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Conselho Editorial: Álvaro Sérgio Weiler Junior, Anna Claudia de Vasconcellos,Bruno Vanuzzi, Carlos Castro, DaviDuarte, Estanislau Luciano de Oliveira, Fernando Abs da Cruz, Gisela Morone, Isabella Gomes Machado, Jair Men-des, Júlio Greve, Luciano Caixeta Amâncio, Marcelo Dutra Victor, Natanael Lobão Cruz e Roberto Maia|Jornalistaresponsável: Mário Goulart Duarte (Reg. Prof. 4662) - E-mail: [email protected]. Projeto gráfico: Eduar-do Furasté| Editoração eletrônica: José Roberto Vazquez Elmo|Capa e contracapa: Eduardo Furasté|Ilustrações:Ronaldo Selistre|Tiragem: 1.100 exemplares| Impressão: Gráfica Pallotti|Periodicidade: Mensal.A ADVOCEF em Revista é distribuída aos advogados da CAIXA, a entidades associativas e a instituições de ensino ejurídicas.

Agosto | 20102

www.advocef.org.br – Discagem gratuita 0800.647.8899

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ADVOGADOSDA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

DIRETORIA EXECUTIVA 2010-2012Presidente: Carlos Alberto Regueira de Castro e Silva (Recife)Vice-Presidente: Anna Claudia de Vasconcellos (Florianópolis)1º Secretário: Luciano Caixeta Amâncio (Brasília)2º Secretário: Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)1º Tesoureiro: Isabella Gomes Machado(Brasília)2º Tesoureiro: Estanislau Luciano de Oliveira (Brasília)Diretor de Articulação e Relacionamento Institucional:

Júlio Vitor Greve (Brasília)[email protected]

Diretor de Comunicação, Relacionamento Interno e Eventos:Roberto Maia (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Honorários Advocatícios:Álvaro Sérgio Weiler Junior (Porto Alegre)[email protected]

Diretor de Negociação Coletiva:Natanael Lobão Cruz (Recife)[email protected]

Diretor de Prerrogativas:Fernando da Silva Abs da Cruz (Novo Hamburgo)[email protected]

Diretor Jurídico:Bruno Vicente Becker Vanuzzi (Porto Alegre)[email protected]

Diretor Social:Marcelo Dutra Victor (Belo Horizonte)[email protected]

REPRESENTANTES REGIONAISBianco Souza Morelli (Aracaju)|Tânia Maria Trevisan (Bauru)|PatrickRuiz Lima (Belém)|Leandro Clementoni da Cunha (Belo Horizonte)|JúlioVitor Greve (Brasília)|Ricardo Tavares Baraviera (Brasília)|Lya RachelBasseto Vieira (Campinas)|Alfredo de Souza Briltes (Campo Grande)|Daniele Cristina das Neves (Cascavel)|Juel Prudêncio Borges (Cuiabá)|Susan Emily Iancoski Soeiro (Curitiba)|Edson Maciel Monteiro(Florianópolis)|Maria Rosa de Carvalho Leite Neta (Fortaleza)|Ivan SergioPorto Vaz (Goiânia)|Isaac Marques Catão (João Pessoa)|Rodrigo TrezzaBorges (Juiz de Fora)|Altair Rodrigues de Paula (Londrina)|DioclécioCavalcante Neto (Maceió)|Raimundo Anastácio Carvalho Dutra Filho(Manaus)|José Irajá de Almeida (Maringá)|Carlos Roberto de Araujo(Natal)|Daniel Burkle Ward (Niterói)|João Batista Gabbardo (NovoHamburgo)|Pablo Drum (Porto Alegre)|Bruno Ricardo Carvalho de Souza(Porto Velho)|Justiniano Dias da Silva Júnior (Recife)|Sandro EndrigoChiarotti (Ribeirão Preto)|Jair Oliveira Figueiredo Mendes (Salvador)|FabioRadin (Santa Maria)|Antonio Carlos Origa Júnior (São José do RioPreto)|Flávia Elisabete Karrer (São José dos Campos)|Virginia NeusaLima Cardoso (São Luís)|Roland Gomes Pinheiro da Silva (SãoPaulo)|Edvaldo Martins Viana Júnior (Teresina)|Tiago Neder Barroca(Uberaba)|Luciola Pereira Vaconcelos (Uberlândia)|Angelo Ricardo Alvesda Rocha (Vitória)|Aldir Gomes Selles (Volta Redonda)CONSELHO DELIBERATIVOMembros efetivos:Davi Duarte (Porto Alegre), Renato Luiz Harmi Hino(Curitiba), Alfredo Ambrósio Neto (Goiânia), Juliana Varella Barca deMiranda Porto (Brasília) e Elton Nobre de Oliveira (Rio de Janeiro).Membros suplentes: Antônio Xavier de Moraes Primo (Recife), FábioRomero de Souza Rangel (João Pessoa) e Jayme de Azevedo Lima(Curitiba).CONSELHO FISCALMembros efetivos: Gisela Ladeira Bizarra Morone (Brasília), RogérioRubim de Miranda Magalhães (Belo Horizonte) e Adonias Melo de Cordeiro(Fortaleza).Membros suplentes: Daniele Cristina Alaniz Macedo (São Paulo) eMelissa Santos Pinheiro Vassoler Silva (Porto Velho).Endereço em Brasília/DF:SBS, Quadra 2, Bloco Q, Lote 3, Sala 1410 | Edifício João CarlosSaad | CEP 70070-120 | Fone (61) 3224-3020E-mail: [email protected] | Auxiliar administrativo: PriscilaChristiane da Silva.Endereço em Porto Alegre/RS:Rua Siqueira Campos, 940 / 201 | Centro | CEP 90010-000Fones (51) 3286-5366 e (51) 3221-7936Auxiliares Administrativos: Lisandra de Andrade Pereira (Financeiro), RafaelMartins Dias (Secretaria) e Thatiane Vilabruna (Administrativo).

| Editorial

As opiniões publicadas são de responsabilidade de seus autores,não refletindo necessariamente o pensamento da ADVOCEF.

A edição deste agosto,mês do advogado, não pode-ria ser mais significativa paraa nossa categoria.

Em matéria sobre assun-to de ampla repercussão, aADVOCEF valoriza e destaca aparticipação de seus associa-dos que concorrem a vagasdestinadas ao denominadoQuinto Constitucional juntoaos tribunais do país.

O tema possui reflexosinstitucionais vibrantes e deenorme importância para a va-lorização dos quadros repre-sentados por sua entidadeassociativa.

O reconhecimento de seusintegrantes como profissionaisde reputação ilibada e notórioconhecimento jurídico - ele-mentos balizadores do proces-so de escolha - conduz asatenções da corporação emdireção aos valores pessoaise técnicos da nossa comuni-dade.

Pleitos de pessoas titula-res de vidas inteiras voltadasao Direito e ao exercício pro-bo, competente e exemplar daadvocacia, somam-se a umintrincado e democrático pro-cesso de visualização e des-taque desses valores frente

Participar e valorizar

Direção ExecutivaDireção ExecutivaDireção ExecutivaDireção ExecutivaDireção Executivada ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEF

aos órgãos de classe e aos tri-bunais.

Outra matéria, enfocandoo anteprojeto do novo Códigode Processo Civil, traz umasérie de depoimentos eposicionamentos de profissio-nais do Direito e de integran-tes da área jurídica da CAIXA.

As manifestações ilustram,com clareza e precisão, o gran-de cipoal de interesses quepodem e devem ser contempla-dos para que o novo Códigoatenda, com atualidade, preci-são técnica e pioneirismo, osanseios de todos que queremjustiça célere e equilibrada.

Em diversas páginas, asDiretorias da entidade mos-tram projetos e realizações emcurso, fazendo do veículo men-sal de comunicação um verda-deiro portal de informações ànossa comunidade.

No mês que homenageia oprofissional do Direito, fiquemtodos com uma leitura informa-tiva e que retrata um tanto domuito que os advogados daCAIXA fazem e querem fazer,com profissionalismo e compe-tência.

Agosto | 2010 3

| Instituição

Defesa daJustiça do Ceará condena o uso da expressão "Caixaça"A 7ª Vara Federal do Estado do Ceará

condenou uma empresa de confecções pelaprodução e comercialização de camisas queostentavam a expressão "Caixaça", impres-sa com a mesma configuração gráfica damarca da CAIXA. Pela utilização indevida, emdesrespeito ao art. 129 da Lei 9.279/96, aempresa terá que pagar R$ 10 mil, comoindenização por danos morais, valor acresci-do de juros de mora desde 15/2/2007, datada ocorrência.

A empresa alegou que jamais imaginouque a utilização da palavra, "num produto devenda tão inexpressivo", pudesse causar pre-juízos à CAIXA. O magistrado LeopoldoFontenele Teixeira argumentou que, confor-me o art. 17 do Código Civil, "o nome da pes-soa não pode ser empregado por outrem empublicações ou representações que a expo-nham ao desprezo público, ainda quando nãohaja intenção difamatória". Citou Sílvio deSalvo Venosa, queconceitua dano moralcomo "o prejuízo que afetao ânimo psíquico, moral eintelectual da vítima. Suaatuação é dentro dos direi-tos da personalidade".

Segundo o juiz, a juris-prudência já estabeleceuque esses atributos, própri-os do ser humano, podemser considerados tambémem favor de pessoas jurídi-cas. Teixeira menciona jul-gados do Superior Tribunalde Justiça, que acabou sin-tetizando o entendimento por meio daSúmula nº 227: "A pessoa jurídica pode so-frer dano moral".

Fontenele Teixeira observa que o usoindevido da marca foi agravado pela associ-ação do nome a uma bebida alcoólica, em-bora o lucro obtido não tenha vindo de preju-ízo material sofrido pela CAIXA. "Note-se quea venda das camisas não implicou uma di-minuição do mercado da CEF, como ocorre-ria, por exemplo, na hipótese de falsificaçãode produtos vendidos pela empresa."

Caixa Prego e Ótica XA ação foi iniciada no JURIR/Fortaleza,

ajuizada pelos advogados Bruno Queiroz eSamira Vasconcelos (ela hoje é analista noTribunal Regional do Trabalho). Para Bruno, avitória teve significado especial, pelo caráterpedagógico do julgado. Ele constata que hou-ve uma banalização do direito de marca dasempresas, e poucas têm recorrido à Justiça."Aqui mesmo no Ceará, houve dois casos in-teressantes", conta. Uma casa de shows cha-mada "Caixa Prego" e uma "Ótica X" - ambascom o "X" idêntico ao da CAIXA - tiveram queser notificadas. O episódio das camisas"Caixaça" ultrapassou as fronteiras do Esta-do, daí a necessidade de ajuizamento daação, esclarece.

Queiroz nota que para uma empresacomo a CAIXA, que recebe muitas condena-ções em danos morais, um resultado favorá-

vel como autora da açãomerece registro. "Achoainda que o caso deveriaser divulgado em sites dejurisprudência em âmbitonacional", acrescenta.

De acordo com os ad-vogados Giuliano D'Andreae Jefferson Soares, respon-sáveis pela seção Vale aPena Saber, publicada nes-ta Revista, o termo é pejo-rativo e pode prejudicar aimagem da CAIXA se pes-soas desavisadas entende-rem que a utilização é per-

mitida. Os editores da coluna ressaltam que aCAIXA possui a 8ª marca mais valiosa do Brasil,o que dá uma ideia de sua importância, comoagregadora de valores e representante de umaempresa pública centenária.

Honra da pessoa jurídicaPara Giuliano, a decisão é relevante tam-

bém por outros dois aspectos. Primeiro, por-que fortalece o entendimento de que a pes-soa jurídica possui honra objetiva, questãoque está genericamente expressa no art. 52,

do Código Civil. Segundo, porque, indiretamen-te, deixa transparecer a preocupação da CAI-XA com a proteção de sua marca, com a pre-servação de sua identidade. "Isso reflete res-peito não só aos clientes da Empresa, mas aopúblico em geral. Afinal, a CAIXA é empresapública e, em última análise, a todos perten-ce."

A marca serve como uma ponte entre aempresa e as pessoas, diz Jefferson Soares."Assim, penso que a decisão obtida - aindanão definitiva - traz importante precedente eum aviso para a comunidade sobre a impos-sibilidade da utilização indevida da marca,ainda mais ao associá-la a bebida alcoólica."

