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entre MARGENS BIMENSÁRIO | 17 MARÇO 2016 | N.º 556 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Uma nova esperança para superar crise diretiva e atacar a crise financeira Associação do Infantário de Vila das Aves acumula passivo de cerca de 160 mil euros ASSOCIAÇÃO DO INFANTÁRIO DE VILA DAS AVES NORBETO LOBO Nome maior da música nacional atua este sábado em Vila das Aves Concerto do guitarrista e com- positor integra o ciclo de espe- táculos agendados para o Cen- tro Cultural Municpal de Vila das Aves, no âmbito do Sonorida- des Emergentes. PÁGINA 15 ‘Poesia Livre’ homenageia Daniel Gonçalves e sai de cena de comboio Oito milhões para resolver problemas nas freguesias Requalificação da rede viária, pavimentação de ruas e constru- ção de equipamentos são apenas algumas das obras e projetos que a Câmara Municipal de Santo Tirso tem pensadas para as 14 freguesias do concelho. O mon- tante global do investimento previsto ascende aos oito mi- lhões de euros. PÁGINA 8 Santo Tirso vai ter uma área de serviço para autocaravanas PSD de Santo Tirso mantém Andreia Neto na presidência OBRAS NO CONCELHO FOTO: VERA MARMELO

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 17 MARÇO 2016 | N.º 556 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Uma nova esperança para superar crisediretiva e atacar a crise financeiraAssociação do Infantário de Vila das Aves acumula passivo de cerca de 160 mil euros

ASSOCIAÇÃO DO INFANTÁRIO DE VILA DAS AVES

NORBETO LOBO

Nome maiorda músicanacional atuaeste sábado emVila das AvesConcerto do guitarrista e com-positor integra o ciclo de espe-táculos agendados para o Cen-tro Cultural Municpal de Vila dasAves, no âmbito do Sonorida-des Emergentes. PÁGINA 15

‘Poesia Livre’homenageia DanielGonçalves e sai decena de comboio

Oito milhões pararesolver problemasnas freguesiasRequalificação da rede viária,pavimentação de ruas e constru-ção de equipamentos são apenasalgumas das obras e projetos quea Câmara Municipal de Santo

Tirso tem pensadas para as 14freguesias do concelho. O mon-tante global do investimentoprevisto ascende aos oito mi-lhões de euros. PÁGINA 8

Santo Tirso vaiter uma área deserviço paraautocaravanas

PSD de SantoTirso mantémAndreia Netona presidência

OBRAS NO CONCELHOFOTO: VERA MARMELO

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Não é muito usual um registo em CDter um valor comercial superior aodo vinil. É o que acontece neste caso.Quer o da Rhino Records como osdois da Fnac são difíceis de encon-trar. Na plataforma Discogs consegui-mos ver que um exemplar foi vendi-do por 75 euros em maio do anopassado. É muito dinheiro para um“pousa-copos”, como gostam de lhechamar alguns fanáticos das “bola-chas”. Mas há mais curiosidades: ape-sar da faixa extra “In the Library ofForce”, as edições em CD, de 1993,têm também onze temas, como o vi-nil original, de 1982. Isso explica-sepela incorporação da curta instru-mental “Mama’s Song” no final damúsica imediatamente anterior. Com-parando as contracapas, confirmamosque “Santies” passou (ou foi corrigida)para “Sanities”. É talvez a que melhortransmite a fase tortuosa que John Calevivia, como ele já admitiu em váriasocasiões. Sentimos a agonia num

caminho sinuoso e indigesto.“Music for a New Society” é consi-

derado, por muitos, uma obra-prima.Coincide com a valorização do queé trabalhar com o risco, num climade emoções fortes, nem sempre po-sitivas. Sem uma dose de génio tudoseria uma desgraça. Mas não é. Feliz-mente há serenidade em “Taking YourLife in Your Hands”, graciosidade em“Close Watch” ou caos organizadoem “Changes Made”. Sobressai nes-ta última a guitarra de Allan Lanierdos Blue Öyster Cult. “Chinese Envoy”é outra a merecer uma chamada deatenção, como se a guitarra acústicaconseguisse segurar a sanidade men-tal. Ou já serei eu a delirar…

Neste ano o ex-membro dos TheVelvet Underground desenterrou omachado de guerra. Voltou ao seudisco maldito, reciclando-o com“M:FANS”. Deu-lhe um novo contex-to, inserindo-o, de forma radical, naconjuntura atual. Para além disso, re-descobriu a perdida “Back To TheEnd” que viu finalmente a luz do dia.Terá sido uma tarefa penosa remexernum passado que lhe trazia másmemórias. Assim, exorcizou o próprioespírito. Espero bem que sim. ||||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

Graciosidadenum processotortuoso

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta segunda saída defevereiro foi o nosso estimado assinante Maria Arminda Machado,

residente na rua de Lubazim, n.º 78, em Vila das Aves.

Dentro de portas -“Music for a New Society”

Music for a New Socie-ty, de Jonh Cale, éconsiderado, pormuitos, uma obra-prima. Coincide coma valorização do queé trabalhar com orisco, num clima deemoções fortes, nemsempre positivas”.

A PARTIR DO CONTO DE VIRGINIA WOOLF, COMPANHIACIRCOLANDO, DO PORTO, APRESENTA ESTE SÁBADO DEMANHÃ “VIÚVA PAPAGAIO” NA BIBLIOTECA MUNICIPAL.À TARDE, HÁ HISTÓRIAS CONTADAS POR CLARA HADDAD

“Viúva Papagaio” eoutras histórias naBiblioteca Municipal

SANTO TIRSO Duas propostas, para miúdos e graú-dos, para assistir, este sábado, dia19 de março, no auditório da Bibli-oteca Municipal de Santo Tirso. Aprimeira, chega pela mão da Circo-lando que leva à cena uma adapta-ção para contexto teatral de um contode Virginia Woolf. Mais tarde, a nar-radora Clara Haddad conta-nos his-tórias cheias de humor, aventura,amor e mistério.

“Viúva Papagaio” é a peça que aCircolando traz à Biblioteca Munici-pal; uma criação de Alberto Carvalhale Graça Ochoa a partir do contoinfantil “A Viúva e o Papagaio” de Vir-ginia Woolf e que conta a história deuma viúva que parte em busca deuma herança e de um papagaio quevive sem liberdade. Tudo parecia ummar de rosas, mas a viagem compli-ca-se… entre aventuras e atribula-ções, a Sr.ª Cage acaba por ‘bater nofundo’… Não fosse o amor dedica-do ao papagaio James e a históriateria um trágico desfecho! Com estaadaptação do conto de VirginiaWoolf - considerado como um hinode amor aos animais e atualmenterecomendado como leitura autóno-mo para o 5.º ano de escolaridadepelo Plano Nacional de Leitura –amplia-se as possibilidades de in-terpretação e fruição do mesmo, pro-movendo-se o gosto pela leitura epelas artes performativas.

“Viúva Papagaio” é apresentada às10h30, acolhendo o mesmo espa-ço, a partir das 15 horas, “Era Pois PoisUma Vez”; uma sessão de históriaspara jovens e adultos, na qual o públi-co será convidado a contactar como riquíssimo imaginário do povo por-tuguês e dos seus contos tradicionais.A narração fica por conta da atriz enarradora de origem brasileira, masradicada em Portugal, Clara Haddad.

Ambas as iniciativas tem entradalivre. Mais informação e/ou inscri-ções através do telefone 252 833428, ou através do seguinte ende-reço eletrónico: [email protected] |||||

FOTO

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SEXTA, DIA 18 SÁBADO, DIA 19Aguaceiros. Vento fraco.Max. 15º / min. 7º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx.17º / min. 8º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 16º / min. 5º

DOMINGO, DIA 20

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 03

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

Tlf: 252 871 309 Fax: 252 080 893 | [email protected]

CHAPEIRO | PINTURA | MECÂNICA GERAL

Rua Ponte da Pinguela, nº 224 | Vila das Aves

Termina já na próxima segunda-feiramais uma edição de ‘Poesia Livre’ epara este domingo, dia 20, está reser-vado um dos grandes momentos doprograma, a homenagem ao escritore poeta Daniel Gonçalves.

Com mais de 16 livros publica-dos, o autor de “Ensaio sobre o com-primento do silêncio” e de “Pequeno

‘Poesia Livre’ homenageia oescritor Daniel Gonçalves esai de cena em viagem de comboioATÉ 21 DE MARÇO É POESIA QUE SE RESPIRA EM SANTO TIRSO. A “POESIA LIVRE” ARRANCOU A 11DE MARÇO E TERÁ VÁRIAS INICIATIVAS LIGADAS AO BINÓMIO “MEMÓRIA E MEMÓRIAS”

Livro de Elegias”, distinguido em 2014com o Prémio Literário Manuel Ma-ria Barbosa du Bocage, regressa a San-to Tirso (com quem mantém uma re-lação quase umbilical) para esta ses-são de homenagem, que terá lugarno átrio da Câmara Municipal às21h30. Uma homenagem que se irárevestir de recital poético e que con-

tará com um momento performativoda autoria de Rúben Marks.

A “Poesia Livre” arrancou no pas-sado dia 11 e entre poemas ditos,apresentações de livros e recitais jámuito se deu a ver um pouco por to-do o concelho, desde a apresentação,em Vila das Aves, do livro “Todos osCavalos e Mais Sete” de Nuno Higino

com ilustrações de Álvaro Siza, à ho-menagem a Augusto Guerra poeta edeclamador tirsense cuja longevidadenão o impede de “manter vivo o amoràs artes, sobretudo a poesia que in-terpreta (diz) como ninguém”, passan-do pelo encontro com Arnaldo Trin-dade, figura mítica da editora disco-gráfica Orfeu que nos anos de 1950revolucionou o mercado discográficoportuguês, integrando no seu catá-logo nomes como Miguel Torga,Eugénio de Andrade, Adriano Cor-reia de Oliveira, Zeca Afonso, Faustoe Sérgio Godinho.

Mas agora que se aproxima dofim, importa sublinhar o que se se-gue. Para além da homenagem a Da-niel Gonçalves, esta sexta-feira, dia18, às 21h30, Manuel Andrade apre-senta o seu novo romance, intitulado“Elogio dos Amantes Derradeiros”. Ainiciativa terá lugar na Fábrica de San-to Thyrso e conta com a presença dojornalista Sérgio Almeida. No sába-do, às 21 horas, a Biblioteca Munici-pal de Santo Tirso acolhe o espetáculo“Búzio de Cós” que se traduz numahomenagem à poesia de Sophia deMello Breyner com António Sousa,Ivo Machado e Rui Mesquita.

Para segunda-feira, a poesia sai decena em transporte público: faz-seentre Santo Tirso e o Porto e segueviagem de comboio com destino àestação de S. Bento e regresso asse-gurado à cidade. A viagem com poe-sia dentro, parte da estação de SantoTirso às 12h20.

A iniciativa é da Câmara de SantoTirso mas faz-se em colaboração comas associações locais, os estabeleci-mentos de ensino e as juntas de fregue-sia. Na apresentação do programa opresidente da Câmara, Joaquim Couto,lembrou que o objetivo desta grandeiniciativa é levar a poesia “para o quo-tidiano das pessoas”, considerando,por isso, “fundamental envolver a comu-nidade nas diferentes ações, não ape-nas como espetadora, mas tambémcomo participante ou interprete”. ||||||

SANTO TIRSO

NA IMAGEM, DANIELGONÇALVES, QUESERÁ HOMENAGEA-DO ESTE DOMINGO

Vinho que nasce em Maio, é para o gaio;se nasce em Abril, vai ao funil;se nasce em Março, fica no regaço.

04 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

DESTAQUE

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Realizou-se no passado dia 9 de mar-ço uma Assembleia Geral Extraordi-nária da Associação do Infantário deVila das Aves (AIVA) que tinha comoponto único a extinção da associa-ção, decisão que acabou por não serassumida, procurando-se, entretanto,uma solução de continuidade. Os pro-blemas de tesouraria e a falta de umalista que quisesse assumir a direçãohá muito eram conhecidos mas a si-tuação terá sido agravada nos últi-mos meses e o passivo da associaçãoronda, agora, os 160 mil euros. Emfevereiro de 2015, a deputada tirsen-se, Andreia Neto, chegou inclusiva-mente a visitar a instituição e a anun-ciar que, tendo em conta os constran-gimentos existentes - de foi tendo co-nhecimento através de todos os ele-

ASSOCIAÇÃO DO INFANTÁRIO DE VILA DAS AVES

Uma nova esperançapara superar a crisediretiva e atacara crise financeiraJÁ ESTEVE COM AS PORTAS QUASE FECHADAS E COM INSOLVÊNCIA ANUNCIADAMAS PODERÁ TER ENCONTRADO, AGORA, UM NOVO FÔLEGO. A ASSOCIAÇÃO DOINFANTÁRIO DE VILA DAS AVES ATRAVESSA UMA GRAVE CRISE DIRETIVA EFINANCEIRA MAS A POSSIBILIDADE DO APARECIMENTO DE UMA LISTA PARAASSEGURAR OS DESTINOS DA ASSOCIAÇÃO PODE EVITAR O ENCERRAMENTO

mentos da direção e depois denun-ciados junto da tutela - o Ministérioda Solidariedade e Segurança Social“mostrou-se disponível para ajudare foi deferida uma verba para ajudara AIVA”. Foram 55 mil euros, “verbaque chegou e está gasta”, sublinha apresidente da Junta de Vila das Aves,Elisabete Roque Faria.

A Junta de Freguesia é, como sesabe, dona do edifício onde está ins-talada a associação e, por isso mes-mo, explica a Marlene Gouveia, pre-sidente da direção da AIVA, “o edifí-cio sendo da junta, automaticamen-te tem que haver um membro da dire-ção proposto pela Junta e o Presi-dente do Conselho Fiscal também ésempre um membro da Junta“. Elisa-bete Roque Faria garante que “desdeque a direção entrou” sempre foram“alertando para a gravidade da situ-ação, caso não se fizesse nada”. “Tan-to é nossa preocupação que conse-guimos, na altura, com a ajuda dasenhora deputada, assegurar umaverba de 55 mil euros, que não énada fácil, como devem imaginar, nosdias de hoje”, sublinha, referindo queo que foi pedido à direção foi que“canalizassem aquela verba não sópara pagar salários que já tinham ematraso mas tentassem que essa verbafosse uma forma de ganhar força paragerir aquilo de forma diferente”. Tam-bém Marlene Gouveia confirma quea ajuda de 55 mil euros chegou. “A

deputada Andreia Neto tem-nos aju-dado bastante, assim como a Junta,sempre que precisamos de algumacoisa da Segurança Social, ela abre-nos as portas”, refere. Elisabete Ro-que Faria assegura que estava convic-ta de que “aqueles 55 mil euros tives-sem resolvido parte do problema”,quando apenas o adiaram. “Se a verbanão tivesse entrado provavelmenteesta situação em que estamos agorajá tinha acontecido há mais tempo”.

Em fevereiro de 2015, a direçãomostrava-se empenhada em alargaras suas valências, nomeadamente cri-ando o apoio domiciliário, o que nãoveio a acontecer. “Nós não conse-guimos avançar com o apoio domici-liário porque nos nossos estatutossó tínhamos creche, pré-escolar e ATL,não tínhamos a valência de apoiodomiciliário”, explica a presidente dadireção. “Só com a alteração que fi-zemos aos estatutos, que ainda nãoestá em vigor, é que conseguimoscolocar essa valência porque até en-tão o infantário só poderia mesmofuncionar com berçário, creche, pré-escolar e ATL”.

