ateliÊ de projeto integrado - faued / ufu estudo preliminar para habitaÇÃo social

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PLANEJAMENTO DE PROJETO GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES CONDICIONANTES FÍSICAS CONDICIONANTES ECÔNOMICAS E MATERIAIS CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS CONDICIONANTES CONCEITUAIS

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Estudo da área de implantação do projeto - Condicionantes e Referências.

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Page 1: ATELIÊ  DE PROJETO INTEGRADO - FAUED / UFU  ESTUDO PRELIMINAR PARA HABITAÇÃO SOCIAL

PLANEJAMENTO DE PROJETO

GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

CONDICIONANTES FÍSICAS

CONDICIONANTES ECÔNOMICAS E MATERIAIS

CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS

CONDICIONANTES CONCEITUAIS

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CONDICIONANTES FÍSICAS

GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

GABARITO

O gabarito do bairro é predominantemente baixo, salvo nas vias de maior fluxo onde se encontram a maioria dos comércios do bairro que se situam em edifícios de porte médio. A relação do gabarito mostra que o bairro possui em sua maioria casas, o que pode ser um passo inicial para se pensar na altura dos futuros edifícios de habitação que serão propostos.Como o Bairro possui em sua maioria construções térreas se dá a ideia de uma maior permeabilidade em relação a ventilação do mesmo que é mais aproveitada e distribuída em relação a outros bairros da cidade de Uberlândia, como Centro e Fundinho.Em relação ao entorno imediato (construções ao lado do terreno), estas são em maioria casas e alguns edifícios de três a quatro pavimentos. A horizontalidade percebida e observada no bairro mostra como o setor se desenvolve a partir de suas construções, sendo estas definidas de acordo com as áreas de acesso e maior circulação, o terreno está situado em uma destas vias de acesso (Avenida Cesário Alvim), o que pode constituir um ambiente não tão estranho ao bairro em relação ao edifício, isso devido o mesmo estar próximo a construções que estão próximas a altura esperada para o edifício de habitação social.

1 PAVIMENTO

2 PAVIMENTOS3 PAVIMENTOS4 PAVIMENTOS OU MAIS

Área do Bairro Nossa Senhora Aparecida na região central

(bairros integrados).

ÁREA DE PROJETO

80 m

etro

s

45 metros

3600 m²

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GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

USO E OCUPAÇÃO

Comércio e serviços

O bairro possui grande variedade em relação a oferta de serviços e comércio, por estar localizado no entorno da região central, o que cria um fluxo maior tanto de pessoas como de mercadorias O m e s m o a d q u i r e u m a f u n ç ã o secundária à do centro. Há de salientar a posição do terreno em relação ao bairro, que está situado a menos de u qui lômetro do maior shopping center da cidade, o que possibilita uma oferta maior em vários segmentos.Algumas das ofertas de serviço estão relacionadas a diversos t ipos de segmentos, que são:Ÿ · Peças e consertosŸ · AutomóveisŸ · Alimentos e bebidasŸ · Móveis e materiais de construção Ÿ · Oficinas em geralŸ · Aluguel de carrosŸ · Atacado e varejoŸ · Saúde e estéticaComo o bairro possui várias opções de comércio o deslocamento para outras áreas para a procura de serviços não é tão necessária.Em re lação a serv iços púb l i cos (educação-saúde-esporte-lazer), o bairro possui uma boa infraestrutura, mas es ta não a lcança todos os segmentos.

AVENIDA AFONSO PENA

AVENIDA CESÁRIO ALVIM

AVENIDA FLORIANO PEIXOTO

AVENIDA JOÃO PINHEIRO

ÁREA DE PROJETO

RESIDENCIAL

COMÉRCIO

USO MISTO R/C

ÁREAS LIVRES

INSTITUCIONAL

ÁREAS VERDES

VIAS ONDE O COMÉRCIO E USO MISTO ESTÃO MAIS PRESENTES

CONDICIONANTES FÍSICAS

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CONDICIONANTES FÍSICAS OFERTA DE SERVIÇOS

100 metros

Ÿ AlimentaçãoŸ ConsertosŸ Automóveis

500 metros

Ÿ AlimentaçãoŸ Serviço BancárioŸ ConsertosŸ AutomóveisŸ Serviços

especializadosŸ Saúde (particular)Ÿ Materiais de

construção Ÿ Entretenimento

1000 metros

Ÿ AlimentaçãoŸ Serviço BancárioŸ AutomóveisŸ Serviços especializadosŸ Saúde (particular)Ÿ Materiais de construção Ÿ Entretenimento Ÿ Formação profissionalŸ Outros especializados

N e s s e r a i o s e e n c o n t r a m lanchonetes, revendedoras de automóveis e também lojas de consertos em geral.

No raio de 300 metros a oferta de serviços básicos já é maior, há mercados, farmácias e serviços especializados, como salões de be leza , ba rbea r i as , ba res , agências bancárias e clínicas de saúde bucal e especializadas.Nessa distancia já se encontram instituiçoes públicas, como a ADEVITRIM e também igrejas.

