atividade casos estudo efeitos da posse

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ATIVIDADE CASOS: ESTUDO EFEITOS DA POSSE: 01) INVASÃO DE ÁREA PÚBLICA. INDENIZAÇÃO: SERIA CORRETO INDENIZAR AS BENFEITORIAS DAQUELE QUE INVADIU ESPAÇO PÚBLICO? PRIMEIRO: COMO DEVE SER OBSERVADA A INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS QUANTO A POSSE DE BOA-FÉ E DE MÁ-FÉ? SEGUNDO: O INVASOR DE BEM PÚBLICO POSSUI POSSE? ART. 191, PARÁGRAFO ÚNICO, CF E Usucapião bem imóvel: 15, 10, 05, 02 anos Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. § 1 o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. § 2 o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011) § 1 o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. § 2 o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011) Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel. Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada

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Page 1: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

ATIVIDADE CASOS: ESTUDO EFEITOS DA POSSE:

01) INVASÃO DE ÁREA PÚBLICA. INDENIZAÇÃO: SERIA CORRETO INDENIZAR AS BENFEITORIAS

DAQUELE QUE INVADIU ESPAÇO PÚBLICO?

PRIMEIRO: COMO DEVE SER OBSERVADA A INDENIZAÇÃO POR BENFEITORIAS QUANTO A

POSSE DE BOA-FÉ E DE MÁ-FÉ?

SEGUNDO: O INVASOR DE BEM PÚBLICO POSSUI POSSE? ART. 191, PARÁGRAFO ÚNICO, CF E

Usucapião bem imóvel: 15, 10, 05, 02 anos Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem

interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,

independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por

sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor

houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de

caráter produtivo.

Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua,

por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a

cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua

moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.

Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros

quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia

ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel

urbano ou rural.

§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a

ambos, independentemente do estado civil.

§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor

mais de uma vez.

Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse

direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros

quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar,

utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que

não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

§ 1o O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.

§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)

Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião,

a propriedade imóvel.

Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá título hábil para o

registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e

incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.

Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido

adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada

Page 2: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou

realizado investimentos de interesse social e econômico.

Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos artigos

antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (art. 1.207), contanto que

todas sejam contínuas, pacíficas e, nos casos do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.

Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto quanto ao devedor acerca das causas que

obstam, suspendem ou interrompem a prescrição, as quais também se aplicam à usucapião.

Usucapião bem móvel: 05 ou 03 anos Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua,

contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a

propriedade.

Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião,

independentemente de título ou boa-fé.

Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

Aquisição decorrente de construção ou plantação em terreno alheio: Art. 1.255. Aquele que

semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes,

plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.

Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do

terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo,

mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.

Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima

parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos

que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da

desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu,

pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.

Bem público: Dos Bens Públicos

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito

público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Art. 99. São bens públicos:

I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;

II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento

da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como

objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.

Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens

pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito

privado.

Page 3: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis,

enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.

Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.

Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for

estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem.

ADMINISTRATIVO. OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA POR PARTICULARES. CONSTRUÇÃO.

BENFEITORIAS. INDENIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.

1. Hipótese em que o Tribunal de Justiça reconheceu que a área ocupada pelos recorridos é

pública e não comporta posse, mas apenas mera detenção. No entanto, o acórdão equiparou o

detentor a possuidor de boa-fé, para fins de indenização pelas benfeitorias.

2. O legislador brasileiro, ao adotar a Teoria Objetiva de Ihering, definiu a posse como o

exercício de algum dos poderes inerentes à propriedade (art. 1.196 do CC).

3. O art. 1.219 do CC reconheceu o direito à indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias,

no caso do possuidor de boa-fé, além do direito de retenção. O correlato direito à indenização

pelas construções é previsto no art. 1.255 do CC.

