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Assessoria ao Cirurgião Dentista Publicação mensal interna a Papaiz – edição III – junho de 2014 11 3894 3030 papaizassociados.com.br Escrito por: Dr. André Simões, radiologista da Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem

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Assessoria ao Cirurgião DentistaPublicação mensal interna a Papaiz – edição III – junho de 2014

11 3894 3030 papaizassociados.com.br

Escrito por: Dr. André Simões, radiologista da Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem

11 3894 3030 papaizassociados.com.br

O cisto dentígero é aquele que envolve a coroa do elemento dental não/semi irrompido, expandindo seu capuz pericoronário. É o cistomaxilo mandibular de desenvolvimento - ou seja, de origem não inflamatória - mais comum.

Os dentes mais frequentemente acometidos são os terceiros molares inferiores e os caninos superiores, respectivamente. Entretanto pode estar associado a qualquer elemento; são mais raros nos dentes decíduos. Geralmente, esses cistos são descobertos em exames de rotina, pois têm cursos clínicos lentos e silenciosos.

O crescimento do cisto dentígero se dá pelo acúmulo de líquido entre a coroa e o epitélio do órgão do esmalte ou entre as camadas interna e externa do próprio epitélio do órgão do esmalte.

O aspecto radiográfico é de uma imagem radiolucida (nas radiografias), hipodensa (nas tomografias), envolta à coroa do elemento dental. Delimitando esta área de lise óssea, verificamos um halo radiopaco/hiperdenso, que adere à junção amelocementária. Este halo representa uma esclerose óssea reacional, que nada mais é do que a tentativa do organismo de conter a lesão. Por vezes, é possível notar comprometimento das corticais vizinhas, bem como verificar reabsorção radicular externa de elementos em contato com a lesão.

Radiograficamente, o cisto dentígero pode mostrar três padrões diferentes: central, lateral e circunferencial. Na variante central, a coroa é envolvida simetricamente; no tipo lateral, a lesão abrange parcialmente o dente (podendo estender-se até uma das superfícies radiculares) e por fim, no padrão circunferencial, observamos o elemento sendo envolvido totalmente ao folículo.

Tomográfica ou radiograficamente, em muitos casos seu padrão de imagem costuma ser patognomônico (fortemente compatível). Porém, alguns cistos dentígeros de maiores proporções (como nos casos do tipo circunferencial), podem se mostrar radiograficamente idênticos ao ameloblastomaunicístico ou ao tumor odontogênicoceratocístico, por exemplo. Por este motivo, vale lembrar que apenas à luz do resultado histopatológico pode-se chegar ao diagnóstico definitivo.

Através da TCCB, é possível delimitar mais precisamente o comprometimento dos acidentes anatômicos vizinhos. Há casos em que o cisto dentígero pode abaular, adelgaçar e até mesmo romper corticais, comunicando-se com a cavidade bucal.

Na mandíbula, podemos observar a relação de contato ou proximidade com o canal da mandíbula; em lesões mais extensas, este último pode estar deslocado de seu trajeto. Na maxila, verificamos a relação com o comprometimento do seio maxilar (quanto dos terceiros molares acometidos) ou com a cavidade nasal (quando de caninos acometidos).

CISTO

DENTÍGERO

Radiografia Panorâmica: Elemento 33 não irrompido em posição ectópica, apresentando imagem hipodensa associada à sua coroa,

compatível com cisto dentígero padrão central

Radiografia Panorâmica: Elemento 48, não irrompido, apresentando imagem radiolucida associada à sua coroa, compatível

com cisto dentígeros padrão lateral

Radiografia Panorâmica: EImagem compatível com cisto dentígero, bilateralmente. O Dente 38 apresenta padrão radiográfico central; o

elemento 48 apresenta padrão radiográfico circunferencial. Notar reabsorção radicular externa das unidades 36, 37 e 37. Diagnóstico

diferencial: tumor odontogênicoceratocístico

CASO 1

Vista Panorâmica: Imagem hipodensa associada ao elemento 35, compatível com cisto dentígero padrão circunferencial

Cortes Sagitais: Imagem hipodensa associada ao elemento 35, compatível com cisto dentígero

Cortes coronais: Imagem hipodensa associada ao elemento 35, compatível com cisto dentígero padrão central

Cortes Axiais: Imagem hipodensa associada ao elemento 35, compatível com cisto dentígero padrão central

CASO 1I

Vista Panorâmica da mandíbula, lado direito: Imagem hipodensa associada ao elemento 48, compatível com cisto dentígero padrão lateral.

Diagnóstico diferencial: cisto paradental

Cortes sagitais, lado direito: Imagem hipodensa associada ao elemento 48, compatível com cisto dentígero.

Diagnóstico diferencial: cisto paradental

Cortes coronais: Imagem hipodensa associada ao elemento 48, compatível com cisto dentígero.

Diagnóstico diferencial: cisto paradental

Cortes Axiais: Imagem hipodensa associada ao elemento 48, compatível com cisto dentígero. Diagnóstico diferencial: cisto paradental

CASO 1II

Vista Panorâmica: Imagem hipodensa associada ao elemento 38, compatível com cisto dentígero padrão circunferencial.

Cortes Sagitais: Notar acometimento do terço posterior do corpo da mandíbula, trigonoretromolar e ramo da mandíbula

correspondente. Diagnóstico diferencial: ameloblastoma, tumor odontogênicoceratocístico

Cortes coronais: Notar acometimento do terço posterior do corpo da mandíbula, trígonoretromolar e

ramo da mandíbula correspondente. Diagnóstico diferencial: ameloblastoma, tumor

odontogênicoceratocístico

Cortes Axiais ao nível do ramo da mandíbula, mostrando extensão da lesão: Notar acometimento do terço posterior do corpo da mandíbula, trígonoretromolar e ramo da mandíbula correspondente. Diagnóstico diferencial: ameloblastoma, tumor odontogênicoceratocístico

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