Além dos serv iços s i tuados anteriormente, o raio de 1000 metros atinge outros bairros e também o Center Shopping, o que possibilita um numero maior de serviços oferecidos. Além disso, esse raio atinge outras instituições públicas, como escolas e creches, algumas situadas no Bairro Tibery, e também o Conserva tó r i o Estadual de Música

Referente aos serviços públicos o bairro não é totalmente equipado, saúde e esportes são áreas as mais deficitárias, contudo como o terreno está próximo a outros bairros e possui uma boa oferta de transporte, o acesso a estes serviços em outros locais se torna mais fácil.

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MOBILIDADE

CONDICIONANTES FÍSICAS

B904Ipanema - Centro

B906Minas Gerais - Centro

B908Cruzeiro - Centro

A114Tibery - T. Central

VIA TEATRO MUNICIPAL

A113Tibery - T. Central

VIA UAI TIBERY

A111Teatro Municipal - T. Central

T151T. Industrial - T. Central

T123Algar Tec. - T. Central

VIA T. UMUARAMA

T122T. Umuarama -T. Central

T121T. Umuarama - Luizote

(MANSOUR)

T120T. Umuarama - Luizote

VIA LUIZOTE lll

A área de projeto se localiza em uma área muito privilegiada em relação ao transporte público, pois como faz parte da região central ônibus de outros setores percorrem sua malha, servindo também de apoio ao bairro.O bairro também possui linhas exclusivas que percorrem toda a sua extensão, são elas:

Ÿ T120Ÿ T121Ÿ T122 Principais linhas do bairro

Sobre a qualidade das calçadas o bairro em si é deficitário pois não existem rampas de acessibilidade, em alguns lugares o mal dimensionamento prejudica a mobilidade das pessoas, o lixo acumulado, lixeiras e árvores mal posicionadas também sao problemas existentes nas calcadas.No entorno imediato do terreno as calçadas possuem um tamanho razoável, contudo não possuem acessibilidade. Sobretudo o bairro possui uma deficiência a nível do pedestre, porém possui uma boa sinalisação, com placas informativas e faixas de pedestre nas suas principais vias.

Linhas de ônibus que atendem o Bairro Nossa Senhora Aparecida

VIAS ESTRUTURAIS

VIAS COLETORAS

VIAS DE TRANSPOSIÇÃO

ÁREA DEROJETO

ÁREA DEROJETO

CICLOVIA

VIAS PRINCIPAIS DO ENTORNO DO BAIRRO

CICLOVIA PRÓXIMA A ÁREA DE PROJETO NA AVENIDA RONDON PACHECO

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ENTORNO / IMAGENS

CONDICIONANTES FÍSICAS

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Av. Cesário Alvim Rua Natal

Rua Belém

Vias entorno (imediato)

Vias entorno (próximo)

Av. Floriano Peixoto Av. Afonso Pena

Rua Feliciano Morais Rua Porto Alegre Rua Salvador

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RESTRIÇÕES E TAXAS

Elementos técnicos constituintes da habitação vertical

O terreno está localizado na porção central do Município de Uberlândia, no bairro Nossa Senhora Aparecida, na esquina entre a Avenida Cesário Alvim e Rua Natal.Conforme a Lei Complementar nº 525 de 2011 que dispõe sobre o Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo Urbano, o imóvel está inserido em uma Zona Mista (ZM).

Classificação do Uso Pretendido: H3 Habitação de interesse socialEspecificação do Uso: H2V Multifamiliar vertical

Taxa de ocupação: 60% ou H2V > 4 pavimentos = 40%(¹) – Área: 2.160 m² ou 1.440 m²

Parâmetros Urbanísticos ZM – Área total do terreno: 3600 m²

Coeficiente de aproveitamento: 3,0 – Área: 10.800 m².

Afastamento lateral e fundo mínimos: 1,5 (²) ou ALF = H/10 + 1,5, acima de 2 pavimentos.

Área permeável: 20% - Área: 720 m².

Afastamento frontal mínimo: 3,0 m (²) ou AFR = H/10+ 2,10, acima de 2 pavimentos.

Estacionamentos: Área Mínima de estacionamento

Multifamiliar vertical: 1 para cada unidade autônoma, sendo que no mínimo 10% do número de vagas deverá ter dimensões de 2,4 m x 5,00 m = 12,00 m². Demais vagas deverá ter dimensões mínimas de 2,4 x 4,5 m = 10,8 m².

Habitação de interesse social: Para habitação de interesse social horizontal ou vertical, o mínimo será 50% do número de unidades autônomas.

Outros parâmetros para Multifamiliar vertical e Habitação de interesse social:

Áreas mínimas:

Salas: 7,00 m² (sete metros quadrados) de área e 2,00 m (dois metros) de dimensão mínima;

Dormitórios: 7,00 m² (sete metros quadrados) de área e 2,00 m (dois metros) de dimensão mínima; Quando houver mais de um dormitório, os demais poderão ter área mínima de 6,00 m² (seis metros quadrados);

Cozinhas: 5,00 m² de área com 1,80 de dimensão mínima;

Banheiros: Banheiro com vaso sanitário, chuveiro e lavatório em um único compartimento com área mínima de 1,80 m², com dimensão mínima de 1,00 m ou área de 1,20 m², com o mínimo de 1,00 m, quando o lavatório for externo ou quando houver mais de um banheiro;

Área de serviço: Área mínima de 1,50 m² para espaço destina à lavagem de roupa e serviços de limpeza com área mínima de 1,50 m².

Pé direito: Pé direito de 2,60 m nos cômodos de permanência prolongada e nos demais 2,40 no mínimo.

