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1 Americana, 26 de setembro de 2019. A Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá - SAEG Rua Xavantes, 1880 – Jardim Aeroporto Guaratinguetá - SP. At.: Eng. Fernando Pinto Braga e-mail: [email protected] Telefone: (12) 3122-7238 Ref.: Laudo Técnico de Inspeção Preliminar LINS 2019.159 - Revisão (0) Prestação de Serviços em Engenharia Consultiva para Elaboração de Laudo Técnico de Inspeção Preliminar para Identificar Manifestações Patológicas de degradação das estruturas de concreto armado dos Decantadores, Floculadores, Filtros, Canaleta de distribuição de água e tubulação da Galeria de retro lavagem da estação de tratamento da ETA Guaratinguetá na Cidade de Guaratinguetá/SP, para propor procedimentos de manutenção, impermeabilização e proteção em acordo com o Termo de Referência recebido em 19/06/2017. Prezados Senhores, De acordo com a solicitação que nos foi feita e após realizadas as visitas de inspeção das estruturas na ETA Guaratinguetá da cidade de Guaratinguetá/SP, estamos encaminhando a seguir o Laudo Técnico de Inspeção Preliminar sob nº LINS 2019.159 - Revisão (0), com o levantamento das manifestações patológicas existentes nas estruturas de concreto armado e tubulação da galeria de retro lavagem, com as recomendações de terapia. Colocamo-nos à disposição para prestar-lhes os esclarecimentos necessários para o correto entendimento desse Relatório. Atenciosamente, _________________________________________________ PETRA CONSULTORIA TECNICA - CREA 01.989.788 - SP Eng. José Mario Andrello - CREA 060.120.274-0 - SP Diretor Técnico e Comercial Especialista em Patologia de Obras Civis e Impermeabilização

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Americana, 26 de setembro de 2019. A Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá - SAEG Rua Xavantes, 1880 – Jardim Aeroporto Guaratinguetá - SP.

At.: Eng. Fernando Pinto Braga e-mail: [email protected] Telefone: (12) 3122-7238

Ref.: Laudo Técnico de Inspeção Preliminar LINS 2019.159 - Revisão (0) –

Prestação de Serviços em Engenharia Consultiva para Elaboração de Laudo

Técnico de Inspeção Preliminar para Identificar Manifestações Patológicas de

degradação das estruturas de concreto armado dos Decantadores, Floculadores,

Filtros, Canaleta de distribuição de água e tubulação da Galeria de retro lavagem

da estação de tratamento da ETA Guaratinguetá na Cidade de Guaratinguetá/SP,

para propor procedimentos de manutenção, impermeabilização e proteção em

acordo com o Termo de Referência recebido em 19/06/2017.

Prezados Senhores, De acordo com a solicitação que nos foi feita e após realizadas as visitas de

inspeção das estruturas na ETA Guaratinguetá da cidade de Guaratinguetá/SP, estamos encaminhando a seguir o Laudo Técnico de Inspeção Preliminar sob nº LINS 2019.159 - Revisão (0), com o levantamento das manifestações patológicas existentes nas estruturas de concreto armado e tubulação da galeria de retro lavagem, com as recomendações de terapia.

Colocamo-nos à disposição para prestar-lhes os esclarecimentos necessários para o correto entendimento desse Relatório.

Atenciosamente,

_________________________________________________ PETRA CONSULTORIA TECNICA - CREA 01.989.788 - SP

Eng. José Mario Andrello - CREA 060.120.274-0 - SP Diretor Técnico e Comercial

Especialista em Patologia de Obras Civis e Impermeabilização

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LAUDO TECNICO DE INSPEÇÃO PRELIMINAR LINS 2019.159 – REVISÃO (0)

CLIENTE: Companhia de Serviço de Água, Esgoto e Resíduos de

Guaratinguetá OBRA: ETA Guaratinguetá

ENDEREÇO: Rua Xavantes, 1880 – Jardim Aeroporto Guaratinguetá - SP

DOCUMENTO: LINS 2019.159 Revisão (0) CONTRATO: Pedido de Compra nº 2019/000188 - Proce sso de Dispensa 272/2019 OBJETO: Prestação de Serviços em Engenharia Consultiva para Elaboração de

Laudo Técnico de Inspeção Preliminar para Identificar Manifestações Patológicas de degradação da tubulação da Galeria de Retro Lavagem da estação de tratamento de águas e das estruturas de concreto armado dos Decantadores, Canaleta de distribuição de água da ETA Guaratinguetá, na Cidade de Guaratinguetá-SP, para propor procedimentos de manutenção, impermeabilização e proteção em acordo com o Termo de Referência recebido em 19/06/2017.

Planta Típica: Conforme croquis, lay outs e registros fotográficos disponibilizados

Documentos de Referência:

NP EN 1504:2008 - Reparos e Proteção de Estruturas de Concreto. NBR 9575:2010 - Projetos e Soluções para Impermeabilização. NBR 9574:2008 - Execução de Impermeabilização. NBR 6118:2014 – Projetos de Estruturas de Concreto NBR14.931:2004 - Execução de Estruturas de Concreto – Procedimento NBR13532:1995 - Elaboração de Projetos de Edificações – Arquitetura NBR 15575:2013 - Norma de Desempenho e Durabilidade. NBR 13.752:2010 - Perícias de Engenharia na Construção Civil NBR 7229:1993 – Projeto, Construção e Operação de Tanques Sépticos NBR 96481986 – Estudo de Concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário - procedimento NORMA IBAPE/SP 2011 - Inspeção Predial NORMA IBAPE/SP - Perícias de Engenharia Item V do artigo 1.348 do Código Civil – Responsabilidades. Item VIII do art. 39 do Código de Defesa do Consumidor (que veda a execução de serviços

que estejam em desacordo com as Normas ABNT 5.674:2012 – Manutenção de Edificações, Requisitos para o Sistema de Gestão de Manutenção).

ABECE - Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural MÉTODO GUT - Gravidade, Urgência e Tendência por Kepner e Tregoe

Responsável Técnico: PETRA CONSULTORIA TÉCNICA Eng. José Mario Andrello – CREA 060.120.274-0

A.R.T. 28027230191247665

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O Laudo de Técnico de Inspeção, está dividido em onze partes, a saber:

Índice

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 5

2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESTRUTURAS DA ETA ............................................................................... 7

3. IDENTIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E DAS NÃO CONFORMIDADES CONSTRUTIVAS

PRESENTES. ........................................................................................................................................................ 9

3.1. INSPEÇÃO PRELIMINAR REALIZADA EM 05,06 E 07/08/2019 ........................................................... 9

3.1.1. Canaleta de água bruta............................................................................................................ 10

3.1.2. Decantador e Floculador 03 .................................................................................................... 23

3.1.3. Decantador e Floculador 04 .................................................................................................... 39

3.1.4. Parede externa Decantador 04................................................................................................ 49

3.1.5. Filtro 01 .................................................................................................................................... 57

3.1.6. Filtro 02 .................................................................................................................................... 58

3.1.7. Filtro 03 .................................................................................................................................... 59

3.1.8. Filtro 04 .................................................................................................................................... 60

3.1.9. Galeria de tubulações (entre filtros e decantadores) .............................................................. 62

3.1.10. Galeria de retrolavagem dos filtros ......................................................................................... 72

3.1.11. Vista geral dos decantadores 01 e 02 ...................................................................................... 80

4. COMENTÁRIOS SOBRE AS INSPEÇÕES: .................................................................................................... 83

5. PROCEDIMENTO INVESTIGATIVOS E ENSAIOS EMPREGADOS NAS VISTORIAS. ...................................... 86

5.1. Implantação dos pontos ensaiados e legendas ............................................................................... 87

5.2. Ensaios de detecção eletromagnética de armaduras “pacometria” ............................................... 89

5.3. Ensaio de alcalinidade do concreto ................................................................................................. 91

5.4. Ensaios de esclerometria ................................................................................................................. 92

5.5. Ensaio de ultrassonografia .............................................................................................................. 94

5.6. Ensaio de resistência à compressão de concreto ............................................................................ 96

5.7. Determinação da contaminação por Cloretos e Sulfatos ................................................................ 98

5.8. Comentários sobre os ensaios ......................................................................................................... 99

6. DIAGNÓSTICOS, PROGNÓSTICOS E PROCEDIMENTOS DE TERAPIA, IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO

ANTICORROSIVA .............................................................................................................................................. 99

6.1. Diagnósticos................................................................................................................................... 100

6.2. Prognósticos .................................................................................................................................. 100

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7. PROCEDIMENTOS DE TERAPIA, IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO ANTICORROSIVA PARA AS

ESTRUTURAS DA ETA ..................................................................................................................................... 103

7.1. Procedimentos executivos para serviços de manutenção da tubulação Armco do sistema de

retrolavagem dos filtros e estabilização do solo ....................................................................................... 103

7.2. Procedimentos executivos para manutenção e impermeabilização da Calha Parshall e Canaleta de

Água Bruta ................................................................................................................................................. 105

7.2.1. Calha Parshall ........................................................................................................................ 105

7.2.2. Canaleta de Água Bruta ......................................................................................................... 108

7.3. Procedimentos executivos para manutenção e impermeabilização dos Decantadores,

Floculadores e Filtros ................................................................................................................................. 109

7.4. Procedimentos executivos para aplicação do sistema de Injeção de resina de poliuretano

hidroativado para fissuras e trincas. ......................................................................................................... 111

8. SUGESTÃO DE PRODUTOS DE MESMO DESEMPENHO E FABRICANTES, PARA OS SISTEMAS PROPOSTOS

112

9. CONCEITOS SOBRE DURABILIDADE, VIDA ÚTIL DE PROJETO, GARANTIAS E MANUTENÇÃO: .............. 113

9.1. Revestimento Impermeável flexível à base de polímeros acrílicos com cimento. ....................... 116

9.2. Revestimento mineral de alta resistência à sulfatos com fibras para impermeabilização e proteção

de estruturas. ............................................................................................................................................ 117

10. FINALIZAÇÃO E RECOMENDAÇÕES:................................................................................................... 118

11. ENCERRAMENTO DO TRABALHO ....................................................................................................... 121

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo do presente Laudo Técnico de Inspeção Preliminar é o de identificar e registrar as manifestações patológicas de degradação da Tubulação da Galeria de Retro Lavagem da ETA Guaratinguetá e também de degradação estrutural dos Decantadores, Canaleta de Distribuição de Água e, situada na cidade de Guaratinguetá - SP, para posteriormente desenvolver estudos e propor procedimentos executivos de terapia estrutural e impermeabilização recomendando as técnicas e os procedimentos de terapia adequados, para que as estruturas sejam devidamente reparadas e protegidas, para que essas tenham estabilidade, segurança operacional com durabilidade, para que se alcance a vida útil de uso e operação, desejada.

Via-de-regra os danos que ocorrem nas estruturas das obras advêm basicamente de fatores que se somam e juntos causam as manifestações patológicas que se apresentam, os quais são:

a. Concepção e características do projeto. b. Técnicas construtivas utilizadas. c. Ação do intemperismo. d. Uso das instalações. e. Tempo de vida da obra e envelhecimento da mesma. f. Tipo, periodicidade e qualidade das manutenções realizadas, ou não.

Sendo assim, o planejamento de manutenções preventivas e/ou corretivas, quando executadas no seu tempo adequado têm o objetivo de minimizar os efeitos deletérios das manifestações patológicas e conseguir a durabilidade da obra como todo, assim como o de diminuir os custos dessas manutenções ao longo do tempo.

Se isso não for entendido como necessário, aparecerão as manifestações patológicas e danos com o decorrer do tempo, onde os custos para realização dessas manutenções serão aumentados exponencialmente, além da consequente depreciação do bem.

Para o melhor entendimento deste trabalho, apresenta-se inicialmente a definição e conceitos sobre Auditoria Técnica, Laudo de Inspeção e Parecer Técnico, conforme descrito a seguir:

Auditoria Técnica em Edificação é o atestamento, ou não, da conformidade de um fato, condição ou direito relativo a uma edificação. (fonte: Engenharia Diagnóstica em Edificações da Editora PINI:2009)

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Laudo de Inspeção Predial é o produto final que representa o “retrato” da edificação, consoante com seu estado de conservação geral na data da vistoria. (fonte: Inspeção Predial – Check-up Predial / Guia da boa manutenção 3ª Edição da Editora Universitária de Direito) Parecer Técnico por definição da norma NBR 13.752:1996 - Pericias de Engenharia na Construção Civil, é uma opinião, conselho ou esclarecimento técnico emitido por profissional da área, sobre assunto de sua especialidade, baseado em sua experiência profissional e nas normas vigentes afins.

A Vistoria foi realizada com o Nível 2 de Inspeção, segundo as normas do

IBAPE/SP 2011, onde se fez a identificação de anomalias e falhas aparentes, identificadas com auxílio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como de análise de documentos técnicos específicos, consoante a complexidade dos sistemas construtivos existentes; a partir da visita realizada nas estruturas dos decantadores, canaleta de água bruta e galeria de retro lavagem da referida ETA, pelos Engenheiros Especialistas em Patologistas de obras Civis, Jose Mario Andrello e Breno Bento Trevizam, nos dias 05, 06 e 07/08/2019, foram colhidas as informações disponíveis para o estudo do caso e apresentação deste Laudo Técnico de Inspeção Preliminar, em questão.

O critério da inspeção aplicado, consiste na análise de riscos existentes, baseado na classificação das falhas identificadas nos diversos componentes das estruturas quanto ao seu grau de risco, relacionado com fatores de manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento da vida útil e perda de desempenho; por esse critério de análise podem se definir o graus de risco como sendo:

“Crítico” quando o dano pode causar o comprometimento sensível da vida

útil da edificação, com riscos à saúde e segurança do usuário e custos altos de manutenção.