Giuliano D'Andrea diz que a marca funci-ona como um distintivo, que expressa a iden-tidade, a reputação, a seriedade da institui-ção. Mas essa associação, ressalta, "podetanto representar o fortalecimento de umaempresa, produto ou serviço quanto resultarno seu enfraquecimento ou vulgarização".

Segundo Giuliano, todas as característi-cas da CAIXA - ela fomenta o crescimento,tem forte atuação social, financia a moradia,administra o FGTS, estimula a poupança -cabem numa única letra, o "X", revestido deuma forma que acaba por se confundir coma própria personalidade da Empresa. "Nemseria necessário utilizar a palavra CAIXA, bas-taria mesmo o 'X'", explica.

O advogado Luiz Arthur Marques Soares,que divulgou a decisão em seu blog(www.materiasjuridicas.com), declara, noespírito do tema, que "a vitória mostra comoos advogados da CAIXA vestem a camisa dainstituição em busca de defendê-la". Situan-do o episódio no devido contexto, lembra quea marca tem grande impacto na área comer-cial, onde enfrenta forte concorrência.

(Processo n.º 0003685-42.2007.4.05.8100. Sentença

disponibilizada no DJe em 06/7/2010.)

|Luiz Arthur: advogados vestem a camisa da CAIXA

Agosto | 20104

| Quinto Constitucional

Candidatos da ADVOCEFAssociação busca o reconhecimento dos advogados da CAIXA

O diretor jurídico da CAIXA,Antonio Carlos Ferreira, é candi-dato a uma das três vagas exis-tentes pelo Quinto Constitucio-nal no Superior Tribunal de Jus-tiça. Outro advogado da CAIXA,Cleucimar Valente Firmiano, doJURIR/Campinas, concorre peloinstituto ao cargo dedesembargador do Tribunal Re-gional do Trabalho da 15ª Re-gião. Além de integrarem a áreajurídica da mesma Empresa emerecerem a confiança de seuspares na Ordem dos Advogadosdo Brasil, os profissionais têmem comum o apoio irrestrito querecebem da ADVOCEF.

Tudo muito natural, já que,em sua campanha para a pre-sidência da Associação Nacional dos Ad-vogados da CAIXA, Carlos Castro prome-teu uma gestão voltada para a valoriza-ção da carreira jurídica da Empresa. "Élógico que, eleitos, ponhamos em práti-ca a intenção de propiciar a ajuda neces-sária para que os nossos companheirosexerçam suas reconhecidas competên-

cias no ramo do Direito, fortalecendo ain-da mais a imagem institucional daADVOCEF e da CAIXA", diz Carlos Castro.(Leia seu artigo na pág. 6)

O presidente da ADVOCEF tem pro-curado desembargadores, ministros,membros do Conselho Federal e dasSeccionais da OAB, em campanha pelos

associados candidatos às va-gas. Nesse trabalho, conta como empenho dos colegas daCAIXA em todos os Estados. Hádois exemplos recentes de in-tegrantes de tribunais superio-res que saíram do Jurídico daCAIXA pelo Quinto: João Batis-ta Pinto Silveira (TRF da 4ª Re-gião) e João Pedro Silvestrin(TRT da 4ª Região), ambos doRio Grande do Sul.

Advocacia emaltíssimo nívelNo STJ, com Antonio Carlos

concorrem mais 47 advogados,para a formação das três lis-tas sêxtuplas que serão envia-das pela Ordem ao STJ, em 12

de setembro. O presidente da OAB, OphirCavalcante, alterou algumas regras. Aca-bou com o voto secreto - agora cada can-didato saberá com quais votos poderáefetivamente contar - e mudou a formade composição das relações. Os três can-didatos mais votados ocuparão a primei-ra posição de cada lista.

O advogado Cleucimar Firmiano dizque as mudanças, visando maior trans-parência, de certa forma asseguram à so-ciedade que os advogados indicados pre-enchem os requisitos constitucionais -mais de dez anos de exercício, reputa-ção ilibada e notório saber jurídico. Nes-se contexto, acha que a sua indicação ea de Antonio Carlos é o reconhecimentoda comunidade jurídica de que a advo-cacia da CAIXA alcançou um patamar dealtíssimo nível. "A ADVOCEF, comofomentadora e incenti-vadora dessesprocessos, sai extremamentefortalecida", diz Cleucimar.

O juiz do TRT da 4ª Região João PedroSilvestrin, que saiu da CAIXA pelo Quinto,aplaude a iniciativa de Antonio Carlos,que em sua opinião reúne as qualidadesnecessárias para o cargo. João Pedroaponta como essencial o exercício da

|João Batista Silveira (TRF-4) e João Pedro Silvestrin (TRT-4),ex-advogados da CAIXA, com Antonio Carlos

"Tenho como uma das principaisvirtudes para um bom magistrado asua formação primeira, aquela quevem de berço, que envolve a simplici-dade, a educação, a dignidade e efeti-vo senso de justiça por sua próprianatureza, tudo agregado ao equilíbrioe bom senso da maturidade, não develhos imaturos, mas de jovens de es-pírito.

Tenho como principal virtude de umTribunal o equilíbrio de sua composi-ção, representando os mais diversossetores e anseios da sociedade na

Virtudes do berçoPaulo Ritt, advogado do JURIR/SalvadorPaulo Ritt, advogado do JURIR/SalvadorPaulo Ritt, advogado do JURIR/SalvadorPaulo Ritt, advogado do JURIR/SalvadorPaulo Ritt, advogado do JURIR/Salvador

compreensão e aplicação do Direitoposto.

Sabemos todos serem estes e tan-tos outros os predicados que avalizamas candidaturas dos colegas Dr. Anto-nio Carlos e Dr. Cleucimar ValenteFirmiano, cientes de também nós, aCAIXA, nosso corpo de advogados enossa ADVOCEF merecermos essa re-presentação através dos nossos ilus-tres e insignes colegas no STJ, no TRTda 15ª Região e noutros tribunais paísafora. Temos que unir forças e lutarsempre por isto."

Agosto | 2010 5

função de diretor jurídico da CAIXA, comoempresa pública nacional de forte atua-ção perante o Poder Judiciário. Ressaltaque a CAIXA, mais que um banco, é a ins-tituição que tem a incumbência de gerirpolíticas sociais do governo.

"Essa condição lhe possibilitou obteruma visão ampla e irrestrita da jurisdiçãoprestada em todos os cantos deste enor-me país, indispensável, a meu ver, àque-les que postulam o cargo de ministro doSTJ, o Tribunal do Cidadão", diz João Pedro.Ele conclama os advogados da CAIXA a

não medirem esforços na nova caminha-da, "que somente seja concluída quandotivermos um colega na condição de mi-nistro do STJ".

O advogado Antônio Xavier de MoraesPrimo, do JURIR/Recife, diz que desde queentrou na CAIXA questiona o fato de a Em-presa não utilizar as vagas a que faz jusno Quinto. "Um Jurídico que representa osinteresses de um dos maiores, se não omaior agente de políticas públicas do país,e talvez até do mundo, que responde porgrande parte das demandas no âmbito da

Justiça Federal em todas as instâncias, enão ocupa as vagas que naturalmente lhecompetiriam no Quinto Constitucional,nunca fez sentido para mim."

A importância dascandidaturas

Xavier observa que o reconhecimen-to do trabalho de um colega do Jurídico edo papel da CAIXA reflete em todo o qua-dro. "Estando a categoria organizada eunida em torno da valorização a que fa-zemos jus, atingiremos níveis compatí-veis com as nossas atribuições natural-mente." Por isso, acha que a ADVOCEFdeve mesmo fomentar a cultura de parti-cipação dos advogados nos órgãos declasse, nos sindicatos, associações deadvogados públicos e, por meio do Quin-to, nos tribunais.

O advogado Paulo Ritt, do JURIR/Sal-vador, também considera relevantes ascandidaturas às vagas do Quinto, na me-dida em que desembargadores e minis-tros oriundos dos quadros da CAIXA eda Associação refletem a grandeza dasinstituições. Até há pouco candidato àlista sêxtupla para o TRF da 1ª Região,Paulo Ritt renunciou, abrindo espaçopara concorrer em melhores condiçõesquando forem instalados os novos TRFem Curitiba, Belo Horizonte, Manaus eSalvador. Enquanto era concorrente, sesentiu gratificado pelo engajamento que

O ex-advogado da CAIXA João Ba-tista Pinto Silveira assumiu comodesembargador do TRF da 4ª Região,pelo Quinto Constitucional, em feverei-ro de 2004. Veja um trecho do seu dis-curso de posse.

"Não tive, não tenho e nunca terei,com meu ingresso neste Tribunal, noqual atuo como procurador desde a suacriação, cujos integrantes aprendi a ad-mirar e a tê-los como mestres e exem-plos a serem seguidos, a pretensão devir a qualificar ainda mais esta nobreCasa de Justiça.

Tenho, sim, o forte desejo de podercontribuir com a experiência adquiridaao longo desses anos de profissão

Advogado no TRF-4como advogado, complementadospela vivência na Advocacia pública,para a celeridade da prestaçãojurisdicional, que é um dos maioresanseios da população no que tangeao Judiciário.

Minha trajetória profissional é for-temente vinculada à Advocacia públi-ca, no exercício de atribuições de pro-curador da Caixa Econômica Federal,empresa pública com grandes compro-missos sociais, cujo abnegado corpojurídico, apesar das grandes dificulda-des de estrutura, honra e dignifica comeficiência, tanto a profissão de advo-gado, quanto essa grandiosa institui-ção."

“O instituto do Quinto Constitucional é um ins-trumento de democratização e arejamento denossos tribunais, consubstanciando-se em indis-cutível mecanismo de democratização do Judici-ário, eis que permite levar aos colegiados a expe-riência profissional da Advocacia e do MinistérioPúblico, representantes das funções essenciaisda Justiça.

Tenho convicção de que a ADVOCEF, consci-ente dessa missão da Advocacia, agiu corretamen-te ao incentivar e apoiar os advogados da CAIXA aparticiparem mais ativamente das Seccionais eSubseções da OAB, política essa que, em futuropróximo, trará frutos significativos à nossa cate-goria.”

Mecanismo democráticoCleucimar Valente Firmiano, advogado do JURIR/CampinasCleucimar Valente Firmiano, advogado do JURIR/CampinasCleucimar Valente Firmiano, advogado do JURIR/CampinasCleucimar Valente Firmiano, advogado do JURIR/CampinasCleucimar Valente Firmiano, advogado do JURIR/Campinas

|João Batista, na posse: a experiência da CAIXA

Agosto | 20106

| Opinião

A contribuição da Advocacia

Agosto | 20106

Criado na era do então presidente Getú-lio Vargas e preservado no artigo 94 da nos-sa Constituição Federal de 1988, o QuintoConstitucional, a meu ver, se reveste da maisalta importância para o engrandecimento daMagistratura, pois serve para oxigenar os tri-bunais, com a experiência de advogadosmilitantes e membros do Ministério Público,com no mínimo dez anos de atuação e denotório saber jurídico, que utilizarão as suasvivências profissionais para contrabalançara rigidez de alguns tribunais. Normalmente,os juízes egressos da Advocacia e do Minis-tério Público são mais maleáveis e mais fle-xíveis para compreender as demandas quechegam aos tribunais, pois já trabalharamem primeira instância, já recorreram e jáaguardaram uma prestação efetiva e até jus-ta, sem que isso muitas das vezes tenhaocorrido.

Para a nossa ADVOCEF, ao longo da suaexistência, tem sido uma honra e mesmoum privilégio termos alguns associados indi-cados para o cargo de magistrados pelo Quin-to Constitucional, como o caso do Dr. JoãoBatista, para o cargo de desembargador doTribunal Regional Federal da 4ª Região/RS,e do Dr. João Pedro Silvestrin, para o cargo dedesembargador federal do Trabalho do TRTda 4ª Região/RS.

Vejo com muita alegria e entusiasmo aseleção pela OAB/SP do companheiro Dr.Cleucimar Valente Firmiano, do JURIR/Cam-pinas, para compor a listra sêxtupla já enca-

minhada ao TRT da 15ª Região, que deveráescolher o nome dos três advogados a se-rem submetidos à escolha e nomeação dopresidente da República.

