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Pág. Rua Comandante Almiro, 211 - Centro - Feira de Santana-BA (75) 3221.7259 1 Texto: Um mundo sem ciência ambiciosa fica privado de conheci- mento novo e das aplicações das descobertas. Fazer pesqui- sa é caro, mas vale a pena. Vamos pensar apenas na ciência de base, ou seja, a ciência que não tem o objetivo imediato de ser “útil”, via aplicações tecnológicas ou gerando riqueza, cuja meta é investigar a natureza. Quanto um país deve investir nesse tipo de pesquisa? Quando se discute como equilibrar o orçamento da União, é crucial questionar como os fundos vindos do contribuinte devem ser usados. Afinal, existem necessidades críticas em educação, infraestrutura de transporte, modernização de hos- pitais, atendimento médico para milhões de necessitados etc. Na minha opinião, cortar o fomento à pesquisa de base, incluindo projetos bem definidos de alto custo, é inadmissível. Um mundo focado no imediato, no pragmático, pode ser efi- ciente, mas é extremamente monótono. Imagine um mundo sem as descobertas sensacionais que andam sendo feitas so- bre o Cosmo e os mistérios da matéria; um mundo sem estre- las explodindo, sem galáxias colidindo e buracos negros. Uma possibilidade é a de incluir cada vez mais países com fortes economias emergentes, como a China, a Índia e o Bra- sil, no fomento aos grandes projetos. Esse é um dos argumen- tos a favor da inclusão do Brasil como país membro do ESO (Observatório Europeu do Sul), uma discussão que deixo para depois. Quando vejo as enormes quantias sendo gastas na defe- sa nacional, eu me pergunto se nossas prioridades estão no lado criativo ou no destrutivo. Quando deixamos de investir no novo, ficamos condenados a só olhar para o velho. (MARCELO GLEISER. Jornal da Ciência, 03 de setembro de 2012. Adaptado.) 01. A ideia central que dá unidade temática ao texto poderia ser expressa nos seguintes termos: A) Uma ciência que prioriza a obtenção de prosperidades imediatas tem um grande ônus financeiro, desnecessá- ria, mas representa o empenho dos países que preten- dem ganhar a liderança internacional. B) Na perspectiva de uma ciência ambiciosa, os fundos oriundos dos contribuintes devem ser aplicados prio- ritariamente para garantir o equilíbrio do orçamento da União. C) A ciência de base – aquela cujos objetivos transcen- dem o limite do útil-pragmático – deve constituir uma das metas quando se pensa em inovação científica. D) Entre os cientistas atuais, existe a preocupação com o destino futuro das pesquisas de grande porte, em razão dos altos custos que elas demandam dos países que as promovem. E) As desvantagens de uma ciência focada no ainda não definido são relevantes e repercutem até mesmo nas possibilidades de aplicação para as descobertas já fei- tas anteriormente. O Mundo é Um Moinho Cartola Ainda é cedo, amor Mal começaste a conhecer a vida Já anuncias a hora de partida Sem saber mesmo o rumo que irás tomar Preste atenção, querida Embora eu saiba que estás resolvida Em cada esquina cai um pouco a tua vida Em pouco tempo não serás mais o que és Ouça-me bem, amor Preste atenção, o mundo é um moinho Vai triturar teus sonhos, tão mesquinhos Vai reduzir as ilusões a pó Preste atenção, querida De cada amor tu herdarás só o cinismo Quando notares estás à beira do abismo Abismo que cavaste com os teus pés 02. A última estrofe do texto apresenta exemplos de orações que podem ser entendidas como : A) Uma ideia de causa e restrição. B) Um contexto de tempo e explicação. C) Uma ideia de modo e causalidade. D) Uma ideia de tempo e restrição. E) um referência de proporção e restrição. 03. Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido. Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. (Oswald de Andrade. In Poesia Pau-Brasil) Sobre esse poema, está correto dizer: A) No texto, encontramos exemplos do Português tanto no seu uso padrão quanto no seu uso não escorreito. B) Para manifestar sua tendência à coloquialidade, o tex- to ignora completamente procedimentos do Português padrão. C) Ao adotar a norma culta como mecanismo de julgamen- to estilístico, o texto implicitamente condena o analfabe- tismo. D) O uso do Português padrão no primeiro verso, em con- traste com a adoção da linguagem coloquial no último, insinua a inferioridade daquele sobre este. E) A coexistência da norma culta com a linguagem colo- quial indica a valorização e o respeito à diversidade dos usos do Português no Brasil. Aluno(a): __________________________________________________________ Data: ___ /____/ 2018 Professor: Celso Silva Turma: Extensivo (SIte) Assunto: Revisão ENEM