FALTA DE CRIANÇAS NA ORIGEMDE PROBLEMAS FINANCEIROSA explicação para os problemas detesouraria da AIVA está, garante Mar-lene Gouveia, diretamente ligada àfalta de crianças. “Foi-se agravandoporque houve descida do número demeninos”. A saída de alguns foi, en-tretanto, colmatada com a entrada demais, mas o problema, assegura, é que“saíram meninos que pagavam cercade 100 euros e, neste momento, te-mos meninos a pagar 40 ou 50”.Mas não é só, “os cortes da Segu-rança Social também foram agravan-

Há pessoas que nãose estão a mexer damelhor maneira, nãoestão a dar o con-tributo positivo pelacausa, esses que este-jam quietinhos queestão muito bem, masquem gostar realmen-te e acreditar quepode dar algum con-tributo positivo queapareça, é bem-vindoe nós precisamos”

A situação de insol-vência é, agora, “con-tornável”, “porque hápessoas interessadasem dar rumo e anda-mento à associação”.

Os problemas de tesou-raria da Associação doInfantário de Viladas Aves foram-seagravando porquehouve descida do nú-mero de meninos” e‘cortes’ das verbasda Segurança Social”

ELISABETE ROQUE FARIA, PRESIDENTEDA JUNTA DE VILA DAS AVES

MARLENE GOUVEIA, PRESIDENTEDA DIREÇÃO DA AIVA

JOÃO CARNEIRO, PRESIDENTE DA MESADA ASSEMBLEIA GERAL DA AIVA

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 05

do a situação”. “Agora estão numasituação um bocado debilitada por-que devem algum dinheiro às funci-onárias, há uma dívida à SegurançaSocial que está a ser paga todos osmeses e estamos numa situação críti-ca porque as empregadas não aguen-tam, e já muito aguentaram elas, tan-tos meses sem salário”, refere Elisa-bete Roque Faria.

Mas há um ponto que a presiden-te da Junta deixa claro: “o único ór-gão que é responsável pela gestãodo infantário é a direção, a direção éque decide quanto paga, como paga,a quem paga, de quem recebe, comorecebe, que alterações é que vai fazerno infantário, a direção é que é res-ponsável por toda a gestão da asso-ciação”. A presidente defende que asnegociações já deveriam ter arranca-do “há muito tempo”, mas assegura:“eu também não sabia que era tãograve, não sabia que neste momentoeles têm os salários em atraso e nãotêm dinheiro na conta”. João Carnei-ro é Presidente da Mesa da Assem-bleia Geral da AIVA e esclarece que“a Assembleia não gere o infantário”.“Eu expliquei várias vezes em assem-bleia geral o papel da Mesa da As-sembleia; neste caso os estatutos pre-veem que quando a direção acheconveniente consultar a Assembleiaou o Conselho Fiscal os chame, nósnunca fomos chamados, nunca fo-mos questionados para qualquer as-sunto”, adianta.

Desde dezembro que está a bra-ços com a marcação de assembleiaspara eleições. “Desde que em dezem-bro se começou a aproximar a datado agendamento da assembleia paraeleições e começaram a não aparecerlistas, eu comecei a tentar perceber o

que poderia acontecer a partir dai”,explica. “Marquei a assembleia dedezembro, mesmo sem aparecer umalista, e tive que perguntar aos sóciospresentes se constituíam uma lista ounão, isso não veio a acontecer”. JoãoCarneiro explica que os órgãos soci-ais manter-se-iam em funções até ha-ver eleições e alertou para o facto de“no final de duas ou três repetiçõesde assembleias para eleições, nãohavendo listas, seriam quebradosacordos com a Segurança Social e ofim da IPSS”. Em janeiro, foi feita umanova assembleia e a situação perma-neceu, “não houve listas”. “Não ía-mos comportar sempre esta situaçãoe decidi agendar uma reunião extra-ordinária para consultar os sócios,se seria o final da associação ou não”.

Elisabete Roque Faria lembra quea Junta de Freguesia não tem, legal-mente, “nenhuma obrigação de arran-jar uma solução” para a associação masgarante que, nos últimos dias, se temdesdobrado em contactos para evitaro encerramento, até porque “é a úni-ca creche que a freguesia tem, e sefor perdida, será muito difícil recupe-rar”. “A partir do dia em que foi levan-tado este problema eu tenho traba-lhado com a direção todos os dias, atoda a hora”, garante, sublinhandoque, ao contrário do que veio a pú-blico, a Junta de Freguesia esteve re-presentada na assembleia de dia 9pela pessoa nomeada para a direção.

João Carneiro acredita que “as di-ficuldades económicas foram um dospontos importantes para que nãohouvesse listas”, mas a verdade é que,se no dia 9 o encerramento da asso-ciação parecia inevitável, a situaçãoalterou-se no dia seguinte. “Em con-versa com um senhor sobre trans-

portes, ele mostrou-se bastante inte-ressado em ajudar-nos”, refere Marle-ne Gouveia. “Ele, juntamente com maistrês sócios, são empresários, são eco-nomistas e estão interessados emavançar”, continua, sem revelar nomes.“Tiveram uma reunião com as colabo-radoras, já lhes explicaram toda a situ-ação e, sim, tem tudo para dar certo”.

“Estamos em vias de ter listascandidatas a uma direção”, sublinhatambém o presidente da Assembleia,”cumprindo os estatutos, em 15 dias,haverá uma assembleia para estipu-lar um período para apresentação delistas e, depois, uma assembleia deeleições. As listas que apareceremdeverão assumir os cargos sociais: oconselho fiscal, a mesa da assembleiae a direção.” Com a insolvência maislonge de se tornar realidade, Marle-ne Gouveia acredita que “as coisasvão mesmo resultar”. “São pessoas quesabem o que estão a fazer, são pro-fissionais, há um economista, apre-sentamos-lhe as nossas contas e,mesmo assim, ele viu viabilidade noprojeto, por isso acho que tem tudopara dar certo, tem tudo para darcerto”. João Carneiro acredita que asituação de insolvência é, agora,“contornável”, “porque há pessoasinteressadas em dar rumo e anda-mento à associação”. Já Elisabete Ro-que Faria espera que o infantário voltea ser uma referência na região, por-que, sublinha, “há um mercado imen-so nas freguesias vizinhas”. A presi-dente da Junta de Vila das Aves dei-xa mesmo um apelo “ao coração dosavenses”: “apareçam e deem soluções,às vezes mais do que dinheiro é pre-ciso ter ideias para arranjarmos algu-mas soluções”. “Sei que há pessoasque não se estão a mexer da melhormaneira, não estão a dar o contributopositivo pela causa, esses que este-jam quietinhos que estão muito bem,mas quem gostar realmente e acredi-tar que pode dar algum contributopositivo que apareça, é bem-vindo enós precisamos”, conclui. |||||

160mil euros, valor do atualpassivo da Associaçãodo Infantário de Vila das Aves

OPINIAO~06 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

Desde a publicação do “Manifesto emdefesa da despenalização da morteassistida”, o país tem assistido à prolife-ração de notícias, reportagens e deba-tes sobre o tema, o que evidencia asua relevância e acutilância. De facto,impõe-se uma reflexão sobre este ma-nifesto, sobre os eufemismos (substi-tuição de termos ou expressões de co-notação negativa por outros mais sua-ves e agradáveis) nele plasmados, e so-bre as questões que deixa em aberto.

O Manifesto defende o direito àdespenalização da “morte assistida” eao “morrer com dignidade”. Eis osseus dois eufemismos centrais: o usode expressões como “morte assisti-da” e “morrer com dignidade” (de co-notação positiva) para referir-se a prá-ticas como a eutanásia e o suicídioassistido (de conotação negativa).Qualquer reflexão crítica, rigorosa eética sobre estes temas exige a clarifi-cação destes conceitos, sob pena deconfundir a sociedade a quem se pre-tende beneficiar.

Uma leitura atenta deste documen-to permite ver que, realmente, o quese pretende é a legalização de práti-cas como a eutanásia (morte infligidapelo profissional de saúde, a pedido

Direito a morrer com dignidade e morteassistida: a propósito dummanifesto cheio de eufemismos

repetido da pessoa doente) e o sui-cídio assistido (morte infligida pelopróprio doente, mediante ajuda doprofissional de saúde). Em ambos oscasos, embora mude o agente, o atoé o mesmo: antecipar a morte a pedi-do reiterado de alguém afetado pordoença causadora de intenso sofri-mento e, como tal, em situação devulnerabilidade acrescida.

O conceito de “morrer com digni-dade” é comummente definido comoo processo de morrer com a dor eoutros sintomas controlados, partici-par nas decisões de tratamento ecuidados, e obter satisfação espiritu-al. Este processo é entendido numaperspetiva global, de integridade exis-tencial, que inclui os entes queridoscomo beneficiários de cuidados. Nofundo, “morrer com dignidade” ou teruma “morte digna” equivalem a terum processo de morrer que permitaviver, com a maior plenitude possível,até ao fim. Por sua vez, a “morte assis-tida” invoca o direito que todos te-mos a ser cuidados e, como tal, “assis-tidos” e acompanhados, no processoe tempo de morrer e no sofrimentoque lhe pode estar associado.

Em Portugal, o direito aos cuidadospaliativos e à manifestação antecipa-da de vontade em matéria de cuida-dos de saúde (as designadas Direti-vas Antecipadas de Vontade - DAV,vulgo Testamento Vital) estão consa-grados por Lei (Lei nº 52/2012 de 5de setembro e Lei nº 5/2012 de 16de julho, respetivamente). Não obstan-te, dados recentemente publicados por

diversas entidades (e.g., Observató-rio Português dos Sistemas de Saúde,Observatório Português dos Cuida-dos Paliativos), denunciam que a mai-oria dos cidadãos portugueses nãotem acesso a cuidados paliativos e queo conhecimento e uso efetivo dasDAV é escasso. Acresce ainda que alarga maioria dos planos de estudodos cursos conducentes ao exercí-cio de profissões na área da saúdenão tem qualquer unidade curriculardedicada aos cuidados paliativos.

Os cuidados paliativos são cui-dados ativos e globais, prestados apessoas em intenso sofrimento, de-corrente de doença incurável ou gra-ve, em fase avançada e progressiva,assim como às suas famílias. O prin-cipal objetivo é promover o bem-es-tar e qualidade de vida, através daprevenção e alívio do sofrimento físi-co, psicológico, social e espiritual, combase na identificação precoce e trata-mento rigoroso da dor e outros pro-blemas físicos, psicossociais e espiri-tuais. Note-se que, de acordo comos princípios e pressupostos da Or-ganização Mundial da Saúde, os cui-dados paliativos consideram que amorte não deve ser antecipada ouretardada. Como tal, os cuidados pa-liativos rejeitam quaisquer práticas deeutanásia, suicídio assistido e obsti-nação terapêutica. Neste sentido, econtrariamente ao texto do manifes-to, os cuidados paliativos entram, defacto, em conflito com a “morte assis-tida” nele advogada.

Importa ainda referir que são as

entidades e associações internacio-nais e nacionais neste domínio (e.g.,o Conselho Europeu, a European As-sociation for Palliative Care, a Asso-ciação Portuguesa de Cuidados Pali-ativos) e os profissionais que exercemfunções em unidades de cuidadospaliativos, quer em Portugal quer noestrangeiro, quem rejeita a prática deeutanásia e suicídio assistido. A evi-dência científica produzida sobre oassunto demonstra que os pedidosde morte antecipada em cuidados pa-liativos são escassos e que, quandoexistentes, estão associados a perce-ções altamente subjetivas de tempo(o tempo vivido, o tempo presente, otempo que falta viver), a necessidadesde informação sobre o processo demorrer, e ao desejo de poder comuni-car e falar abertamente sobre o assun-to. Segundo estes documentos e tes-temunhos de profissionais e doentes,estes pedidos não são, todavia, sinóni-mo de que aqueles que os expressemqueiram, efetivamente, que o profissi-onal de saúde lhes antecipe o fim de

vida, causando a morte e cumprindo,desse modo, a sua vontade expressa.

Face ao exposto, estamos de acor-do com o Manifesto quando refereque “é imperioso acabar com o sofri-mento inútil e sem sentido”. Estamos,porém, em desacordo que a respostaseja “despenalizar e regularizar a mor-te assistida”, esta definida como aspráticas de eutanásia e suicídio assi-stido, já que estas não acabam como sofrimento mas sim com a vida.

Serão o “morrer com dignidade” ea “assistência na morte” de facto sinó-nimos de eutanásia e suicídio assisti-do? Fará sentido despenalizar estaspráticas quando a resposta em termosde cuidados e formação está aindamuito aquém do desejável? Fará sen-tido apressar a lei que despenalize aeutanásia e o suicídio assistido quan-do a lei que determina o direito a cui-dados paliativos está ainda muitoaquém de ser cumprida? Enquantocidadãos, é esta a resposta que dese-jamos que os profissionais de saúdedeem a quem solicita que a morte lheseja antecipada porque padece de so-frimento atroz? Queremos uma respos-ta que alivie, de facto, esse sofrimen-to e nos permita viver intensamenteaté ao fim, ou queremos uma respos-ta que termine com a vida? São estasas questões que se impõem. É esta, areflexão que, enquanto indivíduos, ci-dadãos e sociedade, necessitamos detecer. ||||| *Licenciada em Enfermagem eem Ciências da Educação, Mestre e Douto-ra em Bioética, Pós-doutoramento em In-vestigação em Cuidados Paliativos

Sandra Martins Pereira*

Serão o “morrercom dignidade” ea “assistência namorte” de factosinónimos deeutanásia esuicídio assistido?

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

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DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

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DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES (TE - 1172). CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO,

LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO

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COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

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RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 556 - 17 MARÇO 2016

CARTOON // VAMOS A VER...

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 07

My God!Que país de(bons) parolos!

Mas então o que é um país de parolos?

“(...) este desgraçado Portugaldecidira arranjar-se à moderna: massem originalidade, sem força, semcarácter para criar um feitio seu, umfeitio próprio, manda vir modelos doestrangeiro - modelos de ideias, de calças,de costumes, de leis, de arte, de cozinha...Somente, como lhe falta o sentimento daproporção, e ao mesmo tempo o domina aimpaciência de parecer muito moderno emuito civilizado - exagera o modelo,deforma-o, estraga-o até à caricatura...”Eça de Queirós, Os Maias,1888

Queremos ir inda além da Troika!Percebe-se…Vivemos num país de reduzidas di-

mensões mas não conseguimos cons-truir uma sociedade minimamenteequilibrada, estável como qualqueroutro pequeno país da Europa!...

Revemo-nos, admiramos, temoscomo ídolos, gente que não contri-bui em nada para a construção des-se equilíbrio, dessa estabilidade.

Batemo-nos por ideias e práticas quenão unem, não facilitam, não congre-gam esforços para a construção futu-ra de uma sociedade mais conscien-te, mais informada, aberta e solidária.

Seguimos gente cujo objetivo maioré a defesa de interesses particulares,de facções políticas ou grupos profis-sionais e que sente como legítima to-da uma panóplia de atitudes semqualquer ética.

Pior que tudo, achamos que issoé natural, que não podemos fazer na-da em contrário, colaboramos ativaou passivamente na destruição dequalquer união ou equilíbrio que ain-da reste nesta sociedade chamadade portuguesa…

Quisemos entrar na Europa dos

José Machado

Chamo-me Noémia Sofia Campos,tenho 24 anos e sou enfermeira.As razões de estar a dar o meu teste-munho neste ‘postal’ tendem a ser umpouco óbvias, dada a minha profis-são. Sou uma das milhares de enfer-meiras e enfermeiros, licenciados ejovens, que pretendia seguir um cur-so de vida habitual em termos profis-sionais. No entanto, após o términodo curso, não foi propriamente esseo caminho traçado, devido a todasas circunstâncias que, desafortuna-damente, são demasiado evidentes.

