritos na revisao de literatura dessa

pesquisa). Para isso, foram utilizadas as biblioteeas loeais da Universidade Tuiuti do

Parana e da Pontificia Universidade Cat61icado Parana. Tambem foram utilizadas

as biblioteeas vir1uaispor meio da Internet.

Para desenvolver a pesquisa foi desenvolvido e aplicado urn questionario,

conforme descrito no Apendice 1 (BRUYNE, 1991; MINAYO et aI., 2000).

3.5 Coteta e anatise dos dados

A coleta dos dados e as analises da pesquisa fcram feitas par meio de urn

questionitrio aplicado em duas institui.yOes, nas salas de aula, para as alunos de

cursos de especializayao, com 0 consentimento do coordenador dos respectivQs

cursos: gestao da informayao, logistica industrial e financ;as empresariais.

Antes da apliea~o do questionario foi realizada uma expliea~o sobre 0 tema

da pesquisa. 0 questioniuio continha dez perguntas fechadas e algumas questOes

que permitiam 0 respondente complementar sua resposta (Apendice 1).

Uma (mica aplicaC;ao do questioniuio foi realizada em cada curso de

especializaC;ao das duas instituiyaes. Os alunos demoraram cerea de 5 minutos para

responder todas as questOes.

Os dados da pesquisa foram analisados contemplando as abordagens

quantitativas e qualitativas. As analises sa.o descritas em capitulo especifico.

3.6 Limita90es

Essa pesquisa oferece algumas limitay6es que retrataram alguns obstaculos

e problemas previstos na metodologia dessa pesquisa. A maior dificuldade foi

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alcanc;ar urn numero significativQ de alunos de cursas de especializayOes e de

instituic;Oes de ensina superior dispostas a participar do estudo.

A principal Ilmitayao esta relacionada com a analise quantitativa e tambem

qualitativa dos dados dos questionarios, que nao refletem a realidade aprefundada

dos curses de especializa¢es e de instituiyOes de ensina superior, tendo em vista 0

numero reduzido de participantes. Essa pesquisa retrata apenas urn corte

metodol6giCQ que expressa uma especifica reaJidade. Ainda, quando se utiliza

questionario como instrumento de coleta de dad os, possibilita-se ao respondente

formalizar a resposta que eventualmente Ihe convem.

Apesar dessas limitayOes, destacam-se as resultados auferidos nas analiseselaboradas, que permitiram urn born grau de seguranya nas conclusi5es obtidas, a

partir do tratamento dos dad os quantitativQs e qualitativos dessa pesquisa realizada

junto aos alunos.

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4 DISCUSSAO DOS RESULTADOS

Nesse capitulo sao apresentados as resultados que permitiram verificar

subsldios e indicadores para propor urn programa de atividades laborais e de

exercicios de relaxamento nos cursos de especializ89ao.

As discussOes dos resultados serao apresentadas par meio de analises

quantitativas, amllises qualitativas e urna proposta de urn programa de atividades

laborais e de exercicios de relaxamento nos Gursos de especializ8yaO.

4.1 Analises quantitativas e qualitativas

As analises quantitativas identificaram as necessidades de atividades laborais

e de exercicios de relaxamento junto aos alunos de cursos de especializ8Ya.O, e as

analises qualitativas identificaram as abordagens nao numericas relacionadas as

atividades laborais e de exercicios de relaxamento.

Para cada analise descrita e apresentado uma Tabela e urn Grafico

correspondente. as graficos estAo nos Anexos.

Com relayao a pergunta "1. Qual 0 seu sexo?" Icram obtidas as seguintes

respostas:

QUADRO 4 - SEXO DOS ALUNOSSexo Numero de alunosMasculino 30Feminino 13

Total 43

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30

GRAFICO 1 - SEXO OOS ALUNOS

o Mi'ICulino

30%~ri'"

VO%Observa-se que a maioria dos alunos e do sexo masculino (70% dos alunos

sao do sexo masculino e 30% do sexo feminin~).

Com rela9aO a pergunta "2. Voce se encontra em qual faixa etiuia?" foram

obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 5 FAIXA ETARIA OOS ALUNOS-Idade Homens Mulheres TotalEntre 18 a 25 aoos 10 4 14Entre 26 e 35 aoos 16 7 23Entre 35 anos ou mais 4 2 6

Total 43

GRAFICO 2 - FAIXA ETARIA DOS ALUNOS

25

20

15

10

5

o

23 o Homens

• Mulheres

• Totell16

18 a 25 26 a 35 35 au mais

Em torna de 32% dos participantes estao na faixa etari8 de 18 a 25 anos. A

maioria dos participantes (53%) esta na faixa etaria de 26 a 35 anos. A apenas a

minoria 13% esta na faixa etiuia aeirna de 35 anos.

