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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ATA DA ia. REUNIÃO DA 8ª. SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 26 DE JULHO DE 2012 ATA Nº. 19 / 2012 ÍNDICE 1. ABERTURA DA REUNIÃO 2. ORDEM DE TRABALHOS 3. SR. PRESIDENTE DA A.M. 4. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO 5. PERÍODO DA ORDEM DO DIA 5.1. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 550/12 - DHPA - RELATIVA À CONCESSÃO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DA TAXA DE UTILIZAÇÃO DE BALNEÁRIOS PÚBLICOS, PREVISTA NO ARTIGO 62°., DA TABELA DE TAXAS E OUTRAS RECEITAS DO MUNICÍPIO DE OEIRAS - RETIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO Nº. 291/12 - OFÍCIO Nº. 19920 DE 29-06-2012 5.1.1. VOTAÇÃO 5.2. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 533/12 - DCT - RELATIVA À ATRIBUIÇÃO DE COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA, APOIO LOGÍSTICO E RECONHECIMENTO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS MUNICIPAIS RELATIVO AO COOLJAZZFEST 2012 - OFÍCIO Nº. 19922 DE 29-06-2012 5.2.1. VOTAÇÃO 5.3. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.0. Nº. 594/12 - DAAA - RELATIVA À ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS REFERENTE AO PROCº. 74/11, PARA CONSTRUÇÃO DO EQUIPAMENTO EDUCATIVO COM AS VALÊNCIAS DE CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA DE NATUREZA SOCIAL, SITO NA RUA ALTO

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

ATA DA ia. REUNIÃO DA 8ª. SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA

MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 26 DE JULHO DE 2012

ATA Nº. 19 / 2012

ÍNDICE

1. ABERTURA DA REUNIÃO

2. ORDEM DE TRABALHOS

3. SR. PRESIDENTE DA A.M.

4. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

5. PERÍODO DA ORDEM DO DIA

5.1. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 550/12 - DHPA - RELATIVA

À CONCESSÃO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DA TAXA DE UTILIZAÇÃO DE

BALNEÁRIOS PÚBLICOS, PREVISTA NO ARTIGO 62°., DA TABELA DE TAXAS E

OUTRAS RECEITAS DO MUNICÍPIO DE OEIRAS - RETIFICAÇÃO DA PROPOSTA

DE DELIBERAÇÃO Nº. 291/12 - OFÍCIO Nº. 19920 DE 29-06-2012

5.1.1. VOTAÇÃO

5.2. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 533/12 - DCT - RELATIVA À

ATRIBUIÇÃO DE COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA, APOIO LOGÍSTICO E

RECONHECIMENTO DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS MUNICIPAIS

RELATIVO AO COOLJAZZFEST 2012 - OFÍCIO Nº. 19922 DE 29-06-2012

5.2.1. VOTAÇÃO

5.3. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.0. Nº. 594/12 - DAAA - RELATIVA

À ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS REFERENTE AO PROCº. 74/11, PARA

CONSTRUÇÃO DO EQUIPAMENTO EDUCATIVO COM AS VALÊNCIAS DE

CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA DE NATUREZA SOCIAL, SITO NA RUA ALTO

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DO MONTIJO, EM CARNAXIDE, PELA FUNDAÇÃO PÃO DE AÇÚCAR - AUCHAN

5.3.1. VOTAÇÃO

5.4. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 620/12 - DASSJ - RELATIVA

AO PROGRAMA DE OCUPAÇÃO DE TEMPOS LIVRES - "MEXE-TE NAS FÉRIAS" -

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO

5.4.1. VOTAÇÃO

5.5. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 627/12 -DASSJ - RELATIVA

À MEDIDA DE COMPARTICIPAÇÃO NAS DESPESAS COM MEDICAMENTOS -

APROVAÇÃO DE REGULAMENTO MUNICIPAL

5.5.1. VOTAÇÃO

5.6. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 475/12 - GMA - RELATIVA AO

RELA TÓRIO DE EXECUÇÃO DO PLANO DE PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO

DO MUNICÍPIO DE OEIRAS - APRECIADA

5.7. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA C.M.0. Nº. 526/12 -GMA - RELATIVA AO PLANO DE

PREVENÇÃO DE RISCOS DE GESTÃO DO MUNICÍPIO DE OEIRAS DE 2012 -

APRECIADA

5.8. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 551/12 - GP - RELATIVA À

ADESÃO DO MUNICÍPIO DE OEIRAS À "ARTEMREDE -TEATROS ASSOCIADOS"

E APROVAÇÃO DOS ESTATUTOS - RETIRADA

5.9. APRECIAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 474/12 - GP - RELATIVA AO RELATÓRIO

DE ATIVIDADES RELATIVO AO EXERCÍCIO DE 2011 E PROPOSTA DE

APLICAÇÃO DE RESULTADOS - "ARTEMREDE - TEATROS ASSOCIADOS" -

RETIRADA

5.10. APRECIAÇÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA C.M.O. Nº. 638/12 - SMAS - RELATIVA

A PROCEDIMENTOS CONCURSAIS PARA CONTRATO DE TRABALHO EM

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

FUNÇÕES PÚBLICAS POR TEMPO INDETERMINADO - ABERTURA DE

PROCEDIMENTOS EXCLUSIVOS PARA TRABALHADORES DETENTORES DE

PRÉVIA RELAÇÃO JURÍDICA DE EMPREGO PÚBLICO

5.10.1. VOTAÇÃO

6. SR. PRESIDENTE DA A.M.

7. ENCERRAMENTO DA REUNIÃO

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A· -----------ATA DA za. REUNIÃO DA 8ª. SESSÃO EXTRAORDIN

--------------------MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 26 D . JULH.,SlE 201 1-~~~~~-+......;:~~--j~---

P P D/PS D ---------------------------------------------------ATA Nº. 19 / 2012-----------..,,-=--=--=--=--""'--=--=--=--=---""'--,,._,.,,.,,:,,.,..i..........--...._--a

CDS-PP --------------Aos vinte e seis dias do mês de julho de dois mil e d

Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo corno Primeira Secretária a

Senhora Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães e corno Segunda Secretária a

Senhora Maria da Graça Rodrigues Tavares.----------------------------------------------------------------

1. AIJE:Jl'flJJli\ ])A llE:lJ~I~() -----------------------------------------------------------------------------

--------------Pelas vinte horas e cinquenta minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a

Segunda Reunião da Oitava Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Oeiras,

procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de quarenta Deputados

Municipais (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Carlos

Alberto Ferreira Morgado, Nuno Emanuel Carnpilho Mourão Coelho, Salvador António Martins

Bastos Costeira, Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos

Santos, António Pita de Meirelles Pistacchini Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio

Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira

Santos, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Nuno

Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d'Oliveira

Batista, Isaías Fernando Ferreira Teles, Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares

de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira

e Vasconcelos Guimarães, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno Miguel Pinheiro

Mendes Magro, Maria de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté, Pedro Duarte Alves de Lara Everard,

Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bruno Filipe Carreiro

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:~JVi l <.f ,'.~'.:;'(:~::~--·--J~e:s;·~~~~-L~~~~f-~.~~'!-1: iro, Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de Sousa Coutinho,

--·-Ain~bal go_:;é_ po_:12él!!~~-_Q~e iro, Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e ···t·- , i CI (. <1 ' ( J c1 q

· · - Gastm,< Mig,el ··da·· Gàm_ara· Almeida Pinto e José Henriques Lopes), desta Assembleia : ' · 'l'l-!.<L>

-1~1:~f~1:: .t==-~~?~::_:-: ----------------------------------------------------------------------------------~L-=-::::.=::t::,,.~-. ds. Senh_ &l!.. E emjido Victor Beirão Alves, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Luís tui;u:i1adA~A ,;,1111•0=\ll :11w1."l />,o:cl --------··- --· Manuel de Figueiredo da Silva Lopes, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Rui Pedro Gersão

Lapa Miller, Maria de Deus Carvalho Pereira, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Tiago

Manuel Coruche Serralheiro, Silvino Monteiro Cardita Gomes da Silva, Ana Maria Andrade

Borja Santos de Brito Rocha, Bernardo Maria de Villa-Lobos Freire Caldeira, Joaquim Vieira

Cotas e Pedro Alexandre Pereira Fernandes da Costa Jorge pediram a sua substituição para esta

reunião, tendo sido substituídos pelos Senhores Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, José Dâmaso Martins

Furtado, Jorge Valle d'Oliveira Batista, Isaías Fernando Ferreira Teles, Bruno Miguel Pinheiro

Mendes Magro, Maria de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté, Pedro Duarte Alves de Lara Everard,

Jorge Miguel Lobo Janeiro, Maria Margarida Duffner Pimenta, Aníbal José Gonçalves Guerreiro

e Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro.------------------------------------

-------------Faltaram os Senhores Arlindo Pereira Barradas, Maria Margarida Duffner Pimenta,

Paulo Pinto de Carvalho Freitas do Amaral, tendo a Mesa justificado as respetivas faltas.----------

-------------Representaram a Câmara Municipal de Oeiras o Senhor Vice-Presidente Paulo César

Sanches Casinhas da Silva Vistas e os Senhores Vereadores Ricardo Lino Carvalho Rodrigues e

António Ricardo Henriques da Costa Barros. ---------------------------------------------------------------

2. ()~~1\1 ])~ 'I'lli\ll..A.lill{)S------------------------------------------------------------------------------

-------------Foi estabelecida para a presente reunião a seguinte Ordem de Trabalhos: ---------------

1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 550/12 - DHPA - relativa à Concessão de

Isenção do Pagamento da Taxa de Utilização de Balneários Públicos, prevista no Artigo 62°., da

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município de Oeiras - Retificação da Proposta de

Deliberação Nº. 291/12 - Ofício Nº. 19920 de 29-06-2012;-----------------------------------------------

2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 533/12 - DCT - relativa à Atribuição de

Comparticipação Financeira, Apoio Logístico e Reconhecimento de Isenção do Pagamento de

Taxas Municipais relativo ao COOLJAZZFEST 2012 - Ofício Nº. 19922 de 29-06-2012;----------

3. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 594112 - DAAA - relativa à Isenção do

Pagamento de Taxas referente ao Procº. 74/11, para construção do equipamento educativo com

as valências de creche e jardim de infância de natureza social, sito na Rua Alto do Montijo, em

Carnaxide, pela Fundação Pão de Açúcar - AUCHAN; ---------------------------------------------------

4. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 620/12 - DASSJ - relativa ao Programa de

Ocupação de Tempos Livres - "Mexe-te nas Férias" - Alteração ao Regulamento;-------------------

5. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 627/12 - DASSJ - relativa à Medida de

Comparticipação nas Despesas com Medicamentos - Aprovação de Regulamento Municipal; -----

6. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 475/12 - GMA - relativa ao Relatório de Execução do

Plano de Prevenção de Riscos de Gestão do Município de Oeiras; --------------------------------------

7. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 526/12 - GMA - relativa ao Plano de Prevenção de Riscos

de Gestão do Município de Oeiras de 2012;-----------------------------------------------------------------

8. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 551/12 - GP - relativa à Adesão do Município

de Oeiras à "ARTEMREDE - Teatros Associados" e aprovação dos estatutos; -----------------------

9. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 474/12 - GP - relativa ao Relatório de Atividades relativo

ao exercício de 2011 e Proposta de Aplicação de Resultados - "ARTEMREDE - Teatros

Associados'';------------------------------------------------------------------------------------------------------

10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 638/12 - SMAS - relativa a Procedimentos

Concursais para Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado -

Abertura de Procedimentos Exclusivos para Trabalhadores Detentores de Prévia Relação

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Jurídica de Emprego Público. ---------------------------------------------------------------------------------

3. O Senhor Presidente da A.M. iniciou a reunião, dizendo o seguinte: -----------------------------­

-------------"Verificado o quórum, vamos então abrir a nossa reunião.---------------------------------

-------------Desejo uma muito boa noite a todos.-----------------------------------------------------------

-------------V amos continuar os trabalhos uma vez que eles começaram já com uma visita a três

obras muito importantes e com grande impacto na qualidade de vida dos munícipes de Oeiras. --­

-------------Vamos dar continuidade à Sessão que começámos na terça-feira passada e

terminaremos hoje.----------------------------------------------------------------------------------------------

-------------De acordo com o nosso artigo sexagésimo quinto do Regimento, nas sessões e

reuniões que se realizam à noite, elas começam pela possibilidade do público poder intervir.-----­

------------- Embora esteja muito pouco público, está algum, e pergunto se alguma pessoa do

público quer usar da palavra nesta Sessão?------------------------------------------------------------------

------------- Parece-me que não. -------------------------------------------------------------------------------

-------------V amos então prosseguir os nossos trabalhos.-------------------------------------------------

-------------Desejo a todos uma muito boa e produtiva reunião."----------------------------------------

4. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO------------------------------------------------------------------------

-------------Não houve intervenção do público.-------------------------------------------------------------

5. PERÍODO DA ORDEM DO DIA-----------------------------------------------------------------------

5.1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 550/12 - DHPA- relativa à Concessão de

Isenção do Pagamento da Taxa de Utilização de Balneários Públicos, prevista no Artigo

62º., da Tabela de Taxas e Outras Receitas do Município de Oeiras - Retificação da

Proposta de Deliberação Nº. 291/12 - Ofício Nº. 19920 de 29-06-2012 (os documentos

relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião). ------------

-------------A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) fez a seguinte

intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------------------

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~' ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------"O Partido Socialista, relativamente à Proposta hoje em apreço e ao conteúdo formal

da mesma, nada tem a opor.-----------------------------------------------------------------------------------­

--------------De qualquer das formas, considerámos interessante esta Proposta trazer no seu texto

considerações a propósito da utilização deste serviço por parte de vários sem-abrigo e recordo­

me de, há cerca de um ano e meio, nesta sede, a Senhora Vereadora da Ação Social ter referido

várias vezes numa discussão até bastante acesa que aqui tivemos, que não existiam sem-abrigo

no Concelho de Oeiras. -----------------------------------------------------------------------------------------

--------------Diz o primeiro parágrafo desta informação que este serviço é muitas vezes utilizado

por parte de vários sem-abrigo e, portanto, a única constatação que queremos fazer, o único

registo que queremos deixar aqui bem claro, é que a Câmara Municipal afinal assume de forma

clara e inequívoca que existem sem-abrigo no Concelho.------------------------------------------------­

--------------E o mais curioso ainda é que estes sem-abrigo até se deslocam à Freguesia de Paço

de Arcos, que é urna freguesia considerada das mais ricas do Concelho, o que não deixa de ter a

sua piada. Portanto, fica o registo por parte do Partido Socialista, que nem sempre aquilo que é

dito corresponde ao real, afinal, acaba por ter registos escritos diferentes daquilo que são os

registos verbais.''-------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Deputado António Moita (IOMAF) observou o seguinte:-------------------

--------------"Não me iria propor intervir nesta Proposta, que tão óbvia parece, se não fosse esta

intervenção inicial da Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) que, enfim, vem

fazer uso de alguns argumentos que são completamente despropositados e, julgo até, que nem

ficam bem colocá-los nesta Assembleia. Desde logo porque se refere que a utilização prioritária

destes balneários públicos são por um conjunto de outras pessoas e não é, obviamente, destinada

exclusivamente a pessoas em condições sociais muito complicadas, designadamente aos sem-

abrigo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------E quanto à questão que a Senhora Deputada coloca da existência ou não existência

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de sem-abrigo neste Concelho, ficou desde sempre muito claro nesta Assembleia que se algum

dos Senhores Deputados conhecesse algum caso onde situações deste género acontecessem, de

carência social grave que merecesse apoio da Câmara Municipal, que ele seria prestado

imediatamente.---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Agora, não confundir isso, e a Senhora Deputada sabe isso tão bem como eu, que há

casos graves de pessoas que não são enquadráveis no plano social. São pessoas que não aceitam

auxílio, são pessoas que não aceitam ajuda. São poucos casos, graças a Deus, neste Concelho,

mas eles existem e, com certeza, seria relativamente a alguns destes casos que a Senhora

Vereadora se referiu na ata que aqui temos e, portanto, não vamos confundir as coisas, não

vamos trazer para a discussão como se fosse o facto mais importante coisas que não se passam,

coisas que não existem e tenho pena que a Senhora Deputada utilize uma expressão, ainda por

cima, tendo a consciência de que ela não corresponde à realidade deste Concelho e que a traga

para aqui, como se isso fosse algo de muito grave que alguém da Câmara, designadamente a

Senhora Vereadora, tivesse dito.------------------------------------------------------------------------------

-------------Se há coisa que é prática nesta Câmara é que assumem as situações, sejam elas

positivas ou nem tanto e obviamente que casos sociais como aqueles que refere, são casos que

nos preocupam a todos e que preocupam, muito em especial, a Câmara Municipal. ----------------­

-------------E estou certo que não foi nesse tom nem com esse espírito que o assunto foi trazido à

Sessão de Câmara e tenho pena, repito, que a Senhora Deputada tenha aproveitado este tema

para transformar aqui aquilo, como hoje se diz, um não caso, um não assunto."---------------------­

-------------A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) esclareceu o seguinte: ---

------------- "Só para clarificar aquilo que eu disse, que o Senhor Deputado gosta de brincar com

as palavras e de lhes dar, um bocadinho, outro sentido.--------------------------------------------------­

-------------Talvez não esteja recordado Senhor Deputado, mas, não altura, aquilo que nós

discutimos aqui foi a existência, ou não, de sem-abrigo.--------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------Aquilo que a Senhora Vereadora aqui disse é que não existiam e aquilo que eu hoje

aqui disse, não foi trazer à coação um assunto que não tinha relevância, porque se não tivesse

relevância, o Senhor Deputado, pura e simplesmente, não lhe tinha tocado. --------------------------­

--------------Tanto tem relevância, que o Senhor Deputado resolveu responder-me. Até não era

para falar, mas até resolveu responder, o que significa que o caso, de facto, tem relevância.-------­

-------------- E tem relevância porque está aqui a afirmar que existem sem-abrigo. --------------------

--------------E é bom que esteja a afirmar, porque essa é que é a realidade e esta atitude é que é a

atitude transparente. A atitude de há um ano e meio atrás é que não foi transparente, porque

aquilo que a Senhora Vereadora aqui disse é que não existiam sem-abrigo e no final desse

Período Antes da Ordem do Dia, o Senhor Presidente já não diz a mesma coisa que a Senhora

Vereadora disse, o que é curioso. ----------------------------------------------------------------------------­

--------------Portanto, o melhor é o Senhor Deputado fazer uma pesquisa nas atas de há um ano e

meio atrás, reler aquilo que lá está, para perceber aquilo que eu quis, efetivamente, dizer.---------­

--------------0 que o Senhor Deputado agora tentou foi branquear aquilo que eu estava a dizer,

que é uma atitude também muito comum, ultimamente, em sede de discussão política."-----------­

--------------0 Senhor Deputado António Moita (IOMAF) disse o seguinte:------------------------

--------------"Queria só deixar uma breve nota que é a seguinte: levo muito a sério tudo aquilo

que a Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) aqui diz nesta Assembleia, mas se a

Senhora Deputada entende que, a partir de hoje, não devo ter tanto cuidado com isso, também

estou pronto para o fazer.---------------------------------------------------------------------------------------

--------------Mas prefiro continuar como até aqui e ter a maior consideração por aquilo que todos

os Senhores Deputados desta casa aqui dizem." -----------------------------------------------------------­

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) referiu o seguinte:-----------

--------------"A concessão da isenção de pagamento de taxa para a utilização dos balneários

públicos faz sentido, porque acaba por servir pessoas com escassas condições económicas que,

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pelo baixo valor associado ao serviço, desenvolvem as suas práticas de higiene no local e, corno

diz na própria justificação que nos foi dada a conhecer, verifica-se a utilização deste serviço por

parte de vários sem-abrigo, estando estes isentos de pagamento e por fazer a inscrição junto da

Junta de Freguesia de Paço de Arcos. ------------------------------------------------------------------------

-------------Em relação à discussão que se lançou aqui sobre a existência ou não de sem-abrigo,

gostava de lembrar ao IOMAF que a Senhora Vereadora, na última Comissão Municipal de

Saúde, anunciou a criação de urna casa para sem-abrigos no Bairro dos Corações, em Paço de

Arcos e, por isso, a existência dos sem-abrigo foi tão evidente que até há necessidade da criação

de urna casa.------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Portanto, acho que a partir daqui, e bem, e devo-vos dizer que é muito importante

que esta casa de abrigo vá para a frente e que este problema seja enfrentado e não apenas

conotados os sem-abrigo com as questões da doença mental que obviamente também existem." -­

-------------O Senhor Deputado Aníbal Guerreiro (CDU) inquiriu o seguinte: --------------------

-------------"Gostaria que o Senhor Vice-Presidente pudesse dar urna explicação, dado que vem

aqui para correção, sobre os motivos porque vem aqui novamente.------------------------------------­

-------------A outra questão é se esses balneários só existem em Paço de Arcos. Se existem em

mais sítios do Concelho, acho que também deviam ser isentos."---------------------------------------­

-------------O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) observou o seguinte: ---------------------------

-------------"Acho que na situação de crise existente no País, de pobreza e de desemprego, serão

cada vez mais as pessoas a necessitar destes serviços, corno necessitam de outras ajudas e de

outros apoios. ----------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------É pena, aqui há alguns anos, terem encerrado alguns balneários. Lembro, já não sei

há quantos anos, terem encerrado os balneários em Algés, por exemplo, que eram ali ao pé do

Palácio Ribarnar, ficava na parte de baixo.-----------------------------------------------------------------­

-------------Agora, lamentamos mais urna vez ter que discutir aqui esta Proposta só porque ela

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

não vinha bem elaborada, só porque trocaram o número do artigo. Continuamos a reclamar que

haja mais cuidado na Câmara para não acontecerem situações como esta. ----------------------------­

--------------De qualquer modo, votaremos exatamente da mesma maneira que votámos da outra

vez, porque é uma necessidade evidente." ------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Joaquim Ribeiro (J.F. Algés) fez a seguinte intervenção: ------

--------------"Ia falar sobre os sem-abrigo, mas vou começar na parte que concerne a Algés,

depois das palavras do Senhor Deputado Miguel Pinto (BE). -------------------------------------------­

--------------Algés não necessita daqueles balneários, porque Algés não tem sem-abrigo.------------

--------------Portanto, fará o favor, se tiver conhecimento de algum sem-abrigo em Algés, de o

reportar. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Por conseguinte, aqueles balneários não fazem falta e temos assistência, ainda hoje

estive num núcleo de intervenção de serviço social para os que necessitam, mas não temos sem-

abrigo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------No entanto, voltando então ao início, que foi o que me levou a pedir a palavra,

parece-me que, por vezes, se confunde o sem-abrigo com aquele que não quer receber o apoio. --­

--------------Nós tivemos, anos a fio, em Algés, um senhor que vivia junto à estação do comboio. -

--------------0 próprio Senhor Presidente, Doutor Isaltino, foi lá falar com ele, convencê-lo. Ele

não queria sair, queria ir dormir ao banco do jardim que na altura existia no largo. -----------------­

--------------Neste momento, ele não está em Algés, eu sei onde ele está "domiciliado", mas não

quer assistência, quer algum tipo de apoio mas não quer ser abrigado em lado nenhum. -----------­

--------------Portanto, só se voltarmos ao tempo de Salazar e obrigarmos as pessoas a ir para a

mitra. Se fizermos isso, aí sim, aí então agarramos e não pode estar na rua, vai para a mitra. Era

assim no tempo de Salazar, não sei se sabem. É do meu tempo. ----------------------------------------­

--------------Como nós hoje, e face à liberdade de que todos disfrutamos, não podemos, nem

devemos, agarrar na pessoa que quer viver na rua, temos que lhe dar a assistência que ela aceita e

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a necessária para que tenha o mínimo de condições de higiene e de apoio, mas não devemos, na

minha opinião é evidente, obrigar a pessoa a ser internada, como era feito antigamente, a dizer:

não, não podes estar na rua, porque és um sem-abrigo, não pode haver sem-abrigo, tens que ser

obrigado a ter abrigo. -------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Esta é a diferença entre o querer estar na rua e termos que lhe dar o apoio, na minha

opinião repito, no fundo, é um bocadinho a conceção filosófica, mas que não me compete a mim,

que nem é a minha especialidade, do sem-abrigo ou aquele que não quer ter abrigo, que será uma

discussão ligeiramente diferente, embora careça de todo outro apoio que deve merecer e ter. ------

-------------Em Algés, de que sou conhecedor, não há sem-abrigo."------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) referiu o seguinte:---------------------------