Não é outra a minha satisfação em vero também associado Dr. Antonio CarlosFerreira, ora concorrendo a compor uma daslistas sêxtuplas que serão encaminhadaspelo Conselho Federal da Ordem dos Advo-gados do Brasil ao Superior Tribunal de Justi-ça, para preenchimento das três vagas exis-tentes naquela Corte, destinadas a advoga-dos pelo Quinto Constitucional.

Tenham os colegas Cleucimar e AntonioCarlos a certeza do meu particular empenhopara levá-los aos postos de desembargadorfederal do Trabalho da 15ª Região e ministrodo Superior Tribunal de Justiça, respectivamen-te, não só pelas suas reconhecidas compe-tências no ramo do Direito, mas também comoforma de mostrarmos ao mundo jurídico epolítico deste país os valorosos quadros quetemos na nossa carreira jurídica da Caixa Eco-nômica Federal.

Quanto ao companheiro CleucimarFirmiano, estamos aguardando que seja in-dicado em listra tríplice para apreciação doExcelentíssimo Senhor Presidente da Repú-blica, quando, junto à nossa Diretoria de Arti-culação e Relacionamento Institucional, ini-ciaremos os trabalhos para tentar levá-lo auma das vagas do TRT da 15ª Região.

Como o Conselho Federal da Ordem dosAdvogados do Brasil tem previsão para a es-colha das listas a serem remetidas ao STJpara o próximo dia 12 de setembro, solicitoa atuação dos companheiros em todos osEstados junto aos seus Conselheiros Fede-rais, para garantirmos a indicação tambémdo colega Antonio Carlos Ferreira.

A valorização e o reconhecimento danossa carreira jurídica na CAIXA passa tam-bém pela ocupação de cargos-chaves nosdiversos poderes pelos nossos companhei-ros.

Unidos somos bem mais fortes!(*) Presidente da ADVOCEF(*) Presidente da ADVOCEF(*) Presidente da ADVOCEF(*) Presidente da ADVOCEF(*) Presidente da ADVOCEF

"Todo aquele que preencha os requisitos para ser legitimamente investido em vagado Quinto Constitucional está habilitado a concorrer e nós temos a obrigação de contri-buir para que essas vagas sejam preenchidas com quem melhor possa representar osvalores e a dignidade do cargo, e nos nossos quadros consigo encontrar centenas decolegas que preenchem todos os requisitos para a investidura.

Passou da hora de implementarmos uma política clara e objetiva para valorizaçãoda nossa categoria, na qual esteja incluída a cultura de preenchimento das vagas a quefazemos jus nas instituições que direta ou indiretamente reflitam os nossos interesses,que são os mesmos da CAIXA e da nação."

Obrigação de contribuirAntônio XaAntônio XaAntônio XaAntônio XaAntônio Xavierviervierviervier, adv, adv, adv, adv, advogado do JURIR/Rogado do JURIR/Rogado do JURIR/Rogado do JURIR/Rogado do JURIR/Recifecifecifecifecifeeeee

percebeu nas Seccionais da OAB, na Di-retoria Jurídica da CAIXA e na ADVOCEF.

Paulo Ritt lembra o envolvimento doBanco do Brasil e da ASABB (Associaçãodos Advogados do BB) em 2002, quan-do foi nomeado ministro do STJ o entãodiretor jurídico João Otávio de Noronha,"que hoje honra e engrandece aquele Tri-bunal Superior". O advogado afirma queAntonio Carlos, Cleucimar Firmiano, CAI-XA e ADVOCEF têm os mesmospredicados para conquistar a represen-tação no Judiciário nacional.

Carlos Castro (*)

Agosto | 2010 7

| Participação

Honorários devidos pelo Bamerindus serão pagos até dezembroADVOCEF assina acordo com Fundo Garantidor

A ADVOCEF foi representada pelo presidenteCarlos Castro, na cerimônia de encerramento do 39ºEncontro Nacional de Dirigentes Sindicais Bancáriose Securitários de Planejamento da Campanha Sala-rial de 2010, realizado pela CONTEC em 16 de julho,no Rio de Janeiro. No evento, ficou acertada a inclu-são das questões específicas dos profissionais daCAIXA na pauta do Dissídio Coletivo 2010/2011.

Em seu pronunciamento, Carlos Castro agrade-ceu o convite, lembrando que foi através da CONTECque os advogados da CAIXA puderam levar as suasreivindicações à mesa de negociação. O presidenteda ADVOCEF agradeceu especialmente à diretorafinanceira da CONTEC, Rumiko Tanaka, a quem cha-mou de "madrinha dos profissionais da CAIXA".

Estavam também no evento a superintendentenacional de Responsabilidade Social da CAIXA, AnaTelma Sobreira do Monte, o engenheiro FredericoValverde, da ANEAC, o presidente da ANACEF, JoãoCarlos Ramalho, e o Grupo de Trabalho da Reformado Estatuto da ADVOCEF, que se encontrava reunidono Rio para conclusão dos trabalhos.

Foi assinado em 26 de julho Termode Compromisso entre a ADVOCEF e oFundo Garantidor de Créditos (FGC) parapagamento dos honorários advocatíciosdevidos aos advogados da CAIXA, referen-tes à ação movida pela Empresa contra oBanco Bamerindus do Brasil S/A - Em Li-quidação Extrajudicial. O valor deve serpago no prazo de cinco dias a contar dolevantamento da liquidação pelo BancoCentral. Segundo o representante do FGCjunto à CAIXA, João Dornelles, a expectati-va é que isso ocorra até dezembro desteano.

Pelo acordo, o FGC se obriga a pagar aquantia autorizada em Assembleia Geral Ex-

traordinária, atualizada pela TR, acrescida dataxa média de juros da carteira do FCVS (atu-

almente em 5,8 % ao ano), de uma só veze em moeda nacional, por meio de crédi-to em conta indicada pela ADVOCEF. Sehouver atraso, incidirá multa de 10% docrédito, acrescido da atualização mone-tária e juros remuneratórios, mais jurosmoratórios de 1% ao mês.

Assinaram o termo, pela ADVOCEF, opresidente Carlos Castro e, como teste-munhas, os diretores Júlio Greve e IsabellaGomes Machado. Representando o FGC,assinaram os diretores Antônio CarlosBueno de Camargo Silva e CarlosHenrique de Paula. Esteve também no ato

de assinatura a representante da ADVOCEFna SUAJU/DIJUR, Elisia Sousa Xavier.

ADVOCEF participade encontro de

bancários

Agosto | 2010 7

Contratos da Emgeaficam no Jurídico

A Emgea (Empresa Gestora de Ativos)irá fornecer uma relação de contratos re-levantes para que os respectivos proces-sos judiciais recebam tratamento especi-al pelos advogados da CAIXA. A medida foicomunicada em 12/8/2010, na segun-da reunião entre as duas empresas com aparticipação da ADVOCEF. A intenção inici-al da Emgea era repassar os processos aescritórios particulares. A empresa anun-ciou também que pretende realizar leilãopúblico de alguns créditos, possivelmenteaté o final do ano. No encontro, apresen-tou uma proposta de pagamento de ho-norários de acordo com o estágio de cadaprocesso.

A Diretoria da ADVOCEF confirmouque tem interesse em manter os proces-sos relevantes sob a condução de advo-gados da CAIXA e informou que vai exa-minar a proposta apresentada pelaEmgea. Na opiniãodo novo diretor jurí-dico da CAIXA,Jailton Zanon daSilveira (que subs-titui Antonio CarlosFerreira, em cam-panha pelo QuintoConstitucional), aproposta precisaser simplificada.

A primeira reu-nião, em 15 de ju-lho, foi também a

primeira de caráter institucional entre aEmgea e a ADVOCEF, embora os advoga-dos da CAIXA façam a representação judi-cial da empresa desde a sua criação (em2001). Ao apresentar os integrantes daDiretoria Executiva da ADVOCEF, nesse en-contro, o presidente Carlos Castro desta-cou a importância da abertura de um ca-nal de comunicação direto entre as insti-tuições.

Estiveram presentes nas duas reuni-ões, pela ADVOCEF, o presidente CarlosCastro, o diretor de Honorários ÁlvaroWeiler, o diretor de Prerrogativas FernandoAbs (que responde atualmente tambémpela Diretoria Jurídica) e o diretor de Articu-lação Júlio Greve. Pela Emgea, o diretor dePessoa Jurídica Eduardo Pereira e o con-sultor jurídico Carlos Alberto Jordão. Re-presentando a CAIXA, estavam, na primei-ra reunião, o diretor jurídico Antonio Carlos

Ferreira e a superinten-dente nacional doContencioso MariaLaura Alcoforado. Nasegunda reunião,compareceram onovo diretor jurídico,Jailton Zanon, e a su-perintendente nacio-nal do Contencioso,Ceres Araujo.

Foi agendadanova reunião para 12de setembro.

|Assinatura do acordo entre ADVOCEF e FGC

|Reunião: a primeira entre aADVOCEF e a Emgea |Advogados: as questões específicas

Agosto | 20108

| Honorários

A recuperação de crédito depende do advogado, diz diretor

Para recuperar maisÉ função da Diretoria de Honorários da

ADVOCEF divulgar e estimular as melhorespráticas para a recuperação de crédito, maso resultado do trabalho, como salienta odiretor Álvaro Weiler, depende do próprioadvogado, que deve se mostrar apto ecomprometido. Na página seguinte, o dire-tor aborda a questão - que tem a ver direta-mente com a arrecadação de honorários -e ressalta a importância de algumas provi-dências pragmáticas.

"Se é certo que a ADVOCEF tem umpapel muito mais abrangente do queuma mera arrecadadora erepassadora de honorários, tambémé certo que dependemos dos hono-rários para realizar inúmeras outrasatividades que justificam a própriaexistência da Associação", afirma odiretor de Honorários.

Publicamos a seguir a segundaparte do trabalho apresentado no XVICongresso da ADVOCEF, realizado emGramado, em maio de 2010. São ob-servações que, segundo o diretor deHonorários, podem ser úteis no dia adia na CAIXA.

Honorários em protestos inter-Honorários em protestos inter-Honorários em protestos inter-Honorários em protestos inter-Honorários em protestos inter-ruptivos da prescriçãoruptivos da prescriçãoruptivos da prescriçãoruptivos da prescriçãoruptivos da prescrição. De acordo como item 3.2 do MN AE061, em qualqueração judicial ajuizada e/ou acompanhadapor advogado empregado da CAIXA, inclu-sive ações de conhecimento, são devidoshonorários de 5% sobre os valores recupe-rados/renegociados, mesmo tratando-sede protesto interruptivo da prescrição.

Honorários e AJGHonorários e AJGHonorários e AJGHonorários e AJGHonorários e AJG. Quando a parteadversa litigar sob o amparo da AJG, sãodevidos honorários na hipótese de realiza-ção de acordo, pois os honorários fixadosjudicialmente (sucumbência) não se con-fundem com os honorários devidos pelaCAIXA, em razão da previsão contida noitem 3.2 do MN AE 061. Ademais, é impor-tante ressaltar que o simples pedido dobenefício não é passível de, por si só e au-tomaticamente, ser deferido de pronto,mormente quando há nos autos elemen-tos que permitam ao magistrado, a quem

Honorários em adjudicaçãoHonorários em adjudicaçãoHonorários em adjudicaçãoHonorários em adjudicaçãoHonorários em adjudicação. Con-forme itens 3.2.2 e 3.2.3 do AE 061, sãodevidos honorários advocatícios àADVOCEF nas adjudicações/arremataçõesocorridas em ações em que o credor hipo-tecário está no polo ativo:

- nas adjudicações e arrematações pelocredor hipotecário, referentes a créditos pró-prios, o valor de honorários a ser pago é de3,5% sobre o valor obtido com a venda doimóvel a terceiros, repassados à ADVOCEF

em parcela única na data da celebraçãodo negócio;

- na hipótese de cessão de cré-ditos hipotecários a terceiros, perma-necendo os créditos sob administra-ção da CAIXA, os honorários são de3,5% sobre o valor da avaliação, re-passados à ADVOCEF na data da ex-pedição de carta de arrematação ouadjudicação.