Todavia, o motivo pelo qual meconvidaram a escrever este texto, nãose prende com o enaltecer das con-tingências que me conduziram à emi-gração, mas sim com o contar dasminhas subsequentes vivências numpaís que muitos caracterizam comofrio, longínquo e de pessoas igual-mente frias, a Noruega - terra deVikings e do bacalhau.

Contudo, após um ano e novemeses, a visão sobre este país, dealguma forma desconhecido para

mim, tornou-se numa ótima experi-ência. Sinto-me acolhida numa so-ciedade a transbordar de civismo,num setor laboral (saúde) com bas-tante recetividade à vinda de novosprofissionais e num meio ao qualjá posso chamar de “segunda casa”.

No que diz respeito ao meu tra-balho em particular, não posso dei-xar de referir as excelentes condi-ções que tenho, nomeadamente emrelação a equipamentos de apoioque são disponibilizados para cadapaciente de modo a que aos profis-sionais não seja exigido demasiadodesgaste físico. Tais equipamentospossibilitam ainda que o pacientetenha maior independência nas ati-vidades diárias e/ou conforto possí-veis. Associado ao suporte laboral,em termos sociais e salariais encon-tram-se diversas vantagens, já quea Noruega apoia fortemente o de-sempregado, o doente e o casal grávi-do/pais. Também é importante refe-rir que não existe um salário míni-mo na Noruega, este é estipulado

em cada um dos setores de atividade.A Noruega é sobretudo conheci-

da pelas temperaturas frias e pela im-pressionante natureza, nomeadamen-te os Fiordes, as montanhas e falé-sias com características bastante pecu-liares. O que mais aprecio na rela-ção homem-natureza é ver o usufru-to da mesma, contudo de uma formaextremamente responsável, tanto pe-los adultos como pelos mais jovens.

A única crítica, muito subjetiva,que de facto posso fazer a este país éa gastronomia. Sim, porque, indubi-tavelmente, não há gastronomia me-lhor do que a nossa, a portuguesa.

Posso concluir dizendo que atéao momento esta não é de todouma experiência da qual me arre-pendo. Não se trata do nosso Por-tugal é certo, no entanto é o paísque me dá uma visão mais próspe-ra do futuro. ||||||

“ricos” e quisemos imitá-los e fizemo-lo naquilo que era supérfluo, passa-geiro, como o fazem os “novos-ricos”.Elegemos palavrosos, hipócritas, aven-tureiros sem escrúpulos que nos pro-meteram e enganaram repetidas ve-zes e nós habituámo-nos a isso. “O ga-jo rouba mas faz” tornou-se um alibicomum para aceitarmos as mais diver-sas traficâncias, negociatas, sacanices.

Acabámos por colaborar, cada uma seu modo e segundo a sua capaci-dade nesta enorme farsa que che-gou a convencer, de que os portu-gueses tinham encontrado um rumonovo, para um futuro esperançoso.

Porque a cultura geral continua nafase da lua nova e a educação noquarto minguante, não prevejo gran-des mudanças neste “país à beira marplantado”, num futuro a curto ou amédio prazo.

Curiosamente, para mim, a emi-gração de dentro para fora e de forapara dentro pode ser o fermento deuma nova e diferente sociedade…|||||

NOÉMIA CAMPOS EM PASSEIODE BARCO AO LYSEFJORD COMVISTA PARA PREIKESTOLEN(A 600 METROS DE ALTITUDE)

Um Postalda Noruega

“Porque a cultura geralcontinua na fase dalua nova e a educaçãono quarto minguante,não prevejo grandesmudanças neste ‘país àbeira mar plantado’,num futuro a curto oua médio prazo”.

08 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

ATUALIDADE

Oito milhões para resolverproblemas nas freguesias

“Apesar de termos assumido comouma das prioridades das políticas mu-nicipais a Coesão Social, lançandoum pacote de medidas de apoio às

REQUALIFICAÇÃO DA REDE VIÁRIA, PAVIMENTAÇÃO DE RUAS E CONSTRUÇÃO DEEQUIPAMENTOS SÃO APENAS ALGUMAS DAS OBRAS E PROJETOS QUE A CÂMARAMUNICIPAL DE SANTO TIRSO TEM PENSADAS PARA AS 14 FREGUESIAS DOCONCELHO, NUM INVESTIMENTO QUE ASCENDE AOS OITO MILHÕES DE EUROS

CONCELHO

famílias e às empresas, temos estadoatentos às necessidades e anseios dasfreguesias”, refere o presidente da Câ-mara de Santo Tirso, Joaquim Couto,sublinhando que há já um conjuntode projetos e obras no terreno, al-guns dos quais reivindicados há anospelos presidentes de Junta.

Previstas para breve, estão o arran-que da requalificação da Rua SilvaAraújo, na freguesia de Vila das Aves,orçada em 740 mil euros, o iníciodas obras de requalificação da Pracetado Alto da Feira e a requalificaçãoda Praça Camilo Castelo Branco, comum custo estimado de um milhão deeuros. Na freguesia de Vila Nova doCampo decorrem atualmente as obrasda primeira fase de requalificação da

Avenida Manuel Dias Machado, queavançarão para a segunda fase.

Na União de Freguesias de Arei-as, Sequeirô, Lama e Palmeira vão avan-çar dois projetos: a requalificação doacesso e adro da igreja da Palmeira ea requalificação do campo municipalde futebol de Areias. Já na União deFreguesias de Carreira e Refojos es-tão previstos trabalhos de drenageme pavimentação das ruas dos Frinjose rua das Mourenças. Já em ÁguaLonga, decorre a requalificação da ruade Marnotes e na União de Fregue-sias de Lamelas e Guimarei está adesenvolver-se o estudo para a benefi-ciação da rua de Forjães - EM 558-2.

Em Rebordões, têm sido levadas acabo um conjunto de requalificaçõesde vias, como é o quase da rua 10de Junho, inaugurada na semanapassada, estando agora prevista umaintervenção na rua Manuel Lagoa.

A primeira fase da requalificaçãoda EM 513 irá arrancar, em Vilarinho,num investimento que ronda os 600mil euros. A intervenção irá iniciar-se na Via Intermunicipal (Vizela) atéao Bairro da Baiona, criando condi-ções para circulação dos veículos pe-sados que atravessam esta via muni-cipal. Em Roriz, está em cima da mesaa construção de um parque de lazerque sirva a freguesia e na Reguengaestá concluído o projeto de requali-ficação da Estrada Municipal 558,que liga o concelho de Santo Tirso aPaços de Ferreira, num investimentode um milhão de euros. Em MonteCórdova, foi já consignada a obrade reconstrução de um muro de su-porte na rua de Vilar, orçada em 90mil euros. Ainda nesta freguesia, nãotardará o arranque da reparação dacobertura da Escola de Santa Luzia.

A construção da garagem deapoio ao edifício da sede da Juntade Freguesia da Agrela já tem proje-to concluído e aguarda apenas aabertura do concurso público para asua execução. Em curso, estão aindaos projetos de reformulação do en-troncamento da Estrada Nacional105 com a Estrada Municipal 209-2, na vizinha freguesia de S. Tomé deNegrelos.

Para além destes oito milhões, aautarquia tem ainda previsto um pla-no de obras nas redes públicas deágua e saneamento. |||||

JOAQUIM COUTO EM VILA NOVA DOCAMPO E, EM BAIXO, NA INAUGU-RAÇÃO DA RUA 10 DE JUNHO,EM REBORDÕES, COM ELSA MOTA

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 09

PCP e BEquestionamgoverno sobre faltade médicos

Santo Tirso vaiter uma área deserviço paraautocaravanas

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Com o objetivo de responder às neces-sidades dos autocaravanistas, a Câ-mara Municipal de Santo Tirso avan-çou com a criação de uma área deserviço. “O autocaravanismo é umsegmento do turismo em forte expan-são e uma atividade com cada vezmaior importância para o desenvol-vimento da economia local e para apromoção do turismo de território”,aludiu o presidente da autarquia, Joa-quim Couto, na última reunião doexecutivo municipal onde foi apro-vado por unanimidade protocolo decolaboração entre o Município deSanto Tirso e a Sociedade AuchanPortugal Hipermercados, proprietáriado terreno onde ficará localizado oequipamento.

A medida surge na sequência deuma proposta do PSD/PPM que, nareunião de Câmara de 18 de marçode 2014, propôs “a criação de umaárea de serviço e de pernoita paraautocaravanas”. Alírio Canceles, ve-reador eleito pela coligação, dizia en-tão que o objetivo seria “colocar SantoTirso no roteiro do autocaravanismoportuguês e europeu” e que poderia“contribuir para o desenvolvimentoeconómico, social e cultural, nomea-damente em concelhos com baixadensidade turística”, como é o casode Santo Tirso. “Os autocaravanistassão consumidores locais com poderde compra superior à média que, alémde adquirirem consumíveis, frequen-tam restaurantes, bares, procurando,nos locais por onde passam, inteirar-se das tradições gastronómicas, mu-

seus, galerias, espetáculos cénicos”,sublinhava.

O presidente da Câmara, JoaquimCouto, acredita que “a área de servi-ço para autocaravanas vem dar res-posta a uma cada vez maior procurado território de Santo Tirso por partedos autocaravanistas e contribuir pa-ra a promoção do concelho no pla-no interno e externo”.

Nesta área de estacionamento deautocaravanas será criada uma plata-forma, dotada das infraestruturas ne-cessárias aos despejos dos lava-loiças,duche e WC químico, lavagens dosequipamentos e abastecimento de águapotável. Será ainda efetuada a bene-ficiação do espaço envolvente, de for-ma a uma melhor integração da áreade serviço, e colocado o mobiliárionecessário, de forma a criar as melho-res condições de utilização.

Atualmente, decorrem os trabalhosde demolição e execução das infraes-truturas de abastecimento de água esaneamento e as obras deverão es-tar concluídas já este mês.

Concluídas as obras, “Santo Tirsopassa a ter as condições necessáriaspara a circulação, estacionamento ouparagem das autocaravanas, o queo coloca como um Município amigodos autocaravanistas em Portugal”, de-fende o presidente. Com esta medi-da, Santo Tirso será um dos primei-ros municípios portugueses a aderirao “Welcome Friendly Place”, umamarca registada, destinada aos autoca-ravanistas nacionais e estrangeiros. |||||

O PROJETO, DA RESPONSABILIDADE DA AUTARQUIA, JÁESTÁ EM MARCHA. O EQUIPAMENTO FICARÁ LOCALIZADONO PARQUE DE ESTACIONAMENTO DO PÃO DE AÇÚCAR,E SERVIRÁ DE APOIO AO TURISMO ITINERANTE,COM VISTA AO DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA LOCAL

SANTO TIRSO

Depois de terem vindo a público al-gumas notícias sobre a morte de umhomem por alegada falta de médi-cos na recém-inaugurada Extensãode Saúde de S. Martinho do Campo,o assunto chegou à Assembleia daRepública pela mão do Bloco de Es-querda e do Partido Comunista Por-tuguês. Este último solicitou algunsesclarecimentos ao governo, nomea-damente se este teve conhecimentoda ‘situação’ que ocorreu na unida-de de saúde, se “confirma que está aser levado a cabo um inquérito pelaAdministração Regional de Saúde doNorte Norte”, “de que forma preten-de o governo intervir no apuramentodos factos que conduziram a esta si-tuação e que medidas vai tomar paraevitar que situações semelhantes su-cedam novamente” e se entende que“o número de médicos de MedicinaGeral e Familiar existentes nesta uni-dade de saúde responde às necessi-dades dos utentes”.

Preocupados com a situação es-tão também os deputados do Blocode Esquerda. José Soeiro e MoisésFerreira assinam um requerimento em

S. MARTINHO DO CAMPO

DEPUTADOS QUEREM SABER SE O GOVERNO TOMOUCONHECIMENTO DA SITUAÇÃO E QUAIS OSPROCEDIMENTOS QUE IRÁ LEVAR A CABO PARA APURARRESPONSABILIDADES.

que solicitam ao governo o envio da“cópia do inquérito elaborado pelaAdministração Regional de Saúde doNorte sobre a falta de médico na Ex-tensão de Saúde de S. Martinho doCampo”. Paralelamente os deputadosquiseram ainda ver respondidas al-gumas questões também referidaspelo PCP, como o facto de o governoter tomado conhecimento da situa-ção ou se a ARS irá “abrir um inqué-rito para aferir porque motivo não ha-via médico na Extensão de Saúde”,no dia 22 de fevereiro de 2016. |||||

CONCLUÍDAS AS OBRAS, “SANTOTIRSO PASSA A TER AS CONDI-ÇÕES NECESSÁRIAS PARA A CIR-CULAÇÃO, ESTACIONAMENTO OUPARAGEM DAS AUTOCARAVANAS”,DIZ JOAQUIM COUTO

“O autocaravanismo é um segmento do turismo em forte expansão euma atividade com cada vez maior importância para o desenvolvi-mento da economia local e para a promoção do turismo de território”JOAQUIM COUTO

10 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

ATUALIDADE

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PSD de Santo Tirsomantém AndreiaNeto na presidência

Pizarro conquistaFederaçãoDistrital do Porto

|||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Foi a votos a 5 de março e, sem qual-quer lista concorrente, venceu. As 91secções de voto do Partido Socialista dodistrito do Porto foram chamadas a deci-dir se queriam Manuel Pizarro à frentedos seus destinos e a resposta não po-deria ter sido mais afirmativa. Pizarro con-quistou 4418 votos dos 7007 inscritosnos cadernos eleitorais e tornou-se as-sim presidente daquela que considera ser“a maior Federação dos pais”. O PS deSanto Tirso já fez saber que, no concelho,o partido se manifestou de forma clara eexpressiva, dado que, “dos 485 inscritos

ANTES DA ELEIÇÃO, O CANDIDATO PASSOU POR SANTOTIRSO ONDE DEIXOU CLARA A SUA VONTADE DE“MOBILIZAR O NORTE” E “MODERNIZAR” O PARTIDO

POLÍTICA

nos cadernos eleitorais das secções doPS/Santo Tirso e de Vila das Aves, 61 porcento dos militantes com quotas em diaforam votar no passado dia 5”. Mas nãofoi só por isso que Santo Tirso se desta-cou. É que o concelho foi, nada mais, nadamenos, o que mais militantes teve a vo-tar. “O PS/Santo Tirso demonstrou tam-bém uma grande vitalidade e capacidadede mobilização, uma vez que foi a quintaconcelhia mais participativa no ato eleito-ral que deu a vitória a Pizarro, à frente deVila Nova de Gaia e apenas atrás de Por-to, Matosinhos, Gondomar e Penafiel”, su-blinha o partido. A secção de Santo Tirsogarante que “à semelhança do que sem-pre fez, estará ao lado do presidente da Fe-deração do Porto do PS empenhado emcontribuir para afirmar o partido a nível na-cional, regional e concelhio e contribuir pa-ra a estabilidade política que se exige faceaos desafios eleitorais que se aproximam”.