------------- "Acho que politizar esta questão é criticável e é grave.-------------------------------------

-------------Infelizmente é o mundo em que vivemos ou parafraseando Martin Luther King: "I

have a dream" e, de facto, o nosso sonho é um mundo melhor. Infelizmente, a realidade é outra. -

-------------E não nos podemos apenas ater há questão dos literalmente designados por sem-

abrigo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Basta pensarmos, por exemplo, em pessoas que, por razões económicas ou razões

várias, deixaram de ter capacidade, por exemplo, para pagar a água. Não têm água em casa

provisoriamente. -------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Portanto, julgo que estamos aqui e devemos analisar esta questão na perspetiva da

saúde pública e é na perspetiva da saúde pública que nós devemos aqui discutir esta questão que,

aliás, já não é a primeira vez, porque isto já cá veio.-------------------------------------------------------

------------- O que o PSD tem a dizer em relação a isto é que todos os atos, todas as decisões que,

de facto, interessem à comunidade e, neste caso, interessam à comunidade em geral e interessam

a alguns em particular, por força das circunstâncias são obrigados a utilizar estes serviços que,

aliás, nem sequer foram "descobertos agora'', visto que há muitos e muitos anos que Portugal se

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

habituou a ter balneários e muitos deles, e alguns de vocês, seguramente, lembram-se que ainda

hoje estão em funcionamento e com grande utilidade, os balneários junto ao Cais do Sodré, da

Câmara Municipal de Lisboa. Portanto, o que nós entendemos aqui é que esta medida era, é e

será sempre bem-vinda, desde que ela se resuma a dar maior qualidade de vida aos nossos

cidadãos e permitir-lhes aquilo que por situações de diversa ordem, muitas delas que eles

próprios não conseguiram controlar, se encontram na rua ou incapazes de prover uma higiene

mínima.---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------E por isso, nós damos os parabéns à Câmara e iremos votar hoje como votámos há

tempos atrás, ou seja, aprovando este diploma."-----------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Aníbal Guerreiro (CDU) disse o seguinte: ------------------------

--------------"Nós, CDU, iremos votar esta Proposta, mas também estou de acordo com a questão

que deve ser alargado, porque hoje em dia, e no nosso Concelho verifica-se, muitas famílias

estão privadas de água, dadas as dificuldades económicas. ----------------------------------------------­

--------------Por outro lado, queria responder ao Senhor Deputado Joaquim Ribeiro (J.F. Algés)

que as pessoas que dormem nos bancos do jardim de Algés, se não são sem-abrigo, então o que

são? É na Pensão Estrela?"------------------------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Marcos Sá (PS) observou o seguinte:-------------------------------

--------------"É só para deixar claro que nós não estamos a politizar esta questão.---------------------

--------------Agora, nós sabemos uma coisa: isto não é só uma questão de higiene pública. O

problema tem a ver com as políticas públicas de apoio e de ação social relativamente a estas

pessoas, porque estas pessoas têm que ser acompanhadas, têm que ser referenciadas, têm que ser

integradas novamente na sociedade, por todos os meios e mais alguns. -------------------------------­

--------------Muitas das vezes estas pessoas têm associados problemas psicológicos e

psiquiátricos, é certo, muitas vezes têm a questão do desemprego associada e da não atividade

profissional e essas pessoas têm que ter uma preocupação da sociedade em geral muito maior no

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sentido da sua integração. Isto não é uma questão de higiene como o PSD aqui quer dizer - peço

imensa desculpa - e de saúde ligada à higiene pública, basicamente foi aquilo que o Senhor

Deputado Jorge Pracana (PSD) aqui disse. Por amor de Deus, é muito mais do que isso. -----------

-------------E aquilo que nós temos que fazer é o contrário, é ter políticas, é saber o que é que

temos no terreno, é ter a ação social, de facto, a funcionar, os técnicos a funcionarem, as

instituições a funcionarem, as pessoas a serem integradas, exatamente no sentido inverso que é

de integrar essas pessoas novamente na sociedade. --------------------------------------------------------

-------------E sem nós reconhecermos que essas situações existem efetivamente, nunca

conseguiremos resolver os problemas dessas pessoas, por muito difíceis que sejam de resolver. --

-------------E aquilo que nós aqui criticamos é essa perspetiva que, durante muitos anos, esta

Câmara Municipal, de uma forma clara e objetiva, sempre recusou, aliás, como o Senhor

Presidente da Junta de Freguesia de Algés ainda agora disse, e é só uma questão de irmos a

Algés daqui a um bocadinho e verificamos exatamente o inverso daquilo que ele disse, é recusar

a realidade e essa recusa da realidade não resolve problemas. -------------------------------------------

-------------E a atitude de um político sério e com capacidade de intervenção e que quer resolver

o problema das pessoas, tem que ter uma postura e uma forma de estar na vida diferente. É olhar

para os problemas e resolvê-los, transformar para melhor a vida das pessoas."----------------------­

-------------O Senhor Deputado Joaquim Ribeiro (J.F. Algés) disse o seguinte:-------------------

------------- "Sem querer entrar em qualquer tipo de polémica, quero, no entanto, fazer um pedido

expresso e que agradeço, ou hoje ou quando quiserem estarei ao dispor, tanto ao Senhor

Deputado do Partido Comunista, como ao Senhor Deputado do Partido Socialista Marcos Sá,

digam-me onde é que estão, iremos lá, vou lá hoje, quando quiserem, vamos ver as pessoas,

vamos falar com elas e agradeço a vossa informação. Vamos lá e vamos ver. Estou aberto para

isso e vamos resolver.-------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Portanto, sem criar polémica, até ontem não havia e agora dizem-me que há gente a

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dormir. Bem, se estiver alguém a dormir uma noite na rua por qualquer motivo ou, se calhar, no

Optimus Alive até muitos dormiram na rua.----------------------------------------------------------------­

--------------Pedi a colaboração, por bem, dos Senhores Deputados. Farão o favor, digam-me

aonde, vão comigo, ou irei lá ainda esta noite verificar. Digam-me onde estão, verificarei e

pedirei, como já apresentei uma vez, se necessário, desculpa a esta Assembleia pela má

inf armação."------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. esclareceu o seguinte: ----------------------------

--------------"Senhores Deputados, eu penso que esta é uma questão que estaremos todos de

acordo.----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Acho que nesta matéria não haverá grandes divergências e a questão dos balneários

poderá ter a ver com os sem-abrigo, mas tem muito para além, ou tem algo diferente dos sem-

abrigo. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A Câmara não tem qualquer interesse, nem qualquer vontade de esconder seja o que

for. Um sem-abrigo é uma questão social que tem que ser acompanhada e os senhores sabem tão

bem quanto eu que há sem-abrigo que é muito mais que uma carência económica, que uma

carência habitacional. São questões psicológicas, questões psiquiátricas. Há mesmo situações

referenciadas que têm casa social atribuída pela Câmara e que eles próprios não conseguem viver

ou não querem viver em casa. Isso obriga a muito mais do que uma solução de encontrar uma

casa ou de encontrar um sítio para a pessoa dormir, obriga a um acompanhamento técnico.-------­

--------------E, portanto, não há qualquer vontade, até porque isto é uma situação que evolui, quer

dizer, hoje pode não haver, amanhã pode haver e todos nós - acho que é uma questão de

humanidade - estamos preocupados e estamos atentos a essas situações e, até há data, a Câmara

tem tido capacidade para responder a essa necessidade social. ------------------------------------------­

--------------Todo o sem-abrigo, toda a família, todo o indivíduo que é referenciado, tem havido,

por parte da Câmara e por parte da rede social das próprias instituições existentes no Município,

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capacidade para ir resolvendo estas situações. --------------------------------------------------------------

-------------Também foi aqui dito no passado e, portanto, também é um projeto que estamos a

concretizar com determinada instituição, que não me recordo do nome, que é a criação de uma

casa, de um local e que foi proposto e pensado no Bairro dos Corações, um local que poderia dar

suporte a estas questões com um acompanhamento técnico, com uma equipa social habilitada a

dar resposta a isto.-----------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Agora, os balneários vai para além disso, porque, eventualmente, a proposta fala em

sem-abrigo, mas não é apenas o sem-abrigo que utiliza o balneário.-----------------------------------­

-------------Hoje, mesmo num Concelho como o nosso, e nunca escondi isso, sempre o disse,

continua a existir carência habitacional, continua a haver pessoas que vivem em casas, ou em

partes de casas, em que o acesso à higiene não é o adequado, muitas vezes até mesmo não existe

e, portanto, estes balneários em Paço de Arcos dão resposta também a essas pessoas.---------------

-------------E é claro que com a situação que estamos a viver, em que muitas famílias têm que

entregar a casa aos bancos, em que muitas famílias deixam de ter capacidade para pagar renda, o

que acontece é, muitas vezes, casas que acolhiam uma família, hoje passam a acolher duas, quer

dizer, os filhos voltam para casa dos pais e, portanto, acaba por existir necessidade que, se

calhar, não existia tanto no passado, acaba por existir uma necessidade que é a da higiene e,

portanto, verificamos que estes balneários fazem sentido e por isso não foram fechados. -----------

-------------Por outro lado, a taxa que se cobrava também não faria sentido do ponto de vista

prático, porque obrigava a que fosse atribuído ao funcionário um abono para falhas, uma

responsabilidade que a receita que arrecadávamos não chegava sequer para essa despesa que

tínhamos que ter, por conseguinte, entendeu-se e bem acabar com esta taxa que é um valor muito

residual, é um valor que não tem expressão, que não tem significado e, portanto, manter este

serviço dos balneários.------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Agora, a pergunta que faz sentido é se vamos ter mais balneários, se estamos a

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pensar em alargar este serviço. --------------------------------------------------------------------------------

--------------Até há data, não temos sentido essa necessidade, porque existem muitas instituições

que têm este serviço, a Paróquia, a Misericórdia, e há um projeto que me recordo que é "Mãos

Dadas para a Vida", em Algés, que a Misericórdia tem, que disponibiliza banho, que

disponibiliza também balneários, que disponibiliza água quente e quem utiliza esse serviço não

são só os sem-abrigo e, portanto, não vamos pôr a questão, e é isto que vos peço, que os

balneários públicos apenas estão direcionados à população dos sem-abrigo. --------------------------

--------------Penso que este tipo de serviço faz sentido, tem sido também complementado, tem

sido desenvolvido por muitas instituições do nosso Concelho, faz sentido e, portanto, a Câmara

também se recorre destas instituições para prestar este serviço.------------------------------------------

--------------De qualquer maneira, a questão dos sem-abrigo, acho que, eventualmente, aquilo que

a Câmara diz é que não existe, até há data, qualquer situação referenciada que não tenha existido

capacidade para dar uma resposta social, para encontrar uma solução e, portanto, acho que aqui,

também como sabem, as juntas de freguesia, as redes sociais de freguesia que existem, que

funcionam, são uma ferramenta importantíssima para referenciar estas situações e para as

encaminhar.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Espero que consigamos manter esta capacidade de resposta, que possamos continuar

atentos a estas situações, não ter qualquer tipo de pruridos de assumir quando elas existem,

quando elas aparecem e também perceberem que a questão dos balneários, a questão dos banhos,

a questão das refeições, a questão da roupa limpa, hoje é um trabalho importantíssimo,

possivelmente, não tão visível quanto o desejado aos olhos da generalidade da população, mas é

um trabalho bastante positivo que é desenvolvido por um conjunto de instituições no nosso

Concelho que vai desde a Misericórdia, aos centros sociais paroquiais e às IPSS que fazem esse

trabalho.----------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Cingindo-me a esta Proposta, acho que ela tem toda a validade e que a preocupação é

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conjunta, independentemente da Força Política e de cada um de nós, acho que é urna realidade

que, do ponto de vista humano, merece a nossa atenção e que no caso também de,

individualmente, nós detetarmos alguma situação, ternos a obrigação de a denunciar, de a

referenciar e de a apontar e a Câmara cá está para tentar encaminhar e dar urna resposta a todas

estas situações.'' -------------------------------------------------------------------------------------------------

5.1.1.V()'f J\~J\() -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por

unanimidade, com trinta e nove votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Carlos J\lberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Nuno

Emanuel Carnpilho Mourão Coelho, Salvador António Martins Bastos Costeira, Maria João

Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, António Pita de

Meirelles Pistacchini Moita, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva,

Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da

Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Nuno Miguel Pimenta de

Carvalho Ribeiro, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d' Oliveira Batista e Isaías

Fernando Ferreira Teles), nove do Partido Socialista (Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes

Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria

Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno

Miguel Pinheiro Mendes Magro, Maria de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté e Pedro Duarte

Alves de Lara Everard), quatro do Partido Social Democrata (Jorge Manuel Madeiras Silva

Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bruno Filipe Carreiro Pires e Jorge Miguel Lobo

Janeiro), três da Coligação Democrática Unitária (Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de

Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro), um do Centro Democrático Social - Partido

Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro), um do Bloco de

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Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto) e um do Membro Não Inscrito (José Henriques

I.,opes). ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Deputado Carlos Alberto Ferreira Morgado, do Grupo Político Municipal

Isaltino Oeiras Mais à Frente, não estava presente na altura da votação.-------------------------------­

--------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

--------------"DELIBERAÇÃO N. º 78/2012----------------------------------------------------------------

--------------PROPOSTA C.M.O. N.º 550/12 - DHPA - CONCESSÃO DE ISENÇÃO DO

PAGAMENTO DA TAXA DE UTILIZAÇÃO DE BALNEÁRIOS PÚBLICOS,

PREVISTA NO ARTº. 62º., DA TABELA DE TAXAS E OUTRAS RECEITAS DO

MUNICÍPIO DE OEIRAS - RETIFICAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO Nº.

291/12 ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

quinhentos e cinquenta barra doze, a que se refere a deliberação número quarenta e quatro da

Reunião da Câmara Municipal, realizada em treze de junho de dois mil e doze, e deliberou por

unanimidade, com trinta e nove votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente, nove do Partido Socialista, quatro do Partido Social Democrata, três da Coligação

Democrática Unitária, um do Centro Democrático Social - Partido Popular, um do Bloco de

Esquerda e um do Membro Não Inscrito, Senhor José Henriques Lopes, aprovar a isenção do

pagamento da taxa de utilização de balneários públicos, prevista no artigo sessenta e dois da

Tabela de Taxas e outras Receitas do Município de Oeiras, nos termos e condições propostos

pelo Órgão Executivo do Município traduzidos naquela deliberação.----------------------------------­

--------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."

5.2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 533/12 - DCT - relativa à Atribuição de

Comparticipação Financeira, Apoio Logístico e Reconhecimento de Isenção do Pagamento

de Taxas Municipais relativo ao COOLJAZZFEST 2012 - Ofício Nº. 19922 de 29-06-2012

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(os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta

reunião).-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) fez a seguinte intervenção: ----------------

-------------"Uma vez mais, vem a esta Assembleia uma Proposta visando a concessão de um

conjunto de benefícios a uma organização desenvolvida por duas entidades, a "K Live

Experiences" e a "Música no Coração" e, como temos dito em situações anteriores, começamos

a estar cada vez mais críticos relativamente a estas situações. -------------------------------------------

-------------Há dois anos fui a Mafra ouvir um dos grupos que era o "Buena Vista Social Club

feat Ornara Portuondo" e paguei vinte euros. --------------------------------------------------------------­

-------------Isto para vos dizer que estamos perante uma organização com fins lucrativos que

vem pedir à Câmara comparticipações que, nos termos da Proposta que nos é trazida, se

consubstanciam numa entrega direta de vinte e seis mil e quinhentos euros, na isenção de taxas

no valor de dois mil trezentos e sessenta e seis euros e setenta cêntimos e depois, num conjunto

de apoios que vão desde a alínea a) à alínea t), desde assegurar o seguro de responsabilidade

civil, cedência de plantas para decoração do palco, disponibilização de carrinhas com motorista

para transbordo e empilhadora na montagem e desmontagem dos concertos, disponibilização de

duas mesas e cinco cadeiras, montagem e desmontagem de um estrado, etc., etc., etc .. --------------

------------- E para quê? Para ter dois objetivos: por um lado a Câmara ganhar visibilidade, visto

que todo o layout e publicidade a esta organização teria indicação da Câmara e depois para,

como contrapartida como se diz aqui, o promotor entregar à Câmara quarenta bilhetes por

espetáculo, com exceção do concerto de vinte e nove de junho, em que eram disponibilizados

sessenta bilhetes. ------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Julgo que nós devemos repensar, sem pôr em causa aquilo que é a vontade do

Município, e penso que razoável, de continuar a ser atrativo para estes eventos, temos que

repensar as contrapartidas, porque não faz sentido, numa organização como esta e em que um

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dos organizadores, julgo que é o mesmo que hoje comprou o Pavilhão do Atlântico por vinte e

oito milhões de euros, vir a este Concelho pedir isto e depois dar quarenta bilhetes por espetáculo

e mais sessenta. --------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nós temos imensas organizações de solidariedade social no Concelho. Por que não

impor a estas organizações a entrega de uma determinada verba a uma instituição de

solidariedade social do Concelho? Julgo que a Câmara tem que olhar para estas situações e

começar a destrinçar entre alguns eventos que se justificam, pelas suas características, enfim,

poder, de facto, obter contrapartidas mínimas de outros eventos como este, que devem ser

altamente lucrativos, e ainda bem que o são porque é importante que o sejam, mas, de facto, há

necessidade de repensar estas contrapartidas. --------------------------------------------------------------­

--------------Não nos podemos ater por quarenta, sessenta, cinquenta ou por dez bilhetes para

obter estas contrapartidas. -------------------------------------------------------------------------------------­

--------------Sugiro e recomendo vivamente à Câmara que no futuro equacione estas medidas, no

sentido de obter um apoio direto a instituições de solidariedade social, à escolha, eventualmente,

até do próprio promotor, mas desde que tenham a sua sede no Concelho.-----------------------------­

--------------Nós iremos votar favoravelmente esta Proposta, mas fica aqui a nossa preocupação e,

garantidamente, se a Câmara não o fizer, continuaremos a insistir para que isso seja feito agora

ou no futuro.''-------------------------------------------------------------------------------~---------------------

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) fez o seguinte

requerimento oral: ---------------------------------------------------------------------------------------------

--------------"O que subjaze nas propostas de isenção de taxas que normalmente vêm aqui a ser

aprovadas por esta Assembleia, aquilo que o CDS defende é que em relação ao dinheiro, e o

dinheiro público, deve ser usado com parcimónia e com responsabilidade. ---------------------------­

--------------De todas as isenções de taxas que aqui chegaram, esta inclui algo que nós achamos

absolutamente favorável, que é o seguinte e que também aproveito para fazer um requerimento

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oral, para que esta informação chegue a todos os Partidos nesta Assembleia, posteriormente.------

------------- Uma vez que, pela primeira vez li, não sei se isto foi também feito noutras, mas pela

primeira vez existe, como dever especial do segundo contraente, a apresentação, no final da

realização do evento, um relatório, no qual se explicitem os resultados alcançados, incluindo o

justificativo/comprovativo dos apoios concedidos pelo Município.-------------------------------------

-------------Por isso, passo a fazer um requerimento oral para que este estudo, uma vez que o

próprio "Cool Jazz" já terminou, chegue a esta Assembleia para que nós possamos,

conscientemente, termos a noção, porque mais do que fazer também esta avaliação, como foi

aqui feita pelo PSD, penso que seria útil, até porque acredito que o "Cool Jazz Fest", de facto, é

um relevante meio de promoção turística do Concelho de Oeiras, mas preciso de mais do que

isso. Preciso de saber quais são as contrapartidas, quais são os resultados alcançados. --------------

-------------Para esse juízo, nós vamos votar favoravelmente, com a salvaguarda de que este

estudo, esta indicação seja depois enviada à Assembleia para que nós possamos, no futuro ... -----

------------- E há outra pergunta que gostaria de saber: é que também aqui, dão a entender a

realização já prevista para o ano que vem do mesmo festival, com uma contrapartida não de vinte

e seis mil e qualquer coisa, mas num valor muito superior, pelo que gostaria de perguntar ao

Senhor Vice-Presidente se, de facto, está previsto o "Cool Jazz Fest" no próximo ano e a que

custo, qual é o acordo que têm com estas entidades promotoras."---------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) referiu o seguinte:--------------------------

------------- "Creio que há duas coisas que devíamos ver e uma delas tem a ver com a própria

Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Presidente mandou inscrever o assunto na Ordem do Dia de hoje com o

texto que vem da deliberação da Câmara. Não é verdade. O que nós estamos a discutir não é o

que está na Proposta, pois na mesma diz: "Apreciação e Votação da Proposta . . . relativa à

Atribuição de Comparticipação Financeira, Apoio Logístico e Reconhecimento de Isenção ... " e

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nós não temos nada a ver com as duas partes iniciais. A única coisa que estamos a discutir é a

isenção do pagamento, nem sequer é o reconhecimento. -------------------------------------------------­

--------------Isto levanta sempre um problema. Embora o ofício enviado à Assembleia fosse em

vinte e nove de junho e foi mesmo nesse dia que começou o Festival, nós estamos sempre a

decidir as coisas com elas já feitas, pois o "Cool Jazz Fest" acabou o fim de semana passado.