Iluminação mínima: 1/6 da área do compartimento, se de permanência prolongada e 1/8 da área do compartimento, se de permanência transitória.

Área de ventilação: Deverá ser no mínimo 50% da área de iluminação exigida.

Áreas mínimas: Nos edifícios de apartamentos é obrigatória a existência de um espaço coberto ou não para recreação infantil que deverá:I – Ter área proporcional a 2m² por unidade residencial, com dimensão mínima de 3,00 m II – Estar separado da circulação ou estacionamento de veículos e depósito de lixo.

Abrigos de lixo: Portão de acesso para via de no mínimo 1,5 m.

CONDICIONANTES FÍSICAS

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TOPOGRAFIA

A área proposta para o projeto não possui grande inclinação direta, ou seja, pelo tamanho do terreno 45x80 o desnível de não é tão acentuado. O desnível do terreno na sua menor direção tem 2,65 m, e na direção longitudinal tem 0,75 m, como a dimensão do terreno é grande, a visualização destes desníveis não são tão explicitas, contudo o terreno se torna um dos condicionantes principais em relação ao seu desnível.

Existem alguns pontos que devem ser considerados em relação ao desnível do terreno; o escoamento superficial de água, circulação, acessib i l idade, posição dos edifícios e estacionamento. E em relação ao escoamento superficial o terreno não trabalha bem a questão do solo, existem poucas árvores e forração insuficiente para segurar sedimentos que podem vir a se tornar um problema. Sobre a posição dos blocos de edifícios e estacionamentos, estes podem ganhar uma espacialidade formal que pode contribuir com o projeto proposto, o mesmo acontece em re lação a acess ib i l i dade e c i r c u l a ç ã o q u e p o d e m s e r resolvidos através da definição dos acessos e rampas.

CONDICIONANTES FÍSICAS

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CONDICIONANTES FÍSICAS

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INSOLAÇÃO E VENTOS

Algumas previsões de conforto a serem postas no projeto:

Ÿ Arborização e previsão de espaços verdes Ÿ Soluções para o problema de insolação em

algumas fachadas (elementos de proteção)Ÿ Sistema de retardação de ruídos (projeto

acústico) para as fachadas dispostas frente a Avenida Cesário Alvim e demais

Ÿ Recuo entre máximo entre os edifícios para aproveitamento dos ventos.

O área de projeto possui uma ótima localização em relação a ventilação e insolação. O bairro Nossa Senhora Aparecida onde está situado o terreno não possui um gabarito alto, o que possibilita uma melhor ventilação e permeabilidade em relação a outros bairros da cidade. Os ventos provenientes do nordeste t r a n s i t a m s u a v e m e n t e e n t r e a s edificações devido a topografia e a altura dos edifícios possibilitando soluções de projeto variadas.Em relação a insolação, o terreno também possui ótima localização devido sua posição, duas das 3 vias de acesso ao terreno estão bem posic ionadas, recebendo apenas o sol da manha AV, Cesário Alvim e Rua Belém, o que possibilita uma ótima relação dos futuros edifícios com a rua, entretanto as outras áreas do terreno recebem insolação direta durante toda a tarde, o que pode ser um problema dependendo das soluções e situação da planta do edifício, porém soluções em barreiras e elementos de proteção solar podem auxiliar as partes da edificação que receberão Sol.

Um problema a ser considerado é o fato da massa arbórea do Bairro ser deficitário, o que pode atrapalhar as boas relações de conforto que são possíveis em questão da ventilação e insolação, o terreno em si não possui árvores o que prejudica o melhor aproveitamento da área. Outro ponto a se apontar é o fato do terreno estar posicionado em uma via de tráfego intenso (Avenida Cesário Alvim), o que pode se tornar um problema em relação à acústica do projeto já que não existe uma barreira prévia para solucionar o problema (árvores).

3600 m²

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NORMAS

CONDICIONANTES FÍSICAS

Bombeiros

Ÿ Em projetos de edificações com a quantidade superior a 7 (sete) pavimentos, é necessário prever um reservatório de água exclusivo para uso em caso de incêndio, e também uma escada externa de incêndio anexada ao edifício.

Ÿ Projetar escadas com largura mínima de 1,2 metros de corrimão duplo.

Ÿ Locar e indicar hidrantes e extintores que atendam a um raio de 10 metros. De suma importância, pois a estrutura do projeto em questão é realizada em material metálico, pouco resistente ao fogo.

Ÿ As placas de sinalização devem estar posicionadas a 1,8 metros do chão e com distância máxima de 15 metros uma das outras.

Ÿ Indicar localização das placas, sinalização de proibição, alerta, orientação e salvamento, equipamentos de combate a incêndio e alarme.

Ÿ Indicar simbologia dos obstáculos com faixas coloridas nos pisos e nas paredes, além de traçar possíveis rotas de fuga.

Além da acessibilidade interna do projeto de habitação há de se lembrar que o entorno também necessita de uma estratégia de projeto para que este seja acessível e possibilite melhores condições aos usuários.

As calcadas e o entorno da área de projeto não possuem rampas de acesso para deficientes, logo o projeto destas de forma adequada visa contribuir para a qualidade total do projeto.

