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O JUSTO VIVERÁ POR FÉ Às vezes vivemos períodos em que parece que todos os problemas tiraram férias: não aborrecimento nem cobranças, os filhos estão estáveis, as contas estão controladas, o cônjuge sorri facilmente, e a saúde e a força são como as de Sansão. Contudo há outros momentos em que os sofrimentos surgem aos montes, sem folga: o estresse é intenso, o chefe começa a implicar mais que o normal, os filhos juntam-se para boicotar a administração doméstica, o cônjuge reclama das coisas que faltam em casa e a saúde e a força parecem débeis como as da mulher hemorrágica. É exatamente nos momentos de vale que recorremos ao Senhor para reclamar, queixar-nos e até exigir uma saída de emergência (Habacuque 1:2-3). Mas a experiência cristã confirma que, quanto mais reclamamos, pior ficam as coisas. Muitas vezes nossas queixas provocam o Senhor, que resolve antecipar os problemas que viriam apenas na segunda leva (1:5- 11). Boa parte dos cristãos, quando olha A SURPREENDENTE GRAÇA DE DEUS O PROPÓSITO DE DEUS NO EVANGELHO MAIS UMA CHANCE Hoje muitos filhos de Deus têm sido atacados por Satanás e desencorajados a prosseguir a carreira cristã. Se não soubermos o que fazer para impedir esses ataques, os danos poderão ser incalculáveis. Quer saber como impedir a ação o inimigo? A coluna Ouvir e praticar traz uma história que nos ajudará. Deus não pode ser percebido com os olhos terrenos, mas com os da fé. Não usamos a lógica para entendê-Lo nem o que Ele faz. Esse assunto é de extrema importância para a vida cristã. Quer saber mais a respeito disso? Confira na sessão Os fundamentos para os novos crentes. Em Mateus 24, ao falar dos sinais que precederiam Sua vinda, o Senhor Jesus expôs um triste fato que ocorreria nos últimos dias: o amor se esfriará de quase todos. O que podemos fazer para não ser parte da maioria? Como manter nosso amor aceso? A coluna O evangelho do reino traz as dicas. 4 3 2 para esse quadro, reclama ainda mais. Não veem a boa mão de Deus e Seu intento de querer aperfeiçoar-nos (1:12). Muitos que sofrem dizem: “Senhor, Tu não és meu Pastor? Que está acontecendo? Eu sou Teu filho ou um peixinho à mercê dos pescadores? Acho, Senhor, que não estás governando minha vida” (vs. 13-14). Às vezes, por causa de nossas muitas queixas, Deus faz silêncio. E, às vezes, por causa do silêncio de Deus, também ficamos em silêncio. Porém não é um silêncio para ouvir, aprender e considerar, mas de chateação, como o de uma criança que não conseguiu o brinquedo que queria (2:1). Ainda bem que temos o Espírito Santo, que entra em ação e nos faz lembrar que o justo vive por fé (v. 4). Como devemos aprender o significado dessa declaração! A fé em nosso Senhor não pode se embasar no fato de ter todos os nossos pedidos atendidos. Nossa fé deve embasar-se no próprio Senhor; no fato de que, a despeito de Sua resposta, Ele cuida de nós, sabe o que é melhor para nós e está assentado no trono governando todas as coisas com responsabilidade. Os que têm mais experiência de oração sabem que elas devem ser feitas alinhadas com a vontade de Deus e que nossa carne deve se calar para deixá-Lo ser Deus (2:20). Quando realmente somos afetados pela luz que o Espírito Santo derrama sobre nossas trevas, notamos que o Senhor não está distante, que Ele sabe o que faz e que todas as coisas cooperam para o bem dos que O amam (2 Coríntios 2:18; Romanos 8:28). À medida que conhecemos mais o Senhor, a quem oramos, nossa oração começa a mudar. Somos capazes de dizer: “Senhor, ainda que falte alimento ou roupa para vestir, eu me alegro em Ti, exulto no Senhor, Deus da minha salvação. Senhor, não quero viver apoiado no que vejo, mas pela fé. Faze-me andar, mesmo no vale, sobranceiro, altaneiro e confiante diante dos homens e de Ti (Habacuque 3:17-19). Que esta edição gere em nossos leitores mais confiança em Deus! NESTA EDIÇÃO: ORAR, SERVIR, OFERTAR Os líderes das igrejas devem inspirar-se nos ensinamentos e na vida do Senhor Jesus para conduzir o rebanho de que Deus lhes confiou. Separamos um espaço para trazer princípios importantes para pastores e líderes de igrejas quanto à maneira de conduzir as ovelhas do Senhor na coluna Líções para líderes. 4 Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ( João 15:5) ASSOCIAÇÃO ÁRVORE DA VIDA PUBLICAÇÃO MENSAL ANO 26 - NÚMERO 278 • R$ 3,20 ASSINE O JAV: A LIGAÇÃO É GRATUITA! VOCÊ PODE TER MAIS INFORMAÇÕES TAMBÉM NO NOSSO WEBSITE. ACESSE JÁ! 0800 555 123 www.arvoredavida.org.br DISQUE JAV Jornal

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O JUSTO VIVERÁ POR FÉ

Às vezes vivemos períodos em que parece que todos os problemas tiraram férias: não há aborrecimento nem cobranças, os � lhos estão estáveis, as contas estão controladas, o cônjuge sorri facilmente, e a saúde e a força são como as de Sansão. Contudo há outros momentos em que os sofrimentos surgem aos montes, sem folga: o estresse é intenso, o chefe começa a implicar mais que o normal, os � lhos juntam-se para boicotar a administração doméstica, o cônjuge reclama das coisas que faltam em casa e a saúde e a força parecem débeis como as da mulher hemorrágica.