Creio que era importante termos em conta esta questão. -------------------------------------------------­

--------------Depois, há uma situação que já aqui foi referida mas, em meu entender, não foi

referida da melhor maneira. -----------------------------------------------------------------------------------­

--------------Quando tivemos a discussão do Optimus Alive, manifestámos uma posição muito

crítica, como expressámos na altura, não se pode estar a tirar dinheiro de comparticipação às

coletividades que promovem a cultura no Concelho e estar a dar ao mesmo tempo a um promotor

privado que ganha muito dinheiro - é preciso termos em conta - e creio que não há nenhuma

comparação, o Optimus Alive comparado com isto é um iceberg com uma pedra de gelo. O

Optimus Alive é de facto uma coisa que dá muito dinheiro. E se dá muito dinheiro acho que é

importante que a Câmara o apoie e que faça uma série de coisas, mas não estou é nada de acordo

que estejamos a isentar, porque se há um negócio e é rentável, sobretudo nesta perspetiva

neoliberal que o Estado não interessa para nada, para que é que está o Estado a meter lá dinheiro

e, portanto, não vale a pena.--------------------------------------------------------------------------------~--­

--------------Neste "Cool Jazz Fest" é diferente, porque é uma série enorme de espetáculos que se

realizam em tempos diferentes, em terreno, na maioria dos casos, que é da Câmara, penso que

este foi todo na Câmara, no Estádio Municipal e no Jardim, em terreno que é, de facto, da

Câmara e estamos de acordo com essa cedência. ----------------------------------------------------------­

--------------Agora, põe-se um problema que é como vamos avançar com comparticipações

financeiras, até numa perspetiva que vai aparecer a muito curto prazo: hoje, se não me falha a

memória, a Assembleia da República votou já duas leis que vão definir o futuro, os dirigentes e o

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Sector Empresarial Local e vai, rapidamente, fazer as finanças locais. --------------------------------­

-------------A Câmara de Oeiras não necessitará de ir a este P AEL - Plano dos Apoios

Económicos Locais. Se precisasse, não havia esta discussão, era impossível fazer isenções e

gostava de dizer que, estando em muito desacordo com algumas das medidas que vão retirar

autonomia administrativa e financeira aos municípios, esta questão das isenções sempre me

chocou. Acho que é muito mais lícito nós dizermos que vamos dar apoio, vamos dar subsídio a

esta instituição para ela pagar do que estarmos a isentar porque, ainda por cima, esta isenção

levanta sempre uma coisa complicada - aldraba as contas, retira das contas, quer dizer, a Câmara

não tem receita e não tem despesa correspondente a este valor: isenta e desaparece.-----------------

-------------Neste aspeto do "Cool Jazz Fest" e do "Sete Sóis Sete Luas" temos tido uma posição,

no meio de tudo isto, de apoiarmos e votarmos favoravelmente, mas com esta restrição:

achávamos que era muito mais lícito que no meio dos apoios que se dá, a Câmara dissesse que

juntava aos apoios aquilo que é necessário para eles pagarem as taxas e para ficar tudo como

deve ser, tudo corrigido." --------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) observou o seguinte:-------------------------------

-------------"É inevitável, sempre que ouço o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) a falar

destas isenções, lembro-me sempre da Festa do Avante e tenho uma curiosidade enorme em

saber como é que, efetivamente, entre apoios e isenções, funciona a Câmara do Seixal

relativamente a esta matéria. É uma grande festa da cultura e, também, deve efetivamente dar

muito dinheiro.---------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Aquilo que me importa aqui referir é que temos de fazer esta reflexão de uma forma

séria e estruturalmente diferente daquela que o PSD quis aqui fazer. ----------------------------------­

-------------A quem compete o apoio às instituições de solidariedade social é à Câmara

Municipal e, portanto, das duas, uma: ou a Câmara Municipal decide cobrar os impostos devidos

relativamente a estas festas e atividades culturais que se passam aqui no Concelho de Oeiras

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para, depois, até utilizar essas verbas e, de forma transparente, ajudar equitativamente todas as

associações e instituições de solidariedade social do Concelho, ou então pôr na mão dos privados

a entrega a "a'', "b'', "c" ou "d'', não se sabe muito bem por que motivo, nem porquê,

relativamente a dinheiros que são públicos e que é uma concessão do público ao privado

relativamente a essa matéria, isso parece-me um erro, muito sinceramente, não concordo e,

portanto, essa perspetiva queria deixá-la, desde já, aqui, porque acho que os apoios às

instituições de solidariedade social têm que ser feitos pela Câmara Municipal e de uma forma

transparente, com regulamentos claros, objetivos e com objetivos para cumprir - nessa

perspetiva. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Depois, um segundo ponto que me parece também importante: já fizemos várias

vezes o Optimus Alive, o "Cool Jazz Fest'', o "Sete Sóis Sete Luas'', por diversos anos e acho

que também já está na altura, entre o deve e o haver, de haver um estudo a sério da Câmara

Municipal de que vantagens é que nós temos no nosso território do ponto de vista económico, do

ponto de vista do desenvolvimento do comércio local, do ponto de vista do turismo, do ponto de

vista do nome, e do bom nome, que por estes motivos, efetivamente, se faz aqui em Oeiras, o que

é que isto significa para a Câmara Municipal, que mais-valias é que traz para a Câmara

Municipal, que mais-valias é que traz para os oeirenses no seu global. --------------------------------­

--------------Acho que essa perspetiva tem que ser feita e que a Câmara, neste momento, tem

elementos de três ou quatro anos, que poderá avaliar de forma séria e transparente e trazê-los à

Assembleia Municipal e ao Executivo da Câmara Municipal, no sentido de serem discutidos e do

conhecimento público. -----------------------------------------------------------------------------------------­

--------------E depois, ter uma política que me parece que tem que ser clara relativamente às

isenções.--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nós já propusemos no passado, e voltamos a propor, que relativamente às isenções

de que qualquer atividade que seja aqui feita no Concelho de Oeiras tem que haver um

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regulamento onde seja previsto quando é que se faz a isenção e quando é que não se faz. ----------

-------------Quer dizer, não podemos ter aqui um lado arbitrário que hoje é as "Barrigas de

Amor", outro evento que também dá muito dinheiro, ali no Parque dos Poetas e lá vamos nós

isentar e, aliás, a Assembleia Municipal ainda tem esta característica é que, normalmente,

quando faz a isenção já aquilo se passou há uns meses largos, ou seja, já estamos, basicamente, a

pronunciarmo-nos sobre uma coisa que já aconteceu e que a Câmara Municipal já negociou com

os promotores. Portanto, das duas, uma: acho que era importante ter um regulamento, onde

estivessem excecionadas e previstas as isenções, com base em critérios que fossem transparentes

e assim, quando as situações fossem analisadas, os serviços analisavam, propunham e a coisa era

transparente, quer dizer, politicamente, não temos que fazer aqui grandes opções relativamente a

essa matéria e relativamente às receitas, a Câmara aplicá-las devidamente nas áreas, e se for nas

áreas sociais, ainda bem, que é uma área que o Partido Socialista muito estima e gosta de

investir." -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte:----------------------------

-------------"Só uma questão que creio que é bom termos presente.-------------------------------------

-------------A discussão que fazemos, e nós, CDU, não estamos muito habituados a andar neste

tipo de situações em que andamos a guerrear-nos mutuamente. -----------------------------------------

-------------Já não é a primeira vez que falamos sobre estas questões e que, sobretudo do PS,

vem esta questão da Festa do Avante e creio que era importante, independentemente dos risos,

terem em conta: primeiro - a Festa do Avante é feita num terreno que é propriedade do Partido

Comunista Português. Não há mais ninguém que tenha nenhum terreno, se vocês quiserem ir

fazer, têm que o ir pedir. Mais: os apoios que são dados, não tenho a mínima dúvida que se

forem ver os apoios da Câmara Municipal de Lisboa, que é de maioria Socialista, provavelmente

são maiores que os apoios que são dados pela Câmara Municipal do Seixal, porque as

capacidades são diferentes. E terceiro: ainda agora ouvimos o Senhor Deputado Jorge Pracana

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

(PSD) falar sobre os vinte euros que pagou para ir a um espetáculo do "Cool Jazz Fest" a Mafra.

Provavelmente, aqui andam no mesmo preço. Os três dias da Festa do Avante custam vinte e um

euros. Quanto é que custa os três dias do Optimus Alive? Se queremos falar nisto, vamos pôr os

problemas todos como deve ser, para acabar com estas questões que são completamente questões

de denúncia de coisas absolutamente utópicas de quem não faz a mínima ideia.---------------------­

--------------Mas comprometo-me a outra coisa: a não demorar muito tempo a trazer cá as contas

da Festa do Avante e aquilo que são os apoios que recebe dos vários sítios para os Senhores

Deputados terem ideia que é completamente diferente daquilo que são as aleivosias que muitas

vezes são ditas nesta Assembleia."---------------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Marcos Sá (PS) observou o seguinte: -------------------------------

--------------"É para descansar o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) no sentido de uma

coisa: é que não tem nada a ver com uma pergunta do PS, é uma curiosidade minha, Marcos Sá,

cidadão e munícipe. Por acaso, sou deputado desta Assembleia Municipal e escusa de ficar

nervoso com a pergunta, porque os apoios são mais do que sabidos, quer por isenções, quer por

apoios reais, quer dizer, isso é uma evidência. Não vale a pena."---------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado António Moita (IOMAF) fez a seguinte intervenção:------------

-------------- "Julgo que estamos aqui a confundir alguns planos e para que fique absolutamente

clara a nossa posição relativamente a esta questão, diria que em vez de IOMAF (Isaltino Oeiras

Mais à Frente) se fossemos ISMAF (Isaltino Seixal Mais à Frente) daríamos todo o apoio à Festa

do Avante. Esta é uma festa que merece e estou certo que o PS, na linha daquilo que tem dito

nesta Assembleia, se um dia vier a ganhar a Câmara Municipal do Seixal dará todo o apoio

também à Festa do Avante porque participa e apoia bons projetos e estou convencido que o PCP

poderá, nessa altura, também contar com o apoio do PS.-------------------------------------------------­

--------------Relativamente a este assunto em concreto, queria dar nota que para nós é

extremamente importante, e penso que para todos os Concelhos que têm a sorte de ver

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concretizadas ações deste tipo na sua área, criar condições para que elas continuem a ser um

sucesso. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Este Cool Jazz Festival, em concreto, era algo que se realizava salvo erro, mas julgo

que o Senhor Vice-Presidente poderá esclarecer isso melhor, na área de três Concelhos,

realizava-se em Cascais, em Mafra e aqui em Oeiras. Julgo que este ano a atividade se

concentrou em Oeiras. Não sei exatamente porquê, mas sei que Oeiras ficou a ganhar com isso.

Sei que a concentração deste festival e das várias ações que teve em Oeiras foi extremamente

positiva. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------E eu desde há muito tempo que digo que tudo aquilo que merecer apoio público tem

que ter a seguir alguma forma de ser medido e temos que apurar os resultados que as ações e os

apoios da Câmara vão tendo, mas isso é tão válido para o Cool Jazz como para o Optimus Alive,

como para qualquer apoio, qualquer comparticipação financeira que a Camara Municipal dê a

qualquer instituição deste Concelho. -------------------------------------------------------------------------

-------------Volto a dizer, para quem esteve menos atento, que é nossa posição que qualquer

comparticipação financeira que a Câmara Municipal tenha para ações de toda a índole, seja este

tipo de ações ou outras em que os apoios financeiros da Câmara vão acontecendo tem que depois

ter como consequência alguma forma de auditar, de medir os resultados que foi tendo.-------------

------------- Obviamente que nós estando perante isto temos que considerar . extremamente

positivo que uma organização deste tipo acredite em Oeiras, concentre aqui as suas atividades, à

semelhança, aliás, daquilo que um pouco por esse País outras entidades fazem, encontrando

parcerias com apoios financeiros muito mais elevados para dar às pessoas que frequentam este

tipo de ações e de espetáculos mas também a toda a população que vive e que vem de fora. Não

estamos aqui a falar do Optimus Alive mas é bom não esquecer que este ano, pela primeira vez,

foi feito um enorme investimento fora do País no sentido de trazer a este festival um conjunto de

visitantes estrangeiros e penso que os números já são muito impressivos e que dão bem a ideia da

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

importância, quer no Concelho, quer no País, quer mesmo fora dele, que acontecimentos deste

tipo têm.----------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Cool Jazz Festival é também um festival de uma qualidade muitíssimo grande,

basta ver o conjunto de grupos e de cantores que participam e merece, do meu ponto de vista,

todo o apoio da Câmara. ---------------------------------------------------------------------------------------­

--------------Evidentemente que eu sou tentado a concordar, também já o digo aqui há muito

tempo, que este esquema de isenções de taxas também não me parece o melhor, também não me

parece que é aquele que é mais correto, também preferiria, se calhar, tal como a CDU aqui

propõe, que este apoio fosse encontrado no âmbito de um conjunto de apoios que a Câmara

Municipal dá e continuaria a cobrar-se a taxa porque é um bom princípio que assim se faça.

Agora, não é por efeitos de maior transparência porque esta continua a acontecer por esta via e,

portanto, ainda que encontrássemos outra forma chegaríamos ao fim com um resultado parecido.

--------------Parece-me, também, e como já foi aqui dito, que devem ser conhecidos os resultados

dos relatórios que vão ser produzidos sobre aquilo que do ponto de vista da Câmara Municipal e

do ponto de vista do Concelho são as consequências práticas da realização deste tipo de

acontecimentos. --------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Por último, gostaria de dizer que estou obviamente preocupado com a aplicação de

dinheiros públicos mas também por essa via chego a uma conclusão distinta. daquelas que

algumas Forças Políticas aqui chegaram. Eu tenho para mim que as câmaras municipais e, neste

caso em concreto, a Câmara Municipal de Oeiras tem que encontrar, há falta de outros meios,

para conseguir produzir o mesmo resultado, ou seja, não pode, nem faz nenhum sentido ser a

Câmara Municipal a contratar este conjunto de grupos para virem a Oeiras. São entidades,

correm riscos e os riscos, como calcularão, vão muito para além destes apoios que a Câmara

Municipal aqui presta, têm que ser entidades que em parceria com a Câmara, e cada um no

âmbito de uma parceria dá aquilo que é possível dar, a encontrar formas de continuar a trazer

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este tipo de acontecimentos importantes para o Concelho. Por conseguinte, não só acho que é de

extrema importância que a Câmara o tenha feito, corno é de extrema importância que a mesma

continue a criar condições para que isto continue a acontecer nos próximos anos. Assim, não me

parece que faça algum sentido dizer que a canalização destes apoios faria muito mais sentido

para outro tipo de instituições, designadamente as de cariz social. Com toda a franqueza, estamos

a falar de coisas que não têm nada a ver urnas com as outras e não é por causa dos apoios que são

prestados a festivais deste tipo que deixa de haver apoios de caráter social às instituições que

deles carecem e, portanto, não me parece que faça algum sentido confundir os planos. Vamos

tratar deste de urna forma séria e também concordo que a Câmara Municipal deva encontrar

todas as fórmulas possíveis não só com a Música no Coração (que é este o caso) mas com um

conjunto vastíssimo de outras entidades, corno a empresa que faz a organização do Optimus

Alive, como outras que existem no mercado, porque só dessa forma é que em Oeiras poderão

continuar a existir nos próximos anos acontecimentos com o nível, a qualidade e os índices de

participação que este tipo de acontecimentos tem tido." --------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) disse o seguinte:-----------------------------

------------- "Eu começo por dizer "a imaginação ao poder" porque, de facto, o que está a faltar

nesta Câmara é imaginação. -----------------------------------------------------------------------------------

-------------Em resposta ao Senhor Deputado Marcos Sá (PS) queria dizer-lhe que é bom não

esquecer a responsabilidade social das empresas. Qualquer empresa neste País hoje tem, de

facto, essa responsabilidade ou se não a tem devia tê-la. Portanto, o que eu disse não tem a ver

com a Câmara deixar de participar naquilo que é sua obrigação no que respeita aos apoios que

concede e continuará a conceder, o que tem a ver é criar aqui um acréscimo de apoio decorrente

daquilo que é urna atividade de responsabilidade social que qualquer empresa deve ter. O que

nós aqui dissemos e defendemos é que a Câmara deveria repensar as contrapartidas, porque nós

todos sabemos que neste Concelho, nomeadamente com promotores imobiliários, houve sempre

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a possibilidade de encontrar contrapartidas e o que se diz aqui é que estas instituições, estes

eventos, que dão lucro deviam ter contrapartidas. ---------------------------------------------------------­

--------------Esclarecendo o Senhor Deputado António Moita (IOMAF) também gostaria de dizer

que eu não referi que a Câmara deixasse de prestar o apoio social. Aquilo a que nós nos

referimos muito claramente tem a ver com uma contrapartida que nestes eventos a Câmara

continuaria a isentá-los e essas empresas, de facto, escolheriam uma qualquer instituição para tal.

Aliás, isto nem é novidade, se Vossas Excelências tiverem curiosidade, recordo-vos o que se

passou recentemente no Rock in Rio que, de facto, apoiou em Lisboa algumas instituições de

solidariedade social como contrapartida daquilo que foram as facilidades - e não foram poucas -

da Câmara Municipal de Lisboa, portanto, nem sequer é uma novidade. Há apenas que aplicar

aqui, aquilo que é do interesse de todos."-------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Marcos Sá (PS) interveio, dizendo o seguinte: --------------------

--------------"Depois da intervenção do Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) eu queria-lhe

agradecer, primeiro porque fica claro que quando se faz solidariedade social e responsabilidade

social das empresas - eu sou muito a favor disso - mas é com os lucros que são gerados dentro da

empresa e não com as supostas receitas da Câmara Municipal, neste caso é isso que estamos a

discutir. Portanto, fazer solidariedade com as receitas dos outros é muito simples, o que é preciso

é fazer solidariedade com as receitas da sua própria atividade.------------------------------------------­

--------------Dizer, também, ao Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), pessoa que muito estimo,

que já pela segunda vez em cerca de quinze dias, o Senhor critica aqui publicamente - eu queria

registar isso - só para lhe dizer que concordo consigo. Quando o Senhor Deputado diz aqui que a

Câmara Municipal, onde o IOMAF e o PSD estão no Executivo, precisa de mais criatividade,

não estão a funcionar, eu quero-lhe dizer Senhor Deputado: eu concordo consigo."-----------------­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. esclareceu o seguinte:----------------------------

--------------"Apenas por curiosidade, o Rock in Rio de dois mil e doze teve uma isenção de taxas

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no valor de três milhões de euros por parte da Câmara Municipal de Lisboa. -------------------------

-------------Hoje em dia os festivais são uma indústria que gera riqueza, uma indústria que

promove a criação de postos de trabalho e uma indústria que de forma direita e indireta consegue

acrescentar muito valor (de forma indireta através de todos os operadores económicos

nomeadamente a hotelaria e a restauração). -----------------------------------------------------------------

-------------Hoje os festivais também são uma forma de reforçar a coesão social e identidade a

um território. Hoje todos os municípios de norte a sul do País sejam eles governados pela CDU,

pelo Partido Socialista, pelo Partido Social Democrática ou por outra Força Política qualquer,

todos eles competem entre si no sentido de agarrar e conseguir sediar no seu território eventos

desta dimensão, desta qualidade e com esta projeção. Poderei dar alguns exemplos: o Sudoeste, o

Super Bock Super Rock, a Festa do Avante, o Paredes de Coura, o Marés Vivas, o Sumol

Summer Festival, o Alive, entre outros.---------------------------------------------------------------------­

------------- Este tipo de festivais consegue por um lado projetar o nome do Concelho, porque

consegue captar horas e horas de media e se formos contabilizar isso com certeza que iríamos

chegar a valores bastante avultados. Por outro lado, consegue do ponto de vista do turismo e, no

nosso caso, como sabem, nós apostamos seriamente numa área que é o turismo de negócios e,

portanto, todo este tipo de festivais, todo este tipo de eventos, de programação, reforça a nossa

capacidade de atração ao nível do turismo de negócios.---------------------------------------------------

-------------Por outro lado, também, nós procuramos sensibilizar os promotores para

paralelamente à atividade cultural, ao programa cultural, ao cartaz que trazem, também se

associar a eventos de âmbito ambiental, que vai também ao encontro da ciência, que é o caso do

Alive. Nós temos conseguido através deste tipo de eventos, também de alguma forma, dinamizar

o nosso território. Ou seja, um território tem que ter vida, tem que acontecer, tem que ter

iniciativas, eventos, tem que ter oferta cultural e, hoje por força da crise, às vezes recebo críticas

que dizem: há pessoas em dificuldade e os Senhores andam a fazer festas, há pessoas em

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dificuldade e os Senhores andam a promover concertos, há pessoas em dificuldade e os Senhores

promovem exposições, mas "não só de pão vive o homem" e acho que todos concordamos com

isto. Portanto, a cultura tem sido uma marca, tem sido uma aposta essencial, fundamental, na

política de desenvolvimento de Oeiras. ----------------------------------------------------------------------

--------------Permitam-me fazer um breve historial: o Oeiras Cool Jazz Festival foi um projeto

abraçado por três concelhos (Oeiras, Cascais e Mafra). Foi um projeto que inicialmente era

suportado através das verbas do jogo, através do Fundo de Turismo. Ou seja, o Fundo de

Turismo financiava, comparticipava, esta iniciativa que era partilhada em termos dos concertos

por três concelhos. Não sei se há três ou quatro anos atrás, era o caso de Mafra, onde o Senhor

Deputado Jorge Pracana (PSD) foi assistir ao Buena Vista Social Club, era Cascais e era Oeiras. -

--------------Entretanto, houve uma decisão relativamente ao não financiamento deste Oeiras Cool

Jazz Festival e o promotor entendeu que deveriam ser os municípios na íntegra a suportar o

custo. Nós não aceitámos e, portanto, este festival confinou-se, apenas, ao território de Cascais e

as últimas edições foram Cascais Cool Jazz Festival.------------------------------------------------------

--------------Se bem se lembram, na altura, o Vereador responsável por essa área entendeu dar

corpo a um projeto semelhante e daí ter surgido Oeiras Sounds. Portanto, o Oeiras Sounds foi,

digamos, uma iniciativa da Câmara com um promotor privado - Everything Is New - o mesmo

do Alive, e a Câmara despendia um valor muito superior àquele que hoje aqui é concedido. Em

determinada altura resolveu-se, já esse Pelouro me estava cometido a mim, reduzir em termos

orçamentais e um dos festivais que caiu foi o Oeiras Sounds. --------------------------------------------

--------------Nós estivemos cerca de dois anos, se não estou em erro duas edições, em que não

aconteceu o Oeiras Sounds nos jardins do Palácio. Este ano, já em meados de dois mil e doze, o

promotor do Cool Jazz Festival reuniu comigo e com os serviços no sentido de trazer o festival

para Oeiras, uma vez que não tinham chegado a acordo com a Câmara Municipal de Cascais e

iriam sair de Cascais, se haveria interesse da parte do Município de Oeiras. E aquilo que eu disse

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foi: nós não temos orçamento, nós não temos capacidade financeira, a única coISa que

poderemos disponibilizar é algum apoio logístico e temos um constrangimento que é a nível dos

recursos humanos nós não temos a possibilidade de pagar horas extraordinárias, temos os limites

impostos por lei e como não foi uma programação a tempo, com um ano de antecedência que é o

que costuma ser, nós não temos previsto em termos do plafond de horas montante para suportar a

polícia, os eletricistas, os jardineiros, os canalizadores, toda a mão-de-obra que é necessária para

implementar este festival. --------------------------------------------------------------------------------------

-------------Na altura o promotor, também pressionado por outros concelhos, como devem

calcular todos os concelhos competem estre si para conseguir este tipo de iniciativas, aquilo que

ele nos disse foi que iriam pensar e refletir. Entretanto, eu sugeri que se encontrasse um

"sponsor". O "sponsor" foi a EDP, a qual deu o suporte financeiro à realização deste festival. E

este subsídio que é dado pela Câmara é o montante estritamente necessário ao pagamento das

horas do eletricista que eles tiverem que contratar diretamente, à polícia que foi necessária

contratar diretamente em termos de ordenamento do trânsito e em termos do estacionamento e a

outros custos inerentes à organização do festival. Portanto, houve apoios logísticos como a

cedência de cadeiras e as baias que aí conseguimos disponibilizar. -------------------------------------

-------------Houve, efetivamente, concertos e estou perfeitamente de acordo em que se deve, em

primeiro lugar, trazer um relatório, perceber o que é que aconteceu, eventualmente, até tentar,

seria o ideal, que o promotor nos desse (penso que será difícil) os resultados financeiros do

evento. Mas houve concertos em que o resultado foi negativo, pelo menos dois ou três onde eu

estive, não há dúvida que o custo de trazer uma banda daquela qualidade, uma banda

internacional com o número de elementos que está em cima do palco, com toda a logística com

P A, com som, com palco, com estruturas e com segurança não deu resultado.------------------------

-------------Penso que no total dos concertos, uma vez que esteve o Sting e o Pablo Alboran,

houve concertos que eventualmente compensaram e, no todo, eu quero acreditar que foi um

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evento rentável. Como devem calcular o privado se não for rentável desiste, portanto, eu faço fé,

quero e faço força que seja um evento rentável e que isso também traga motivação ao privado, ao

promotor, para continuar a realizar este festival.-----------------------------------------------------------­

--------------Portanto, a lógica da Câmara tem sido ano após ano, quer com o Alive, quer com o

Sete Sóis Sete Luas, quer com o Cool Jazz Festival, encontrar soluções, não digo criativas mas

que possam ser apetecíveis para fixar os eventos no nosso território e, por outro lado, reduzir ano

após ano, em função do sucesso, quer o montante financeiro quer o montante logístico que é

alocado a estes festivais.---------------------------------------------------------------------------------------­

--------------Reafirmo aqui, e acho que foi dito pelo Senhor Deputado António Moita (IOMAF),

que na questão da Festa do Avante, seja qual for a Força Política que esteja à frente da Câmara

do Seixal vai continuar a querer apoiar esta festa. Eu conheço a Festa do Avante, tive

oportunidade de lá ir, percebo a força que é a Festa do Avante, percebo os milhares de pessoas

que aquela festa movimenta, percebo a dinâmica do ponto de vista económico que aquela festa

gere em tudo o que são operadores económicos dentro daquele município e se calhar até mesmo

fora. -------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Sei também aquilo que representa o Rock in Rio para Lisboa, sei a força que o Rock

in Rio trás para a cidade em termos diretos e indiretos, de projeção e quando hoje falamos em

marketing territorial, quando hoje falamos que Oeiras tem que ser competitivo, que tem que

continuar a atrair empresas e que tem que continuar a criar condições para fixar as empresas no

Concelho, este tipo de iniciativas vai ao encontro desse trabalho e está dentro daquilo que é o

trabalho necessário para que isso aconteça. Isto porque, nós só podemos ter uma política social

se conseguirmos ter receita. Não se faz política social sem dinheiro, por conseguinte o Município

precisa de empresas, precisa de Derrama, precisa de taxas, precisa de dinâmica económica para

ter orçamento, para prosseguir uma política social, seja ela na área da habitação, seja ela na área

dos sem-abrigo, seja ela na área das famílias, seja na área da infância, seja na área da terceira

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idade. Portanto, este tipo de iniciativas reforça aquilo que é a coesão social, cultural, económica

e a identidade de Oeiras." -------------------------------------------------------------------------------------­

-------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) colocou a seguinte questão:

-------------"Queria apenas fazer uma pergunta ao Senhor Vice-Presidente, nomeadamente, se já

foi acordado um Cool Jazz Festival para o próximo ano e, se foi, em que modalidade de valores."