4. O particular jamais exerce poderes de propriedade (art. 1.196 do CC) sobre imóvel público,

impassível de usucapião (art. 183, § 3º, da CF). Não poderá, portanto, ser considerado possuidor

dessas áreas, senão mero detentor.

5. Essa impossibilidade, por si só, afasta a viabilidade de indenização por acessões ou

benfeitorias, pois não prescindem da posse de boa-fé (arts. 1.219 e 1.255 do CC). Precedentes

do STJ.

6. Os demais institutos civilistas que regem a matéria ratificam sua inaplicabilidade aos imóveis

públicos.

7. A indenização por benfeitorias prevista no art. 1.219 do CC implica direito à retenção do

imóvel, até que o valor seja pago pelo proprietário. Inadmissível que um particular retenha

imóvel público, sob qualquer fundamento, pois seria reconhecer, por via transversa, a posse

privada do bem coletivo, o que está em desarmonia com o Princípio da Indisponibilidade do

Patrimônio Público.

8. O art. 1.255 do CC, que prevê a indenização por construções, dispõe, em seu parágrafo único,

que o possuidor poderá adquirir a propriedade do imóvel se "a construção ou a plantação

exceder consideravelmente o valor do terreno". O dispositivo deixa cristalina a inaplicabilidade

do instituto aos bens da coletividade, já que o Direito Público não se coaduna com prerrogativas

de aquisição por particulares, exceto quando atendidos os requisitos legais (desafetação,

licitação etc.).

9. Finalmente, a indenização por benfeitorias ou acessões, ainda que fosse admitida no caso

de áreas públicas, pressupõe vantagem, advinda dessas intervenções, para o proprietário (no

caso, o Distrito Federal). Não é o que ocorre em caso de ocupação de áreas públicas.

10. Como regra, esses imóveis são construídos ao arrepio da legislação ambiental e

urbanística, o que impõe ao Poder Público o dever de demolição ou, no mínimo,

regularização. Seria incoerente impor à Administração a obrigação de indenizar por imóveis

Page 4: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

irregularmente construídos que, além de não terem utilidade para o Poder Público, ensejarão

dispêndio de recursos do Erário para sua demolição.

11. Entender de modo diverso é atribuir à detenção efeitos próprios da posse, o que

enfraquece a dominialidade pública, destrói as premissas básicas do Princípio da Boa-Fé

Objetiva, estimula invasões e construções ilegais e legitima, com a garantia de indenização, a

apropriação privada do espaço público.

12. Recurso Especial provido.

(REsp 945.055/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em

02/06/2009, DJe 20/08/2009)

02) Prova da boa-fé: CASO: Esbulhada quer retomar o imóvel rural, notificou extrajudicialmente o

esbulhador e promovera a ação de reintegração de posse. Esbulhador antes tinha contrato de

comodato com a esbulhada, alega que realizou reformas no imóvel, contudo ficara provado

que as reformas foram custeadas com a venda de animais da fazenda.

Problema: Persiste Direito à indenização?

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ESBULHO. INDENIZAÇÃO POR

BENFEITORIAS. PROVAS INEXISTENTES. POSSE DE MÁ-FÉ. 1 - Caracteriza-se o esbulho quando

o possuidor é retirado total ou parcialmente de sua posse, como ocorre no caso em tela, o que

autoriza o reconhecimento da procedência da reintegração de posse ajuizada pela

autora/apelada. 2 - O dever de provar não tem a característica de um direito ou de uma

obrigação, e sim de ônus, pois à parte a quem incumbe fazer a prova do fato acarreta o

suporte das consequências e prejuízos da sua falta e omissão. 3 - Só tem direito a retenção e

indenização de benfeitorias o possuidor de boa-fé, o que não se comprovou nestes autos.

Apelação Cível conhecida e desprovida. Sentença mantida.

(TJGO, APELACAO CIVEL 316232-43.2010.8.09.0032, Rel. DES. ROGERIO AREDIO FERREIRA, 3A

CAMARA CIVEL, julgado em 24/07/2012, DJe 1131 de 24/08/2012)

CPC, Art. 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e

reintegrado no de esbulho.