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ESTRUTURA

MATERIAIS

Sistema estrutural a Ser adotado: Stellframe

O Steel Frame, assim conhecido mundialmente, é um sistema construtivo de concepção racional, que tem como principal característica uma estrutura constituída por perfis formados de aço galvanizado que são utilizados para a composição de painéis estruturais e não estruturais, pilares, vigas, vigas de piso, tesouras de telhado e demais componentes. Por ser um sistema industrializado, possibilita uma construção seca com grande rapidez de execução.

Por qual motivo adotar o Steelframe?

Além de ser uma das propostas do API5 (construção seca) é um dos sistemas estruturais de construção que possibilita maior agilidade e rapidez na obra, e também possibilita menor desperdício de materiais e criação de resíduos quase nulos. O sistema também possui maior flexibilidade em relação a futuras expansões, diferente do sistema convencional de estrutura de concreto, o Steelframe faz com que o projeto arquitetônico seja mais dinâmico e flexível comparado aos demais sistemas.Além da questão estrutural própria há de se pensar na proposta de projeto, visto que o Tema Habitação Social é uma das realidades do nosso país, por isso se deve pensar em como buscar soluções que supram de maneira rápida e com qualidade o déficit de habitações no Brasil e os sistemas de construção seca se encaixam perfeitamente a essa situação, pois possibilitam uma obra rápida e com grande qualidade em vários pontos (estrutural, econômico, ambiental, etc).

Outras vantagens

Ÿ Racionalização de material e mão-de-obra: o sistema industrializado evita desperdício e requer menos operários.

Ÿ Obra limpa e organizada: sem depósitos de cimento, areia, madeira e ferragens, o entulho é menor.Ÿ Maior área útil e distância entre vãos: os pilares e as vigas são mais delgados do que os equivalentes de

concreto. Ou seja, a área interna aumenta e a distância entre os pilares também.Ÿ Maior área útil e distância entre vãos: os pilares e as vigas são mais delgados do que os equivalentes de

concreto. Ou seja, a área interna aumenta e a distância entre os pilares também.

O projeto prevê inicialmente 60 unidades habitacionais, sendo elas divididas em dois blocos, um de 6 pavimentos e outro de 2 pavimentos, este contendo 6 salas comerciais no térreo de 20 e 30 m² com. O tamanho das unidades variam em 50, 60 e 70m², algumas com possibilidade de expansão.

De acordo com o SINDUSCOM – MG valores abaixo se referem aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Março/2016.

Para habitações sociais o (CUB/m²) é: 846,13 reaisPara salas comerciais o (CUB/m²) é: 668,95 reais

Logo:

Ÿ (hab. 50 m² - R$ 42306,5) - (hab. 60 m² - R$ 50767,18) - (hab. 70 m² - R$ 59229,1).

Ÿ (salas com. 20 m² - R$ 13379,00) - (salas com. 30 m² - R$ 20068,5).

O preço real da estrutura em Steel Frame, ou Light Steel Frame, varia de acordo com o número de pavimentos e qualidade dos materiais empregados na vedação e acabamento.A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de Sao Paulo utiliza esta estrutura em alguns de seus edifícios de habitação. Com a qualidade do material e porte desenvolvidos pela CDHU, o preço médio da estrutura com vedações e acabamento gira em torno de R$ 360 m².

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VEDAÇÃO

MATERIAIS

Painéis de Vedação

Após a decisão do sistema estrutural há de se pensar na envoltória exterior e nas vedações internas do edifício. As opções de vedações são muitas, contudo serão utilizadas no projeto os painéis em OSB, Painéis de gesso acartonado e painéis de fibrocimento, pois auxiliam no processo rápido da construção e criam um aspecto estético agradável, além disso são ótimos i s o l a n t e s a c ú s t i c o s e t é r m i c o s , possibilitando uma melhor sensação de conforto dentro das futuras habitações.

A utilização dos sistemas de vedação por painéis possibilita também melhor auxílio na preparação dos sistemas hidráulicos e elétricos pois estes serão inseridos nos espaços ociosos em meio a vedação que podem ser preenchidos ou não com isolantes termo acústicos (lã mineral, espuma de poliestireno, etc).

Os benefícios desses painéis de vedação são os mesmos do sistema estrutural, possibilitando um volume menor de resíduos e também maior flexibilidade e rapidez na obra, além de oferecerem uma maior relação custo benefício em relação à futuras obras ou reparos que podem ser feitos de forma ágil e otimizada com menos desperdício de material.

O gesso acartonado é uma placa produzida a partir do gesso e do papel cartão. Suas características permitem uma grande diversidade de usos e um ótimo resultado estético: há superfícies lisas e texturizadas, as emendas são homogêneas e permitem um bom acabamento.

As placas cimentícias são componentes produzidos industrialmente, com alto padrão de qualidade e prontas para o uso na obra. São ideais para projetos que exijam versatilidade, rapidez na montagem e um excelente acabamento.

O OSB é um painel estrutural de tiras de m a d e i r a o r i e n t a d a s pe rpend icu la rmen te , em vá r ias camadas, o que aumenta sua resistência mecânica e rigidez. Essas tiras são unidas com resinas aplicadas sob altas temperaturas e pressão. Através desse processo de engenharia altamente a u t o m a t i z a d o , o s p a i n é i s s ã o permanentemente contro lados e testados para verificar seus níveis de acordo com r íg idos padrões de qualidade.