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Pág.Rua Comandante Almiro, 211 - Centro - Feira de Santana-BA (75) 3221.7259 1

GRAMÁTICA - PROF. CELSO SILVA

Texto:

Um mundo sem ciência ambiciosa fica privado de conheci-mento novo e das aplicações das descobertas. Fazer pesqui-sa é caro, mas vale a pena. Vamos pensar apenas na ciência de base, ou seja, a ciência que não tem o objetivo imediato de ser “útil”, via aplicações tecnológicas ou gerando riqueza, cuja meta é investigar a natureza. Quanto um país deve investir nesse tipo de pesquisa?

Quando se discute como equilibrar o orçamento da União, é crucial questionar como os fundos vindos do contribuinte devem ser usados. Afinal, existem necessidades críticas em educação, infraestrutura de transporte, modernização de hos-pitais, atendimento médico para milhões de necessitados etc.

Na minha opinião, cortar o fomento à pesquisa de base, incluindo projetos bem definidos de alto custo, é inadmissível. Um mundo focado no imediato, no pragmático, pode ser efi-ciente, mas é extremamente monótono. Imagine um mundo sem as descobertas sensacionais que andam sendo feitas so-bre o Cosmo e os mistérios da matéria; um mundo sem estre-las explodindo, sem galáxias colidindo e buracos negros.

Uma possibilidade é a de incluir cada vez mais países com fortes economias emergentes, como a China, a Índia e o Bra-sil, no fomento aos grandes projetos. Esse é um dos argumen-tos a favor da inclusão do Brasil como país membro do ESO (Observatório Europeu do Sul), uma discussão que deixo para depois.

Quando vejo as enormes quantias sendo gastas na defe-sa nacional, eu me pergunto se nossas prioridades estão no lado criativo ou no destrutivo. Quando deixamos de investir no novo, ficamos condenados a só olhar para o velho.

(MARCELO GLEISER. Jornal da Ciência, 03 de setembro de 2012. Adaptado.)

01. A ideia central que dá unidade temática ao texto poderia ser expressa nos seguintes termos:

A) Uma ciência que prioriza a obtenção de prosperidades imediatas tem um grande ônus financeiro, desnecessá-ria, mas representa o empenho dos países que preten-dem ganhar a liderança internacional.

B) Na perspectiva de uma ciência ambiciosa, os fundos oriundos dos contribuintes devem ser aplicados prio-ritariamente para garantir o equilíbrio do orçamento da União.

C) A ciência de base – aquela cujos objetivos transcen-dem o limite do útil-pragmático – deve constituir uma das metas quando se pensa em inovação científica.

D) Entre os cientistas atuais, existe a preocupação com o destino futuro das pesquisas de grande porte, em razão dos altos custos que elas demandam dos países que as promovem.

E) As desvantagens de uma ciência focada no ainda não definido são relevantes e repercutem até mesmo nas possibilidades de aplicação para as descobertas já fei-tas anteriormente.