Ainda antes das eleições, a dia 1, Pi-zarro esteve em Santo Tirso para apresen-tar a sua candidatura. Pizarro encheu aBiblioteca de militantes e simpatizantes ecaptou a atenção de todos enquanto tra-çava as linhas gerais da sua candidatura.Quer “afirmar o PS, mobilizar o norte”,defende a necessidade de “modernizar”o partido e de “transmitir melhor a infor-mação”, já que considera que “uma boaparte da atividade do partido não temimpacto no exterior”. A aposta junto dosjovens é outro dos objetivos do candi-dato à Federação, que acredita não ha-ver “nenhuma razão ideológica para oPS não ser o partido dos jovens”. Manu-el Pizarro sublinhou ainda a importânciada união no partido e a vontade de “o PSganhar o maior número de Câmaras Mu-nicipais no distrito do Porto”, em 2017.

O presidente da Comissão Politica deSanto Tirso do PS, Joaquim Couto, garan-te que ao apoiar, desde o início, a candida-tura de Manuel Pizarro à Federação doPorto do PS, está apenas “a ser fiel” à sua“consciência”, já que, em 2013, quandose abriu um novo ciclo político em SantoTirso, também fez um apelo “no sentidoda coesão do partido, do diálogo social edas políticas centradas nas pessoas”. |||||

NA IMAGEM, MANUELPIZARRO LADEADO PORJOAQUIM COUTO EPELOS ANTIGOSPRESIDENTES DECÂMARA DE SANTOTIRSO, CASTROFERNANDES E ASUIL DINIS

Os militantes do PSD decidiram, nopassado dia 5, voltar a entregar aAndreia Neto a liderança da Co-missão Politica Concelhia de SantoTirso. A deputada tirsense concor-reu sem qualquer oposição e viureforçado o voto de confiança quelhe tinha sido dado pelos militan-tes dois anos antes.

E se Andreia Neto se mantémcomo presidente, a novidade é, des-de logo, que João Abreu surge co-mo um dos vice-presidentes da Con-celhia, juntamente com Pedro HugoAlmeida. Rui Batista ocupa o lugarde secretário e Paulo Leal mantém o

papel de tesoureiro. Depois de con-correr em lista única, GonçalvesAfonso volta a assumir a presidên-cia da Mesa da Assembleia e comobraço direito, na vice-presidência,tem o antigo presidente da Juntade Santo Tirso, José Pedro Miranda.

Sara Lima deixa a posição de se-cretária da Comissão Política, que ocu-pou no último mandato, para o lu-gar de secretária da Assembleia. Avotos foram também os delegadosao 36º Congresso Nacional. Ma-nuel Mirra encabeçou a lista e a elejuntam-se os nomes de Rui Batista,Paulo Leal e José Pedro Miranda. |||||

ELEIÇÕES NO PSD LOCAL MARCADAS PELO REGRESSODE JOÃO ABREU E DE JOSÉ PEDRO MIRANDA

POLÍTICA

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 11

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DECORAÇÕES

No final de fevereiro a deputada tir-sense Andreia Neto questionou a Mi-nistra da Justiça, em sede de audiçãoparlamentar, sobre a instalação dasecção especializada de comércio, afuncionar desde 1 de setembro de2014 no Palácio da Justiça local, nasinstalações do antigo serviço de fi-nanças de Santo Tirso.

A deputada, que tem acompanha-do este assunto desde a fase de dis-cussão da reforma do mapa judiciá-rio, alega que ficou, desde o primei-ro momento, diagnosticado que ovolume de papel que estava envolvi-do na competência do comércio de-nunciava que a solução passava porobras a realizar no Palácio da Justiçaatendendo à dimensão necessária.

Em comunicado, o PSD de SantoTirso salienta que, se procurou “umasolução alternativa e se encontrouum edifício do Estado, onde funcio-nava o serviço de Finanças” e que,no mesmo dia, “ficou decidido portodos os presentes e envolvidos quese começaria o processo de alocaçãodas instalações ao Ministério da Jus-tiça e a necessária adaptação à insta-lação da secção de comércio”. “Naaltura”, continua o comunicado, “a in-tervenção a ser efetuada foi, por to-dos, referida de pequena monta, umavez que a mesma passa por aprovei-tar um ativo do Estado. Foi ainda dadaa indicação de que o processo fica-ria concluído em setembro de 2016”.

Para além disso, as Grandes Op-ções do Plano para 2016 também re-ferem o compromisso do governo emproceder à “correção dos erros e intro-dução de aperfeiçoamentos na recen-te reforma da organização judiciária”.

“Sabemos que a Sra. Ministra já sereuniu com autarcas, já recebeu con-tributos da Associação Sindical de Juí-zes e, conforme nos transmitiu emanterior audição, tem desenvolvido

diálogo com os conselhos superio-res das magistraturas, com os órgãosde gestão das comarcas e com osorganismos representativos das clas-ses profissionais. Volvidos três mesesdesde o início de funções, e uma vezque atribuiu prioridade a este dossiê,já é tempo de fazer um balanço sobreo ponto de situação desta matéria. Per-gunta-se, assim, se pretende concluireste processo para que a especialida-de de comércio no Tribunal de San-to Tirso fique instalada neste edifíciodo Estado”, questionou a deputada.

... E AINDA O HOSPITALMais recentemente, a 2 de março, An-dreia Neto voltou a interpelar o go-verno, mas desta vez na pessoa doMinistro da Saúde. A deputada quissaber quais são, afinal, as “fundadasdúvidas sobre a efetiva defesa do in-teresse público que determinaram” adecisão de anular a tranferencia dagestão do hospital para a Misericór-dia, mas também “quais os custos di-retos e indiretos envolvidos nesta re-versão, nomeadamente recuperaçãodo imóvel, meios técnicos, indemni-zação à Misericórdia de Santo Tirsopelo investimento realizado?”. “Se-nhor Ministro, face a esta vossa de-terminação, posso assegurar à popu-lação de Santo Tirso - que me inter-pela todos os dias - que o conjuntode competências e valências garanti-das pelo protocolo anterior estão asse-guradas?”, questionou, querendo ain-da saber quando será conhecido oPlano de Investimentos para o hospi-tal local e para quando está previsto“considerar completamente operacio-nal o cumprimento das garantias pre-vistas no protocolo com a Santa Casada Misericórdia”. “Sr. Ministro, sem meiapalavras”, continuou, “posso assegurarà população que o serviço de urgên-cias não vai fechar? Mesmo?” |||||

Andreia Netoquestiona Ministrasobre o tribunal

POLÍTICA

“Santo Tirso exportou 540milhões de euros em 2014”

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

É maioritariamente exportadora, estárepresentada em todo o mundo,participa em todas as feiras e já ga-nhou, inclusivamente, vários prémios.A Macosmi é a única fábrica de cal-çado sediada no concelho de SantoTirso, emprega cerca de 180 pesso-as mas quer contratar mais 20. “Éuma firma irreverente e lutadora”,garante o sócio gerente, José Ma-chado, “somos inovadores, somos cri-ativos, temos uma equipa jovem den-tro da empresa”. Existe há cerca de20 anos e instalou-se em SantoTirso, mais precisamente em S. Mar-tinho do Campo, porque lhe disse-ram que “Santo Tirso era um conce-lho para investir, porque tinha o apoioda Câmara”. José Machado apos-tou na mudança. “Quando vim para

aqui tive todo o apoio da câmara paracomprar este edifício, para fazer asobras e para ir em frente. O que fezcom que eu viesse para ca foi a aber-tura por parte da camara para fazeros investimentos que fiz”, sublinha.

A Macosmi recebeu, no passa-do dia 8 de março, a presença dopresidente da Câmara, Joaquim Cou-to, que não escondeu a satisfaçãopor ter empresas como a Macosmino território tirsense. “É uma empre-sa moderna, espetacular, agradávelà vista”, referiu o presidente, subli-nhando: “vou daqui bem impressi-onado e dou os parabéns ao sr. Ma-chado por ter escolhido o nossomunicípio pelas razoes que ele dis-se, foi apoiado pela câmara munici-pal, continua a ser apoiado dentrodaquilo que é normal e também vouver onde é que nos podemos melho-

rar o acesso a esta zona industrial”.A Macosmi produz, por dia, uma

média de 1450 sapatos, mas temcapacidade para cerca de 2000. Oautarca acredita estar na presença“de um bom exemplo de recupera-ção industrial” e sublinha a vontadede continuar a manter a proximida-de com os empresários, “tentandocolher as suas dificuldades, quaissão as infraestruturas que os ser-vem, se é possível fazer melhoramen-tos, de que modo é que é possívelajudar”. Além disso, defende que ocontacto com os empresários per-mite perceber que no município háempresários “com capacidade eenergia para inovar e para expor-tar”. Joaquim Couto, lembrou aindaque Santo Tirso segue o caminhoinverso e “exportou 540 milhõesde euros em 2014”. |||||

PRESIDENTE DA CÂMARA CONTINUA VISITAS DE PROXIMIDADE A EMPRESAS DOCONCELHO E A 8 DE MARÇO FOI A VEZ DA MACOSMI, EM S. MARTINHO DO CAMPO

EMPRESA

12 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

ATUALIDADE

ASSEMBLEIA GERALORDINÁRIACONVOCATÓRIA

ASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIADOS BOMBEIROSVOLUNTÁRIOSDE VILA DAS AVES

Para dar cumprimento ao estipulado no artigo 47º dos Estatutos da Associação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Vila das Aves, convoco os Senhores Associados a reunirem-se em Assembleia GeralOrdinária, no próximo dia 24 de Março de 2016, com a seguinte ordem de trabalhos:

ORDEM DE TRABALHOS1 - Apresentação, discussão e votação das Contas gerência do Ano 2015,2 - Meia hora para tratar de assuntos de interesse da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Vila das Aves.

Assembleia Geral não pode deliberar em primeira Convocação sem a presença de, pelo menos, metadedos associados, podendo deliberar 30 minutos depois da hora inicial, com qualquer número de presenças,desde que não seja inferior a três associados efetivos.

Vila das Aves, 14 de Março de 2016O presidente da Assembleia Geral, António Adalberto Alves Carneiro

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“A bancada PS está absolutamenteconvencida que a reversão da passa-gem do Hospital de Santo Tirso paraa misericórdia é a decisão que me-lhor defende os interesses da popu-lação de Santo Tirso no acesso aoscuidados de saúde”, adiantou Mar-co Cunha. A bancada socialista estáconvicta de que a transferência doHospital implicaria “a redução dos cui-dados de saúde prestados” e vai maislonge: “como explicam as forças polí-ticas que apoiaram, no parlamento, eno concelho o anterior governo afalta do investimento no hospital? Co-mo explicam o chumbo de 5 milhõesde euros de investimento anuncia-dos para o hospital em 2011?”. Oassunto voltou pelas mãos de RuiBatista, do PSD, que lembrou que“quem começou o esvaziamento dohospital não foi o PSD, nem foram osresponsáveis do PSD locais, a mater-nidade foi encerrada num governodo Partido Socialista”. “Daqui a umano ou dois, cá estaremos para fazerum balanço do que foi a reversão doque é do que é que Santo Tirso e ostirsenses ganharam com esta rever-são e cá estaremos, para fazer o nosso‘mea culpa’ se escolhemos o lado er-rado nesta matéria”, continuou. Já para

Hospital voltou àAssembleia Municipal

SANTO TIRSO

A ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 29 DE FEVEREIRO TINHA UMA ORDEM DETRABALHOS RECHEADA DE PONTOS MERAMENTE ADMINISTRATIVOS E,ENTRE A APROVAÇÃO DE UM “CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A LONGOPRAZO” E A DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA, O HOSPI-TAL DE SANTO TIRSO VOLTOU SER TEMA.

Paulo Sousa, da mesma bancada, aquestão é simples: “Todos nos deve-mos empenhar em que o Hospi-talmelhore, o processo agora é outro”.

Quem também trouxe assuntos aoperíodo antes da ordem do dia foiHenrique Pinheiro Machado, eleitopelo grupo independente P’ra FrenteSanto Tirso, que levantou algumasquestões relativas às tarifas de reco-lha de lixo. Henrique Pinheiro Ma-chado acredita que, ao contrário doque tem sido difundido, a CâmaraMunicipal tem “com a recolha de lixodo concelho, um lucro de cerca de800 mil euros”. Com isso, garante,“teria toda a lógica contabilística, epara mais a favor da tão proclamada‘coesão social’, que a Câmara redu-zisse as tarifas pagas pelas famíliaspara a recolha do lixo”. O grupo pro-pôs, inclusive a redução da tarifa so-cial para 1,75 euros, a do regime geralcom recolha coletiva para 4,55 e ado regime geral com recolha indivi-dual para 5.81. “Dificilmente tereiouvido tantos números trocados einventados nesta assembleia”, ripos-tou o presidente da Câmara, JoaquimCouto. “É completamente falso quetenhamos um superavit no serviço,antes pelo contrário, continuamos ater défice, só que o défice agora émenor”, continuou o presidente, su-

blinhando: “não tenho informação deque o sr. deputado Henrique Pinhei-ro Machado, em mandatos anterio-res tenha chamado à atenção destasquestões, pelo contrário, em anteriormandatos as louvas e as cantatas aoexecutivo eram frequentes, não per-cebo porque mudou radicalmentediscurso”.

Já na ordem de trabalhos, o con-trato de empréstimo viria a ser apro-vado com uma abstenção, mas nãosem antes Henrique Pinheiro Macha-do lamentar que “a esmagadora mai-oria dos projetos (ao quais o em-préstimo estará destinado) está loca-lizada na cidade de Santo Tirso”. Jápor unanimidade foi aprovada a cri-ação das Áreas de Reabilitação Ur-bana de Areias, Vila das Aves e S.Martinho, assim como um voto decongratulação, proposto pelo PS àsoito empresas distinguidas peloIAPMEI, Instituto de Apoio às Peque-nas e Médias Empresas e Inovação,na categoria de PME de Excelênciade 2015, a A.L.L. – Têxteis, Lda., CarlosAlberto & Filhos, Lda., Francisco Cer-to, Lda., Lipimalhas – Malhas eConfeções, Lda., Norprint – ArtesGráficas, S.A., Olímpio Miranda, Lda.,Ovava Engenharia, Lda. e a Simplac –Tecnologia Mecânica, Lda. ||||||

Celebrar o dia da proteção civil já é umatradição no concelho de Santo Tirso mas,este ano, as comemorações começaramcom uma iniciativa diferente do habitual.O vereador Alberto Costa, que detém opelouro da Proteção Civil visitou a EscolaSecundária Tomaz Pelayo e, perante umauditório repleto, falou dos principais ris-cos no concelho, da prevenção e de todoo trabalho levado a cabo pela divisão deproteção civil do concelho.

A razão da visita aos mais jovens é sim-ples e explica-se em dois ou três pontos.“Por um lado é aqui que começamos a cons-truir uma sociedade mais sustentável, umasociedade melhor, mais vocacionada paraestas áreas da proteção civil e para a sensi-bilidade para o risco”. Por outro, continuaAlberto Costa, porque “são eles os melho-res veículos e os melhores promotores, osmelhores vendedores desta mensagem daproteção civil, quer junto dos seus pais” erestantes familiares e dos amigos.