Possui resistência à compressão e à maleabilidade, oferecendo, também, praticidade, rapidez e versatilidade na elaboração e execução dos projetos, assim como proporc iona poucos resíduos ao final da instalação. É u s a d o e m p a r e d e s e revestimento de tetos.

É um painel ecologicamente correto. As principais aplicações do OSB permitem usos como, paredes e tetos, base de pisos para aplicação de carpetes, pisos de madeira, ladrilhos, tapumes e barracões de obras, carrocerias, emba lagens , es t ru tu ra de móveis, decoração e design.

É uma alternativa rápida, limpa e econômica para construção civil, que pode ser aplicada em áreas internas e externas, além de suprir algumas restrições de outros materiais quanto ao uso em áreas molhadas.

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ASPECTOS SOCIAIS

SOCIOCULTURAL

Habitação

Com relação a habitação social: O morar seria a principal tarefa de uma vida, contudo ainda faltam moradias no Brasil. O direito ao morar ainda é restrito, o que torna a sociedade desigual e desordenada.No Brasil o déficit habitacional é de 5.846.040 unidades, o que demonstra como muitos ainda não possuem o direito de morar, estas pessoas vivem em situação precária e muitas das vezes em locais inapropriados.A situação econômica destas pessoas varia de acordo com cada estado e mesmo a própria situação financeira. Muitos vivem de Aluguel, outros estão em áreas de risco e em alguns casos não tem onde morar, dentre outras situações.O projeto visa complementar a classe C, (faixas 1 e 2), que juntas tonalizam 91.8% do déficit habitacional do país.

Dados da PENAD apontam que a na classe C (sugerida para o projeto) a oferta de serviços públicos aliados a uma boa qualidade urbana ainda são insuficientes, logo para o atual projeto de habitação a pesquisa do local, junto a seus condicionantes, tem como objetivo a fundamentação metodológica para a análise da habitação, bem como saber quais serão os pontos principais do projeto, sejam eles áreas públicas, lazer e esporte, e que essa fundamentação sirva como premissa para a elaboração de um projeto que atenda as áreas onde a classe C seja mais deficitária.

Condicionantes socioculturais

O atual cenário sociocultural brasileiro reflete diretamente nas habitações, nas moradias. Com uma sociedade individualista, insegura e divida, o morar se torna diferente, este adquire o aspecto que a maioria das cidades brasileiras possuem; falta de espaços públicos (coletivo); barreiras sociais (loteamentos fora dos centros urbanos); barreira física imposta pelos muros (insegurança) e individualismo (falta de espaços que possibilitem as relações pessoais). Referente a todos os problemas atuais o cenário que se impõe hoje tentam ser resolvidos através de programas sociais, que muita das vezes faz com que a escala do problema se torne maior.Pensando nesses aspectos sociais e culturais deve-se pensar como trazer uma qualidade através de projetos para a cidade, sejam eles de habitação, urbanismo e requalificações, que sejam capazes de reverter ou amenizar a problemática urbana.No caso do projeto de habitação proposto, a busca por uma qualidade está relacionada diretamente as necessidades que as famílias que serão contempladas possuem, sejam elas resolvidas através do espaço interno da habitação ou pela sua implantação, possibilitando assim um morar que seja agradável e útil, e que cumpra com o programa de necessidades proposto, bem como criar integração entre as pessoas, o bairro e a cidade por meio da implantação do projeto.

De acordo com a Fundação João Pinheiro, o déficit habitacional de Uberlândia em 2009 era de 10.400 unidades, contudo os cadastros na Secretaria da Habitação somavam 27.963 inscrições, das quais 19.156 inscrições eram referentes a população com renda de 0 a 3 salários mínimos.

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PÚBLICO ALVO

ESTUDAR

COZINHAR

DORMIR

VER

TVL

ER

COMER

COMER

ESTOCAR

TRABALHAR

COMER

EXERCITAR

INTERAGIR

TOMAR BANHO

HIGIENIZAR-SE

DESCANSAR

BRINCAR

CONVERSAR

FALAR

70% para faixa 1 (0-3 salários mínimos)30% para faixa 2 (3-6 salários mínimos)

PERFIL DOS MORADORES

Família nuclear

Família nuclear expandida

Família monoparental

Pessoa só

Casal sem filhos

Casal de idosos

O projeto visa atender a famílias atingidas pelo déficit habitacional existente, sendo elas faixa 1 e 2, sendo assim o projeto visa estabelecer uma divisao para ambas faixas:

SOCIOCULTURAL

Sobre as necessidades básicas a serem proporcionadas pela habitação é importante ressaltar que os espaços devem acomodar diferentes situações e perfis, bem como usos diferentes, contrapondo o uso das habitações de interesse social onde as tarefas têm determinados espaços para serem feitas, contudo estes espaços não acomodam as situações do dia a dia. Sobretudo as relações espaciais e as estratégias de projeto devem considerar as atividades cotidianas e inesperadas como; passar roupas, receber amigos, onde o espaço seja maximizado e esteja disposto e preparado para acomodar tais necessidades.

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Cacamatzin 34

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Arquitetos: DEA -Diseño Exterior y Arquitectura.

Localização: Calle Cacamatzin 34, Tlaxpana, 11370 Cidado do México, México.

Área: 3268.0 m².

Ano do projeto: 2012.