O item 3.6.3.3 do AE 088, quetrata dos serviços jurídicosterceirizados, dispõe que, não haven-do acordo, e prosseguindo a execu-ção proposta por esta empresa pú-

blica até final arrematação ou adju-dicação do bem penhorado, que depen-

de de autorização prévia da Contratan-te, o percentual devido é de 3,5%, calcu-lado sobre o valor do lance, da adjudica-ção ou da avaliação, o menor entre eles,pagos pela CAIXA. Além disso, os escritó-rios credenciados recebem seus hono-

rários imediatamente após a adjudicação,ou seja, antes da venda do imóvel a tercei-ros.

Honorários em processos de car-Honorários em processos de car-Honorários em processos de car-Honorários em processos de car-Honorários em processos de car-tão de créditotão de créditotão de créditotão de créditotão de crédito. O controle das dívidas decartões de crédito é centralizado nas áre-as da Matriz, a GEACO05-Cobrança Judici-al, quando a CAIXA está no polo ativo, e aGECOP01-Demandas Judiciais, quando aCAIXA está no polo passivo. Se os honorári-os de 5% não estiverem incluídos expres-samente na proposta de acordo formula-da pela área gestora do crédito, cabe aoadvogado fazer tal inclusão antes de re-passar tal proposta.

é dado o dever de fiscalizar o processo eevitar a banalização da concessão de talbenefício, estabelecer uma séria dúvidaquanto à sua real necessidade. Desta for-ma, cumpre ao advogado, sempre que pos-sível, proceder na impugnação ao benefí-cio da justiça gratuita.

Honorários irrisóriosHonorários irrisóriosHonorários irrisóriosHonorários irrisóriosHonorários irrisórios. Os advogadosdo quadro têm obrigação de combater oaviltamento dos honorários desucumbência. Além disso, a fixação de ho-norários na fase de cumprimento de sen-tença (art. 475-J do CPC) já foi respaldadopelo STJ no REsp. 1.028.855.

Honorários em processos de re-Honorários em processos de re-Honorários em processos de re-Honorários em processos de re-Honorários em processos de re-cuperação judicial. cuperação judicial. cuperação judicial. cuperação judicial. cuperação judicial. Nos processos derecuperação, havendo renegociação dadívida, nos termos fixados pelo juiz paratodos os credores, incidem honorários de5% sobre o valor acordado. A verba hono-rária deve ser debitada do centro de custoespecífico.

Agosto | 2010 9

O suplemento Juris Tantum encartadonesta edição publica a primeira parte de arti-go de Teotonio Costa Rezende, em que oconsultor da Vice-Presidência de Governo(VIGOV) da CAIXA disserta sobre a Tabela Pricee a polêmica sobre a capitalização de juros.Mestre em Gestão e Estratégia de Negócios,Teotonio estuda há anos o assunto, que con-siste, em síntese, no questionamento feito apartir da década de 1980 ao método deRichard Price e aos sistemas de amortizaçãoutilizados nas operações de crédito imobiliá-rio. A alegação, sustentada por determina-dos grupos, é que implicariam em capitaliza-ção de juros, proibida pelo Decreto nº 22.626,de 1933.

No artigo, Teotonio lembra que surgiraminterpretações "estapafúrdias, que afrontamos princípios elementares da matemática fi-

| Juros

Discussão sobre a Tabela Price ressurge no Juris TantumDebate financeiro

nanceira, gerando um risco jurídicoimensurável, cujo resultado inevitável é aelevação do custo do capital". Teotonio men-ciona pareceres técnicos tendenciosos e li-vros de autores que militam na "indústria deliminares", esforçando-se para confundir Sis-tema de Amortização com Sistema de Capi-talização.

Os riscos jurídicosO advogado Rogério Spanhe da Silva, do

JURIR/Porto Alegre, considera o artigo didáti-co e bem escrito. Observa que o surgimentoda incidência de juros sobre juros apenas severificou com o descompasso entre a parce-la destinada ao pagamento da dívida e o res-pectivo cálculo do saldo devedor, onde a pres-tação sequer se mostrava suficiente ao pa-gamento dos juros contratados.

Em seu artigo, Teotonio dá notícias daLei 11.977, de 07/07/2009, que introduziualterações importantes para reduzir os ris-cos jurídicos e favorecer a oferta do crédito.Entre as medidas se destacam a permissãopara capitalização mensal dos juros, a auto-rização expressa para se utilizar a TabelaPrice e a definição dos princípios básicos deum sistema de amortização. Elas legitimam,segundo Teotonio, regras matemáticas se-cularmente aceitas.

O consultor acha que a questão deveser encarada como um problema de Estadoe sugere a formação de um grupo de traba-lho com representantes do Ministério da Fa-zenda, do Banco Central e do Ministério daJustiça.

Agosto | 2010 9

|Teotonio:teses

estapafúrdias

O aumento da arrecadação de hono-rários está vinculado diretamente ao au-mento da recuperação de crédito. Temos,portanto, uma relação indissociável deparceria entre ADVOCEF e CAIXA.

Nesse contexto, o que realmente inte-ressa na área de recuperação de créditosão os valores efetivamente recuperados.O processo judicial é instrumento e não umfim em si mesmo. Os advogados precisamse conscientizar de que não adianta aten-der prazos e não recuperar. Cumprir pra-zos e não recuperar significa trabalho semresultado.

A avaliação da área jurídica, enquantoinstrumento de recuperação judicial do cré-dito, está vinculada ao resultado da suaprodução, verificada através do montanterecuperado. Nossa atuação tem por finali-dade recuperar o crédito para que possaser novamente concedido. Essa é a dinâ-mica.

Precisamos depurar o acervo da recu-peração de crédito, ajuizar no menor pra-

Álvaro S. Weiler Jr. (*)zo possível e extinguir o maior número deprocessos, com ou sem recuperação. Es-gotados, sem êxito, todos os meios na bus-ca de bens penhoráveis do devedor, deve-mos adotar a solução pragmática de extin-guir o processo, ao menos no SIJUR. Casocontrário, teremos cada vez mais proces-sos por advogado e não daremos vazão aovolume de trabalho, em detrimento da re-cuperação parcial ou total, do crédito.

Em regra, é muito mais difícil recupe-rar uma dívida antiga do que uma dívidanova. Dessa forma, temos que buscar aredução da idade média do acervo de pro-cessos dos advogados. Ao peticionar paracumprir um prazo, o advogado deve tersempre em mente o intuito de recuperar eo custo (direto e indireto) daquele proces-so para a Empresa.

O advogado que trabalha nos proces-sos de recuperação de crédito precisa ado-tar uma postura pró-ativa, priorizando osprocessos novos, processos com garantiae processos de valor elevado. Em contra-

partida, deve evitar providências inúteis,bens de valor irrelevante e outros fatoresque elevem o custo do processo sem re-sultado.

A Diretoria de Honorários deve servircomo agente indutor para criação e divul-gação das melhores práticas, propiciandoalcançar melhores resultados. No entan-to, o resultado efetivo do volume arreca-dado depende do conhecimento,conscientização, comprometimento, açãoe fiscalização de todos os advogados, emespecial dos que atuam nos processosenvolvendo potencial recuperação de cré-dito (comercial, imobiliário e fiscal), aí in-cluídas tanto as ações em que a CAIXA fi-gura no polo ativo (execuções, monitórias,etc.), como no passivo (revisionais,consignatórias, etc.).

(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honorários(*) Diretor de Honoráriosda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEFda ADVOCEF

| Opinião

Foco no objetivo

Agosto | 201010

| Cena Jurídica

O convite do ArnestoRecentemente, a imprensa descobriuque um advogado, Ernesto Paulella,foi a inspiração de outro clássico deAdoniran. Mas Ernesto, hoje com 95anos, diz que não é verdadeira ahistória contada no samba (nãobastasse o nome, alterado): "OArnesto nos convidô/ Prum samba, elemora no Brás/ Nós fumo e nãoencontremo ninguém..." O advogadoreclamou para Adoniran, que disse:"Tive de inventar a mancada, porquesem a mancada não tinha a música".

Adoniran e a CAIXAConta-se que a censura implicou com o samba "Tiro aoÁlvaro", argumentando que "a falta de gosto impede a

liberação da letra". Além da palavra do título, quepretendia significar "alvo", a censura vetou outros três

termos: "tauba", "artomorve" e "revorve". AdoniranBarbosa, que faria 100 anos em 6/8/2010, se defendiadizendo que "falar errado é uma arte". Ele compôs vários

outros sambas com português "errado" e se tornou umclássico da música popular. A CAIXA homenageou o

compositor, dando seu nome à Agência Adoniran, emSão Paulo. |Adoniran Barbosa

DespedidaO diretor jurídico da CAIXA, AntonioCarlos Ferreira, cumprimentou o

diretor jurídico da ADVOCEF, BrunoVanuzzi, pela aprovação em quarto

lugar no concurso público paraProcurador do Estado do Rio Grande

do Sul. Lamentando a perda noquadro jurídico da CAIXA, Antonio

Carlos presenteou o advogado comum livro sobre a arquitetura e a

construção de Brasília.

|Antonio Carlos e Bruno Vanuzzi

|Milton (à direita), com Angelino Rogério e Ricardo Paulo Reis

Hino de Cruz AltaNa noite de 24 de julho, o empregado da CAIXA Milton

Magalhães subiu ao palco do festival de música CoxilhaNativista, em Cruz Alta (RS), para interpretar a canção"Terra Saudade", de sua autoria e de Horácio Côrtes.

Vencedora do festival de 1982, a canção caiu no gostopopular e foi oficializada Hino Nativista da cidade. Por

esse motivo, foi escolhida para abrir o festival deste ano,que comemora 30 anos. Milton, coordenador de

Sustentação ao Negócio do JURIR/Porto Alegre, temmais de 300 composições, em vários gêneros. Algumasde suas letras foram publicadas na Revista de Literatura

da ADVOCEF, lançada em dezembro de 2009.

Foto

: Lui

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igul

em

|Ernesto e a partitura dosamba, autografada por

Adoniran

Advogadosda União

O número deadvogados da União

deve aumentar em560, de acordo com o

Projeto de Lei nº7.580/10, doMinistério do

Planejamento, emanálise na Câmara

dos Deputados. Oministro Paulo

Bernardo disse que oquantitativo está

estagnado há mais dedez anos, enquanto acarreira de advogadoda União incorporou

outras atribuições,como a dos Juizados

Revista de Direito nº 11Os artigos que serão publicados na11ª edição da Revista de Direito daADVOCEF devem ser remetidos até4 de outubro, [email protected]. Olançamento acontecerá em Brasília,na segunda quinzena de novembrodeste ano.

Revisão do EstatutoEstá pronto o anteprojeto do novo Estatuto da ADVOCEF.

Concluído em 17 de julho, o documento estará no site daentidade até 31 de agosto, para receber as críticas e

sugestões dos advogados da CAIXA. As diretrizes para arevisão estão na Ata do XVI Congresso, também disponível

no site, em "Arquivos". Em setembro, o relator HenriqueChagas fará a sistematização das emendas, para novadivulgação em outubro. O anteprojeto será votado nos

dias 20 e 21 de novembro. As propostas devem serencaminhadas para [email protected] com cópia

para [email protected].

Agosto | 2010 11

| Cena Jurídica

Direito à águaAssembleia Geral da ONU, realizada

em 28 de julho, em Nova Iorque,aprovou resolução reconhecendo odireito universal à água potável e ao

saneamento como um direitohumano. Segundo a ONU, cerca de884 milhões de pessoas não têm

acesso a água própria para beber emais de 2,6 bilhões não dispõem de

saneamento básico.

Posse no SindicatoO presidente da ADVOCEF, CarlosCastro, compareceu à solenidadede posse da nova Diretoria doSindicato dos Bancários noEstado de Goiás, que ocorreu em30 de julho, em Goiânia (GO). Onovo presidente da entidade éSérgio Luiz da Costa e o vice é oempregado da CAIXA WilliamRoberto Louzada. Carlos Castroaproveitou a oportunidade paraagradecer o apoio recebido doSindicato durante a greve dosprofissionais da CAIXA, em 2009.

|Carlos Castro, com Sérgio Luiz da Costa eJacira Carvalho, ex-vice-presidente do

Sindicato dos Bancários de Goiás

Átomo em movimentoO ministro Eros Grau se despediu do Supremo

Tribunal Federal com uma carta que o presidenteCezar Peluso leu no Tribunal em 12 de agosto.Eros Grau diz que o STF "é uma totalidade", na

qual procurou "suprassumir" sua individualidade."Por isso, deixo-a, alcançado pelo tempo, não

como ministro aposentado, senão como átomodessa totalidade em permanente movimento."