É exatamente nos momentos de vale que recorremos ao Senhor para reclamar, queixar-nos e até exigir uma saída de emergência (Habacuque 1:2-3). Mas a experiência cristã con� rma que, quanto mais reclamamos, pior � cam as coisas. Muitas vezes nossas queixas provocam o Senhor, que resolve antecipar os problemas que viriam apenas na segunda leva (1:5-11). Boa parte dos cristãos, quando olha

A SURPREENDENTEGRAÇA DE DEUS

O PROPÓSITO DE DEUS NO EVANGELHO

MAIS UMA CHANCE

Hoje muitos � lhos de Deus têm sido atacados por Satanás e desencorajados a prosseguir a carreira cristã. Se não soubermos o que fazer para impedir esses ataques, os danos poderão ser incalculáveis. Quer saber como impedir a ação o inimigo? A coluna Ouvir e praticar traz uma história que nos ajudará.

Deus não pode ser percebido com os olhos terrenos, mas com os da fé. Não usamos a lógica para entendê-Lo nem o que Ele faz. Esse assunto é de extrema importância para a vida cristã. Quer saber mais a respeito disso? Con� ra na sessão Os fundamentos para os novos crentes.

Em Mateus 24, ao falar dos sinais que precederiam Sua vinda, o Senhor Jesus expôs um triste fato que ocorreria nos últimos dias: o amor se esfriará de quase todos. O que podemos fazer para não ser parte da maioria? Como manter nosso amor aceso? A coluna O evangelho do reino traz as dicas.

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para esse quadro, reclama ainda mais. Não veem a boa mão de Deus e Seu intento de querer aperfeiçoar-nos (1:12).

Muitos que sofrem dizem: “Senhor, Tu não és meu Pastor? Que está acontecendo? Eu sou Teu � lho ou um peixinho à mercê dos pescadores? Acho, Senhor, que não estás governando minha vida” (vs. 13-14).

Às vezes, por causa de nossas muitas queixas, Deus faz silêncio. E, às vezes, por causa do silêncio de Deus, também � camos em silêncio. Porém não é um silêncio para ouvir, aprender e considerar, mas de chateação, como o de uma criança que não conseguiu o brinquedo que queria (2:1).

Ainda bem que temos o Espírito Santo, que entra em ação e nos faz lembrar que o justo vive por fé (v. 4). Como devemos aprender o signi� cado dessa declaração! A fé em nosso Senhor não pode se embasar no fato de ter todos os nossos pedidos atendidos. Nossa fé deve embasar-se no próprio Senhor; no fato de que, a despeito de Sua resposta, Ele cuida de nós, sabe o que é melhor para nós e está assentado

no trono governando todas as coisas com responsabilidade.

Os que têm mais experiência de oração sabem que elas devem ser feitas alinhadas com a vontade de Deus e que nossa carne deve se calar para deixá-Lo ser Deus (2:20). Quando realmente somos afetados pela luz que o Espírito Santo derrama sobre nossas trevas, notamos que o Senhor não está distante, que Ele sabe o que faz e que todas as coisas cooperam para o bem dos que O amam (2 Coríntios 2:18; Romanos 8:28).

À medida que conhecemos mais o Senhor, a quem oramos, nossa oração começa a mudar. Somos capazes de dizer: “Senhor, ainda que falte alimento ou roupa para vestir, eu me alegro em Ti, exulto no Senhor, Deus da minha salvação. Senhor, não quero viver apoiado no que vejo, mas pela fé. Faze-me andar, mesmo no vale, sobranceiro, altaneiro e con� ante diante dos homens e de Ti (Habacuque 3:17-19).

Que esta edição gere em nossos leitores mais con� ança em Deus!

N E S T A E D I Ç Ã O :

ORAR, SERVIR, OFERTAR

Os líderes das igrejas devem inspirar-se nos ensinamentos e na vida do Senhor Jesus para conduzir o rebanho de que Deus lhes con� ou. Separamos um espaço para trazer princípios importantes para pastores e líderes de igrejas quanto à maneira de conduzir as ovelhas do Senhor na coluna Líções para líderes.

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Eu sou a videira, vós, os ramos.Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. ( João 15:5)

ASSOCIAÇÃO ÁRVORE DA VIDA • PUBLICAÇÃO MENSAL • ANO 26 - NÚMERO 278 • R$ 3,20

ASSINE O JAV: A LIGAÇÃO É GRATUITA! VOCÊ PODE TER MAIS INFORMAÇÕES TAMBÉM NO NOSSO WEBSITE. ACESSE JÁ! 0800 555 123 www.arvoredavida.org.brDISQUE JAV

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EVANGELHO DA GRAÇA JESUS SALVARÁ SEU POVO DE SEUS PECADOS (MATEUS 1:21)

Certa vez um ateu adepto da teoria do Big Bang desa� ou um cristão a provar a existência de Deus. O cristão, então, respondeu: “Quando olho para o universo, sou levado a crer que Deus existe. Você não vê? ‘Os céus proclamam a glória de Deus, e o f irmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos conf ins do mundo’ (Salmos 19:1-4)”.

O evangelho de Mateus descreve sinais, indicações que antecedem a vinda do Senhor Jesus. Entre os sinais apresentados, vemos o seguinte: “E por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (24:12). Como signi� cado de iniquidade, encontramos nos dicionários grave injustiça, falta de equidade, descumprimento da lei.