“Médio” quando pode provocar perda parcial de desempenho e funcionalidade com deterioração precoce, porém sem prejuízo à operação.

“Mínimo” quando pode provocar pequenos prejuízos à estética, com baixo

comprometimento do valor imobiliário.

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2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ESTRUTURAS DA ETA

De acordo com as inspeções que foram realizadas nas estruturas de concreto armado dos decantadores, canaleta de água bruta e na tubulação galeria de retro lavagem dos filtros executados em tubos Armco, pode-se levantar informações de campo a respeito do uso, operação, reformas e manutenções executadas nos mesmos, ou não.

As estruturas da ETA Guaratinguetá em análise, destinam-se ao tratamento de água na cidade de Guaratinguetá – SP, onde os quatro Decantadores foram construídos em concreto armado há aproximadamente 60 anos; têm dimensões de aproximadamente 5,50 metros de altura interna e estão “enterrados” e dimensões externas aproximadas de 34,00 m de comprimento por 5,00 m de largura, cada um deles.

A canaleta de água bruta foi construída há aproximadamente 10 anos em concreto armado após reforma da ETA visando melhorar o desempenho do tratamento de água.

A Galeria de retro lavagem foi executada em tubulação tipo Armco no segundo semestre de 2013 após a galeria original ter entrado em colapso devido a vazamentos, deformações do solo e degradação total conforme histórico levantado, onde a galeria de retro lavagem dos filtros anteriormente construída em alvenaria foi substituída em 2013 por tubos Armco; esta substituição foi decorrente do colapso da galaria conforme histórico e fotos enviadas pelo SAEG. O colapso da antiga galeria de retro lavagem ocorreu devido à prováveis vazamentos de água que desestabilizaram o solo e por sobre carga exercida pela construção da canaleta de água bruta, construída sobre a galeria.

Os decantadores tem uso ininterrupto e recebem manutenção de limpeza e higienização periódicas.

A ETA está exposta à uma agressividade ambiental Classe III, segundo a NBR 6118:2014 considerada como “forte” devido estar exposta ao intemperismo como incidência solar, chuvas e ventos, variações de temperaturas e à produtos químicos utilizados no tratamento de água.

A canaleta de água bruta tem uso ininterrupto; foi construída apoiada sobre reaterro compactado e está exposta a agressividade ambiental com incidência dos raios solares, chuvas e ventos.

A galeria de retro lavagem dos filtros tem uso ininterrupto; por ser enterrado não tem exposição ao intemperismo ambiental de incidência de raios solares, chuvas e ventos.

Os Decantadores 03, 04 apresentam fissuras, rachaduras, degradação da argamassa interna de revestimento, agregados expostos devido a ação abrasiva da água e o acumulo de limo. Os Decantadores 01 e 02 estavam em operação e não foram vistoriados, mas aparentemente estão no mesmo estado de conservação dos outros dois. Não se observaram entretanto, vazamentos relevantes de água dos decantadores.

A Canaleta de Água bruta apresenta-se revestida internamente com argamassa polimérica de impermeabilização, que apresenta sinais de degradação com pequenas

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fissuras e desgastes devido ao uso e que precisa receber manutenção. Verificou-se corrosão do concreto na região de dosagens de produtos químicos.

A Galeria de retro lavagem executada em tubos Armco não apresenta vedação entre os anéis e nos parafusos de fixação, algum dos anéis apresentam espaçamento entre eles e também ausência de parafusos de fixação, por onde certamente há vazamentos de água que erodem o solo deixam vazios no entorno dos anéis.

Com esse breve relato, e com a nossa experiência profissional em patologia de obras civis, pode-se definir como sendo necessário a execução de serviços de manutenção e reparação das estruturas de concreto armado nos seus pontos e regiões mais vulneráveis e degradados. Deverão também ser executados os serviços de impermeabilização dos decantadores e canaleta de água bruta, para evitar a degradação prematura e/ou total, com a diminuição de sua vida útil das estruturas de concreto armado da ETA. Se faz necessário também fazer a vedação da tubulação Armco com a recomposição do solo ao redor da mesma.

Nas Figuras 1 a 4 registram-se os Decantadores, a Canaleta de Água Bruta e a Tubulação de água bruta, da data das inspeções.

Figura 4 - Vista da Canaleta de Água Bruta

Figura 1 - Vista dos decantadores 1 e 2

Figura 3 - Vista da Tubulação de Retro Lavagem

Figura 2 - Vista dos decantadores 3 e 4

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Na sequência desse trabalho, apresentam-se os registros fotográficos e comentários das inspeções realizadas na data 05, 06 e 07/08/2019, com os fatos mais relevantes encontrados.

3. IDENTIFICAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS E DA S NÃO CONFORMIDADES CONSTRUTIVAS PRESENTES.

As ocorrências registradas em fotos a seguir, são as mais relevantes e representativas dos tipos de manifestações patológicas encontradas nas inspeções visuais realizadas, as quais estão presentes nas estruturas em estudo.

A visita e inspeções foram realizadas nos dias 05, 06 e 07/08/2019, sendo que as principais e mais relevantes ocorrências estão registradas na sequência, em fotos comentadas.

3.1. INSPEÇÃO PRELIMINAR REALIZADA EM 05,06 E 07/08 /2019

Figura 5 - Implantação

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3.1.1. Canaleta de água bruta

Figura 6 – Canaleta de água bruta

Figura 7 – Canaleta de água bruta

Figura 8 – Canaleta de água bruta

Registra-se nessa foto, qual era a temperatura e a umidade do ar às 15:08 horas, por ocasião do início das inspeções realizadas na canaleta. Temperatura Externa 22,1ºC Umidade relativa do ar externo 53%

Registra-se que a temperatura do

substrato é de 18,5°C.

Esclarece-se que as variações de

temperatura e umidade do ambiente

provocam deformações nas estruturas

e substratos em geral, que por sua vez

propiciam que fissuras e trincas tenham

características dinâmicas de abertura e

fechamentos, com consequente

vazamentos de água

Vista geral da canaleta e abertura da

janela de inspeção para verificar as

condições do aterro executado sobre o

qual está apoiado a canaleta de água

bruta.

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Figura 9 – Canaleta de água bruta

Figura 10 – Canaleta de água bruta

Figura 11 – Canaleta de água bruta

Janela de inspeção para verificação de

possíveis vazios no solo e vazamentos.

Não foi constatado vazios.

Vista geral da canaleta de água bruta

em aparente bom estado de

conservação.

Vista geral da canaleta de água bruta

em aparente bom estado de

conservação.

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Figura 12 – Canaleta de água bruta

Figura 13 – Canaleta de água bruta

Figura 14 – Canaleta de água bruta

Registra-se falhas na aplicação do

sistema de impermeabilização.

Registra-se falhas na aplicação do

sistema de impermeabilização.

Registra-se falhas na aplicação do

sistema de impermeabilização.

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Figura 15 – Canaleta de água bruta

Figura 16 – Canaleta de água bruta

Figura 17 – Canaleta de água bruta

Vista geral da canaleta pelo lado

interno e aparente bom estado de

conservação. Observa-se impregnação

de fuligens e lodo depositados pela

água sobre o sistema de

imperemabilização.

Registra-se falhas na aplicação do

sistema de impermeabilização interna à

canaleta.

Registra-se falhas na aplicação do

sistema de impermeabilização.

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Figura 18 – Canaleta de água bruta

Figura 19 – Canaleta de água bruta

Figura 20 – Canaleta de água bruta

Registra-se fissura (seta vermelha) e

delaminação do sistema de

impermeabilização (retângulo

amarelo).

Registra-se desplacamento da

regularização de argamassa de cimento

e areia sobre a canaleta; nota-se fissura

(seta vermelha).

Registra-se desplacamento da

argamassa de regularização sobre a

canaleta.

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Figura 21 – Canaleta de água bruta

Figura 22 – Canaleta de água bruta

Figura 23 – Canaleta de água bruta

Registra-se fissuras (seta vermelha);

nota-se delaminação do sistema de

impermeabilização (retângulo

amarelo).

Registra-se fissuras (seta vermelha);

nota-se delaminação do sistema de

impermeabilização (retângulo

amarelo).

Registra-se fissura com espessura 0,2

mm.

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Figura 24 – Canaleta de água bruta

Figura 25 – Canaleta de água bruta

Figura 26 – Canaleta de água bruta

Nota-se delaminação do sistema de

impermeabilização.

Nota-se delaminação do sistema de

pintura da calha parshall.

Registra-se fissura (seta vermelha),

nota-se degradação e desplacamento

do sistema de impermeabilização e

proteção do concreto. Observa-se

impregnação de fuligens do

intemperismo que degradam os

substratos cimentícios por ataques

químicos de base ácida.

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Figura 27 – Canaleta de água bruta

Figura 28 – Canaleta de água bruta

Figura 29 – Canaleta de água bruta

Registram-se fissuras.

Registra-se fissuras (seta vermelha) e

degradação do sistema de proteção

externo da caneleta degradado.

Registra-se fissura com 1,25 mm.

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Figura 30 – Canaleta de água bruta

Figura 31 – Canaleta de água bruta

Figura 32 – Canaleta de água bruta

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado nas figuras

anterior.

Registra-se acumulo de limo e

delaminação do sistema de

impermeabilização.

Registra-se acumulo de limo que

provocam a biodegradação do concreto

e substratos cimentícios em geral.

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Figura 33 – Canaleta de água bruta

Figura 34 – Canaleta de água bruta

Figura 35 – Canaleta de água bruta

Nota-se degradação do concreto e do

revestimento cimentício ocasionados

por vazamento no sistema de dosagem

de produtos químicos (seta vermelha).

Registra-se desplacamento da

regularização cimentícia (retângulo

vermelho).

Registra-se desplacamento do

revestimento cimentícios e degradação

do sistema de impermeabilização.

Registra-se trinca e desplacamento do

concreto.

Nota-se delaminação do sistema de

proteção externo da canaleta.

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20

Figura 36 – Canaleta de água bruta

Figura 37 – Canaleta de água bruta

Figura 38 – Canaleta de água bruta

Registra-se acumulo de limo que geram

a biodegradação do concreto, nota-se

britas aparentes devido a ação abrasiva

da água.

Nesta foto pode-se notar trinca

existente entre a parede da canaleta e

o enchimento na entrada da calha

parshall.

Registra-se delaminação do sistema de

impermeabilização interno da canaleta

e impregnação de limos e resíduos

depositados pela água.

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21

Figura 39 – Canaleta de água bruta

Figura 40 – Canaleta de água bruta

Figura 41 – Canaleta de água bruta

Registra-se fissura (seta vermelha);

nota-se desgaste do sistema de

impermeabilização ocasionado pela

abrasão da água.

Registra-se fissura com 0,1mm.

Registra-se fissuras no sistema de

impermeabilização.

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22

Figura 42 – Canaleta de água bruta

Figura 43 - Canaleta de água bruta

Figura 44 – Canaleta de água bruta

Registra-se desplacamento do

concreto.

Temperatura externa da canaleta de

água bruta de 17,4°C durante o período

de inspeção.

Temperatura interna da canaleta de

água bruta de 14,7°C durante o período

de inspeção. Observa-se que as

variações de temperatura e umidade

do ambiente provocam deformações

nas estruturas e substratos em geral,

que por sua vez propiciam que fissuras

e trincas tenham características

dinâmicas de abertura e fechamentos,

com consequente vazamentos de água

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23

Figura 45 – Canaleta de água bruta

Figura 46 – Canaleta de água bruta

3.1.2. Decantador e Floculador 03

Figura 47 - Decantador 03

Temperatura externa da canaleta de

água bruta de 22,7°C durante o período

de inspeção.

Temperatura externa da canaleta de

água bruta de 20,3°C durante o período

de inspeção.

Registra-se nessa foto, qual era a temperatura e a umidade do ar às 9:29 horas, por ocasião do início das inspeções realizadas na canaleta. Temperatura Externa 18,3ºC Umidade relativa do ar externo 68%

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24

Figura 48 – Decantador 03

Figura 49 – Decantador 03

Figura 50 – Decantador 03

Vista geral do decantador vazio.

Vista geral do decantador, nota-se

trinca (seta vermelha), fissuras e

esborcinamento da argamassa de

regularização e acabamento da borda

do decantador.

Trinca registrada e comentada na figura

anterior.

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25

Figura 51 – Decantador 03

Figura 52 – Decantador 03

Figura 53 – Decantador 03

Registra-se fissuras com crescimento

de vegetação e acumulo de limo que

geram a biodegradação do concreto.

Registra-se perfil metálico de ficção em

processo de corrosão.

Registra-se perfis metálicos em

processo de corrosão.

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26

Figura 54 – Decantador 03

Figura 55 – Decantador 03

Figura 56 – Decantador 03

Vista geral do decantador 03.

Registra-se desplacamento da

argamassa de regularização e

acabamento da borda da canaleta de

transbordo do decantador.

Registra-se fissuras com acumulo de

limo e crescimento de vegetação que

geram a biodegradação do concreto.

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27

Figura 57 – Decantador 03

Figura 58 – Decantador 03

Figura 59 – Decantador 03

Registra-se fissuras com acumulo de

limo e crescimento de vegetação que

geram a biodegradação do concreto.

Registra-se trinca (seta vermelha);

nota-se delaminação do sistema de

impermeabilização.

Vista geral do decantador.

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28

Figura 60 – Decantador 03

Figura 61 – Decantador 03

Figura 62 - Decantador 03

Registra-se trinca na parede e passarela

ao lado da canaleta de água bruta.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Registra-se trinca continua na canaleta

de transbordo (seta vermelha) e

desplacamento no revestimento

cimentício.

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29

Figura 63 – Decantador 03

Figura 64 – Decantador 03

Figura 65 – Decantador / Floculador 03

Vista geral da parede do decantador

com acumulo de limo e agregados

exposto devido a ação abrasiva da

água.