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31

Com relayao a pergunta "3 Voce faz algum tipo de exercicio fisico?" foram

obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 6 - EXERClclO FIsICO DOS ALUNOSHomens Mulheres Total

168

1914

6 10

GRAFICO 3 - EXERClclO FIsICO DOS ALUNOS

o Homens20 1916

15

10

5

0Sim Asvezes Raramente

Observa.,se que a maioria dos aluno5 faz exercicios fisicos (44%), enquanto

que 32% as vezes fazem exercicios quando tern tempo e 23% raramente tern tempo

e vontade de fazer exercicios fisicos.

As atividades f1s1cas indicadas pelos participantes quando responderam sim

foram as seguintes: futebol, esteira, musculayAo, caminhada, andar de bicicleta,

basquete, lutas, tlmis e natayao.

Com rela'Y8o aos exercicios fislcos realizados pelos participantes e passivel

verificar que algumas atividades fisicas sugerem 1 au 2 vezes por semana, sendo

que na verdade seria methor que essa pratica tivesse uma freqO~ncia de 3 vezes

por semana, apenas os efeitos da pratica de atividades com uma regularidade

inferior a 3 vezes por semana se perdem, pois 0 organismo nao assimila estes

efeitos como regulares.

Com relayM a pergunta "4. Quando esta sentado(a) na sala de aula voce fica

com a coluna ereta?" foram obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 7 - POSTURA DOS ALUNOSHomens Mulheres Total

3 119 11 30B 1

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GRAFICO 4 - POSTURA DOS ALUNOS

3530252015105o -j-IL....-I --,---'-

30oHomcns

Sim As vezes Raramente

Nesta questa.o toram c1assificadas as posturas dos participantes quando

estao sentados na sala de aula, sendo que 9% estM sempre atentos a postura, e

69% as vezes ficam com a coluna ereta, 20% raramente ficam sentados com a

coluna ereta. Verifica-se que os participantes nac se preocupam com a postura que

e urn fator importantissimo contra os problemas de coluna.

Com rela9lio a pergunta "5. Quando est" sentado com relayao oj posiy1io dos

pes, geralmente vocA fica?" toram obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 8 - POSI 0 DOS PES DOS ALUNOSHomens Mulheres Total

1021 12 33

GRAFICO 5 - POSIc;:AODOS PES DOS ALUNOS

35 33 o Homens

30 • Mulheres

25 21 • Total

2015105 0 0 00

2 pes 1 pe Nenhum

Observa-se que somente 23% dos participantes fiearn com as dais pes

apoiados no chao, 76% ap6iam urn dos pes em outro lugar, e nenhum dos

participantes fica sem as pes no chao. Nota-se que a maiaria dos alunos

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participantes n~o se preocupam com a posi~o dos pes, e deveriam sa preocupar

pais e muito importante a posi<;ao em que se esta sentado, as pes devem ficar

paralelos ao ch~o, as joel has devem ficar flexionados e 0 quadril f1exionado

formando urn angulo de 90· com 0 tronco. Pes cruzados ou apoiados na ponta dos

dedos favorecem dares na parte inferior da col una. Porem isto nao significa que nao

possam tazer variayoes posturais.

Com rela9ao a pergunta "6. Voce presta aten9ao em sinais de dares no seu

corpo quando esta sentado?n fcram obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 9 posslVEIS DORES DOS ALUNOS-Dores no corpo quando sentado Homens Mulhercs TotalSim, estou sempre atento(a) a qualquer sinal de 13 3 16dor~vezes uando 8 dor me incomoda 15 8 23Raramente presto aten~ a qualquer sinal de 2 2 4dor

GRAFICO 6 - POSSIVEIS DORES DOS ALUNOS

25 23 o t-iomens

20• Mulheres

16 15 • Total

15

10

5

0Sim As vezes Raramente

Nesta questao fcram observadas as possiveis dores dos participantes quando

estao sentados em sala de aula, sende que, 37% dos alunes estao sempre atentos a

qualquer sinal de dar. 53% as vezes estao atentos, simplesmente s6 quando a dar e

incomoda, e 9% raramente prestam atenyao a qualquer sinal de dor. Pode~se

relacionar esse percentual com a necessidade de atividades laborais e exercicios de

relaxamento. As dares mais frequentes nesses alunos sao: na regii10 lombar, costas,

gluteos, coluna, pernas, joelho, ombros, pescoyo. Nota-se que os participantes nao

utilizam muito a variay:io postural que e muito importante, ficar sentado durante

muito tempo pode extra polar os limites do corpo, ocasionando dares, principal mente

se a postura estiver incorreta.