Art. 927. Incumbe ao autor provar:

I – a sua posse;

II – a turbação ou o esbulho praticado pelo réu;

III – a data da turbação ou do esbulho;

IV – a continuação da posse, embora turbada, na

ação de manutenção; a perda da posse, na ação de

reintegração”

Caso concreto: Audiência de Instrução e Julgamento o esbulhador faz prova de que:

Compulsando os depoimentos das testemunhas arroladas pelo apelante, todas foram uníssonas ao

afirmarem que o mesmo zelou do bem e dos semoventes por mais de 06 (seis) anos, realizando

reformas na cerca, curral, casa e pasto, ainda plantando árvores frutífera.

Page 5: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

“(...) que a venda de duas vacas e um bezerro da mãe, feita por Vicente, se deu com o

conhecimento dos irmãos, e foi para custear as despesas feitas na reforma da casa (...)”. Dessa forma,

o apelante deve buscar pelos meios ordinários o recebimento de indenização em virtude das

benfeitorias necessárias e úteis construídas no local, apresentando novas provas referentes ao

assunto. Assim, não é concedido ao apelante o direito à retenção, pois seu comportamento ilícito não

lhe autoriza opor obstáculos à restituição da coisa como modo de constranger o retomante a indenizá-

lo.

TJ GO: A indenização das benfeitorias somente é devida

quando a parte que a postula produz provas que corroborem

suas alegações, conforme preconiza o Art. 333, I do CPC.

Art. 333. O ônus da prova incumbe:

I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;

II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,

modificativo ou extintivo do direito do autor.

03) Jurisprudência caracteriza lucro cessante:

LUCROS CESSANTES. CÁLCULOS. INCÊNDIO.

In casu, a recorrente (empresa que comercializa combustível) foi condenada a pagar indenização à

empresa recorrida (posto de combustíveis) pelos danos emergentes e lucros cessantes decorrentes de

incêndio iniciado em caminhão tanque de sua propriedade, que destruiu toda a instalação do posto em

17/5/1992. No REsp, discute-se somente a liquidação dos lucros cessantes. Alega a recorrente que, para

as instâncias ordinárias, tais lucros perdurariam até a atualidade, o que ofenderia o art. 402 do CC/2002,

bem como que eles deveriam ser delimitados ao tempo necessário para as obras de reconstrução e

deles seriam deduzidas as despesas operacionais da empresa. Para a Min. Relatora, tem razão a

recorrente quanto aos lucros cessantes consistirem naquilo que a parte deixou razoavelmente de lucrar;

portanto, são devidos por um período certo, ou seja, somente aquele em que a parte ficou

impossibilitada de auferir lucros em decorrência do evento danoso, que, no caso dos autos, seria o

período necessário para as obras de reconstrução do posto. Também assevera proceder a afirmação da

recorrente de que a apuração dos lucros cessantes deve ser feita apenas considerando o lucro líquido,

deduzindo-se todas as despesas operacionais da empresa recorrida (salários, aluguéis etc.), inclusive os

tributos. Ademais, a recorrida optou por não continuar na mesma atividade econômica, vendeu o

imóvel onde existia o empreendimento para outra empresa (há mais de 11 anos) e, feita essa opção, o

pagamento de lucros cessantes não pode ser perpetuado sobre atividade que não é mais exercida.

Diante do exposto, a Turma deu provimento ao recurso para anular a decisão homologatória dos

cálculos e determinou o retorno dos autos à origem para que seja realizada nova perícia nos termos do

voto da Min. Relatora. Precedentes citados: REsp 489.195-RJ, DJ 19/11/2007; REsp 575.080-CE, DJ

Page 6: Atividade Casos Estudo Efeitos Da Posse

26/3/2007, e REsp 613.648-RJ, DJ 16/4/2007. REsp 1.110.417-MA, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti,

julgado em 7/4/2011.