Registra-se agregados expostos

ocasionados pela a ação deletéria da

água.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

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30

Figura 66 – Floculador 03

Figura 67 – Floculador 03

Figura 68 – Floculador 03

Registra-se trinca na parede interna

junto a canaleta de água bruta.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Desplacamento do revestimento

cimentício; nota-se fissura e agregados

expostos no encontro de paredes.

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31

Figura 69 – Floculador 03

Figura 70 – Floculador 03

Figura 71 – Floculador 03

Registra-se agregados expostos devido

a ação abrasiva e deletéria da água.

Registra-se trinca na parede de divisa

com a canaleta.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

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32

Figura 72 – Floculador 03

Figura 73 – Floculador 03

Figura 74 – Floculador 03

Registra-se trinca (seta vermelha),

desplacamento do revestimento

cimentício e acumulo de limo.

Registra-se fissura.

Registra-se agregados expostos devido

a ação de abrasão e lixiviação da água.

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33

Figura 75 – Decantador 03

Figura 76 – Decantador 03

Figura 77 – Decantador 03

Registra-se furos feitos na estrutura

que não foram reparados.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Registra-se delaminação do

revestimento cimentício interno.

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34

Figura 78 – Decantador 03

Figura 79 – Decantador 03

Figura 80 – Decantador 03

Registra-se delaminação do

revestimento cimentício interno.

Registra-se degradação do

revestimento cimentício interno.

Registra-se fissura.

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35

Figura 81 – Decantador 03

Figura 82 – Decantador 03

Figura 83 – Decantador 03

Nota-se desplacamento do

revestimento cimentício.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Nota-se perfis metálico em processo de

corrosão.

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36

Figura 84 – Decantador 03

Figura 85 – Decantador 03

Figura 86 – Decantador 03

Registra-se fissura (seta vermelha) e

degradação do revestimento

cimentício.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Nota-se também acumulo de limo na

fissura.

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37

Figura 87 – Decantador 03

Figura 88 – Decantador 03

Figura 89 – Decantador 03

Vista geral do estado de conservação da

laje de piso, em aparente bom estado.

Nota-se agregados aparentes devido a

ação abrasiva e corrosiva da água.

Nota-se agregados aparentes devido a

ação abrasiva e corrosiva da água.

Registra-se perfil metálico em processo

de corrosão.

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Figura 90 – Decantador 03

Figura 91 – Decantador 03

Figura 92 – Decantador 03

Registra-se trinca (seta vermelha) e

agregados expostos devido a ação

abrasiva e corrosiva da água.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Registra-se trinca.

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39

Figura 93 - Decantador 03

3.1.3. Decantador e Floculador 04

Figura 94 – Decantador / Floculador 04

Figura 95 – Floculador 04

Temperatura interna do decantador é

de 14,6°C durante o período de

inspeção.

Vista geral do decantador.

Nota-se desplacamento do

revestimento cimentício.

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40

Figura 96 – Floculador 04

Figura 97 – Floculador 04

Figura 98 – Floculador 04

Registra-se fissura (seta vermelha),

acumulo de limo e delaminação do

revestimento cimentício.

Registra-se segregação do concreto.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

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41

Figura 99 - Decantador 04

Figura 100 – Decantador 04

Figura 101 – Decantador 04

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Registra-se trinca.

Registra-se trinca na parede.

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42

Figura 102 – Decantador 04

Figura 103 – Decantador 04

Figura 104 – Decantador 04

Vista geral da parede do decantador

com perfis metálicos de ficção em

processo de corrosão.

Registra-se trinca.

Registra-se trinca com reparos já

realizados.

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43

Figura 105 – Decantador 04

Figura 106 – Decantador 04

Figura 107 – Decantador 04

Vista geral do estado de conservação

do decantador, com a argamassa de

revestimento interno degradados.

Registra-se trinca na parede do

decantador.

Registra-se fissura na parede.

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44

Figura 108 – Decantador 04

Figura 109 – Decantador 04

Figura 110 – Decantador 04

Registra-se trinca na parede do

decantador.

Nota-se acumulo de limo e agregados

expostos devido a ação abrasiva da

água.

Registra-se fissura (seta vermelha).

Registra-se fissura (seta vermelha) e

degradação do revestimento cimentício

e acumulo de limo.

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45

Figura 111 – Decantador 04

Figura 112 – Decantador 04

Figura 113 – Decantador 04

Registra-se fissuras e segregações do

concreto.

Nota-se fissura e segregação do

concreto.

Registra-se trincas.

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46

Figura 114 – Decantador 04

Figura 115 – Decantador 04

Figura 116 – Decantador 04

Registra-se fissura continua na canaleta

de transbordo (seta vermelha)

Registra-se fissura no fundo da canaleta

de transbordo do decantador.

Nota-se fissura.

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47

Figura 117 – Decantador 04

Figura 118 – Decantador 04

Figura 119 – Decantador 04

Registra-se agregados expostos devido

a ação abrasiva da água.

Nota-se pontos de armaduras com

corrosão

Nota-se argamassa de revestimento

interna degradado devido a ação

abrasiva e de lixiviação da água.

Registra-se degradação do

revestimento cimentício.

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Figura 120 – Decantador 04

Figura 121 – Decantador 04

Figura 122 – Decantador 04

Registra-se segregação do concreto.

Registra-se delaminação do

revestimento cimentício.

Vista geral do decantador.

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49

Figura 123 – Decantador 04

3.1.4. Parede externa Decantador 04

Figura 124 - Externa do decantador 04

Figura 125 – Externa do decantador 04

Registra-se perfis metálico em processo

de corrosão.

Vista geral do estado de conservação

das paredes externas.

Registra-se trinca com acumulo de limo

e crescimento de vegetação que geram

a biodegradação do concreto.

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50

Figura 126 – Externa do decantador 04

Figura 127 – Externa do decantador 04

Figura 128 – Externa do decantador 04

Registra-se trinca com sinais de

umidade e acumulo de limo.

Registra-se fissuras na parede externa

do decantador.

Registra-se trinca.

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51

Figura 129 - Externa do decantador 04

Figura 130 – Externa do decantador 04

Figura 131 – Externa do decantador 04

Registra-se sinais de umidade na

segunda valeta aberta para inspeção.

Registra-se fissura com sinais de

umidade, lixiviação do concreto e

acumulo de limo.

Detalhes da fissura apresentando

lixiviação do concreto e umidade

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52

Figura 132 – Externa do decantador 04

Figura 133 – Externa do decantador 04

Figura 134 – Externa do decantador 04

Nota-se fissura apresentando lixiviação

do concreto e umidade

Registra-se nessa foto, qual era a temperatura e a umidade do ar às 11:24 horas, por ocasião do início das inspeções realizadas na canaleta. Temperatura Externa 23,9ºC Umidade relativa do ar externo 49%

Temperatura externa do decantador é

de 14,6°C durante o período de

inspeção.

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53

Figura 135 – Externa do decantador 04

Figura 136 – Externa do decantador 04

Figura 137 – Externa do decantador 04

Temperatura externa do decantador é

de 18,9°C durante o período de

inspeção.

Temperatura externa do decantador no

ponto do vazamento é de 17,3°C

durante o período de inspeção.

Umidade registrada em ponto na

parede externa do decantador de 6,1%.

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54

Figura 138 – Externa do decantador 04

Figura 139 – Externa do decantador 04

Figura 140 - Externa do decantador 04

Umidade registrada em ponto na

parede externa do decantador é de

1,1%.

Registra-se fissura com sinais de

umidade e lixiviação do concreto.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

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55

Figura 141 – Externa do decantador 04

Figura 142 – Externa do decantador 04

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

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56

Figura 143 – Externa do decantador 04

Figura 144 – Externa do decantador 04

Figura 145 – Externa do decantador 04

Registra-se fissuras e pontos com sinais

de umidade.

Registra-se sinais de umidade.

Registra-se fissuras com sinais de

umidade e acumulo de limo (seta

vermelha).

Nota-se desplacamento do concreto,

baixo cobrimento e armaduras em

processo de corrosão.

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57

3.1.5. Filtro 01

Figura 146 - Filtro 01

Figura 147 – Filtro 01

Figura 148 – Filtro 01

Vista geral do filtro.

Concreto degradado pela ação abrasiva

da água.

Registra-se desgaste do revestimento

cimentício.

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58

3.1.6. Filtro 02

Figura 149 – Filtro 02

Figura 150 – Filtro 02

Figura 151 – Filtro 02

Vista geral do filtro.

Registra-se revestimento cimentício

degrado pela ação abrasiva da água.

Registra-se revestimento cimentício

degrado pela ação abrasiva da água.

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59

Figura 152 - Filtro 02

3.1.7. Filtro 03

Figura 153 – Filtro 03

Figura 154 - Filtro 03

Registra-se revestimento cimentício

degrado pela ação abrasiva da água.

Vista geral do filtro.

Registra-se trincas.

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60

Figura 155 – Filtro 03

3.1.8. Filtro 04

Figura 156 – Filtro 04

Figura 157 - Filtro 04

Registra-se fissura (seta vermelha) e

acumulo de limo.

Vista geral do filtro.

Registra-se degradação do

revestimento e acumulo de limo.

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61

Figura 158 – Filtro 04

Figura 159 – Filtro 04

Figura 160 - Filtro 04

Registra-se degradação do

revestimento, acumulo de limo e

degradação do revestimento cimentício

devido a ação abrasiva da água.

Vista geral externa dos filtros 3 e 4.

Nota-se acumulo de limo devido à

ausência de pingadeira.

Verifica-se armaduras expostas e

corroídas.

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62

3.1.9. Galeria de tubulações (entre filtros e decan tadores)

Figura 161 – Galeria de tubulações

Figura 162 – Galeria de tubulações

Figura 163 – Galeria de tubulações

Registra-se nessa foto, qual era a temperatura e a umidade do ar às 13:46 horas, por ocasião do início das inspeções realizadas na canaleta. Temperatura Externa 17,6ºC Umidade relativa do ar externo 56%

Vista geral do estado de degradação do

concreto e revestimentos do ambiente.

Desplacamento/degradação do

revestimento de pintura devido a

infiltrações de água pelo concreto.

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63

Figura 164 – Galeria de tubulações

Figura 165 – Galeria de tubulações

Figura 166 – Galeria de tubulações

Registra-se desplacamento do concreto

ocasionada pela expansão das

armaduras corroídas.

Registra-se desplacamento do concreto

ocasionada pela expansão das

armaduras corroídas.

Desplacamento/degradação do

revestimento de pintura devido a

infiltrações de água pelo concreto.

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64

Figura 167 – Galeria de tubulações

Figura 168 – Galeria de tubulações

Figura 169 – Galeria de tubulações

Temperatura da parede do decantador

01 é de 18,2°C durante o período de

inspeção.

Registra-se fissura (seta vermelha).

Fissura registrada anteriormente com

espessura de 0,8 mm.

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65

Figura 170 – Galeria de tubulações

Figura 171 – Galeria de tubulações

Figura 172 – Galeria de tubulações

Registra-se desplacamento do concreto

ocasionada pela expansão das

armaduras corroídas.

Vista geral do estado de degradação da

galeria.

Desplacamento/degradação do

revestimento de reboco e pintura

devido a infiltrações de água pelo

concreto.

Registra-se acumulo de limo.

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66

Figura 173 – Galeria de tubulações

Figura 174 – Galeria de tubulações

Figura 175 – Galeria de tubulações

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Desplacamento/degradação do

revestimento do reboco e pintura

devido a infiltrações de água pelo

concreto.

Registra-se acumulo de limo.

Desplacamento/degradação do

revestimento de reboco e pintura

devido a infiltrações de água pelo

concreto.

Registra-se acumulo de limo, nota-se

também pontos de vazamentos de

água (seta vermelha).

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67

Figura 176 – Galeria de tubulações

Figura 177 – Galeria de tubulações

Figura 178 – Galeria de tubulações

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Registra-se ponto com vazamento de

água.

Registra-se ponto com vazamento de

água.

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68

Figura 179 – Galeria de tubulações

Figura 180 – Galeria de tubulações

Figura 181 – Galeria de tubulações

Temperatura da parede do decantador

01 é de 17,6°C durante o período de

inspeção.

Registra-se deslocamento de 34 mm da

tubulação.

Registra-se ponto de vazamento de

água.

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Figura 182 – Galeria de tubulações

Figura 183 – Galeria de tubulações

Figura 184 – Galeria de tubulações

Desplacamento/degradação do

revestimento de reboco e de pintura

devido a infiltrações de água pelo

concreto.

Registra-se acumulo de limo.

Registra-se parede danificada pelo

deslocamento da tubulação.

Registra-se acumulo de limo nas

paredes.

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70

Figura 185 – Galeria de tubulações

Figura 186 – Galeria de tubulações

Figura 187 – Galeria de tubulações

Registra-se acumulo de limo e sinais de

vazamento de água na região do

decantador 04.

Registra-se lixiviação do concreto.

Registra-se reboco degradado na região

do decantador 04 com espessura de 35

mm.

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Figura 188 – Galeria de tubulações

Figura 189 – Galeria de tubulações

Figura 190 – Galeria de tubulações

Nota-se acumulo de limo que provocam

a biodegradação do concreto e

argamassas cimentícias.

Desplacamento/degradação do

revestimento e pintura devido a

infiltrações de água pelo concreto.

Registra-se acumulo de limo.

Desplacamento/degradação do

revestimento e pintura devido a

infiltrações de água pelo concreto.

Registra-se acumulo de limo.

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Figura 191 – Galeria de tubulações

Figura 192 - Galeria de tubulações

3.1.10. Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 193 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Fissuras registrada na laje de cobertura.

Registra-se reboco na região do

decantador 01 com espessura de 33

mm.

Nota-se sinais de corrosão da tubulação

em armco.