O Mundo é Um MoinhoCartola

Ainda é cedo, amorMal começaste a conhecer a vidaJá anuncias a hora de partidaSem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida

Embora eu saiba que estás resolvidaEm cada esquina cai um pouco a tua vidaEm pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amorPreste atenção, o mundo é um moinhoVai triturar teus sonhos, tão mesquinhosVai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, queridaDe cada amor tu herdarás só o cinismoQuando notares estás à beira do abismoAbismo que cavaste com os teus pés

02. A última estrofe do texto apresenta exemplos de orações que podem ser entendidas como :

A) Uma ideia de causa e restrição. B) Um contexto de tempo e explicação. C) Uma ideia de modo e causalidade. D) Uma ideia de tempo e restrição. E) um referência de proporção e restrição.

03. Pronominais

Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido. Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro.

(Oswald de Andrade. In Poesia Pau-Brasil)

Sobre esse poema, está correto dizer:

A) No texto, encontramos exemplos do Português tanto no seu uso padrão quanto no seu uso não escorreito.

B) Para manifestar sua tendência à coloquialidade, o tex-to ignora completamente procedimentos do Português padrão.

C) Ao adotar a norma culta como mecanismo de julgamen-to estilístico, o texto implicitamente condena o analfabe-tismo.

D) O uso do Português padrão no primeiro verso, em con-traste com a adoção da linguagem coloquial no último, insinua a inferioridade daquele sobre este.

E) A coexistência da norma culta com a linguagem colo-quial indica a valorização e o respeito à diversidade dos usos do Português no Brasil.

Aluno(a): __________________________________________________________ Data: ___ /____/ 2018Professor: Celso Silva Turma: Extensivo (SIte) Assunto: Revisão ENEM

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Rua Comandante Almiro, 211 - Centro - Feira de Santana-BA (75) 3221.72592

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04. A pontuação é uma das maiores dificuldades dos alunos em geral, usar essa ou aquela vírgula desespera qualquer um. Nesse trecho a seguir, faltam alguns sinais de pontuação, analise-o e indique a melhor opção na respectiva ordem.

“Quando se trata de pensar no futuro é preciso ter muita calma vez que a vida é feita de surpresas e a melhor ma-neira é simplesmente ter paciência”.

A) Dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula, vírgula. B) Dois pontos, vírgula, ponto e vírgula, vírgula. C) Vírgula, dois pontos e ponto e vírgula, vírgula. D) Vírgula, vírgula, vírgula e vírgula. E) Vírgula , vírgula, ponto e vírgula, travessão.

05. Metáfora(Gilberto Gil)

Uma lata existe para conter algo,Mas quando o poeta diz: “Lata”Pode estar querendo dizer o incontível

Uma meta existe para ser um alvo,Mas quando o poeta diz: “Meta”Pode estar querendo dizer o inatingível

Por isso não se meta a exigir do poetaQue determine o conteúdo em sua lataNa lata do poetatudonada cabe,Pois ao poeta cabe fazer

Com que na lata venha caberO incabível

Deixe a meta do poeta não discuta,Deixe a sua meta fora da disputa Metadentro e fora, lata absolutaDeixe-a simplesmente metáfora.

Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.

A metáfora é a figura de linguagem identificada pela com-paração subjetiva, pela semelhança ou analogia entre ele-mentos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é:

A) “Uma lata existe para conter algo”.B) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata’”.C) “Uma meta existe para ser um alvo”.D) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.E) “Que determine o conteúdo em sua lata”

06. No cartum, há uma alusão aos “rolezinhos”, manifestações em que jovens, em geral oriundos de periferias, formam grandes grupos para circular dentro de shoppings.

Com base no diálogo entre os seguranças e nos elemen-tos visuais que compõem o cartum, é possível inferir uma crítica do cartunista baseada no seguinte fato:

A) os jovens se descontrolam em grupos muito numerosos.B) os seguranças destoam de um contexto de pré conceitos. C) os seguranças hesitam no cumprimento de medida re-

pressiva.D) os jovens ameaçam as atividades comerciais dos sho-

ppings.E) os jovens e os seguranças são marcados por estereóti-

pos na sociedade.