A injustiça aqui referida não se evidencia apenas no ambiente secular e mundano, mas até mesmo na igreja. Quando presenciamos problemas entre � lhos de Deus, injustiças, hipocrisias ou mesmo pecados grosseiros, é fácil nos escandalizar e até sentir nossa fé enfraquecer. Por vezes, nosso amor pelos irmãos e até pelo próprio Senhor pode vir a se esfriar. Mas o fato é que não estamos lidando

A teoria do Big Bang diz que há 14 bilhões de anos houve uma grande explosão que deu origem ao universo com suas incontáveis galáxias e sistemas solares. Mesmo que venha a se comprovar, essa teoria não invalidaria a existência de Deus, pois tudo que existe requer, obriga, insta a presença de um Criador. Desconsiderar isso é rejeitar o princípio fundamental de causa e efeito, que diz o óbvio: se algo existe é porque alguém o criou, não importa como.

O cristão pediu que o ateu imaginasse o seguinte: “Se soubesse que, num planeta qualquer, numa galáxia distante, fosse encontrada uma cidade, que diria? A� rmaria que naquele lugar nunca passou ninguém?”. O ateu, perdido entre o orgulho e a razão, preferiu � car em silêncio.

Se tão facilmente a� rmamos que há vida inteligente por causa da existência de uma cidade, por que hesitaríamos em dizer que, por trás da existência do universo, que é esplêndido, maravilhoso e grandioso, não há um Deus criador? Se não precisamos provar, por ser tão óbvio, que houve um escritor quando achamos uma obra literária, por que é preciso

com acontecimentos aleatórios. O que testemunhamos de ruim ou absurdo faz parte de um conjunto de sinais apontando para o � m dos tempos, a respeito dos quais o Senhor Jesus profetizou na passagem bíblica mencionada. Ele mesmo nos instrui acerca da atitude que precisamos tomar para ser salvos dessas coisas: “Aquele, porém, que perseverar até o � m, esse será salvo” (v. 13).

Perseverar até o � m, aplicado a nossa experiência, é não permitir que nosso amor e fé se esfriem em tais circunstâncias. Mas como manter acesos o amor e a fé nos últimos dias? Vejamos um exemplo. Assim como o fogo se apaga quando é abandonado e, por outro lado, permanece acesso quando alimentado pela lenha, o amor de Deus subsiste pela vida divina. A vida divina é o “combustível” desse amor. Somente pela vida de Deus somos capazes de amar os que contra nós cometem injustiças, ofensas e pecados. Somente por meio dela podemos perdoar os que nos ferem e deles ter misericórdia, compreendendo que eles

provar que Deus existe quando se vê todo o universo? (cf. Salmos 14:1).

O escritor da Epístola aos Hebreus, sabendo da lei fundamental de causa e efeito, escreveu: “Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus” (3:4). Se existe uma casa, logo há alguém que a criou; se existe o universo, ora, sem dúvida, há um Deus criador.

Hebreus diz ainda: “Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem. Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, ainda fala. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve testemunho de haver agradado a Deus. De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (11:3-6).

Quando exercitamos a fé e O buscamos com coração simples, Deus se permite ser achado por nós. Amém!

mesmos não sabem o que fazem. Mesmo que a situação a nos ofender não mude, pelo suprimento do Espírito, nossa mente e consciência são curadas, nosso dom de amar a Deus e as pessoas é reavivado, e o fogo do Espírito aquece novamente nosso coração. Dessa maneira, somos renovados e encorajados a depositar nossa viva esperança na vinda do Senhor Jesus, e a não nos limitar a essa vida. Isso ocorre quando a vida de Deus reina em nós.

Estejamos atentos, pois os últimos dias se aproximam. Cada vez que caímos, temos a chance de nos arrepender, levantar e prosseguir. Em uma queda simples, muitas vezes a criança chora e espera que um adulto venha socorrê-la e os adultos habitualmente se levantam e prosseguem na caminhada. Não permaneçamos estagnados no meio do caminho, mas sigamos até o � m, como vencedores na trajetória cristã. Nosso alvo é Cristo; Ele é nossa vida, caminho e verdade. Perseveremos Nele! Por meio da perseverança em Cristo, nossa alma alcançará a salvação (1 Pedro 1:9).

EVANGELHO DO REINO E SERÁ PREGADO ESTE EVANGELHO DO REINO POR TODO O MUNDO (MATEUS 24:14)

O D I Á L O G O

E N T R E U M

C R I S T Ã O E

U M A T E U

AMOR E ESPERANÇA NOS ÚLTIMOS DIAS

2 JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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Por vezes somos surpreendidos por situações que nos abalam e muitas nos afetam diretamente. Nem sempre conseguimos entender o motivo e questionamos a Deus sobre isso. Alguns acabam exigindo de Deus uma explicação lógica para os fatos.

No Antigo Testamento, um profeta perguntou a Deus: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás?” (Habacuque 1:2). Naquela ocasião, o povo de Judá sofria um terrível ataque por parte dos caldeus. Enquanto contemplava tudo isso, Habacuque se pôs a clamar a

Deus, indagando a razão lógica para Deus permitir tamanha atrocidade contra o povo de Judá (vs. 3-4).

A reação do profeta muitas vezes é replicada por nós. Quando situações de sofrimento nos sobrevêm, logo queremos entender por que somos submetidos a elas. Nossa mente lógica procura uma resposta que justi� que o que está acontecendo.