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------

-------------"Senhora Deputada, agradeço a sua pergunta por me dar oportunidade de esclarecer o

seguinte: Cascais ficou sem o Cool Jazz Festival, ou seja, deixou de acontecer em Cascais. E

Cascais promoveu um festival, que eu agora não me consigo recordar o nome mas é um festival

que também tem no seu cartaz um conjunto de concertos. Estou convencido que esse montante

que Cascais, concelho vizinho, despende na montagem desse festival é exponencialmente

superior, em muito, ao montante que nós aqui temos com o Oeiras Cool Jazz Festival.------------­

-------------Oeiras Cool Jazz Festival teve também, por proposta e sugestão nossa, uma coisa que

se chamou Talents. Os Talents aconteceu na Marina de Oeiras e entendemos colocar neste

espaço porque foi uma forma de dinamizar e ajudar todo o comércio que existe na Marina de

Oeiras. Foi uma forma de levar lá pessoas, de criar fluxo e foi um sucesso.---------------------------

-------------Os Talents foi no fundo um concerto dentro do concerto de bandas amadoras na área

do jazz, que participaram, que foram a concurso, uma delas foi vencedora e teve um prémio

financeiro, um prémio pecuniário, que julgo que rondou os dois mil e quinhentos euros que, de

alguma forma, também, permite que aquilo que é o nosso talento, que é a nossa criatividade, que

é o nosso empreendedorismo na área da música, na área artística, possa ter uma ajuda e possa de

alguma forma ter ali uma motivação e ter um reforço no sentido da criação, até porque, como

sabem, nós temos das melhores escolas de música que existem no País e refiro-me à Escola

Nossa Senhora do Cabo neste tipo da área da educação musical.----------------------------------------

-------------A Câmara não tem fechado o Cool Jazz para o próximo ano, sinceramente não sei se

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no contrato - eu desconheço de cor - se está alguma cláusula e montantes para dois mil e treze.

Estarei empenhadíssimo em que o Cool Jazz se mantenha em Oeiras e, como devem

compreender, a Câmara, a Autarquia, o Município, não estará em condições de crescer o apoio

que foi dado este ano, por força dos constrangimentos orçamentais, por força das dificuldades

que estamos a passar. Portanto, eu não estarei em condições, mesmo que assim o quisesse, de

crescer os apoios ao promotor privado no sentido de manter o Cool Jazz mas, no entanto, estarei

empenhadíssimo porque acho que do ponto de vista de pessoas, do fluxo, do sucesso, da

qualidade, da dinâmica, dos operadores económicos, dos restaurantes, dos hotéis, o Cool Jazz foi

um sucesso.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Em concreto não lhe posso dar uma resposta sobre essa situação, vai depender de

tudo isso, a manutenção do "sponsor", dos apoios externos à Câmara e, portanto, logo que tenha

uma situação fechada e negociada com certeza que trarei aqui e quero-vos dizer que acho uma

ótima ideia a questão de podermos fazer um estudo económico sobre o impacto que este tipo de

iniciativas (Alive, Cool Jazz Festival, Sete Sóis Sete Luas e outros) tem para o Concelho em

termos de imagem, de projeção, em termos económicos e, eventualmente também, em termos

turísticos." -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: -------------------------

--------------"Apenas gostaria de dar uma inconfidência, pois nesta sala já estiveram muitas

pessoas na Festa do Avante e eu guardo sigilo mas vendo EP's a quem quiser ao preço de vinte e

um euros. A Festa é no dia sete, oito e nove e temos todo o gosto, caso queiram, temos aqui EP's

e podemos vender.-----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Nesta nossa festa nós publicitamos com toda a força o Município de Oeiras. Temos

lá um stand de Oeiras, normalmente é identificado com o Bugio e tentamos identificar e

valorizar o Município de Oeiras. Aceitamos também companheiros da Assembleia Municipal

que queiram trabalhar lá na festa junto dos camaradas e são à partida convidados, mas todos,

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como nós, têm que comprar uma EP que custa vinte e um euros."--------------------------------------

5.2.1."\T()'f .t\<;~() -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com trinta e oito votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Carlos

Alberto Ferreira Morgado, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Salvador António Martins

Bastos Costeira, Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos

Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina

Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins

Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, José

Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d'Oliveira Batista e Isaías Fernando Ferreira Teles), oito

do Partido Socialista (Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa

Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos

Guimarães, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro e

Maria de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté), quatro do Partido Social Democrata (Jorge Manuel

Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bruno Filipe Carreiro Pires e Jorge

Miguel Lobo Janeiro), três da Coligação Democrática Unitária (Daniel dos Reis Branco, Carlos

Alberto de Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro), um do Centro Democrático

Social - Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro), um

do Bloco de Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto) e um do Membro Não Inscrito (José

Henriques Lopes).-----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- Os Senhores Deputados António Pita de Meirelles Pistacchini Moita do Grupo

Político Municipal Isaltino Oeiras Mais À Frente e Pedro Duarte Alves de Lara Everard do

Grupo Político Municipal do Partido Socialista não estavam presentes na altura da votação.-------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

--------------"DELIBERAÇÃO N. º 79/2012----------------------------------------------------------------

--------------PROPOSTA C.M.O. N.º 533/12 DCT ATRIBUIÇÃO DE

COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA, APOIO LOGÍSTICO E RECONHECIMENTO

DE ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE TAXAS MUNICIPAIS RELATIVO AO

COO LJ AZZFES T 2012---------------------------------------------------------------------------------------

--------------A Assembleia Municipal de Oeiras tornou conhecimento da proposta número

quinhentos e trinta e três barra doze, a que se refere a deliberação número vinte e sete da Reunião

da Câmara Municipal, realizada em treze de junho de dois mil e doze, e deliberou por

unanimidade, com trinta e oito votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente, oito do Partido Socialista, quatro do Partido Social Democrata, três da Coligação

Democrática Unitária, um do Centro Democrático Social - Partido Popular, um do Bloco de

Esquerda e um do Membro Não Inscrito, Senhor José Henriques Lopes, aprovar a isenção do

pagamento das licenças camarárias para a realização da nona edição do evento CoolJazzFest dois

mil e doze no valor total de dois mil trezentos e sessenta e seis euros e setenta cêntimos,

conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. -----------­

--------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."

--------------0 Senhor Presidente da A.M. interveio, dizendo o seguinte:-----------------------------

--------------"Pedia aos Senhores Deputados que ponderassem três coisas: a hora, pois são vinte e

duas horas e quinze minutos, faltam-nos oito pontos da nossa Agenda e eu pedia aos Senhores

Deputados e às senhoras deputadas que ponderassem a importância das suas intervenções e o

eventual custo que terá para os munícipes adiarmos algumas votações, pelo menos, se calhar a

décima tem algum impacto, se tivermos que adiar algumas para setembro, uma vez que agora há

muitos deputados e deputadas que estão merecidamente de férias."-------------------------------------

5.3. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 594/12 - DAAA - relativa à Isenção do

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Pagamento de Taxas referente ao Procº. 74/11, para construção do equipamento educativo

com as valências de creche e jardim de infância de natureza social, sito na Rua Alto do

Montijo, em Carnaxide, pela Fundação Pão de Açúcar - AUCHAN (os documentos

relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião). ------------

-------------A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) fez a seguinte intervenção:------------------

-------------"A Fundação Auchan é um projeto social que visa desenvolver o espírito de

cooperação e solidariedade entre todos os colaboradores do grupo.-------------------------------------

-------------Este projeto, só por si, já tem mérito, mas mais mérito tem quando vemos que uma

das iniciativas, neste caso, a construção do Colégio Rik & Rok, em Carnaxide, concorre para

promover a conciliação entre a vida familiar e a vida profissional, já que pelo que tive

oportunidade de ler, este equipamento tem previsto um funcionamento entre as sete e a meia­

noite, sete dias por semana. ------------------------------------------------------------------------------------

-------------Sobre o assunto que nos traz aqui, a isenção de taxas agora proposta, se do ponto de

vista legal não levanta questões, uma vez que as IPSS gozam da prerrogativa de isenção de taxas

nos termos previstos na lei, já do ponto de vista político merece algumas considerações e

preocupações, ou seja, a Câmara Municipal de Oeiras já apoiou este projeto com a cedência, em

regime de comodato, do terreno para a construção do Colégio. Agora, apoia o montante de seis

mil setecentos e oitenta e cinco euros e setenta e cinco cêntimos, que corresponde ao valor das

taxas que deixa de entrar nos cofres da Câmara.------------------------------------------------------------

------------- A minha preocupação reside na garantia da contrapartida que o Senhor Presidente da

Câmara fala numa quota para a zona, o que se subentende ser para a população da Freguesia de

Carnaxide. Mas não diz qual é o número a que corresponde essa quota, quem gere esta mesma

quota e quais os requisitos que deverão ser cumpridos para a atribuição desses lugares. ------------

------------- O meu receio é que esta quota não exista pelo simples facto de esta ser preenchida

pelos colaboradores do Grupo Auchan residentes do Concelho e não a população da zona, como

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

referiu." --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) disse o seguinte:----------------------

-------------- "Estamos perante uma proposta de isenção de pagamento de taxas para a construção

de um equipamento educativo nomeadamente uma creche e um jardim de infância que como

aqui já foi dito é um projeto de mérito de cariz social apresentado pela Fundação Auchan.

Portanto, uma vez que se trata de uma IPSS de natureza social e sem fins lucrativos para acolher

crianças estamos plenamente de acordo com esta isenção de taxas."-----------------------------------­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte:-----------------------------------

-------------- "Eu só tenho é que realçar o mérito deste projeto e tal como foi dito pela Senhora

Deputada Sílvia Andrez (PS), por um lado a questão de aumentar a oferta nesta área da infância

e por outro lado, que eu penso que é tão ou mais importante, a conciliação da vida profissional

com a vida familiar. ---------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Portanto, este horário que aqui está, esta proposta de funcionamento por parte da

Fundação acho que tem esse mérito. A Câmara cedeu o terreno em regime de comodato e,

somando a isso, esta isenção de taxas.-----------------------------------------------------------------------­

--------------Aproveito, também, para dizer o seguinte: já alguns dos Senhores Deputados falaram

que seria preferível em vez da isenção esse montante da isenção ser convertido em subsídio. À

partida, seria idêntico embora os registos contabilísticos fossem diferentes mas, do ponto de vista

prático, como sabem, a atribuição de uma isenção é imediata, quando a atribuição de um

subsídio vai depender da capacidade, da liquidez que a tesouraria da Câmara tem. Se para

entidades com capacidade financeira podem aguentar os trinta ou os sessenta ou os noventa dias,

ou mais, que a tesouraria da Câmara esteja disponível para pagar esse subsídio, reparem que em

entidades pequenas como clubes, associações, coletividades, elas não têm capacidade para à

priori pagarem as taxas e depois ficarem esse período todo à espera que lhes seja pago o

subsídio. Portanto, este diferencial que vai entre a realização da festa e a atribuição do subsídio, a

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aprovação do subsídio em reunião de Câmara e, depois, a emissão da ordem de pagamento e,

depois, a emissão do cheque em função da liquidez existente em termos de tesouraria, muitas

vezes torna inviável este procedimento. Portanto, o caminho mais fácil para a instituição, para a

coletividade, para a associação, é o da isenção. Se em termos práticos o valor da isenção fosse

reconvertido num subsídio, diriam: é uma questão de registar e a coisa do ponto de vista

financeiro fica idêntica, ou seja, o clube paga, a entidade paga, a fundação paga, mas também

recebe da Câmara. Mas, não sei se percebem, este diferencial que tem em termos do prazo médio

de pagamento existente à data, que pode ser trinta, sessenta ou eventualmente até pode ser mais,

consoante a capacidade da tesouraria, isto inviabiliza, porque a maior parte deles não tem esta

almofada, não tem esta capacidade de adiantar esse montante." -----------------------------------------

-------------A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) interveio dizendo o seguinte: ---------------

-------------"Pretendia que o Senhor Vice-Presidente respondesse claramente à minha questão

que tem a ver com a quota definida para, presumo que seja os números de lugares atribuídos à

zona, ou seja, subentende-se que seja a Carnaxide ou à zona envolvente onde está sedeado, ou

vai ficar sedeado o Colégio Rik & Rok, por conseguinte, gostaria que me respondesse

relativamente a essa questão."---------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------

-------------"Não sei precisar a quota, eventualmente deve vir aí referenciado ... "--------------------

-------------A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) atalhou o seguinte:----------------------------

------------- "Não, não vem, o Senhor Presidente, na reunião de Câmara falou na quota para a

zona. O que é que se entende de quota para a zona, como é que ela é definida, qual é o número

ou a percentagem de lugares."--------------------------------------------------------------------------------­

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. esclareceu o seguinte:----------------------------

-------------"Não quero induzir em erro mas, geralmente, é uma quota de dez por cento, não sei

qual é a quota que foi negociada. -----------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------A quota é gerida pela Ação Social em função da carência, em primeiro lugar da zona,

mas pode até, eventualmente, haver crianças de outra freguesia, não necessariamente de

C::arnaxide. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Pode-se dar o caso até de haver funcionários do Grupo Auchan que sejam residentes

noutras freguesias do Concelho, Linda-a-Velha, Oeiras, Algés, mas que possam vir a ocupar a

quota social que a C::âmara contratualizou ou vai contratualizar, com a Fundação Pão de Açúcar. -

--------------Portanto, não lhe sei dizer, posso depois lhe transmitir, qual é a percentagem da

quota. Sei que está definida uma quota que, depois, será gerida, as crianças, os utentes, serão

indicados pela Ação Social, à semelhança do que acontece já com outras instituições."------------­

--------------A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) fez o seguinte requerimento oral:---------

-------------- "Gostaria de transformar esta minha pergunta num requerimento oral, em que fosse

definido os termos da quota que foi celebrada no protocolo."-------------------------------------------­

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) disse o seguinte:-------------

--------------"Como foi agora efetuado um requerimento nós vamos com certeza perceber se se

refere a uma quota específica do Concelho ou se aos acordos que existem com a Segurança

Social, porque tem que haver um projeto para o número de vagas e tem que haver acordos com a

Segurança Social, mas isso, provavelmente se foi feito agora o requerimento é porque ficou

prejudicada a minha intervenção."----------------------------------------------------------------------------

5.3.1.'10'1' A<;..Ã.O -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com trinta e sete votos a favor, sendo dezanove do Grupo Político Isaltino Oeiras

Mais À Frente (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, C::arlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, C::arlos

Alberto Ferreira Morgado, Salvador António Martins Bastos Costeira, Maria João Costa

Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina C::andeias

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Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço,

Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões

Madeira Ramos, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, José Dâmaso Martins Furtado,

Jorge Valle d'Oliveira Batista e Isaías Fernando Ferreira Teles), nove do Partido Socialista

(Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa,

Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Sílvia

Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro, Maria de Fátima Nabais

Moiteiro Gargaté e Pedro Duarte Alves de Lara Everard), três do Partido Social Democrata

(Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares e Jorge Miguel Lobo

Janeiro), três da Coligação Democrática Unitária (Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de

Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro), um do Centro Democrático Social - Partido

Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro), um do Bloco de

Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto) e um do Membro Não Inscrito (José Hemiques

Lopes).---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Os Senhores Deputados Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho e António Pita de

Meirelles Pistacchini Moita do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais À Frente e Bruno

Filipe Carreiro Pires do Grupo Político Municipal do Partido Social Democrata não estavam

presentes na altura da votação. --------------------------------------------------------------------------------

-------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

------------- "DELIBERAÇÃO N. º 80/2012----------------------------------------------------------------

------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 594/12 - DAAA - ISENÇÃO DO PAGAMENTO DE

TAXAS REFERENTE AO PROCº. 74/11, PARA CONSTRUÇÃO DO EQUIPAMENTO

EDUCATIVO COM AS VALÊNCIAS DE CRECHE E JARDIM DE INFÂNCIA DE

NATUREZA SOCIAL, SITO NA RUA ALTO DO MONTIJO, EM CARNAXIDE, PELA

FUNDAÇÃO PÃO DE AÇUCAR - AUCHAN ----------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

quinhentos e noventa e quatro barra doze, a que se refere a deliberação número dezanove da

Reunião da Câmara Municipal, realizada em vinte e sete de junho de dois mil e doze, e deliberou

por unanimidade, com trinta e sete votos a favor, sendo dezanove do Grupo Político Isaltino

Oeiras Mais À Frente, nove do Partido Socialista, três do Partido Social Democrata, três da

Coligação Democrática Unitária, um do Centro Democrático Social - Partido Popular, um do

Bloco de Esquerda e um do Membro Não Inscrito, Senhor José Hemiques Lopes, aprovar a

isenção do pagamento de taxas no valor de seis mil setecentos e oitenta e cinco euros e setenta e

cinco cêntimos, referente ao processo setenta e quatro barra onze para construção do

equipamento educativo com as valências de creche e jardim de infância de natureza social, sito

na Rua Alto do Montijo, em Carnaxide, pela Fundação Pão de Açúcar - Auchan, conforme

proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação.------------------------­

--------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."

5.4. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 620/12 - DASSJ - relativa ao Programa

de Ocupação de Tempos Livres - "Mexe-te nas Férias" - Alteração ao Regulamento (os

documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta

reu11ião).-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Deputado Jorge Janeiro (PSD) interveio, dizendo o seguinte:--------------

--------------"O PSD congratula-se com a introdução das alterações ao Regulamento do Programa

"Mexe-te nas Férias", porque resultam também de reflexões internas dos próprios jovens cujas

propostas foram acolhidas pelo Vereador Ricardo Júlio Pinho (foi internamente no Partido que se

discutiram), nomeadamente a possibilidade de uma percentagem das inscrições se destinarem a

jovens provenientes dos bairros sociais do Concelho de Oeiras. As alterações ao Regulamento

vêm assim trazer ainda mais transparência e garantir uma maior justiça social ao impor uma

discriminação positiva aos jovens que se encontram numa situação desfavorecida e cujas

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oportunidades em aceder a atividades coletivas desta índole tende a ser mais difícil em virtude

dos orçamentos reduzidos das suas famílias." -------------------------------------------------------------­

-------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------"Eu gostaria de saber qual é que é o valor que as pessoas têm que pagar quando não

isentas?---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Considerámos positivo não a inserção dos jovens moradores nos bairros sociais, uma

vez que isso já acontecia nos anos anteriores mas, particulannente positivo, a inserção das

crianças e jovens provenientes das casas de acolhimento."----------------------------------------------­

-------------O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------"Aquilo que o Partido Socialista gostaria é que o Senhor Vice-Presidente nos desse

uma explicação de fundo, sobre o que leva o Executivo a propor estas alterações e o objetivo que

pretendem atingir, porque não está muito explícito. -------------------------------------------------------

-------------E há uma nota importante na sua Proposta que vale a pena salientar. O documento

esteve em audição pública ou discussão pública, como lhe quisennos chamar, e o problema é que

não teve nem sugestões, nem opiniões, e isto revela uma posição que deixa o Partido Socialista

preocupado, que é a questão do Executivo Municipal não conseguir motivar a sociedade, os

jovens, a participar na vida ativa do Município, porque tudo lhe passa ao lado e não consegue, já

hoje, mobilizar a sociedade oeirense para as questões que lhe dizem respeito."-----------------------

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

------------- "Não faço ideia qual é o preço - a Senhora Deputada também saiu - mas, por acaso, é

engraçado, até sei, porque as minha filhas estão lá e paguei cinquenta euros por quinze dias, duas

semanas, e também aproveito para elogiar o trabalho que é desenvolvido neste programa por

parte de toda a equipa da Juventude, da Ação Social, dos monitores, porque foi a primeira vez

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

que pude constatar, através das minhas duas filhas que pela primeira vez participaram neste

programa, e eu de mais próximo, como pai, não tanto como Vice-Presidente mas principalmente

como pai, pude constatar e perceber também junto dos outros pais o trabalho excecional que é

feito com as nossas crianças ao longo destes quinze dias que vão muito para além daquilo que é

uma ocupação simples e singela, pois há uma programação que lhes incute um gosto pelo

descobrir, pelo conhecer, pelas amizades, pelos princípios, pelos valores. ----------------------------­

--------------Quanto à participação dos jovens é igual à dos seniores, porque infelizmente

qualquer regulamento, e penso que não é só problema deste Município, seja de urbanismo, seja

de outra área, tem sempre uma fraca participação, ou porque o regulamento está tão bem feito

que não aufere qualquer tipo de comentário, vai ao encontro daquilo que são os anseios e as

expetativas ou, se calhar, e isso eu também partilho da sua preocupação, por falta de interesse, de

participação, por falta de preocupação, eventualmente talvez por um défice de cidadania, aí eu

acho que merece a pena esse investimento. Nós tentaremos sempre encontrar formas de

incrementar, de aumentar essa participação, porque estamos cientes que essa participação só vem

enriquecer a maior parte dos documentos, porque se eles forem discutidos, se houver um

conjunto de sugestões, de opiniões, quer a favor, quer contra, os regulamentos e estes

documentos que são postos em audiência pública só ganham com isso e só são enriquecidos com

essa participação, por conseguinte, eu também irei com certeza tentar com as sugestões, com

eventualmente soluções criativas incrementar essa participação pública por parte da população,

não só na área da Juventude mas também nas outras áreas e nas diversas faixas etárias."----------­

--------------0 Senhor Deputado Bruno Magro (PS) colocou a seguinte questão:-------------------

-------------- "Gostaria de perguntar ao Senhor Vice-Presidente, dada a matéria em discussão, se

este assunto foi discutido e se há parecer da CMJ, pois parece-nos que fazia todo o sentido que

houvesse." -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------

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-------------"Fazia todo o sentido. ----------------------------------------------------------------------------

-------------Não sei se houve, mas se não houve devia ter havido."-------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Bruno Magro (PS) fez o seguinte requerimento oral:----------

------------- "Transformo a minha questão num requerimento oral, gostaria que a Câmara

respondesse por escrito a esta questão, saber se, de facto, foi discutido no CMJ e se foi, que

anexasse o processo à resposta." -----------------------------------------------------------------------------­

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. acrescentou o seguinte: --------------------------

------------- "Corno sabe o Senhor Vereador da Juventude que preside ao Conselho Municipal de

Juventude não pôde estar e ele saberia responder melhor do que eu, pois não tenho de memória

se este documento foi discutido em CMJ, mas faz sentido que todos os documentos que digam

respeito à área da Juventude, os regulamentos e não só, que sejam discutidos no CMJ.

Sinceramente não sei se foi, se não foi deveria ter sido." ------------------------------------------------­

------------- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) disse o seguinte:------------------------------------

-------------"Se calhar o Senhor Deputado do PSD tem informações relativamente a esta matéria

e era capaz de ser importante para a Assembleia Municipal."-------------------------------------------­

-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. retorquiu o seguinte: -----------------------------

-------------"Senhor Deputado a informação será dada. Foi feito um requerimento."----------------

5.4.1.VO'J' J\(::..Ã.O -----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com trinta e nove votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Carlos

Alberto Ferreira Morgado, Nuno Emanuel Carnpilho Mourão Coelho, Salvador António Martins

Bastos Costeira, Maria João Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos

Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

Gomes dos Santos Silva Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins

Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro, José

Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d'Oliveira Batista e Isaías Fernando Ferreira Teles), nove

do Partido Socialista (Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura, Luísa

Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos

Guimarães, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro, Maria

de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté e Pedro Duarte Alves de Lara Everard), quatro do Partido

Social Democrata (Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares,

Bruno Filipe Carreiro Pires, Jorge Miguel Lobo Janeiro), três da Coligação Democrática Unitária

(Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto de Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro),

um do Centro Democrático Social - Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa

Jorge de Sande e Castro), um do Bloco de Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto) e um

do Membro Não Inscrito (José Henriques Lopes). --------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado António Pita de Meirelles Pistacchini Moita do Grupo Político

Municipal Isaltino Oeiras Mais À Frente, não estava presente na altura da votação. ----------------­

--------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

--------------"D E LIBERAÇÃO N. º 81/2012 ----------------------------------------------------------------

--------------PROPOSTA C.M.O. N.º 620/12 - DASSJ - PROGRAMA DE OCUPAÇÃO DE

TEMPOS LIVRES - "MEXE-TE NAS FÉRIAS" - ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO -­

--------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

seiscentos e vinte barra doze, a que se refere a deliberação número quarenta e cinco da Reunião

da Câmara Municipal, realizada em vinte e sete de junho de dois mil e doze, e deliberou por

unanimidade, com trinta e nove votos a favor, sendo vinte do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais

À Frente, nove do Partido Socialista, quatro do Partido Social Democrata, três da Coligação

Democrática Unitária, um do Centro Democrático Social - Partido Popular, um do Bloco de

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Esquerda e um do Membro Não Inscrito, Senhor José Henriques Lopes, aprovar as alterações ao

Regulamento do Programa de Ocupação de Tempos Livres - "Mexe-te nas Férias", conforme

proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ------------------------

-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."