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Figura 194 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 195 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 196 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Registra-se concreto erodido pela ação

abrasiva da água.

Vista geral da tubulação em concreto

degradado pela ação abrasiva da água.

Registra-se erosão do solo atrás da

tubulação.

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Figura 197 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 198 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 199 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura complementar ao fato

comentado e apresentado na figura

anterior.

Nota-se sinais de umidade na parede do

poço de visita.

Registra-se pontos de umidade na

parede do poço de visita e corrosão da

armadura do poço.

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Figura 200 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 201 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 202 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Registra-se umidade na parede do poço

de visita com corrosão da armadura do

poço

Registra-se erosão do solo atrás da

tubulação.

Registra-se trinca (seta vermelha) e

umidade na região de termino da

canaleta de água bruta.

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Figura 203 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 204 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 205 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Vista geral da tubulação Armco, nota-se

pontos sem fixação (seta vermelha).

Registra-se corte no anel que permite a

infiltração de água.

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

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Figura 206 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 207 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 208 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Registra-se folga no sistema de fixação

dos anéis.

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Figura 209 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 210 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 211 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Registra-se falha no sistema de

selamento entre os anéis.

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

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Figura 212 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 213 - Galeria de retrolavagem dos filtros

Figura 214 – Galeria de retrolavagem dos filtros

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Nota-se também ponto sem parafusos

de fixação entre os anéis (retângulo

vermelho).

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Nota-se também ponto sem parafusos

de fixação entre os anéis (retângulo

vermelho).

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

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Figura 215 – Galeria de retrolavagem dos filtros

3.1.11. Vista geral dos decantadores 01 e 02

Figura 216 – Vista geral dos decantadores 01 e 02

Figura 217 – Vista geral dos decantadores 02

Registra-se ausência de vedação entre

os anéis e espaço entre eles,

permitindo a infiltração de água.

Nota-se também ponto sem parafusos

de fixação entre os anéis (retângulo

vermelho).

Vista geral dos decantadores 01 e 02.

Vista geral do decantador 02.

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Figura 218 – Vista geral dos decantadores 02

Figura 219 - Vista geral dos decantadores 01 e 02

Figura 220 – Vista geral dos decantadores 01

Vista geral dos decantadores 01 e 02.

Vista geral da passarela entre os

decantadores.

Registra-se esborcinamento e

degradação da borda da canaleta de

transbordo.

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Figura 221 – Vista geral dos decantadores 02

Figura 222 - Vista geral dos decantadores 02

Figura 223 – Vista geral dos decantadores 02

Registra-se acumulo de limo e

degradação do revestimento

cimentício.

Registra-se acumulo de limo e

degradação do revestimento

cimentício.

Vista geral dos decantadores 01 e 02.

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Na sequência deste trabalho, apresentar-se-ão os comentários sobre as inspeções.

procedimentos e os ensaios que foram realizados nas estruturas de concreto armado, cujo objetivo foi o de qualificar as manifestações patológicas presentes, suas extensões, grau de agressividade e riscos, e a urgência de manutenção de acordo com o nível de inspeção empregada.

4. COMENTÁRIOS SOBRE AS INSPEÇÕES: As manifestações patológicas e as não conformidades construtivas acima

registradas, devem ser devidamente reparadas, para não comprometer a vida útil das estruturas de concreto armado, a partir do emprego de técnicas adequadas para reparação do concreto e tubulação Armco e da aplicação de revestimentos impermeáveis e anticorrosivos adequados.

De acordo com os critérios de inspeção com Nível 2, segundo a Norma IBAPE/SP

2011 - Inspeção Predial, vistoria para a identificação de anomalias e falhas aparentes eventualmente identificadas com o auxílio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análise de documentos técnicos específicos, consoante a complexidade dos sistemas construtivos existentes; A inspeção predial nesse nível é elaborada por profissionais habilitados em uma ou mais especialidades, consiste na análise de riscos existentes, baseado na classificação das falhas identificadas nos diversos componentes da edificação quanto ao seu grau de risco relacionado com fatores de manutenção, depreciação, saúde, segurança, funcionalidade, comprometimento da vida útil e perda de desempenho, pode se definir que o grau de risco das maioria das estruturas são:

“Médio” quando pode provocar perda parcial de desempenho e funcionalidade com deterioração precoce, porém sem prejuízo à operação

Com o acima exposto, e focado no objeto deste trabalho temos a comentar como

conceituação teórica deste Laudo Técnico de Inspeção Preliminar o que segue sobre impermeabilização, que são os danos presentes mais relevantes nos reservatórios inspecionados.

a) Impermeabilização: Definição: Pode-se definir como Impermeabilização o ato ou o efeito de impermeabilizar, ou seja, é o processo pelo qual se torna um substrato impermeável à passagem de líquidos e seus vapores. (Aurélio)

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A impermeabilização é a proteção dos substratos contra a infiltração da água e seus vapores, com objetivo de dar durabilidade às construções e estruturas e evitar manutenções em curto espaço de tempo, gerando custos desnecessários devido aos seus efeitos deletérios, que é a ação da umidade atuando nos materiais e estruturas de construção, degradando-os; portanto, para que sejam evitados danos às construções são necessários planejamentos e procedimentos técnicos de impermeabilização, ou seja, a elaboração dos projetos de impermeabilização, especificação, orientação e execução de serviços de impermeabilização com mão de obra qualificada.

Para se conseguir uma obra sem os danos advindos dos problemas de infiltrações recomenda-se fazer um bom projeto de impermeabilização seguindo as Normas Brasileiras, as quais são basicamente orientadas pela NBR 9575:2010 – SELEÇÃO E PROJETOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO. Salienta-se que de acordo com a NBR 13.532:1995 - Elaboração de Projetos de Edificações – Arquitetura, todo profissional responsável técnico pelas obras deverá fazer um projeto específico de impermeabilização, detalhando-o e especificando produtos e serviços, respondendo por isso; dessa forma, “Todo Profissional Responsável Técnico” por uma obra responde legalmente pela qualidade da obra como um todo, inclusive pela sua durabilidade e manutenção.

As infiltrações e as umidades são responsáveis por muitas das manifestações patológicas que aparecem nas edificações ao longo de sua utilização, o que contribui de modo a afetar negativamente não só as estruturas de construção como a saúde e o bem-estar dos usuários. Deve-se prever e antever todas as situações de uma obra que propiciem o aparecimento de umidades e acúmulos de água em locais indesejados, e portanto, devem ser adotados procedimentos adequados de manutenção para evitar os danos inerentes a elas, como as medidas de reparos e manutenções necessárias e executadas posteriormente a execução da obra, por fatos não previstos no projeto, ou por falhas executivas que irão acarretar custos adicionais, dificuldades operacionais e que muitas vezes impedem a adoção de medidas corretivas ideais devido aos seus altos custos, obrigando às vezes a adoção de soluções paliativas e de pouca durabilidade.

Portanto, para que se consiga maior durabilidade da obra, há de se prever a aplicação de um sistema de impermeabilização e proteção anticorrosiva para o concreto que garanta uma vida útil maior, e que sejam complementares às normas de projeto NBR 6118:2014 e que principalmente atendam às exigências da norma NBR 14.931:2004 e NP EN 1504:2008 - Reparos e Proteção de Estruturas de Concreto.

A adoção de medidas de impermeabilização e proteção anticorrosiva corretas para cada tipo de obra, visa também atender aos requisitos da norma ABNT NBR 5.674:2012 – Manutenção de Edificações, Requisitos para o Sistema de Gestão de Manutenção, cujo objetivo é de se ter baixos custos de manutenção e conservação das obras no futuro.

Para que se tenha durabilidade das estruturas de concreto armado, deve-se projetar e executar a impermeabilização de acordo com os procedimentos descritos na ANBT NBR 9575:2010 – Solução e Projeto de Impermeabilização e NBR 9574:2008 – Execução de Impermeabilização, para que se garantam a impermeabilidade e a estanqueidade dos reservatórios; já a proteção anticorrosiva deverá ser projetada e

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executada, segundo a norma Europeia NP EN 1504:2008 – parte 3, que define os procedimentos para reparação e proteção das estruturas de concreto (parte 2), e como fazer o controle da qualidade e avaliação da conformidade para os sistemas de proteção superficial das estruturas (parte 8).

Com os fatos acima exposto e levando-se em conta que, não se consegue na prática construir uma estrutura de concreto armado de maneira convencional, a partir do simples lançamento, adensamento e cura do concreto, sem que ocorram fissuramentos e outras falhas construtivas, de maneira que se garanta a sua impermeabilidade e proteção anticorrosiva, assim como também não se consegue garantir a estanqueidade dessas estruturas, deve-se prever para os projetos construídos em concreto armado, procedimentos de impermeabilização e proteção anticorrosiva complementares, pois o concreto por si só, mesmo que bem produzido e aplicado, quando solicitados ao trabalho e exposto aos meios agressivos não resistem aos ataques químicos e mecânicos do meio.

Segundo a norma de inspeção do IBAPE/SP, as anomalias podem ser classificadas como sendo:

Endógenas originárias da própria edificação devido as características do projeto, materiais utilizados e técnicas executivas.

Exógenas oriundas de fatores externos da edificação, provocados por terceiros, manutenções e serviços de manutenção e conservação não adequados

Natural, oriundas da ação da natureza, como chuvas, raios, sismos, ventos, etc...

Funcional oriundas do uso da edificação Segundo a mesma norma de inspeção do IBAPE/SP, as falhas de uma edificação podem ser classificadas como sendo falhas de:

Planejamento devido a procedimentos e planos de manutenção inadequados tecnicamente, quanto às necessidades específicas do caso, com relação ao uso, operação, manutenção, exposição ao ambiente, confiabilidade e disponibilidade das instalações, periodicidade das manutenções.

De execução devido emprego de técnicas e produtos inadequados para manutenção e conservação.

Operacionais, devido ao processo de registros, controles, acompanhamento do planejamento e procedimentos de manutenção.

Gerenciais, devido à falta de controle dos serviços de manutenção e conservação e dos seus respectivos custos

Com esse entendimento, pode-se dizer que as anomalias encontradas nessa

inspeção podem ser classificas como sendo:

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1. Endógenas originárias da própria edificação devido as características do

projeto. 2. Exógenas devido à serviços de manutenção não adequados.

Na sequência desse trabalho serão apresentados os procedimentos investigativos e os ensaios que foram realizados nas estruturas de concreto armado, cujo objetivo foi o de qualificar as manifestações patológicas presentes, suas extensões, grau de agressividade e riscos, e a urgência de manutenção de acordo com o nível de inspeção empregada.

5. PROCEDIMENTO INVESTIGATIVOS E ENSAIOS EMPREGADOS NAS VISTORIAS.

Nas vistorias realizadas registradas e comentada acima, identificamos visualmente as manifestações patológicas presentes e os danos estruturais de fissuras, trincas, dentre outros, sendo que durante essas vistorias também foram feitas inspeções detalhadas com ensaios e coleta de dados desses locais em específico, com o propósito de avaliar o estado de conservação e características das estruturas e identificar as prováveis causas das anomalias encontradas, para então propor os procedimentos de terapia adequados. Para tanto, além das inspeções visuais com os devidos registros fotográficos citados acima, foram realizadas as seguintes inspeções com seguintes ensaios complementares descritos a diante:

Ensaio de alcalinidade do concreto. Ensaio de ultrassonografia. Ensaios de detecção eletromagnética de armaduras. Ensaios de esclerometria. Ensaio de resistência à compressão de concreto. Determinação da contaminação por Cloretos e Sulfatos. Escavação do solo para verificação visual da existência de vazamentos e/ou

infiltrações pelas estruturas de concreto armado da ETA. Sondagem dos substratos com martelo de impacto leve para identificação de

sons cavos

Seguem a baixo descritos a síntese dos ensaios realizados, mapa com a localização dos ensaios e os seus resultados, respectivamente.

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5.1. Implantação dos pontos ensaiados e legendas

Figura 225 - Implantação

Figura 224 - Ponto 01

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Figura 227 – Ponto 02

Figura 226 - Ponto 03

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5.2. Ensaios de detecção eletromagnética de armadur as “pacometria”

Este é um ensaio não destrutivo da estrutura e tem por objetivo identificar as armaduras existentes em seu interior, suas posições e espaçamentos, para que se verifique se essas estão de acordo com o projeto (quando existentes), bem como para auxiliar na escolha da localização do ponto para extração de corpos de provas sem que se cortem as armaduras, para que não tenha interferência na realização dos ensaios de ultrassonografia, potencial de corrosão e extração de testemunhos Esse ensaio segue o método da norma ACI 228 2R-13. As Figuras 230 e 231 apresentam algumas imagens dos ensaios sendo realizado.

Figura 229 - Ponto 04

Figura 228 - Ponto 06

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Figura 230 – Ponto 01 Figura 231 – Ponto 03

Comentário sobre os resultados dos ensaios Pelas constatações feitas no ensaio de detecção eletromagnética das armaduras, “pacometria” nos Ponto 01 e 03, os cobrimentos médios encontrados nos locais inspecionados nos mostram cobrimento de concreto sobre o aço, que vão de 19,5 mm à 43 mm. Vale ressaltar que pela norma vigente NBR 6118:2014 os cobrimentos na maioria dos pontos estão adequados por estarem em ambiente de agressividade forte. Espaçamento encontrados foi de 200 mm entre barras longitudinais e transversais.