O presente projeto de Habita çãosocial feito no México teve como premissa a utiliza de um terreno çãoinser ido em um espaço com interesses patrimoniais, com isso a utiliza de um espaço mínimo sem çãoi n t e r f e r ê n c i a n a s d e m a i s construções fez com que o edifício propusesse novas saídas para a falta de espaço. Utilizando desse preceito as habitações deveriam seguir diferentes modelos, se adequando para diferentes tipologia familiares que viessem a ocupa-las.A cria de um espaço comum aos çãomoradores influência no formato da edificação, protegendo árvores existentes e criando um jardim em formato curvo, esta mesma forma deu características distintas para alguns apartamentos.

Pontos de interesse do projeto

Ÿ Distribuição espacial dos cômodos Ÿ Tipologia diferentes de apartamento Ÿ Espaço público que integram os moradores e muda a estética do edifício e seus apartamentos.

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Entre Deux Rives

REFERÊNCIAS PROJETUAISArquitetos: PHILIPPON - KALT Architects

Localização: 7 Quai Châtelier, 93450 L'Île-Saint-Denis, França

Área: 11100.0 m²

Ano do projeto: 2014

O edifício busca uma identidade local, pois está inserido entre dois rios, com isso as paisagens entre os blocos foram desenhadas para motivar a reunião das pessoas, com árvores e áreas verdes, estabelecendo uma relação com a natureza . Os espaços vazios convidam os residentes a se apropriarem deles; os espaços compartilhados com amplas janelas e persianas e os fechamentos para o entorno dos jardins fomentam a abertura para o resto dos vizinhos.A construção de espaços que privilegiam a natureza e as árvores promovem uma relação forte com o entorno, não diferindo e contrastando com a paisagem, os edifícios possuem materialidade que também conformam com as cores da natureza, além disso as sacadas existentes proporcionam um espaço de descanso e de continuação e interação com o espaço exterior.

Pontos de interesse do projeto

Ÿ Relação com o entorno e materialidadeŸ Projeto paisagístico e relação com o espaço natural

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HIS em Aigues-Mortes

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

Arquitetos: Thomas Landemaine Architectes

Localização: Aigues-Mortes, França

Ano do projeto: 2015

O presente projeto de habitação promove outras chaves para um bom projeto de arquitetura. A materialidade junto com a geometria proporcionam espaços intimos ao ar livre para cada habitação.Além do uso da madeira que se torna um elemento de proteção solar, que aliada a tipos diferentes de volumes e materiais criam uma identidade única ao edifício.O uso dos espaços coletivos soltos fora do volume da edificação promove uma qualidade estética agradável, além de propor uma relação de interior exterior bem maior devido ao material empregado.Os edifícios promovem volumes diferentes dentro do terreno, variando no número de pavimentos e se mesclando a casas individuais, o que torna o espaço menos monótono, pois traz diferentes formas de morar e diferentes formas de se ver o espaço.

Pontos de interesse do projeto

Ÿ MaterialidadeŸ Volumetria e funcionamento dos espaços livresŸ Modulação das unidades habitacionais

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44 Unidades

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

Arquitetos: Cristina Argos Moras, María Loriete lópes

Localização: Plaza de la Cultura, Teruel, Espanha

Área: 8780 m²

Ano do projeto: 2012

O projeto concebido em Teruel, na Espanha, contempla diferentes tipos de formalidades, plantas, que juntas com as salas comerciais criam o bloco misto. O bloco possui corredores e sacadas que possibilitam que os moradores tenham uma relação maior com o exterior, o edifício cria também com seu estacionamento uma relação com a rua, sendo este livre em meio aos pilotis

Pontos de interesse do projeto

Ÿ Diferentes tipologias de apartamentos, o que possibilita várias tipologias familiares.Ÿ Relação interior/exterior, dada pela continuidade dos espaços de circulação e varandas.Ÿ Disposição do estacionamento, onde o mesmo permanece livre e cria um espaço agradável e menos

impactante.

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GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

TEXTOS

REFERÊNCIAS TEXTUAIS

Soluções de realojamento I: a Residencial Alexandre Mackenzie no realojamento da favela Nova Jaguaré, em São Paulo

Realojamento de 400 famílias Prédios de 5 pavimentos – 295 habitações Casas sobrepostas – 132 habitações O projeto permite a grande integração entre vizinhos e com o exterior, devido aos espaços de uso comum que permitem inúmeras possibilidades de integração e aos muros baixos que remetem permeabilidade do exterior com o projeto.A Volumetria e as cores tornam agradáveis o visual no que se refere à estética do projeto, importante para quem habita e para o espaço urbano. Acesso aos apartamentos por galerias exteriores melhora a relação com o exterior e possibilita a relação de convívio em cada pavimento.Canteiros nas habitações – humaniza e causa bem-estar, o ajardinamento e equipamentos nos espaços exteriores proporciona o sentimento de pertencimento.destaca-se que as dimensões da cozinha proporcionam alguma positiva funcionalidade e até exibilidade no seu uso, podendo "libertar-se" a pequena sala-comum para usos, por exemplo, mais ligados ao lazer e, quem sabe, ao trabalho em casa - uma realidade que se julga ser de incentivar e apoiar em termos espaciais e de conforto.A inexistência de condições espaciais e domésticas minimamente adequadas pode ter efetivas consequências patológicas em termos de saúde física e psicológica dos respectivos habitantes.