5.5. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 627/12 - DASSJ - relativa à Medida de

Comparticipação nas Despesas com Medicamentos - Aprovação de Regulamento Municipal

(os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta

re11nião).-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Dep11tado Daniel Branco (CDU) disse o seguinte:----------------------------

-------------"Como primeira referência e para não haver dúvidas a CDU irá votar a favor desta

Proposta, como está apresentada, aqui na Assembleia. De qualquer modo há dois pontos que nos

parecem extremamente importantes. -------------------------------------------------------------------------

-------------Em primeiro lugar continuamos a andar num processo de substituição das

responsabilidades da Administração Central que será sempre um processo extremamente penoso

e oneroso para as câmaras. É os problemas da educação, em que houve um grande esforço, não

deste mas do Governo anterior, de passar para as câmaras municipais a questão das escolas e

neste momento há muitas escolas que estão a tentar derrogar essas obrigações que assumiram e

há este processo que ainda recentemente tivemos conhecimento de uma posição assumida pelo

Senhor Ministro, com que de todo não concordamos, e que nos parece que estamos a entrar num

campo que, do ponto de vista social e da saúde, é extremamente perigoso. Já houve um processo

de redução dos espaços e das condições dos infantários, dos refeitórios, etc., que já foi decidido

e, agora, há esta questão, dos medicamentos que quando as farmácias os têm de devolver porque

estão a poucos meses do fim do seu prazo acabam por ir parar a instituições para distribuir a

idosos. Ora, o problema que temos em Oeiras e que confirma muito do que nós temos dito, é que

há uma grande heterogeneidade na composição da nossa população e pessoas com mais de

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

sessenta e cinco anos e carenciadas nas condições que o Regulamento aponta recorrem a este

apoio da Câmara, deste Protocolo que fez com a Associação Nacional de Farmácias. Ora, o

problema que aqui existe é que nós não recebemos na Assembleia, e eu tenho conhecimento por

intermédio do Vereador Amílcar Campos e da discussão coletiva que fizemos, o que aparece no

primeiro ano - eu estou a citar de memória e o Senhor Vice-Presidente conhece isto melhor do

que eu - foi cerca de trinta mil euros de apoios, no segundo ano deve ter passado para os sessenta

mil e este ano as informações que tenho é que já vai em trezentos mil euros. Este problema não é

um problema nada fácil. No fundo, a Câmara está a instituir um programa de emergência, a

substituir-se às responsabilidades que tem a Administração Central para subsidiar a quem tem

mais carências a aquisição de medicamentos. Este processo é complicado, está a atingir um valor

exponencial, este ano a informação que tenho é mais de trezentos mil mas tem uma outra nota

que creio que é necessário termos em conta, é que consoante os municípios forem

comparticipando, assim a Administração Central vai deixando de comparticipar e, às duas por

três, temos por via de um processo em que nós vamos tentar dar apoio social para minimizar os

prejuízos das pessoas, um processo em que retiramos a competência que estava na

Administração Central para assumir o Município essa competência. Creio que é necessário ter

cuidado com esta matéria. Nós não estamos em desacordo, não temos muitas câmaras de maioria

CDU em que haja esse processo, mas há em algumas e não estamos, de facto, na disposição de

continuar a manter esta situação e creio que é muito importante analisar em pormenor este

problema, porque pode atingir dimensões muito significativas e alterar completamente aquilo

que devem ser as responsabilidades dos diferentes níveis de poder." ----------------------------------­

--------------A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) disse o seguinte:----------------------

-------------- "Pensamos que neste caso a Câmara não está propriamente a substituir-se ao

Governo Central, está a tomar uma medida de ajuda complementar, está a dar um apoio social

para além daquele que é dado pela Administração Central para tentar ajudar as famílias mais

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carenciadas. Existindo já há algum tempo, esta iniciativa da Câmara da comparticipação nas

despesas com medicamentos para a terceira idade, para pessoas com mais de sessenta e cinco

anos - medida essa que nós felicitamos - compreendemos que atualmente os casos de pedidos de

solicitações de pessoas a serem contempladas por esta medida esteja a aumentar e justifica-se

plenamente a necessidade de existir um regulamento de modo a que os critérios sejam definidos

e de modo a que a atribuição desta ajuda e comparticipação seja feita de forma justa, adequada e

com alguma equidade perante os cidadãos que dela carecem e beneficiam, portanto, estamos de

acordo com a existência não só da medida, como deste Regulamento Municipal."-------------------

-------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) disse o seguinte:-------------

------------- "Parece-nos também claro que não existe aqui uma incompatibilidade, nem a Câmara

Municipal se está a substituir às competências da política do medicamento, nomeadamente a

política do medicamento que na atualidade tem vindo a ser posta em prática pelo atual Governo,

principalmente porque o regime das comparticipações, as questões ligadas às grandes empresas e

ao medicamento, não pode ser uma política municipal, tem que ser uma política nacional, uma

vez que o que está em causa é muito mais a dívida às empresas dos medicamentos, os

fornecimentos ao Estado, etc., e as comparticipações dos medicamentos é muito mais do que

aquilo que se está a discutir agora neste momento. Estamos a falar de uma medida em concreto,

suplementar, da comparticipação das despesas com os medicamentos para os idosos com mais de

sessenta e cinco anos e, neste regulamento, apesar de nos parecer positivo, existem duas questões

que estão por trás da decisão da tomada da pertinência deste Regulamento.---------------------------

-------------Uma tem a ver com os utentes cuja necessidade, devido às razões de saúde,

nomeadamente doentes crónicos que tenham menos de sessenta e cinco anos não têm esta ajuda

financeira e que apenas por não terem mais de sessenta e cinco anos não são contemplados

porque este Regulamento está no nosso Município ligado ao Cartão Sessenta e Cinco Mais. Para

mim, as atividades culturais que o Cartão Sessenta e Cinco Mais dá e alberga não deviam estar

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

contempladas juntamente com uma comparticipação ligada à saúde e ao medicamento. Eu creio

que seria mais positivo que a querer-se colocar como objetivo político deste Executivo a ajuda, a

comparticipação à saúde, devia ser feito, independentemente do Cartão Sessenta e Cinco Mais e

para as necessidades reais no âmbito da saúde e, então, poderíamos albergar nomeadamente

doenças crónicas que existem na infância, como existem na juventude, como existem em todas

as idades. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Existe também outra questão que tem a ver com as farmácias que não pertencem à

Associação Nacional de Farmácias que, como sabemos, são cada vez mais nomeadamente no

nosso Concelho e que não fazem os descontos, promovendo aqui uma disparidade entre as

farmácias que têm este acordo e as que não têm, levantando algumas dúvidas se isso é passível

de ser legal, no que diz respeito à concorrência."----------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Bruno Pires (PSD) disse o seguinte:--------------------------------

--------------"Eu começaria por dizer que, se o princípio é bom, o regulamento é melhor e isto

pelo seguinte: porque se é bom haver comparticipação nas despesas com medicamentos, o

princípio de haver um regulamento que ao fim ao cabo regula a forma como é atribuído, melhor

ainda será.- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Eu não posso deixar de concordar e principalmente felicitar a Câmara por ter

conseguido chegar a um regulamento como este. E eu digo porquê. Porque a partir do momento

em que uma Câmara Municipal consegue ter a perceção que há munícipes que não conseguem

chegar a este tipo de comparticipação, então muito bem a Câmara está a assumir o seu papel. E

não é uma questão de substituir a Administração Central, não é isto que aqui está em jogo, é uma

questão de complementar aquilo que a Administração Central consegue dar aos cidadãos.

Portanto, naturalmente, queria felicitar a Câmara Municipal por ter criado esta medida,

principalmente para pessoas com mais de sessenta e cinco anos e que não conseguem chegar a

um direito tão óbvio como é a comparticipação nos medicamentos. ------------------------------------

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-------------Por outro lado, já que se falou da Administração Central, tenho que também referir, e

como referi anteriormente, está plenamente estipulado neste regulamento, no artigo número dois,

"Benefícios", o que passo a citar: "A Câmara Municipal de Oeiras comparticipa, em regime de

complementaridade com o SNS ou ADSE, no custo das especialidades farmacêuticas

oficialmente comparticipadas pelo Estado, de forma adicional em mais de cinquenta por cento

sobre o encargo do utente". Portanto, acho que mais claro do que isto não poderia ser. Nós não

poderemos entrar aqui numa política de que a Câmara uma vez mais está-se a substituir à

Administração Central. É um princípio errado e nós temos que congratular esta Câmara por

tomar uma medida destas e criar um regulamento que, ao fim ao cabo, vai ao encontro daquilo

que os munícipes mais necessitam."--------------------------------------------------------------------------

-------------A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte:----------

-------------"Nós começamos por registar que a Senhora Deputada do CDS disse que estava de

acordo com estas políticas de atribuição de subsídios em determinadas condições e ficamos

muito espantados com este posicionamento quando nos últimos seis meses temos assistido a um

início claríssimo de destruição do Sistema Nacional de Saúde sendo naturalmente as populações

mais afetadas as de terceira idade, a chamada geração sénior e os mais carenciados. Portanto,

aquilo que, desde já, queremos aqui também afirmar é que repudiamos de forma muito clara

algumas notícias que temos vindo a ter conhecimento da atribuição de medicamentos fora de

prazo para pessoas que têm condições aparentemente desfavorecidas. ---------------------------------

-------------Naturalmente, temos que deixar claro que este Regulamento nos parece que faz

sentido, que deve naturalmente ser mantido, isto é uma política que vem de trás, em especial em

anos de recessão económica temos consciência que a procura vai ser muito provavelmente maior

e, exatamente por isso, o Partido Socialista vai apresentar na próxima Assembleia Municipal

uma proposta que tenha que ver com este tema, porque, se calhar, os itens que são utilizados para

decidir quem é que é ou não é comparticipado dada a relação que existe com o Cartão Sessenta e

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Cinco Mais pode ser urna maneira de facilitar o processo mas não quer dizer que estejamos a

conseguir chegar a toda a população que é necessário neste momento atingir, até porque ternos

urna grande percentagem de desempregados com mais de cinquenta e cinco anos e, se calhar,

fará sentido, pensar em medidas alternativas. Por conseguinte, também gostaria de questionar o

Senhor Vice-Presidente da disponibilidade para analisar em concreto essa Proposta no tempo em

que ela for apresentada e caso haja urna maioria significativa de acordo nesta Assembleia

Municipal, se a Câmara naturalmente estará disponível para fazer as alterações em tempo útil do

programa poder ser aplicado de forma diferente no próximo ano civil."-------------------------------­

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) disse o seguinte:-------------

--------------"Não é porque nós dizemos a mesma frase cinquenta mil vezes que ela se toma

verdadeira, Senhor Deputado. E até pode repetir continuadamente, a mim não me convence.

Agora, este é o Governo que justamente está a pagar a dívida que existia no Sistema Nacional de

Saúde. Nós estamos a pagar todos pela má gestão do Partido Socialista e chegámos a este ponto

justamente por responsabilidade do Partido Socialista e a área da saúde é precisamente uma das

áreas em que este Governo tem feito reformas difíceis e, ao contrário daquilo que os senhores

dizem e apregoam muito ao jeito Socialista, é justamente estas medidas que vão garantir a

continuação do Sistema Nacional de Saúde, porque só assim, a partir destas medidas, é que

vamos poder continuar a obter a sustentabilidade do sistema, coisa que até então estava perdida."

--------------0 Senhor Deputado Jorge Janeiro (PSD) disse o seguinte:------------------------------

--------------"Em relação à atribuição dos medicamentos, temos pena que o orçamento da

Juventude não cresça ao ritmo dos valores destinados a este programa, é pena mas a verdade é

que as necessidades, pelos vistos, são mais crescentes no lado dos idosos do que dos jovens. -----­

--------------Agora, aproveitando para esclarecer o ponto anterior, urna vez que foram colocadas

ali questões e que não tive oportunidade de responder, queria dizer que, os jovens do

acolhimento não pagam nada, do Programa "Mexe-te nas Férias", os carenciados pagam cinco

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euros e os restantes pagam cinquenta euros. As alterações decorrem da lei e aumentou-se o

número de vagas com o mesmo dinheiro. -------------------------------------------------------------------

-------------Em relação a ter sido posto à discussão do Conselho Municipal de Juventude, o

Deputado Marcos Sá (PS) devia dirigir, em primeiro lugar, essa pergunta à JS, mas nós

compreendemos porque não o faz, é porque lamentavelmente a Juventude Socialista, ao

contrário do que faz a JSD, não tem o hábito de estar presente neste fórum de discussão. ----------

-------------Finalizando, adianto que estas alterações foram devidamente discutidas no CMJ,

razão pelo qual o requerimento oral do Deputado Bruno Magro (PS) é improcedente, decorrendo

da negligência da própria JS e do Partido Socialista que vêm exigir a participação dos jovens

mas que, quando chamados a dar a sua opinião, não aparecem a dá-la e por isso deixa de fazer

sentido esse requerimento." ------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: --------------------------------------------

-------------"Embora não estivesse no ponto da discussão e já a proposta tenha sido votada, não

retirei a palavra ao Senhor Deputado porque parece-me que os esclarecimentos, embora fora do

tempo, são ou pareceram-me importantes."----------------------------------------------------------------­

-------------A Senhora Deputada Alexandra Tavares de Moura (PS) disse o seguinte:----------

------------- "Em primeiro lugar para registar que há dois pontos de ordem atrás, o Senhor

Presidente tinha solicitado que esta Assembleia fosse célere na forma como se analisava, para

não perdermos tempo numa discussão que parecia ser importante para o Município, de facto

temos tido esse cuidado atendendo a que a Ordem de Trabalhos é grande, mas o Senhor

Presidente agora permitiu que a resposta fosse dada fora de tempo. ------------------------------------

-------------Queria também dizer ao Senhor Deputado Jorge Janeiro (PSD) que o Partido

Socialista não aceita comentários, brincadeiras, ponderações, juízos de valor, sobre aquilo que é

ou não é a participação da JS dentro desta Bancada, esse é um problema dele, com certeza da

Bancada dele e por isso se vê o fora de prazo que normalmente tem sempre quando intervém

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

nesta Assembleia Municipal." --------------------------------------------------------------------------------­

--------------O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte:---------------------------------

-------------- "Depois de ter ouvido algumas questões senti-me incomodado e direi qualquer coisa.

--------------Acho que os Partidos do Governo que têm andado a destruir o Serviço Nacional de

Saúde e os anteriores governos também - não os desculpemos - as reformas difíceis não são para

o Governo, são para quem as paga. São aquelas pessoas que não recebem os subsídios, os

pensionistas que levam os cortes, os impostos a aumentar, essas pessoas é que estão a pagar a

crise, não é o Governo - coitado. -----------------------------------------------------------------------------­

--------------E fazer reformas no Serviço Nacional de Saúde, será aquilo que fizeram aos

enfermeiros a ganhar menos quatro euros à hora - é isso que é urna reforma para o Serviço

Nacional de Saúde? Os médicos deram a resposta e certamente mais pessoas darão a resposta." -­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. interveio, dizendo o seguinte:-------------------

--------------"Oeiras, realmente nesta matéria, faz a diferença e independentemente de estarmos

de acordo que haverá, se calhar, outras faixas etárias que também precisavam deste apoio

complementar no âmbito da saúde ou no âmbito da política do medicamento, a verdade é que

ninguém fica indiferente a um idoso que aufere uma pensão mínima e que não tem capacidade

para adquirir regularmente os medicamentos que lhe permitem ter uma qualidade de vida, até ao

final da sua vida. Esta foi urna constatação, nós percebemos, a determinado momento, pela

proximidade que ternos com as pessoas da realidade que havia muitos idosos neste Concelho a

passar por muitas dificuldades e que um dos cortes que faziam era realmente na receita da

farmácia, porque não tinham condições financeiras para adquirir a totalidade de medicamentos

que lhe eram prescritos pelo seu respetivo médico. Portanto, estamos a falar de cinquenta por

cento, corno complemento àquilo que é financiado pela Administração Central. Já aqui foi dito e

eu volto a referir: não é a Câmara a substituir-se ao Governo da República. Não, é a Câmara a

perceber um problema diário, um problema principalmente da sua população idosa que foi que

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nos fez implementar esta política, esta medida. É claro que ela tem vindo a trazer em termos de

despesa um aumento considerável de ano para ano. O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU)

referiu, e é verdade, de trinta mil euros passou para sessenta mil euros e, neste momento, vai em

duzentos e oitenta mil, possivelmente já terá atingido os trezentos mil euros. Isto só é possível,

como eu disse há pouco, porque Oeiras do ponto de vista orçamental tem capacidade de gerar

receita, Oeiras é um Município que do ponto de vista do seu orçamento consegue ter cabimento

para esta despesa e fico preocupado, até de alguma forma direi muito sensibilizado, pelo facto, se

o Governo entender que este apoio poderá de alguma forma retirar ou diminuir aquilo que é o

apoio da Administração Central. Eu espero que não, que realmente se perceba que este apoio é

complementar para quem precisa e não o estamos a fazer de forma indiferenciada, estamos a

fazê-lo com uma discriminação positiva para aqueles que realmente precisam.-----------------------

-------------A questão da ANF é uma questão prática porque, como devem calcular, não seria

exequível ou entendemos que ao momento não é exequível nós estarmos a protocolar com cada

farmácia de forma isolada, nomeadamente aquelas que estão fora da Associação Nacional de

Farmácias, da ANF, por conseguinte, foi o caminho mais exequível e mais correto que

entendemos fazer, que foi protocolar com a ANF, eventualmente estaremos sempre disponíveis

se se encontrar urna solução para poder estender este procedimento às farmácias que estão fora

da ANF, portanto, estamos perfeitamente disponíveis para isso, bem como, estamos disponíveis

para discutir este Regulamento, para discutir esta política, esta medida, em qualquer momento,

no sentido de a fazer crescer, de a melhorar e de a tomar numa medida cada vez mais importante

no sentido do bem-estar e da qualidade de vida das pessoas que vivem e habitam no nosso

Concelho. Acho que é uma medida que todos nós nos devemos orgulhar. Eu penso que somos

talvez o único concelho, município, a nível nacional que tem esta medida com esta grandeza,

com esta dimensão e também penso que este acréscimo de despesa se deve ao facto de cada vez

mais os idosos terem conhecimento dela. Portanto, se no primeiro ano tivemos um montante

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mais baixo que o segundo ano, possivelmente todos os meios que utilizámos para a publicitar,

para a divulgar e para informar a população alvo, se calhar não foram suficientes, mas à medida

que o tempo passa esta mensagem é transmitida de utente a utente e isso também leva a este

crescimento e também não ponho de lado o facto que as famílias e os idosos cada vez mais, por

força desta crise, são os mais atingidos naquilo que é o seu rendimento e cada vez mais têm e

terão necessidade de recorrer a esta comparticipação municipal. ---------------------------------------­

--------------Para terminar, gostaria de dizer que este Regulamento também foi posto a discussão

pública e que o mesmo, que contempla uma medida tão importante como esta, também não teve

qualquer tipo de reclamação, de sugestão, fosse ela positiva ou negativa. Portanto, infelizmente

não são só os regulamentos da juventude, pois este Regulamento, tão importante para a

população nomeadamente a idosa, também não teve qualquer tipo de reclamação." -----------------

5.5.1.VOl' A<;~O -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com trinta e quatro votos a favor, sendo dezoito do Grupo Político Isaltino Oeiras

Mais À Frente (Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe

Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Carlos Alberto Ferreira Morgado, Nuno

Emanuel Campilho Mourão Coelho, Salvador António Martins Bastos Costeira, Maria João

Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina

Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva

Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça

Simões Madeira Ramos, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d'Oliveira Batista e Isaías

Fernando Ferreira Teles), oito do Partido Socialista (Marcos Sá Rodrigues, Alexandra Nunes

Esteves Tavares de Moura, Luísa Maria Diego Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria

Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Maria

de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté e Pedro Duarte Alves de Lara Everard), três do Partido

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Social Democrata (Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares e

Bruno Filipe Carreiro Pires), três da Coligação Democrática Unitária (Daniel dos Reis Branco,

Carlos Alberto de Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro), um do Centro

Democrático Social - Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e

Castro) e um do Bloco de Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto).----------------------------

-------------Os Senhores Deputados Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, António Pita de

Meirelles Pistacchini Moita e Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro do Grupo Político

Municipal Isaltino Oeiras Mais À Frente, Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro do Grupo

Político Municipal do Partido Socialista, Jorge Miguel Lobo Janeiro do Grupo Político

Municipal do Partido Social Democrata e José Henriques Lopes, Membro Não Inscrito, não

estavam presentes na altura da votação.----------------------------------------------------------------------

-------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

------------- "DELIBERAÇÃO N. º 82/2012----------------------------------------------------------------

-------------PROPOSTA C.M.O. N.º 627/12 DASSJ MEDIDA DE

COMPARTICIPAÇÃO NAS DESPESAS COM MEDICAMENTOS - APROVAÇÃO DE

RE(;lJLAMENTO l\1lJNICIPAL --------------------------------------------------------------------------

-------------A Assembleia Municipal de Oeiras tornou conhecimento da proposta número

seiscentos e vinte e sete barra doze, a que se refere a deliberação número cinquenta e dois da

Reunião da Câmara Municipal, realizada em vinte e sete de junho de dois mil e doze, e deliberou

por unanimidade, com trinta e quatro votos a favor, sendo dezoito do Grupo Político Isaltino

Oeiras Mais À Frente, oito do Partido Socialista, três do Partido Social Democrata, três da

Coligação Democrática Unitária, um do Centro Democrático Social - Partido Popular e um do

Bloco de Esquerda, aprovar o Regulamento da Medida de Comparticipação nas Despesas com

Medicamentos, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela

de liberação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

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--------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."-----------

--------------0 Senhor Presidente da A.M. colocou a seguinte questão: -------------------------------

--------------"Eu pergunto aos Senhores Deputados e aos Partidos, se podemos juntar na discussão

as propostas dos Pontos Seis e Sete, porque dizem respeito, uma ao Relatório e outra ao Plano de

Prevenção de Riscos de Gestão do Município de Oeiras.-------------------------------------------------­

--------------Alguém se opõe a que juntemos as duas para apreciação?"---------------------------------

--------------0 Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) respondeu o seguinte:-----------------------

-------------- "Senhor Presidente, o PSD não se opõe e, pelo contrário, sugere também que o

mesmo aconteça em relação aos Pontos Oito e Nove."---------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Presidente da A.M. expressou o seguinte:---------------------------------------

--------------"Se ninguém se opuser acho bem. --------------------------------------------------------------

--------------"Estão abertas, então, as inscrições para a apreciação conjunta das Propostas

Quatrocentos e Setenta e Cinco e Quinhentos e Vinte e Seis barra dois mil e doze."-----------------

5.6. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 475/12 - GMA - relativa ao Relatório de Execução

do Plano de Prevenção de Riscos de Gestão do Município de Oeiras (os documentos

relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião).-------------

5. 7. Apreciação da Proposta C.M.0. Nº. 526/12 - GMA - relativa ao Plano de Prevenção de

Riscos de Gestão do Município de Oeiras de 2012 (os documentos relativos a esta Proposta

ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião).--------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Marcos Sá (PS) colocou o seguinte Ponto de Ordem à Mesa:---

-------------- "Um ponto de ordem à Mesa no sentido da Proposta que foi feita pelo PSD,

relativamente à junção da discussão da Proposta Oito e Nove, pois nós gostaríamos de discutir

estas Propostas separadamente.'' -----------------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:---------------------------------------------

--------------"Não havendo consenso, passamos, então, agora à apreciação conjunta dos Pontos

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Seis e Sete."------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------A Senhora Deputada Sílvia Andrez (PS) interveio, dizendo o seguinte:---------------

------------- "Um Plano desta natureza nunca é um plano fechado, nem deverá ser. A gestão deste

Plano deverá ser dinâmica e principalmente ter em atenção a experiência acumulada podendo

depois ser sujeito a correções ou ajustamentos com vista a melhorar este mesmo Plano reduzindo

o risco e os impactos negativos de eventuais ocorrências contribuindo assim para uma gestão

mais transparente e responsável. ------------------------------------------------------------------------------