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5.3. Ensaio de alcalinidade do concreto

Com estes ensaios procurou-se identificar a região e/ou a camada do concreto que está carbonatada, e que por esse motivo não oferece mais a proteção às armaduras, que ficam expostas ao processo de corrosão e deterioração. A carbonatação ocorre devido redução da alcalinidade do concreto que tem valores normais e naturais acima de pH=12,0; quando o pH fica abaixo de 10, o processo de oxidação e/ou corrosão das armaduras pode se iniciar, quando combinados com os efeitos da umidade, temperatura ambiente e com o ingresso de gases agressivos na porosidade do concreto; essa diminuição do pH do concreto é um processo contínuo que necessita ser paralisado e as armaduras passivadas. Esse fenômeno de carbonatação do concreto dá-se pela ação de gases ácidos da atmosfera, dentre os principais pode se considerar o monóxido e o dióxido de carbono que penetram na porosidade do concreto e reagem com os hidróxido de cálcio, hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, presentes no concreto; o produto dessa reação química é a formação de carbonatos e água; isso provoca a queda brusca do pH, dando início à frente de carbonatação que vai adentrando ao concreto e atingindo as armaduras, depassivando-as. A velocidade média do avanço da frente de carbonatação no concreto, se dá na razão de 1 mm ao ano, para concretos de boa qualidade, e pode ser mais acelerado para concretos mais porosos e com menores resistências. Esse ensaio para se determinar a profundidade da carbonatação é feito por meio da aplicação de uma solução de fenolftaleína com concentração de um grama por litro em álcool que é aspergido sobre o concreto. Quando essa solução entra em contato com regiões onde o pH está alcalino, ela adquire uma cor que varia de rosa à violeta, e quando essa solução entra em contato com regiões onde o pH está abaixo de 10,00 fica incolor, indicando a ocorrência da carbonatação. As Figuras 232 a 234 apresentam algumas imagens dos ensaios sendo realizado.

Figura 233 - Ponto 06 Figura 232 – Testemunho Ponto 01

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Comentário sobre os resultados dos ensaios De acordo com os resultados obtidos nesse ensaio, pode-se ver que a frente de carbonatação instalou-se na estrutura com profundidade de 20 mm, nota-se que no ponto 07 devido ao baixo cobrimento a frente de carbonatação chegou nas armaduras desta maneira despassivando-as. O avanço da frente de carbonatação poderá ser paralisado com aplicação de proteção superficial para o concreto, para barrar a entrada de CO2 assim como de outros agentes agressivos. Toda a estrutura deverá ser reparada segundo a norma NP EN 1504:2008, prevendo-se também a proteção catódica e seu revestimento total.

5.4. Ensaios de esclerometria

Este é um ensaio não destrutivo, é destinado para conhecer as características do concreto quanto à sua resistência superficial estimada à compressão e a sua homogeneidade em diferentes partes de uma estrutura; sua aparente resistência superficial, que é estimada de acordo com os procedimentos da NBR 7584:2012 para concreto endurecido. O equipamento utilizado para este ensaio foi da marca Proceq – Silver Schmidt. As Figuras 236 e 235 apresentam imagens do ensaio sendo realizado.

Figura 234 – Ponto 07

Figura 235 – Ponto 02 Figura 236 – Ponto 01

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Comentário sobre os resultados dos ensaios Pelos resultados encontrados, pode-se observar que o valor médio do índice esclerométrico obtido está entre 37,0 a

48,9. Observa-se que a partir dos resultados esclerométricos obtidos, o concreto tem boa homogeneidade e pode-se fazer uma correlação desses indicies para se “estimar a provável resistência à compressão do concreto”, apesar de ser essa correlação apenas para fins de estudo comparativo de caso, e não para ser aceito como resultado confiável; dessa forma, com dos índices obtidos, subtrai-se 10% da resistência desses valores devido aos efeitos da carbonatação e da hidratação do cimento após 28 dias e mais 10% para concretos com idades acima de 10 anos (redução de 20% dos índices médios obtidos).

A partir do índice esclerométrico médio de 42,50 (canaleta) e 47,5 (Decantador) e considerando a redução de resistência devido a efeitos da carbonatação e hidratação pode-se considerar resistência estimada do concreto de aproximadamente 34 Mpa (canaleta) e 38 Mpa (decantador).

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5.5. Ensaio de ultrassonografia

O ensaio de ultrassonografia é um ensaio não destrutível da estrutura de concreto armado, e tem por objetivo a determinação da compacidade e homogeneidade do material concreto, através de avaliações das velocidades das ondas longitudinais, propagadas por pulsos ultrassônicos. O ensaio procura identificar falhas internas de concretagem, não visíveis a olho nu, e o monitoramento de variações no concreto ao longo do tempo decorrentes da agressividade do ambiente.

Esse ensaio segue o método da norma Americana ASTM C597/2002 NM e norma Brasileira ABNT NBR 8802:2019 – Concreto endurecido: Determinação da velocidade de propagação de onde ultrassónica.

Foi utilizado o método de CÁNOVAS, M. F. (1988)** como critério para avaliação da qualidade do concreto através do ensaio de ultrassonografia.

As Figuras 238 e 237 apresentam imagens do ensaio sendo realizado.

O equipamento utilizado foi o Pundit 200 da marca Proceq. Segue na tabela abaixo os parâmetros utilizados nesse ensaio, para a avaliação da

homogeneidade e compacidade do concreto.

Velocidade de propagação linear (m/2) Qualidade do concreto

V > 4500 Excelente

3500 < V < 4500 Ótimo

3000 < V < 3500 Bom

2000 < V < 3000 Regular

V < 2000 Ruim Fonte: Cánovas, 1988

**CÀNOVAS, M. F. Patologia e terapia do concreto armado . São Paulo: PIni, 1988. 522p.

Figura 237 – Ponto 03 Figura 238 – Ponto 01

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Comentário Sobre os Resultados dos Ensaios Os resultados de ultrassonografia como apresentado na tabela acima indicaram

que os pontos ensaiados e no testemunho obtiveram resultados entre bom e ótimo no que diz respeito a homogeneidade e compacidade do concreto, portanto pode-se entender que não foram identificadas falhas internas de concretagem nos pontos ensaiados.

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5.6. Ensaio de resistência à compressão de concreto

Este ensaio é utilizado para a avaliação da resistência do concreto da estrutura ao esforço de compressão em corpos-de-prova cilíndrico; é reconhecidamente o mais confiável e preciso entre os métodos de inspeção do concreto, este ensaio é realizado segundo a NBR 5739:2018 – Concreto: Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos; realizados também em testemunhos extraídos.

A extração do testemunho é um ensaio parcialmente destrutível onde são retiradas da estrutura em concreto corpos-de-prova (testemunhos) utilizando uma perfuratriz provida de coroa diamantada, para que consiga realizar a extração do testemunho integro e isento de possíveis interferências na obtenção dos resultados, seguindo a norma brasileira NBR 7680-1:2015 – Concreto – Extração, preparo, ensaio e análise de testemunho de estruturas de concreto Parte 1: Resistência à compressão axial.

Os resultados obtidos através deste ensaio podem ser utilizados para a verificação da segurança estrutural da obra existente, obras em reformas e outras situações em que é necessário que se tenha o conhecimento da resistência a compressão do concreto.

A Figura 239 apresenta imagem do ensaio sendo realizado.

A baixo apresenta-se o resultado obtido no ensaio.

Figura 239 - Ponto 01

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Comentário Sobre os Resultados dos Ensaios

Pelas constatações feitas no ensaio de extração e compressão do testemunho no local ensaiado mostram resistência de 38,48 Mpa, pode-se entender que o concreto tem boa resistência para receber os reparos necessários, a resistência encontrada corrobora com o resultado de esclerometria de 34 Mpa.

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5.7. Determinação da contaminação por Cloretos e Su lfatos

Neste ensaio procura-se identificar se o concreto está contaminado por cloreto e sulfato e qual a concentração desses agentes químicos. Foram retiradas amostras para análise em laboratório com o objetivo de determinar os teores de cloretos totais e sulfatos.

As Figuras 240 e 241 ilustram os locais de onde foram retiradas as amostras para os mencionados ensaios.

Para realização dos ensaios de cloretos e sulfatos nos pontos 04 e 05, foram extraídos da estrutura, em regiões de respingo da água e dosagem de produtos químicos para o processo de tratamento (No passado esse local era dosado o cloro altamente nocivo para o concreto, atualmente é dosado Policloreto de Alumínio contendo Al2O3 e Fe).

Comentários sobre os resultados dos ensaios Através dos resultados obtidos em laboratório, o concreto ensaiado no Ponto 04

apresentaram índices de Cloretos Totais superiores ao limite máximo de 0,15% em relação a massa de cimento, foi considerado um traço com 300 kg/m³ de cimento.

Nos resultados obtidos em laboratório com relação à contaminação por sulfatos, constatou-se que os pontos não apresentaram índice superior ao limite máximo de 0,39% em relação a massa de cimento.

Figura 241 – Ponto 05 Figura 240 – Ponto 04

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Os parâmetros utilizados para a análise dos teores de cloreto são segundo a ABNT NBR 12655/2015 - Concreto de cimento Portland — Preparo, controle, recebimento e aceitação — Procedimento; para a análise dos teores de sulfato foi utilizado os parâmetros apresentados no livro “Manual para diagnostico de obras deterioradas por corrosão de armaduras” traduzido e adaptado por Antonio Carmona e Paulo Helene.

5.8. Comentários sobre os ensaios

Diante dos resultados apresentados e da agressividade ambiental à qual a estrutura de concreto armado está exposta, foi possível constatar que nas regiões onde se realizaram os ensaios, a estrutura de concreto armado de modo geral, se apresenta com boa qualidade.

Com relação ao concreto, pode-se entender que o mesmo tem resistências mecânicas adequadas para receber os reparos e revestimentos necessários.

Com relação as armaduras, pode-se considerar que as mesmas estão em geral em bom estado de conservação, com exceção das regiões onde estão com baixo cobrimento e visível corrosão; nos pontos ensaiados onde os mesmos apresentaram frente de carbonatação de 20 mm de profundidade, que é a maior parte das estruturas, as armaduras estão “passivadas” e integras e protegidas, nota-se que no ponto de ensaio 07 apresentou cobrimento menor e a frente de carbonatação despassivou as armaduras que estão em processo de corrosão.

Com relação a contaminação por cloretos e sulfatos, verificou-se a contaminação por cloretos na entrada da canaleta Ponto 04, nos demais pontos ensaiados não se constatou a contaminação.

Observou-se pelos ensaios de sons cavos que apesar de serem identificados poucas regiões com essa manifestação patológica, os revestimentos internos dos reservatórios executados em argamassas de cimento e areia estão totalmente degradados pela ação da água e não oferecem condições de suporte para receber revestimentos impermeabilizantes.

6. DIAGNÓSTICOS, PROGNÓSTICOS E PROCEDIMENTOS DE TERAPIA, IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO ANTICORROSIVA

A VISTORIA E OS ENSAIOS REALIZADOS NO CONCRETO DAS ESTRUTURAS

INSPECIONADAS DA ETA GUARATINGUETÁ, E REGISTRADOS EM FOTOS COMENTADAS ACIMA, TIVERAM TAMBÉM COMO OBJETIVO CONHECER OS DANOS PRESENTES, DOCUMENTAR O ATUAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO DAS ESTRUTURAS E DO SUBSTRATOS E TAMBEM CONHECER SUAS CARACTERISICAS, PARA A FORMAÇÃO DE CONCEITO SOBRE O CASO E PARA A CORRETA TOMADA DE DECISÃO NA ORIENTAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE SUGESTÕES PARA OS PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS DE TERAPIA, PARA MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS ESTRUTURAS SE NECESSARIO CONTEMPLANDO APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS DE IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO ANTICORROSIVA, VISANDO A BUSCA DA SOLUÇÃO DE MELHOR CUSTO BENEFÍCIO, QUE SERÃO PROPOSTOS NOS PROCEDIMENTOS DE TERAPIA E IMPERMEABILIZAÇÃO ADIANTE.

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6.1. Diagnósticos

Pode-se entender à princípio, que as manifestações patológicas que se apresentam, advém do envelhecimento natural das estruturas e seus revestimentos, do seu uso, do fato de ter recebido pouca ou nenhuma manutenção corretiva e/ou preventivas, e que pela ação do tempo e de agentes agressivos naturais do ambiente, dentre os principais citamos a água com seus produtos químicos e vapores, associados aos gases ácidos atmosféricos, aceleraram o processo de deterioração das mesmas nos seus pontos mais vulneráveis; a presença de gases, umidades e infiltrações aceleraram a deterioração do concreto e dos revestimentos executados em argamassas cimentícias, com a consequente corrosão do concreto e armaduras da estrutura, que se encontram desprotegidas.

Na maior parte das estruturas inspecionadas até a presente data, não foi verificado corrosão ou deterioração grave de forma generalizada, a não ser em regiões e locais específicos conforme o que registramos nesse trabalho, como por exemplo nos tubulações em Armco (Figuras 193 a 215) que apresentaram sinais em abaulamento, ausência de vedação entre os anéis e falta de travamento dos parafusos entre os anéis, que causam vazamentos de água e consequente erosão do solo, e que portanto exigem reparos mais urgentes, pois se mantiverem no estado em que se encontram por um longo período, a presença de umidade em excesso e a infiltração de água no solo, faz com que haja a perda de coesão desse solo, mudando suas características de resistências mecânicas do mesmo aos carregamentos; por conseguinte desestabilizando as estruturas que estejam apoiadas sobre ele, podendo gerar assim o recalque da tubulação de retrolavagem dos filtros e da canaleta de água bruta.

Constatou-se através de relatos de funcionários do SAEG que a canaleta de água bruta foi construída sobre solo reaterrado e compactado sobre a antiga tubulação de retrolavagem dos filtros, não havendo um sistema de fundação adequado para suportar o peso da estrutura no caso de acomodação do solo ou de carreamento do mesmo devido a vazamentos e infiltrações de água.

Verificaram-se também fissuras e trincas nas paredes dos decantadores 03 e 04, acelerando assim o processo de degradação das armaduras nesses locais e possíveis vazamentos de água.