Formado emDireito em

1963, ErosGrau exerceu

a advocaciaaté 2004,

quandoassumiu no

STF. |Ministro Eros Grau

Violação de prerrogativasO Conselho Seccional da OAB no Rio

Grande do Sul informou, em 16/7/2010,que deferiu pedido de desagravo

encaminhado pela ADVOCEF, em favordos advogados Marcelo Donato dos

Santos, Marcelo Berni e Marcos Kafruni.De acordo com a comunicação daADVOCEF, em agosto de 2009, os

profissionais sofreram "ilegais e injustosefeitos decorrentes de atuação de

magistrado e membro do MinistérioPúblico", em diversos processos em queatuavam em defesa da CAIXA. Conformeo conselheiro-relator Darci Norte Rebelo

Jr., houve violação das prerrogativasprofissionais estabelecidas no art. 7º da

Lei nº 8.906/94.

Almoço na OABO presidente Carlos Castro e o gerentenacional da CAIXA (GERID/MZ), GustavoAnderson Ferreira de Barros,participaram de almoço com osconselheiros federais da OAB, na sede dainstituição, em Brasília. Carlos Castroapresentou-se ao presidente doConselho Federal, Ophir FilgueirasCavalcante Júnior, e agendou uma visitainstitucional, a se realizar ainda estemês, acompanhado do diretor JúlioGreve.

Os burrosUm empregado da Brasil Telecom/Oiconversava numa reunião quando odiretor jurídico, que tinha a palavra,pediu-lhe para calar. "Enquanto um

burro fala o outro abaixa as orelhas",repreendeu. O empregado, ex-

gerente jurídico da empresa, ganhouação por dano moral no valor de R$2 mil, em sentença da 17ª Vara doTrabalho de Porto Alegre. (Fonte:

Espaço Vital.)

Advogado nosJuizados Especiais

A OAB/RS entregou ao líder da bancadagaúcha no Congresso, Germano Bonow(DEM-RS), minuta de projeto de lei que

obriga a presença de advogado nosprocessos dos Juizados Especiais. O

documento dá nova redação ao artigo 9º, daLei 9099/95, que instituiu os Juizados: "Nascausas de valor até dez salários mínimos, aspartes comparecerão pessoalmente, sendo

assistidas por advogado dativo, onde nãohouver defensoria pública ou onde esta não

puder atender a demanda, cabendo aoEstado arcar com as despesas de

honorários. Nas de valor superior, aassistência de advogado é obrigatória".

Os acordos, aqui e láPesquisa feita pela Secretaria deReforma do Judiciário, sobre osJuizados Especiais Cíveis de novecapitais de Estados, mostra queo percentual de acordos naaudiência de conciliação é de34,5% (caindo para menos de22% se há presença deadvogado). A informação é doadvogado Dierle José CoelhoNunes, doutor em DireitoProcessual em Minas Gerais, queconstata uma ausência de"cultura" pela resolução "pacífica"da causa. Em artigo publicado nosite Jus Navigandi, o advogadodiz que em países nos quais afase "preliminar" faz parte da"essência" do processo -Inglaterra e Estados Unidos -,cerca de 90% das açõesterminam com acordos.

Agosto | 201012

| Vale a Pena Saber

"PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO DETÍTULO JUDICIAL. ART. 50 DO CC/02. DESCONSIDERAÇÃO DA PER-SONALIDADE JURÍDICA INVERSA. POSSIBILIDADE. I - A ausência dedecisão acerca dos dispositivos legais indicados como violados im-pede o conhecimento do recurso especial. Súmula 211/STJ. II - Osembargos declaratórios têm como objetivo sanear eventual obscu-ridade, contradição ou omissão existentes na decisão recorrida.Inexiste ofensa ao art. 535 do CPC, quando o Tribunal a quo pronun-cia-se de forma clara e precisa sobre a questão posta nos autos,assentando-se em fundamentos suficientes para embasar a deci-são, como ocorrido na espécie. III - A desconsideração inversa dapersonalidade jurídica caracteriza-se pelo afastamento da autono-mia patrimonial da sociedade, para, contrariamente do que ocorrena desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir oente coletivo e seu patrimônio social, de modo a responsabilizar apessoa jurídica por obrigações do sócio controlador. IV - Consideran-do-se que a finalidade da disregard doctrine é combater a utilizaçãoindevida do ente societário por seus sócios, o que pode ocorrertambém nos casos em que o sócio controlador esvazia o seupatrimônio pessoal e o integraliza na pessoa jurídica, conclui-se, deuma interpretação teleológica do art. 50 do CC/02, ser possível adesconsideração inversa da personalidade jurídica, de modo a atin-gir bens da sociedade em razão de dívidas contraídas pelo sóciocontrolador, conquanto preenchidos os requisitos previstos na nor-ma. V - A desconsideração da personalidade jurídica configura-secomo medida excepcional. Sua adoção somente é recomendadaquando forem atendidos os pressupostos específicos relacionadoscom a fraude ou abuso de direito estabelecidos no art. 50 do CC/02. Somente se forem verificados os requisitos de sua incidência,poderá o juiz, no próprio processo de execução, 'levantar o véu' dapersonalidade jurídica para que o ato de expropriação atinja osbens da empresa. VI - À luz das provas produzidas, a decisão profe-rida no primeiro grau de jurisdição, entendeu, mediante minuciosafundamentação, pela ocorrência de confusão patrimonial e abusode direito por parte do recorrente, ao se utilizar indevidamente desua empresa para adquirir bens de uso particular. VII - Em conclusão,a r. decisão atacada, ao manter a decisão proferida no primeiro graude jurisdição, afigurou-se escorreita, merecendo assim ser mantidapor seus próprios fundamentos. Recurso especial não provido." (STJ,REsp 948.117 MS,Terceira Turma, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgadoem 22/jun2010.)

Tutela Jurisdicional DiferenciadaAutor: Ricardo de Barros LeonelEditora: RT. Ano: 2010. Páginas: 192.A obra trata da tutela jurisdicional diferenciada, que é, no

entender do autor, o emprego da técnica processual de limitaçãoda cognição judicial, como opção de política legislativa, a fim depermitir o alcance de resultados específicos por meio do proces-so. O autor busca a sistematização do tema, abordando inicial-mente suas origens, elementos de comparação, conceituação ecaracterísticas.

O Superior Tribunal de Justiça decidiu recentemente pela pos-sibilidade do manuseio de execução para cobrança de cédula decrédito bancária oriunda de contrato de abertura de crédito (che-que especial/crédito rotativo), sendo que esta decisão se deu emagravo regimental em recurso especial. O voto vencedor do Min.João Otávio de Noronha lembrou que "essa possibilidade de utili-zação do crédito ao alvedrio do mutuário (respeitado o limite) nãotorna o título ilíquido. Ocorre que, tendo o devedor feito uso docrédito, e não o restituindo no prazo avençado, os lançamentos aserem efetuados na conta gráfica apenas completam o título.Entenda-se: a liquidez advém da emissão da cédula, com a pro-messa de pagamento nela constante, que é aperfeiçoado com aplanilha de débitos. Isso não constitui ato unilateral do credor,como exposto no acórdão recorrido, pois os extratos ou planilhasnada mais são que a apuração do saldo utilizado, com os encar-gos previstos na cédula". Mais adiante consignou ainda que, "as-sentando-se a execução em 'contrato de abertura de crédito',instrumentalizada por meio de cédula de crédito bancário, institu-ída pela MP n. 2.160-25, que a elege como título executivoextrajudicial (CPC, art. 580 c/c o art. 585-VII), há de se afastar, naespécie, a incidência do enunciado n. 233 da súmula deste Tribu-nal, visto que, sendo a lei a única fonte instituidora de títulosexecutivos, no caso, encontra-se satisfeito o princípio da legalida-de". Veja-se a ementa do citado julgado: AGRAVO REGIMENTAL.PROVIMENTO PARA DAR PROSSEGUIMENTO AO RECURSO ESPECI-AL. CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. TÍTULO COM EFICÁCIA EXE-CUTIVA. SÚMULA N. 233/STJ. INAPLICABILIDADE. 1. As cédulas decrédito bancário, instituídas pela MP n. 1.925 e vigentes em nos-so sistema por meio da Lei n. 10.931/2004, são títulos que, seemitidos em conformidade com os requisitos na lei exigidos, ex-pressam obrigação líquida e certa. 2. O fato de ter-se de apurar oquantum debeatur por meio de cálculos aritméticos não retira aliquidez do título, desde que ele contenha os elementos impres-cindíveis para que se encontre a quantia a ser cobrada medianteexecução. Portanto, não cabe extinguir a execução aparelhadapor cédula de crédito bancário, fazendo-se aplicar o enunciado n.233 da Súmula do STJ ao fundamento de que a apuração dosaldo devedor, mediante cálculos efetuados pelo credor, torna otítulo ilíquido. A liquidez decorre da emissão da cédula, com apromessa de pagamento nela constante, que é aperfeiçoada coma planilha de débitos. 3. Os artigos 586 e 618, I, do Código deProcesso Civil, estabelecem normas de caráter geral em relaçãoàs ações executivas, inibindo o ajuizamento nas hipóteses emque o título seja destituído de obrigação líquida, certa ou que nãoseja exigível. Esses dispositivos não encerram normas sobre títu-los de crédito e muito menos sobre a cédula de crédito bancário.4. Agravo de instrumento provido para dar prosseguimento aorecurso especial. 5. Recurso especial provido." (STJ, AgRg no REsp599.609 SP, Quarta Turma, Rel. p/ acórdão Min, João Otávio deNoronha, Dje 08/mar/2010.)

Da possibilidade do manuseio de execuçãopara cobrança de dívida de abertura de

crédito instrumentalizada através de Cédulade Crédito Bancário

| Vale a Pena Saber

Agosto | 2010 13A coluna Vale a Pena Saber pode ser acessada, na íntegra, no site da ADVOCEF (menu Publicações).

Jefferson Douglas Soares ([email protected])e Giuliano D'Andrea ([email protected]).

Sugestões dos colegas são bem-vindas.

ELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃOELABORAÇÃO

Seguro Habitacional. Perda da vigência daMP. Não substituição no polo passivo da

Seguradora pela Caixa. STJ"Em questão de ordem, a Seção decidiu não conhecer do pe-dido da seguradora quanto à sua substituição no polo passivoda ação com fulcro na MP n. 478/2009 - a qual dispôs sobrea extinção das apólices de seguro habitacional do SistemaFinanceiro de Habitação (SH/SFH), em razão do AtoDeclaratório n. 18/2010 do Congresso Nacional (CN), nostermos do parágrafo único do art. 14 da Resolução n. 1/2002-CN. O ato declaratório informa o encerramento do prazo devigência da referida MP, editada em 29/12/2009. Anotou-seque o art. 6º, caput e § 2º, da citada MP impunha que a repre-sentação judicial do SH/SFH fosse feita, a partir de então,pela União ou pela CEF." (STJ, QO no Ag 1.237.994 SC, Segun-da Seção, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/jun/2010.)

Crédito Educativo. CDC. Não aplicação. TRF 3"1. O julgamento monocrático se deu segundo as atribuiçõesconferidas ao Relator do recurso pela Lei nº 9.756/98, quedeu nova redação ao artigo 557 do Código de Processo Civil,ampliando seus poderes para não só indeferir oprocessamento de qualquer recurso (juízo de admissibilidade- caput), como para dar provimento a recurso quando a deci-são se fizer em confronto com a jurisprudência dos TribunaisSuperiores (juízo de mérito - § 1º-A). Não é inconstitucional odispositivo. 2. O STJ, por meio da Segunda Seção, firmou en-tendimento de que a capitalização mensal de juros, com peri-odicidade inferior à anual, é vedada como regra, respeitandoa proibição inserta na Súmula 121 do STF, podendo, todavia,ser admitida em casos específicos previstos em lei, tais comoos créditos rurais, industriais, comerciais e de exportação (De-cretos-leis nºs 167/67 e 413/69, bem como Leis nºs 6.313/75 e 6.840/80). A jurisprudência do Egrégio Superior Tribunalde Justiça assentou-se no sentido de que, nos contratos ban-cários firmados a partir de 31 de março de 2000 (data dapublicação da MP nº 1.963-17), é admitida a incidência dacapitalização mensal dos juros, desde que expressamentepactuada. 3. O CDC não se aplica a contratos de créditoeducativo, por não tratar-se de um serviço bancário, mas deum programa do governo, custeado inteiramente pela União.4. Agravo de instrumento que se nega provimento." (TRF 3,Agravo legal na apelação 0008080-68.2008.4.03.6105 SP,Segunda Turma, Rel. Des. Henrique Herkenhoff, Dje 27/maio/2010.)