O diretor do Agrupamento, FernandoAlmeida, acredita que a palestra não pode-ria ter sido melhor pensada para o públi-co-alvo, os alunos do ensino secundário.“A referência a riscos do quotidiano atra-vés de imagens de notícias que fizeram asmanchetes da imprensa concelhia e naci-onal acaba por despertar, de forma muitoparticular, a sensibilidade destes jovens paraos riscos”, sublinhou. |||||

Proteção civilfoi às escolas

SANTO TIRSO

FUTURO DO HOSPITAL DESANTO TIRSO AINDADOMINA A TROCA DEARGUMENTOS ENTRE OEXECUTIVO E OS DEPUTA-DOS DA OPOSIÇÃO

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 13

Abriu portas, no dia 8 de março, aUnidade de Endoscopia da Miseri-córdia de Santo Tirso. Localizada narua da Misericórdia (ao lado do edifí-cio sede da instituição, o Centro Eng.º.Eurico de Melo), esta nova unidade“dispõe de uma equipa dife-renciada,com capacidade para consultas da es-pecialidade e exames endoscópioscom os mais modernos equipamen-tos”, estando ainda, neste domínio,garantido o protocolo com o ServiçoNacional de Saúde. “A Misericórdia

de Santo Tirso mantendo a respon-sabilidade no apoio prestado à comu-nidade desde 1885, é uma Institui-ção que assume um diferenciado le-que de serviços na área Social, na Edu-cação e Saúde”, refere a instituiçãoem nota de imprensa divulgada nasemana passada, entendendo a uni-dade agora inaugurada como maisum contributo na luta por si travada“pela implementação de soluções ino-vadoras que possam ir de encontroàs necessidades da população”. |||||

Levadas a cabo desde há alguns anosa esta parte, nas antigas instalaçõesda Fábrica do Rio Vizela, as Festasda Vila, em Vila das Aves, vão, esteano, acontecer na Tojela. A presidenteda Junta, Elisabete Roque Faria, as-segura que será uma forma de vol-tar “a colocar as festas no centro dafreguesia”. “A população foi-nos fa-zendo chegar a vontade de que asfestas fossem no centro e, tendo co-meçado elas na Tojela, é ali queagora regressam”.

Os detalhes estão a ser pensa-dos ao pormenor, adiantando já aautarca local alguns deles, nomea-

Festas da elevação avila regressam à Tojela

VILA DAS AVES

FESTIVIDADES MAIORES DE VILA DAS AVES REALIZAM-SE DE 1 A 4 DE ABRIL. CUMPRE-SE,NOVAMENTE NA TOJELA, MAIS UM ANIVERSÁRIO DA ELEVAÇÃO A VILA DA FREGUESIA.ELISABETE ROQUE FARIA DIZ QUE ESTE REGRESSO AO LARGO DA TOJELA SURGE NASEQUÊNCIA DOS APELOS DOS AVENSES QUE QUEREM AS FESTAS NO CENTRO DA VILA

damente a aposta nas bandas daterra. “Vai ser tudo feito com a mui-to boa ‘prata da casa’ e não vamoscomeçar as festas com os meninosdas escolas, vamos encerrar comeles, na segunda-feira”. Sobre as al-terações ao trânsito que as festasvão implicar, a presidente assumedesde logo que será necessário fa-zer o “corte de estrada na Tojela”,logo após a Páscoa, mas o mesmoserá parcial: “só das árvores até aoscafés é que vai ficar completamentecortada”, mas o largo D. Eva Macha-do Guimarães também irá sofrer umcorte. “Quem sobe pela av. Silva

Araújo, ao cimo, é obrigado a virarà direita, para o Intermarché, quemdesce, poderá fazê-lo pela Tojela”, ex-plica a presidente sublinhando queo corte total acontecerá sexta, sába-do e domingo, “porque as pessoastêm de ter segurança a andar na rua”.

A presidente espera uma “parti-cipação ainda maior das associa-ções” e agradece a todos os avensesque estão a “facilitar e ajudar a queseja possível colocar as festas nocentro da vila, porque é isso que osavenses pretendem”. “Depende detodos que seja um sucesso”, con-clui. |||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

SANTO TIRSO

Misericórdia abreUnidade deEndoscopia

14 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

ATUALIDADE

Município voltouà BTL comMuseu de Escultura

Integrado na área do Turismo do Por-to e Norte de Portugal, a presença doMunicípio de Santo Tirso na Bolsade Turismo de Lisboa fez-se pelo ter-ceiro ano consecutivo e a aposta re-caiu sobre o Museu Internacional deEscultura Contemporânea, numa altu-ra em que a sua sede, projetada peloarquiteto Álvaro Siza Vieira, está pra-ticamente concluída, anunciando-sea sua inauguração para 30 de abril.

“O Museu Internacional de Escul-tura Contemporânea é, sem dúvida,um equipamento cultural através doqual Santo Tirso se pode afirmar na-cional e internacionalmente, pela suasingularidade e grandeza”, defende opresidente da Câmara de Santo Tirso,Joaquim Couto.

A par do museu, o município di-vulgou ainda o património natural epaisagístico do concelho e JoaquimCouto acredita que “tem havido a pre-

TURISMO

ocupação de definir um conjunto deatividades com vista a posicionar San-to Tirso como um território com tra-dição, que privilegia a natureza e aqualidade de vida, onde o desenvol-vimento económico se faz de formasustentada”. “Queremos que as pes-soas procurem o nosso município,pela capacidade que temos em ofe-recer condições ímpares a este ní-vel”, acrescenta.

Mas na feira de turismo do país,não faltaram também os produtos re-gionais como degustações de licorde Singeverga, acompanhado por je-suítas, ou degustações de chá combolachas de Santa Escolástica, espe-cialidades conventuais produzidaspelas monjas beneditinas do Mos-teiro de Santa Escolástica, em Roriz.

A BTL recebe, todos os anos, mi-lhares de visitantes, entre profissio-nais do setor e público em geral. ||||||

BOLSA DE TURISMO DE LISBOA RECEBEU A VISITADO PRIMEIRO-MINISTRO ANTÓNO COSTA

“Uma ementa irresistível”. Foi desta for-ma que o presidente do Turismo e Nor-te de Portugal, Melchior Moreira, classi-ficou a oferta que, de 1 a 3 de abril,Santo Tirso vai ‘oferecer’, no âmbito dainiciativa Fins de Semana Gastronómicos.

A iniciativa foi apresentada na últi-ma terça-feira, anunciando-se na altu-ra a possibilidade de se usufruir de con-dições vantajosas nos vários restauran-tes e empreendimentos turísticos ade-rentes. Ao todo, são 21 os restaurantesdo concelho que vão receber o “Fim deSemana Gastronómico”, uma iniciativapromovida pela Câmara de Santo Tirsoe inserida na programação do Turismodo Porto e Norte de Portugal

Rojões, jesuítas e licor de Singevergasão as iguarias em destaque na ediçãodeste ano. “Santo Tirso é um exemplo,no âmbito daquelas que devem ser aspolíticas voltadas para a promoção dosmunicípios, no contexto da região”, elo-giou Melchior Moreira, acreditando quea gastronomia é uma boa forma de pren-der a atenção dos turistas.

Já o presidente da Câmara de SantoTirso, Joaquim Couto, lembrou que agastronomia é uma das potencialidadesrepresentativas do concelho, associadaao património cultural e natural, rico nomunicípio. “O turismo tem sido uma das

Santo Tirso àconquista de turistaspelo estômago

GASTRONOMIA

NO FIM DE SEMANA DE 1 A 3 DE ABRIL HÁ CONDIÇÕESVANTAJOSAS PARA QUEM RECORRE AOS RESTAURANTES EEMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS DO CONCELHO

traves mestras da nossa orientação po-lítica neste mandato, porque conside-ramos que existem muitas potencialida-des ao nível do emprego e da econo-mia local”, referiu o autarca.

Assim, ficou feito o convite: “Este po-de ser um bom fim de semana paracomer boa comida e visitar o MuseuInternacional de Escultura Contempo-rânea, ou descobrir os percursos pe-destres nos nossos trilhos”.

A integrar a iniciativa dos “Fins deSemana Gastronómicos” estarão os res-taurantes: Quinze, Adega Regional doZé, Adega Regional “O Escondidinho”,Barreira, Bonzão, Braseiro das Aves, Cá-Te-Espero, Cozinha da Avó, Cozinha doAve, Dona Unisco (Hotel Cidnay), Exce-lência de Sabores, Excelência Winehou-se, Lanterna Tasquinha, Mira Parque, Mi-ra Rio, Miraves, O Costa, Olímpico, Pon-to Final, Santo António e Tirsense. Navertente de alojamento, os hotéis inter-venientes serão o Hotel dos Carvalhais,Hotel Cidnay e Santo Thyrso Hotel.

Mas os “Fins de Semana Gastronó-micos” trazem também ofertas e des-contos. Os restaurantes aderentes ofe-recem um copo de vinho de boas-vin-das, e as unidades hoteleiras um des-conto de 15 por cento no alojamento,nas noites de sexta e sábado. ||||||

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 15

No próximo sábado, 19 de março, oCentro Cultural Municipal de Viladas Aves vai acolher Norberto Lo-bo. Será o segundo de uma série dequatro concertos do ciclo “Sonori-dades Emergentes”. Após Tó Trips eJoão Doce (ver texto ao lado), é ago-ra a vez do guitarrista lisboeta se mos-trar num palco que aposta fortemen-te na música portuguesa.

O espetáculo terá início às 21:30e os bilhetes custam 5 euros. Estão àvenda no próprio Centro Cultural eno posto de turismo de Santo Tirso.

Virtuoso da guitarra, NorbertoLobo foi mostrando, desde a suaestreia em 2007 com “Mudar de Bi-na”, uma linguagem própria e ino-vadora. Lançou “Pata Lenta” em 2009e, progressivamente, foi ganhandonotoriedade e prestígio. Em 2011viu o seu “Fala Mansa” ser conside-rado o disco nacional do ano para arevista Blitz. No ano seguinte, “MelAzul” conquistou o mesmo prémiopara a revista Time Out Lisboa. Mos-trando elevada inspiração, criativi-dade e capacidade de trabalho, edi-tou “Mogul de Jade” em 2013 (comJoão Lobo) e “Fornalha” em 2014.Ainda em 2014, voltou à co-autoria,novamente com João Lobo, publican-do “Oba Loba”. Finalmente, no anopassado colaborou com Giovanni DiDomenico, Tetuzi Akiyama e JimO’Rourke. “Duos With Guitars” é umduplo álbum, editado em vinil e li-mitado a 300 cópias.

Com a experiência acumulada eum repertório tão vasto, será umanoite cheia de sensações fortes. Aoselementos de tradição portuguesaserão adicionados vários traçosmarcadamente modernos. ||||| MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL

MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA. . . . . FOTO: VERAVERAVERAVERAVERA MMMMMARMELARMELARMELARMELARMELOOOOO

|||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

FOTO: TERESTERESTERESTERESTERESAAAAA RIBEIRRIBEIRRIBEIRRIBEIRRIBEIROOOOO

O desinteresse já não me surpreen-de. Com o tempo fui percebendo queSanto Tirso se afasta de eventos cul-turais sem qualquer pudor. Desta vezfoi num espaço pequeno com no-mes que já são grandes no panora-ma musical português: Tó Trips (DeadCombo) e João Doce (Wraygunn). Sómeia casa ou nem isso com bilhetesa 5 euros numa noite sem chuva. É,por isso, desolador não encontraruma sala cheia. Acrescento ainda quenão me parece ser falta de divulga-ção. Soube do evento fácil e natural-mente pelas redes sociais.

Este foi o primeiro de uma série dequatro concertos, cujo programa seinsere nas “Sonoridades Emergentes”.Nos próximos meses teremos novida-des. Seguem-se Norberto Lobo no dia19 de março (ver caixa), Sequin a 16de abril e, finalmente, a Jigsaw & TheGreat Moonshiners Band a 14 de maio,fechando o evento em definitivo.

Para o Centro Cultural de Vila dasAves, a dupla trazia “Guitarra Makaka– Danças a um Deus Desconhecido”,de 2015 e “Sumba”, álbum a ser lan-çado em Abril deste ano. Às cordasvertiginosas e obsessivas de Tó Tripsjunta-se a percussão com raízes afri-canas de João Doce. A química entreos dois resulta. Enquanto o guitarris-

CONCERTO DE TÓ TRIPS E JOÃO DOCE

CENTRO CULTURAL, VILA DAS AVES. 27 FEVEREIRO 2016

ta explora ambientes crus e sujos,numa maníaca procura de uma portu-galidade assumida, o baterista vai in-troduzindo ritmos tribais africanos,com inúmeros instrumentos. Estãosentados frente a frente e de lado parao escasso público. O tempo vai pas-sando e cedo se comprova uma en-trega generosa dos músicos: os sonsganham volume, crescem com a bati-da do pé na pobre carpete. É tortura-da e esfregada numa forte intensi-dade. Imaginamos ruas despidas, comcheiro a sardinha assada e sons deum engraxador que ganha a vidadebaixo de uma árvore. Nem comnossa presença ele tira os olhos dosapato do cliente. Viajamos depoispara uma ex-colónia, sentindo o ca-lor a entrar no nosso corpo sem per-missão. Vemos ossadas de um ani-mal e ficamos desconfortáveis por nãoo reconhecer num lote de possíveispredadores. Cada um imagina o seucenário, tenha ele sentido ou não.Temos essa liberdade. Para o fim, umsimpático encore fecha o espectácu-lo, numa esforçada improvisação.

Quem esteve presente ficou cla-ramente satisfeito. Poderiam estar alialguns potenciais interessados no vi-nil preto, limitado a 333 exemplares.Será uma edição oficial da RastilhoRecords, a celebrar o Record Store Day.Quem quiser pode marcar na agen-da: dia 16 de Abril de 2016. |||||

Portugalidadeobsessivacom ritmos tribais

NORBERTO LOBO,ESTE SÁBADO,EM VILA DAS AVES

“SANTO TIRSO AFASTA-SEDE EVENTOS CULTURAISSEM QUALQUER PUDOR.DESTA VEZ FOI NUMESPAÇO PEQUENO COMNOMES QUE JÁ SÃOGRANDES NO PANORAMAMUSICAL PORTUGUÊS”.

“Ousada, poderosa e poética. É nes-tes termos que se anuncia a “Paixão”,espetáculo que terá lugar no grandeauditório do Centro Cultural Vila Flor,em Guimarães, no próximo dia 23de março. Será a primeira versão en-cenada e cantada, em português, dagrandiosa obra de Bach, “Paixão Se-gundo São João” num trabalho degrande envergadura, levado a cabopela Orquestra de Guimarães.

Quando J. S. Bach estreou as “Pai-xões de Cristo”, elas foram conside-radas um escândalo pois contavama história das últimas horas de Cris-to de uma forma demasiado operáticapara os gostos religiosos da época.Neste espetáculo, Vítor Matos dirigea Orquestra de Guimarães e PedroRibeiro encena a obra focando-a emnós e nos nossos limites hoje, ques-tionando o que é realmente a fé. UmaOrquestra, dois coros, cantores, atores(do grupo de teatro “Os Quatro Ven-tos”, de Santo Tirso) e bailarinos per-fazem cerca de 90 participantes empalco. Ver e ouvir, em português, a men-sagem da “quase ópera” de Bach é aproposta de Guimarães para celebrara Páscoa. O espetáculo tem início às22 horas, do dia 23 de março e osbilhetes custam cinco euros. ||||||

GUIMARÃES

A ‘Paixão’ deBach pelaOrquestrade GuimarãesEM PALCO, UMA ORQUES-TRA, DOIS COROS, CAN-TORES, ATORES E BAILARI-NOS NUM TOTAL DE CERCADE 90 PARTICIPANTES

16 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

EM ANALISE´́́́́

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Mais de uma centena de municípiosportugueses concede bolsas de estu-do a alunos do ensino superior re-sidentes na sua área de intervenção.Santo Tirso retomou essa boa práticano corrente ano letivo, depois de al-guns anos de suspensão. De facto,já eram atribuídas bolsas de estudoem mandatos anteriores e se a inter-rupção, num desses mandatos, nãofoi notada e não deu origem a rea-ções ou objeções, foi certamente por-que não era grande a sua relevânciasocial e pouca gente terá dado contada sua falta.