Veja a resposta do Senhor a Habacuque: “Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, [...] para apoderar-se de moradas que não são suas” (vs. 5-6). Que revelação: Deus não apenas estava ciente da situação de Judá, como estava por detrás de tudo o que acontecia. Aqui reside um princípio importante: nada acontece sem a permissão divina.

Mas por que Deus permitiria que Seu povo sofresse? Tentar obter essa resposta não é algo possível à mente humana, pois as ações de Deus fogem a nossa lógica. Elas são percebidas e compreendidas pela fé, que se baseia na palavra. No caso de

Habacuque, Deus lhe revelou que a razão para aquele sofrimento era que Ele estava disciplinando Seu povo (v. 12).

Em nossa experiência, para obter a devida compreensão das situações que nos sucedem, precisamos ajustar o foco de nossa indagação. A pergunta não é “por que”, e sim “para que”. “Para que” indica propósito, � nalidade. Se, ao nos deparar com situações difíceis, � zermos a pergunta correta, logo obteremos a resposta correta. Em seguida, precisamos procurar saber qual a relação entre o que está acontecendo e nós. Essa relação é feita com a seguinte pergunta: Que o Senhor me quer falar nessa situação?

Portanto, amado leitor, quando confrontados com situações de difícil explicação, coloquemo-nos diante do Senhor e Lhe perguntemos: “Senhor, que queres me mostrar com essa situação? Não quero passar por isso sem ouvir Teu falar. Revela Tua vontade para que eu prossiga em paz, sabendo que estás no controle de tudo. Eu aceito, Senhor, Tua vontade. Obrigado, Senhor Jesus”.

POR QUEOU

PARA QUE?

“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças” (Filipenses 4:6).

Muitas vezes fazemos coisas às escondidas certos de que ninguém está a nos ver. Sim, dos homens talvez nos escondamos, mas não nos esqueçamos de que há um Deus que tudo vê e tudo sabe. Ele não nos trata segundo a aparência ou o julgamento humano, mas segundo o que vê em nosso interior, porque só Ele conhece os pensamentos e propósitos do coração humano.

Nosso Deus está o tempo todo a nos observar, não para achar nossos erros, mas para cuidar de nós. Como está escrito: “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado?” ( Jó 7:17). Mesmo sendo tão pequenos, em comparação ao universo

criado por Ele, ainda assim somos o centro de Sua atenção.

Ele conhece todas as nossas necessidades e dificuldades. Às vezes reclamamos: “Puxa, eu estou passando por tantos problemas, e Deus não olha para mim”. Entretanto temos o costume de falar para Deus que estamos em dificuldades e, ao mesmo tempo, procurar soluções próprias. Então para que Lhe pedir ajuda, se já temos nosso “jeitinho”? Esse tipo de atitude demonstra que não conseguimos enxergar o cuidado amoroso de Deus para conosco nem confiamos em Sua maneira de lidar com as coisas. Ver Deus não ocorre com os olhos terrenos, mas com os olhos da fé. Não devemos usar a lógica para entendê-Lo e o que Ele faz, e sim a fé. Temos de aprender a viver pela fé, pois não nascemos

sabendo como se faz isso. Nossa vida precisa ser como Paulo nos ensinou: “Visto que andamos por fé e não pelo que vemos” (2 Coríntios 5:7).

Quando oramos, devemos entregar ao Senhor cada di� culdade, crendo que Ele irá cuidar de todas elas da melhor maneira. Não importa que tipo de di� culdades tenhamos, Deus pode resolvê-las. Exercitar a fé é estar livres de dúvidas e descansar em Deus. Se procurarmos agir sempre assim, � caremos surpresos com Sua capacidade e poder. Ele sempre verá saídas onde não vemos. Con� emos Nele.

Gostaríamos de encerrar com um versículo muito encorajador: “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6).

FUNDAMENTOS PARA OS NOVOS CRENTES DESEJAI ARDENTEMENTE, COMO CRIANÇAS RECÉM-NASCIDAS O GENUÍNO LEITE ESPIRITUAL (1 PEDRO 2:2)

C R E R E M D E U S , E N Ã O N O Q U E V E M O S

NOVIDADES BIOGRAFIAS, HINOS, PARA MEDITAR, VOCÊ SABIA? REFLETINDO, TESTEMUNHOS E CARTAS

3JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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precisamos ver o que Neemias viu: nos arrepender não somente por nossos pecados, mas pelos do povo também! Esse é o sentimento correto de quem quer cooperar com Deus. Portanto, ao notar que os irmãos da igreja estão abatidos e desanimados, precisamos nos dispor a orar por eles.

Neemias, de fato, foi muito útil nas mãos de Deus. Seu segredo era sempre recorrer ao Senhor em todas as circunstâncias, antes de qualquer ação. Não consideremos essa atitude extraordinária, e sim a atitude normal de um servo de Deus. Se ainda costumamos agir sem consultar o Senhor, precisamos nos arrepender e ter um novo começo. O servo útil é o que só se move quando o Senhor se move, e é por isso que sempre vive em comunhão com Ele.

Neemias buscava em primeiro lugar a satisfação de Deus. Como copeiro do rei, ele, sem dúvida, vivia com muito

Em Gálatas 4:2, vemos que precisamos exercer a função de curador para os liderados. A importância do líder curador se faz presente quando os liderados têm necessidades especiais. Um liderado pode apresentar di� culdades no exercício de suas atividades em três ocasiões: quando não sabe o quefazer, como fazer ou quando não quer fazer o que lhe é comissionado. Quando um liderado � ca inativo porque não sabe o que fazer, faz-se necessário o ensino correto a respeito da função. Quando a falha provém de

conforto no exílio . Entretanto, ao saber da situação de Jerusalém, não pensou em si mesmo, mas abandonou todo o seu conforto e não se importou com o preço que teria de pagar: a longa viagem e as di� culdades de viver numa cidade abandonada. Assim que chegou a Jerusalém, depois de uma longa jornada, foi sozinho, à noite, certi� car-se da real condição dos muros da cidade.

