atividade 04 - riso de alerta

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS Guntemberg Pereira Oliveira Gustavo Vitória Gomes RISO DE ALERTA: um conceito social

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Page 1: Atividade 04 - Riso de Alerta

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

Guntemberg Pereira OliveiraGustavo Vitória Gomes

RISO DE ALERTA:

um conceito social

Palmas – TO

2011

Page 2: Atividade 04 - Riso de Alerta

Guntemberg Pereira OliveiraGustavo Vitória Gomes

RISO DE ALERTA:

um conceito social

Trabalho submetido à disciplina Práticas para Elaboração de Relatórios Técnicos, do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Tocantins, como atividade avaliativa.Prof. M. Sc. Mirella de Oliveira Freitas.

Palmas – TO

2011

Page 3: Atividade 04 - Riso de Alerta

Dedicamos este trabalho às nossas

famílias e à escola, que nos

proporcionaram estar aqui hoje,

redigindo um trabalho de nível superior.

Page 4: Atividade 04 - Riso de Alerta

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, a Deus por nos dar a bênção de conseguirmos realizar esse trabalho.

A nossas famílias, por serem a base e por estarem próximas mesmo não estando por

perto fisicamente.

Em especial, à professora Mirella, que nos tirou várias dúvidas. Foram inúmeras

mensagens eletrônicas enviadas, todas bem esclarecedoras.

Page 5: Atividade 04 - Riso de Alerta

O mundo é um espelho, pois se sorrires

para ele, ele sorrirá para ti.

Gustave Le Bon

Page 6: Atividade 04 - Riso de Alerta

RESUMO

O riso tragicômico passa a ter um papel importante na construção de uma sociedade.

Simples charges são vistas como um alerta para os cidadãos, apesar do riso provocado,

o que se tem é como uma alerta, que pode contribuir na correção de erros comuns no

cotidiano, como principalmente na política e quanto a problemas sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Riso tragicômico. Cidadãos. Política. Problemas sociais.

Charge.

Page 7: Atividade 04 - Riso de Alerta

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Chamada 8

Figura 2 – Grave 9

Figura 3 – O cirquinho da política 11

Page 8: Atividade 04 - Riso de Alerta

SUMÁRIO

1. Humor trágico... 8

2. A verdadeira vocação 9

3. O Cidadão 10

4. A influência 10

5. Nada de braços cruzados12

Referências bibliográficas 13

Page 9: Atividade 04 - Riso de Alerta

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1. Humor, trágico...

Conforme exposto por Equipe Quir (2010), Chico Anysio definiu: “o humor

acusa, satiriza, descobre, desmoraliza, crítica, eleva, deforma, informa, destrói, constrói,

imortaliza, enterra, acaricia, açoita”. Assim, o humor assume diversas funções em uma

mesma situação, o que explica a existência do sorriso tragicômico, definido pelo

Dicionário Michaelis (2011), como um desastre seguido por um incidente cômico.

A charge, um tipo de humor clássico, geralmente foca suas “atividades” e

críticas, principalmente em paródias ao sistema político e aos problemas sociais. Essas

críticas podem provocar riso no leitor. Esse tipo de riso já é bem comum, mas não é um

riso qualquer, é criticador, é tragicômico por abordar situações que, a princípio,

deveriam causar descontentamento ao leitor. Entretanto, com a paródia, torna-se quase

que inevitável o riso. Logo abaixo seguem duas charges que exemplificam claramente o

que foi dito e classificado como riso tragicômico:

Figura 1 – Chamada

Fonte: Rizomas. Disponível em: <http://rizomas.net/charges-sobre-educacao.html>. Acesso em 29 set.2010.

Page 10: Atividade 04 - Riso de Alerta

9

Figura 2 – GraveFonte: Jornal da cidadania. Disponível em: < http:/jca.apc.org/fome/cidadania/charge43.html>.

Acesso em 29 set.2010.