Bem de família. Indivisão.Impenhorabilidade. STJ

"Trata-se de penhora que recaiu sobre imóvel do qual a execu-tada detém 16,66% a título de direitos hereditários, e o res-tante pertence à sua mãe, detentora de metade ideal, e aseus irmãos. Assim, na espécie, a Turma entendeu que não háimpedimento na oposição de embargos de terceiro pela famí-lia da executada; pois, quando ela apontou ofensa ao art. 3º,§ 1º, da Lei n. 8.009/1990 nos autos de embargos à execu-ção, seus familiares não fizeram parte naquele processo. Ade-mais, a impenhorabilidade da fração do imóvel indivisível atin-ge a totalidade do bem, impedindo sua alienação em hastapública. A finalidade da Lei n. 8.009/1990 é evitar o desapa-recimento material do lar que abriga a família do devedor.Desse modo, a Turma deu provimento ao recurso para julgarprocedentes os embargos de terceiro opostos pelos recorren-tes e determinar a impenhorabilidade do bem de família (apar-tamento)." (STJ, REsp 1.105.725 RS, Quarta Turma, Rel. Min.Aldir Passarinho, Junior, julgado em 22/jun/2010.)

Preparo Recursal. Reiteração.Não necessidade de novo recolhimento

de custas. STJ"1. Acórdão embargado que não se manifestou sobre o alega-do nas contrarrazões do recurso especial acerca da supostaausência de preparo do apelo. 2. 'É inadmissível o recursoespecial interposto antes da publicação do acórdão dos em-bargos de declaração, sem posterior ratificação' - Súmula n.418/STJ. 3. A petição de ratificação apenas reitera as razõesconsignadas no recurso interposto, não havendo necessidadede recolhimento de novas custas ou de comprovação do pre-paro já efetuado quando da interposição do recurso. 4. Em-bargos de declaração acolhidos somente." (STJ, EDcl no REsp1.097.930 RJ, Quarta Turma, Rel. Min. João Otávio de Noronha,DJe 01/jul/2010.)

Cláusula arbitral. Obrigatoriedade. STJ "A previsão contratual de cláusula de arbitragem, quando ante-riormente ajustada pelas partes, gera a obrigatoriedade de so-lução de conflitos por essa via, acarretando, no caso dedescumprimento, a extinção do processo sem resolução domérito, nos termos do art. 267, VII, do CPC. Apesar de a Lei n.9.307/1996 (Lei de Arbitragem) prever o acesso ao Poder Judi-ciário das partes contratantes que tenham optado pela viaarbitral, esse acesso não pode substituir a própria apreciaçãodo conflito pelo juízo arbitral, que pode só depois se sujeitar aopleno controle jurisdicional estatal. Com esse entendimento, aTurma reformou o acórdão recorrido que entendia não ser ab-soluta a cláusula contratual que determina a submissão à arbi-tragem e por isso a afastava." (STJ, REsp 791.260 RS, TerceiraTurma, Rel. Min. Paulo Furtado (Desembargador convocado doTJ-BA), DJE em 01/jul/2010.)

Agosto | 201014

| Novo CPC

Novo Código de Processo Civil quer acabar com a morosidade da Justiça

Por um processo ágilChegou ao Senado o antepro-

jeto do novo Código de ProcessoCivil, que pretende acabar com oformalismo dos processos, o exces-so de recursos e a litigiosidade,consideradas as principais causasda morosidade da Justiça no Bra-sil. O documento (Projeto de Lei doSenado nº 166/10) contém, entreas inovações, a criação do Inciden-te de Resolução de DemandasRepetitivas, a extinção dos embar-gos infringentes, a uniformizaçãodo processo eletrônico e a aplica-ção de multas para os advogadosque apresentarem recursos consi-derados protelatórios.

O objetivo da comissão de juristas li-derada pelo ministro do Superior Tribunalde Justiça, Luiz Fux, tendo como relatoraa professora Teresa Arruda Alvim Wambier,foi abrir caminho para uma Justiça maisrápida, estimulando o uso da tecnologiamais avançada de comunicação e infor-mação.

"O Brasil clama por um processo maiságil, capaz de dotar o país de um instru-mento que possa enfrentar de formacélere, sensível e efetiva as misérias e asaberrações que passam pela Ponte da Jus-tiça", declarou o ministro, na entrega doanteprojeto ao presidente do Senado, JoséSarney, em 8 de junho.

Em audiências públicas rea-lizadas em oito capitais, foramreunidas 260 sugestões, que,somadas a outras enviadas pore-mail, totalizaram mil propostas.Em debate no Plenário do Conse-lho Federal da OAB, em abril, oministro Luiz Fux afirmou que nãose pode fazer uma reforma noCPC sem ouvir as opiniões "domaior operador do Código, que éo advogado".

O presidente da OAB, OphirCavalcante, ouviu do ministro quea reforma do CPC prevê o resgatedos honorários, que hoje ficam aolivre arbítrio do juiz, que "muitas

vezes os fixa em níveis aviltantes, incom-patíveis com a dignidade da advocacia".Disse o ministro ao presidente que o novoCPC vai propor que, em relação à FazendaPública, os honorários sejam fixados em5% no mínimo. Nas demais situações, essepercentual deverá levar em conta o resul-tado econômico da demanda.

Tempo de travessiaNo discurso proferido no Senado, em 8 de

junho, o ministro Luiz Fux citou como inspiradoresdo novo Código de Processo Civil o dramaturgoinglês William Shakespeare (o tempo é muitolento para os que esperam e muito rápido paraos que têm medo) e os juristas romanos (elesdiscutiam sobre a impossibilidade de o Direitoisolar-se do ambiente em que vigora). Dessemodo foi possível, conforme o ministro, 37 anosdepois da instalação do Código de 1973, cons-truir um ordenamento compatível com as ne-cessidades de hoje.

O desafio da Comissão, na ótica de Fux, foiresgatar a crença no Judiciário, vencer o volumede ações, combater a litigiosidade desenfreada,dar um prazo razoável a um processo "prenhede solenidades e recursos". Isso tudo no Brasil,ressaltou, onde de cada cinco habitantes um liti-ga judicialmente.

A esse desafio lançou-se a Comissão, "cien-te de que todo o poder emana do povo, inclusi-ve o poder dos juízes, e em nome de nossa gen-te é exercido".

Houve 13 mil acessos à página da Comis-são, 260 sugestões recebidas e a manifesta-ção de todos os segmentos judiciais, magistra-dos, advogados, institutos científicos, faculda-des de Direito.

"Que Deus permita-nos propiciar com essenovo Código a felicidade que o povo brasileiromerece", encerrou o ministro, declamando antesum poema atribuído a Fernando Pessoa (masque talvez seja de Fernando Teixeira Andrade):

É o tempo da travessiaE se não ousarmos fazê-laTeremos ficado... para sempre...À margem de nós mesmos.

|Luiz Fux: as aberrações que passam pela Ponte da Justiça

|Fernando Pessoa: citado comosuposto autor

Agosto | 2010 15

Confira algumas proposições do an-teprojeto do novo CPC:

- Advogados poderão promover aintimação pelo correio do advogado daparte contrária, de testemunhas etc., como uso de formulários pró-prios e a juntada aosautos do comprovantedo AR.

- A ausência de ad-vogado na audiêncianão impedirá a realiza-ção da conciliação, acritério do juízo.

- Os honoráriosadvocatícios incidemna fase inicial de cumprimento de sen-tenças.

- Ultrapassado o prazo para cumpri-mento espontâneo da sentença,incidirão honorários advocatícios de10% sobre o valor da execução. Findo oprocedimento executivo, o valor dos ho-

O advogado no anteprojeto

"O certo é que haverá importantesavanços para a advocacia, para a cidada-nia e a democracia. Mas o beneficiáriomaior será o cidadão brasileiro, que teráuma Justiça mais rápida e sempre com apresença do advogado", afirmou Ophir.

O que a musa cantaAbordando em um artigo a questão

da compensação de honorários, o advo-gado Wilson J. Comel, professor aposen-tado de Direito Civil no Paraná, transcre-veu o artigo 73, parágrafo 11 do antepro-jeto, que "faz cessar tudo o que a antigamusa canta": "Os honorários constituemdireito do advogado e têm natureza ali-mentar, tendo os mesmos privilégiosoriundos da legislação do trabalho, sendovedada a compensação em caso desucumbência recíproca".

De acordo com o ministro Fux, o novoCódigo prioriza as decisões de primeirainstância, para garantir decisões rápidase idênticas para casos iguais. "Além dis-so, estamos, de forma muito consciente,realmente inibindo os recursos. Quemusar a artimanha de recorrer só por recor-rer vai sofrer pesadas perdaspatrimoniais", disse o ministro. Hoje, se-gundo ele, 90% das pessoas que perdem,recorrem.

O advogado Paulo Lebre, do JURIR/São Paulo, especialista em Direito Proces-sual Civil, elogia a comissão, "de notávelcompetência", mas critica o pouco tempodisponível para a confecção de um novoCódigo que, a seu ver, nem precisaria exis-tir. "O atual CPC, por acaso, é a principalcausa da morosidade processual?", ques-tiona ele. "Eu acredito que não. A morosi-dade existe porque o Poder Judiciário nãoestá dotado de recursos humanos e

tecnológicos suficientes." (Leia seu artigona página.16)

Gestação do ser humanoO desembargador Elpídio Donizetti, do

Tribunal de Justiça de Minas Gerais e mem-bro da Comissão, publicou em 4/4/2010artigo em que reclamou também do pra-zo dado aos trabalhos, "inferior ao perío-do de gestação do ser humano". Donizetticriticou a previsão de penalidades a ma-gistrados, ressaltando que são os únicosa serem punidos no novo Código. Fez re-comendações aos colegas do grupo, aomodo do Sermão da Montanha: "Ainda quetardias, guardai-vos de fazer vossas boasobras diante dos homens, para serdes vis-tos e lembrados por eles; de outra sortenão tereis qualquer recompensa, eis quea vós restará apenas o rancor daquelesque foram prejudicados pelas vossasleis".

A presidente da Associação dos Pro-curadores do Estado de São Paulo(APESP), Márcia Semer, viu boas novida-des no anteprojeto, mas, entre elas, umagrande preocupação: "a fragilização dadefesa do Estado, com ênfase na dimi-

nuição dos prazos para a Fazenda Públi-ca e na extinção de recursos para a defe-sa do erário".

Em artigo publicado na Folha de S.Paulo, em 30/4/2010, a procuradora de-fende que não se deve abrir mão dos pra-zos especiais para a defesa do Estado.Diz que as estatísticas demonstram queo maior tempo gasto com o processo nãoestá nos prazos para as partes. Por outrolado, teme que a redução dos prazos judi-ciais para a Fazenda Pública tenha umefeito devastador para as defesas das en-tidades estatais.

O parecer final do novo CPC deveráser votado até 22 de dezembro. Os sena-dores apresentarão relatórios parciaisentre 30 de agosto e 13 de setembro.Emendas ao projeto serão recebidas até27 de agosto. A comissão é compostapelos senadores Demóstenes Torres(DEM-GO, presidente), Antonio CarlosValadares (PSB-SE, vice-presidente),Valter Pereira (PMDB-MS, relator), Anto-nio Carlos Junior (DEM-BA), Marconi Perillo(PSDB-GO), Papaléo Paes (PSDB-AP),Almeida Lima (PMDB-SE), Romeu Tuma(PTB-SP) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

norários poderá ser aumentado para até20%, observado, no que couber, o dis-posto no artigo 20.