Em Neemias só encontramos exemplos positivos a ser seguidos por todos os que amam a Deus de fato. Ele sabia que, se os muros não fossem restaurados, o templo seria prejudicado. E, apercebido da urgência da obra, ele e os demais judeus, apesar dos ataques dos inimigos, concluíram a restauração dos muros em 52 dias!

Que todos possamos agir como Neemias. Que trabalhemos para fechar as brechas pelas quais o inimigo sorrateiramente entra. Hoje o Senhor precisa de muitos servos semelhantes a ele!

imperícia, ou seja, de não saber como fazer corretamente, é necessário o líder desenvolver as habilidades do liderado, e isso se adquire com treino, repetição e precisão. Quando o problema é comportamental, a necessidade é mais complexa, pois está no âmbito psicológico do liderado. É preciso que o líder converse, oriente e ajude o liderado a ver a necessidade de mudar suas atitudes. O fato é que o líder curador deve focar suas energias no desenvolvimento das pessoas em seu saber, fazer e agir.

LÍDERCURADOR

OUVIR E PRATICAR O QUE OUVE ESTAS PALAVRAS E AS PRATICA É SEMELHANTE AO HOMEM PRUDENTE QUE EDIFICOU SUA CASA SOBRE A ROCHA (MATEUS 7:24)

O livro de Esdras revela que, enquanto o povo de Deus restaurava o templo que fora destruído, era atacado pelos inimigos, e isso o fazia desanimar. Mas como os inimigos conseguiram invadir a cidade e atacar o povo? O livro de Neemias revela a causa: os muros estavam derribados, e as portas da cidade, queimadas. Em outras palavras, os inimigos tinham total liberdade para entrar e sair.

Quando soube da desolação dos muros, Neemias se entristeceu demais e o encargo de restaurar os muros ardeu em seu coração. Ele, então, fez uma oração muito especial a Deus: arrependeu-se de seus pecados, porém não só dos seus, mas também dos de todo o povo. Que exemplo maravilhoso!

Nossa situação não é muito diferente. Hoje muitos � lhos de Deus têm sido atacados por Satanás e desencorajados a prosseguir. Diante desse quadro,

FECHAR AS BRECHAS

LIÇÕES PARA OS LÍDERES QUEM QUISER TORNAR-SE GRANDE ENTRE VÓS, SERÁ ESSE O QUE VOS SIRVA (MATEUS 20:26)

4 JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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Vimos nas duas edições anteriores que a vida de Moisés revela vários aspectos de Cristo. Ele, sem dúvida, foi uma � gura de Cristo no Antigo Testamento. Sua vida e serviço ao Senhor concedem um grande legado para os � lhos de Deus. Nesta edição, falaremos sobre outras riquezas de Cristo percebidas em sua vida e serviço.

Após Deus, por intermédio de Moisés, livrar o povo do regime de escravidão a que estavam sujeitos no Egito, Ele os conduziu pelo deserto. A Bíblia registra que, após caminhar por algum tempo, o povo começou a murmurar pela falta de comida. O Senhor, então, providenciou um pão que vinha do céu diariamente, o maná (Êxodo 16:3-4). Acostumados com a comida do Egito, Deus precisou reeducá-los e reconstituí-los do que provinha Dele. O maná provinha do céu, direto do Senhor, e representa o Senhor Jesus, o Pão vivo que desceu do céu.

Mais adiante, o povo se viu com sede, e novamente foram contender com Moisés. A direção de Deus naquele momento foi que Moisés ferisse a rocha para que dela � uísse água para o povo (17:1-7). O que podemos notar é que o tempo todo Deus supria a necessidade dos Seus. O mesmo Ele tem feito conosco. Desde que nos libertou do império das trevas, dia a dia Ele nos tem sustentado do que vem de cima. Ele é também nossa água viva, capaz de nos saciar neste mundo árduo.

Depois de abençoados com pão do céu e água, o povo se viu numa situação em que teria de lutar para chegar à

terra prometida por Deus. A batalha contra Amaleque foi a primeira luta em que o povo de Israel se envolveu. Em tipologia, essa batalha representa a guerra entre o espírito e a carne. Os amalequitas representam a carne, que o tempo todo tenta nos vencer. Se não for tratada, ela pode causar sérios danos em vários aspectos de nossa vida. Em Êxodo 17:11-12, vemos que, durante a batalha, Moisés, Arão e Hur intercediam pelos combatentes, representados por seu chefe, Josué. Isso significa que, para vencer a batalha contra a carne, é importante desenvolver uma vida de oração e intercessão uns pelos outros.

Após a batalha que ocorreu em Re� dim, o povo partiu e acampou-se em frente ao monte Sinai. Naquela ocasião, Deus chamou Moisés para o cume do monte, de onde lhe falhou os mandamentos que deveriam ser transmitidos ao povo. Moisés desceu do monte com duas tábuas, que continham os estatutos de Deus para o povo. O objetivo de Deus em dar aquele conjunto de leis ao homem era expor sua condição e levá-lo a depender somente Dele.