07. Ai se sêsse

Se um dia nois se gostasseSe um dia nois se queresseSe nois dois se empareasseSe juntim nois dois vivesseSe juntim nois dois morasseSe juntim nois dois drumisseSe juntim nois dois morresseSe pro céu nois assubisseMas porém se acontecesseDe São Pedro não abrisseA porta do céu e fosseTe dizer qualquer tuliceE se eu me arriminasseE tu cum eu insistissePra que eu me arresolvesseE a minha faca puxasseE o bucho do céu furasseTarvês que nois dois ficasseTarvês que nois dois caísseE o céu furado arriasseE as virgi toda fugisse

ZÉ DA LUZ. Cordel do Fogo Encantado. Recife: Álbum de estúdio, 2001.

O poema foi construído com formas do português não pa-drão, tais como “juntim”, “nois”, “tarvês”. Essas formas legi-timam-se na construção do texto, pois

A) Revelam o bom humor do eu lírico do poema.B) Estão presentes na língua e na identidade popular, uma

referência diatópica da linguagem. C) A referência diastrática revela uma linguagem que valo-

riza a informalidade. D) Tornam a leitura fácil de entender para a maioria dos

brasileiros por causa do contexto diastrático. E) Compõem um conjunto de estruturas linguísticas diafá-

sicas.

08. “Isso é boa notícia para a economia, pois há sempre um produto ou serviço que podemos adquirir para suprir essas necessidades.”Esse trecho pode ser reescrito, sem prejuízo do seu sen-tido original e de acordo com norma padrão, como consta na alternativa:

A) Isso é boa notícia para a economia, por quê há sempre um produto ou serviço que podemos adquirir para su-prir essas necessidades.

B) Isso é boa notícia para a economia, porquê há sempre um produto ou serviço que podemos adquirir para su-prir essas necessidades.

C) Isso é boa notícia para a economia porque há sempre um produto ou serviço que podemos adquirir para su-prir essas necessidades.

D) Isso é boa notícia para a economia, por que há sempre um produto ou serviço que podemos adquirir para su-prir essas necessidades.

E) Isso é boa notícia para a economia, portanto sempre há um produto ou serviço que podemos adquirir para suprir essas necessidades.

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09. Examine o cartum.

O efeito de humor presente no cartum decorre, principal-mente, da

A) A semelhança entre a língua de origem e a local o que representa um contexto diastrático.

B) A falha de comunicação causada pelo uso do aparelho eletrônico, o que representa um contexto diatópico.

C) Falta de habilidade da personagem em operar o locali-zador geográfico por causa do idioma diferente.

D) Discrepância entre situar-se geograficamente e domi-nar o idioma local por causa da variação diacrônica.

E) Variação diatópica que reflete na discrepância entre a língua de origem e a língua local.

10. No trecho “Numa palavra, qualquer gênero de arte que, de fato, nos afete, torna-se, deste modo, arte moderna”. As expressões sublinhadas podem ser substituídas, sem pre-juízo do sentido do texto, respectivamente, por

A) Sinceramente, portanto.B) Invariavelmente; ainda.C) Com efeito; todavia.D) Com segurança; também.E) Realmente; pois,.

11. Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida Repú-blica Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondên-cia será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravi-lhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apar-tamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encon-trar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.

(Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.) A “Ao explicar o contexto combinado por eles antes, como um de seus elementos, o autor fez uso de:

A) Eufemismo.B) Metalinguagem.C) Intertextualidade.D) Hipérbole.E) Pleonasmo.

12. Assinale a alternativa que analisa corretamente uma ques-tão gramatical.

A) Há emprego desnecessário da palavra “educação” repe-tida, o que traduz redundância, devendo-se evitar isso.

B) O emprego da forma verbal “dá” está inadequado, pois este verbo, quando no tempo aí usado, deve ser escrito como “dar”.