Para esta nova fase, tornou-se ne-cessário criar um regulamento, o qualfoi aprovado na Câmara e na Assem-bleia Municipal em setembro passa-do. Desde logo, a crítica da oposiçãona própria reunião da Câmara visou odiminuto número de bolsas que esseregulamento prevê e o grupo minoritá-

O ARRANQUE CONTURBADO DO PROCESSO DE ATRIBUIÇÃO DE BOLSASE A COMPARAÇÃO COM AS BOAS PRÁTICAS DOS CONCELHOS VIZI-NHOS PODEM SERVIR PARA FUNDAMENTAR PROPOSTAS DE MELHORIA

Bolsas de estudopara alunos doensino superior:Santo Tirso podefazer mais e melhor

rio de vereadores propôs, em alterna-tiva, a concessão de bolsa a todos osestudantes cuja situação económicaestivesse dentro dos limites que o regu-lamento contempla. E mais declarouque, a manter-se a medida para ape-nas 10 cidadãos, “vai reconduzir-se amais uma medida de propaganda”.

A resposta da maioria às críticasformuladas dá para subentender apossibilidade de alteração futura (“emvelocidade de cruzeiro, a medida atin-girá cinquenta ou mais estudantescarenciados”, lê-se na declaração devoto) mas não estabelece nenhumcompromisso futuro e entretanto de-fende a medida, tal como aprovada,como “justa e equilibrada no âmbitode outras políticas municipais distri-butivas e de grande alcance social”.

O assunto foi retomado depoisna Assembleia Municipal, numa inter-venção do Grupo Independente “P’raFrente Santo Tirso” na sessão de 16de dezembro, intervenção essa queacentuava a diminuta verba orçamen-tada para o efeito (7500 euros) eargumentava que tendo o concelhocerca de 1200 alunos a frequentaro ensino superior e 18 por cento dedesemprego, 230 seria o número debolsas necessárias. Consequentemen-te, sugeria à Câmara que passasse areservar 180 mil euros para o efei-to… Os números poderão ser exces-sivos e pouco sustentada a lógicado cálculo, mas a observação é de-veras pertinente.

O inesperado aconteceu depois:aberto o concurso, o número de can-didatos às dez bolsas de estudo foitão pequeno que apenas quatro fo-ram atribuídas numa primeira fase,

tendo havido necessidade de abriruma segunda fase de candidaturapara as seis bolsas ainda disponíveise cujo resultado ainda não foi tor-nado público.

Para aprofundar um pouco a aná-lise do assunto, procurámos informa-ção para comparar o que acontecepor cá com o que se passa no vizi-nho concelho de Famalicão. Os es-pecialistas do marketing chamam“benchmarking” a estes procedimen-tos que visam descobrir, para copiar,aquilo que a concorrência faz bemfeito e, neste domínio (e porventuratambém noutros), vale a pena ver oque faz Famalicão. Verificamos assimque, para o ano letivo em curso e pa-ra bolsas de estudo com regulamen-to idêntico, ao concurso do conce-lho vizinho foram admitidos 580 can-didatos tendo sido atribuídas 265bolsas, num montante global de maisde 160 mil euros. Depois de des-contar o efeito da maior dimensãodo concelho famalicense, estes nú-meros obrigam a concordar que háum longo caminho a percorrer pelomunicípio tirsense, quer no que res-peita ao número de bolsas a atribuir,quer na eficiência da divulgação eda realização do concurso. (Algunsoutros pormenores do concurso, co-mo a integração de outros apoios aosestudantes no cálculo da capitação

APESAR DE ANUNCIADA EMGRANDES OUTDOORS, CONTAM-SEPELOS DEDOS DE UMA MÃOO NÚMERO DE CANDI-DATOS ÀS BOLSAS DE ESTUDO

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 17

bem como uma gradação por esca-lões também merecem alguma aten-ção de quem tem de decidir).

Sendo muito semelhantes as condi-ções, como explicar a discrepância donúmero de concorrentes entre as si-tuações comparadas de Santo Tirsoe Famalicão? A primeira explicaçãopara o desinteresse dos candidatospelo concurso de cá tem, certamente,a ver com o número reduzido de bol-sas disponíveis: a probabilidade dehaver dez candidatos melhor colo-cados é de tal modo elevada quenão vale muito a pena dar importân-cia ao assunto, de mais a mais combolsas de montante relativamentereduzido. Permitisse o regulamentoalgumas dezenas de bolsas e a rea-ção seria outra.

Também podemos admitir que in-formação sobre a sua abertura e so-bre as respetivas condições de aces-so possa não ter chegado aos interes-sados, havendo, por isso, necessida-de de rever e ajustar o processo infor-mativo. Por outro lado e por informa-ções obtidas junto de alguns estudan-tes que têm, em princípio, condiçõespara aceder ao concurso, a entregadas candidaturas no balcão pareceser, para eles, um procedimento anti-quado que obriga a deslocações eperdas de tempo desnecessárias,quando já se habituaram a candida-turas on-line para os apoios estatais…

Em resumo e como conclusão, po-demos dizer que, tendo em conta queo cidadão comum acredita que umaCâmara não atribui bolsas de estu-do só para que conste e que, de for-ma segura, pretende ir de encontroàs necessidades efetivas dos possí-veis beneficiários, é legítimo esperardo executivo liderado por JoaquimCouto uma reformulação do núme-ro de bolsas a atribuir anualmente,passando da dezena à centena, paraque se possa considerar significativoo apoio concedido; depois, deveráprever a realização atempada de açõesde divulgação eficientes, sendo ne-cessária, também, uma modernizaçãodos procedimentos para a possibili-dade de candidaturas on-line.

Os munícipes saberão apreciar asmudanças que a análise do que sefez e do que fazem os outros for ca-paz de despoletar. ||||||

O que é preciso fazerpara que o apoioconcedido em bolsas deestudo seja significativo

“Em Santo Tirso, sãoapenas contempla-dos dez alunos noconcurso de atribui-ção de bolsas. Aber-to o concurso, oinesperado aconte-ceu: o número decandidatos às bol-sas foi tão pequenoque apenas quatroforam atribuídas nu-ma primeira fase”.

A idêntico concursode bolsas de estudoem Famalicão fo-ram admitidos noano letivo em curso,580 candidatostendo sido atribuí-das 265 bolsas”.

Desporto e artesplásticas para ocuparjovens nas férias

As férias da Páscoa estão à porta ecom elas chega também mais umaedição do Programa Mimar. Masnão é só: este ano, o município deSanto Tirso garante aos mais jo-vens atividades gratuitas que pas-sam pelo desporto, oficinas de ex-pressão plástica ou cinema.

De 21 a 31 de março, decorremas “Oficinas de Páscoa”, no CentroCultural Municipal de Vila das Aves,destinadas a crianças com idade su-perior a seis anos. A iniciativa in-clui atividades de expressão plásti-ca, cinema, horas do conto e jogostradicionais. A participação é gratui-ta, mas sujeita a marcação prévia.

Também a partir de 21 de mar-ço, e até dia 1 de abril, a CâmaraMunicipal de Santo Tirso promoveas “Manhãs Desportivas”, com fu-tebol, basquetebol, voleibol, andebol,ténis, badminton, ténis de mesa enatação, para os jovens residentesno concelho, com idades compre-endidas entre os 10 e os 16 anos.

As atividades desportivas decor-

rem no Complexo Desportivo Mu-nicipal, entre as 9h30 e as 12h30,com o objetivo de estimular a prá-tica da atividade física e promovero convívio entre todos os participan-tes. A inscrição é gratuita, mas obri-gatória e pode ser feita através dosite: www.manhas.santotirso.pt

No dia 22, pelas 10h00, é avez da Biblioteca Municipal rece-ber os “Ateliês de Páscoa”. De ins-crição gratuita e destinada a maio-res de quatro anos, a iniciativa contacom uma oficina criativa de artesplásticas, que permitirá aos maisnovos darem asas à imaginação.

Paralelamente a estas atividades,decorre o Programa Mimar Páscoa2016, que terá lugar de 21 demarço a 1 de abril. A edição desteano promovida pela Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso traz algumasnovidades, e contará com peças deteatro, oficinas, karaoke, jogos decaça ao tesouro, cinema, kung-fu,experiências científicas, yoga e atéuma festa de encerramento. ||||||

REGRESSA MAIS UMA EDIÇÃO DO PROGRAMA MIMAR,MAS TAMBÉM AS MANHÃS DESPORTIVAS E ASOFICINAS DE PÁSCOA DO CENTRO CULTURAL

EDUCAÇÃO

Domingos Amaral esteve na EscolaSecundária D. Afonso Henriques, àconversa com os alunos dos cursosde Humanidades, na Sala AristidesSousa Mendes. O nome do Agrupa-mento foi o mote para o início da suaconversa, pois o seu último roman-ce, Assim nasceu Portugal, retrata ainfância e adolescência do nosso pri-meiro Rei, D. Afonso Henriques.

Com fortes ligações afetivas a estazona do país, onde passava férias, oescritor, filho do político Diogo Freitasdo Amaral, cativou todo o auditóriocom a sua simpatia, e simplicidade naforma como abordou os mais diver-sos assuntos. Da carreira jornalísticaque iniciou com a criação de um jor-nal na Universidade Católica ondeestudava Economia, do seu proces-so de escrita, dos benefícios da leitu-ra para o desenvolvimento do cére-bro e da imaginação, dos seus livros…

Respondendo às questões dos alu-nos sobre o livro e as personagensde maior estima, o escritor, que jápublicou dez livros, destacou “En-quanto Salazar Dormia” e “QuandoLisboa Tremeu”, ambos romances his-tóricos, “levantando o véu” sobre a in-triga e algumas personagens. O pri-meiro passa-se em Lisboa (1941), “umoásis de tranquilidade numa Europafustigada pelos horrores da II Guer-ra Mundial. O segundo, transporta-nos até ao terramoto de 1755. Nes-te, o escritor destaca o rapaz de dozeanos que perde toda a família e pro-cura a irmã soterrada nos escombros.

A forma emotiva como falou decada personagem, deixou o públicosensibilizado e curioso para a leiturados seus livros. Para breve, a publica-ção do 2º volume da trilogia queiniciou com “Assim nasceu Portugal”.

À conversacom DomingosAmaral

Edição de Páscoa do Programa Mimar começa já napróxima semana e prolonga-se até dia 1 de abril.Término da iniciativa será assinalado com uma festa

ATUALIDADE18 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

“Santo Tirso vai dar umsalto tremendo” com aclassificação do Mosteiro

||||| TEXTO E FOTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Quer lhe chamem debate ou pales-tra, a verdade é que a iniciativa orga-nizada pelo Jornal Noticias de SantoTirso, no passado dia 4 de março, jun-tou no salão Nobre da sede da uniãode Freguesias de Santo Tirso, Couto(Santa Cristina e S. Miguel) e Burgãespessoas dos vários partidos. “Somosum jornal político, o tema é, tambémele, político e nada melhor do queconvidar um ex-autarca e um autarcaatual, um de uma câmara municipale outro de uma freguesia”, referiu odiretor do jornal, Augusto Pimenta.O jornal quis falar de autarquias locaise de desenvolvimento sustentável doconcelho e convidou duas figurasincontornáveis do Partido Socialista,Jorge Gomes e Castro Fernandes.

O ex presidente da Câmara faloucom a experiencia de quem traz anosde questões autárquicas na bagagem.Falou da lei das finanças locais e decomo acredita que “Santo Tirso foi mui-to maltratado no Quadro Comunitá-rio de apoio 2020”. “O valor que vempara Santo Tirso é muito menor doque deveria ser”, sublinhou, lembran-do que Porto, Gaia e Matosinhos le-varam o “grosso” do montante. Lem-brou ainda que discordou da altera-ção do mapa judiciário - que conside-

CASTRO FERNANDES E JORGE GOMES FORAM OS PRIMEIROS CONVIDADOS PARAOS DEBATES LEVADOS A CABO PELO JORNAL NOTICIAS DE SANTO TIRSO.

ra ‘um erro crasso’ -, e das muitascompetências que o tribunal foi per-dendo. A maior de todas as bandei-ras de Castro Fernandes foi, aindaassim, a luta contra a agregação defreguesias e a opinião mantem-se.“Não concordei por razões históri-cas, culturais, económicas, sociais.Não se justifica que se acabe comfreguesias como Refojos, por exem-plo, que até já foi sede de concelho,é um erro”, referiu.

Castro Fernandes muniu-se de nú-meros, livros e artigos. Falou de comoacredita que, com a classificação domosteiro a património da humanida-de, “Santo Tirso vai dar um salto tre-mendo”. “Quando apresentei a candi-datura e ela foi divulgada, o núme-ro de pessoas que visitaram SantoTirso foi muito grande”. Defensor daregionalização, não deixou de subli-nhar exemplos internacionais de apos-tas nesse sentido. Assegurou que aproximidade com os cidadãos é es-sencial e sublinhou que “a fase doinvestimento em equipamentos foimuito importante mas na atualidade,alega, o que importa é a manutenção

desses equipamentos. “Acho incon-cebível que uma fonte não tenha águahá meses ou que um poste só sejareposto porque alguém denunciou asituação no facebook”, rematou.

A palavra-chave da intervenção deJorge Gomes, atual presidente daUnião de freguesias de Santo TirsoCouto (Santa Cristina e S. Miguel) eBurgães, foi ‘proximidade’. O autarcareferiu algumas das dificuldades pe-las quais passam as juntas de fregue-sia e, acima de tudo, mostrou ter asprioridades bem delineadas. “Esta jun-ta recorre a patrocinadores porquesão parceiros essenciais para fazer coi-sa que, de outra forma, não podería-mos”, adiantou, sublinhando que gran-de parte do orçamento vai para a fun-ção social. Acredita que, “cada vez émais importante que as pessoas tenhamacesso às mesmas coisas” e é contra‘os compadrios’. “Uma junta que quei-ra ter um papel no futuro deve cons-ciencializar e ter parcerias com asso-ciações, pessoas, dinamizar e promo-ver o comércio local”, continuou, su-blinhando, também o papel de “mu-dança de mentalidades” que a juntatem. Acredita na necessidade de secriarem novas tradições e defende que“a teimosia é o maior inimigo do de-senvolvimento sustentável. Para JorgeGomes, é necessário “amar verdadei-ramente a terra, seguindo a consci-ência e pensar nas gerações futuras”,mas sublinha, “gostar também é di-zer que ‘não’ e às vezes é preciso sa-ber dizer mesmo que não”.

Entretanto, o mesmo jornal tem jámarcado para dia 1 de abril um novodebate, desta vez com Asuil Dinis eManuel Neto. Será no auditório doSalão Paroquial de Santo Tirso quese discutirá “o pós 25 de Abril: teste-munhos de ex-autarcas tirsenses paraa estruturação do nosso futuro”. |||||

DEBATE

Esteve em Santo Tirso a 27 de feve-reiro para a apresentação do seu maisrecente livro “Para onde vai Portugal?”e quase dispensa apresentações. Ra-quel Varela é historiadora e investi-gadora do Instituto de História Con-temporânea da Universidade Novade Lisboa e autora de mais de 15 li-vros. Mas não será só por isso que onome lhe é familiar, é que RaquelVarela é também comentadora assí-dua dos assuntos da atualidade, no-meadamente no programa “Barca doInferno”, da RTP, onde dividia o espa-ço de opinião com Isabel Moreira,Manuela Moura Guedes e Sofia ValaRocha.