Avaliação de edifícios no Brasil: da avaliação ambiental para avaliação de sustentabilidadeO texto trata das pesquisas que tem como objeto de análise a redução dos impactos ambientais de edifícios que têm sido amplamente estimuladas por agências governamentais, instituições de pesquisa e pelo setor privado de diversos países. Atualmente, praticamente cada país europeu, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Hong Kong, possui um sistema de avaliação de edifícios. Todos estes sistemas concentram-se exclusivamente na dimensão ambiental da sustentabilidade. O texto apresenta e compara sucintamente os principais sistemas de avaliação ambiental de edifícios e evidencia a impossibilidade de mera importação de métodos existentes com base no sucesso alcançado em países com latitudes e condições sociais, econômicas e ambientais sensivelmente diferentes das do Brasil.

Habitação social: temas da produção contemporânea:

A busca de exemplos com abrangência nacional de projetos de interesse social é importante para que haja representatividade regional considerando-se o que se realizou no país, projetos que possam representar importante discussão acerca do tema habitacional e que expressassem possibilidades frente a diferentes situações urbanas e estratégias de intervenção.Destaca-se a importância da relação do projeto com as preexistências urbanas, com o entorno imediato;

Os espaços coletivos e públicos, quando não residuais, foram também observados em função da adequação das áreas projetadas ao uso. Voltado à tipologia, considerou-se a diversidade das edicações e das unidades habitacionais, o dimensionamento das áreas, as circulações verticais e horizontais; O sistema construtivo e a análise dos espaços coletivos que compõem os edifícios;

A história da produção da habitação social no Brasil foi bastante importante, pois levantou novas questões, questões de distribuição da riqueza urbana, questões de segregação.O que se coloca é a real possibilidade de qualicação dos territórios de habitação social a partir das condições diferenciadas a que estão submetidos desde a origem, diferente das condições do mercado e da lógica da especulação.A habitação social no Brasil foi em determinado momento expressão da modernidade no país apontando um vínculo preciso entre cidade, arquitetura e sociedade nesse período. O m deste processo e dessa relação levou nossa arquitetura a um papel mais que secundário com relação ao espaço, modo de vida, construção e urbanidade de uma sociedade que, aparentemente não tem forma a não ser aquela atribuída pelo mercado imobiliário e pela constituição capitalista do espaço desigual da cidade.

A INEFICIÊNCIA DE UM MODELO DE MORAR MÍNIMO: análise pós-ocupacional em habitação de interesse social em Uberlândia-MGO texto busca expor resultados com relação à análise de pós-ocupação em habitações de interesse social, e tem como objetivo aprimorar e aferir as reais necessidades das populações de baixa renda beneciadas por programas habitacionais. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: entrevistas com os moradores, guiadas por um questionário e orientações realizados pelos pesquisadores. Os principais problemas identicados foram as dimensões reduzidas dos ambientes e a diculdade para mobiliar. Essa situação representa uma incompatibilidade entre a tipologia arquitetônica adotada e as reais necessidades de seus usuários. Com isso, pode-se armar que os modelos habitacionais ofertados e sua construção massiva são inecientes na resolução da questão habitacional uberlandense, por

A escolha dos textos referênciais ajuda a desenvolver diretrizes projetuais que possibilitam uma nova visão a cerca da habitação através de aspectos diferentes, desde a implantação e formalização das unidades habitacionais até a sua avaliação pós ocupação, estando esta inserida em diferentes contextos.

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RESULTADOS

AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO

As reclamações mais recorrentes são focais ao interior do apartamento, a qualidade dos espaços, a disposição e qualidade ambiental foram as principais reivindicações, dentre os cômodos de menor qualidade estão:

Ÿ Cozinha - mal dimensionada (pequena)

Ÿ Banheiro - disposição ruim Ÿ A/S - mal dimensionada (muito

pequena)

Os quartos e sala foram os que t i v e r a m m e n o r n ú m e r o d e reclamações pois tem um bom tamanho que possibilita diferentes atividades e melhor disposição de mobiliário.

O sonho da casa própria se torna fundamental para se ter uma boa vida, ainda mais para os brasileiros, que tem uma relação de afeto e amor com a casa própria, os afazeres, as tarefas domésticas, o simples fato de morar em algo próprio gera uma satisfação pessoal imensa (segundo alguns moradores).A Avaliação pós ocupação feita no condomínio Palmeira Real em Uberlândia consistiu em uma busca de dados que pudessem mostrar os pontos negativos e positivos do projeto de habitação e como os moradores se adaptaram ao novo estilo de vida, em comunidade.A principio todas as pessoas entrevistadas acreditam ser o melhor lugar para se viver, devido ao fato de ser algo próprio, porém, problemas internos, tanto na sociabilidade, quanto na estrutura do condomínio foram os mais recorrentes.Os problemas espaciais estão entre os mais citados; espaços que são mín imos , ou t ros supe r dimensionados impuseram uma certa dificuldade para os moradores se arranjarem devido ao tamanho e quantidade da mobília e também pelo perfil familiar, contendo um número de pessoas maior ou não.Sobre os materiais aplicados na construção do condomínio todos os entrevistados citaram as mesmas deficiências; piso, pintura, esquadrias de baixa qualidade e até mesmo da estrutura que em algumas situações se puseram em primeiro plano devido a problemas de rachaduras que podem vir a se tornar um problema para todo o edifício.A qualidade do bairro também foi alvo da avaliação, para os moradores o bairro supre as necessidades básicas, sendo melhor do que a morada anterior, entretanto serviços de saúde e transporte são os mais problemáticos pois necessitam de muito tempo e/ou deslocamento para poder usufruir dos mesmos.