Por � m, o que podemos notar, amado leitor, é que Deus sempre esteve presente cuidando das necessidades do povo. Cremos que, por semelhante modo, Ele tem cuidado de nós e nos suprido nas necessidades. Que sejamos gratos a Ele por tudo o que fez, vem fazendo e fará por nós. Continuaremos na próxima edição.

NOSSOCristo,

3Libertador

QUALIFICAÇÕES DOS MINISTROS DA

NOVA ALIANÇA

esmurrar o corpo

Em 1 Coríntios 9:23-27, o apóstolo Paulo, como servo de Deus e pregador do evangelho, “esmurrava o corpo”. Esse tema é de importância vital para todo servo do Senhor. O apóstolo usa a ilustração de uma pista de corrida. “Não sabeis vós”, pergunta ele no versículo 24, “que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis”. E como isso pode ser conseguido é o que ele explica no versículo 25, baseando sua metáfora nos jogos olímpicos: “Todo atleta em tudo se domina”. Paulo salientava a necessidade de auto-disciplina por parte

de cada competidor. Os que competiam pelo prêmio tinham de manter rigoroso controle de si mesmos. No período de treinamento, antes das competições, não podiam comer quanto, quando e o que bem desejassem. Muitas coisas que seriam normalmente permitidas, a eles eram vedadas. E, quando entravam na corrida propriamente dita, tinham de seguir regras in� exíveis, ou seriam desquali� cados. Caros leitores, se queremos ser cristãos vencedores e ganhar o prêmio de ser reis junto com Cristo no mundo que há de vir (Hebreus 2:5, Apocalipse 20:6), devemos começar a reinar sobre nosso corpo hoje.

APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS COM VISTAS AO APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS, PARA O DESEMPENHO DO SEU SERVIÇO (EFÉSIOS 4:12)

INSONDÁVEIS RIQUEZAS DE CRISTO PREGAR O EVANGELHO DAS INSONDÁVEIS RIQUEZAS DE CRISTO (1 PE 2:2)

5JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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“Segui a paz com todos e a santi� cação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14). Esse versículo mostra a condição não apenas para nos relacionar com Deus, mas para até vê-Lo: santi� cação. Se alguém não for santo, ou se não houver pelo menos a intenção e o esforço em santi� car-se, sem chance de sequer ver

No livro de Marcos, capítulo 1, temos um modelo de ministração feita pelo Senhor Jesus que mostra ao povo como desfrutar plenamente de Deus em Sua justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Esse modelo deve ser praticado por nós, ministros da nova aliança. Como pastores, somos encarregados de alimentar e edi� car as ovelhas de Cristo, daí a importância de seguir Seu exemplo no cumprimento do trabalho que o Pai Lhe con� ou e que ia ao encontro das necessidades das pessoas.

Primeiro: pregar (vs. 14-15, 38-39) – Satanás escravizava as pessoas,

o Senhor. Ou seja, o relacionamento com Deus é algo que temos na mesma medida em que abrimos mão do pecado, do mundo e do ego.

Ninguém pode se relacionar com Deus enquanto peca, porque ninguém verá o Senhor sem santi� cação. Assim também, ninguém que tenha relacionamento íntimo com o mundo, até mesmo com seus aspectos mais lícitos e acima de qualquer suspeita, pode ver a Deus sem se santi� car. E não se engane quem acha que pode escapar do radar da santi� cação se vive apenas para si, pois a recomendação que Jesus deu aos discípulos que O queriam seguir era negar a si mesmos.

Querido jovem, ser santo aqui não tem a ver com um joguinho que muitos crentes fazem de pode-não-pode. Não. Para ilustrar, vamos usar como metáfora o relacionamento entre marido e mulher. O início de qualquer relacionamento amoroso é marcado por gentilezas e agrados gratuitos. Abre-se mão de gostos pessoais. Há quem coma rúcula só para agradar os pais da amada, mesmo detestando o vegetal. Algo de errado nisso? Nada. Não há regra para amar.

No entanto, quando o tempo passa e o relacionamento já está garantido, passam-

mantendo-as numa condição de miserabilidade. À medida que Cristo pregava as boas-novas de Deus aos que estavam nas trevas, a divina luz penetrava em seus corações. Sua pregação consistia em iluminar as pessoas. Hoje não é diferente. O deus deste século tem cegado o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Coríntios 4:4). É importante atentar para que o evangelho que pregamos seja de tal modo sincero e profícuo que resplandeça abundantemente essa luz. Caso contrário, precisamos rever o que estamos proclamando.

Segundo: ensinar (vs. 21-22) – O ensino praticado por Ele visava tirá-los das trevas para que pudessem ver a grande luz. ¨O povo que jazia em trevas viu grande luz; e aos que viviam na região e sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz¨ (Mateus 4:16). O ensinamento ministrado por nós

se às cobranças de “certo e errado” e de “pode-não-pode”. É a partir daí que o relacionamento se desgasta e caminha para a crise.

O relacionamento com Deus não se baseia em certo e errado ou em pode-não-pode, e sim em abrir mão de algo para agradá-Lo ou fazer algo que não costumava fazer para deixá-Lo feliz. Isso é santi� cação, é deixar de fazer coisas que desagradam ao Senhor, nosso amado Senhor, por amor a Ele. As proibições são autoimpostas e advém de um coração puro, simples e sincero a Deus.

Quer ver o Senhor? Então, de que coisas você está disposto a abrir mão? Que prazeres está disposto a negar? É o dinheiro? É o entretenimento? É um relacionamento? Quem sabe até mesmo uma opinião! Isso é santi� cação, é abrir mão do que pode comprometer seu relacionamento com Ele.