“Para onde vai Portugal?” foi, deresto, a reflexão que a autora fez du-rante a apresentação. Da sobrevivên-cia do regime democrático-parlamen-tar às mudanças sociais, o rumo dePortugal nos próximos anos e a vidados portugueses foram alguns dostópicos que estiveram em cima damesa. Durante a sessão, Raquel Varelaconvidou a plateia a questionar-sesobre o que é possível fazer paramelhorar o futuro do país, e abor-dou algumas das propostas econó-micas e sociais inéditas presentes noseu mais recente ensaio.

A sessão decorreu na BibliotecaMunicipal, e contou com a presençado presidente da Câmara, JoaquimCouto, e de Rita Sousa, presidentedo Sindicato dos Magistrados doMinistério Público, Direção Distritaldo Porto. |||||

Raquel Varelaapresentou livroem Santo TirsoBIBLIOTECA MUNICIPAL DESANTO TIRSO ACOLHEU AAPRESENTAÇÃO DE “PARAONDE VAI PORTUGAL?”

AUGUSTO PIMENTA,DIRETOR DO JORNAL‘NOTÍCIAS DE SANTOTIRSO’, LADEADOPOR CASTROFERNANDES E JORGEGOMES (À DIREITA)

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 19

´INQUERITO“Não posso sentir faltadaquilo que jáfoi concretizado”INQUÉRITO A SÓNIA MARTINS, SECRETÁRIA COORDENADORADA SECÇÃO DO PARTIDO SOCIALISTA DE VILA DAS AVES

Natural de Santo Tirso e residente emVila das Aves, Sónia Martins, 40 anos,é Técnica Superior na Câmara Muni-cipal. Licenciada em ComunicaçãoSocial pela Escola Superior de Jorna-lismo do Porto, é atualmente Secretá-ria Coordenadora da Secção do Parti-do Socialista de Vila das Aves. Inte-grou nas últimas Legislativas a lista decandidatos a deputados do PS, pelodistrito do Porto. É membro e secre-tária da Comissão Política Concelhiade Santo Tirso e faz parte dos órgãosdo Departamento Federativo dasMulheres Socialistas do Porto.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De crítica construtiva. Como é do co-nhecimento de todos, Santo Tirso estána lista dos cinco primeiros municí-pios em matéria de execução de boaspráticas de sustentabilidade em polí-ticas camarárias. As prioridades assu-midas pela Câmara Municipal forama Coesão Social, em virtude do perío-do de crise em que mergulhou o paísa partir de 2011, e o emprego. Aofim de pouco mais de dois anos demandato do atual executivo munici-pal, os resultados começam a apare-cer. Ainda recentemente, um relató-rio da Comissão de Coordenação eDesenvolvimento Regional do Norte(CCDRN) indicava que a taxa de de-semprego caiu no concelho de San-to Tirso 20% no terceiro trimestre de2015, sendo um dos concelhos quemais contribuiu para a descida dodesemprego na região norte. Do meuponto de vista, devia ser dado maisvalor ao trabalho que está a ser feito.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Gostava de ver mais pessoas a parti-cipar nas iniciativas. A verdade é queo Centro Cultural Municipal de Viladas Aves oferece a um público abran-gente uma programação cultural mui-to diversificada e gratuita. Assiste-se a

bons espetáculos musicais e teatrais, eas atividades em família e exposiçõessão variadas, destinadas também aautores e artistas do concelho e dafreguesia. Só não vê quem não quer.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Os compromissos assumidos por esteexecutivo municipal quando tomouposse, em 2013, estão a ser cumpri-dos. Portanto, em bom rigor, não pos-so sentir falta daquilo que já foi con-cretizado em pouco mais de doisanos de mandato. Todas as obras sãoimportantes para o desenvolvimentoe melhoria da qualidade de vida dapopulação do concelho. Se assim nãofosse, não teriam sido assumidas poreste executivo municipal.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Face à atual conjuntura, para quandofor possível. Primeiro, devem estar al-guns projetos importantes para a Viladas Aves.

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…A Câmara Municipal está muito bempresidida. Tem em marcha um con-junto de políticas que vão ao encon-tro das reais necessidades das pes-soas e das empresas. Quando assimé, não há necessidade de mudar,nem que seja por um dia…

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Um grupo de amigos se juntava nocafé e conversava horas a fio, sem terque se preocupar com o telemóvel.

Eu faria um abaixo-assinado para...Acabar com a violência, desempregoe pobreza.

Eu pagava para…Ver aquelas pessoas que, por instintonatural ou ignorância, fomentam a crí-

tica pela crítica a colaborarem com polí-ticas, práticas e ideias construtivas.

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Costuma dizer-se que em equipa queganha, não se mexe. O PS tem demons-trado estar à altura da confiança de-positada pela população de SantoTirso. Estamos perante uma CâmaraMunicipal com políticas centradas naspessoas e com uma postura assenteno diálogo social, preocupada ematrair investimento e criar postos detrabalho e projetar além-fronteiras oconcelho de Santo Tirso. Por tudo isto,não se coloca sequer a questão de mu-dança da gestão autárquica.

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Com negativistas. Gosto de estar ro-deada de pessoas otimistas, que metransmitem confiança e que me aju-dam a crescer enquanto pessoa eprofissional.

Com quem é que gostava de se coligar?Com todos aqueles que, por bem,queiram contribuir para o desenvol-vimento de uma sociedade mais jus-

ta, solidária e igualitária.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?Obviamente! A responsável pelo Cen-tro Cultural Municipal de Vila dasAves é a Dr.ª Maria do Céu.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Parque do Verdeal, em Vila das Aves,e Parque de Lazer, em Roriz.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Sou apologista da execução dos tra-balhos até ao fim. Ainda mais, quan-do estão a ser bem desenvolvidos.

A quem dava com um pau de selfie?Não sou adepta de violências! Masneste caso, a todos aqueles qua nãotêm a coragem de nos enfrentar enos criticam pelas costas.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?É lamentável o esforço que é feitopor alguns para confundir oferta deum programa cultural e de promo-ção turística do concelho com festas.Sinceramente, não vejo festas – vejoum diversificado programa de dina-mização cultural e social para todosos públicos. Em tempos, víamos osjovens a se deslocarem para outrosconcelhos; hoje em dia, assistimos aocontrário. Por que será? Porque temos,de facto, uma dinâmica diferente. Ho-je, Santo Tirso tem vida, tem juventu-de e arrasta gente de fora. Todas asatividades, iniciativas ou festas desen-volvidas só beneficiam o comércio lo-cal e ajudam a projetar o município.

A quem oferecia uma medalha de mé-rito?A todos os que se dedicam ao volunta-riado e se sacrificam, sem pedir nadaem troca, para ajudar as pessoas. |||||

Sou apologistada execuçãodos trabalhosaté ao fim.Ainda mais,quando estão aser bemdesenvolvidos”.SÓNIA MARTINS

20 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

DESPORTO

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - FARENSE 41

18 - VISEU 41

19 - V. GUIMARÃES B 39

20 - MAFRA 38

21 - SANTA CLARA 38

23 - ORIENTAL 33

22 - BENFICA B 38

2624 - UD OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - OLHANENSE 50

10 - VARZIM 49

11 - BRAGA B 49

12 - COVILHÃ 47

13 - SPORTING B 47

15 - ATLÉTICO 42

14 - PENAFIEL 45

4216 - LEIXÕES

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - FC PORTO B 63

02 - CHAVES 62

03 - FEIRENSE 61

04 - FAMALICÃO 60

05 - PORTIMONENSE 57

07 - GIL VICENTE 56

06 - FREAMUNDE 56

5508 - CD AVES

SEGUNDA LIGA PORTUGUESA DE FUTEBOL / CD AVES

Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

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FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Depois da vitória frente ao F C PortoB, o Aves também venceu na jornadade 13 de março, frente ao Atlético,ficando nessa altura em 8º lugar com55 pontos. A jornada seguinte, emGuimarães frente ao Vitória B, quedecorreu ontem, dia 16, já depois dofecho da edição do Entre Margens,era encarada com elevada expetativaatendendo às boas prestações ante-riores dos avenses.

Na deslocação a Leixões, no dia27 de fevereiro, o Clube Desportivodas Aves perdeu por 3-1. A eficáciada equipa de Matosinhos ditou oresultado final e a equipa de UlissesMorais somava na altura a 3ª der-rota consecutiva.

Depois, recebeu o Freamunde eempatou a uma bola. Foi uma parti-da onde o equilíbrio foi nota domi-nante, com as duas equipas a dispu-tarem muito bem o meio campo, mas,mesmo assim, o Aves conseguiu fa-zer notar-se de forma mais evidente.

Desportivo dasAves recuperaa confiança eregressa às vitóriasSURPREENDENDO O LÍDER FC PORTO B EM SUA CASA,O AVES RECOMEÇOU NOVA SÉRIE DE JOGOS DEFORMA POSITIVA, DERROTANDO TAMBÉM O ATLÉTICO

O resultado final acabou por ser in-justo para a formação avense, poistudo fez pela vitória.

Foi no jogo com o primeiro clas-sificado que o Aves, surpreendente-mente, regressou às vitórias. No jogocontra ao FC Porto B realizado a 10de março no Estádio de Pedroso (Gaia),o Aves apostou no ataque e em jo-gadas de pressão alta que condicio-naram as saídas do adversário parao ataque. Os homens do Aves volta-ram com a vitória por uma bola azero e os correspondentes três pon-tos porque souberam, primeiro, apro-veitar o erro do adversário e depoisdefender afincadamente o resultado.

Depois desta vitória fora de por-tas, a equipa avense voltou a vencer,no passado domingo, desta vez ajogar em casa, frente ao Atlético, pordois golos sem resposta.

A equipa do CD Aves entrou emcampo com algumas alterações rela-tivamente à formação habitual mascom um único objetivo, a vitória. Echegou ao golo cedo, na sequênciade um cruzamento de Renato Reis,logo aos 11 minutos. A equipa deNilton Terroso (técnico do Atlético),mesmo em desvantagem, apostou emlances de bola parada para criar peri-go. Na 2ª parte, os primeiros minu-tos foram de grande “reboliço”, ondese destacou a expulsão de Nelson Pe-droso por acumulação de amarelos.Mas esta expulsão quase não afetouos homens da casa que conseguiramchegar novamente ao golo. Depoisde uma grande confusão na área doadversário, o defesa Pierre, acaboupor concretizar um auto golo quandoo cronómetro marcava 62 minutos.Resultado justo, pois só uma equipafez por merecer. O Desportivo das Avesfoi a única equipa que quis vencer. ||||||

EM CIMA, IMAGEM DA VITÓRIA DOAVES FRENTE AO ATLÉTICO.EM BAIXO A SURPREENDENTEVITÓRIA DO CLUBE DE VILA DASAVES NO JOGO COM O PORTO B

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 21

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CAMPEONATO DE PORTUGAL Desportivodas Avesnão chegoua fazerhistória

Situação doTirsense complica-se||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

O FC Tirsense vê a sua situação com-plicar-se depois dos últimos resulta-dos em virtude da aproximação dosseus adversários diretos. Nos últimostrês jogos o Tirsense faz apenas 4 pon-tos: venceu o Sousense, fora, por 1-2,empatou (1-1) em casa com o Coim-brões e perdeu fora, no passado do-mingo, com o Salgueiros por 1-0.

Está neste momento em 4º lugar,com 18 pontos, na fase de manuten-ção do Campeonato de Portugal –serie C e embora próximo dos luga-res de descida, também é verdade queestá a dois pontos da segunda posi-ção, ocupada pelo Vila Real. A próxi-ma jornada realiza-se a 20 de mar-

ço (domingo) às 15 horas em SantoTirso, sendo precisamente o Vila Realo adversário a defrontar.

AR S MARTINHOA Associação Recreativa de S. Marti-nho, que disputa a serie B, fase demanutenção do Campeonato de Por-tugal, somou apenas 3 pontos nosúltimos três encontros: começou porperder em Felgueiras (1-0), venceuem casa o Oliveirense (2-0) e vol-tou a perder em S. Torcato (2-1).

Nesta altura encontra-se em 3ºlugar com 19 pontos, apenas a doispontos do 2º lugar, mas também adois pontos dos lugares de descida.No próximo encontro será disputa-do com o Varzim B na Póvoa. |||||

No passado dia 4 de março, em ceri-mónia realizada na sede social, to-maram posse os corpos gerentes doFutebol Clube Tirsense eleitos em 27de fevereiro. Preside à direção Fernan-do Matos, retomando assim as fun-ções que exerceu anteriormente e deque se havia demitido, como foi am-plamente noticiado.

A posse foi dada pelo presidentecessante da Mesa da Assembleia Ge-ral, Hernâni Gomes, que cedeu o seulugar a Gonçalves Afonso; este, na

Fernando Matos assumede novo a presidênciada direção do Tirsense

intervenção que fez na sessão, refe-riu ser necessário ter um clube à di-mensão da terra, mas com os pés bemassentes no chão.

No ato de posse o reeleito presi-dente reforçou a sua determinaçãoem continuar a trabalhar para o en-grandecimento do Futebol ClubeTirsense e agradeceu o apoio de to-dos os que se dispuseram a fazer partedas listas definindo a união de to-dos como um dos pontos fundamen-tais para o sucesso coletivo. |||||

TIRSENSE

Pela primeira vez na história dofutsal avense, o clube estevenos oitavos de final da taça dePortugal. No passado dia 5 demarço, o pavilhão do ClubeDesportivo das Aves teve umadas suas maiores assistênciasno que toca a público. A co-munidade avense aderiu empeso à “convocatória” de apoi-ar o clube num momento tãoespecial.

Recebeu nessa tarde de sá-bado o Modicus, que joga naliga principal do futsal em Por-tugal. O clima era de festa e sóse lamenta a atitude da equipade arbitragem que esteve total-mente inclinada para o lado daequipa teoricamente mais for-te, influenciando muito clara-mente o resultado final.

O Aves bateu-se ate ao úl-timo segundo pela vitória, maso que fica registado é a vitoriada equipa do Modicus, por 1-3 frente a um Aves que tudofez para vencer e fazer históriano futsal avense. |||||

FUTSAL - OITAVOSDE FINAL DATAÇA DE PORTUGAL

O Karaté Shotokan de Vila das Avesparticipou nos campeonatos organi-zados pela Federação Nacional deKaraté Portugal, que decorreram noPavilhão Municipal de Ponte de Sor,com quatro atletas e três conseguiramum lugar no pódio. Na categoria sub-

21, Iuri Silva, Manuel Ribeiro obtive-ram cada um o terceiro lugar e, em se-niores, Ana Pinto obteve também umaterceira posição. São três medalhasde bronze obtidas em competiçãocom os melhores karatecas de Portu-gal, em todos os estilos de karaté. ||||||

Três medalhas para Vila dasAves nos CampeonatosNacionais Seniores e Sub 21

Lea Barros (1º lugar kumite juvenis,menos de 40 kg) e Tânia Barros (3ºlugar kumite cadetes, menos de 54kg) brilharam nos campeonatos daFederação Francesa realizados emParis no passado dia 5 de março, fi-cando apuradas para os campeona-tos nacionais das respetivas catego-

rias. Para poderem competir nestescampeonatos, as atletas encontram-se inscritas num clube francês e sen-do a França uma grande potência anível mundial em karaté, esta partici-pação demonstra o grande valor dasatletas, para quem se espera um futu-ro promissor. ||||||

Atletas do Karaté Shotokan noscampeonatos franceses

KARATÉ

22 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

VILA DELORDELO

Maria Irene Coelho Dias

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 79 anos de idade, falecida noHospital de Guimarães no dia 27 de Fevereiro de 2016.O funeral realizou-se no dia 28 de Fevereiro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no Cemitério da Vila deLordelo. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

S. TOMÉNEGRELOS

Maria Madalena Lopes da Silva

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de S. Mamede de Negrelos, com 47 anos deidade, falecida no IPO do Porto no dia 3 de Março de2016. O funeral realizou-se no dia 4 de Março, na CasaMortuária da Vila de S. Tomé de Negrelos, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitériolocal. Sua família renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

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O Entre Margensendereça às famílias

enlutadas as suasmais sentidascondolências

ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016 | 23

José Miguel Torres

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HORÓSCOPO ZODIACOSEGUNDA QUINZENA DE MARÇO DE 2016

Por: Maria Helena ||||| [email protected]

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 4 de Espadas, quesignifica Inquietação, agitação. Amor:Poderá sofrer uma grande desilusãocom alguém que lhe é muito próxi-mo. O pensamento positivo é o me-lhor remédio para qualquer mal! Saú-de: Faça algum tipo de exercício derelaxamento. Dinheiro: Não se dis-traia. Pensamento positivo: Vivo o pre-sente com confiança!