------------- Gostaria de relevar o esforço desenvolvido por todos os intervenientes neste processo

ao longo destes dois anos de execução e na elaboração deste Relatório. No entanto, chamo à

atenção para as cento e dezoito medidas que não foram plenamente adotadas, pois o problema

não está no número ou percentagem mas sim na natureza e qualidade do tipo de medidas e o

impacto que poderão vir a assumir. Algumas delas deverão ter em atenção o empenhamento

redobrado neste ano novo que se aproxima ou que está em curso, o Plano para dois mil e doze,

para que a sua plena adoção seja uma realidade. Falo, por exemplo, das medidas não adotadas

nas páginas vinte e dois, vinte e três, vinte e quatro e vinte e seis, ou seja, todas as medidas que

não foram adotadas mesmo tendo uma probabilidade de ocorrência baixa, mas ao verificar-se

têm uma gravidade de consequência elevada, deverão ser objeto de análise para uma

concretização urgente. Estas são o tipo de medidas que contribuem decisivamente para melhorar

a transparência da gestão. --------------------------------------------------------------------------------------

-------------Gostaria de referir que uma das áreas que muitas vezes levanta dúvidas sobre a

transparência de processo é na área da habitação social, nomeadamente a atribuição de fogos

municipais que se verifica que foram adotadas as medidas, esperemos agora que o processo se

tome mais transparente. O mesmo não acontece com outra área sensível e que o PS atribui

grande importância que tem que ver com a atribuição de subsídios ou outro tipo de apoios que

pelo facto de não estar centralizado permite que a mesma entidade possa, eventualmente, vir a

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receber comparticipações de diversas proveniências mas da mesma origem, ou seja a Câmara

l\1unicipal. -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Também a inexistência de um regulamento que defina a atribuição deste tipo de

. b 'd. ' 1 ' 1 ap01os e su s1 10s e uma acuna que e urgente co matar.--------------------------------------------------

--------------Quanto ao Plano para dois mil e doze, este já reflete algum amadurecimento, fruto da

experiência que permitiu fazer ajustamentos e redução do número de medidas, ou seja, de

quinhentos e noventa para quatrocentas e trinta e cinco. Quero acreditar que o número foi

reduzido por esta via e não pela falta de recursos, sejam eles orçamentais ou humanos ou menor

motivação dos diversos agentes face ao envolvimento transversal e a adoção do sistema de

medidas partilhadas. Saliento a boa prática da identificação dos responsáveis, o que se demonstra

decisivo para o sucesso na implementação deste Plano.---------------------------------------------------

--------------Aproveito, agora, para deixar algumas sugestões que me parecem pertinentes

reforçar: --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Verificação, à priori, dos fornecedores com a situação regularizada ao Fisco e à

Segurança Social, quer a quando da contratação, quer a quando do pagamento. ----------------------

--------------Evitar a utilização sistemática de procedimentos por ajuste direto, por necessidade

urgente ou outro tipo. -------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Ponderação para análise relativamente à centralização da contratação pública para

não haver dispersão de procedimentos de contratação. ----------------------------------------------------

--------------Sobre a questão das tecnologias de informação e comunicação deveria ser acautelada

a dependência de fornecedores externos já que esta situação coloca em causa a integração dos

diversos sistemas e, eventualmente, a própria boa gestão. ------------------------------------------------

--------------Gostaria de realçar a importância da existência de um código de ética e conduta, bem

como o manual de procedimentos a existir em cada unidade orgânica e, ainda, o enfâse a atribuir

à divulgação generalizada deste Plano e dos resultados obtidos. Para além de contribuir para a

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transparência da gestão poderá ainda otimizar e motivar os recursos."--------------------------------­

-------------O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ---------

-------------"Globalmente estamos de acordo com a intervenção anterior. De qualquer forma

achamos que o Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações é um instrumento importante

porque, tal como já foi dito, previne más práticas e pode, inclusivamente, corrigir situações de

comportamento para o futuro. ---------------------------------------------------------------------------------

-------------Eu sinto-me, particularmente, responsável por não ter sido capaz durante algumas

dezenas de anos que estive aqui de poder corresponder, como deputado que tinha que fiscalizar o

Executivo da Câmara, à crise de crescimento e também desenvolvimento, embora em muitas

vezes não tão sustentada, no nosso entender, como devia ser que o Município de Oeiras teve.-----

-------------De facto, houve um "bum" de crescimento e de desenvolvimento neste Concelho e

eu participo na Assembleia Municipal desde oitenta e seis e este Plano, este instrumento, devia já

ter existido nesses anos e nessa altura, porque, todos nós, e particularmente os da Assembleia

Municipal, podíamos ter detetado alguns comportamentos e atitudes que podiam prevenir que o

nosso Município não andasse nas bocas do mundo por ser considerado aqui e ali, em algumas

situações, que o aparelho da Câmara era premiável à corrupção e ao compadrio e às benesses.----

-------------Nós, particularmente os comunistas, organizados na CDU, sempre tivemos uma voz

muito crítica e áspera às gestões do Presidente da Câmara, o Doutor Isaltino, mas achamos que

não fomos suficientemente eficazes, como Membros da Assembleia - e a Assembleia no seu todo

- para exigir comportamentos e mecanismos que pudessem prevenir situações que nunca deviam

ter acontecido. O crescimento foi, de facto, também muito acelerado, as oportunidades de

desenvolvimento foram também demais, houve uma grande euforia, pensava-se que estávamos

no paraíso dos paraísos e, de facto, muitas vezes as coisas correram mal e vieram a acontecer.----

-------------Este instrumento, tal como a companheira que me antecedeu já falou, previne e tenta

prevenir situações. De facto, hoje os orçamentos já são mais magros, a gestão tem que ser cada

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vez mais aperfeiçoada mas a nossa Assembleia, composta por pessoas que trabalham noutros

setores e que não se podem indicar com o profissionalismo e a capacidade de atendimento que

um Executivo Camarário tem e os Vereadores têm, devia poder sempre responder e exigir do

Executivo, tal como hoje aqui já foram exigidos, vários requerimentos para que a gestão seja o

mais possível transparente e clara. Eu acredito e nós acreditamos no Poder Local, acreditamos

nos nossos autarcas, sabemos que quase todos os autarcas que nos representam fazem-no bem.

Não é por acaso que hoje nesta sessão a maior parte das questões foram todas votadas por

unanimidade e, portanto, há aqui um trabalho que na discussão e na participação de todos, tal

como o apelo inicial do Presidente colocou, está a chave da boa solução e este instrumento vem

nesse sentido.-----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Por conseguinte, eu apelava a todos os grupos e a todos os companheiros da

Assembleia que, de facto, a crítica, por mais difícil que seja de suportar, é bem-vinda e é boa a

médio e a longo prazo. No curto prazo e no imediato podemos dar louvadinhas e podemos ser

simpáticos mas às vezes observações são extremamente pertinentes e nós distinguimo-nos num

aspeto - distinguimo-nos em muitos, porque de facto somos uma organização diferente das

outras que são quase todas iguais - é que, procuramos identificar os problemas e nunca entrar no

dichote e na questão particular e pessoal, procuramos identificar ideias, princípios, atitudes, atos

de gestão e encontramos no outro um adversário político mas não mais que isso."-------------------

--------------A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte: ------

--------------"Queria começar por felicitar a Câmara pela elaboração deste Plano de Prevenção de

Riscos de Gestão, pela sua ambição de metodologia que pretendeu alargar o seu âmbito de forma

a abranger todos os riscos de gestão do Município na prossecução da sua atividade e não apenas

aqueles de corrupção e infrações conexas.-------------------------------------------------------------------

--------------Corno já aqui foi dito, das quinhentas e noventa medidas previstas foram adotadas

quatrocentas, estando outras setenta e duas medidas em processo de implementação. ---------------

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-------------Agora, o que é importante dizer é que este Plano faz com sejam implementadas

políticas anticorrupção e também uma política de melhoria contínua do serviço público que é

prestado pela Câmara Municipal de Oeiras. Portanto, este Plano vem no fundo reforçar o valor

do trabalho que tem sido levado a cabo em Oeiras, desde há várias décadas, no sentido da

qualidade, no sentido da excelência que fazem com que Oeiras se distinga dos outros municípios

em muitos indicadores que conhecemos. --------------------------------------------------------------------

-------------Parabéns à Câmara por este ambicioso trabalho, por esta iniciativa, que, como

sabemos, é árdua e diz respeito a todas as unidades orgânicas da Câmara." --------------------------­

-------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) interveio, dizendo o

seguinte: -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------"Com certeza que consideramos, como a anterior intervenção, positivo e bastante

revelador o Relatório que nos é apresentado do Plano de Prevenção de Riscos da Gestão do

Município de Oeiras.--------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Eu só vou falar sobre um ponto em concreto que tem a ver também com a existência

de uma Comissão de Acompanhamento do PDM desta Assembleia e que fala justamente na

possibilidade da identificação do risco que é a ausência de informação procedimental

sistematizada de forma clara e disponível, que é justamente aquilo que nós muitas vezes temos

vindo a dizer no âmbito da Comissão de Acompanhamento do PDM e que este risco seria

diminuído, primeiro se o processo estivesse concluído e segundo se todas estas informações

tivessem informatizadas e devidamente claras, por isso, é justamente aqui que eu queria

perguntar, se existe da parte da Câmara uma previsão para a informatização, particularmente

nestas duas Divisões, na Divisão do Planeamento e na Divisão de Acessibilidades e Mobilidade

que é justamente o "calcanhar de Aquiles" do Concelho de Oeiras, na área de acessibilidades e

mobilidade e ainda não temos, em dois mil e doze, uma situação completamente informatizada

destes processos." -----------------------------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

--------------"Irei começar pelo fim, a questão da informatização, a DPGU, o Departamento está

perfeitamente informatizado há mais de um ano, tanto que neste momento qualquer processo que

dá entrada tem que dar entrada obrigatoriamente em formato digital e, por aí, nós já ternos

implementado e já passámos a fase crítica de experimentação e de redução dos "bugs", dos erros,

tudo isso e, neste momento, já está em produção urna aplicação que é o SPO, na área do

Planeamento e da Gestão Urbanística.-----------------------------------------------------------------------­

--------------Depois, eu queria, embora o Senhor Deputado Coutinho (CDU) vá sair, e não posso

deixar de fazer uma referência: para quem conheceu esta Autarquia, esta Câmara, ao longo dos

trinta anos cresceu em termos orgânicos, cresceu no número de funcionários, cresceu no número

de unidades orgânicas, cresceu no número de competências, cresceu no seu orçamento, cresceu

na sua responsabilidade, cresceu na área que tem que gerir e que tem que manter de espaços

verdes, cresceu na área que a construiu e que tem que manter e que tem que gerir na área da

habitação social, ou seja, podem-me dizer: não foi um crescimento sustentável - não foi um

crescimento sustentável? Podem criticar algumas questões relativamente a decisões, corno em

tudo na vida, poderiam ser tomadas de outra maneira, de outra forma, erros que se cometeram -

só não erra quem não faz - e a verdade é que este Município cresceu muito, cresceu fisicamente,

cresceu economicamente, cresceu socialmente, em termos da sua coesão, em termos do apoio

das políticas, cresceu desportivamente, cresceu culturalmente. -----------------------------------------­

--------------Eu pergunto, há pouco o Senhor Deputado Coutinho (CDU) falou: bem, as situações

mais graves - eu não conheço nenhum autarca da CDU, do PSD, do IOMAF, que no passado

tenham tido algum problema em termos de corrupção ou em termos de uma questão grave - eu

não conheço - ou do PS que também esteve na Câmara. Mais, eu não conheço nenhum

funcionário do administrativo, ao técnico, ao dirigente, que tenha tido alguma questão

relativamente à corrupção ou a procedimentos de corrupção e que tenham sido condenados,

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portanto, o Senhor Deputado Coutinho (CDU) ao dizer, como Membro de um Órgão

fiscalizador, que não conseguiu na íntegra cumprir com a sua função, eu quero dizer-lhe que, na

minha opinião, todas as Forças Políticas que durante estas três décadas estiverem aqui

representadas na Assembleia Municipal tiveram um contributo inestimável para aquilo que foi e

que é o desenvolvimento deste Município e desta Autarquia. É claro que se me perguntarem:

durante todo esse tempo e atualmente cometem-se irregularidades? Cometem. Penso que a

esmagadora maioria, se não a totalidade, dos Senhores Deputados sabe a legislação que temos,

muitas vezes legislação contraditória, o emaranhado de regulamentos, de normas, de decretos, de

posturas. Todos os Senhores Deputados sabem, muitas vezes, a dificuldade que é cumprir à risca

tudo o que diz respeito ao previsto na legislação existente nas mais diversas áreas. No meu caso

concreto, eu tenho dez áreas de competência que vão desde as finanças, ao turismo, ao desporto,

ao licenciamento de obras particulares, ou seja, nenhuma delas tem uma relação direta umas com

as outras, têm legislação diferente. É perfeitamente aceitável, penso eu, que na quantidade de

despacho que no meu gabinete se produz diariamente haja situações que possam ser alvo de

reparo por parte de qualquer inspeção em termos de uma irregularidade. Agora, durante este

período cometeram-se ilegalidades, Senhor Deputado? Houve questões de corrupção? Oeiras

esteve na boca do mundo por questões da vida diária do Município, da Câmara, da Assembleia -

eu não conheço. Não. Senhor Deputado, se porventura o Senhor se está a referir ao Senhor

Presidente - não, desculpem, foi o que eu percebi, posso estar enganado - se se estão a referir ao

Senhor Presidente, Doutor Isaltino Morais, que fique ciente e que fique escrito em ata e é um

facto, o Senhor Presidente não foi condenado por qualquer ato praticado no âmbito da sua função

de Presidente de Câmara e, portanto, quando vêm com a história que houve coisas que correram

menos mal e que ainda bem que agora há um Plano, Senhores deputados, desculpem, eu não

entendi, mas se foi essa a intenção, eu continuo sem perceber, portanto, do historial que eu

conheço desta Câmara houve efetivamente um crescimento, orgânico e não só. Houve um

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

acréscimo de dificuldades e de complexidade no seu dia-a-dia. Agora, dizer que no passado não

existia, não havia e houve uma série de problemas, eu pergunto, sinceramente, frontalmente: mas

que problemas? Contudo, todos nós temos obrigação de melhorar, todos nós temos obrigação de

tomar mais claro, mais transparente, mais assimilável, mais percetível, os procedimentos que

temos na Câmara, na Assembleia Municipal, nas várias unidades orgânicas que compõem esta

Autarquia. É um facto. E como aqui foi dito, e bem, pela Senhora Deputada do PS, que foi

refutado pela Senhora Deputada do IOMAF e pela Senhora Deputada do CDS e também pelo

Senhor Deputado da CDU, este Plano é um caminho certo. É claro que podem dizer: as medidas

não foram todas tomadas, não foram, a esmagadora maioria delas foram adotadas, outras estão a

ser implementadas e, mesmo assim, eu espero que este Plano também não seja fechado. Este

Plano tem que regularmente ou anualmente ser avaliado, terá que haver ajustes e, acima de tudo,

que ele possa contribuir para aquilo que todos pretendemos que é cada vez mais aquilo que é a

vida interna do Município, desta Autarquia, seja perfeitamente assimilável pelos nossos

munícipes, pelos nossos cidadãos, pelas pessoas que fazem parte deste Concelho. Por

conseguinte, eu só estranho, e a minha intervenção é só nesta matéria, quando a intervenção do

Deputado da CDU fala no passado, que fala que o crescimento foi muito grande e que em

determinadas medidas ou decisões levou a que esse desenvolvimento não fosse tão sustentável

como aquilo que eles pretendiam e claro, é legítimo, também é legítimo que nem todas as

decisões que se tenham tomado fossem ao encontro daquilo que seria a vontade ou a posição da

CDU ou de outra Força Política. Agora, dizer que, por força dessa avalanche de crescimento ou

de decisões, não houve da parte do Senhor Deputado a capacidade para fiscalizar a atividade da

Câmara e que isso levou a que Oeiras andasse na boca do mundo. Eu não conheço nenhum

episódio, no passado, que se tenha passado nem com Vereadores, nem com dirigentes, nem com

funcionários, técnicos, administrativos, operacionais ou outros, neste Município. Sempre fomos

auditados, sempre fomos fiscalizados, e muito, por diversas entidades, pela Inspeção-Geral de

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Finanças, pela Inspeção-Geral de Administração do Território, pelo Tribunal de Contas, sempre

respondemos na base do contraditório, sempre explicámos e sempre resolvemos e alterámos

aquilo que nos foi sugerido no que diz respeito a irregularidades, a procedimentos que não

estavam em conformidade com aquilo que era a sua avaliação.------------------------------------------

------------- Sinceramente, Senhor Deputado, não entendi a sua intervenção, com toda a

frontalidade e sinceridade, no entanto, também lhe quero dizer que estou perfeitamente de acordo

com este caminho, acho que ele vai realmente impor um conjunto de alterações, de melhorias, de

simplificações que, de alguma forma, a ideia que é a ideia de todos nós, a vida, as decisões, os

procedimentos que se passam diariamente nos seio das diversas unidades orgânicas da Câmara

Municipal de Oeiras possam estar acessíveis e ser percetíveis por parte de toda a gente, dos

Órgãos de fiscalização mas também por parte dos cidadãos e dos munícipes, porque é essa a

nossa intenção e é esse o direito que eles têm e que vocês têm." ----------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte:-------------------------

------------- "Eu peço desculpa pelo incómodo que causei ao Vice-Presidente mas, como eu lhe

disse, estou na Assembleia desde oitenta e seis e a voz do povo, a voz que me chega, e que

chegou ao longo deste tempo, é que processos iguais tinham despachos diferentes e tempos de

duração de avaliação distintos e para situações iguais não havia tratamentos iguais, havia

influência, havia procedimentos de favor em relação a situações concretas no desenvolvimento

de projetos. Havia projetos que eram mais beneficiados que outros, havia andamentos

dissemelhantes conforme o patrono dessas ações tinha mais ou menos poder. Se o Doutor Paulo

Vistas não considera isto como uma realidade concreta que existiu na minha terra, no meu

concelho, lamento - uma atitude politicamente correta - mas nesta situação e nesta circunstância

estou só a refletir porque o meu compromisso é com o povo, é com as pessoas, é com a verdade

e esse compromisso com a verdade permitiu-me dizer aquilo que me chegava e aquilo que,

efetivamente, eu sinto. E o que eu disse foi que planos como este, instrumentos como este,

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

podem e devem ajudar a tomar, aquilo que na sua boca também disse e que estou de acordo, que

a gestão seja o mais transparente e o mais igual possível. De facto, neste Concelho, quando nós

erradicámos as barracas, libertámos terrenos onde elas estavam de primeiro nível e que permitiu,

de facto, empreendimentos onde as pessoas que os patrocinaram ganharam muito dinheiro, havia

condições de dinâmicas de execução de obra completamente dissemelhantes entre o pequeno

empreendedor e o grande empreendedor. Estes instrumentos, se tivessem existido desde sempre

e se a Assembleia Municipal tivesse condições de transformar em execução e avaliação concreta

dos processos que estavam em curso para um denominador comum em igualdade, desde o

pequeno ao grande, a situação era equilibrada, era equitativa, era justa, e foi nesse sentido que eu

disse que, de facto, nesta Câmara, como em muitas câmaras, era dito e o povo diz que quem tem

força as coisas correm de uma maneira, quem não tem força as coisas correm de maneira

diferente. Se o Doutor Paulo Vistas considera que esta observação, que de certa maneira foi um

desabafo e neste sentido eu não estive a acusar ninguém, porque as coisas quando acontecem

mal, a culpa é nossa, Assembleia, que não conseguimos prevenir e fiscalizar e impor ao

Executivo as regras para que as coisas corressem absolutamente bem. Foi nesse sentido, em jeito

de balanço, que me permite dizer com toda a frontalidade: eu ando na Assembleia Municipal e

entrego, como sabe, os valores que recebo ao meu Partido e não ando aqui para obter lugares,

nem vantagens, mas para dizer aquilo que sinto, aquilo que oiço e refletir aquilo que o povo diz.

Eu sei que isto é incómodo, eu acho que incomoda e percebo a sua reação. Mas eu, em tese,

acredito que se a Assembleia Municipal tivesse a capacidade plena de fiscalizar plenamente,

Oeiras se calhar não tinha tido as referências que teve, particularmente, as dúvidas que teve das

atuações que o Executivo, na pessoa do Senhor Presidente, passou no julgamento popular e esta

situação, pode-me dizer: de facto, não foi condenado, mas o certo é que na rua esta situação

aconteceu e quando eu fiz esta analogia a este instrumento foi que, pena foi que este instrumento

não estivesse a montante antes de aparecer na Câmara o Doutor Isaltino, que curiosamente

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apareceu quando eu apareci também na Assembleia Municipal. Era um jovem na altura com

trinta e seis anos, como eu tinha, e, de facto, as coisas correram a um ritmo alucinante neste

Executivo, uma capacidade de execução extraordinária mas a rua está cheia de dúvidas das

práticas que este processo teve - a rua, o povo, em surdina diz. Achei que era o momento de

fazer esta reflexão, a propósito deste instrumento numa lógica de que se ele tivesse aparecido

antes, podia ser que o nosso percurso político, em Oeiras, fosse um pouco diferente." --------------

-------------O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) disse o seguinte:------------------------------------

-------------"Eu queria protestar veementemente de um aparte que tinha a ver com a corrupção

que eu estava a falar. O Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal, Doutor Paulo Vistas,

lembra-se logo do Doutor Isaltino Morais - está a falar do Doutor Isaltino Morais - eu não estava

a falar do Doutor Isaltino Morais, quando tenho que falar com o Doutor Isaltino Morais e quando

tenho que o combater politicamente faço e gosto de o fazer quando ele está presente, nunca fiz

isso, desse ponto de vista, portanto estou à vontade. Agora, quer dizer, que cada vez que se fala

em corrupção o Senhor Doutor Paulo Vistas lembra-se logo do nome do Senhor Presidente. Não

é disso que estamos a falar. ------------------------------------------------------------------------------------

-------------Aquilo que eu quero transmitir é o seguinte e isso tem que ficar claro: nós estamos a

discutir hoje estes planos de prevenção por uma única razão, porque houve legislação, efetuada

do Partido Socialista, relativamente a esta matéria e se alguma coisa está a ser feita do ponto de

vista político em todas as câmaras municipais, em muitos institutos e muitas empresas, se muito

se está a avançar nessa área tem a ver com a legislação que foi implementada pelo Partido

Socialista e pelo Governo do Partido Socialista e pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista

no sentido, efetivamente, de avançarmos significativamente. Por conseguinte, tenho muita honra

em estar a discutir hoje estes documentos. Acho que a Câmara Municipal de Oeiras está a

melhorar e muito relativamente a práticas que tinha no passado, isso é bom do ponto de vista da

transparência - aí concordo com o Senhor Vice-Presidente da Câmara - mas não estamos aqui em

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

nenhum julgamento popular. Aqui o Partido Socialista nunca fez nenhuma acusação

relativamente ao Doutor Isaltino Morais, quem fez a acusação ao Doutor Isaltino Morais foi o

Ministério Público e não o Partido Socialista." ------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. interveio e disse o seguinte:---------------------

--------------"Senhor Deputado, eu perguntei e fi-lo na sequência da intervenção do Senhor

Deputado Coutinho (CDU), portanto, o Senhor Deputado entendeu fazer esta intervenção e

perguntei-o com toda a frontalidade. ------------------------------------------------------------------------­

--------------Eu vejo o Deputado Coutinho (CDU) ao longo dos anos que me tenho habituado a

conviver com ele, não só do ponto de vista formal aqui na Assembleia Municipal mas também

do ponto de vista informal, como uma pessoa com senso, com sentido de responsabilidade. E, na

minha opinião, a intervenção que o Senhor fez aqui hoje põe em causa não só os autarcas como

também os funcionários desta Câmara que desempenharam e que desempenham funções nesta

Autarquia. Repare, aquilo que o povo diz vai continuar a dizer. Não é pela existência deste Plano

que o povo vai deixar de dizer e o Senhor sabe muito bem disso. Não é pelo povo dizer que nós

vamos deixar de decidir e quando decidimos nós fazemo-lo com a convicção que estamos a

decidir de acordo com critérios de justiça. Não quer dizer que não cometamos erros mas também

não quer dizer que estejamos a beneficiar ou a querer beneficiar o "a" ou o "b'', o "a" por ser

grande ou o "b" por ser pequeno e quando eu digo nós, não é só os autarcas, também todos

aqueles que prestam função e que prestaram funções nesta Autarquia e a sua intervenção aqui,

que fica em ata, que fica registada e que fica baseada no diz que disse, naquilo que o povo diz,

que todos nós respeitamos e que todos nós devemos o facto de aqui estarmos, porque fomos

eleitos pelo povo, mas não nos merece fazer acusações fundadas naquilo que o povo diz, naquilo

que é o diz que disse porque, Senhor Deputado, nós hoje temos este Plano, mas acredite que em

determinadas matérias, sejam elas de urbanismo, de atribuição de habitação social, que eu

continuo a despachar diariamente convicto que as estou a despachar com critério de justiça, eu