- A verba de honorários advocatíciospassa a ostentar, textualmente, natureza

alimentar, não compen-sável em sucumbênciarecíproca.

- São direitos pró-prios do advogado oshonorários, na propor-ção do êxito obtido nacausa, vedando-se acompensação.

- Os honoráriosadvocatícios, quando

não previstos os critérios fixados em lei,serão arbitrados pelo juiz, obedecendo aosparâmetros do artigo que disciplina o tema.

- Os autores ficam exonerados dascustas e dos honorários advocatícios,caso desistam da ação antes de ofereci-da a contestação.

|Paulo Lebre:o atual CPCnão é oculpado

Agosto | 201016

| Artigo

Não obstante a boa intenção e o gran-de trabalho desenvolvido pela comissãopresidida pelo ministro do STJ Luiz Fux, ten-do como relatora-geral a magna professoraTeresa Arruda Alvim Wambier, da PUC/SP, odiminuto tempo para a confecção do ante-projeto do novo Código de Processo Civil(CPC), acredito, fez com que ele não fosserealizado com o esmero por mim esperado.Infelizmente, o anteprojeto foi feito em regi-me de urgência e necessita ser revisto emmuitos pontos. Alguns doutrinadores tam-bém estão levantando bandeira nesse sen-tido.

Aliás, já se fala em apresentação desubstitutivos tão somente para corrigir es-ses erros. Mas o que mais me preocupanesse anteprojeto é que, a meu ver, não foifeito, antes, um preciso diagnóstico do quese precisaria ser reformado no atual CPC e,realmente, se o CPC precisaria ser totalmen-te refeito.

Exemplifico: hoje se fala muito em pro-cesso coletivo, demandas em massa, queo atual CPC está antiquado, pois disciplinasomente o processo individual, etc... Mas oanteprojeto não traz em seu bojo umdisciplinamento de processo coletivo. O an-teprojeto somente traz um instituto, o de-nominado Incidente de Resolução de De-mandas Repetitivas (artigo 895 e seguin-tes), que visa, quando identificada contro-vérsia com potencial de gerar relevantemultiplicação de processos fundados emidêntica questão de direito e de causar gra-ve insegurança jurídica, julgar a tese jurídi-ca que será aplicada a todos os processosque versarem esta idêntica questão de di-reito. Portanto, instrumento para julgamen-to de demandas individuais em massa.

Portanto, o anteprojeto nada traz doque está sendo discutido no Projeto de Leida Câmara dos Deputados de nº 5.139/2009, a Nova Lei de Ação Civil Pública (querevoga as Leis nºs 7.347, de 1985, e11.448, de 2007; e dispositivos das Leisnºs 7.853, de 1989; 7.913, de 1989;8.069, de 1990; 8.078, de 1990; 8.884,de 1994; 9.008, de 1995; 9.494, de 1997;10.257, de 2001; 10.741, de 2003), con-

Paulo Lebre (*)

Precisamos de um novo Códigode Processo Civil?

siderado o Código Brasileiro de ProcessoColetivo.

Assim, a meu ver, o anteprojeto do novoCPC não traz uma reunião de normas deprocesso civil individual e coletivo. Aliás,minha opinião é justamente esta: um códi-go inteiramente novo somente se justifica-ria se fosse para realmente ser novo e bemdisciplinar o processo individual e coletivo,pois sabemos que o Poder Judiciário nãopossui capacidade de lidar bem com pro-cessos coletivos (a exemplo das inúmerasações civis públicas envolvendo os chama-dos expurgos inflacionários decorrentes dosplanos econômicos do final da década de80 e início da de 90).

cada 25.000 habitantes). Mas existem pes-soas que dizem que o CPC possibilita umagrande quantidade de recursos, em tornode 30 num mesmo processo, mas, realmen-te, todos os processos possuem recursos,ou melhor, possuem uma grande quantida-de de recursos? É claro que não.

E se essa questão dos recursos é umproblema, que se reforme o atual CPC paracorrigir isso (como, por exemplo, se elimi-nando os embargos infringentes).

Também, quem já trabalhou com pro-cessos em juizados especiais sabe da gran-de quantidade de processos totalmentedesfundamentados que certamente não te-riam sido propostos se a lei obrigasse a par-ticipação de um advogado na propositura eacompanhamento da ação.

Quem precisa de um Poder Judiciáriomais eficiente e eficaz, certamente, somostodos nós, brasileiros e operadores do Direi-to, mas quem precisa de um Código de Pro-cesso Civil inteiramente novo? Os mais inte-ressados, certamente, são os doutrinadorese todos aqueles que vendem livros, pales-tras, cursos e congressos. Realmente tenhominhas dúvidas se a sociedade brasileira eos operadores do Direito (especialmente nós,advogados) realmente necessitam de umcódigo inteiramente novo. Reforma, sim. Mu-dança total, não.

Essa mudança se assemelha à troca deum carro usado por um zero quilômetro comum pouco mais de acessórios - haverá noto-riamente alguns benefícios, mas a via ondeesse novo carro transitará será a mesma.

Os custos serão enormes e os benefíci-os, acredito, poucos. Isso sem falar no custode aprendizagem dessa nova normatização,que necessariamente demandará aquisiçãode manuais e cursos específicos para tanto.Certamente, muitos dos "motoristas" nãoterão condições de aprender a lidar correta-mente com este "novo veículo", mas, certa-mente, o utilizarão assim mesmo nas viasque já conhecem. Será que o trânsito nãoficará ainda mais lento?

(*) Advogado da CAIXA em São(*) Advogado da CAIXA em São(*) Advogado da CAIXA em São(*) Advogado da CAIXA em São(*) Advogado da CAIXA em SãoPPPPPaulo/SPaulo/SPaulo/SPaulo/SPaulo/SP. Especialis. Especialis. Especialis. Especialis. Especialista em Direitta em Direitta em Direitta em Direitta em Direitooooo

PrPrPrPrProcessual Civil pela PUC/SPocessual Civil pela PUC/SPocessual Civil pela PUC/SPocessual Civil pela PUC/SPocessual Civil pela PUC/SP.....

Dizer que o atual CPC é uma "colcha deretalhos" e como tal deve ser descartado,para mim, é um exagero. É notório o grandeimpacto que a sociedade brasileira, e prin-cipalmente os operadores do Direito, sofre-rão com a mudança total do CPC. Numaanálise de custo-benefício, eu tenho que ocusto não compensará o benefício.

A sociedade se modifica dia após dia ea legislação tem que acompanhar essa evo-lução. Mas, será que muitas das boas ideiasinseridas no anteprojeto não poderiam sersimplesmente incluídas no atual CPC? Euacredito que sim.

E este meu ponto de vista acaba tendouma dimensão ainda maior se considerar-mos a seguinte questão: qual a finalidadedesta grande mudança? Tornar o Poder Ju-diciário mais eficiente e eficaz?

O atual CPC, por acaso, é a principalcausa da morosidade processual? Eu acre-dito que não. A morosidade existe porque oPoder Judiciário não está dotado de recur-sos humanos e tecnológicos suficientes (jáouvi dizer que no Brasil existe 1 juiz para

"O anteprojeto foi feitoem regime de urgênciae necessita ser revisto

em muitos pontos."

Agosto | 2010 17

Dá medo só de falar. Escrever, então...Não tanto dela, em si. Da palavra. OuçoBillie Holiday enquanto escrevo. Já morreu.Olho ao redor e vejo Jesus, Nossa Senhora(e as suas várias designações: de Fátima,Desatadora dos Nós e da Aparecida), San-to Expedito, São Judas Tadeu e SantaCatarina, imagens que tenho no meu pe-queno "santuário". Também já morreram,e há muito tempo. A revista ao meu ladoestá aberta na página de uma reportagemsobre o genial cronista Armando Nogueira,morto recentemente. A morte está sem-pre por perto, como que não nos deixan-do esquecê-la.

Fantástica essa história de vidaapós a morte. Acredito mais do quedesacredito. Dúvidas demais te-nho. Mas certamente nenhumaé muito diferente das suas. E setenho mais do que você,tampouco deve exceder emduas ou três. Vou dizer de uma:será que vamos para o mes-mo lugar quando morremos?Isto, bem entendido, se for-mos, mesmo, como penso,para algum lugar. Em outro pla-no, como dizem. A questão temdois vieses: um, traduzido no re-ceio de não encontrar quemvocê gostaria; outro, no de ir praum lugar pior do que outros quepossam existir. Tipo: por mereci-mento, sacomé? Meio como céu einferno... Não! Nessa história de céu einferno acredito, não. Acho que o céu e oinferno a gente vive, se houver de viver, énesta vida, mesmo. E tá dentro da gente.Se a gente criar e cultivar um ou outro, cla-ro. O que me preocupa um pouco é quenão sou muito humilde quando me ponhoa imaginar pra onde vou... Tendo quase in-variavelmente a pensar que vou prum lu-gar bom. Talvez não o melhor, vá lá. Masum lugar legal. Acho que se for por mereci-mento... O problema é que a gente tam-bém tende a ser mais generoso com nos-sas pequenas diabruras, né?...

Sempre desejei manter contato commeus avós. Fiquei na vontade. Eles nemtchum pra mim. Também nunca fiz nada

| Crônica

Algumas palavras sobre... elaAndré Falcão de Melo (*)pra isto. Às vezes penso que eles podem

estar aqui no meu quarto, ou em outro lo-cal, vendo-me (sem querer, naturalmente)numa situação de maior... errr... intimida-de. Valha-me! É um pudor meio parecidocom aquele que sinto quando fico sem rou-pa. É,... às vezes me pego meio sem graçaquando penso que meus santinhos todosestão me vendo assim tão na intimidade.

Principalmente os santos mulheres, comominha mãezinha, Nossa Senhora. Deus queme perdoe! Voltando aos meus avós, decerto modo acho que tomaria um baita dumsusto se me aparecessem aqui no quarto.Principalmente à noite, como agora.Hum,... melhor mudar de vertente.

Tenho muito medo de que meus filhosse vão antes de mim. E também tenho omesmo medo quanto aos meus pais. As-sim, ou quero ir antes deles, ou não quero

que eles vão sem mim, ou simplesmentenão quero que morramos. Nunca. É aí queconcluo que a morte só atemoriza quandopode virar pra quem a gente ama. E só étão ruim porque não sabemos se vamosnos encontrar depois, todos já mortinhos,e se lá é bom, pelo menos igual aqui. Aívem esse medo e essa sensação terrívelde separação eterna. Isto é o que lascatudo. Se a gente soubesse que iria se en-

contrar depois (de certeza!), a dor da mor-te seria muito menor. Algo assim como

uma longa viagem: você sabe que setudo correr bem deverá reencontraro viajante. E como lá não teria mor-te, porque já estaríamos mortos, oreencontro seria certo.

E os animais? Pra onde vãoquando morrem? Sim, porqueos animais têm alma, estou cer-to. Será que vou me encontrarcom a Kika, quando morrer-mos? Será que lá se dorme, ede manhã ela vai permanecertoda respeitosa em sua casinhafeita de nuvem, por saber quequando acordo não gosto de la-

tido, nem de pulos de alegria emminhas pernas, com o rabinho ba-

lançando por me ver? (Calma, lei-tor, quando volto do trabalho ela tem

permissão pra me saudarefusivamente.) Estará mais calma? Ain-

da será uma nervosíssima cadelinha"poddle"? Eita! Será que vou ver o Hippie?Esteve comigo uns bons anos. Morreu tra-gicamente, coitado. Não ligava a mínimapra ele, mas do meu jeito o amava. Só quan-do estava doente é que eu me dignava adar-lhe bolachas "mimosa" na boca. A suavida nesta terra fez jus ao nome que sabe-se lá por que cargas d'água lhe dei. Detes-tava tomar banho. E eu detestava mais ain-da dar banho nele. E se ele já reencarnou?E se a Kika é o Hippie reencarnado? Vouprestar bem atenção d'agora em diante.

(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXA(*) Advogado da CAIXAem Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.em Maceió/AL.