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 7 de Copas, que sig-nifica Sonhos Premonitórios. Amor:Não seja tão impulsivo, só tem a per-der com isso. Se quer ser verdadeira-mente vitorioso, vença-se a si próprio!Saúde: Cuide do seu aspecto físico.Dinheiro: Não pense que o dinheiroestica, se não for você a controlar-se,ele não se controla sozinho. Pensa-mento positivo: Eu tenho pensamen-tos positivos e a Luz invade a minhavida!

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Temperança, quesignifica Equilíbrio. Amor: Se não con-trolar as suas emoções poderá sofrercom isso. Utilize a sua força de vonta-de conscienciosamente e de modosábio. Saúde: Dê atenção aos seus den-

tes. Dinheiro: Período favorável. Pen-samento positivo: procuro ser com-preensivo com todas as pessoas queme rodeiam.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 4 de Ouros, que sig-nifica Projectos. Amor: Alguém quelhe é muito especial vai preparar-lheuma surpresa. Cultive a alegria noseu coração e ela dar-lhe-á frutosde Paz. Saúde: Não pense que Deusestá muito longe, ele está dentro desi. Dinheiro: Cuide mais do seu bolsopois se não for você a cuidar ninguémcuidará. Pensamento positivo: O Amorinvade o meu coração.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: 8 de Copas, que sig-ni f ica Concret ização, Fel ic idade.Amor: Não deixe que terceiros se in-trometam na sua relação afectiva. Sigaa sua intuição, siga o caminho doamor! Saúde: Dê mais atenção à suasaúde, pois na verdade mente sã, cor-po são. Dinheiro: Período pouco fa-vorável a grandes investimentos. Pen-samento positivo: Eu sei que possomudar a minha vida.

VIRGEM (23/08 a 22/09)

Carta Dominante: Valete de Paus, quesignifica Amigo, Notícias Inesperadas.Amor: Seja prudente na forma comofala com quem gosta, pois às vezesquando não pensamos naquilo quedizemos ferimos sem querer as pesso-as de quem mais gostamos. Saúde: Opensamento positivo é o melhor re-médio para qualquer doença! A saú-de é o espelho da nossa alma, nuncase esqueça disso. Dinheiro: A sua vidafinanceira está a passar por um perío-do negativo, mas não se preocupe,pois a tendência é para melhorar. Pen-samento positivo: Sou optimista, es-pero que me aconteça o melhor!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: Ás de Espadas, quesignifica Sucesso. Amor: Estará muitocarente, procure ser mais optimistaquanto ao seu futuro sentimental. Aesperança é uma energia da sua per-sonal idade. Desenvolva-a ! Saúde:Tendência para alguns problemasdigestivos. Dinheiro: Período posi-tivo para colocar projectos em mar-cha. Pensamento positivo: Eu tenhoforça mesmo nos momentos mais di-fíceis!

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: 8 de Espadas, que

significa Crueldade. Amor: Sentir-se-á um pouco sozinho no mundo, masnão é bem assim, afinal tem tantagente que gosta de si. Permita-se a sipróprio a visão da alegria e sinta-adiariamente. Saúde: Poderá ter algu-mas dores de ouvidos. Dinheiro: Nãodesis ta de lutar, pois a v ida nemsempre nos sorri quando queremos,e o seu projecto terá tempo de vin-gar e dar lucros. Pensamento positi-vo: Eu acredito que todos os desgos-tos são passageiros, e todos os pro-blemas têm solução.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 3 de Paus, que sig-nifica Iniciativa. Amor: Procure sermais extrovertido, só tem a ganharcom isso. Cultive o relacionamentointerpessoal e verá que obterá bene-fícios. Saúde: Possíveis dores nas ar-ticulações. Dinheiro: Esta é uma óp-tima altura para tentar reduzir os seusgastos. Pensamento positivo: O Amorenche de alegria o meu coração!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)

Carta Dominante: O Julgamento, quesignifica Novo Ciclo de Vida. Amor:Alguém para quem você é muito im-portante vai dar-lhe um bom conse-lho. Que a clareza de espírito esteja

sempre consigo! Saúde: Tendênciapara dores musculares. Dinheiro: Pos-sível aumento. Pensamento positivo:Vivo de acordo com a minha consci-ência.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 9 de Paus, que sig-nifica Força na Adversidade. Amor: Asua capacidade de entrega e sensuali-dade estarão melhores do que habi-tualmente. A força do Bem transfor-ma a vida. Que o amor esteja sempreno seu coração! Saúde: Sentir-se-ámuito dinâmico e com um acréscimode força de vontade. Dinheiro: Seráajudado na sua profissão. Pensamen-to positivo: O meu único Juiz é Deus.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: A Torre, que signi-f ica Convicções Erradas, Colapso.Amor: Poderá apaixonar-se ou aumen-tar o seu interesse por alguém. Dêtempo ao tempo e acredite que é pos-sível ser feliz. Saúde: Tenha muitocuidado com a sua alimentação. Di-nheiro: Os seus negócios têm a possi-bilidade de dar certos. Pensamentopositivo: Esforço-me por dar o meumelhor todos os dias.

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A FECHAR24 | ENTRE MARGENS | 17 MARÇO 2016

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancasa 31 de março

A festa da Páscoa é o ponto alto da liturgiae da fé cristãs. O ano litúrgico cristão tem oseu centro na Páscoa que irradia paratodas as celebrações litúrgicas, anuaissemanais e diárias. Da Páscoa e para cele-brar a Páscoa nasce o culto da Igreja. Istoporque ela é a celebração sacramental daPáscoa de Cristo, síntese do seu mistério desalvação, celebração cristã por excelência.1

Proponho-me aqui discorrer um poucosobre a Páscoa Cristã.

A sua data, móvel, mas sempre entreos dias 22 de março e 25 de abril (in-clusive), obedece a regras fixadas logo noprimeiro século da Igreja, no concílio deNiceia. Esta festa deriva da Páscoa Judai-ca em que os judeus celebravam a li-bertação do seu povo, do Egito (ondeestava escravizado) para Canaã, agrade-cendo a Deus tal acontecimento e pe-dindo-Lhe que sempre o acompanhasse.

Como é sabido de todos nós, o cris-tianismo, nas suas celebrações festivas,adotou costumes e símbolos já em usopelos povos que antecederam o seu apa-recimento. Assim, desta festa dos judeusconstava um refeição composta por pãesázimos e pelo cordeiro pascal, cuja imo-lação bem como toda a cerimónia darefeição obedeciam a regras carregadasde simbolismo.

Em Jesus Cristo, com a Sua morte eressurreição, depois de cumprido o ri-tual da Ceia pascal (judaica) com os dis-cípulos, cumpre-se a promessa do mes-sias libertador. É agora Ele o novo Cor-deiro Pascal. Uma nova, transmudada Pás-coa surge para os que a Ele aderiram.Por Ele, pela sua Morte e Ressurreição, adefinitiva libertação é dada a toda a Hu-manidade. E a Páscoa torna-se a festapor excelência na vida de um cristão, peloque nós os cristãos nos preparamos paramelhor a vivermos, durante a Quaresma,nomeadamente durante o Tríduo Pascalda Paixão e Ressurreição do Senhor, quese inicia “na Missa da Ceia do Senhor,tem o seu centro na Vigília Pascal e ter-mina nas Vésperas do domingo da Res-surreição.” No entanto, não acaba aquia Páscoa. O tempo Pascal é um tempoalargado como que a lembrar-nos que

OPINIÃO

Páscoa Cristãnão se esgota no dia de Páscoa a nossavivência deste acontecimento central davida de um cristão - a Morte e Ressur-reição de Jesus Cristo - que abriu cami-nho para a nossa ressurreição.

Então como se celebra, na liturgia, oTempo Pascal? - “Os cinquenta dias quese prolongam desde o domingo da Res-surreição até ao domingo do Pentecos-tes celebram-se na alegria e exultaçãocomo um único dia de festa, melhor,como «um grande Domingo»; Os oitoprimeiros dias do Tempo Pascal consti-tuem a Oitava da Páscoa e celebram-secomo solenidades do Senhor”.2

No norte de Portugal, em muitas fre-guesias, no domingo de Páscoa, conti-nua viva um tradição que teve aqui suaorigem há longos séculos. Falo do Com-passo - Visita Pascal. Que significa “Com-passo - Visita Pascal”?

Da leitura de trabalho de cariz históri-co-litúrgico sobre este tema, de GeraldoJ. A. Coelho Dias (disponível na Net), per-cebemos que, originariamente, o compas-so-visita pascal era a forma solene adota-da pelos párocos, pela Páscoa, sobretu-do nas terras de Entre Douro e Minho,para a bênção das casas que iam sendoconstruídas/habitadas, sendo que “Com-passo é, simplesmente a Cruz com a ima-gem do Crucificado, a qual, se tornoupara os cristãos, após a Ressurreição deJesus, sinal de redenção e glória”; nãosignifica, portanto - o que, tal como eu,muitos pensarão - a caminhada, com aCruz, de casa em casa de forma compas-sada. “Inicialmente, quando tal costumese formou e propagou, o importante nãoera levar a Cruz a beijar a casa dos cris-tãos nem sequer fazer o anúncio festivoda Ressurreic¸ão do Senhor”. Como aolongo dos séculos, esta prática no tocan-te à bênção das casas se foi tornando in-viável devido ao aumento da população,uma outra significação para este ritual sefoi impondo e atualmente nas freguesi-as onde se cumpre ainda esta tradição,é o anúncio e a alegria da Ressurreição.

Hoje, não é só o pároco que tira oCompasso. Os leigos, homens e mulhe-res, são chamados a colaborar nesteacontecimento Compasso-Visita Pascal.Com este título, em Vila das Aves, é dis-tribuído pela paróquia, atempadamente,a cada casa, um boletim dando contada zonas e respetivo itinerário que cadauma das dezassete equipas deverá seguir.

Aleluia! Aleluia! Cristo Ressuscitou!Santa Páscoa! |||||

1 Bíblica nº 3442 www.liturgia.pt/documentos/ano_lit.php

Felisbela Freitas

De 25 a 28 de março, a celebraçãopascal faz-se no Mercado Nazareno,em Santo Tirso. Transformada numaaldeia histórica, a Praça 25 de Abrilcontará com várias recriações bíblicas,restauração e produtos tradicionais.No total, mais de quatro dezenas deatores e figurantes e quase 80 arte-sãos e gastrónomos vão ajudar a re-cuar no tempo. A entrada é gratuita.

Cutelaria, grinaldas, olaria, sabõesterapêuticos, jesuítas, petiscos, porcono espeto, pão em forno de lenha…Nada vai faltar, garante a autarquia,no recinto cujo cenário recorre a al-guns símbolos de outrora. No Mer-cado Nazareno faz-se, ainda, a recri-ação histórica dos últimos instantesda vida de Cristo, bem como o dealgumas passagens bíblicas.

O Mercado Nazareno estará aber-to durante quatro dias, desde a sex-ta-feira santa à segunda-feira de Pás-coa, de manhã, até à noite. Pelo meio,cerca de duas dezenas de represen-tações históricas, com destaque para“Crucificação”, na sexta-feira, pelas22h30, “Dor de Mãe”, no sábadopelas 16h30, “Ressureição”, no do-mingo, pelas 14h30, ou “A últimaceia”, na segunda-feira, às 17h30.

A vida na aldeia é uma das novi-dades da edição deste ano, onde asartes e os ofícios, incluindo os cui-dados indispensáveis aos animaispresentes na mesma, vão animar a

Praça 25 de Abril voltaa transforma-senuma aldeia histórica

Praça 25 de Abril ao longo dos vári-os dias. “Quisemos aumentar a di-nâmica em torno do Mercado, deforma a que o programa possa ser omais interessante possível para quemnos visita”, explica o presidente daCâmara Municipal, Joaquim Couto.

A abertura oficial do MercadoNazareno está marcada para as 15horas de sexta-feira, apesar do espa-ço estar aberto desde as 10 horas.Durante esse dia, 25 de março, “OBatismo”, momento em que Jesus ébatizado no poço por João Batista, éa primeira dramatização do MercadoNazareno, prevista para as 15h30.Entre as várias recriações do primei-ro dia estão também “O Pão Sagrado”,pelas 17h00, momento em que Jesusfaz o milagre da multiplicação do pão,e a “Chegada a Jerusalém”, às 18h00,quando é aclamado pelo povo maslevado a julgamento pelos soldados.Às 21h30, a “Via Sacra” recorda o mo-mento em que Jesus carrega a cruzaté ao calvário, que termina com asua “Crucificação”, pelas 22h30.

No sábado, dia 26, a partir das14h30 acontece a “Recolha e o En-terro”, com os soldados a entrega-rem o corpo de Jesus aos Apóstolos,que o preparam para a sepultura. Ador de Maria, que chora em frenteao túmulo do seu filho, é retratadapelas 16h30. O dia termina com a“Parábola do Trigo e do Joio”, às 21h00.

Domingo, dá-se a continuação dasdramatizações dos momentos bíbli-cos, com a “Ressurreição” e revelaçãodo desaparecimento do corpo deCristo, às 14h30. Mais tarde, pelas21h30, Jesus faz “A Aparição”.

O dia de encerramento conta coma evangelização e o apregoamentodos seus ensinamentos pelos Após-tolos, num momento de interação dosatores com o público. A “Última Ceia”,às 17h30, recorda o convite de Je-sus aos seus discípulos para uma ceia,que estes não suspeitam tratar-se daúltima na sua companhia. |||||

PRAÇA 25 ABRIL ACOLHE MAIS UMA EDIÇÃO DO MERCADO NAZARENOQUE INCLUI VÁRIAS REPRESENTAÇÕES HISTÓRICAS

SANTO TIRSO

O MERCADO NAZARENOESTARÁ ABERTODURANTE QUATRO DIAS,DESDE A SEXTA-FEIRASANTA À SEGUNDA-FEIRADE PÁSCOA, DE MANHÃ,ATÉ À NOITE. PELO MEIO,REALIZAM-SE CERCA DEDUAS DEZENAS DEREPRESENTAÇÕESHISTÓRICAS, COM DES-TAQUE PARA “CRUCIFI-CAÇÃO”, A “RESSUREI-ÇÃO” E “A ÚLTIMA CEIA”