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Com relac;ao a pergunta "7. Sente tens~o e desconforto quando esta sentado

(a) na sal a de aula?" foram obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 10 TENSl\o E DESCONFORTO DOS ALUNOS-Tendo e desconforto Quando sentado Homens Mulheres TotalNoo, estou sempre relaxado e confortttvel 9 1 10As vezes, estou tense e desconfortaver 16 12 28Sim. .,,;tou sempre tenso • me sinto 4 0 4desconfor1avcl

GRAFICO 7 - TENsAD E DESCONFORTO DOS ALUNOS

30 28 0 Homens

252015105o

NAo As vezes Sim

Estas respostas apresentam que 23% dos alunos participantes estao sempre

relaxados e confortaveis, 65% as vezes estao tensos e desconfortaveis, e 9% estM

sempre tensos e desconfortaveis na sal a de aula, urn dos participantes nao

respondeu a esta pergunta. Alguns dos participantes relatam 0 tipo de desconforto

que sentem na sala de aula como: cadeira, carteira. amortecimento dos gluteos,

dares nas pernas, ten sao nos ombros e costas, cans890, ansiedade, dificuldade de

ficar sentado por muito tempo. Islo signifiea que 0 simples tata de mudar de posic;a.a

naa assegura 0 confarta, nao diminuindo a tensaa. Par isso torna-se necessaria a

relaxamento para aliviar a ten sao dos musculos.

Com relayao a pergunta "S. Vocl! faz algum relaxamento durante a aula?"

foram obtidas as seguintes respostas:

QUADRO 11 RELAXAMENTO DURANTE A AULA-Rclaxamento durante a aula Homens Mulheres TotalSim, procuro relaxar como posse 5 0 5As vezes quando lembro procure fazer 6 5 11Nao, raramente lembro de fazer algum 19 7 26relaxamenle

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GRAFICO 8 - RElAXAMENTO DURANTE A AULA

30 oHomens26

25 • Mulileres

• Total 1920151050

Nesta questao e abordado se 0 participante faz algum tipo de relaxamento

durante a aula. Apenas 11% dos alunos procuram relaxar como podem. 25% asvezes lembram de fazer algum tipo de relaxamento e 60% raramente lembram de

fazer algum relaxamento. Quando citado a tipo de relaxamento que 0 participante

faz, obteve-se como respostas: alongamentos, respiraC;ao, mental, espreguic;ar-se,mover ombros e coJuna. Os participantes deveriam praticar alguns exercicios de

relaxamento para recuperar as energias perdidas e aumentar a concentraC;ao.

Com rela<;:ao a pergunta "9. Voce faz algum relaxamento no intervalo da

aula?" foram obtidas as seguintes respostas:QUADRO 12 RElAXAMENTO NO INTERVALO DE AULA-Relax.menlo no intervalo da aula Homens Mulheres TotalSim, procuro relaxar "esse curto espaCO de 5 0 5tempoAs vezes 6 5 11Noo tenho tempo suficiente para relaxar 19 8 Z1

GRAFICO 9 - RElAXAMENTO NO INTERVALO DE AULA

30 oHomens 27

25 • Mulheres

20 iii Tolal 19

1510

0Sim As vezes Nao

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Esta questao relata S8 as participantes relaxam no intervalo das aulas, e as

resultados obtidos foram que: 11% dos alunos participantes relaxam nesse curto

espac;o de tempo, 25% as vezes relaxam e 62% naD tern tempo 5uficiente para

relaxar. Os participantes relatam a tipo de relaxamento sAo feltos nos intervalos das

aulas: andar, alongamento, caminhada, caminhar para urn lugar tranqOilo. Nota-se

que, antes de iniciar qualquer sessAo de estudo, as alunos devem praticar alguns

exercicios de relaxamento para recuperar as energias perdidas e aumentar aconcentrayao.