Agosto | 201018

| Saída

"Não esqueçam os sonhos"

A propósito, não é dehoje, lamentavelmente,que os meios de comuni-cação noticiam o autên-tico império da ordemimposto pelos respecti-vos "comandantes dotráfico (ou afins)" nas co-munidades carentes, querepresentam, hoje, mais doque em qualquer outra época,verdadeiras "microcidades", em quequalquer prática delituosa (perpetrada ounão por menores de idade) é rapidamentesolucionada - ainda que através de méto-dos brutais -, o que, em grande parte, expli-ca a relativa simpatia que as milícias (es-

O ex-vice-presidente e ex-diretor jurídicoda ADVOCEF, Bruno Vanuzzi, é um dos novosintegrantes da carreira da Procuradoria-Ge-ral do Estado do Rio Grande do Sul. Aprovadoem concurso público, Bruno deixa a CAIXA,onde, conforme sua expressão, se conheceucomo advogado e percebeu a importânciada sua profissão. Durante oito anos no JURIR/Porto Alegre, viveu experiências marcantese também enfrentou momentos de angús-tia, como o que o levou, em 2006, a partici-par da ADVOCEF, "para mudar o que me pa-recia errado e dar voz aos chamados advo-gados novos".

O principal atrativo na nova instituição éa carreira de Estado, que, entre outras vanta-gens, garante estabilidade. "Ganha-se emremuneração e em perspectiva profissional,mas perde-se na possibilidade da advocaciaprivada, que eu não vinha exercendo em faceda coordenação trabalhista da qual eu eratitular", comenta.

Por se tratar também de advocacia pú-blica, Bruno acredita que haverá poucas di-ferenças entre as atividades, localizadas prin-cipalmente na estrutura de trabalho, que naPGE envolve assessores jurídicos, bacharéisem Direito, estagiários, agentes administrati-vos. Outro ponto fundamental, segundo Bru-no, é que os procuradores não são intima-dos para cumprir decisões judiciais de cu-nho material, sendo as ordens encaminha-das diretamente para os órgãos da adminis-tração.

Bruno foi eleito vice-presidente daADVOCEF em agosto de 2008, ao lado dopresidente Davi Duarte. Na gestão, ajudou aadministrar a greve histórica da categoria. Emmaio de 2010, participou da chapa vence-dora da eleição, assumindo como diretor ju-rídico em 1º de junho.

Bruno deixa um abraço fraterno aos co-legas e o pedido de que não esqueçam ossonhos e as convicções. "Apesar de muitasvezes desgastante, a CAIXA é formada porpessoas. Ou seja, quando lhes disserem quenada pode ser feito, não acreditem."

Leia outros trechos da entrevista.ADADADADADVVVVVOCEF EM REVISOCEF EM REVISOCEF EM REVISOCEF EM REVISOCEF EM REVISTTTTTA - Quais sãoA - Quais sãoA - Quais sãoA - Quais sãoA - Quais são

seus sentimentos no momento emseus sentimentos no momento emseus sentimentos no momento emseus sentimentos no momento emseus sentimentos no momento emque deixa a CAIXA?que deixa a CAIXA?que deixa a CAIXA?que deixa a CAIXA?que deixa a CAIXA?

BRUNO VANUZZI BRUNO VANUZZI BRUNO VANUZZI BRUNO VANUZZI BRUNO VANUZZI - Sinto-me com o de-ver cumprido. O trabalho associativo foi mui-

Diretor jurídico da ADVOCEF assume na Procuradoria Geral do RS

to gratificante, me ajudou a crescer comoser humano e a conhecer pessoas incríveisque me ensinaram coisas a que eu jamaisteria acesso em outro ambiente. Sinto queesse trabalho tornou a CAIXA, em uma fra-ção muito pequena, mas perceptível, um lu-gar melhor para ser advogado. Nossa carrei-ra finalmente acordou para a necessidadede resgate de sua dignidade, e acho que, decerta forma, fui parte integrante desse pro-

cesso. Por outro lado, a CAIXA foi o local ondeme tornei advogado, pois até então somen-te havia trabalhado no Judiciário. E essa ati-vidade também foi gratificante, pois ganheio reconhecimento dos colegas e da Empre-sa como profissional.

ADVOCEF - Quais são os momen-ADVOCEF - Quais são os momen-ADVOCEF - Quais são os momen-ADVOCEF - Quais são os momen-ADVOCEF - Quais são os momen-tos que leva como lembrança maistos que leva como lembrança maistos que leva como lembrança maistos que leva como lembrança maistos que leva como lembrança maismarcante?marcante?marcante?marcante?marcante?

BRUNO VANUZZIBRUNO VANUZZIBRUNO VANUZZIBRUNO VANUZZIBRUNO VANUZZI - Dois períodos forammuito marcantes na minha carreira na CAIXA.A primeira unificação das carreiras, no ano de2006, foi um momento de extrema angústia,quando se aprofundou o fosso remuneratórioentre advogados antigos e novos. Naquelemomento entendi que seria necessário parti-cipar ativamente da Associação para mudaro que me parecia errado e dar voz aos chama-dos advogados novos. Outro momentomarcante, sem dúvida, foi a greve de 2009,por motivos óbvios. Ambos foram períodosde grande crescimento para a categoria, quese conscientizou da necessidade de ser pro-tagonista da própria história.

ADVOCEF - Um aspecto positivo eADVOCEF - Um aspecto positivo eADVOCEF - Um aspecto positivo eADVOCEF - Um aspecto positivo eADVOCEF - Um aspecto positivo eum negativo por ter sido advogado daum negativo por ter sido advogado daum negativo por ter sido advogado daum negativo por ter sido advogado daum negativo por ter sido advogado daCAIXA.CAIXA.CAIXA.CAIXA.CAIXA.

BRUNOBRUNOBRUNOBRUNOBRUNO - O aspecto positivo foi me co-nhecer como advogado e aprender a gran-deza e importância dessa atividade para abusca da Justiça. E o aspecto negativo daminha experiência foi ter que ver, muitas ve-

O advogado Bruno Vanuzzi diz quedeve o quarto lugar obtido no con-curso da Procuradoria Geral doEstado do RS à experiênciaacumulada, ao estudo, al-guns títulos, uma boadose de sorte e práticana advocacia. Conside-ra que os recursos, nafase final (o concurso foidividido em quatro eta-pas), foram fundamentaispara melhorar sua posição.

Bruno reservou um poucomenos de um mês para cada umadas duas primeiras fases, duas horas pordia. Nos fins de semana, dedicou no mí-

Resumo do métodonimo cinco horas diárias à leitura, fa-

zendo uma pausa de meiahora a cada uma hora e

meia, para absorver oconteúdo.

Concentrou-se noestudo de resumosjurídicos dos princi-pais ramos do Direito

e em leitura de juris-prudência seleciona-

da do Supremo TribunalFederal. Bruno aprovei-

tou a legislação comentada,disponível no site do STF, que es-

gota a matéria de controle concentradode constitucionalidade.

|Bruno: para mudar o que estava errado

Agosto | 2010 19

| Carreira

Isonomia aprovadaA Comissão de Trabalho, de Adminis-

tração e Serviço Público (CTASP) da Câma-ra dos Deputados aprovou, por unanimida-de, na forma de substitutivo, o Projeto deLei nº 6.259/2005, dos deputados DanielAlmeida (PC do B/BA) e Inácio Arruda (PCdo B/CE), que estende aos funcionáriosdos bancos públicos federais admitidosapós 1995 os mesmos direitos dos em-pregados antigos.

O parecer, apresentado na CTASP pelorelator deputado Eudes Xavier (PT/CE), em07/07/10, ratifica o compromisso firma-do com o presidente da ADVOCEF, CarlosCastro, e o diretor de Articulação, Júlio Gre-ve. De acordo com o deputado, osubstitutivo aprovado devolve a isonomiaentre os empregados da CAIXA, Banco doBrasil, Banco do Nordeste, Banco da Ama-

O advogado Natanael Lobão Cruzapresentou sua renúncia ao cargo de di-retor de Negociação Coletiva daADVOCEF, em 19/7/2010, depois deaprovado no ProcessoSeletivo Interno (PSI)para a função de Geren-te Executivo na GEATS,na Matriz. Em carta en-viada à Associação,Natanael explicou queconsidera incompatívelo exercício simultâneodas duas funções.

Dirigindo-se ao pre-sidente da ADVOCEF,Carlos Castro, o advogado disse que con-tinuava à disposição, como associado eamigo. "Faço o testemunho de como aAssociação tem avançado sob sua orien-tação, e apoio as decisões que têm sidotomadas, pois percebo nelas o intuito

Renúncia de NatanaelDiretor de Negociação da ADVOCEF assume na GEATS

único de levar nossa Associação a umpatamar mais elevado", escreveu.

Carlos Castro lamentou a saída dodiretor, destacando que a ADVOCEF ga-

nha um associado ain-da com maior compro-metimento. "Ganha tam-bém a CAIXA, que con-tará com um gerenteexecutivo que chega aocargo por seus própriosméritos, pois aprovadoem seleção há muito de-fendida por todos nós."

Natanael LobãoCruz havia assumido a

Diretoria de Negociação Coletiva em ju-nho de 2010, obtida nas eleições demaio. Responde pelo cargo, até a substi-tuição a ser providenciada pelo Conse-lho Deliberativo, o diretor social daADVOCEF, Marcelo Dutra Victor.

zes passivamente, a administração públicase comportar como iniciativa privada, no quede pior o ramo privado possui.

ADVOCEF - Como avalia sua parti-ADVOCEF - Como avalia sua parti-ADVOCEF - Como avalia sua parti-ADVOCEF - Como avalia sua parti-ADVOCEF - Como avalia sua parti-cipação na administração dacipação na administração dacipação na administração dacipação na administração dacipação na administração daADVOCEF?ADVOCEF?ADVOCEF?ADVOCEF?ADVOCEF?

BRUNOBRUNOBRUNOBRUNOBRUNO - Sinto muitas vezes que nãoescolhi participar da ADVOCEF, a ADVOCEF éque me escolheu. No Congresso de 2004,em Natal, conheci o então presidente Altair[Rodrigues de Paula], que me convidou a sercolaborador da Associação. Naquele eventotambém conheci muitas das pessoas quenos últimos anos dividiram comigo a respon-sabilidade de conduzir os anseios dessa gran-de família que é o corpo de advogados daCAIXA. Me sinto honrado e orgulhoso de tudoo que fizemos.

ADVOCEF - Algum recado para osADVOCEF - Algum recado para osADVOCEF - Algum recado para osADVOCEF - Algum recado para osADVOCEF - Algum recado para oscolegas que ficam?colegas que ficam?colegas que ficam?colegas que ficam?colegas que ficam?

BRUNO BRUNO BRUNO BRUNO BRUNO - Para os colegas que ficam eudedico um abraço fraterno, relembrando atodos que jamais esquecerei as pessoas comquem convivi. Não esqueçam os seus sonhose suas convicções. Apesar de muitas vezesdesgastante, a CAIXA é formada por pesso-as. Ou seja, quando lhes disserem que nadapode ser feito, não acreditem.

Agosto | 2010 19

Comissão de TComissão de TComissão de TComissão de TComissão de Trrrrrabalho da Câmarabalho da Câmarabalho da Câmarabalho da Câmarabalho da Câmara apra apra apra apra aprooooovvvvva PL nº 6.259/05a PL nº 6.259/05a PL nº 6.259/05a PL nº 6.259/05a PL nº 6.259/05zônia e Casa da Moeda do Brasil. O relatorafirma que a proposta elimina distorçõesdecorrentes das Resoluções nº 10, de 30/5/1995, e nº 9, de 8/10/1996, do Conse-lho de Coordenação e Controle das Em-presas Estatais (CCE), que geraram discri-minação entre os empregados antigos enovos.

Participação da categoriaO Projeto será agora analisado pelas

Comissões de Finanças e Tributação (CFT)e de Constituição, Justiça e de Cidadania(CCJC), da Câmara. O relator será o depu-tado Osmar Júnior, do PC do B do Piauí,com quem Carlos Castro e Júlio Greve têmaudiência agendada ainda em agosto.

O presidente e o diretor da ADVOCEFconsideram que a aprovação na CTASP já

é uma conquista, ainda que parcial, para aunificação da categoria dos advogados.Chamam a atenção para a importância daparticipação dos advogados para garantiro avanço do Projeto. "Conclamamos todosos associados a contatar, por telefone, e-mail ou pessoalmente, com os integrantesda Comissão de Finanças e Tributação."

|Eudes: projetoacaba com as

distorções