Pois é, não se pode ter tudo. Ou você decide ver o Senhor e abandona o pecado, o mundo e o ego, ou desfruta de todos os prazeres e benesses que estes podem oferecer em detrimento da presença gloriosa do amado Senhor Jesus. E lembre-se, uns são passageiros, o Outro é eterno. A escolha é sua!

tem produzido esse efeito de iluminar o entendimento? Se essa não for a nossa essência, os irmãos não conseguirão se � rmar na verdade.

Terceiro: expulsar demônios (vs. 25-26) – Satanás prendeu os homens de tal maneira que eles não têm como servir aos propósitos de Deus. Nós, que somos ministros da nova aliança, temos a autoridade de Deus para expulsá-lo. Jesus libertava com tranquilidade, pregava para todos, ensinava, curava os enfermos e doentes, puri� cava os leprosos, ressuscitava os mortos. O Filho era sensível à vontade do Pai e às necessidades das pessoas. Ele vivia isso com muito equilíbrio e sobriedade.

O que devemos fazer é seguir o modelo de Cristo em sua essência, sob a inspiração do Espírito Santo, e a vontade do Senhor prevalecerá na terra.

Bp. Darci Madureira - Pastor do Ministério Ebenézer no Rio de Janeiro. Contato: [email protected]

DE PASTOR PARA PASTOR “PASTOREAI O REBANHO DE DEUS QUE HÁ ENTRE VÓS (1 PEDRO 5:2A)

JOVENS COM UMA META A PALAVRA DE DEUS PERMANECE EM VÓS E TENDES VENCIDO O MALIGNO (1 JOÃO 2:13)

JESUSNOSSOMODELODE PASTOR

RELACIONAMENTO COM DEUS

Santidade

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6 JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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O QUE DEUS UNIU ÁQUILA E PRISCILA: COOPERADORES DO REINO EM JESUS CRISTO (ATOS 18:2; ROMANOS16:3-4)

Caro leitor, você já mordeu a língua? Doeu? E que fez: arrancou a língua? arrancou o dente? Certamente não. Nós facilmente mordemos a língua porque ela está bem próxima dos dentes. Di� cilmente alguém morderia com tanta frequência outra parte do corpo. Assim também, marido e mulher, pela proximidade, facilmente se “mordem”. E, ao contrário do que muitos pensam, o normal é que o que mordeu peça desculpas ao que foi mordido e o que foi mordido perdoe o que mordeu. Se os dois estiverem sob o governar de Cristo, pedir perdão e perdoar devem ser constantes em seu lar.

Não há pessoas perfeitas, logo, não nos casamos com alguém sem defeito. Com os anos vemos mais erros no cônjuge, o que nos causa dor e decepção. Ofendemos com palavras e com ações ou com a ausência de palavras e de ações. Sem querer ou não, ferimos o cônjuge a quem � zemos juras de amor. O remédio certo para curar e cicatrizar o coração ferido é o perdão! Sem ele o casamento torna-se um octógono de iras, mágoas e

até de ódio. Com ele, por pior que pareça a “doença”, há esperança e até cura; por maior que seja a sujeira, ele é o melhor produto de limpeza; por mais trancado que esteja o coração, a liberdade vem! Se não perdoamos, causamos grande mal a nós mesmos, um mal que adoece espírito, alma e corpo e nos faz entrar em processo de autodestruição.

Não é sem razão que o Senhor Jesus nos ensinou a orar: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6:12). E ainda ressaltou: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (vs. 14-15). Além disso, ao ser questionado por Pedro sobre quantas vezes se deve perdoar um irmão, Ele respondeu: “Não te digo que até sete vezes, mas até sententa vezes sete” (Mateus 18:21-22). Impossível para os homens? Sim. Mas não para Aquele que é rico em perdoar (Isaias 55:7).

O apóstolo Paulo também não deixou

de nos advertir sobre essa importante atitude: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade de humildade de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenham motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo; e sede agradecidos” (Colossenses 3:12-15). Podemos estar com a razão, mas sem perdão não temos paz. Se não temos força para perdoar é porque nos falta o amor divino. Com ele o perdão � ui de nosso coração. Não se trata de esquecer a ofensa, pois só Deus tem essa capacidade, mas de não sofrer nenhuma dor com ela nem ser molestado com a lembrança, pois a ferida já foi cicatrizada pela graça de Deus.

O perdão é um ingrediente indispensável para a vida conjugal. Exercite-o e desfrute a paz que vem de Deus!

A I M P O R T Â N C I A D O P E R D Ã O

1) A Bíblia Sagrada é a revelação divina, inspirada pelo Espírito Santo; 2) Deus é único e triúno — o Pai, o Filho e o Espírito — coexistindo em igualdade de eternidade a eternidade; 3) o Filho de Deus, sendo o próprio Deus, encarnou-se para ser um homem, de nome Jesus, nascido da virgem Maria, para ser nosso Redentor e Salvador; 4) Jesus, um homem genuíno, viveu nesta terra por trinta e três anos para tornar Deus Pai conhecido aos homens; 5) Jesus, o Cristo ungido por Deus com Seu Espírito Santo, morreu na cruz por

nossos pecados e derramou Seu sangue para o cumprimento de nossa redenção; 6) Jesus Cristo, ressuscitou dos mortos ao terceiro dia, e em ressurreição, tornou-se o Espírito que dá vida para transmitir a Si mesmo para dentro de nós como nossa vida e tudo para nós; 7) após Sua ressurreição, Cristo ascendeu aos céus e Deus O fez Senhor de todas as coisas; 8) após Sua ascensão, Cristo derramou o Espírito de Deus para batizar Seus membros escolhidos para dentro de um único Corpo e que o Espírito de Cristo está se movendo