Com relayao a pergunla "10. Com relayao ao ambienle, voce acha que a sala

de aula e?" foram oblidas as seguinles resposlas:QUADRO 13-AMBIENTE DA SALA DE AULAAmbiente da .ala de aula Homen. Mulheres Total

10 16Parcialmente are"ada 19 26

GRAFICO 10 - AMBIENTE DA SALA DE AULA

30 26o !-Iomens

25 • Mulheres

2019 iii Totnl

1510

1 0 1

0Arejada Parcialrrente Nao

Em se tratando do ambiente da sal a de aula, 37% dos participantes

responderam que a sala de aula e arejada, 60% acham que a sala de aula eparcialmenle arejada, e 2% relalam que a sala de aula nao e arejada. Os problemas

da sala de aula cilados pelos alunos participantes sao: pouco venlilada, falla de ar

condicionado, muito quente, pouco espayo entre as carteiras, porta fechada, carteira

para canhotos, assento da cadeira desconfor1avel. Apenas urn participante naD ve

problema algum. Para fazer urn relaxamento dentro de urna sal a de aula, 0 ideal eestar em urn ambiente confortavel, com boa iluminar;ao e arejada. Verifica~se que 0

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ambiente na.o e favoravel ao relaxamento, e as alunos participantes nao sabem

como relaxar, embera saibam que estao tensos ou ansiosos.

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38

5 CONCLUSAO

Esse capitulo resume 0 estudo realizado, descrevendo suas principals

contribui<;oes para a academia (escolas) e para as institui<;oes de ensino que

oferecern cursos de especializa.,ao. Tambem slio relatadas as limita,Oes do estudo

realizado, as pesquisas futuras e as reflexoes finais conclusivas.

A pesquisa 80 longo de seu estudo e realiz8<;ao, objetivou a verificay:io dos

subsidios e indicadores para proper um programa de atividades laborais e de

exercicios de relaxamento nos curses de especializ8C;aO. Esse estudo envolveu

embasamento te6rico, para posterior execuc;;a.o pratica. Para tanto, estabeleceu-se

uma metodologia de pesquisa que significativamente contemplou a aplicaylio de urn

questionario junto aos alunos de curses de especializa~o de institui<;Oes de ensino

superior.

Com rela,lio ao objetivo proposto, os resultados do trabalho de concluslio de

curso demonstraram sua realizayao. Todos as desafios propostos nos objetivos

especificos foram atingidos. No tocante ao primeiro objetivo especifico de "identificar

necessidades de atividades laborais e de exercicios de relaxamento junto aos

alunos de um curso de especializa<;ao", ele foi realizado a partir da aplica<;l':io do

questioniuio junto aos alunos.

o segundo objetivo especifico de "verificar os principais problemas de postura

em sala de aula dos alunDs de cursos de especializa,l!o", tambem foi alcanyado a

partir da documenta<;ao das analises qualitativas e quantitativas elaboradas a partir

das respostas obtidas dos questionarios.

o terceiro objetivo especifico de -detectar possiveis dores relacionadas apostura dos aJunos de cursos de especializa<;l':io", tambem foi conquistado a partir

das respostas dos referidos alunos.

o ultimo objetivo de "verificar se os alunos de cursos de especializal'ao

realizam algum tipo de exercicio de relaxamento durante as aulas enos intervalos

das aulas". tambem foi atinaido. Dais se nota aue antes de iniciar aualauer sessaa

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de estudo, as alunos nao praticavam exercicios de relaxamento para recuperar as

energias perdidas e aumentar a concentrayao.

5.1 Contribuh;oes

Relevantes respostas foram auferidas nesse trabalho de conclusao de curso.

A principal respasta diz respeita elabara~aa e aplicagaa do questianaria junto aas

alunos para verificar subsidios para proper urn programa de atividades laborais e de

exercicios de relaxamento nos cursos de especializaC;ao.

A primeira contribuic;ao esta relacionada com a identifica~o de problemas e

necessidades de condic;6es favoraveis a saude dos alunos respondentes. As

respostas podem ser referenciadas como analogia para outros alunos que nao

participaram da pesquisa.

A segunda contribuiyao significativa foi para as instituiyOes de ensina superior

que participaram da pesquisa na medida que padem estudar as dadas

diagnosticados e utilizar as inforrna¢es geradas para seus outros cursos de

especializa<;ao.