Com isso posto, constata-se a necessidade de se fazer reparos pontuais e proteção em geral das estruturas da ETA Guaratinguetá.

6.2. Prognósticos

Como prognósticos das ocorrências que geraram as manifestações patológicas presentes na tubulação de retro lavagem, pode-se considerar que se não forem executados e/ou realizados os reparos na tubulação Armco, para a eliminação dos vazamentos e estabilização do solo sob região da canaleta de água bruta com impermeabilização da mesma, haverá em médio período o comprometimento da estabilidade estrutural e operacional da canaleta de água bruta e da própria tubulação de retro lavagem.

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Deverá ser feita a aplicação de novos sistemas de impermeabilização para as estruturas de concreto armado da ETA Guaratinguetá, em conformidade com as normas vigentes, a partir da reparação dessas estruturas e substratos.

Deverá ser realizada a terapia estrutural e a recomposição do sistema de impermeabilização e proteções anticorrosivas interna de todas as estruturas da ETA; cabe salientar que os trabalhos de impermeabilização e proteção devem ser executados juntos e/ou na sequencia com os de recuperação do concreto.

Apresenta-se na sequência desse prognóstico a priorização dos serviços necessários às estruturas inspecionadas segundo a metodologia GUT de gravidade, urgência e tendência de evolução das manifestações patológicas presentes.

De acordo com o método GUT – Gravidade, Urgência e Tendência, proposto por Kepner e Tregoe, que tem por objetivo medir o grau de risco e o comprometimento de cada enfoque analisado, de maneira a ordenar e priorizar a execução dos serviços de manutenção a serem executados, fazemos a seguir um breve resumo e a priorização dos serviços necessários para se recompor e/ou melhorar o desempenho e as características originais das estruturas e revestimentos impermeabilizantes e de proteção anticorrosiva para as estruturas de concreto armado.

No quadro a seguir pode se verificar como é feita a avalição da criticidade das manifestações patológicas encontradas, com relação à sua gravidade, urgência de reparação e tendência de evolução.

Tabela de Referência – Método GUT de Avaliação

GRAU PONTOS GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA

MÁXIMO 10 Risco à vida do usuário / Colapso da Edificação / Dano Ambiental Grave

Evolução imediata

Em ocorrência

ALTO 8 Risco de ferimento ao usuário / Avaria

não recuperável da edificação / Contaminação localizada

Evolução no curto prazo A ocorrer

MÉDIO 6 Insalubridade aos usuários / Deterioração elevada da edificação / Desperdícios de

recursos naturais

Evolução no médio prazo

Prognóstico para breve

BAIXO 3 Incômodos aos usuários / Degradação da Edificação / Uso não racional de recursos

naturais

Evolução no longo prazo

Prognóstico para adiante

MÍNIMO 1 Depreciação imobiliária Não evoluirá Imprevisto

Tabela de Avaliação GUT para as estruturas inspecio nadas

1. DEGRADAÇÃO DA TUBULAÇÃO EM ARMCO DO SISTEMA DE RETROLAVAGEM DOS FILTROS

PONTOS Gravidade Urgência Tendência

Ordenação 28 8 8 10 2. DEGRADAÇÃO DO SISTEMA DE

IMPERMEABILIZAÇÃO DA CANALETA DE ÁGUA BRUTA

Ordenação 16 3 3 10 3. FISSURAS E TRINCAS NOS DECANTADORES

Ordenação 19 6 3 10

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Dessa maneira, pode-se entender como gravidade, urgência e tendências de

evolução dos danos presentes a seguinte ordenação, para a devida priorização de recursos e investimentos financeiros, visando a reabilitação dos reservatórios.

1. DEGRADAÇÃO DA TUBULAÇÃO EM ARMCO DO SISTEMA DE R ETROLAVAGEM DOS

FILTROS........................................................................................................ 28 pontos 2. FISSURAS E TRINCAS NOS DECANTADORES............. ............................ 19 pontos 3. DEGRADAÇÃO DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO DA CA NALETA DE ÁGUA

BRUTA.............................................. ............................................................. 16 pontos

Para tanto, pode se entender como sendo prazos necessários e viáveis para a execução dos serviços de terapia da estrutura, para atender as prioridades acima, o seguinte critério de criticidade:

Urgente = De Imediato (24 pontos inclusive, e acima) Curto Prazo = Em até 12 meses (entre 18 e 23 pontos) Médio Prazo = Em até 24 meses (entre 9 e 17 pontos) Longo Prazo = Mais de 24 meses e em até 60 meses (abaixo de 8 pontos)

Cabe também salientar que, para que o investimento financeiro bem como para que

a qualidade e o desempenho dos trabalhos de reabilitação estrutural não sejam prejudicados e/ou diminuídos, deverão ser corretamente planejados e executados por empresas capacitadas, de acordo com os critérios técnicos definidos neste trabalho e ordem cronológica de execução a ser definido.

Pelo método de avaliação acima, sugere-se que a priorização para execução dos serviços de manutenção das estruturas seja iniciado o mais breve possível pela execução dos reparos na tubulação Armco do sistema de retro lavagem dos filtros e estabilização do solo; em seguida o selamento das trincas, fissuras, impermeabilização e proteções interna das demais estruturas dos decantadores, floculadores e filtros em até 12 meses e por fim a reparação e impermeabilização da canaleta de agua bruta em até 24 meses.

Recomenda-se que para se fazer a reabilitação das estruturas, seja elaborado um projeto estrutural para adequação das taxas de armaduras das estruturas em acordo com a norma vigente NBR 6118:2014, para que as fissuras existentes nas paredes, lajes de fundo e passarelas possam ser corrigidas, conferindo às estruturas maior rigidez.

Sugere-se também remover dos o revestimento interno de reboco das salas de tubulações e bombas, para tratamento da corrosão do aço das estruturas, impermeabilização e aplicação posterior de novo revestimento de acabamento.

Na sequência desse trabalho apresentam-se as sugestões dos procedimentos de terapia para execução de manutenção corretiva e preventiva da estação de tratamento.

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7. PROCEDIMENTOS DE TERAPIA, IMPERMEABILIZAÇÃO E PR OTEÇÃO ANTICORROSIVA PARA AS ESTRUTURAS DA ETA Estes procedimentos de terapia sugeridos e abaixo descritos, foram elaborados a

partir do estudo do caso em questão, que possibilitaram constatações e avaliações do estado de conservação e/ou de degradação do sistema de impermeabilização do concreto das estruturas, e da tubulação em Armco do sistema de retro lavagem dos filtros; devem ser observados e executados para que seja reconstituída a vida útil de operação das estruturas, segurança operacional.

Os procedimentos de terapia, impermeabilização e proteções anticorrosivas, deverão ser corretamente executados por empresa capacitada tecnicamente, para garantir a eficiência dos serviços de aplicação dos produtos e o desempenho dos sistemas propostos.

Em resumo e na prática, os sistemas de terapia estrutural, impermeabilização e proteção anticorrosiva propostos, deverão ser executados em sequência lógica para que não haja interrupções que causem retrabalhos nos serviços executados.

Os passos e a sequência para os trabalhos de reparação, impermeabilização e proteção do concreto das estruturas em questão, deverão ser em linhas gerais os seguintes de acordo com o que segue, em observância à norma NP EN 1504:2008 – parte 3 para Reparos e Proteção para Estruturas de Concreto e NBR 9575:2010 - Solução e Projeto de Impermeabilização.

Como sugestão, a partir dos projetos desenvolvidos, deverá ser elaborado um cronograma, onde se possam executar os trabalhos de maneira que a operação da ETA não seja paralisada, ou seja, na forma como for mais adequada à operação da ETA.

Passamos a seguir propor os procedimentos de terapia, impermeabilização e proteção anticorrosiva para todas as estruturas.

7.1. Procedimentos executivos para serviços de manu tenção da tubulação

Armco do sistema de retrolavagem dos filtros e esta bilização do solo

Para se obter o melhor desempenho dos sistemas de reparação, deverão ser observadas as seguintes etapas, para os serviços:

Os reparos deverão ser executados por empresa especializada em recuperação estrutural.

7.1.1. Realizar a verificação dos pontos de fixação dos anéis da tubulação, e executar a fixação quando identificado a ausência dos parafusos e vedações.

7.1.2. Se e onde forem identificados espaçamentos entre os anéis e cortes (aberturas) nos anéis, as mesmas deverão ser vedadas utilizando selantes de polímero MS (Soudal Fix All - High Tack).

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7.1.3. Após o selamento dos pontos nos tubos Armco, deverá ser realizado no entorno da tubulação (conforme croqui no Anexo I), injeção de calda de cimento para preenchimento dos vazios, “calçamento” da tubulação e estabilização do solo, conforme especificação da calda de cimento seguir que deverá ser previamente testada e validada para aplicação: Calda de cimento com uma parte de cimento CP II para meia parte de água (testar e validar previamente o traço e a plasticidade necessária e ideal para a aplicação).

• Expansor: MC-QUELLMITTEL com dosagem de 0,5% 0,8% sobre o peso de cimento, para ser testado em função do agregado do local.

• Superplastificante: MURAPLAST FK 25 com dosagem aproximada de 1,5% sobre o peso de cimento, para ser testado em função do agregado do local.

7.1.4. Em seguida da injeção da calda de cimento, deverá ser realizada injeção de Gel Acrílico (MC-Injekt GL 95 TX) para impermeabilização da tubulação e do solo que á envolve.

7.1.5. Nas extremidades da tubulação Armco deverá ser feito o grauteamento dos vazios deixados pelo carreamento do solo atrás dos anéis conforme apresentando nas Figuras 196 e 197, utilizando graute (Emcekrete).

Os produtos de referência para serem utilizados nesses serviços estão abaixo

relacionados, porém poderão ser substituídos por produtos equivalentes conforme será apresentado na tabela do item 8, que comprovem o mesmo desempenho técnico.

Soudal Fix All High Tack – Selante de polímero MS. MC-Quellmittel – Expansor para concretos, argamassas e caldas de cimento. Muraplast FK 25 – Aditivo superplastificante de pega normal. Emcekrete – Graute fluido para reparos em geral. MC-Injekt GL 95 TX – Gel acrílico para impermeabilização.

Suas respectivas fichas técnicas estão no Anexo II deste memorial descritivo. Sugere-se utilizar se possível, produtos de uma mesma linha e de um mesmo

fabricante, para o melhor desempenho dos sistemas, devido as suas características e compatibilidades.

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7.2. Procedimentos executivos para manutenção e imp ermeabilização da Calha Parshall e Canaleta de Água Bruta

Para se obter o melhor desempenho dos sistemas de reparação e proteção das estruturas de concreto armado, deverão ser observadas as seguintes etapas, para os serviços:

Os reparos deverão ser executados por empresa especializada em recuperação estrutural conforme a ABNT NBR 16.280:2015, Anexo A - Tabela A.1.

7.2.1. Calha Parshall

7.2.1.1. Remover por processo mecânico todo revestimento interno existente sobre as

estruturas de concreto armado e escarificar o concreto que estiver deteriorado/contaminado até se chegar ao concreto são, bem como deverá ser feita a remoção de todo o cobrimento de concreto existente sobre as armaduras, para expor as armaduras que se apresentarem corroídas e degradadas, as quais deverão ser “liberadas” do concreto, por processo de corte e escarificação com ferramentas manuais, elétricas e/ou pneumáticas, sem que essas causem vibrações excessivas à estrutura quem venham a causar danos e prejudicá-la, até se conseguir acesso em todo o redor das armaduras, liberando-as do concreto.

7.2.1.2. Executar hidrojateamento com pressão efetiva com no mínima de 4000 psi, com uso de água quente mínimo 60ºC para limpeza e descontaminação do substrato de concreto nos locais a serem reparados, para deixá-lo limpo, hidratado e isento de materiais impregnantes, contaminações e revestimentos fragilizados.

7.2.1.3. As superfícies do concreto escarificadas, preparadas, limpas e secas deverão ter resistências ao arrancamento de no mínimo 1,0 kg/cm², que deverá ser comprovada pelo ensaio de pull-off.

7.2.1.4. Onde for necessário, deverá se fazer ancoragem de arranques para recomposição das barras de aço corroídas e/ou complementação de armadura; deve-se para isso se executar furos no concreto com brocas de videa perpendiculares à superfície de ancoragem, com profundidade mínima de 10 cm; cada furo deverá ter o diâmetro mínimo de 5 mm maior que o diâmetro da barra de aço a ser fixada. A fixação das barras de aço de arranques ou armaduras complementares, deverão ser feitas com uso de adesivos epóxis de consistência fluida MC-DUR 1300 ou tixotrópica 1300 TX conforme necessidades do local. Para regiões onde necessário transpasse de armaduras os comprimentos devem seguir tabela abaixo.

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Fonte: *HELENE, Paulo. Manual para Reparo, Reforço e Proteção das Estruturas de Concreto. São Paulo, PINI, 1992

7.2.1.5. Aplicar nas barras de aço inibidor de corrosão catódico de base mineral, mono componente, Zentrifix KMH, em duas demãos com pincel ou trincha, observando-se o consumo de 120 gramas por demão, por metro linear de barra de aço de 8 mm de espessura, com intervalo mínimo de 3 horas entre as demãos. Os arames de amarração das armaduras também deverão ser totalmente recobertos pelas duas demãos. O procedimento de preparo e mistura do inibidor de corrosão deverá ser feito apenas com adição de água limpa e homogeneizado com misturador mecânico de baixa rotação, obedecendo a proporção de 100 partes em peso da parte em pó, para 19 ou 20 partes de água limpa e fresca. A quantidade de produto preparada deverá ser consumida em no máximo 30 minutos, sendo que após esse período o restante do produto preparado deverá ser descartado.