na terra para convencer pecadores, regenerar o povo escolhido de Deus, habitar nos membros de Cristo para seu crescimento em vida e para edifi car o Corpo de Cristo com vistas à Sua plena expressão; 9) no fi m desta era, Cristo voltará para arrebatar os cristãos vencedores, julgar o mundo, tomar posse da terra e estabelecer Seu reino eterno; 10) os cristãos vencedores reinarão com Cristo no milênio e que todos os cristãos participarão das bênçãos divinas na Nova Jerusalém, no novo céu e nova terra, pela eternidade.

CREMOS QUE

7JORNAL ÁRVORE DA VIDA / ANO 26 / NÚMERO 278

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AOS PAIS CRIAI OS FILHOS NA DISCIPLINA E NA ADMOESTAÇÃO DO SENHOR (EFÉSIOS 6:4)

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CULTURA CRISTÃCrenças profundas

Chegamos ao derradeiro artigo da série: a cultura cristã. Essa parte versa sobre as crenças mais profundas da fé cristã. Para que os � lhos vivam apoiados em conceitos grandiosos, os pais precisam fazer um bom trabalho de base. Precisam ler a Bíblia com os � lhos, orar bastante por eles e rogar a Deus que lhes dê uma forte visão a respeito de quem são e do que é o mundo, e que desenvolvam a fé e a esperança no Senhor.

Os pais devem ensinar aos � lhos que eles não são deste mundo, como o Senhor ensinava aos discípulos: “Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santi� ca-os na verdade; a tua palavra é a verdade” ( João 17:14-17). Temos dito que a cultura cristã é o estilo de vida de um � lho de Deus no presente século e tem como esteio concepções bíblicas e bem diferentes das que o mundo preconiza. Enquanto na terra todos procuram um lugar para viver, � xar-se e desenvolver a vida como se aqui fosse tudo, os � lhos de Deus sabem que estão de passagem e são estrangeiros neste mundo (1 Pedro 2:11).

Os pais devem inculcar no coração dos � lhos a fé, a qual vem pelo ouvir da Palavra de Deus (Romanos

10:17 – lit.). Deus colocou em nós a capacidade de crer em coisas que fogem do padrão lógico e racional, e por isso não são entendidas. Foi por meio da fé que cremos e recebemos o Senhor Jesus, que cremos que a Bíblia é a palavra infalível de Deus, e é pela fé que cremos em todas as promessas do Senhor para nós. Os pais devem ainda dar aos � lhos a Bíblia falada, mensagens bíblicas e CDs para ouvir, assim como livros cristãos para ler.

Por � m, gostaríamos de dizer que a esperança na volta do Senhor é um dos itens que os pais devem trabalhar muito bem nos � lhos. Assim como uma noiva prepara-se para o noivo, nossos � lhos precisam se aprontar para aquele grande Dia – o dia da volta do Senhor. No contexto em que Paulo falava da volta do Senhor e na transformação de nosso corpo, ele escreveu: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Coríntios 15:19). Nossa vida só tem sentido quando é vivida sob a perspectiva da segunda vinda de Cristo.

Que tarefa honrosa e de peso é a que Deus deu aos pais de infundir nos � lhos a cultura cristã! Nunca se esqueçam de que esse é um papel importantíssimo dos pais. Que Deus os abençoe nessa grande missão.

ANO 27, JORNAL 278, JANEIRO DE 2016 - PUBLICAÇÃO MENSAL. REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS Nº. 126540. O JORNAL ÁRVORE DA VIDA É UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ÁRVORE DA VIDA, AV. CORIFEU DE AZEVEDO MARQUES, 137, BUTANTÃ - SÃO PAULO - SP - CEP 05581-000. IMPRESSÃO: GRAVAFÉ SERVIÇOS GRÁFICOS E EDITORAÇÃO LTDA, TIRAGEM: 19.000 EXEMPLARES. PRESIDENTE: DONG YU LAN. DIRETOR DE REDAÇÃO: ANDRÉ TSAI DONG. JORNALISTA RESPONSÁVEL: E.E.B. VILLELA - RG MTB 12183. ARTE: STUDIOVIVO. AUTORIZAMOS O USO DOS ARTIGOS DESTA EDIÇÃO, DESDE QUE CITADA A FONTE. CASO DESEJE PARTICIPAR DAS BÊNÇÃOS DO MINISTÉRIO DE DIFUNDIR A PALAVRA DE DEUS, DEPOSITE SUA CONTRIBUIÇÃO NO ITAÚ, AG 0067, CONTA 10545-2. NINGUÉM ESTÁ AUTORIZADO A SOLICITAR OU RECOLHER OFERTAS EM NOME DO JORNAL ÁRVORE DA VIDA OU DA ASSOCIAÇÃO ÁRVORE DA VIDA.

EXPE

DIE

NTE

E M B R E V E

12 FAIXAS - CÓD 10890

SENHOR,EU AMO

A TI!

1/ Mais perto quero estar2/ É Teu

3/ Graça e misericórdia4/ Não há outro para mim

5/ Sozinho6/ Imerso, Ó Senhor

7/ Senhor, eu amo a Ti!8/ Incondicional

9/ Louvo ao Senhor10/ Mais de Ti

11/ A frutif icação12/ Amazing Grace