Do ponto de vista acad~mico. essa pesquisa contribuiu para estudos te6ricos

ou praticos, objetivando minimizar os problemas aqui discutidos e apresentados,

bern como, possibilitar outros estudos acad~micos utilizando essa pesquisa.

Q maior desafio dos professores de educa9ao fisica e fazer com que as

pessoas obtenham mais condi<;6es favoraveis a sua saude e qualidade de vida.

5.2 Trabalhos futuros

Qutros trabalhos futures ou pesquisas direcionadas a melhorar as propostas

trabalhadas pod em ser elabaradas a partir desse estuda, sejam nos metadas

cientificos ou como respostas para novas questOes. A prirneira pesquisa futura pode

envolver a amplia<;ao do numero e tipos de cursos de especializa<;ao participantes.

Como esse trabalhe nao se aprofundou na realidade dos alunes, outra pesquisa

futura pode ser a elabora9:io de estudos de cases especificos (ou multicasos) onde

urna analise minuciosa poderia ser realizada em alguns cursos de especializa9ao de

determinadas institui96es de ensine superior. A terceira pesquisa futura buscaria

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acompanhar por um periodo de tempo, os resultados obtidos pelas atividades

laborais e pelos exercicios de relaxamento em determinados curs~s de

especializayao. Apesar desse estudo e de DutroS estudos sabre atividades laborais e

exercicios de relaxamento nos cursos de especializac;ao, especificas detalhes que

envolvem as pormenores dessas quest6es ainda continuam sendo urn problema

critieD para as 0$ alunos e para as instituic;6es preocupadas com a saude das

pessoas.

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APENDICE 1

Questionario

Assinale e responda as perguntas abaixo:

1. Qual 0 seu sexo?( ) a. Masculino;( ) b. Feminino;

2. Voe(, se encontra em qual faixa eta ria?( ) a. Entre 18 a 25 anos;( ) b. Entre 26 e 35 anos;( ) c. Entre 35 anos ou mais;

3. Voce faz algum tipo de exercicio fisico?( ) a. Sim, procuro fazer sempre exercicios fisicos;( ) b. As vezes, quando tenho tempo;( ) c. Raramente tenho tempo e vontade;

Cite os exercicios:

4. Quando est. sentado(a) na sala de aula voce fica com a col una ereta?( ) a. Sim, estou sempre atento a minha postura;( ) h. As vezes fico com a coluna ereta;( ) c. Raramente fico sentado com a col una ereta;

5. Quando esta sentado, com rela9l\o II posi,l!o dos pes, geralmente voce fica:( ) a. Com os 2 pes apoiados no chao;( ) b. Algum dos pes apoiado em outro lugar;( ) c. Nenhum dos pes fica apoiado no chao;

6. Voe(, presta aten9l\o em sinais de dores no seu corpo quando esta sentado?( ) a. Sim, estou sempre atento(a) a qualquer sinal de dar;( ) b. As vezes quando a dor me incomoda;( ) c. Raramente presto aten9l\o a qualquer sinal de dar;

Onde voce mais sente dor enquanto esta sentado(a)?

7. Sente tenslio e desconforto quando esta sentado (a) na sala de aula?( ) a. Nao, estou sempre relaxado e confortavel;( ) b. As vezes, estou tenso e desconfort.vel;( ) c. Sim, estou sempre tenso e me sinto desconfortalJel;

Qual tipo de desconforto?

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B. Voce faz algum relaxarnento durante a aula?( ) a. Sim, procuro relaxar como posso;( ) b. As vezes, quando lembro, procure tazer algum relaxamento;( ) c. Nao, raramente lembro de fazer algurn relaxarnento;

Cite como e 0 relaxamento que voce faz?

9. Voce faz algum relaxamento no intervalo da aula?( ) a. Sim, procuro relaxar nesse curto espayo de tempo;( ) b. As vezes;( ) c. Nao tenho tempo suficiente para relaxar;

Cite como e 0 relaxamento que voce faz?