7.2.1.6. Para as áreas reparáveis, após executada a limpeza e o preparo das superfícies e após realizada remoção do concreto e armaduras que estiverem degradados conforme descrito acima, proceder a substituição e fixação de nova armaduras e reparação localizada do concreto; deverá ser feito a hidratação por 24:00 horas seguidas e parar a hidratação duas horas antes da aplicação da ponte de aderência para o aço e o concreto com inibidor de corrosão catódico, pelo processo de pintura com Zentrifix KMH em toda superfície a ser reparada com consumo de 1 kg/m², para recomposição da espessura original com argamassa polimérica cimentícia monocomponente, para reparos estruturais Zentrifix CR com consumo de 1,85 kg/m²/mm de espessura para recompor a espessura original. Observação: Na Figura 242 a seguir estão as ilustrações com as principais etapas dos procedimentos para reparos manuais do concreto, com aplicação de inibidor de corrosão sobre as barras de aço e preenchimento dos pontos de reparo com argamassa polimérica estrutural, conforme descritos nos itens acima.

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Figura 242 - Procedimento e etapas para reparos manuais do concreto de acordo com o descrito acima

7.2.1.7. Fazer em seguida aos reparos estruturais, a cura de preferência com água limpa para a argamassa de reparo acabada.

7.2.1.8. Após a recuperação do concreto e das armaduras, deverá ser feito a aplicação de revestimento mineral de alta resistência á sulfatos reforçado com fibras para impermeabilização e proteção MC-RIM PROTECT aplicado em 3 camadas com espessura final de 10 mm com consumo de 1,72 kg/m²/mm, totalizando 17,20 kg/m², manualmente e/ou por projeção via úmida; deve ser curado por 5 dias utilizando mantas de cura ou cura submersa; para a cura submersa deve-se aguardar pelo menos 24 horas, para que o MC-RIM PROTECT entre em contato com água. OBS: Para aplicação do MC-RIM PROTECT o substrato deve ter resistências ao arrancamento de no mínimo 1,0 kg/cm², que deverá ser comprovada pelo ensaio de pull-off.

7.2.1.9. Após a cura do MC-RIM PROTECT iniciar a aplicação do primer MC-DUR 1365 HBF antes da aplicação do revestimento flexível, o produto deve ser aplicado com o uso de um rodo de borracha ou rolo de lã de carneiro de pelo curto com consumo de aproximado de 1 a 2 Kg/m². Após 24 horas em temperatura de 20°C, devesse iniciar a aplicação da segunda camada do MC-DUR 1365 HBF como descrito acima, logo após 24 horas da aplicação do

Inibidor de corrosão para o aço

Ponte de aderência

Argamassa de recomposição

Argamassa de acabamento

Proteção da estrutura

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primer, devesse se iniciar a aplicação do revestimento flexível. Após cura do primer iniciar a aplicação do revestimento flexível MC-FLEX 2099 deve se iniciar a aplicação do revestimento flexível MC-FLEX 2099 utilizando com rolo de pintura e trincas, com espessura mínima de 1,0 mm e consumo de 1,1 kg/m²/mm; para superfícies verticais adicionar 3 – 5% em peso do agente tixotrópico MC-Stellmittel TX 19. OBS: O revestimento flexível MC-FLEX 2099 e bi-componente sendo composto de uma base (A) e um endurecedor (B). Antes de ser aplicado os dois componentes devem ser misturados em misturadores de baixa rotação até se obter uma mistura homogênea.

7.2.2. Canaleta de Água Bruta

7.2.2.1. Executar hidrojateamento com pressão efetiva com no mínima de 4000 psi,

com uso de água quente mínimo 60ºC para limpeza e descontaminação do substrato de concreto, para deixá-lo limpo, hidratado e isento de materiais impregnantes, contaminações e revestimentos fragilizados.

7.2.2.2. Para a parte interna - com o substrato seco – iniciar a aplicação da membrana acrílica com cimento (Hydro 500), a mesma deverá ser aplicada em forma de pintura com demãos sucessivas sobre o substrato seco, aplicar uma demão em toda superfície, após 6 horas aplicar uma demão incorporando-se de véu de poliéster revestido com PVC, colocado sobre a segunda demão ainda fresca, comprimindo-se o véu e alisando-o contra o impermeabilizante para eliminar vazios e dobras do tecido; o véu deverá ser colocado ultrapassando 20 cm para cada lado nas mudanças de planos e fissuras reparadas, aguardado o tempo entre demão proceder a aplicação de mais três demãos da membrana acrílica flexível sobre toda a superfície com intervalos entre demãos de 6 horas, totalizando no mínimo 4,0 kg/m², para toda a superfície.

7.2.2.3. Para a parte externa – paredes expostas ao intemperismo da Calha Parshall e da Canaleta de água Bruta após executado hidrojateamento de alta pressão efetiva com no mínimo 4.000 psi para limpeza e descontaminação, deverá ser aplicado em forma de pintura uma membrana de polímero acrílico Flexotom Fachada ou DF 8, com demãos sucessivas sobre o substrato seco, com emprego de trincha e/ou rolo. Para as áreas verticais, deverá ser aplicada previamente uma demão de “primer” com o produto Flexotom Fachada ou DF 8, diluído em água limpa 50%; após cura de 4 horas fazer a aplicação de reforços nas trocas de planos, rodapé, juntas de concretagem e fissuras reparadas, utilizando-se Bidim F 1220 incorporado à uma demão da membrana de polímero acrílico, sem diluição; o reforço deverá avançar 20 cm para cada lado. Após a cura de 4 horas do reforço, executar a aplicação de outra demão da "membrana acrílica" sobre os reforços, encobrindo o Bidim F 1220; após a cura de 4 horas proceder a aplicação de mais duas demãos de membrana de polímero acrílico com intervalos entre demãos de 4 horas, totalizando no mínimo 2,0 kg/m².

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Os produtos de referência para serem utilizados nesses serviços estão abaixo

relacionados, porém poderão ser substituídos por produtos equivalentes conforme será apresentado na tabela do item 8, que comprovem o mesmo desempenho técnico.

MC-DUR 1300 – Adesivo estrutural a base de epóxi. MC DUR 1300 TX – Adesivo Epóxi de consistência tixotrópica para ponte de

aderência. Zentrifix KMH – Primer inibidor de corrosão para armaduras e adesivo cimentício

para ponte de aderência de argamassas de reparos estruturais. Zentrifix CR – Argamassa polimérica monocomponente para reparos em concreto

com agente adesivo integrado. MC RIM PROTECT- Revestimento mineral de alta resistência á sulfatos reforçado

com fibra para impermeabilização e proteção de estruturas de saneamento. MC-DUR 1365 HBF – Primer epóxi para superfícies úmidas e oleosas. MC-FLEX 2099 – Revestimento flexível de poliuretano de alta resistência química. Hydro 500 – Revestimento impermeável flexível, bi componente, à base de

polímeros acrílicos (resina termoplástica) com cimento. Flexotom Fachada - Membrana de polímero acrílico. Suas respectivas fichas técnicas estão no Anexo II deste memorial descritivo. Sugere-se utilizar se possível, produtos de uma mesma linha e de um mesmo

fabricante, para o melhor desempenho dos sistemas, devido as suas características e compatibilidades.

7.3. Procedimentos executivos para manutenção e imp ermeabilização dos Decantadores, Floculadores e Filtros

Para se obter o melhor desempenho dos sistemas de reparação e proteção das estruturas de concreto armado, deverão ser observadas as seguintes etapas, para os serviços:

Os reparos deverão ser executados por empresa especializada em recuperação estrutural conforme a ABNT NBR 16.280:2015, Anexo A - Tabela A.1.

7.3.1.1. Remover por processo mecânico todo revestimento existente sobre as estruturas de concreto armado até se chegar ao concreto.

7.3.1.2. Executar hidrojateamento nas áreas internas com pressão efetiva com no mínima de 4000 psi, com uso de água quente mínimo 60ºC para limpeza e descontaminação do substrato de concreto nos locais a serem reparados, para deixá-lo limpo, hidratado e isento de materiais impregnantes, contaminações e revestimentos fragilizados.

7.3.1.3. As superfícies do concreto escarificadas, preparadas, limpas e secas deverão ter resistências ao arrancamento de no mínimo 1,0 kg/cm², que deverá ser comprovada pelo ensaio de pull-off.

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7.3.1.4. Se e onde forem identificadas trincas ou fissuras no concreto sem fluxo de água, as mesmas deverão ser marcadas e delimitadas para receber tratamento com injeção de poliuretano de alta fluidez, e baixa viscosidade, MC Injekt 2300 NV. Fissuras que apresentam fluxo constante de água deverá ser realizado injeção de gel e espuma de poliuretano (MC-Injekt 2033 e 2300 NV). Esse procedimento deverá ser executado por mão de obra capacitada e treinada para tal, com os devidos equipamentos e ferramentas; para total sucesso da injeção estará melhor descrito no item 7.4. adiante.

7.3.1.5. Após tratamento das fissuras, deverá ser realizada a complementação da taxa de armadura original. Deverá ser feito a instalação de arranques perpendiculares a superfície, após a fixação dos arranques deve ser instaladas telas que receberam barreira inibidora de corrosão (Zentrifix KMH); Após as telas instaladas deverá ser concretado com concreto projetado.

7.3.1.6. Aguardado o tempo de cura do concreto, deverá ser feito a aplicação de revestimento mineral de alta resistência á sulfatos reforçado com fibras para impermeabilização e proteção MC-RIM PROTECT aplicado em 3 camadas com espessura final de 10 mm com consumo de 1,72 kg/m²/mm, totalizando 17,20 kg/m², manualmente e/ou por projeção via úmida; deve ser curado por 5 dias utilizando mantas de cura ou cura submersa; para a cura submersa deve-se aguardar pelo menos 24 horas, para que o MC-RIM PROTECT entre em contato com água. OBS: 1. Para aplicação do MC-RIM PROTECT o substrato deve ter resistências ao arrancamento de no mínimo 1,0 kg/cm², que deverá ser comprovada pelo ensaio de pull-off. 2. Para reabilitação estrutural das paredes recomenda-se contratar um projeto de reforço para adequação das taxas de armaduras em acordo com a norma NBR 6118:2014, vigente.

Os produtos de referência para serem utilizados nesses serviços estão abaixo

relacionados, porém poderão ser substituídos por produtos equivalentes conforme será apresentado na tabela do item 8, que comprovem o mesmo desempenho técnico.

Zentrifix KMH - Revestimento mineral utilizado como ponte de aderência e proteção

anticorrosiva para reparos em concreto. MC RIM PROTECT- Revestimento mineral de alta resistência á sulfatos reforçado

com fibra para impermeabilização e proteção de estruturas de saneamento. MC-Injekt 2033 e 2300 NV – Sistemas de injeção de poliuretano hidroativados para

selamento de fissuras e trincas em estruturas de concreto armado Suas respectivas fichas técnicas estão no Anexo II deste memorial descritivo. Sugere-se utilizar se possível, produtos de uma mesma linha e de um mesmo

fabricante, para o melhor desempenho dos sistemas, devido as suas características e compatibilidades.

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7.4. Procedimentos executivos para aplicação do sis tema de Injeção de resina de poliuretano hidroativado para fissuras e trincas .

A aplicação do sistema de injeção de resina de poliuretano para fissuras que apresentam ou não fluxo constataste de água.

As injeções de resina de poliuretano de baixa viscosidade têm o objetivo de fazer o selamento das fissuras contra a passagem de água e líquidos e evitar a degradação do concreto e das armaduras, promovidos pelos efeitos agressivos de umidades, gases, cloretos dentre outros. A injeção deverá ser feita com auxílio de bomba injetora, e bicos perfuração (conforme ilustrado na Figura 243). Esse procedimento deverá ser executado por mão de obra capacitada e treinada para tal, com os devidos equipamentos e ferramentas, para total sucesso da injeção.

Figura 243 - Ilustração da Instalação dos Bicos de Injeção

Instalação dos bicos: Executar furos, em ângulo de 45º com a superfície de concreto, de tal maneira e profundidade que o furo intercepte a fissura na metade da espessura da parede a ser injetada. A distância da fissura aos furos corresponde à metade da espessura da parede. O espaçamento entre os furos é igual a espessura da parede e os bicos são instalados nos dois lados da fissura alternadamente. Os furos perfurados deverão ser aspirados com ar-comprimido. Os bicos de perfuração deverão ser inseridos bem justos para selar efetivamente os furos.

Os produtos de referência para serem utilizados nesses serviços estão abaixo relacionados, porém poderão ser substituídos por produtos equivalentes conforme será apresentado na tabela do item 8, que comprovem o mesmo desempenho técnico.

MC-Injekt 2033 – Espuma de poliuretano hidroativada para injeção e tamponamento provisório de infiltração.

MC-Injekt 2300 NV – Gel de poliuretano para injeção e selamento de trincas com movimentação.

Suas respectivas fichas técnicas então no Anexo II deste memorial descritivo.

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Sugere-se utilizar se possível, produtos de uma mesma linha e de um mesmo fabricante, para o melhor desempenho dos sistemas, devido as suas características e compatibilidades.

8. SUGESTÃO DE PRODUTOS DE MESMO DESEMPENHO E FABRI CANTES, PARA OS SISTEMAS PROPOSTOS Nas tabelas a baixo apresentam-se os produtos de mesmo desempenho que

poderão ser utilizados para a execução dos sistemas de terapia e impermeabilização especificados nesse projeto, com sugestões de nome dos fabricantes citados no memorial do descritivo e que atendem as normas vigentes afins.

PRIMER INIBIDOR DE CORROSÃO PARA ARMADURAS E ADESIVO CIMENTÍCIO

PARA PONTE DE ADERÊNCIA DE ARGAMASSAS DE REPAROS ESTRUTURAIS.