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continuarei a ter criticas no povo de pessoas que dizem e que voltam a dizer, sobre aquele meu

despacho, que favoreceu o "a" e que não favoreceu o "b" e que, principalmente, favoreceu o "a"

porque foi o "a" que teve o despacho de atribuição de casa e o "b" porque não teve, por

conseguinte, esse simples facto é o suficiente para o povo dizer que há na Câmara de Oeiras ou

noutra Câmara qualquer a proteção deste ou daquele ou o beneficio para aquele ou para outro,

mas não é isso que nos pode deixar de decidir diariamente. ----------------------------------------------

-------------Agora, a responsabilidade com que o Senhor aqui hoje falou e interveio, como

Deputado Municipal, com uma intervenção que fica em ata, na minha opinião, acho que

infundadamente o Senhor atingiu os funcionários, os dirigentes e os Vereadores e não foram só

os Vereadores do IOMAF, não foram só os Vereadores do PSD, também foram os Vereadores da

CDU, porque os Vereadores da CDU também participaram neste desenvolvimento, também

fizeram parte de muitas câmaras no passado. Não se pode, não se deve, em minha opinião, pôr

em causa um trabalho, pôr em causa um conjunto de decisões e eu já admiti que tudo o que é

uma decisão tem uma margem de risco, mas acredito piamente que essas decisões são

despachadas e tomadas com um conjunto de critérios e valores de justiça, de equidistância e que

não podemos por força dessa decisão não agradar a "a" ou não agradar a "b", não podemos pôr

em causa essa mesma decisão, porque esse é que é o julgamento popular. E nós como

democratas, como pessoas eleitas, como pessoas sérias e responsáveis, não podemos fazer

intervenções dizendo: o povo diz, lá fora diz-se, porque lá fora diz-se muita coisa, porque o povo

diz muita coisa, o povo tem muita sabedoria, mas o diz que disse não pode ser a medida e não

pode ser com base nisso que nós podemos julgar aquilo que tem sido o trabalho de milhares de

pessoas que passaram e que estão nesta Câmara Municipal e que fazem parte dos serviços deste

Município e que a eles todos em conjunto, autarcas e funcionários, se deve este desenvolvimento

e estes indicadores que hoje Oeiras tem e que todos em conjunto nos possamos orgulhar.----------

-------------Para terminar, Senhor Deputado, quero dizer-lhe que senti a sua intervenção como

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

um ataque infundado, não só um ataque aos autarcas mas também aos funcionários, aos

trabalhadores deste Município."------------------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) retorquiu o seguinte: --------------------

--------------"O Senhor Vice-Presidente sentiu mas sentiu mal. E sentiu mal porque é uma

contradição nós estarmos a discutir um Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e não falar da

possibilidade de haver corrupção. E o que eu, exatamente, quis dizer é que um Plano de Gestão

de Riscos de Corrupção é um instrumento para prevenir corrupção e se este Plano existisse há

uns anos atrás tinha tido vantagem para o Município. Foi só isto que eu quis dizer."----------------­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. concluiu, dizendo o seguinte: -------------------

--------------"Eu queria terminar e dizer sobre esta matéria o seguinte: este Plano é muito mais do

que um Plano de Riscos de Corrupção. Este Plano é um Plano de Gestão de Risco e o risco não

desaparece pelo facto de termos este Plano. O risco em cada decisão que se toma nesta Câmara

por dia está lá e há de continuar a estar. Há que o minimizar e é isso que estamos a fazer, não

quer dizer que ele desapareça. Agora, não podemos pôr em causa todo o trabalho que foi

desenvolvido no passado, pelo facto de não termos um plano destes e não podemos dizer que o

"a" ou o "b" foram favorecidos e que se preteriu o pequeno em função do grande e que se

beneficiou um em prejuízo doutro, porque o povo disse, porque alguém disse, porque alguém

comenta. Isso também é algo que irá continuar a existir e que espero, que no futuro, nenhum dos

Senhores Deputados utilize o diz que disse mas que as vossas intervenções, críticas de oposição,

de construção, sejam baseados em dados objetivos, em factos e não em suposições ou naquilo

que se diz lá fora pelo povo."---------------------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:---------------------------------------------

-------------- "Apreciámos o Relatório de Execução do Plano e o Plano de Prevenção de Riscos de

Gestão do Município de Oeiras."------------------------------------------------------------------------------

--------------AP~CIADAS -----------------------------------------------------------------------------------

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5.8. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 551/12 - GP - relativa à Adesão do

Município de Oeiras à "ARTEMREDE - Teatros Associados" e aprovação dos estatutos (os

documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta

reunião).-- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

5.9. Apreciação da Proposta C.M.O. Nº. 474/12 - GP - relativa ao Relatório de Atividades

relativo ao exercício de 2011 e Proposta de Aplicação de Resultados - "ARTEMREDE -

Teatros Associados" (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como

anexos, na pasta desta reunião). ----------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Bruno Magro (PS) disse o seguinte:--------------------------------

-------------"Antes de mais gostaria de dizer que o Partido Socialista apoia todas as iniciativas

que visem a difusão e o acesso à cultura por parte dos cidadãos. ----------------------------------------

-------------Em relação ao assunto em discussão o Partido Socialista irá votar contra. Todo o

processo foi uma grande trapalhada. Já estamos habituados a ver propostas serem apresentadas a

esta casa fora de prazo - um/dois meses - ainda hoje se assistiu com o EDP Cool Jazz Fest (essa

veio só uma semana), agora, esta são três anos, o que nos parece de todo inadmissível. A única

coisa que podemos questionar é a forma como os serviços estão organizados. Sim, Senhor Vice­

Presidente, vai dizer que errar é humano - como já o disse hoje - e é verdade, concordo consigo.

Mas quando se persiste no erro ou se é distraído ou não se tem noção do que se está a fazer. Não

só o processo foi uma trapalhada, como parece que na reunião de Câmara as coisas também não

correram pelo melhor. Alertados pelo Vereador da CDU para o facto de esta matéria nunca ter

vindo a discussão, a resposta foi: pois, vamos ver, se calhar não veio, temos que tratar disso. -----

-------------Questionado o Executivo sobre o valor a pagar a resposta foi: vinte e cinco mil euros,

quando na realidade são trinta e cinco mil euros/ano. ----------------------------------------------------­

-------------Questionado sobre o recurso à Associação para aquisição de espetáculos, a resposta

foi esquiva: o ano passado utilizámos, este ano temos alguns projetos. Para quando? Já estamos

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

em agosto. A verdade é que já se pagaram ao longo destes três anos cerca de cem mil euros a

esta Associação e parece-nos que o retorno efetivo, resultado de nos termos associado a esta

instituição é muito pouco. Recordo que o valor em causa é cerca de metade do valor investido

nas Festas do Concelho dois mil e doze, ou seja, com este dinheiro fazia-se metade das

atividades desenvolvidas nas Festas, o que nos parece manifestamente mais rico do que até aqui

se conseguiu com esta Associação. --------------------------------------------------------------------------­

--------------A dada altura na Proposta quinhentos e cinquenta e um, dois mil e doze, lê-se: " ...

desde a sua adesão" que, efetivamente, não aconteceu, não foi formalizada, portanto, parece-me

que o termo não é o mais correto, "tem o Município de Oeiras vindo a fruir plenamente das

vantagens inerentes à condição de associado, na possibilidade de aceder a uma maior diversidade

de espetáculos e fruir dos mesmos a um preço mais acessível. ... " Quais? Quantos? Quanto é que

se poupou? -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Está também explanado nos estatutos desta Associação a formação aos funcionários

dos auditórios, teatros, etc .. Importa saber, quantas ações de formação foram desenvolvidas?

Quantos funcionários foram alvos dessa formação? Quantos espetáculos foram contratados

através da ARTEMREDE? Quanto significou isso em termos de poupança? Esta Associação

também desenvolveu uma formação dirigida a autarcas e dirigentes. Gostaria de questionar o

Executivo se incentivou algum dirigente a participar, ou até mesmo um autarca, nessa ação de

formação? - -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Aproveito para felicitar, ao mesmo tempo, o Executivo por este ano fazer parte da

Direção. Pena tenho que o Município não tenha sido sócio fundador e não se tenha juntado a esta

Associação em dois mil e cinco. Sim, é que na altura, até reconheço que Oeiras marcava o ritmo,

mas agora, em dois mil e onze, olhando para a forma enérgica e pujante com que a Coligação

governa o Município, o que me parece é que é mais um associado para marcar passo. A única

coisa em que foram assertivos foi o facto de dizerem que Santarém deve a esta Associação cerca

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de cinquenta mil euros. -----------------------------------------------------------------------------------------

-------------Senhor Vice-Presidente, o que realmente me dá gozo no meio disto tudo, é imaginar

num futuro próximo, dentro de um ano, ver umas flores a virem para as ruas de Oeiras fazer

campanha, com umas bandeirolas na mão e do outro lado ver as papaias, representantes desta

Associação e dirigentes, de mão estendida a dizer: paga o que deves. O homem ainda aqui não

chegou e já cá tem credores."----------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) fez a seguinte pergunta de esclarecimento: -

-------------"Não sei se é culpa minha, se é culpa do adiantado da hora, mas gostava que o

Partido Socialista explicasse, que eu não estou a perceber nada, francamente, como é que isto foi

aprovado pelos Vereadores do Partido Socialista na Câmara? Votaram a favor. Gostava de

perceber porquê? Qual é a coerência do Partido Socialista em todo este processo? É só isto que o

Bloco de Esquerda quer saber." -------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) respondeu o seguinte: -----------------------------

-------------"É muito simples, o Partido Socialista vota contra esta Proposta e justificou

devidamente. A justificação é claríssima. Eu percebo a dificuldade do Senhor Deputado Miguel

Pinto (BE), porque é o único elemento e só está num único Órgão, na Assembleia Municipal,

portanto, ele tem um pensamento próprio, uma linha própria e ele próprio toma todas as decisões

relativamente ao Bloco de Esquerda. O Partido Socialista é um Partido plural, tem dois Órgãos, a

Proposta é muito clara e muitas das vezes estas propostas são colocadas pela Câmara Municipal

à última da hora para despachar, o que também é uma das coisas que devia de estar aí nessa coisa

da corrupção, do ponto de vista das boas práticas a utilizar, ou seja, há um regulamento, uma

regra e, vejam que, na reunião de ontem entraram vinte propostas que não estavam submetidas e

os Vereadores são obrigados a discutir e a votar propostas, sem as ler porque este é o

funcionamento da Câmara Municipal, mas eu percebo esta questão. A nossa questão é muito

simples: esta Proposta, nós não a votamos favoravelmente, vamos votá-la contra, porque ela

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

devia ter vindo à Assembleia Municipal de Oeiras há três anos atrás e é uma incompetência total,

aliás, como tem sido demonstrado por parte da Senhora Vereadora da Cultura, relativamente a

outros assuntos que nós já discutimos aqui na Assembleia Municipal, uma incompetência

constante relativamente aos procedimentos que são feitos e ao respeito que muitas das vezes têm

relativamente aos assuntos que são obrigatoriamente da competência da Assembleia Municipal.

Este assunto não é uma competência da Vereação, este assunto é competência e está no âmbito

da decisão da Assembleia Municipal e aquilo que nós estamos aqui a fazer hoje é votar uma

Proposta que devia cá ter estado há três anos, ou seja, a Câmara Municipal andou a pagar a esta

Associação ilegalmente - é preciso dizê-lo - e nós somos Órgão fiscalizador, Assembleia

Municipal, e estamos cá para o dizer e para o defender. Relativamente a esta Proposta, a Câmara

Municipal tem pago estes cerca de trinta mil euros de forma ilegal a esta Associação, durante três

anos desde dois mil e nove, e aquilo que nós vamos hoje votar aqui contra, é exatamente a

Câmara Municipal estar a branquear uma situação e a dar cobertura à mesma, a qual devia ter

trazido logo em dois mil e nove a esta Assembleia Municipal para ser discutida e para ser votada

num Órgão próprio que era a Assembleia Municipal." ---------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) disse o seguinte:-----------------------------

--------------"Diz o nosso povo que há coisas, quando nascem tortas, tarde ou nunca se

endireitam. ---------------------------------------------------------------~---------------------------------------

--------------Estamos, de facto, perante uma situação que é lamentável, cuja responsabilidade

julgo que escapa à própria Câmara enquanto coletivo porque, efetivamente, havia participação de

alguém nesta Associação, esse alguém está presente numa Assembleia-Geral em que o Ponto

Um da Ordem de Trabalhos é exatamente a Proposta de Adesão a Oeiras. Está lá, segundo se

refere aqui (e estou a olhar para os documentos) em representação da Câmara, mas esta não lhe

tinha dado qualquer representação porque se tivesse dado tinha conhecimento - estou a falar da

Câmara como coletivo - portanto, se essa pessoa lá estava em representação da Câmara, é porque

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alguém, de facto, de forma injustificada lhe tinha dado poderes que ele não tinha e esta é que é,

de facto, a questão. A Senhora Vereadora da Cultura devia estar aqui hoje para explicar esta

situação, como o Senhor Deputado do Partido Socialista, Marcos Sá (PS), já referiu. Poderá,

provavelmente, ter oportunidade de o fazer numa próxima altura - não sei. Agora, objetivamente,

há aqui uma clara dessintonia entre a Vereadora e a Câmara. E, efetivamente, mais grave ainda

se toma quando a seguir conhecendo todos estes prossupostos e sabendo e tendo obrigação de

dirigir a questão em tempo à Câmara quando se apercebe - não sei se se apercebeu, se não se

apercebeu - o que é, objetivamente, nada disse. E a Câmara está durante dois ou três anos a pagar

numa boa-fé e num pressuposto que não tenho dúvidas nenhumas, porque isto depois entra numa

rota, sem que se soubesse que era membro de uma Associação. Isto, de facto, é lamentável.-------

------------- Agora, é importante, não, no fundo, olhar efetivamente para aquilo que é a realidade

e o interesse ou não interesse da Câmara em participar nesta Associação porque, quer queiramos,

quer não, o que nos está agora aqui a ser pedido é a ratificação de um erro. O erro está lá, o erro

existe, o erro está aqui denunciado e inclusive, repare-se, que o próprio Presidente da Câmara é

surpreendido por esta situação, conforme decorre das atas que nos aqui chegam. Esta situação, de

facto, passa à margem da generalidade da Câmara, com exceção da Senhora Vereadora e numa

situação como esta, de facto, existe um erro e estamos aqui para o esclarecer. ------------------------

-------------O PSD, ao contrário do Partido Socialista, considera o seguinte: a Câmara faz parte

de muitas associações, não é apenas desta, e é importante para o Concelho participar nesta

Associação que, aliás, como se verificará, existem vários concelhos que fazem parte da mesma. --

-------------Foram levantadas aqui algumas questões pelo Deputado do Partido Socialista que me

parecem ser relevantes, é que esta Assembleia e nós também gostaríamos de conhecer o que é

que, de facto, durante estes três anos - já que estivemos a pagar - o Município beneficiou com

isso. Não sei, eu para já, o que leio aqui, não digo que beneficiou ou deixou de beneficiar. O

certo é que nós gostaríamos de saber. ------------------------------------------------------------------------

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------E o PSD faz desde já um requerimento oral, aliás, hoje está na Ordem do Dia, no

sentido de esta Assembleia ser esclarecida sobre quais foram, de facto, as ações em que a

Câmara participou ou beneficiou por parte desta ARTEMREDE nos últimos três anos.------------­

--------------Gostaria de dizer ainda e já agora esclarecer porque, de facto, a Senhora Vereadora

também reporta-se, embora peça desculpa aos Senhores Vereadores do PSD, e também vem aqui

fazer uma imputação e porque foi chamada à colação a questão das dívidas, eu não tenho

procuração da Câmara de Santarém mas acho que a verdade acima de tudo. E o que se passa é

que a Câmara de Santarém emprestou à Associação a sede onde eles estão localizados em

Santarém. E, além disso, pagou a água, a eletricidade, os custos da sede, a limpeza e tudo isso e

tinha ficado acordado que tudo passaria por um encontro de contas na questão das dívidas da

Associação e nestes termos existe um litígio, o qual será resolvido. Mas a nós pouco nos importa

isso, é uma questão secundária à qual eu respondo porque, efetivamente, foram feitas afirmações

nesta Câmara que convinha ser esclarecidas e o esclarecimento está dado. ---------------------------­

--------------Nós consideramos, apesar de tudo e da forma incorreta como este processo foi

iniciado, que ele tem valor, que ele merece ser apoiado, ser acarinhado com outro contexto e o

PSD apesar de tudo isto e aguardando as explicações que certamente irão sendo dadas para

aquilo que foi feito no passado e que se conta vir a beneficiar do futuro irá dar o seu apoio a esta

ratificação da participação do Município de Oeiras na ARTEMREDE." ---------,..--------------------­

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) interveio, dizendo o

seguinte:--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------"Já muito foi dito acerca deste Ponto e algumas coisas que são da maior relevância.

O facto do Concelho de Oeiras, a entidade ter sido representada por alguém que não sabemos,

como é que assume um compromisso que depois não vai à Câmara Municipal e que não vem a

esta Assembleia Municipal? Como é que se faz os pagamentos de uma Associação que não

estava formalizada? Quais são os benefícios que esta Associação dá à cultura, ao teatro e ao uso

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dos auditórios? Corno é que isso se conjuga com a política da cultura no Concelho,

nomeadamente com a gestão nos auditórios, visto que alguns auditórios estão sobre a gestão da

Oeiras Viva e outras sobre o Município. Não existe aqui um programa, não se percebe qual é a

política do Município para a cultura, nomeadamente para a gestão dos auditórios e é gravíssimo

que se tenham feito pagamentos, é absolutamente ilegal, a urna Associação que não se faz parte.

E tudo o que foi aqui já explanado e tudo aquilo que nos é trazido hoje para nós sanarmos é, do

meu ponto de vista, insanável, por conseguinte, o CDS votará contra."--------------------------------

-------------O Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ------------

-------------"O Membro da Assembleia, Senhor Jorge Pracana (PSD), não quis discutir as coisas

em conjunto (já está), mas é necessário ver em conjunto - porquê? Eu creio que é necessário ver

em conjunto, só por urna razão: é que a Proposta quatrocentos e setenta e quatro, doze, que é o

Relatório de Atividades é a que levanta esta questão toda, porque é nesta reunião (estive a ler isto

com cuidado para ver se consigo explicar o que estou a pensar) de vinte e nove de maio, em que

isto foi à reunião e o Vereador Amílcar Campos começou por dizer que não tinha ideia de ter

havido qualquer deliberação no sentido de se aderir a este projeto, pelo que gostaria de saber se

houve ou não alguma deliberação neste sentido. É aqui que esta história começa e que depois a

outra Proposta, que é a quinhentos e cinquenta e um, que é de vinte e sete do seis, vai dizer o

quê? E aí é que eu creio que nós ternos que ter algum cuidado. Pessoalmente, o problema que

aqui se passa, em meu entender, tem a ver com a Câmara, não diretamente com os Membros da

Câmara. Tem a ver com a Câmara com urna coisa que nós temos dito mais do que urna vez: há

serviços na Câmara que funcionam quase autonomamente e não pode ser. Porquê? Há uma

Assembleia desta ARTEMREDE, no dia dezassete de dezembro de dois mil e nove, aí é proposta

a adesão, quem lá está da Câmara é o Doutor Manuel Machado - está cá escrito - e quem lá está

da Câmara não diz nada e fica como aderindo e isto, já de si, não é nada fácil mas o que é mais

complicado é que há aqui urna Informação, que é a sessenta e sete, DCT /Cultura de dois mil e

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

dez e o que cá está escrito é só isto - para não termos dúvidas: "tendo a Câmara Municipal de

Oeiras através da Divisão de Cultura e Turismo aderido à AMTRES" - está cá escrito e quem

escreve isto é uma técnica superior, eu creio que é difícil um Vereador aguentar-se com estas

coisas e não estou a defender a Vereadora Elisabete, provavelmente ela poderia cá estar, mas há

também nestes papéis uma informação da Senhora Vereadora a dizer que deu um despacho,

quando recebeu o primeiro pedido deles, no sentido dos serviços irem analisar e juntarem a

documentação (isso está cá escrito), agora um técnico dos serviços autonomamente avançar para

lá e não ligar a nada disto, significa aquilo que nós sabemos muitas vezes. Há muitas decisões

que vão à Câmara e se ninguém alerta que o assunto precisa ir à Assembleia Municipal ninguém

sabe. Isto é um problema sério, ainda agora estávamos a discutir a questão da gestão dos riscos e

isto é um risco real que tem de ser gerido. Tem de haver formação e quem está na Câmara tem de

saber o que está a fazer. Entretanto, este problema levanta uma outra situação e não é o problema

de votar a favor ou contra. O erro está reconhecido, está visto que foi disparate e como é que isto

foi feito. Há responsabilidades e a Câmara irá ver o que é que faz, porém, há uma outra situação:

os pagamentos de dois mil e dez e de dois mil e onze não podem ser feitos - esse é que é o

problema de fundo que aqui está. Nós estamos de acordo em votar que isto seja resolvido e

relativamente a esta ARTEMREDE, eu li os estatutos, não li muito mais e até admito que tenha

funções, que tenha feito coisas e que seja importante. Agora, o problema é: a decisão da

Assembleia é de hoje e não pode vir dizer que cobre nove de dezembro de dois mil e nove. Esse

é que é o "berbicacho". Se a Assembleia pudesse vir dizer que esta deliberação cobre o período

desde dezassete de dezembro de dois mil e nove até hoje, tudo estava sanado, mas não pode, a

Assembleia reúne hoje e só pode fazer hoje, não pode mesmo, nesse sentido isso é ilegal. A

adesão do Município de Oeiras à ARTEMREDE será formalizada a partir da data de hoje e isso é

que é preciso ver como é que se resolve. Por conseguinte, nós não votamos contra, estamos de

acordo em votar isto a favor para tentar regularizar esta situação mas com esta alteração que é

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necessário ver como é que se resolve.------------------------------------------------------------------------

-------------Hoje, por exemplo, nós estamos a discutir muito a Lei oito de dois mil e doze, os

compromissos e aquelas histórias todas, mas a verdade é que hoje há muito mais cuidado nestas

coisas do que havia dantes. Se tivesse havido mais cuidado anteriormente não se teria caído neste

processo que é complicado e não sei como se vai resolver. O Presidente da Câmara faz uma

coisa no sentido de resolver isto, que é: dá um despacho para que a Câmara depois ratifique o

despacho dele, mas a data é a data do despacho dele. A data do despacho dele, em que diz: isto

vai à Câmara a partir desta data não é o dezassete de dezembro de dois mil e nove, é o não sei

quantos de maio de dois mil e doze - é o que lá está. Se fosse uma função da Câmara

eventualmente podia, agora não pode, este Órgão não decidiu anteriormente e, portanto, não

pode fazer deliberações retroativas, isso é mesmo verdade, é uma questão que não é mesmo

possível legalmente, é só essa a questão que eu coloco e que é importante vermos. Nós

votaremos contra mas a Câmara tem de ter a noção que os pagamentos que foram feitos

anteriormente têm de ser vistos como é que se regularizam, porque são ilegais."---------------------

------------- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) disse o seguinte:------------------------------------

-------------"É só para ver se nos entendemos, porque nós não podemos resolver uma ilegalidade

com outra ilegalidade, que é isto que está aqui em causa e é por isso que o PS vai votar contra,

porque os pagamentos foram feitos em dois mil e nove/dois mil e dez e dois mil e onze - esses

três pagamentos - e foram feitos de forma ilegal e, portanto, a Associação vai ter que devolver o

dinheirinho à Câmara Municipal, porque aqueles pagamentos, quem é que autorizou? Isto é uma

competência da Assembleia Municipal. Ora bem, se a Assembleia Municipal ao dia de hoje, é

que vai dar a sua decisão, as decisões não são para o passado, as decisões são a partir de hoje e a

partir do futuro. --------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Portanto, Senhor Vice-Presidente, não crie aqui mais um problema porque nós já

tivemos alguns problemas com o Tribunal de Contas, os Senhores Deputados Municipais sabem

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

muito bem disso, eu quero apelar aqui e acho que ficou claro também que o PSD não concordava

com a Vereação, disse que ia votar a favor mas acho que poderá ponderar outra posição enquanto

Órgão fiscalizador. Apelo aos deputados do IOMAF que façam muito bem esta reflexão, porque

acho que temos de dar aqui um sinal e há duas possibilidades: ou o Executivo da Câmara

Municipal retira esta Proposta e faz isto e vê isto juridicamente de como é que pode ser feito no

sentido de cumprir a legalidade, e aí cá estaremos para resolver as situações para o futuro e não

para o passado, contudo, resolver uma ilegalidade com outra ilegalidade nisso, Senhores

Deputados e Senhores Vereadores, não contem comigo para eu votar a favor, nem o Partido

Socialista votar a favor. Portanto, nós votaremos contra e o apelo que faço é que o Senhor Vice­

Presidente tem duas hipóteses: ou retira a Proposta e resolve o problema do ponto de vista da

Câmara Municipal ou, então, acho que não fará muito sentido estar a obrigar, mesmo que sejam

os seus correligionários do IOMAF, a cometer uma ilegalidade para resolver outra ilegalidade,

acho que é complicado. Se eu estivesse no Governo e no Executivo não sujeitaria os meus

camaradas a cometerem ilegalidades, ainda por cima depois dos pontos da transparência e do

combate à corrupção e às medidas todas, é complicado, depois de tudo aquilo que o Senhor

Vice-Presidente resolveu aqui dizer, acho que é importante resolvermos isto de outra maneira." -­

--------------0 Senhor Deputado Luís Santos (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte:------------

--------------"Duas ideias sobre este assunto: ----------... -----------------------------------------------------

--------------A primeira, é que me custou ouvir uma apreciação muito crítica em relação à

Vereadora da Cultura e a este Departamento da Câmara, uma vez que este Departamento tem

tido neste Concelho uma atividade muito relevante. A cultura é, sem sombra de dúvida, uma

imagem de marca deste Concelho, o qual é exemplarmente rico em iniciativas, atividades

culturais no âmbito das artes plásticas, também gostaria de lembrar as frequentes exposições no

Palácio Ribamar, no Palácio do Egito, a sua riqueza cultural é também acentuada na área do

teatro, as frequentes peças que vêm estando em cena nos auditórios municipais, etc .. Portanto, a

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ideia e a atitude correta será sim, valorizar o Departamento da Cultura no Concelho de Oeiras.