Importante ressaltar a importância da habitação para os moradores, o primeiro apartamento, a casa própria, condicionantes que levam as pessoas acreditarem ser o melhor lugar para se viver, e sim é o melhor lugar! É o lar de cada um. Entretanto vale ressaltar a importância do olhar técnico que vai além boas coisas que uma morada representa. No condomínio Palmeira Real as questões a serem reavaliadas são muitas, tanto quanto na qualidade espacial da habitação, quanto na qualidade da inserção e materialidade do empreendimento. A qualidade de inserção é satisfatória e cumpre como papel de um bairro que oferece serviços necessários, já na qualidade espacial e material o edifício traz consigo problemas de dimensionamento e qualidade baixa em relação a estrutura e revestimento.A qualidade da habitação não oferece um local que esteja disposto a receber tipologias famíliares diferentes e nem cumpre com um papel ambiental, pois não possui um projeto paisagístico que ofereça uma melhor condição climática ao local.Sobretudo a de se quest ionar sobre a qual idade do empreendimento, bem como os condicionantes que impactam diretamente em suas características.

A qualidade interna do condomínio foi bem avaliada em relação aos blocos de apartamento, salvo algumas excussões. A qualidade dos espaços comuns, número de vagas de estacionamento e circulação entre blocos foram contestadadas.A qualidade espacial e estética foram bem avaliadas, junto com a seguranca e manutençãodas áreas verdes e dos apartamentos.

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PARTIDO / SÍNTESE

CONCEITO DO PROJETO

PA

RA

AL

CA

AR

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DA

A C

IDA

DE

TIP

OL

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IAS

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PERMEABILIDADE

RELAÇÃO COM ENTORNO

QUALIDADE AMBIENTAL

DIVERSIDADE

ESPAÇO MUTÁVEL

OFERTA DE SERVIÇOS

MATERIALIDADE

A relação proposta para o projeto de habitação social tem como base as relações sociais, estas influenciam no modo de vida das pessoas, há de salientar a importância do conceito de diversidade, esta por si pode ser implícita ou explicita em um projeto arquitetônico.A relação de diversidade e diferentes tipologias se encaixam perfeitamente para o projeto que foi pensado inicialmente como uma casa, onde cada um pode construir e dar um toque único a cada unidade de habitação.

O conceito do projeto também busca ter relação com a cidade, e como esta funciona, sendo dinâmico e ao mesmo tempo promovendo espaços públicos dentro e fora do seu limite.

A construção de tipologias de habitação diversas tem como base as ligações sociais e como estas se diferem, se unem e formam um só conjunto, uma sociedade, e o edifício busca ter as relações diversas existentes; relações com o próximo, relações individuais e relações diversas, que podem ser transmitidas na forma com que cada um constrói o seu espaço.

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GABRIEL GONCALVES DA SILVA / HENRIQUE INOCÊNCIO BORGES

REFERÊNCIAS

LAY, M. C. D.; REIS, A. T. L. Tipos arquitetônicos e dimensões dos espaços da habitação social. AMBIENTE CONSTRUÍDO, Porto Alegre: ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, v. 2, n. 3, p. 7-24, 2002. RUBANO, L. M. Habitação social: temas da produção contemporânea. In: Portal Vitruvius, Arquitextos 095, Texto Especial 468, Abr. 2008 SILVA, V. G.; SILVA, M. G.; AGOPYAN, V. Avaliação de edifícios no Brasil: da avaliação ambiental para avaliação de sustentabilidade. Ambiente Construído, v.3, n.3, p.8-18, 2003. Soluções de realojamento I: reflexões preliminares sobre a recente solução da Residencial Alexandre Mackenzie VILLA, S. B.; et al. A ineficiência de um modelo de morar mínimo – análise pós-ocupacional em habitação de interesse social em Uberlândia. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.5, n.14, p.121

LEI COMPLEMENTAR Nº 524, DE 08 DE ABRIL DE 201 - O CÓDIGO

MUNICIPAL DE OBRAS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA E DE SEUS

DISTRITOS.

LEI COMPLEMENTAR Nº 525, DE 14 DE ABRIL DE 2011 - ZONEAMENTO

DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA.

NORMA ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e

equipamentos urbanos.

NORMA ABNT NBR 9077 Saídas de emergência em edifícios

Plano Nacional de Habitação – Ministério das cidades – Secretara Nacional d

Habitação – 2009

BRASIL. Estatuto da Cidade. 2001. Estatuto da Cidade: Lei n. 10257, de 10 de

julho de 2001, que estabelece diretrizes gerais da política urbana. Brasília:

Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.

IBGE – Pesquisa de informações básicas municipais – PERFIL DOS

MUNICÍPIOS BRASILEIROS 2015.

Steel framing: arquitetura / Alexandre Kokke Santiago, Arlene Maria Sarmanho Freitas, Renata Cristina Moraes de Crasto. - Rio de Janeiro: Instituto Aço Brasil/CBCA, 2012.

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