associaÇÃo dos geÓgrafos brasileiros · 2019. 8. 29. · e diâmetros superiores a 1.5 m. no...
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ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROSSEÇA.0 R EG IO N A L D E SÀO PAULO
o l e i i m .
G e o ô r a f i a .
N. 25 MARÇO DE 1957
S A O P A U L O
(BRASIL)
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BOLETIM PAULISTA DE GEOGRAFIA
D I R E T O R
AROLDO D!-' AZÉVFDO
C O M ISSÃ O RE D ATO K l A L
AZlZ NACI3 AB'SABtR. BLAS BHRLANCA MARTINEZ e NICE LECOCQ MÜI,LliR
N® 25 São Paulo (Otpilnl) IMíirço de 1957
JO S fi F R A N C IS C O D E C A M A R G O — Pequeno vocabulário
A R O L D O D li A /C EV liD O — Embriões dc chiados brasi/ciras.
JO S U É C A M A R G O M B N D E S ■— Grutas calcárias n-a Serra
da Bodoqucna. XIa to Grosso.
Faculdade de Filosofia da Universidade de São Pau lo ).
S L I M Á R I O
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X O T A S PRfiVJAS.
GRUTAS CALCÁRIAS NA SERRA DA
B O D O Q U EN A , MATO-GROS3C)
JO S U É C A M A R G O M E N D E S
Em /í?:> prof. Or. JOSH ti (IAM A RG 0 .\fF.\'í)KS. r
i i ! c r u t u r n /i >>;/c .
O pTCspüto artigo pur í;nalidade w e ip r a int'ormar sõhrc
:• ocorrência dc grutas na .serra ilÀ l!ondureste Kstado «lc \ ,i( ' i n is"> ypiovcilamus o ensejo para 01100 confie cida.
Xossa viagem toi rro fie 1050. A l
cançamos a cidade de .V|uidaiiaua |>or avião «• dali dirigi m onos de
automóvel até l-ionitci. povoação situada ã margem do ribeira u Bo-
nilo, , a "eiiesta' de Multicatú. Há. porém, particularidade:; que são dignas de menção. b'm |>rimeiro lugar, ■> | :u rio Paraná e a serra dc Maracajú, embora a serra ressão mortulógica .que ofi-rece a maior analogia mm rrlaeã*• á esearjfcaoriel Hit l.
.# *A srrrn rfc Xíorocvjú nada tem dc espetacular, eotuj >ree:! «Icudo
uma série d< degraus apeaia.s c\slK>çadc>s. Segundo A. Lisboa. n d«\s- nivel total monta a cêrca de 300 melros. J'.m linha reta., cerca óe (
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majestosos paredões avermelhados, cujas parto- superiores provavelmente devem sua resistência à sülici ficarão, *xns está claro que os lwsalfcos se confinam nas escarpas de Maracajú.
A literatura consagrou a expiessão arcuUa dc Anurdauna. pro- l>osta por Liíbõa. para traduzir a seqüência de elásticos aven«filiados. que coustitucn) tais escaipas e que* formam lambem a plana*
forma regional sôlre que se aludam.De Nioaqne para o sul. afloram terrenos ;r ir no 'Miranda expós numa estreita faixa h neste.
Na nossa viagem, no trecho de Nioaqne a lromto. passamos, portanto. dos sedimentos gondwãiúcos para o cristalino, enja topografia é suave, sugerindo um páleoplano fóssil. ’ >réglacial, exumado pela erosão moderna vcrlicil 1C tlcüik-n.
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M arço nr. 1957 — N.° 25
c menor que a apresentada pelos fiüitos do cristalino (Série Minas r~ série Cuiabá — Série Baixada Paraguaia. tic l.islx>a) ; medimos, nestes, mais ou menos 55'' Cambem para o quadxante oriental, no ribeirão lioiüto. próximo à local ida th- do mesmo nome. As direções são próximas. Segundo lieurlen, qmsadores. A idade j^eologica da se
rie üodoquena, mesmo na ausência de íósseis. merece ser considerada in»- máximo paleozóica inferior, se as correlações forem corretas, pois segundo a literatura é subjacente ao Arenito Kl Carmen da Bolívia, cie idade sikiriana .superior.
Realizamos algumas excursões pela região dos doíoinitos. tendo oportunidade de verificar não só a ocorrência cie grutas (que ao que se saiS>a não ba viam sido registradas previamente na literatura.), cmi>
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I5m.i-.TIM P a u l i s t a d e . G e o g r a f i a
' SectÃo £Si|iicinãlic.i it;i .irnrí.r dá K.'r-'itulu T rc« Itm;'. -s.
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M a r em o acaiuameuto dos dolomitos nas elevações da região. Em certos casos, a estrutura dessas elevações é a própria dos “hogback", podendo-se observar dobras, de arrasto
( “drag folds” )-Curiosas sao ns pc-|i»cj»as planícies que ocorrem ao mcío dias
montanhas, como já observara Lisboa. Sôbrc aquelas erguem se. por vêzes, morros isolados. De acòrdo com Li^lioa. as cotas atingem mais de 500* metros na serra fia l> planalto de Maraeafíi, Estado de Afato Grosso. An. 2.-0 Coog. Panam. Eng. \liikas c Gool., vol. 3.
Hei ri.km . K. (1955) - Relatório Hás atividades, Rcl. An. Diretor, Div. Gcol. M in. D. X. I1. M-, 1954. pp. 101-10J.
— ( í 956) — Relatório dos titir’idadrs, Rcl. An. Diretor, Div. Gcol. Min. D. K. P. M., 1955. i»i>. 95-97.
J,aN(.k. If, W . (1955) — .Vota firrHuniutr sòbre o fanmda do .-Irtnito I:T Carmen, Bolivid, Boi. Sor. liras. Gcol. vol. 4, n. 1.
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