10. Com rela~o ao ambiente, voce acha que a sal a de aula e:( ) a. Arejada;( ) b. Parcial mente arejada;( ) c. Nao arejada;

Cite as problemas que voce acha:

45

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APENDICE2

Universidade Tuiuti do ParanaFaculdadede Cil>nciasBiol6gicase da SaOdeCursode EducayaoFisica

Valida~ao do questionario

PrezadoProfessor(a)

Vilse Mara Zanetti Rezende, academica da Universidade Tuiuti do Parana, do

curso de graduayao em Educayao Fisica, pretendendo efetuar um estudo

denominado "Atividades laborais e exercicios de relaxamento na contribuiy.ao da

saude de alunos de cursos de especializaya.o", solicita sua valiosa colabora98.o no

sentido de anallsar e opinar sabre 0 instrumento de analise que visa verificar

subsidios para propor um programa de atividades laborais e de exercicios de

relaxamento nos cursos de especializayao.

A sua cooperaya.o principal prende-se ao tata de opinar favoravelmente ou

desfavoravelmente aos posicionamentos Iistados e/au sugerir Qutras alternativas.

Agradeyoantecipadamentea vossa atenyao, interessee valiosa colaborayao.

Cordial mente

Vilse Mara Zanetti Rezende

Professor:Formayao~(c~u~~~o~,-a~'r~e~a)~:-------------------------------------------

Titulayao:----------------------------------------------------Opiniao: ~ _

Curitiba, de maiode 2005.

Assinatura

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APENDICE 3

Pro posta de urn programa de atividades laborais e de exercicios derelaxamento

A partir da elaboragao das am,lises quantitativas, das analises qualitativas e

da sele9aO dos principals problemas e necessidades que podem contribuir na saudedos alunos de cursos de especializa9aO, percebe.se a possibilidade da implantagao

de uma proposta de urn programa de atividades laborais e exerdcios de

relaxamento, levando em considerayao as espayos e os materiais ja existentes em

sala de aula.

Assim elaborou-se uma proposta de urn programa, tentando maxi mizar as

possibilidades de atividades laborais e exercicios de relaxamento neste local,

utilizando-se 0 maximo do espac;o que a mesmo oferece, sempre tendo em vista 0

publico alva e as limitayOes de cada urn.

o trabalho ocupa um espayo muito importante na vida de todo indivlduo,

sendo que muitas vezes passamos mais horas dentro de nossa local ocupacional do

que em nossas casas, resultando na necessidade da criac;ao de propostas

diferenciadas para melhoria e incentivo da qualidade de vida e da saude dos alunos.

Tendo em vista 0 consideravel nOmero de disfun90es posturais, dores nas

costas e les6es por esfor90s repetitivos que acometem os alunes em seu periodo

ativo, propOe-se a implantayao de urn programa de atividades laborais e exercicios

de relaxamento para orientar e prevenir esses males, contribuindo par uma saude

melhor e qualidade de vida a cada um deles.

a objetivo desta proposta e contribuir para a avaliayao dos beneficios com

relagao a saude dos alunos de cursos de especializa9aO. Obtidos com a irnplantagao

de urn programa de atividades laborais e exercfcios de relaxamento.

Quanto ao prograrna de atividades laborais e exercicios de relaxamento.

poderao ser aplicados na institui<;ao nos curses de especializa9ao.

as exercicios propostos consistem basical11ente em exercfcios de

aquecimento musculo-esqueh~tico, alongamento, atividades recreativas e exercicios

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de relaxamento, que reunidos tornam~se atividades laborais, essencials para a

saude fisica e mental.

A aplicaya,o deste programa sera feita antes do inicio das aulas, aquecendo 0

corpo e preparando-o para melhorar sua concentrayao e sociabilizaC;ao.

Nos interval as das aulas, com 0 objetivo de distensionar e compensar a

musculatura.

Ap6s 0 terminG das aulas, com a objetivo de relaxar a musculatura e diminuir

as tensOes museu lares provocadas pelo cans8ryo fisico e mental.

As atividades laborais e as exercicios de relaxamento devem ser aplicados

em todos as dias de durac;ao do curso de especializac;ao, isto levando em

considerayao que alguns cursos sao ministrados nos finals de semana.

Os resultados deverao ser coletados a cada 10 aulas, sendo de vital

importfmcia para a administrac;ao, as correyOes necessarias e sucesso do programa

de atividades laborais e exercicios de relaxamento.

Oesta forma, acredita·se que a atuayao do profissional de Educayao Fisica,

ern se tratando da saode dos alunos de cursos de especializay:io. vern a contribuir

em todos os sentidos, inclusive na prevenc;ao do estresse, melhoria das relayOes

humanas, e na melhoria postural dos alunos.