Neste caso vertente, estamos perante uma situação que burocraticamente precisa de ser

legalizada e não há dúvida nenhuma que se trata da adesão a uma organização muito válida e útil

à qual o nosso Concelho tem todo o interesse em pertencer, por conseguinte a única postura

correta só pode ser construtiva e não uma atitude que pretende pôr em causa esta mais-valia para

a área da Cultura no Concelho. É por essa razão que nós confiando em absoluto nos técnicos da

Câmara para ultrapassar esta situação vamos, de facto, contribuir com o nosso voto para que o

nosso Concelho continue a pertencer à Associação ARTEMREDE e venha a beneficiar das suas

atividades conjuntas.''-------------------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) interveio, dizendo o seguinte:-------------

------------- "A Proposta que vem à Assembleia é tão-somente a questão da adesão. A Proposta

que nós estamos a apreciar é a ratificação da adesão da Câmara Municipal de Oeiras a esta

Associação.-------------------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O PSD não vai ratificar com o seu voto as eventuais consequências ou não daquilo

que é a adesão da Câmara feita nos termos em que foi feito, ou seja, a questão no que respeita às

contas, como já disse o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) é um problema que a Câmara

vai ter que resolver com a Associação. A Associação devolve o dinheiro, faz qualquer coisa,

resolverá, mas esta Assembleia e a Proposta que aqui nos é trazida é tão-somente sobre a adesão

e esta, de facto, nada tem a ver com a questão subjacente de que tomámos aqui conhecimento

pelo facto de vir aqui mais documentos do que a mera proposta. Portanto, o voto do PSD e a sua

declaração de voto irá ser nesse sentido é um voto que respeita apenas à ratificação do processo

de adesão da Câmara Municipal à ARTEMREDE. Que fique pois bem claro, que quaisquer

outras consequências que daí possam advir resultarão, tão-somente, de um ato de gestão que a

própria Câmara tem que definir e regularizar com a Associação. Portanto, nada mais e era este

ponto que queria esclarecer porque é esta a Proposta sobre a qual estamos a ser confrontados." ---

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

--------------0 Senhor Deputado Miguel Pinto (BE) disse o seguinte:---------------------------------

-------------- "Embora me pareça que o Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) tem razão

relativamente ao que diz aqui a alínea a) da Proposta, no ponto nove onde se fala na análise:

"desde a sua adesão tem vindo a fruir", quer dizer, vamos aderir agora, mas na Proposta antes

está escrito que desde a sua adesão temos tido estes benefícios e isto é muito confuso Senhor

Deputado, porque a Proposta em si é a adesão mas antes fala: "que desde a adesão" que é uma

coisa que já existe há não sei quanto tempo, por conseguinte, parece-me que é importante que se

diga isto. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Há aqui uma questão que é política, que a Câmara já devia ter resolvido e precisa de

uma resposta política. Nós aqui não andamos a brincar à política, temos que levar isto a sério,

que é o comportamento da Senhora Vereadora neste processo todo. Não é o comportamento dos

funcionários, do diretor do departamento, seja quem for. Cumprem ordens e o que o Bloco de

Esquerda quer saber é se a Câmara já retirou este pelouro à Senhora Vereadora, porque há uma

manifesta incompetência - como? Então, quem é que nomeia a Senhora Vereadora para aquele

Pelouro? Melhor ainda, não falamos com os anjos, falamos com Deus, por isso o que o Bloco de

Esquerda quer saber e vai requerer isso por escrito, é exatamente isso, porque é que não é

retirada a confiança à Senhora Vereadora, por causa disto tudo? E o Bloco de Esquerda escreverá

isto tudo muito bem explicadinho. Aliás, isto vem na continuação, até se fizermos um esforço de

memória a história do Centro de Arte Manuel de Brito, também foi algo que nunca foi muito

bem explicada e que também foi responsabilidade da Vereadora e que tivemos que andar à

procura de leitura de notícias de jornais e de leituras de atas da Câmara, porque o Bloco de

Esquerda também lê as atas da Câmara - o Presidente da Câmara não quis informar aqui, no dia a

seguir fomos ler a ata, não há problema nenhum, ficámos a saber tudo.-------------------------------­

--------------Por conseguinte, a questão que se coloca é que o Bloco de Esquerda gostava que se

transmitisse ao Senhor Presidente da Câmara que da parte do Bloco de Esquerda entende-se que

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não há condições para a Senhora Vereadora manter este Pelouro." ------------------------------------­

------------- O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) disse o seguinte:------------------------------------

-------------"Eu vou voltar a referir que estou de consciência tranquila e o meu Grupo Político

porque nós vamos votar contra e já explicámos porquê, depois cada um dos deputados,

individualmente, responde por si próprio, pois não estamos cá em representação, só dos grupos

políticos, relativamente à legalidade, também estamos para responder do ponto de vista

individual das decisões que tomamos, por isso, cá estaremos todos para responder

individualmente. O PS nessa matéria está à vontade. ------------------------------------------------------

-------------Agora, Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) não sei se viu as propostas, porque

agora, como recebemos estes documentos do ponto de vista informático, se calhar temos mais

dificuldade em ler mas se quiser eu posso pedir para lhe facultarem uma cópia e até a todos os

deputados municipais no sentido de votarem em consciência, mas vou ler o que diz na

Informação número cento e cinquenta e quatro/DCT/dois mil e doze: "Assunto: Ratificação da

adesão do Município de Oeiras à ARTEMREDE" e depois diz assim:" ... Ratificação da adesão

do Município de Oeiras à ARTEMREDE, associação de direito privado, criada em Janeiro de

dois mil e cinco, sem fins lucrativos" - que faria se não tivesse - "com Estatutos próprios e com

os objetivos principais enunciados no ponto seis da presente informação" e diz assim: "Data,

horário e local" e eu vou ler devagarinho que é para perceber bem: "Adesão do Município de

Oeiras à ARTEMREDE a partir de dezassete de dezembro de dois mil e nove" e esta informação

é de seis de junho de dois mil e doze. Acho que não deixa dúvidas nenhumas. Nesta Proposta

depois vem os anexos e diz assim: "Anexo um - Estatutos, anexo dois - pedido de reunião e

subsequente despacho, anexo três - despacho do dia vinte do dez de dois mil e nove, anexo

quatro e cinco - documentos comprovativos da adesão, anexo seis - documentos comprovativos

do pagamento das quotizações (aquelas que estávamos a falar, dois mil e nove, dois mil e dez,

dois mil e doze). Por conseguinte, fica clarinho como a água, que isto é ratificar os pagamentos -

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

é isso que estamos a fazer aqui nesta Assembleia Municipal - e os Senhores Deputados

individualmente farão aquilo que quiserem. É uma ilegalidade em cima de uma ilegalidade.-------

--------------0 Senhor Vice-Presidente quer mandar no Partido Socialista agora? Então, o Partido

Socialista vai votar contra, está devidamente justificado, a questão é do órgão fiscalizador e nós,

aqui, como órgão fiscalizador não podemos permitir que esta Assembleia ou se permitirmos

teremos em consciência também as medidas que iremos tomar relativamente a esta matéria,

portanto cá estaremos para responder." ----------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Deputado Luís Santos (IOMAF) pediu um Ponto de Ordem à Mesa:----

--------------"Consideramos que a discussão já vai alongada e que talvez fosse útil nesta altura

ouvir-se o Senhor Vice-Presidente e depois, então, se restassem ainda situações voltava a

' discussão à Bancada. E uma ideia."---------------------------------------------------------------------------

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) chamou a atenção para o

seguinte:--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------"Eu chamo a atenção à Mesa de que o grupo que eu represento não cumpriu o tempo

neste ponto, aliás eu fiz uma intervenção muito rápida justamente porque isto não é exatamente

um ponto simples e aquilo que está aqui em causa também são as nossas competências e as

nossas responsabilidades enquanto deputados porque tem e pode ter consequências. ----------------

--------------Eu não menosprezo em nada a discussão deste ponto.---------------------~-----------------

--------------Depois de retificada pelo Senhor Vereador Amílcar Campos, a Proposta que se nos

coloca agora é o Município a aderir à ARTEMREDE em dezassete de dezembro de dois mil e

nove tendo sido liquidada a quota devido à tal adesão logo em dois mil e dez e no ponto oito diz

logo que importa, agora, sanar o vício indicado nos pontos cinco e seis desta proposta de

deliberação nos termos do disposto no artigo ... etc., e que aquilo que nós estamos aqui a discutir

não é apenas uma adesão mas é também a sanação de um vício que tenho as maiores dúvidas que

seja possível sanar dados os contornos do processo que nos chega agora, em dois mil e doze,

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para formalizar uma adesão como a sanação do vício. Por conseguinte, parece-nos, a nós, que

aquilo que é solicitado a esta Assembleia, a própria Proposta em si carece de uma

fundamentação jurídica que proteja também este Órgão, o que não é feito. É dada a situação que

foi corrigida por um outro Vereador numa reunião e sanado por entendimento do Vereador da

CDU. Desculpem, eu não concordo, principalmente com as características da lei e com a

responsabilidade que remete para cada autarca, que chegamos a este ponto e sejamos nós,

Assembleia, a sanar os vícios de um processo muito pouco claro e com poucas vantagens, ainda

por cima, não se percebe quais são as vantagens, mas isso já é outra situação. E mais, o ponto a

seguir nem sequer podemos discutir, nem votar, é absolutamente inexistente, pois, na minha

opinião, nós não fazíamos parte desta Associação em dois mil e onze, porque é que nós temos

que votar um ponto do Relatório de Atividades de dois mil e onze para o qual o Município não

fazia parte? Isto não faz sentido nenhum e eu aconselhava o Município a retirar estes pontos e a

sanar esta situação toda, do início e com uma justificação legal clara." -------------------------------­

-------------O Senhor Deputado Daniel Banco (CDU) interveio e disse o seguinte:----------------

------------- "Eu não sei se leram os papéis todos mas do que já tenho ouvido, a conclusão é que

não os leram porque houve uma série de alterações e o que é votado, a proposta final, não é o

que é lido anteriormente. ---------------------------------------------------------------------------------------

-------------A proposta final está aqui, mesmo no fim disto, e o que diz no que nos interessa a

nós é: "Para tal, deverá ser remetida a presente proposta à Assembleia Municipal de Oeiras - e é

o que cá está escrito - para autorização da adesão de Oeiras à "ARTEMREDE - Teatros

Associados'', assim como a aprovação dos respetivos Estatutos que a seguir se transcrevem, tudo

nos termos do disposto na alínea m) do número dois do artigo quinquagésimo ... "e isto é o que

cá está para nós deliberarmos. Nesta deliberação estou inteiramente de acordo mas por isso eu o

disse: esta deliberação é desta data, não cobre o que está para trás, o que está para trás é outra

história. Nós votaremos contra e faremos uma declaração de voto neste sentido. Nós estamos a

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

votar hoje a adesão do Município de Oeiras à ARTEMREDE, o que está para trás que há que

regularizar porque, de facto, foi maltratado é outra questão que não está aqui em discussão."-----­

--------------0 Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) pediu o seguinte Ponto de Ordem à

Mesa:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------"É fundamental que esta Assembleia, para descanso inclusive dos seus Membros,

perceba e entenda o que está a votar. Ou melhor, o entendimento já todos o tivemos, a questão

aqui que se coloca, de facto, é aquilo que o Senhor Deputado Daniel Branco (CDU) e muito bem

já referiu e que nós também referimos. Ou seja, a Proposta que nos é trazida está contida na

alínea b) muito claramente. Aquilo que estamos a ratificar é a adesão do Município à

ARTEMREDE. A questão é saber se a ratificação tem ou não tem efeitos retroativos, porque é

isso que de facto pode vir aqui a criar problemas e o PSD vai instar a Mesa e a Câmara para que

precise com rigor se o que vamos votar é a participação do Município na ARTEMREDE

retroativamente ou se é, apenas, a sua participação a partir de agora, porque sem esta questão ser

esclarecida nós não estamos em condições de votar." ----------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos:--------------

--------------"Nenhum de nós está aqui a brincar, até pelo adiantado da hora acho que se percebe

que não estamos aqui a brincar e acho que é legítimo estarmos todos preocupados relativamente

ao conteúdo desta ou de outra proposta. Mas, também, cada um de nós tem que assumir a

responsabilidade da sua decisão, portanto, não é o Senhor Deputado Marcos Sá (PS) que alerta a

restante Bancada e que diz se é ou não ilegal, eu até respeito os seus doutos conhecimentos

jurídicos mas acho que não são suficientes para perceber se, efetivamente, o caminho é este ou é

aquele e acho que também nenhum dos Senhores Deputados fica salvaguardado e fica bem com

a sua consciência numa votação que seja, digamos, baseada naquilo que é a sua opinião.

Portanto, a sua opinião vale a mesma quantidade, a mesma qualidade, que a opinião dos restantes

Senhores Deputados e se o Senhor está preocupado com os seus camaradas, eu quero dizer-lhe o

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seguinte: o seu camarada ou os seus camaradas votaram esta Proposta em reunião de Câmara -

ela foi votada por unanimidade. Eu reconheço e recebo todas as críticas relativamente ao

procedimento que não foi o correto relativamente à adesão a esta Associação. Esta

responsabilidade em última instância é do Senhor Presidente e, portanto, é minha enquanto Vice-

Presidente e não é da Senhora Vereadora. -------------------------------------------------------------------

-------------Aquilo que se pretende e eu baseio-me naquilo que foi a discussão e a explicação que

foi dada na reunião de Câmara em que este assunto foi discutido e que foi levantado, e bem, pelo

Senhor Vereador da CDU, aqui é a utilização de uma figura que é a figura da ratificação, sanação

de um vício, há um vício de forma que tem que ser sanado e essa deliberação tem efeitos

retroativos, ou seja, quando esta Assembleia Municipal votar esta Proposta ela está a sanar um

erro de forma ou um vício e está, no fundo, a regularizar uma situação que neste momento está

irregular que é a adesão da Câmara à ARTEMREDE e tem efeitos retroativos que qualquer,

como sabem, penso eu e nisso penso que estão descansados, a sanação/ratificação é uma figura

que existe, que está consagrada, que é utilizada, que já foi utilizada por esta Assembleia

Municipal, que já foi utilizada pela Câmara Municipal, que continuará a ser utilizada.--------------

-------------Eu quero que, realmente, todos os Senhores Deputados possam votar em consciência,

votar em segurança e não quero, de modo algum, que esta votação lhes traga preocupações do

ponto de vista de qualquer tipo de incumprimento e, se o Senhor Presidente concordar, a minha

proposta é que seja retirada e que venha acompanhada de um parecer jurídico, de uma

fundamentação jurídica, dos nossos serviços e não do senhor deputado a) ou b ), do nosso

gabinete jurídico e com essa explicação e sustentação jurídica penso que, depois, todos os

Senhores Deputados, quer votem favoravelmente, quer votem desfavoravelmente, votarão em

."' . '' consc1encrn e em segurança. ----------------------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Deputado Marcos Sá (PS) interveio, dizendo o seguinte: --------------------

-------------"Já que podemos ter a oportunidade de fazer este debate noutra altura, pois na nossa

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

perspetiva isto é um assunto grave, que não pode acontecer, no mínimo devia cá estar no

próximo debate a Vereadora da Cultura responsável por esta área, por isso, se for possível

marcar num dia em que a Senhora Vereadora consiga cá estar nós estamos disponíveis para fazer

esta reunião."-----------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------0 Senhor Vice-Presidente da C.M.O. expressou o seguinte:-----------------------------

-------------- "O Senhor Deputado saberá que a responsabilidade é do Senhor Presidente e é de

quem representa o Senhor Presidente, neste caso eu, não é da Senhora Vereadora e, portanto, eu

não sei se estará a Vereadora, se não estará. Mas há uma coisa que eu lhe posso garantir: eu

estarei e se eu não estiver estará o Senhor Presidente que saberá e deverá responder por todas as

questões que o Grupo do Partido Socialista ou outro possam pôr sobre esta questão."--------------­

--------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) disse o seguinte:-------------

--------------"Nós temos vindo a aflorar em reuniões de representantes a necessidade de termos

um jurista que dê apoio a esta Assembleia e é justamente nestes casos, cuja matéria é

absolutamente técnica e não política, que demonstra a necessidade de nós termos este apoio no

futuro, porque para já fazia com que os trabalhos fossem melhorados francamente, que nós não

estivéssemos aqui continuamente com os Partidos Políticos em discussão jurídica quando a nossa

função aqui é a deliberação e o papel político que deve ser mais importante do que o papel

jurídico, apesar do meu enorme respeito pelos juristas presentes. Ou, então, haver uma comissão

de juristas que estes documentos baixem a essa comissão para análise e fica aqui a minha

proposta, porque isto depois ao nível dos trabalhos acelera imenso e não dá esta sensação de

trabalho de esgotar porque isto até defendia cada um dos deputados ou o jurista ou uma comissão

para que esta situação fosse melhorada." -------------------------------------------------------------------­

--------------0 Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:---------------------------------------------

-------------- "Eu julgo que retirar a Proposta quinhentos e cinquenta e um implica, por arrasto,

retirar a Proposta quatrocentos e setenta e quatro. Está certo?" ------------------------------------------

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-------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------

------------- "Certo, Senhor Presidente." ---------------------------------------------------------------------

-------------O Senhor Presidente da A.M. concluiu, dizendo o seguinte:-----------------------------

-------------"Então, estas duas Propostas são retiradas, voltarão oportunamente e vamos entrar no

último ponto da Ordem de Trabalhos." ----------------------------------------------------------------------

------------- ~Tl~J)AS -------------------------------------------------------------------------------------

5.10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 638/12 - SMAS - relativa a

Procedimentos Concursais para Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Tempo

Indeterminado - Abertura de Procedimentos Exclusivos para Trabalhadores J)etentores de

Prévia Relação Jurídica de Emprego Público (os documentos relativos a esta Proposta

ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião).---------------------------------------------

5.10.l.VOTA<;J\.0----------------------------------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada por

unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo dezoito do Grupo Político Isaltino Oeiras

Mais À Frente (Joaquim Manuel de Carvalho Ribeiro, Carlos Alberto Guerreiro Soares, Américo

Marques Ferreira Duarte, Luís Filipe Vieira Viana, Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Nuno

Emanuel Campilho Mourão Coelho, Salvador António Martins Bastos Costeira, Maria João

Costa Marcelino Nunes Domingos, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina

Candeias Tomé, Custódio Mateus Correia de Paiva, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva

Lourenço, Luís Filipe Pereira Santos, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça

Simões Madeira Ramos, José Dâmaso Martins Furtado, Jorge Valle d'Oliveira Batista e Isaías

Fernando Ferreira Teles), sete do Partido Socialista (Marcos Sá Rodrigues, Luísa Maria Diego

Lisboa, Joaquim dos Reis Marques, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães,

Bruno Miguel Pinheiro Mendes Magro, Maria de Fátima Nabais Moiteiro Gargaté e Pedro

Duarte Alves de Lara Everard), quatro do Partido Social Democrata (Jorge Manuel Madeiras

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS

Silva Pracana, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Bruno Filipe Carreiro Pires e Jorge Miguel

Lobo Janeiro), três da Coligação Democrática Unitária (Daniel dos Reis Branco, Carlos Alberto

de Sousa Coutinho e Aníbal José Gonçalves Guerreiro) um do Centro Democrático Social -

Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro) um do Bloco

de Esquerda (Miguel da Câmara e Almeida Pinto) e um do Membro Não Inscrito (José

Henriques Lopes). -----------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Os Senhores Deputados Carlos Alberto Ferreira Morgado, António Pita de Meirelles

Pistacchini Moita e Nuno Miguel Pimenta de Carvalho Ribeiro do Grupo Político Municipal

Isaltino Oeiras Mais À Frente, Alexandra Nunes Esteves Tavares de Moura e Sílvia Maria Mota

dos Santos Andrez do Grupo Político Municipal do Partido Socialista, não estavam presentes na

altura da votação. ------------------------------------------------------------------------------------------------

--------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------

--------------"DELIBERAÇÃO N. º 83/2012 ----------------------------------------------------------------

--------------PROPOSTA C.M.O. N.º 638/12 - SMAS - PROCEDIMENTOS CONCURSAIS

PARA CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS POR TEMPO

INDETERMINADO - ABERTURA DE PROCEDIMENTOS EXCLUSIVOS PARA

TRABALHADORES DETENTORES DE PRÉVIA RELAÇÃO JURÍDICA DE

EMPRE(;O PÚBLICO ---------------------------------------------------------------------------------~-----

--------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número

seiscentos e trinta e oito barra doze, a que se refere a deliberação número vinte e cinco da

Reunião da Câmara Municipal, realizada em onze de julho de dois mil e doze, que ratificou a

deliberação do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

de Oeiras e Amadora, de vinte e sete de junho último e deliberou por unanimidade, com trinta e

cinco votos a favor, sendo dezoito do Grupo Político Isaltino Oeiras Mais À Frente, sete do

Partido Socialista, quatro do Partido Social Democrata, três da Coligação Democrática Unitária,

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um do Centro Democrático Social - Partido Popular, um do Bloco de Esquerda e um do Membro

Não Inscrito, Senhor José Henriques Lopes, autorizar a abertura de procedimentos concursais de

recrutamento para a constituição de relação jurídica de emprego público por tempo

indeterminado para provimento de dez postos de trabalho de caráter permanente, conforme

proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ------------------------

-------------Mais foi deliberado, também, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata."

6. O Senhor Presidente da A.M. concluiu, dizendo o seguinte: ----------------------------------------

-------------"Resta-me agradecer o envolvimento de todos os Partidos Políticos, da equipa do

Executivo que esteve presente. Voltaremos a reunir só no próximo mês de setembro e desejo até

lá a todos, uma boa pausa, umas boas férias e que regressem em setembro com ideias, vontade e

saúde. Muito boa noite a todos." ------------------------------------------------------------------------------

7. EN CERRAMENTO D A RE UNIÃ 0--------------------------------------------------------------------

------------- O Senhor Presidente deu por encerrada a reunião às vinte e quatro horas e trinta

minutos.----------------------------------------------------------------------------------------------------------

-------------Para constar se lavrou a presente ata, que vai ser assinada pelo Senhor Presidente e

pelas Secretárias da Mesa. -------------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------0 Presidente,-------------------------------------~-------------

2Jo~r ~~ ---------------------------------------------}\Primeira Secretária,---------------------------------------------

~~~':~~" <:.> .._)

---------------------------------------------}\ Segunda Secretária,---------------------------------------------

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