Fabricante Produto

MC-Bauchemie Zentrifix KMH

Sika Sika Top 100 Armatec

ARGAMASSA POLIMÉRICA PARA REPAROS DE CONCRETO CONTENDO INIBIDORES DE

CORROSÃO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie Zentrifix CR

Sika SikaTop 122 Plus

Weber Quartzolit WEBER. REP S90 IC

ADESIVO EPÓXI DE CONSISTÊNCIA TIXOTRÓPICA PARA PONTE DE ADERÊNCIA

EM REPAROS DE CONCRETO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC Dur 1300 TX

Sika Sikadur-31

ADESIVO EPÓXI DE CONSISTÊNCIA FLUIDA PARA PONTE DE ADERÊNCIA EM REPAROS

DE CONCRETO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC Dur 1300

Sika Sikadur-32

ESPUMA DE POLIURETANO HIDROATIVA PARA INJEÇÃO E TAMPONAMENTO

PROVISORIO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-Injekt 2033

Sika Sika Injection 101

Viapol Acqua-Dam BR

GEL DE POLIURETANO PARA INJEÇÃO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-Injekt 2300 NV

Sika Sika Injection 304

Viapol Acqua-Dam Injection

Gel

REVESTIMENTO MINERAL DE ALTA RESISTENCIA QUIMICA PARA

IMPERMEABILIZAÇÃO E PROTEÇÃO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-RIM PROTECT

REVESTIMENTO FLEXÍVEL DE POLIURETANO DE ALTA RESISTÊNCIA

QUÍMICA

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-FLEX 2099

Sika Sikafloor-2530 W

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PRIMER EPÓXI PARA SUPERFÍCIES ÚMIDAS E OLEOSAS

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-DUR 1365 HBF

Sika Sikafloor 161

REVESTIMENTO IMPERMEAVEL FLEXIVEL À BASE DE POLIMEROS ACRILICOS

Fabricante Produto

MC-Bauchemie Hydro 500

Sika Sika Top Flex

GRAUTE FLUIDO PARA REPAROS EM GERAL

Fabricante Produto

MC-Bauchemie Emcekrete

Sika SikaGrout

MEMBRANA FLEXIVEL DE ACRILATOS

Fabricante Produto

FlexoTom FlexoTom Fachada

MC-Bauchemie DF 8

*SELANTE DE POLÍMERO MS

Fabricante Produto

Soudal Soudal All Fix High

Tack

MC-Bauchemie MC-Flex 488 MS

EXPANSOR PARA CONCRETOS, ARGAMASSAS E CALDAS DE CIMENTO

Fabricante Produto

MC-Bauchemie MC-Quellmittel

Sika Intraplast N

ADITIVO SUPERPLASTIFICANTE DE PEGA NORMAL

Fabricante Produto

MC-Bauchemie Muraplast FK 25

Sika Sikament RM-200

*Observação: A Adesão do Soudal All Fix High Tack é de 1 segundo, já o MC-Flex 488 MS a adesão é de aproximadamente 30-40 min dependendo da condição climática do ambiente.

9. CONCEITOS SOBRE DURABILIDADE, VIDA ÚTIL DE PROJE TO, GARANTIAS E MANUTENÇÃO:

Segundo a Norma da ABNT NBR 15.575:2008 de Desempenho e Durabilidade de

Projetos, Serviços e Produtos cabe comentar os seguintes conceitos de Durabilidade, Garantia e Manutenção para que se consiga na obra o desempenho do conjunto e a vida útil desejada.

- Vida útil de projeto: É o período de tempo estimado para o qual o sistema é projetado para atender aos

requisitos de desempenho da norma; é definida pelo projetista de acordo com as características da estrutura, e que será alcançado desde que seja cumprido um programa periódico de manutenções, de maneira a atender a norma de gestão de manutenção das edificações. É definida em conjunto com o contratante, proprietário e, se for o caso, com os usuários.

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- Vida útil do produto (obra): É o período de tempo durante o qual o produto pode ser utilizado sob condições

satisfatórias de segurança, higiene e saúde, desde que adequadamente, e que seja cumprido programa de manutenção especificado, além de feitas as manutenções preventivas e corretivas necessárias.

- Garantias de produtos e serviços: As garantias dos produtos são oferecidas pelos fabricantes dos mesmos, desde

que esses estejam dentro das suas embalagens originais e do seu prazo de validade, para que sejam aplicados por aplicadores capacitados tecnicamente a aplicá-los, e dentro das normas e especificações técnicas recomendadas.

As garantias de aplicação deverão ser oferecidas pela empresa aplicadora de acordo com o conveniente entre as partes contratantes dos serviços.

- Manutenção: Para que se consiga atingir a vida útil do projeto e dos produtos, bem como as

garantias definidas para cada obra e/ou serviço, faz-se imprescindível a existência de um planejamento de manutenção e a sua correta observância.

Salienta-se que o funcionamento de um sistema ou um subsistema, durante a vida útil, depende da substituição de componentes que se desgastam em tempo menor do que o da vida útil do sistema, fazendo-se por isso necessário a existência e o cumprimento correto do plano de manutenção preventiva. No caso específico para esses trabalhos de manutenção, a vida útil dos sistemas de revestimentos, proteção e impermeabilização estão diretamente ligados aos da estrutura e aos substratos ao qual estarão aplicados, pois estão aderidos sobre os mesmos.

Ao usuário caberá realizar os programas de manutenção segundo a ABNT NBR 5.674:2012 - Requisitos para o Sistema de Gestão de Manutenção considerando as instruções do manual de uso, operação e manutenção e recomendações técnicas das inspeções prediais.

- Conservação: As inspeções para verificação das necessidades de realização de manutenções

preventivas e corretivas, deverão ser realizadas periodicamente, anualmente ou sempre que se fizer necessário, pela equipe de manutenção local, com o propósito de verificar a integridade dos sistemas de revestimentos e proteções, com a constatação ou não de sinais de degradação ou falhas dos mesmos, provocados por manutenções e serviços executados de maneira indevida que os danificaram, ou por desgastes naturais devido ao envelhecimento, fazendo-se assim necessária a sua reparação imediata para evitar danos maiores e manutenções mais caras.

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Para os procedimentos de reparação, deverão e/ou poderão ser utilizados os mesmos produtos e técnicas que originalmente foram projetados e aplicados, seguindo também as recomendações técnicas e especificações determinadas pelos fabricantes dos produtos. Eventuais ajustes de projetos poderão e deverão ser implementados visando a melhoria do desempenho dos sistemas. As equipes de manutenção deverão ter domínio das técnicas a serem empregadas nas reparações e/ou substituição dos sistemas de impermeabilização e revestimentos.

- Vida Útil Estimada de Projeto: A norma ABNT NBR 15575-1:2013 define a vida útil de projeto como sendo o

período estimado de tempo em que um sistema é projetado para atender aos requisitos de desempenho estabelecido nesta norma, desde que comprido o programa de manutenção previsto no manual de operação, uso e manutenção.

A vida útil de projeto deverá ser definida e adotada em conjunto, entre os projetistas, proprietários e/ou usuários, em função das condições sócio econômicas da obra, devendo-se respeitar as recomendações mínimas de VUP citadas na norma.

Para que os sistemas impermeabilizantes e de proteção das estruturas em questão atinjam a vida útil de projeto (VUP) mínima, é necessário que sejam respeitadas as especificações e recomendações contidas em projeto, além de seguir os parâmetros de vida útil de projeto definidos pelo IBI – Instituto de impermeabilização, onde esses parâmetros são fatores intervenientes no sistema de impermeabilização e proteção que ditam a vida útil do sistema, e são definidos conforme as premissas de base para cálculo a seguir:

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9.1. Revestimento Impermeável flexível à base de po límeros acrílicos com cimento.

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9.2. Revestimento mineral de alta resistência à sul fatos com fibras para impermeabilização e proteção de estruturas.

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10. FINALIZAÇÃO E RECOMENDAÇÕES:

A apresentação dos procedimentos de terapia e reabilitação das estruturas

existentes, têm e deverão ter, o objetivo de conseguir a reabilitação das estruturas da ETA, para que os serviços de reabilitação e manutenção tenham durabilidade com o melhor custo benefício, sendo que os procedimentos de terapia especificados servirão também para aplicação em qualquer trabalho de manutenção futura, corretiva e/ou preventiva.

Esses procedimentos de terapia deverão ser adotados como procedimento padrão para planejamento de serviços em geral, visando durabilidade e conservação das edificações de acordo com a recomendação da NBR 5.674:2012 Manutenção de Edifícios – Procedimentos.

Fazendo-se também considerações sobre o plano de manutenção das estruturas, deve-se ter a consciência de que a periodicidade da realização da manutenção tem como fim, o de evitar maiores gastos com reformas de recuperação (manutenção corretiva);

Cabe citar a “Lei de Sitter” que é um estudo estatístico sobre custos de obras e serviços de manutenção e reparação de obras, que diz que os reparos, consertos e manutenções de uma obra seguem custos que aumentam em progressão geométrica na proporção de 5, ou seja, dependendo da fase em que se faz a intervenção em uma obra, teremos custo muito aumentados conforme as seguintes situações abaixo exemplificadas:

A correção de uma falha de projeto que ocorreu e foi percebida antes do mesmo ir para a execução na obra, custará “uma unidade”;

Caso essa “falha de projeto” não seja percebida e essa correção seja executada após o início dos serviços de construção, o custo dessa correção será de “cinco unidades”,

Se a correção se der como reparos ou reforma preventiva, após conclusão do serviço ou da obra, custará “vinte e cinco unidades”;

E ainda, se após algum tempo da obra concluída for necessária uma manutenção corretiva, quando essa estiver em uso, onde os danos sejam de maiores extensões, esse custo será de “cento e vinte e cinco unidades”.

Com isso pretende-se introduzir e reforçar o conceito das necessidades de serem contratados profissionais e empresas especializadas e capacitadas para a execução dos serviços de manutenção e/ou mesmo de reconstrução da edificação, bem como da importância das manutenções preventivas que o proprietário deverá executar, para atender às novas necessidades de uso da edificação em questão.

Essa Lei estatística de Sitter pode ser visualizada na Figura 244 abaixo.

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Figura 244 - Lei de Sitter (Emilio Minoru Takagi, 2010 - MC Bauchemie)

Pode-se assim considerar, que o valor teórico de vida útil de um projeto é

devidamente influenciado pelas ações de manutenção e/ou às negligencias no atendimento ao plano de manutenção, que poderão reduzir o tempo teórico de vida útil da edificação, como apresentado na Figura 245, abaixo.

Figura 245 - Gráfico vida útil sem manutenção (Figura C.1 – ABNT NBR 15575-1:2012)

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Após executada a reabilitação estrutural e proteção das estruturas objeto deste laudo da ETA Guaratinguetá, recomenda-se o planejamento de manutenção preventiva que deverá prever a eliminação das causas das manifestações patológicas que por ventura vierem a se instalar, e não somente seus reparos; com isso caberá ao usuário realizar os programas de manutenção segundo a ABNT NBR 5.674:2012 - Requisitos para o Sistema de Gestão de Manutenção, considerando as instruções do manual de uso, operação e manutenção, que deverão ser fornecidas pelo executor dos trabalhos e deverão observar as recomendações e técnicas de produtos e serviços deste projeto.

Salienta-se que vida útil de referencia (VUR) para as soluções de impermeabilização proposta são de 11 anos e 9 anos conforme orientação da norma de desempenho NBR 15.575:2013; também seguem os parâmetros de vida útil de projeto definidos pelo IBI – Instituto de impermeabilização (conforme tabelas item 9.1. e 9.2.), onde esses parâmetros são fatores intervenientes no sistema de impermeabilização e proteção que ditam a vida útil do sistema.

Os procedimentos de recuperação acima descritos, foram sugeridos para execução com as estruturas vazias, porém em etapas de acordo com o planejamento a ser feito com a operação da ETA, uma vez que não é possível parar por completo a sua operação.

Para execução dos procedimentos de terapia e de trabalhos de manutenção futuros, recomenda-se que seja(m) contratada(s) empresa(s) capacitada(s) e habilitada(s) para executá-los, e que está(s) apresente(m) acervo técnico de trabalhos afins já executados por elas, e que comprovem sua aptidão para tais trabalhos.

De acordo com o que hora apresentamos, ficamos à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

Passamos na sequência à apresentação do encerramento do trabalho, assim como os Anexos I, II e III.

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11. ENCERRAMENTO DO TRABALHO

Consta este Laudo Técnico de Inspeção com 121 páginas e três anexos, devidamente assinados e rubricados pelo autor, nesta data, com as sugestões de produtos e serviços para execução dos reparos e proteção das estruturas da ETA e tubulação de retro lavagem, objeto deste trabalho, com o propósito de conferir às estruturas impermeabilidade, proteção e estanqueidade.

As sugestões, recomendações e soluções aqui propostas estão baseadas nas Normas vigentes e acima mencionadas, e em nossa experiência profissional que foi passada e transcrita, de boa-fé.

É proibida a reprodução parcial ou total desse documento sem o prévio conhecimento e autorização do autor, tendo isso como objetivo a preservação do conteúdo do mesmo, bem como o correto uso e interpretação das informações nele contida.

Dessa maneira e sendo o que temos para apresentar, colocamo-nos a disposição para esclarecimentos adicionais.

Atenciosamente,

_________________________________________________ PETRA CONSULTORIA TECNICA - CREA 01.989.788 - SP

Eng. José Mario Andrello - CREA 060.120.274-0 - SP Diretor Técnico e Comercial

Especialista em Patologia de Obras Civis e Impermeabilização

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ANEXO I

DETALHES GRÁFICOS EXECUTIVOS PARA EXECUÇÃO DE MANUTENÇÃO E

IMPERMEABILIZAÇÃO

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ANEXO II

FICHAS TÉCNICAS DOS PRODUTOS

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ANEXO III

A.R.T. N° 28027230191247665