C) O emprego do “por que” está inadequado, pois em fra-ses declarativas, para causa, explicação ou justificati-va, usa-se “porque”.

D) A palavra “educação”, no segundo registro, deveria vir determinada pelo artigo “a”.

E) Uma forma melhor de reescrever a mensagem seria “O governo não dá educação, por que esta derruba aque-le”.

13. Nas alternativas a seguir, estão transcritos versos da obra O pequeno livro de hai-kais do Menino Maluquinho, de Zi-raldo.

Assinale a alternativa em que se encontra a figura de lin-guagem que sobrevaloriza, acentua uma ideia .

A) A vida é assim:/a menina dos meus olhos/não olha pra mim!

B) Modéstia à parte,/a bagunça que eu faço/tem nome de arte.

C) Que não seja duro/ter um belo passado/no meu futuro.D) Não sou profundo./O que quero é, apenas,/abraçar o

mundo.E) No céu e no mar,/gaivotas brincam como eu/queria

brincar!

14. De todos os percentuais divulgados, meu favoritíssimo aborda extraterrestres: 78,25% das civilizações alieníge-nas que nos visitam vêm de fora da Via Láctea. Depois dessa precisão alienígena, eu, que vivia fora de órbita, ando agora 78,25% mais à Terra. Com tanta gente estra-nha por aqui, acredito que a confusão estatística é coisa de ET. Ou do diabo. Tenho 66,6% de certeza. GIFFONI, L. Confusão estatística. In: O acaso abre portas. Belo Horizonte:

Abacate, 2014. p. 21. Os recursos de estilo empregados nesse fragmento indi-cam a intenção do autor reforçar uma conotação:

A) Hiperbólica, para demonstrar indiferença a critérios percentuais.

B) Irônica, para criticar a vagueza de informações numéricas.C) Paradoxal, para questionar as probabilidades científi-

cas. D) Irônica, para fazer um sarcasmo sobre a precisão de

dados estatísticos.E) Metafórica, para mostrar a influência dos alienígenas

na vida das pessoas.

15. Enquanto fugia de caçadores, uma raposa viu um lenha-dor e lhe pediu que a escondesse. Ele sugeriu que ela entrasse em sua cabana e se ocultasse lá dentro. Não muito tempo depois, vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se ele tinha visto uma raposa passar por ali. Em voz alta ele negou tê-la visto, mas com a mão fez gestos indicando onde ela estava escondida. Entretanto, como eles não prestaram atenção nos seus gestos, de-ram crédito às suas palavras. Ao constatar que eles já es-tavam longe, a raposa saiu em silêncio e foi indo embora. E o lenhador se pôs a repreendê- -la, pois ela, salva por ele, não lhe dera nem uma palavra de gratidão. A raposa respondeu: “Mas eu seria grata, se os gestos de sua mão fossem condizentes com suas palavras.”

(Fábulas completas, 2013.)

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A moral mais apropriada para fechar a fábula seria:

A) Esta fábula pode ser dita a propósito de homens des-venturados que poderiam ser definidos por um famo-so dito popular,” faça o que faço, mas não faça o que digo.”.

B) Desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito daqueles homens que nitidamente proclamam ações nobres, mas praticam o oposto.

C) Esta fábula mostra que os homens desatentos prestam atenção nas coisas de que esperam tirar proveito, mas permanecem apáticos em relação àquelas que não lhes agradam.

D) Assim, alguns homens se entregam a tarefas arrisca-das, na esperança de obter ganhos, mas se arruínam antes mesmo de chegar perto do que almejam.

E) Desta fábula pode servir-se uma pessoa a propósito de um homem frouxo que reclama de ínfimas desgraças, enquanto ela própria suporta, sem dificuldade, desgra-ças enormes.

Gabarito:

01. C02. D03. A04. D05. E06. E07. C08. C09. E10. E11. B12. C13. D14. D15. B