Assim, quando falamos de riso tragicômico, significa deixarmos de lado afeição,

ou seja, passar a rir de uma desgraça que, a princípio, não deveria ser considerada

cômica, conforme nos explica Bergson1 (1987 apud SANTINI 2007):

O maior inimigo do riso é a emoção. Isso não significa negar, por exemplo, que não se possa rir de alguém que nos inspire piedade, ou mesmo afeição: apenas, no caso, será preciso esquecer por alguns instantes essa afeição, ou emudecer essa piedade (BERGSON apud SANTINI, 2007, p.21).

2. A verdadeira vocação

Baseando nos conceitos de Travaglia (1990), a vocação básica do humor, que

aqui estudamos, é a crítica e a denúncia. A sua influência na vida de um cidadão não se

restringe apenas um simples riso cômico qualquer. O riso é provocado, mas o intuito do

autor de uma charge não é apenas provocar o sorriso do leitor, é também “abrir os

olhos” e transparecer de outra forma ao leitor o que acontece, por exemplo, em casos de

política e problemas sociais, principalmente.

1 BERGSON, Henri. O riso: ensaio sobre a significação do cômico. Tradução de Nathanael C. Caixeiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

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3. O cidadão

Um cidadão, por mais que esteja participando da política, muitas vezes deixa de

ver o que parece óbvio, seja por má interpretação ou por ser leigo. Com isso, deixa de

analisar detalhes políticos importantes.

O riso pode se tornar uma forma de castigo, sendo uma maneira de punir aquele

que infringiu regras políticas, por exemplo. Bergson (1987 apud SANTINI 2007) alerta

para a verdadeira intenção do riso, que seria a de humilhar e de corrigir o erro exterior.

O homem ri conforme a gravidade com que enfrenta uma situação. Logo, a

importância do humor em tempos de política.

4. A influência

O riso estudado gera uma série de descontentamentos na sociedade. Essa revolta

serve de pressão para o acerto do erro exterior, por exemplo, a corrupção. Na charge a

seguir, analisaremos nossa reação de descontentamento e espírito de revolta por

melhorias:

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Figura 3 – O cirquinho da políticaFonte: Clube do pança. Disponível em:

<http://opanca.blogspot.com/2010_09_01_archive.html>. Acesso em 29 abr.2010

O que vemos é uma crítica para os políticos. Os leitores, como cidadãos, sentem-

se inconformados, apesar dos risos. A charge também deixa explícita a possibilidade de

mudança, esta direcionada aos próprios leitores (cidadãos).

Page 13: Atividade 04 - Riso de Alerta

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5. Nada de braços cruzados

As charges, as comicidades que na maioria das vezes revelam uma crítica, são

um alerta para os cidadãos, indispensáveis para entendimento do mundo e da realidade,

já que o “nada ao qual o riso nos dá acesso encerra uma verdade infinita e profunda, em

oposição ao mundo racional e finito da ordem estabelecida.” Alberti (1999 apud DAVI2,

[200-?], p. 2).

Cada charge, muitas vezes, tragicômica é um alerta para nós. Abra o olho! Leia

mais vezes e brigue por seus direitos. Ajude a construir uma sociedade melhor, com

menos politicagens ou problemas sociais que possam vir a ser criticado negativamente.

2 ALBERTI, Verena. O riso no pensamento do século XX. In: ______ . O riso e o risível na história do pensamento. Rio de Janeiro: Zahar, 1999. p. 12.

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Referências bibliográficas

DAVI, Tania Nunes. Riso: a carnavalização da sociedade. [Uberlândia?]: EDUFU, [200-?] 13 p.

QUIR, Equipe. Brasil da piada pronta. QI Referências, [S.l.], sexta-feira, 9 abr. 2010. Disponível em: <http://www.qir.com.br/?p=3336>. Acesso em: 25 abr. 2011.

SANTINI, Juliana. Da derrisão à compaixão. In: ______ . Um mundo dilacerado entre o riso e a ruína: o humor na literatura regionalista brasileira. Araraquara: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2007. p.14 -23.

TRAGICÔMICO. In: DICIONÁRIO da língua portuguesa. [S.l.]: Melhoramentos, 2009. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tragic%F4mico>. Acesso em 25 abr. 2011.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. O que é engraçado? Categorias do risível e o humor brasileiro na televisão. Estudos Linguísticos e Literários, Maceió, v. 5 e 6, p. 42‐79, 1989.